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IDADE MODERNA: A CONCEPÇÃO

MECANICISTA DO UNIVERSO E O
CONHECIMENTO CIENTÍFICO DO
HOMEM E DA ENFERMIDADE.

Professora: Erêndira Linhares


Idade Média

■ Entre os séculos 5 e 15, durante a Idade Média, na Europa, foram


desenvolvidos os primeiros medicamentos para o tratamento de algumas
doenças.
■ A manipulação de um anestésico foi uma importante descoberta, feita de
uma mistura de suco de alho, ópio, cicuta, vinagre e vinho, que era ministrado
para o paciente, a fim de prepará-lo para os procedimentos cirúrgicos. Caso a
mistura não fosse ministrada na dose certa de cada ingrediente, a receita
poderia ser também perigosa, pois poderia levar o paciente a óbito.
■ Nessa época, somente em caso de risco de morte eram indicadas as
cirurgias, já que não eram procedimentos considerados seguros, devido à
falta de conhecimento, infraestrutura, e até a inexistência de uma higiene
adequada. A situação era tão precária que barbeiros faziam as cirurgias com
os mesmos utensílios que utilizavam durante o trabalho.
Idade Moderna

■ Já no século 17, William Harvey marcou a evolução da Medicina com a


descoberta do sistema circulatório do sangue. O fato foi extremamente
relevante, porque alterou os conceitos de anatomia, e trouxe outras ciências
de apoio à Medicina, como a Farmácia e a Biologia.
■ No século 19, os avanços na Medicina ficaram ainda maiores a partir da
invenção do microscópio acromático. Com ele, foi possível fazer a
identificação das bactérias como causadoras de alguns tipos de doenças.
■ Com o passar dos anos, as ciências médicas estão se consolidando como
fundamentais para o cotidiano dos seres humanos. Ela se dividiu em variados
departamentos de atuação e encontrou novas maneiras para tentar elevar o
bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.
Transição da Idade Média para
Renascimento
■ O Renascimento, período que inicia a transição da Idade Média para a Idade
Moderna entre os séculos XV e XVI, foi marcado por crises e conflitos,
sobretudo nas esferas política, filosófica e científica e, ao mesmo tempo, por
grandes descobertas e mudança das visões de mundo. O mundo medieval,
antecedente a esse período, era um mundo sacralizado e encantado.
Transição da Idade Média para
Renascimento
■ Deus permeava todas as coisas. Ele dava o tempo e o movimento ao universo, que
criava de acordo com o modelo da eternidade. O universo era o reflexo de Deus,
portanto fixo e imutável, e, por isso, se pensava que seria impossível haver algo de
novo no mundo . Segundo Koyré , apesar de reprimidas pela Igreja Católica durante
toda a Idade Média, a superstição e as crenças na magia e na feitiçaria não só
permaneceram, mas se difundiram durante todo o período do Renascimento.
■ A astrologia e a astronomia caminhavam juntas e os astrólogos detinham posições
de status e poder nas cortes. O mesmo ocorria com a magia, a alquimia e a química
então nascente. Fenômenos como a refração da luz, os eclipses e a aparição de
cometas, o magnetismo e as transmutações químicas instigavam a imaginação de
O conceito de força vital na modernidade 4 Kínesis, Vol. XI, n° 30, dezembro 2019,
p.1-19 filósofos, cientistas, políticos, artistas e a população em geral, provocando
encantamento .
Transição da Idade Média para
Renascimento
■ Segundo Foucault (2000), até o final do século XVI, o conhecimento era
regido pelo que chamou de episteme clássica, segundo o qual as relações
entre os seres eram pensadas a partir da categoria de semelhança.

