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“Todos havemos de comparecer ante o tribunal

de Cristo (Rm. 14: 10; 2Co. 5: 10)”

SOCIEDADE DE JOVENS DO PASTORADO


DE
NOVA ESTRELA-KUITO

1
1a Edição, Julho de 2016

Impressão

2
ORIENTAÇÕES
Tendo em vista os objectivos subjacentes a este projecto, e de maneira
a aproveitar o máximo possível deste estudo, orientamos o seguinte:

 Disposição pessoal: Tudo que nós queremos fazer, dependerá


muito da nossa disposição Espiritual, mental e até, física. Por
isso, esteja disposto para aprender, caso contrário, não vais
aprender;
 Oração: A oração é tão importante para nossa vida espiritual,
como o oxigénio é importante para a nossa vida biológica. Ore,
antes de você estudar, pedindo a orientação do Espírito Santo;
 A Bíblia: A Bíblia é o critério de julgamento da verdade. Esteja
com uma Bíblia para puder ler e confirmar o que estás a
estudar. Se o que estamos a estudar não tiver sustentação
bíblica, devemos meter tal ensino de parte!
 Humildade: A humildade é a virtude que nos dá o sentimento
da nossa fraqueza. A falta de humildade nos torna arrogantes,
cegos e pequenos no conhecimento. Não penses que já sabes
tudo e que, não podes aprender mais nada. Coloque o
preconceito de lado, apenas, estuda e examina o conteúdo e
aproveita o que for bom para o teu CRESCIMENTO
ESPIRITUAL;
 Auxílio: Em caso de dúvidas, contacte a Direcção da
Juventude, Comissão de Evangelismo ou alguém próximo que
lhe possa auxiliar.

Examinai Tudo, Retenham o que é Bom (1Ts. 5: 21)

3
***APRESENTAÇÃO***

A nossa vida é baseada em crenças e, o nosso comportamento


está fundamentado nelas. Esta realidade não é diferente na
área espiritual, pois, naquilo em que os homens crêm, nisto
agem.
Existindo uma variedade de crenças, é natural existir
consequentemente uma variedade de religiões e
denominações. Nesta variedade, passou a existir uma luta de
poder, onde cada um procura sobrepor as suas crenças às dos
outros. A preocupação é maior quando a luta está entre grupos
da mesma religião, grupos que usam a mesma base de fé.

E, no presente trabalho trazemos à reflexão o contraste entre


duas denominações da mesma religião, em relação a crença
sobre o Dia de Adoração, ou seja, DOMINGO E SÁBADO.
Conforme sugere o título, JULGADOS PELO DIA DE
ADORAÇÃO, trazemos neste manual a reflexão sobre a Lei de
Deus, o Sábado e o Domingo. As principais afirmações feitas
pelos “Adventistas” que coloca em causa a Salvação dos
“Evangélicos”. Trazemos as principais bases bíblicas, usadas
pelos “Adventistas” sobre o Sábado e a NOSSA DEFESA
BÍBLICA, Para que não sejamos mais meninos
inconstantes, levados em roda por todo o vento de
doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia
enganam fraudulosamente (Ef. 4: 14).
Esperamos que o Espírito de Deus lhe encha de sabedoria,
para que este manual lhe seja útil, para honra e glória de
nosso Senhor, Jesus Cristo.

4
ÍNDICE

1- INTRODUÇÃO --------------------------------------- 6
2- A ACUSAÇÃO --------------------------------------- 7
3- OS DOIS TESTAMENTOS------------------------ 9
4- BASES DE DEFESA ------------------------------- 11
5- O SÁBADO ------------------------------------------- 21
6- O DOMINGO ----------------------------------------- 28
7- TEXTOS DE BASE DOUTRINÁRIA ----------- 33
8- PERGUNTAS PARA ANÁLISE ----------------- 48
9- DO LITERAL AO ESPIRITUAL ----------------- 51
10- O CRISTÃO E ADORAÇÃO --------------------- 53
11- CONCLUSÃO --------------------------------------- 55
12- BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS ------------ 56

5
***INTRODUÇÃO***

Todo crente verdadeiro, a sua luta visa o alcance da Salvação


Eterna. Acreditamos que, ninguém neste mundo lutaria tanto,
negaria tantos prazeres do mundo, arriscaria sua própria vida
se não tivesse um propósito maior à ser alcançado. E, para o
Cristão, a salvação é a meta. Logo, tudo o que coloca em causa
a sua salvação, nunca te deixará em paz, enquanto não
mudares de actitude.

De acordo a mensagem amplamente divulgada pela Igreja


Adventista do Sétimo Dia sobre o Sábado e Domingo, faz-nos
pensar que o Dia de Adoração coloca em causa a Salvação do
Homem. Este pensamento tem tirado a paz de muitas pessoas
que “adoram” no 1º Dia da Semana-Domingo.

Um dos maiores líderes Adventista disse: O nosso ministério é


apregoar a reforma adventista aos evangélicos. Isso é
corroborado de modo mais preocupante no livro Sonhos e
Visões de Jeanine Sautron, quando afirma: Assim como Cristo
falou – a salvação vem dos Judeus‘ (Jo. 4:27), assim hoje
podemos dizer com certeza que a salvação vem dos
adventistas (p. 4). O objectivo é fazer com que todas pessoas
sejam membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, mostrando
à elas que as outras Igrejas estão todas erradas e perdidas!

Com a reflexão que trazemos neste manual, o nosso objectivo não é


atacar, mas nos defendermos; não com ignorância, mas sim, com
a verdade (Jo. 17: 17); não com sentimento de ódio, mas sim, de
amor e, estarmos sempre preparados para responder com
mansidão e temor a qualquer que nos pedir a razão da
esperança que há em nós (1 Pe. 3: 15).

6
***A ACUSAÇÃO***
De acordo com o Dicionário Aurélio, Acusação é a imputação
de erro ou crime. Uma acusação é uma exposição escrita ou
oral da parte de quem acusa. E, neste capítulo do nosso estudo,
apresentaremos em resumo, algumas afirmações feitas pelos
Adventistas e, que têm sido divulgadas massivamente através
de folhetos, revistas, livros, rádio, televisão, internet e
pessoalmente.

Estas afirmações têm um carácter acusatório para nós que,


“adoramos” aos Domingos, porque têm sido dirigidas para nós,
com propósito de incutir em nossos corações e mentes o
sentimento de culpa e transgressão. São afirmações que nos
colocam na posição de trangressores dos mandamentos de
Deus, portanto, condenados à perdição eterna, sem direito a
salvação (Sl. 37: 38; 119: 158; Is. 1: 28).

Vamos enumerar algumas afirmações feitas pelos Adventistas


que nos coloca em posição de transgressores da Lei de Deus e
condenados à perdição:

1) Assim como Cristo falou – a salvação vem dos Judeus


(Jo. 4:22), assim hoje podemos dizer com certeza que a
salvação vem dos adventistas, (Do livro Sonhos e Visões
de Jeanine Sautron, p. 4 ). O que quer dizer que, sem
Igreja Adventista do Sétimo dia, não há salvação;

2) Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação


eterna (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 22 – 2ª edição,
1956). O que quer dizer que é obrigatório guardar o
Sábado para sermos salvos, logo, para os que “adoram”
aos Domingos, não têm guardado ou santificado o
Sábado;

7
3) Foi-me mostrada então uma multidão que ululava em
agonia. Em suas vestes estava escrito em grandes
letras: Pesado foste na balança, e foste achado em falta.
Perguntei (ao anjo) quem era aquela multidão. O Anjo
disse: Estes são os que já guardaram o sábado e o
abandonaram. Vi que eles haviam ... enlameado o resto
com os pés – pisando o sábado a pés; e por isso foram
pesados na balança e achados em falta (Primeiros
Escritos, p. 37, 1995).

4) O sábado será a pedra de toque da lealdade: pois é o


ponto da verdade especialmente controvertido. Quando
sobrevier aos homens a prova final, traçar-se-á a linha
divisória entre os que servem a Deus e os que não o
servem" (O Conflito dos Séculos, 26a edição, 1981. p.
611). O que quer dizer que, quem não guarda o Sábado,
não serve a Deus;

Obs.: Do número 2-4, são “Visões” de Ellen G. White, A


maior profetisa da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

5) O papa é a besta, ele mudou o dia de adoração (do


Sábado para Domingo) e, o Domingo é a marca da besta.
O que quer dizer que, todos que “adoram” aos
Domingos, têm a marca da besta.

Muitas outras afirmações têm sido feitas pelos Adventistas, com


o mesmo propósito, nos acusar de transgressores da Lei de
Deus e, condenados à destruição; denominando-se de “Igreja
Remanescente”, a “Igreja Verdadeira” e que, as outras são
todas falsas.

A Bíblia Sagrada, é o critério de julgamento da Verdade (Jo.


17: 17), a Palavra de Deus é a autoridade mássima em matéria
de fé. Por isso, tudo que os homens dizem, é fútil, se não tiver
sustentação Bíblica!
8
***OS DOIS TESTAMENTOS***
A Bíblia Sagrada está dividida em duas partes que designamos
de Testamentos, o Antigo e o Novo Testamento. Estes dois
testamentos, resumidamente, apresentam os dois concertos
entre Deus e o Seu Povo.

Vamos aos factos:

1. O Antigo Concerto foi dado a Israel na saída do Egito,


junto ao monte Sinai (Êx. 19: 1-6; Hb. 9:18-20);
2. O povo israelita, por sua vez, aceitou as condições do
Antigo Concerto que assim foi firmado entre Deus e
Israel. Deus propôs (Êx. 19: 3-6), Israel aceitou (Êx. 24:
3-8);
3. Não foi dirigido a todos os homens (SI. 147: 19,20);
4. Como o povo não foi fiel às exigências do Antigo
Concerto, Deus prometeu estabelecer um Novo
Concerto (Jr. 3: 16; 31: 31-34; Zc. 11: 10; Mt. 27: 3-10;
Jr. 3: 16)
5. Como o primeiro concerto não teve “êxito”, houve
necessidade de fazé-lo cessar para vigorar outro
concerto. Em 2Coríntios 3: 3,14, Paulo confirma a
abolição do Antigo Concerto.
6. A promessa de Deus foi cumprida, sendo estabelecido o
Novo Concerto. Este Novo Concerto foi instaurado por
Jesus, como declara o escritor de Hebreus (Hb. 8: 6-13;
10: 7-9);
7. Israel rejeitou a Jesus, o mediador do Novo Concerto,
passando este a abranger o mundo todo (Jo. 1: 12; Gn.
12: 3; Gl. 3: 14);
8. O Novo Concerto é melhor do que Antigo Concerto e está
firmado em melhores promessas (Hb. 8: 6);
9. O primeiro era repreensível (Hb. 8: 7), isto é, não
alcançou o fim desejado;

9
10. Este Novo Concerto é melhor, pois está escrito no
coração (Hb. 8: 10-11);
11. Sendo estabelecido o Novo Concerto, o primeiro
envelheceu (Hb. 8: 13) e foi posto de lado — e com ele
o Sábado (Cl. 2: 14-17);
12. Em Hebreus 12: 18-24, referindo-se aos crentes em
Jesus, é dito que eles não chegaram ao monte Sinai
(onde foi dado o Antigo Concerto) mas ao monte Sião...
a Jesus, o mediador do Novo Concerto;
13. O mesmo é repetido em Gálatas 4: 21-31 (na
comparação entre as duas mulheres de Abraão: Sara e
Agar) "Lança fora a escrava" (Gl. 4: 30) significa: Lança
fora o Antigo Concerto. Logo, o sábado, que dele fazia
parte, não vigora para o cristão.
A DIVISÃO DA LEI
Conforme observamos, a Bíblia confirma a abolição do Antigo
Concerto (Hb 7: 12, 18-19; 8: 7, 13; 2Co. 3: 3,14; Cl. 2: 14). E,
para “contornar” a veracidade deste facto, os adventistas
dividiram a lei de Deus em duas leis: Lei Moral e Lei Cerimonial.
Ensinam que uma parte da lei foi abolida na cruz (a Lei
Cerimonial), Mas, a outra parte da lei (Lei Moral), restrita aos
dez mandamentos, está em vigor e obrigatória.

Os Adventistas estabeleceram diferenças entre uma e outra lei,


tendo feito a seguinte divisão: Lei Cerimonial, que foi abolida,
Lei Moral, a que permanece em vigor.

LEI MORAL LEI CERIMONIAL


(Os Dez Mandamentos) Foi ditada por Moisés
Foi proferida por Deus Foi escrita por Moisés
Foi escrita pelo dedo Deus em num livro
tábuas de pedra Nenhuma coisa
Foi colocada dentro da arca aperfeiçoou
Deverá permanecer firme para Foi posta ao lado da arca
sempre Foi cravada na cruz
10
Não foi destruída por Cristo Foi ab-rogada por Cristo
Devia ser engrandecida por Foi tirada por Cristo
Cristo

Os Adventistas, baseando-se na sua doutrina, nos perguntam


"por que guardam os nove mandamentos da Lei, quando ela se
constitui de dez?" Citam a seguir Tiago 2: 10, para afirmar que
nós somos transgressores da Lei porque não guardamos o
Sábado do quarto mandamento.
Costumam argumentar da seguinte maneira: "Podemos matar?
Podemos adulterar, cobiçar a mulher do próximo...?" Citam, um
a um, nove dos dez mandamentos e indagam se podem ser
quebrados. A nossa resposta é: "Não". Então, citam o quarto
mandamento e fazem a mesma pergunta.

***BASES DE DEFESA***
Antes de respondermos a este e outros argumentos, é
necessário fazer uma meditação global e séria sobre a LEI DE
DEUS.
A expressão Lei de Deus e Lei de Moisés são expressões
sinônimas e não se trata de leis distintas como afirmam os
Adventistas do Sétimo Dia. Em Is. 33: 22 nos mostra que existe
um só Legislador e assim, tanto os dez mandamentos como os
livros de Moisés foram dados por um só Legislador, que é Deus,
por meio de Moisés. É de Deus, pois foi dado por Ele e é de
Moisés, pois foi dada por intermédio de Moisés.

O EMPREGO DA PALAVRA LEI

Basta ler Ne. 8: 1,3, 8, 14,18 onde a mesma Lei é chamada de


Lei de Deus e Lei de Moisés, indistintamente. (Ne. 8: 1)...e
11
disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de
Moisés. (v. 3) ... todo o povo estavam atentos ao livro da lei.
(v. 8) E leram no livro, na lei de Deus... (v.14) E acharam escrito
na lei que o SENHOR ordenara, pelo ministério de Moisés.