■ Esta, por sua vez, era organizada a partir de quatro noções estruturantes: a
convenentia, a emulatio, a signatura e a analogia.
Transição da Idade Média para
Renascimento
■ Nas palavras de Foucault, a convenentia que significava o ajuste (por
exemplo da alma e do corpo, e da série animal e vegetal).
■ A noção de emulatio que era o curiosíssimo paralelismo dos atributos em
substâncias ou seres distintos de tal forma que os atributos eram como que
o reflexo de uns e outros, numa ou noutra substância (assim Porta explicava
que o rosto humano, com as sete partes que nele se distinguiam eram uma
emulação do céu com os seus sete planetas). A noção de signatura, a
assinatura que era entre as propriedades visíveis de um indivíduo, a imagem
de uma propriedade invisível e oculta. E a seguir, por suposição, a noção de
analogia, que era a identidade
Transição da Idade Média para
Renascimento
■ Todas essas noções (causa divina, harmonia, hierarquia, totalidade,
semelhança) remetiam a princípios ou propriedades invisíveis, ocultas,
miraculosas, mágicas ou divinas, que perpassavam todas as substâncias ou
seres e regiam suas relações e transformações.
■ Neste sentido, o Cosmo seria um todo vivente e encantado. Foi nesse
mesmo período do Renascimento que se iniciou uma revolução no
pensamento que causou a substituição da visão do Cosmos fechado,
hierárquico e harmônico, divino e encantado pela de um universo infinito,
regulado por leis naturais, em que todos os seus componentes são
colocados no mesmo nível de ser.
Transição da Idade Média para
Renascimento
■ A ideia do universo infinito enunciada por Giordano Bruno, a substituição de
uma concepção animista do universo para uma concepção mecanicista,
promovida por Kepler, a geometrização do espaço empreendida por Galileu e
sua argumentação favorável à verdade física do sistema heliocêntrico de
Copérnico, foram contribuições que marcaram a saída definitiva da
Renascença.
■ Esses aspectos seriam expressões de um processo mais profundo, em razão
do qual o homem teria perdido seu lugar no mundo, ou dito de outra forma,
teria perdido o seu mundo, demandando um novo quadro de referência para
o seu pensamento.
Transição da Idade Média para
Renascimento
■ A racionalização crescente faz com que nós acreditemos que podemos
provar que não existe nenhum poder misterioso e imprevisível interferindo
com o curso de nossa vida, ou ainda, que podemos dominar tudo, por meio
da previsão.
■ Para Weber, progresso científico desempenha um papel fundamental no
processo de racionalização (FREUND, 2003): tudo poderia ser
cientificamente conhecido e explicado pelo método científico. O avanço da
ciência implicaria no progresso humano, pois uma vez que o conhecimento
científico progride continuamente no sentido do acumulo de uma quantidade
sempre maior e mais atualizada de conhecimentos sobre o mundo.
Os avanços da medicina
científica moderna
■ O racionalismo foi aplicado pela primeira vez à medicina com Hipócrates. Na
Europa, no entanto, essa relação sofreu um apagão durante a Idade Média,
quando as doenças voltaram a ser atribuídas a causas divinas, e os templos
se tornaram os locais de curas milagrosas.
Os avanços da medicina científica
moderna
■ Durante esse período, os avanços da medicina se concentraram nos povos árabes,
persas e judaicos. Foram eles que codificaram a medicina grega e incorporaram
escritos egípcios e ideias indianas para gerar importantes conhecimentos, tais
como:
■ -distinção entre a varíola e o sarampo;
■ -reconhecimento das reações alérgicas;
■ -percepção da febre como forma de o corpo combater doenças;
■ -descoberta da natureza contagiosa das doenças infecciosas;
■ -identificação da circulação do sangue pelos pulmões;
■ -ênfase da experiência sobre a doutrina.
Os avanços da medicina científica
moderna
■ Foi durante o Renascimento que a história da medicina moderna começou na
Europa. Os cientistas e pesquisadores se desvencilharam da visão tradicional
e baseada na ordem divina que justificava as doenças. Os tratamentos
passaram a ser determinados por observações, experimentos e conclusões
embasadas pela pesquisa científica.
■ Graças à liberdade intelectual, o século XVI foi um período de grandes
avanços na anatomia e na cirurgia. As soluções para as amputações e os
cuidados com as feridas de guerra se tornaram mais eficazes e humanos
devido à realização de experiências controladas na ciência médica.
Os avanços da medicina científica
moderna
■ Os séculos XVII e XVIII foram marcados por grandes saltos nos métodos de
diagnóstico. Nessa época, foi inventado o estetoscópio, e o desenvolvimento
de um método de aferição da pressão sanguínea permitiu o estudo da
dinâmica da circulação. A expansão do conhecimento fisiológico fez com que
as doenças passassem a ser identificadas com mais precisão.
■ No século XIX, avanços em diversas áreas levaram inovação à medicina. Um
exemplo foi a teoria dos germes desenvolvida por Louis Pasteur. Foi a partir
dela que a prática da antissepsia foi introduzida, reduzindo a mortalidade por
complicações infecciosas após cirurgias.
Os avanços da medicina científica
moderna
■ A medicina clínica tal qual conhecemos também teve início na era moderna
da medicina. As doenças passaram a ser vistas como um problema político e