Os Adventistas dizem que "A Lei moral são os dez


mandamentos". Mas a Bíblia diz que há uma só Lei, sem
distinção (1 Cr. 16: 40; 2 Cr. 31: 3; Lc. 2: 22,23; Hb. 10: 28;
comp. Dt. 17: 2-6). A "Lei de Moisés" é a "lei moral" (Compara
Mc. 7: 10 e Êx. 20: 12); (Compara Jo. 7: 19 e Êx. 20: 13).
O quinto mandamento do Decálogo (Dez Mandamentos) é
atribuído a Moisés em Marcos 7: 10 (comp. Êx. 20: 12), de onde
se deduz que os Dez Mandamentos integram a chamada "lei de
Moisés". O cerimonial da circuncisão, que não faz parte do
Decálogo, é chamado "a lei do Senhor" (Lc. 2: 23,24). Portanto,
dizer que o Decálogo é a "lei moral" (também chamada "a lei de
Deus", ainda vigente) e que as demais ordenanças do
Pentateuco são "a lei cerimonial" ("a Lei de Moisés", abolida por
Cristo), não se confirma na própria Bíblia.
Lendo Jo 7: 19, encontramos mais outro mandamento dentro
dos dez mandamentos, o sexto mandamento em Ex. 20: 13.
Como foi Moisés que disse, deveria tratar-se de um preceito
cerimonial. Entretanto, os adventistas reconhecem que isso
está dentro da lei moral. Mas que contradição nesta doutrina
Adventista!
E mais, Jesus ensinou (Mt 22: 37-39) que os dois maiores
mandamentos são amar a Deus e amar o próximo. Ambos
fazem parte do livro da Lei colocado ao lado da arca (Dt. 31:
26). Esses dois mandamentos acham-se em Deuteronômio 6:
5 e Levítico 19: 18. O livro da Lei continha os cinco primeiros
livros da Bíblia, o Pentateuco, e não apenas o Decálogo.
Admitimos que, se os Adventistas estivessem certos em sua
interpretação, estariam desobrigados de amar a Deus sobre
todas as coisas e de amar o próximo como a si mesmos.
12
Gálatas 3: 10 é uma citação de Dt. 27.26. Lendo esse capítulo
a partir do v. 15 vamos encontrar preceitos morais dentro da lei
chamada cerimonial. Seria este um preceito cerimonial só pelo
fato de ter sido escrito por Moisés em um livro e posto ao lado
da arca e não dentro dela?

Portanto, a Bíblia não faz distinção entre uma lei e outra, na


forma como anteriormente mencionada, ela declara a abolição
de todo aquele velho sistema chamado "Lei" (Rm. 6.14; 7.4; Gl.
2.19; 3: 24-25; 4.21-31; Ef. 2.14-17; 2Co. 3.6-11). E se a Lei foi
abolida podemos pecar à vontade? Não! (Rm. 6.11; Gl. 5.18-
21). Cristo não apenas cumpriu toda a Lei, mas Ele a cumpre
em nós, mediante a graça que nos dá, capacitando-nos à
renúncia de todo caminho iníquo. Pela fé, foi instituida uma
NOVA ALIANÇA, apta à cumprir com todo propósito que a velha
aliança mostrou-se incapaz de realizar.
RESPONDENDO AOS ARGUMENTOS
1- "Por que guardam os nove mandamentos da Lei, quando
ela se constitui de dez?" "Podemos matar? Podemos
adulterar, cobiçar a mulher do próximo...?" Citam, um a
um, nove dos dez mandamentos e indagam se podem
ser quebrados. "Claro que Não". Então, citam o quarto
mandamento e fazem a mesma pergunta.
Claro que podemos responder “Sim!” logo vem a questão:
"Como sua resposta pôde ser não para nove mandamentos e
sim apenas para o quarto?" Temos autoridade do próprio Jesus,
segundo a Bíblia, para assim responder: "Ou não tendes lido na
lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado
e ficam sem culpa?" (Mt. 12.5). Baseados nesse texto
perguntamos: O sacerdote podia matar, roubar... enfim, violar
os nove mandamentos? "Não", também perguntamos: Podiam
violar o sábado? Duvido que os Adventistas consigam
responder esta questão, em harmonia com a Bíblia. Por quê?
Porque os sacerdotes violavam o sábado para atender às
13
exigências do sacrifício: rachavam lenha, carregavam água,
acendiam fogo... o que não era permitido pela Lei (Êx. 35.3). Se
o sábado era subordinado aos sacrifícios e estes foram abolidos
(Jo. 19.30; Mt. 19.30; Hb. 7.12-18), por que guardá-lo hoje? Não
faz sentido!
2- "O sábado será a pedra de toque da lealdade: pois é o
ponto da verdade especialmente controvertido. Quando
sobrevier aos homens a prova final, traçar-se-á a linha
divisória entre os que servem a Deus e os que não o
servem" (O Conflito dos Séculos, 26a edição, 1981. p.
611).
Assim profetizou Ellen G. White, a maior prefetisa da Igreja
Adventista do Sétimo Dia. Trazendo o argumento de que, no dia
do juizo final, o que vai diferenciar as pessoas (salvas-que
servem a Deus e perdidas-que não servem a Deus) é a guarda
do Sábado.
Mas guardam eles realmente o sábado? Está escrito em
Gálatas 3: 10 (referindo-se aos que estão sob a Lei) que é
maldito aquele que não permanece em todas as coisas escritas
no livro da Lei para cumpri-las. E, quanto ao sábado, a Lei
estabelece que ninguém deve sair de casa, não pode acender
fogo, etc... (Êx. 35.3). Os Adventistas não saem de suas casas
aos sábados? E não acendem fogo? O veredito da Bíblia é:
"maldito" (Gl. 3.10; Rm. 2.23).
Em Oséias 2.11 há uma profecia sobre a abolição do sábado,
cumprida em Cristo (Cl 2.14-17; Is. 1.13,14; Gl 4.9-11).
Basta ler Mt. 25: 31-46, para percebermos que, não é a guarda
do Sábado que separará as pessoas no dia final!
3- Diante da clareza do texto de Colossenses 2: 14-17, os
Adventistas costumam afirmar que a palavra "sábados"
não se refere ao sábado semanal, mas aos sábados
14
cerimoniais ou anuais (Lv. 23.1-39). Dizem: Então você
não sabe que existem dois sábados nas Escrituras? O
sábado semanal, que é de caráter moral e o sábado
cerimonial ou anual? Este sim, foi abolido na cruz mas o
sábado semanal continua obrigatório.

Apontamos Três razões para afirmar que esta interpretação


Adventista não é correta:
1ª razão: Os chamados "sábados anuais" ou "sábados
cerimoniais" eram festas, e já estão incluídos na expressão
"dias de festa" ou "sábados anuais":
a) Festa da Páscoa (Lv. 23.5-7);
b) Festa dos Asmos (Lv. 23.8);
c) Festa de Pentecostes - Primícias (Lv. 23.15,16);
d) Festa das Trombetas (Lv. 23.23-25);
e) Festa da Expiação – 1º dia de festa (Lv. 23.26-32);
f) Festa dos Tabernáculos - último dia (Lv. 23.34-37);
2ª razão: A expressão "dias de festa, lua nova e sábados" é a
fórmula para indicar os dias sagrados anuais, mensais e
semanais (Nm. 28.9-17; 1 Cr. 23.31; 2 Cr. 2.4; 8.13; SI. 2.16.17;
Ez. 45.17; Os. 2.1 1).
3ª razão: As palavras "sábado" e "dia de sábado" (singular ou
plural) ocorrem sessenta vezes no N.T. Em 59 casos, os
Adventistas reconhecem tratar-se do sábado semanal e apenas
num o negam, justamente em Colossenses 2.16. E por que o
fazem? Porque teriam de reconhecer que o sábado foi abolido
na cruz!
Se dermos à palavra “sábados” o sentido de “sábado semanal”
teremos em apoio da nossa interpretação 59 casos,
reconhecidos pelos próprios Adventistas como sábados
semanais. Se os Adventistas derem o sentido de sábado anual
ou cerimonial à palavra sábados de Cl 2.16 só terão em apoio
de sua interpretação um único caso. Logo, a nossa
15
interpretação é a correta. E por quê? Porque é regra de
hermenêutica que a Bíblia com a própria Bíblia se interpreta, ou
seja, a Bíblia interpreta a si mesma. Todo ciclo de dias sagrados
do judaísmo: anuais, mensais e semanais, são indicados pela
expressão “dias de festa”, “lua nova” e “sábados” e, terminaram
na cruz e não devem ser motivo de críticas como fazem os
Adventistas e muito menos que seja necessária a guarda do
sábado para salvação, como ensina a profetisa Ellen G. White.

4- Os Adventistas afirmam que a expressão "meus


sábados" e "seus sábados" indicam a distinção entre os
sábados semanais e sábados cerimoniais.
Este argumento não é bíblico. Ambas as expressões são
usadas para indicar os mesmos sábados: sábados semanais.
São de Deus ("meus sábados") porque foram dados por Ele, e
são dos judeus ("seus sábados"), porque foram dados a eles.
Vejamos os "meus" e "seus" aplicados na Bíblia:
a) O Templo (Is. 56.7; comp. Mt. 23.38, "minha casa, vossa
casa");
b) A Lei (Rm. 9.4: comp. Jo. 8.17);
c) Os holocaustos (Nm. 28.1,2; comp. Dt. 12.6).