econômico (saúde pública), e os médicos ganharam outro papel: ensinar à
população regras básicas de higiene na alimentação, habitação e tratamento
de doenças.
Da Revolução Científica ao
Iluminismo
■ Medicina Moderna e Contemporânea
No início da Idade Moderna, o Renascimento trouxe alguns progressos para a
Medicina. No século XVI, o belga André Vesálio (1514-1564) publicou uma
descrição detalhada do corpo humano, com numerosas ilustrações. Mesmo
assim, o tratamento mais empregado pelos médicos europeus continuou sendo
a sangria, que muitas vezes acabava por levar o paciente à morte. Somente no
final do século XVIII, as velhas teorias dos gregos e romanos sobre a origem das
doenças foram postas de lado.
Da Revolução Científica ao
Iluminismo
■ Nessa época, o inglês Edward Jenner (1749-1823) criou a vacina contra a
varíola, baseando-se na revolucionária teoria de que o organismo pode criar
anticorpos contra determinadas enfermidades, desde que submetido a
doses controladas de agentes causadores da mesma doença.
Da Revolução Científica ao
Iluminismo
■ No século XIX, um passo gigantesco foi dado pelo francês Louis Pasteur
(1822-1895), o “Pai da Microbiologia”. Ao descobrir que as doenças podiam
ser causadas por organismos microscópicos, Pasteur criou condições para
identificá-los e combatê-los com muito mais eficácia.
■ No século XX, os avanços da Medicina foram ainda mais impressionantes:
utilização dos raios X para localizar problemas nos órgãos internos,
tratamento pela radioterapia, descoberta da penicilina e produção de
medicamentos cada vez mais diversificados e potentes.
Como se deu a evolução da
Medicina no Brasil e no mundo?
■ A partir do século 20, a Medicina entra em uma nova era, principalmente
devido à estrutura do que foi denominado de clínicas médicas. Essa
estrutura de clínicas, como a conhecemos até hoje, surgiu com Hipócrates,
idealizador da anamnese como etapa inicial do exame médico dos pacientes.
■  “É necessário começar pelas coisas mais importantes e aquelas mais
facilmente reconhecíveis. É necessário estudar tudo aquilo que se pode ver,
sentir e ouvir”, determinou o grego.
■ Nessa época, a verificação médica já incluía inspeção do corpo, palpação e
ausculta. Mas, a medição da temperatura, por exemplo, era realizada tocando
as mãos sobre o peito do paciente. Dessa maneira, uma estrutura parecida
com as clínicas de Hipócrates surgiu somente a partir do século 17.
Como se deu a evolução da
Medicina no Brasil e no mundo?
■ Já no século 18, o médico austríaco Leopold Auenbrugger introduziu o
exame físico enriquecido pela introdução da percussão do tórax. Leopold
pesquisou e criou suas observações com estudos de cadáveres, e deram
origem a comprovações publicadas em um livro em seu país de origem.
■ A verdade é que o estudo, inicialmente, não despertou muito interesse, no
entanto, depois de ser traduzida para o francês, foi incorporado ao exame
clínico. Esse foi o grande avanço estrutural das clínicas médicas, mas ocorreu
apenas no século 19.
Como se deu a evolução da
Medicina no Brasil e no mundo?
■ Nessa fase, com invenções como o bisturi e o estetoscópio, a atuação dos
médicos começou a ganhar contornos cada vez mais baseados em
argumentações teóricas, o que possibilitava uma maior precisão nos
diagnósticos.
■ O próprio estetoscópio é a representação da evolução da Medicina ao longo
dos anos, ganhando vários modelos até o formato biauricular e flexível que é
utilizado nos dias de hoje. O termômetro de mercúrio e o aparelho de medir
pressão arterial foram incorporadas pelos médicos no século 19, sendo esse
um importante marco em relação ao século anterior.
Como se deu a evolução da
Medicina no Brasil e no mundo?
■ Assim, a evolução dos aparelhos técnicos relacionados à Medicina, veio a
proporcionar diagnósticos mais acertados a partir do século 20. Isso porque,
contando com a ajuda de melhores equipamentos, os médicos passaram a contar
com recursos que facilitariam os diagnósticos por meio da identificação de
padrões e sintomas que não podiam ser vistos antes, o que foi fundamental para a
evolução da Medicina e da própria ciência.
■ Ainda no século 20, a Medicina fez a incorporação de tecnologias importantes para
a inovação na área, em especial no que diz respeito aos diagnósticos. Dessa forma,
a eficiência da precisão da identificação de doenças, fez com que surgissem
diversas novas maneiras de se chegar aos diagnósticos, o que fez com que a
atuação dos médicos fosse mais eficaz e também mais dinâmica.
■ Assim, tanto no Brasil quanto no mundo, a evolução da Medicina se deu com a
chegada de equipamentos para facilitar o diagnóstico, aumentando a qualidade de
vida das pessoas e a longevidade da população.
Quais são os avanços da Medicina
científica moderna?
■ Como vimos no tópico anterior, no século 20, a identificação das doenças
deixou de ser uma sentença para se tornar algo ligado à prevenção de
doenças, antecipando importantes tratamentos, até mesmo antes da
manifestação das enfermidades.
■ O fato se deve aos avanços tecnológicos, que tornaram a Medicina mais
moderna no século 20. Mas o trabalho da evolução da Medicina começou
bem antes. Acompanhe como se deu os avanços a seguir!
Equipamentos para diagnóstico