5- "Todos os que verdadeiramente se tenham


arrependido do pecado... e verificando estar o seu caráter em
harmonia com a Lei de Deus, seus pecados serão riscados e
eles próprios havidos por dignos da vida eterna" (O Conflito dos
Séculos, 26ª edição, 1981, Casa Publicadora Brasileira, p. 487).
Em parte o homem se salva pela obra de Cristo e em parte por
sua própria fidelidade em guardar a Lei.

Este é mais um argumento sem fundamento bíblico. Está


explicitamente claro que ninguém será justificado, salvo pelas
obras da lei (Rm. 3: 20; Gl. 2: 16; 3: 2,5). Não existe nenhum
ser humano, por mais BOM que seja entre os homens, que
16
esteja em condições de achar-se puro diante de Deus e,
considerar-se digno de sua própria salvação. SOMOS SALVOS
PELA GRAÇA DE DEUS, independemente das obras (Ef. 2: 8).
Na verdade, andar em boas obras faz parte do viver cristão,
mas a salvação não depende dela (Gl. 6: 7; 1Co. 3: 8; 2Co. 5:
10; Ap. 22: 12).

JESUS CRISTO E A LEI


Jesus Cristo, como judeu e Messias, cumpriu a Lei desde o seu
nascimento, pois, foi nascido sob a Lei (Gl. 4: 4) e a ela
submeteu-se, como se submeteu à morte. Seus pais realizaram
todos os rituais prescritos para um menino judeu (Lc. 2: 21-24
comp. Lv. 12: 2-3), em toda sua vida adulta cumpriu
perfeitamente a Lei, porque jamais foi acusado de qualquer
pecado. outro sim, Jesus cumpriu os tipos e as cerimônias do
Antigo Testamento, para que não fossem mais necessários ao
povo de Deus e, tudo isso, o fez para resgatar-nos da Lei e da
morte e fazer reinar a graça e a vida.
Embora até a sua ressurreição estivesse submisso aos
imperativos da Lei, ao ressurgir, triunfou sobre a morte e
substituiu o domínio legalista que imperava na velha
dispensação pela direção do Espírito, que atua por meio das
Escrituras, implantando a vontade divina no interior de cada
regenerado.
Em Mt. 5: 17-18, no sermão da montanha, Jesus Cristo explica
aos seus discípulos sobre a sua missão, em relação a Lei. Não
penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para
revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até
que o céu e a terra passem, nem um i ou til jamais passará da
lei, até que tudo se cumpra (Mt. 5: 17-18). Mas parece que
esta mensagem não foi bem compreendida por muitos, porque
há quem insista em dizer que a lei não foi “mudada” (Hb. 7: 12).

17
Os Adventistas gostam usar este texto para afirmar que a lei
nunca será anulada, pois, foi a confirmação do próprio Cristo.
Logo, afirmam, o sábado deve ser guardado, pois nenhuma
parte da Lei (para eles, os Dez Mandamentos) pode ser omitida.
Será que esta interpretação está mesmo correcta? Vamos às
provas:
Por um lado, esta passagem não diz que cada "i" ou "til" da Lei
permanecerá até que o céu e a Terra passem, mas até "que
tudo seja cumprido!" É o que se lê em Lucas 16: 16,17 "A lei e
os profetas duraram até João..." Ora, tanto um texto quanto
outro dão conta da transitoriedade da Lei, mas ela só passará
depois de seu integral cumprimento. Visto que Jesus veio
cumpri-la e ele não falhou, a Lei já passou. Jesus não fez
referência a uma duração perpétua da Lei, mas ao seu
completo cumprimento (Lc. 24.44; At. 13.29; Rm. 10.4; Cl. 2.14-
16).
Por outro lado, a Lei mencionada por Jesus no cap. 5 de Mateus
não é só o Decálogo, mas toda a Lei, como vemos:
a) refere-se a três mandamentos do Decálogo: o sexto (v. 21);
o sétimo (v. 27) e o terceiro (v. 33);
b) e também a outros, fora do Decálogo: v. 38 - "olho por olho"
(Êx. 21.24; Lv 24.20); v. 43 - "amar o próximo e aborrecer o
inimigo" (Lv. 19.18; Dt. 23.6);
c) Jesus, quando fala da Lei, refere-se a todo o Pentateuco,
Gênesis a Deuteronômio (Mt. 7.12; 11.13; 22.40; Lc. 16.29-31).
Ele veio cumprir toda a Lei, inclusive o Decálogo, e o fez plena
e definitivamente. Nada mais há que nos obrigue à sua guarda.
Está consumado! (Jo. 19: 30).
Como acabamos de ver, Jesus veio para cumprir toda lei e,
cumpriu-a na íntegra. Mas, há um pormenor que nos chama
atenção, o Sábado. Ao lermos os Evangelho, percebemos que
os fariseus (judeus) , que entendiam que nada se podia fazer
no dia de Sábado (nem mesmo curar ou libertar alguém do
18
sofrimento), ficavam irritados com Jesus porque Ele fazia estas
coisas no Sábado (Jo. 5: 16). E nós, nos perguntamos: JESUS
QUEBROU O 4º MANDAMENTO?
Fica claro pela resposta de Jesus aos fariseus: meu Pai trabalha
até agora, e eu trabalho também (Jo. 5: 17). Deus trabalha
enquanto há homens para serem curados, libertos e salvos e,
Jesus também!
Outro sim, o descanso atendia à uma necessidade decorrente
da limitação e fadiga humana, mas Deus não é limitado e não
se cansa (Is. 40: 28). Portanto, como homem (que nasceu sob
a lei), Jesus guardou o Sábado, mas como Deus, que não
descansa porque não se cansa, trabalha todos os dias (Jo. 4:
34). O Sábado não O podia impedir de agir no propósito de
curar, libertar, fazer o bem e salvar o perdido.
Quando Jesus afirmou ser Senhor do Sábado (Mt. 12: 8),
estava assumindo-se como Deus, porque foi Deus quem criou
o Sábado. Ao dizer que era superior ao Sábado (Senhor do
Sábado), estava dizendo: Eu Sou Deus! E nesta condição, Ele
estava acima da limitação humana, desobrigado das regras
estabelecidas em razão das necessidades dos homens. E o
Sábado foi feito para os homens e não para Deus (Mc. 2: 27).
Concluimos que, Jesus, na condição de Deus, ao fazer o Seu
trabalho, não poderia quebrar o Sábado, pois, não estava
sujeito à Ele. Entretanto, como homem, Jesus cumpriu a lei em
toda sua extensão.

NOVOS MANDAMENTOS
Jesus, até que se completasse a implantação da obra da graça,
teve de guardar a lei para cumpri-la, e tendo cumprido, sepultou
a velha dispensação da lei, fazendo nascer a da graça com e

19
pela sua ressurreição. E enquanto peregrinou aqui na terra,
deixou novos mandamentos.
Reiteradamente, Ele nos ordena a guardarmos os Seus
Mandamentos (Jo. 14: 15,21; 15: 10; 1Jo. 2: 3; 5: 3). Mas, para
que a nossa obediência esteja em harmonia aos Mandamentos
de Jesus, precisamos entender a natureza destes
Mandamentos.
A que Jesus se referia quando falava de seus mandamentos?
Os Adventista, logo que encontram a palavra mandamentos no
Novo Testamento associam a palavra ao decálogo. O que Não
é correto pensar assim. Jesus foi bem específico quando falou
de seus mandamentos. Vejamos a que Jesus se referia quando
falava de mandamentos:

 Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos


outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns
aos outros vos ameis (Jo. 13: 34);
 O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos
outros, assim como eu vos amei (Jo. 15: 12);
 O seu mandamento é este: que creiamos no nome de
seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros,
segundo seu mandamento ( 1 Jo. 3.23);
 E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus,
ame também seu irmão (1 Jo. 4.21);
 E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um
novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o
princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros (2 Jo.
5).
Portanto, a natureza dos Mandamentos de Jesus, é o AMOR.
Não precisamos ser “gênios” para entendermos que os
Mandamentos que Jesus se refere, não são os Dez
Mandamentos, pior um pouco, do Sábado!