■ As universidades de todo o mundo, ao final do século 15, aumentaram os


investimentos na área médica, o que potencializou o estudo de ciências
como a Física, Química e Biologia.
■ Assim, partindo de novos conhecimentos científicos, foi possível
desenvolver outras maneiras para aproveitar os estudos científicos e suas
descobertas, assim como as tecnologias para o aperfeiçoamento da
Medicina.
Raio-X é pioneiro na tecnologia
relacionada à Medicina
■ A invenção do aparelho de raio-X foi um dos marcos históricos da Medicina, e
aconteceu no final do século 19, mais precisamente em 1895, sendo o físico
alemão, Wilhelm Conrad Roentgen, um dos grandes responsáveis pela descoberta.
■ Roentgen publicou o artigo “Sobre uma nova espécie de raios”, no qual fez o
compartilhamento de seus experimentos utilizando a radiação ionizante, e com isso
obteve imagens internas do corpo humano.
■ O autor e cientista, em 22 de dezembro daquele ano, contou com a ajuda da esposa
para fazer a primeira radiografia. Para isso, posicionou a mão esquerda de sua
esposa sobre o chassi que havia construído, tirando naquele dia a primeira
radiografia.
Raio-X é pioneiro na tecnologia
relacionada à Medicina
■ Ele revelou o filme após 15 minutos e obteve as imagens registradas dos
ossos e partes moles da mão da mulher. Para consagrar a sua descoberta,
em 1901, Roentgen recebeu o Prêmio Nobel de Física pela invenção que
mudaria os rumos da Medicina, em especial, para os tratamentos
ortopédicos.
■ A grande contribuição dessa descoberta foi que os médicos puderam deixar
de examinar estruturas anatômicas sem precisar fazer procedimentos
invasivos no paciente.
ELETROCARDIOGRAMA

■ O estudo do coração sempre foi um desafio para os cientistas da área da


saúde, e foi no início do século 20, que cientistas passaram a desenvolver
novas formas para o estudo e registro do funcionamento do músculo
cardíaco. Partindo de estudos iniciais, Willem Einthoven deu início a uma
máquina de eletrocardiograma.
■ Einthoven, que era estudante na Universidade de Medicina da Holanda, criou
o galvanômetro de corda. Essa tecnologia possibilitou fazer o registro de
tensões cardíacas seguindo fielmente os batimentos cardíacos. Em 1924,
Einthoven foi agraciado com o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina, como
reconhecimento pelas suas contribuições na área de cardiologia.
TOMÓGRAFO