20
Quanto ao mais, sejamos sempre aptos para apresentarmos o
verdadeiro Evangelho para honra e glória de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo.

***O SÁBADO***
O Sábado é o “cartaz” dos Adventistas, nota-se pelo seu próprio
nome (Igreja Adventista do Sétimo Dia). E dentre várias
doutrinas, esta é a que mais se prega.

A ORIGEM DO SÁBADO, NA IGREJA ADVENTISTA

Factos históricos revelam-nos que, muitos ficariam surpresos


ao descobrirem que os pioneiros dessa igreja nem sempre
guardaram o sábado. Isto porque 99% dos mileristas, que
segundo alguns escritores, havia chegado a cifra de 1 milhão,
eram fiéis guardadores do domingo. A respeito de Miller, A. B.
Christianini afirma: Miller jamais se tornou um adventista do
sétimo dia. Rejeitou doutrinas básicas dos adventistas do
sétimo dia, como o sábado...Finalmente morreu como membro
da igreja batista, e irredutível observador do domingo
(Subtilezas do Erro, pág. 40).

Como vimos, Miller, o líder deste movimento era observador do


domingo, assim como Tiago White e sua esposa Ellen G. White.
Muitos adventistas acreditam que a doutrina do sábado foi
divinamente revelada através da chamada “luz progressiva.
Como explica Ellen G. White: O Espírito de Deus tocou o
coração dos que estudavam a sua palavra. Impressionava-os a
convicção de que haviam ignorantemente transgredido este
preceito... (O Grande Conflito pág. 433).

Mas a verdade é bem diferente. O caso é que o sábado foi


introduzido no movimento adventista por influencia de pessoas
que já guardavam-no. Analisemos o que certo escritor
21
adventista escreveu, sobre os primeiros tempos de formação do
movimento:
 Este grupinho de fiéis testemunhas, desapontadas, mas
não desiludidas; foram aos poucos recebendo novas
luzes. E assim, aceitaram o sábado como em vigor na
dispensação cristã. Este mandamento da imutável lei de
Deus foi introduzido no movimento pela senhora Raquel
Preston, egressa da igreja Batista do Sétimo Dia, aceito
e pregado veementemente por José Bates, e mais tarde
ratificado através de visões celestiais, por Ellen G. White.
Porém foi T.M Preble, o primeiro a comunicar esta
grande verdade por meio da imprensa aos mileritas do
advento (Assim Diz o Senhor‘, Lourenço Gonzalez – ed.
ADOS pág. 415).
 Bates começou a guardar o sábado em março de 1845,
sendo assim o primeiro dos preeminentes guias
pioneiros do povo adventista do sétimo dia a aceitar o
sábado ( Fundadores da Mensagem, p. 98).

Bates, posteriormente, publicou um folheto intitulado ―The


Seventh-day Sabbath, que foi lido por Tiago e Ellen White.
Assim ambos uniram-se em torno desta doutrina. Mais tarde a
sra. White viria confirmar com suas visões a doutrina sabatista.
 O Senhor, porém, me deu uma visão do santuário
celestial...Jesus levantou a cobertura da arca e
contemplei as tábuas de pedra...Fiquei aterrada quando
vi o quarto mandamento mesmo no centro dos dez
preceitos, com uma suave auréola de luz rodeando-o
(Ibdem p.92).
 Nos primeiros anos de seu trabalho, numa ocasião em
que ela, seu esposo e o pastor Bates eram quase os
únicos que pregavam a verdade do sábado... (Vida e
Ensinos p. 249)

22
A partir de então, já confirmada como profetisa do movimento
adventista, Ellen G. White passa a escrever sobre a
obrigatoriedade de guardar o sábado como meio de salvação,
“Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação eterna
(Testemunhos Seletos, vol. III, p. 22 – 2ª edição, 1956)”.

Apesar de a idéia do sábado ter sido introduzida por outros


sabatistas, quem maior labutou para sua propaganda no meio
adventista foi o ex-marinheiro Joseph Bates, “O Pr. Bates, o
apóstolo da verdade sobre o sábado, tomou a liderança em
advogar a obrigatoriedade da guarda desse dia (Primeiros
Escritos, prefácio Histórico XXII)”.

É interessante acompanhar este pormenor, pois, demonstra


que esta doutrina do Sábado, é uma doutrina de concessão,
preceitos de homens (Mt. 15: 9; 1Tm. 6: 3-5; 2Tm. 4: 3).

Os Adventistas afirmam que o sábado é anterior à Lei, foi


guardado por Adão e Eva e que por isso mesmo não pertence
à Lei mosaica. Mas, tal afirmação não tem fundamento Bíblico.

1º) A moral sabática não se refere a um dia específico da


semana. Diz que devemos trabalhar seis dias e descansar no
sétimo, ou seja, um dia de descanso semanal. Seis dias
trabalharás, e farás todo o teu trabalho (Ex. 20:9).
2º) Se partirmos do princípio da criação, para construir o
calendário, a história se complica. Deus criou o homem no sexto
dia (Gn. 1.26, 27). Não se justificaria o homem ser criado em
um dia e já descansar no próximo. Assim, o sétimo dia de Deus
é o primeiro do homem. De acordo com essa lógica da semana
da criação, o dia de descanso do homem seria a sexta-feira e
não o sábado.
3º) Perguntamos ainda: Em qual fuso horário deve-se guardar
o sábado? Pois quando é sábado em um país é domingo em
outro, como resolver essa problemática para que todos no
planeta guardem o mesmo shabath de Deus?
23
4º) O sábado deveria ser guardado do pôr-do-sol ao pôr-do-sol
(Lv. 23.32). Então, como fazem os sabatistas do extremo norte
para obedecer a esse mandamento, visto que o sol pode
demorar meses para se pôr? Logo, não faz sentido afirmar que
Adão e Eva já guardavam o Sábado!

O SÁBADO COMO MANDAMENTO

À quem foi dado o mandamento de se guardar o Sábado? Tal


questão deve ser analisada desde o ponto de vista da Lei, no
seu todo.

A guarda do Sábado fazia parte de um pacto de Deus com o


povo de Israel, uma vez que foi instituida a partir da lei dada à
Moises no deserto, após a saida da escravidão do Egipto, como
vimos no capítulo dos DOIS TESTAMENTOS. A partir de então,
Deus instituiu a guarda do Sábado para Israel e começou a
estabelecer as regras do seu domínio. O Senhor estabeleceu
uma série de ordenanças que visavam ao bem-estar do seu
povo, para os livrar de contaminações físicas e espirituais, além
de estabelecer a ordem política, social e a regra de conduta
moral dos indivíduos.

Não há dúvidas de que o mandamento do Sábado foi dado por


Deus ao povo de Israel (Êx. 19: 3-5; 31: 16-17; Dt. 5: 15; Ne. 9:
13-14), e não para todos os povos do mundo (Sl. 147: 19-20).
Deus não deu o Sábado à Igreja, que até então era um mistério
(Ef. 5: 32; Cl. 1: 26-27), pois, nem Jesus, Lucas, Paulo, Pedro,
Tiago ou outro Apóstolo, ninguém faz qualquer referência sobre
a guarda do Sábado como uma prática da Igreja.

SÁBADO, O SELO DE DEUS

Os Adventistas, apoiando-se em Êx. 31: 17, afirmam que o


Sábado é o selo de Deus e, quem não tem o selo, “não entrará”

24
no Reino dos Céus. Mas seria a guarda do sábado o selo de
Deus nos dias atuais? Depois da morte de Cristo, já NÃO.
Israel, segundo a carne, possuía dois selos: A guarda do
sábado (Êx. 31.17) e a circuncisão (Gn. 17.9-14). O povo de
Deus não tem, nem precisa mais desses sinais identificadores
de uma nação eleita. O ensino de Paulo em Efésios 1.13 indica
ser o selo de Deus, neste nosso tempo, o recebimento do
Espírito Santo, ou seja, o selo de Deus, actualmente, é o
Espírito Santo (2 Tm. 2.19; 1 Co. 9.2; Jo. 6.27; Rm. 4.11).
O SHABBATH
A palavra SHABBATH é de origem hebráica, significa
descanso após o trabalho, terminar o trabalho. Como vimos
anteriormente, Deus ordena ao seu povo para trabalhar em seis
dias e descansar no sétimo. Mas, Deus também ordenou outros
“sábados” para além do semanal (Lv. 23), até a terra tinha o seu
sábado (Lv. 25: 1-2).
Descansar é muito bom, é necessário e natural para repor as
energias do nosso corpo e recompor a nossa disposição
mental. E Deus, tinha também outro propósito com a separação
do dia de shabbath: levar o homem a separar um tempo para
estar com Deus, pois, Nele vivemos, nos movemos e existimos
(At. 17: 28). E nesta perspectiva, todo homem precisa do
shabbath (descanso), todo homem precisa estar com Deus e,
esta é a essência do verdadeiro SHABBATH.
Sabendo do significado do SHABBATH, o cristão já sabe onde
encontrá-lo: EM JESUS. O shabbath (descanso) instituido pela
lei, era apenas uma sombra daquilo que estava por vir. A partir
de Jesus a sombra desaparece, portanto, ficamos desobrigados
do cumprimento da regra do sábado a partir de Jesus (Compara
Jr. 6: 16 e Mt. 11: 28-29; Jo. 14: 6). Jesus é o sábado real para
o povo de Deus. O “aio” e a “sombra” perderam sua razão de
existir e, os preceitos figurados, incompletos e imperfeitos foram
25
substituidos por outros reais, completos e espirituais,
fundamentados no AMOR e na GRAÇA.
PORQUE NÃO GUARDAMOS O SÁBADO
Em resumo, Não guardamos o sábado fixo judaico porque:
1- Somos da dispensação da graça em que a salvação não vem
pelas obras da lei ( Rm. 3.20,21; Gl. 3.2,9-29).
2- A lei, antes da fé, serviu apenas de aio para conduzir os
eleitos a Cristo, o Mestre Salvador ( Gl. 3. 23-25). O ministério
da lei cessou com o advento da graça. Nada de lei salvadora;
nada de sábado judaico necessário à santificação.
3- Somos justificados exclusivamente pela fé, não pela lei com
seu signo sabático ( Gl. 3.11).
4- A lei revela o pecado e condena o pecador ( Rm. 7.1-11;8.),
mas não foi e não é capaz de perdoá-lo, redimi-lo e salvá-lo.
Cristo, porém, o Salvador, resgatou-nos da maldição da lei (Gl.
3. 12,13). Além de Jesus, quem observou todos os preceitos da
lei? Ninguém ( Rm. 3. 9-12).
5- O Sábado é o sinal do pacto restrito entre Deus e os
israelitas, nunca foi uma ordenança universal (Ex. 20.1; 19.1;
24. 8; Rm. 2. 14).
6- Antes da aliança do Sinai não houve ordenança sabática.
Não havendo lei, não havia transgressão (Rm. 4. 15), não
existia preceito sabático; a ninguém se estigmatizava, portanto,
com o “sinal da besta”.
7- A perpetuidade do pacto mosaico aplicava-se aos judeus.
Dependendo, porém, da fidelidade nacional e do cumprimento
de cada cidadão israelita (Ex. 20. 1,2), os termos pactuais em
forma de mandamentos jamais foram cumpridos (Ex. 31. 16,17;
12. 14; Lv 23. 21).
08- Para Jesus Cristo, o cerne essencial da lei não se encontra
no decálogo, no meio do qual está o sábado, mas fora dele (Mt.
22. 36-40; Mc. 12. 28-31), que é o mandamento do amor. O
“Adventista” dogmatiza que o sábado permanece. Paulo diz que

26
“permanecem” agora a fé, a esperança e o amor, mas o amor é
prioritário (I Co 13. 13).
9- Deus não se alegrou com sábado e sábados judaicos, porque
se revestiam de mero cerimonialismo, sem conteúdo verdadeiro
de fé( Is. 1. 13,14; Mc. 9. 2,13; Gl. 2. 19).
10- O último a ter obrigação de guardar a lei e,
consequentemente, o sábado, foi Jesus Cristo; mas o fez para
encerrar o seu ministério soteriológico legalista, estabelecendo
a salvação exclusivamente pela graça mediante a fé (Ef. 2. 9;
Mt. 5. 17; Rm. 18. 8; Jo. 5. 16; Gl. 2. 14- 14; Hb. 7. 18; Gl. 4. 4).
11- A lei, e nela o Sábado, foi abolida sumariamente por Jesus
Cristo como meio de justificação (Cl. 2. 14-17; II Co. 3. 3-14; Hb.
7. 18).
12- Cristo fez conosco um novo concerto (Hb. 8. 6-13; 10. 7,9;
Gl. 3. 17; Rm. 8. 1,2; I Co. 14. 33), salvando-nos pela sua morte
e ressurreição, tornando-se o centro de nossa fé. Deixamos de
ser nomocêntricos para sermos cristocêntricos.
13. A guarda explícita não significa obediência implícita da lei,
segundo Jesus Cristo. Que homem, senão o Filho de Deus,
cumpriu, por exemplo, os mandamentos: “Não matarás” e “Não
adulterarás”, conforme a abrangência moral e psicológica que
lhes dá o Messias (Mt. 5. 21,22; Mt. 5. 27,28)? E quem viola um
preceito, viola toda lei (Tg. 2: 10). Portanto, ninguém, em tempo
algum, foi capaz de guardar toda Lei, para ter o direito de
considerar-se digno de salvação.

Portanto, ESTÁ CONSUMADO, NINGUÉM VOS JULGUE


PELO SÁBADO! (Jo. 19: 30; Cl. 2: 16)

27
***O DOMINGO***
ORIGEM
Se nos perguntarmos sobre a origem do Domingo, ninguém
ousaria em afirmar que não seja de Deus, ou seja, como um dia
da semana, veio de Deus, porque Ele é o autor de toda criação
(Gn. 1: 5; Jo. 1: 3), consequentemente, dos dias. Mas, ao
falarmos do Domingo, como dia de “adoração”, tudo muda!
Como vimos, no capítulo das ACUSAÇÕES, os Adventistas
dizem que foi o papa quem mudou o dia de adoração, do
Sábado para o Domingo. Algumas vezes atribui ao Imperador
Constantino a autoria para guardá-lo e outras vezes dizem que
foi o Papa quem criou sua instituição. Asseveram que em um
futuro próximo uma lei dominical papal será promulgada pelos
EUA, então todos aqueles que aderirem conscientemente a
essa lei, observando o domingo, receberão a marca da besta.

Mediante esta interpretação denigrem o primeiro dia da semana


como dia espúrio, proveniente do paganismo e que deve ser
totalmente rejeitado pelos verdadeiros adoradores de Deus.
Mas, tal afirmação é realmente verdadeira? Teria bases bíblicas
e históricas para fundamentar essa acusação?

O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS

1º) Cumpriu-se Levítico 23.9-17

O domingo foi profetizado na Bíblia como um dia diferente feito


pelo próprio Deus, conforme indica o Salmo 118.24, o Dia que
o Senhor fez.