■ Em 1972, temos mais um grande avanço na evolução da Medicina, com a


criação do tomógrafo. Constituído por um tubo que gira ao redor do paciente,
o aparelho de tomografia foi projetado para capturar várias radiografias de
uma mesma parte do corpo. Para isso, permite que variados ângulos sejam
visualizados, variando a identificação de pequenas lesões.
■ A descoberta e invenção do tomógrafo é atribuída ao sul-africano Allan
Cormack e ao britânico Godfrey Newbold Hounsfield, que ganharam um
Prêmio Nobel de Fisiologia.
APARELHO DE RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA
■ O estudo dos íons pelos pesquisadores Edward Purcell, da Universidade de
Harvard, e Felix Bloch, da Universidade de Stanford, deram origem à primeira
máquina de ressonância magnética.
■ Outros estudos envolvendo a pesquisa do magnetismo sobre radiação
eletromagnética, com foco nas partículas carregadas, ou íons, foram importantes
para a fabricação do primeiro aparelho de ressonância magnética. Em 1952, Purcell
e Bloch conquistaram o Prêmio Nobel de Física pela descoberta.
■ Mas, foi a partir da década de 70 que os aparelhos de ressonância magnética foram
introduzidos para a realização de exames em humanos, o que conferiu várias
vantagens para o diagnóstico mais preciso de diversas enfermidades.
■ Esse aparelho é importante porque não utiliza radiação ionizante (com grande
potencial cancerígena) necessária para radiografias e tomografias, e também
oferece imagens internas do corpo com excelente resolução espacial.
Comunicação e Medicina

■ Atualmente, quem faz graduação em Medicina, além de contar com a


eficiência dos diagnósticos proporcionados pelos aparelhos, deve se adaptar
às tecnologias disponíveis para unir médicos e pacientes. Estamos falando
da telemedicina.
■ Utilizando as tecnologias da informação e comunicação (TICs), esse recurso
faz com que médicos e pacientes tenham acesso a laudos e diagnósticos a
distância.
■ A partir do século 19, essa evolução fica ainda mais evidente, de forma
especial, com a ajuda da telegrafia. Com o aparelho de telégrafo, foi possível
iniciar a transmissão de documentos com diagnóstico de exames
radiográficos com profissionais médicos de localidades diferentes.
Comunicação e Medicina

■ Ainda no fim do século 19, com o surgimento do telefone, foi possível um


grande avanço dessa comunicação, que conquistou a chance de
compartilhar informações utilizando a voz. O código Morse, na mesma época,
também foi usado para enviar dados envolvendo informações médicas de
uma localidade para outra.
■ Alguns anos depois, todos esses recursos receberam aperfeiçoamento,
sendo utilizados pelas ondas de rádio, que eram empregados para fazer o
repasse de informações médicas entre profissionais que faziam atendimento
nas frentes de batalha, navios durante a Segunda Guerra Mundial e hospitais
de retaguarda.
■ Avançando um pouco mais no tempo, no século 20, a internet foi a
responsável por uma verdadeira revolução na comunicação médica,
principalmente com a sua popularização e o uso de aplicativo, possibilitando
que a telemedicina tivesse cada vez mais espaço no cotidiano das pessoas.
Comunicação e Medicina

■ Em virtude da pandemia causada pelo novo Coronavírus, a telemedicina


conquistou destaque na rotina de médicos e pacientes, já que é possível
avaliar um enfermo de onde quer que ele esteja, oferecendo a ele as
orientações iniciais para impedir o avanço da doença.
A prática médica na atualidade

■ A história da medicina não tem um fim, pois nós vivenciamos a cada dia as
inovações que impactam a área médica. Atualmente, enxergamos o
crescimento na humanização dos atendimentos, com a oferta de serviços de
atenção integral ao paciente.
■ O objetivo agora não é apenas curar as doenças, mas oferecer melhor
qualidade de vida para promoção do bem-estar físico, mental e social.
A tecnologia e os avanços da ciência se inserem nesse novo panorama de
crescimento da medicina preventiva, com instrumentos voltados para que o
cidadão se torne protagonista da sua saúde.
A prática médica na atualidade

■ Os médicos devem estar atentos a essa nova realidade, que é influenciada por
diversos fatores, incluindo:
■ -envelhecimento da população;
■ -maior preocupação dos pacientes com hábitos de vida saudáveis;
■ -flutuação nas taxas de mortalidade infantil;
■ -desenvolvimento de aplicativos para monitoramento da saúde (contadores de
passos, calculadoras de calorias, calendários menstruais e tantos outros);
■ -aplicação de softwares para gestão de consultórios e clínicas;
■ -preocupação com o uso racional de recursos (economia de energia, papel e água);
■ -desenvolvimento de métodos diagnósticos e de tratamento mais ágeis e
confiáveis.
A prática médica na atualidade