Esse dia estava na contagem cronológica de Jesus como o


último dos três, período este apontado apologéticamente como
prova de sua ressurreição. O domingo é o terceiro dia da
profecia.
28
Jesus ao ressuscitar no primeiro dia da semana mostrou que
Nele se cumpria a profecia das primícias tipificada em Levítico
23.9-17. Ela era feita no dia seguinte ao sábado. Paulo
entendeu perfeitamente isso ao dizer que Cristo foi feito as
primícias pela sua ressurreição (1Co. 15: 20). Essa cerimônia
era seguida por outra, a dos manjares em outro domingo, num
espaço de cinquenta dias chamada de pentecostes.

A descida do Espírito Santo para inaugurar a Igreja cristã se


deu em um domingo tipificando as festas do A.T (Atos 2) em
cumprimento à profecia de Joel (Jl 2.28; At 2.1- 4. 16, 17).

2º) Cumpriu-se Salmos 118. 22-24

Quem será o responsável pela instituição do Dia do Senhor?


Quem fez o primeiro dia da semana? Assim diz o texto de Ap.
1: 10, Eu fui arrebatado em espírito no Dia do Senhor... A
própria Bíblia responde a isto: A pedra que os edificadores
rejeitaram tornou-se cabeça da esquina. Foi o Senhor que fez
isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos. Este é o dia que
fez o Senhor; regozijem-nos e alegremo-nos nele (Sl.118.22-
24, compare At.4.11; Mc.16.9).

Todos nós sabemos que a pedra rejeitada é Jesus, isso é fato


consumado! Quando começou seu ministério declarou-se filho
de Deus, mas os judeus recusaram-no. No término do seu
ministério, diante da corte de Pilatos, declararam: "Seja
crucificado" (Mt. 27.22). Cumpriu-se assim a primeira parte da
profecia; a pedra que os edificadores rejeitaram.... A outra
parte, tornou-se cabeça de esquina cumpriu-se no dia da sua
ressurreição, quando Jesus declarou: "é me dado todo o poder
do céu e na terra" (Mt.28:18). Assim, cumpriu-se o resto do
salmo profético, quando Jesus ressuscitou no primeiro dia da
semana, tornando-se o "dia que fez o Senhor" (vrs.24).

29
Acerca desse dia "que fez o Senhor", disse o escritor
profeticamente: Regozijemo-nos e alegremo-nos nele. Esta
parte final da profecia se cumpriu exatamente no primeiro dia
da semana: Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da
semana (O Domingo), e cerradas as portas onde os discípulos,
com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus... De
sorte que os discípulos se alegraram vendo o Senhor (Jo.20.19-
20).

O 1º DIA DA SEMANA (DOMINGO) E A


RESSURREIÇÃO
Qual seria o dia no calendário cristão atual de comemoração
pela vitória da ressurreição de Cristo? Seria a sexta feira, o
sábado ou o domingo? É bom lembrar que nos dois primeiros
dias o Senhor jazia morto em uma tumba fria. Naqueles dias os
discípulos não tinham esperança. Com muito sofrimento, eles
lamentavam atrás de portas fechadas. Eles pensavam que era
Ele quem iria redimir Israel (Lc. 24.21). Somente o dia da
ressurreição mudaria essa triste situação.

Jesus escolheu o primeiro dia da semana para realizar sua


maior obra, a ressurreição (Mc. 16.9). Foi pela ressurreição que
ele levou a cabo nossa regeneração espiritual (I Pe. 1.3).
Considerando que Jesus surgiu dos mortos no primeiro dia da
semana, esta regeneração foi completada naquele dia. Jesus
foi reconhecido e proclamado o Filho de Deus pela ressurreição
no primeiro dia da semana.

Em Salmos temos a seguinte profecia: Tu és meu Filho, hoje te


gerei (Sl. 2.7). Em Atos 13: 32,33, Pedro fala que isto foi
cumprido na ressurreição de Jesus, em um domingo. Cristo foi
coroado como Rei em seu trono naquele dia (Zc. 6.13; At 2.29-
36); e a nova lei de Cristo entrou em vigor com o Evangelho em
Jerusalém naquele dia (Is. 2.3; Lc. 24.47,49; At. 2).

30
Diante de todos estes fatores proféticos importantes, Jesus
determinou abençoar seus discípulos sempre no primeiro dia da
semana. Este dia ocorreu na manhã do primeiro dia da semana,
o nosso domingo e a nossa redenção foi completa nele, leiamos
Mc. 16: 9.

a) No domingo, Ele os encontrou em diferentes lugares e em


repetidas vezes (Mc. 16.1-11; Mt. 28.8-10; Lc. 24.34; Mc. 16.12
13; Jo. 20.19-23);
b) No domingo Jesus os abençoou (Jo. 20.19);
c) No domingo Jesus repartiu sobre eles o Espírito Santo (Jo.
20.22);
d) No domingo comissionou-os para pregarem o evangelho a
todo o mundo (Jo. 20.21 e Mc. 16.9-15);
e) O domingo tornou-se o dia de alegria e regozijo para os
discípulos (Jo. 20:20);
f) Os discípulos passaram a se reunir no domingo (At. 20.6-7);
g) As coletas eram feitas no domingo (I Co. 16.1-2).

Outro sim, existem provas históricas que confirmam o Domingo,


como o dia em que a Igreja primitiva se reunia, cultuava.
Encontramos um testemunho muito interessante na obra, que
data da segunda metade do século III, segundo a qual os
apóstolos de Cristo foram os primeiros a designar o primeiro dia
da semana como dia do culto cristão: Os apóstolos
determinaram, ainda: no primeiro dia da semana deve haver
culto, com leitura das Escrituras Sagradas, e a oblação. Isso
porque mo primeiro dia da semana o Senhor nosso ressuscitou
dentre os mortos, no primeiro dia da semana o Senhor subiu
aos céus, e no primeiro dia da semana vai aparecer, finalmente
com os anjos celestes (Ante-necene fathers, 8668).

MAIS AFIRMAÇÕES CONTRA O DOMINGO

31
Mesmo com os factos que a própria Bíblia nos apresenta, os
Adventistas insistem em divulgar uma imagem bastante
negativa sobre o Domingo.
“Vi que Deus não havia mudado o sábado, pois Ele nunca
muda. Mas o papa o mudara, do sétimo dia para o primeiro dia
da semana... (Primeiros Escritos, p. 92, 1979)”. Este argumento
é gratuito e fraco, pois carece de provas concretas. Até ao dia
de hoje, os Adventistas nunca conseguiram dar o nome do papa
que mudou o sábado para o domingo. Não há indícios históricos
a favor dessa asseveração.

Sunday & Saturday


Outro argumento que os Adventistas constroem contra o
domingo, é o seguinte: Domingo = Sunday = dia do sol. Logo
raciocinam que o primeiro dia da semana é um dia pagão.

Argumentam ainda que Constantino foi o primeiro a promulgar


um descanso dominical e que o mesmo era adorador do deus
Sol. A idéia do argumento é causar a impressão de que o
domingo é de origem pagã.

Eles omitem, no entanto, que tão pagã quanto a palavra Sunday


é Saturday, que significa dia de Saturno, ou sábado em inglês.
O dia de Saturday era dedicado ao deus Saturno e prestava-se
culto com orgias e muita bebida. É bom frisar que todos os dias
da semana levavam nomes pagãos e não apenas o domingo.

Cada dia da semana foi nomeado em honra a algum deus e, em


certo sentido, foi dedicado à adoração daquele deus. A semana
planetária egípcia indicava os dias através das designações dos
astros: Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua. Na
semana romana Saturnus, ainda com a imitação da semana
egípcia, seria o sábado; Sol seria o domingo; Luna, a segunda-
feira; Mars, a terça-feira; Mercurius, a quarta-feira; Juppiter, a
quinta-feira; Vênus, a sexta-feira. Mas nem com isso ousamos
em dizer que estes dias são de origem pagã, pois, quem já leu
32
o capítulo um de Gênesis, sabe muito bem que TODOS OS
DIAS DA SEMANA TÊM ORIGEM DIVINA.

Até onde podemos verificar, estes argumentos adventista não


têm sentido!