■ Acompanhar essas transformações demanda atualização constante. As


maneiras de ficar por dentro das novidades que despontam vão desde a
participação em eventos de medicina até a realização de
uma pós-graduação, passando, ainda, pelos cursos de curta duração.
■ Tenha sempre em mente que a história da medicina não acabou. Sabemos
que muita coisa já foi conquistada, mas ainda há muito para aprender. Agora
que você já conhece melhor o passado da arte de curar, deve planejar como
acompanhará o futuro da sua área.
A prática médica na atualidade

■ Mas isto não implicou grandes progressos na luta contra as doenças, que
eram aceitas com resignação: Pascal dizia que a enfermidade é um
caminho para o entendimento do que é a vida, para a aceitação da morte,
principalmente de Deus.
Linha do tempo: Idade Média

■ Idade Média
-Alta Idade Média (Séculos V ao X)
A Igreja Católica detém o conhecimento médico e acolhe os doentes.
Surgem os primeiros asilos. Doenças são vistas como castigos de Deus. A
medicina praticada pelos monges era simples e baseada em conhecimentos
populares, usando ervas medicinais e fazendo sangrias e emplastos.
■ -Baixa Idade Média (Séculos XI ao XV)
Época de doenças que dizimaram populações, como tifo, cólera e a peste
negra, transmitida pelos ratos. A expectativa de vida era de 35 anos. A Igreja
não consegue mais explicar todos os fenômenos e doenças. Surge o
primeiro centro medieval de medicina leiga, a Escola de Salerno, na Itália. Lá
se estuda e se desenvolve a cirurgia, até que no século XIII hospitais surgem
na Europa.
Linha do tempo: Renascimento

■ Renascimento (Séculos XV ao XVI)


Florescimento da ciência, do antropocentrismo e do experimentalismo até
que o primeiro grande livro que explica a anatomia humana (Fabrica) é
lançado em 1543. Willian Harvey descobre a circulação sanguínea. As
doenças predominantes, como as venéreas, o escorbuto e a tuberculose,
surgem a partir da reurbanização e das grandes navegações.
Linha do tempo: Idade Moderna

■ Idade Moderna (Séculos XV ao XVIII)


A evolução da física, da química e do método cartesiano leva ao
desenvolvimento de correntes de explicação das doenças em conformidade
com a visão do corpo humano como máquina. Iniciam-se estudos sobre o
sistema nervoso e se descobrem áreas específicas no cérebro responsáveis
por diferentes funções, bem como a existência dos neurônios. Em 1796,
registrase a primeira vacina (contra a varíola). Doenças passam a ser mais
bem descritas. Surgem os hospitais modernos e os médicos iniciam sua
regulamentação profissional com características liberais.
Linha do tempo:Idade
Contemporânea

-Séculos XVIII ao XIX
Mudança de paradigmas na explicação das doenças com a revolução
pasteuriana (descoberta da microbiologia). Início dos estudos de doenças
neurológicas e psíquicas com Freud. Novas tecnologias (como anestesia e
esterilização) proporcionam o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas.
Vacinas ajudam a prevenir doenças e Gregor Mendel começa a estudar a
genética. Número de nascimentos supera o de mortes graças a melhores
condições de vida, saneamento e trabalho. Revolução biológica: grande
quantidade de informação científica e de técnicas acentua uma prática
médica cada vez mais especializada. Neurologia, infectologia, cirurgia,
psiquiatria, entre outras.
Linha do tempo:Idade
Contemporânea
■ -Século XX
Em meio a guerras, surgem as transfusões de sangue. Novos paradigmas da
ciência se desenvolvem com a física quântica. A Medicina se torna mais
tecnológica com meios para fazer diagnósticos específicos e tratamentos,
como a radioterapia. Em 1928, Alexander Fleming descobre a penicilina e
suas propriedades antibióticas. Em 1953, a revista Nature publica artigos
sobre o DNA que se tornam amplamente conhecidos e abrem as portas para
estudos sobre o genoma humano, células-tronco e curas de doenças a partir
desse conhecimento.
OBRIGADA!!!

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