***TEXTOS DE BASE DOUTRINÁRIA***


Abaixo selecionamos alguns textos que, são constantemente
usados pelos Adventistas para defenderem a guarda do
sábado. Cada um deles será analisado com uma resposta
Apologética. (Confira cada texto na sua Bíblia)

Gênesis 2:1-3
Argumento: Deus concluiu a obra da criação em seis dias e
descansou no sétimo. Abençoou o 7º dia e o santificou. Assim
como, desde Adão guardava-se o Sábado, devemos também
observá-lo.
Apologia:
1) - O sábado da criação não é o sábado atual. Se crermos nos
milagres bíblicos, devemos ter em mente que a semana da
criação foi alterada em um dia, retardando assim,
possivelmente a semana original. Foram dois os seguintes
milagres: 1) Josué parou o sol por quase um dia inteiro
(Js.10.12-13), 2) O restante, para completar um dia inteiro é
encontrado em Is.38.1-8, quando a sombra do relógio de Acaz
atrasou por dez graus. Assim, o sábado de hoje não é o sábado
da criação, passando o sábado da criação a ser o domingo de
hoje. Aqui vemos o poder de Deus para mudar dias e
estabelecer os tempos (Dn. 2.21).
2) – Se Adão foi criado na sexta-feira (Gn.1.27-31) e descansou
no sábado, então ele violou o princípio sabático principal
estabelecido em Êx. 20.8-11. Se, por outro lado, Adão primeiro

33
trabalhou seis dias, antes de descansar um, então esse dia
sétimo caiu na sexta-feira e não no sábado.
3) – Se devemos guardar o mesmo tempo que Deus guardou,
faz-se a pergunta: Em que lugar descansou? Se forem 14horas
no Brasil no Japão será 2horas; em S. Francisco California
(E.U.A) serão 9hs; serão 17hs em Londres Inglaterra e 19hs.
em Moscou – Rússia. Quem guarda o sábado no mesmo tempo
que Deus guardou ou descansou?

Gênesis 26:5
Argumento: esses preceitos, estatutos e leis se referem aos 10
mandamentos.

Apologia: O texto não diz que esses preceitos, estatutos e leis


fossem os 10 mandamentos, pelas seguintes razão: A Lei foi
dada 430 anos depois de Abraão (Gl. 3.7). Logo, Abraão não
poderia guardar o que desconhecia no seu tempo (Dt. 5.1-3:
Ouve o Israel, as leis e os preceitos que hoje proclamo...). Na
continuação dessa proclamação, entre outros estatutos, Moisés
cita os 10 mandamentos, ainda desconhecido do povo como
estatuto de uma aliança. Os preceitos, alguns deles, dados a
Abraão foram:
a) Que saísse da sua Terra (Gn. 12.1),
b) Que andasse em sua presença e fosse perfeito (Gn. 17.1),
c) Que guardasse o concerto da circuncisão (Gn. 17.9-11),
d) Que ouvisse sua esposa Sara para deitar fora sua serva Agar
(Gn. 21.22),
e) Que sacrificasse seu filho Isaque (Gn. 22.2),
f) Que permanecesse na terra que Deus lhe dissesse (Gn. 26.2-
3).
Esses foram os preceitos, mandamentos e leis que Deus deu à
Abraão.

Êxodo 16:29
Argumento: O sábado foi dado antes do Sinai, logo o sábado
foi guardado desde a criação e deve ser observado.
34
Apologia: Aqui é a primeira vez que aparece a ordem de se
guardar o sábado. Tal mandamento era uma observância nova
para os Israelitas. A saída dos israelitas do Egito marcou uma
nova época na vida deles. Deus lhes deu um novo ano e um
novo princípio de meses (Êx.12.2). O vrs.30 é digno de nota,
pois diz: Assim repousou o povo no sétimo dia (o texto dá a
entender que o povo nunca o tinha feito antes). Por essa razão,
Israel a partir daquele momento passou a descansar no sétimo
dia, e não desde a época de Adão como querem os ASD.
Outras passagens confirmam essa idéia: Ne. 9.13-14; Ez.
20.10-12. Quando Deus lhes deu o sábado? Quando os tirou da
terra do Egito. Onde Deus lhes deu o sábado? No deserto. Para
quem Deus deu o sábado? Aos Israelitas (Dt. 5.15), como um
memorial. Fomos tirados da terra do Egito? Se não fomos, o
texto não nos diz respeito.

Êxodo 20:1-17
Argumento: Os 10 mandamentos saíram da boca de Deus e,
por terem sido escritos em tábuas de pedra pelo dedo de Deus,
isto significa que eram superiores aos demais.
Apologia: Os 10 mandamentos não foram escritos em pedras
por serem superiores aos outros, mas para servirem de
testemunho visível do concerto que Deus fez com Israel. Por
isso, as duas tábuas de pedras são chamadas de:
a) ―Tábuas do testemunho (Êx.31.18).
b) A arca na qual foram postas as pedras é chamada de arca
do testemunho (Êx. 40.5).
c) O Tabernáculo onde a arca foi posta é chamado de
tabernáculo do testemunho (Êx. 38.21).
Indagado sobre os maiores mandamentos (Mt. 22.37-40) Jesus
apontou dois fora do decálogo:
1) Amar a Deus sobre todas as coisas (Dt. 6.5) ,
2) Amar o próximo como a nós mesmos (Lv. 19.18).

Jesus se reportando sobre esses dois mandamentos, que estão


fora do decálogo, disse o seguinte: “destes dois
35
mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mt.
22.40). Sem contar o fato de o apóstolo Paulo ter chamado as
tábuas da lei de ministério da morte (II Co. 3.7).

Êxodo 31.16-17
Argumento: O sábado é um concerto perpétuo, logo deve ser
observado ainda hoje; e, é um sinal entre Deus e o seu povo
nos dias atuais.
Apologia: a) O adjetivo qualificado, perpétuo tem o sentido de
perpetuidade quanto à duração do judaísmo. É nesse sentido
que foram declarados perpétuos; As festas anuais: a páscoa
(Lv. 23.41); o dia da Expiação (Lv. 16.29,31,34), a duração do
sacerdócio arônico (Nm. 25.13), o ministério dos Levitas (Nm.
28.13), o toque das trombetas pelos sacerdotes (Nm.10.8), a
presença das lâmpadas de azeite (Lv. 24.3). Os próprios ASD
admitem que tais preceitos foram abolidos, embora declarados
perpétuos. Que contradição!
b) Um sinal (no caso o sábado) não pode ser geral. Se fosse
geral não seria sinal. Para o Israel natural, o sábado e a
circuncisão eram sinais perpétuos, enquanto durasse o
judaísmo. Para o povo de Deus de hoje foi dado outro sinal ou
selo: O Espírito Santo (Ef. 1.13), tal como vimos anteriormente.
Como é o Espírito Santo que promove a santificação do cristão,
este deve possuir o Espírito Santo, o selo de Deus, pois sem
santificação não se pode ver a Deus (Hb. 12:14). É este o selo
distintivo do povo de Deus atualmente e não o sábado (II Tm.
2.19).

I Crônicas 16:15
Argumento: Esse pacto de mil gerações é o pacto da Lei e que
foi dado aos patriarcas e deve ser observado.
Apologia: O pacto aqui mencionado se refere às promessas
que Deus fez a Abraão de lhe dar a terra de Canaã (veja o
vrs.18 e compare com Gn.15.18; 26.3; 28.13). Não se refere ao
pacto da lei feito no Sinai, pois os patriarcas não o conheciam

36
(Gl. 3.17). O próprio Moisés declarou que o pacto da Lei não foi
feito com os pais (leia Dt. 5.2-3).

Salmos 19:7
Argumento: Os 10 mandamentos constitui a Lei perfeita e que
não pode ser mudada.
Apologia: Como já temos demonstrado, a palavra Lei, Lei do
Senhor, Lei de Deus ou Lei de Moisés são expressões
sinônimas. Aplica-se tanto aos dez mandamentos como a
outros preceitos fora deles. Como prova apresentamos Dt.
17.15-19, onde se declara que o rei devia ter uma cópia do Livro
da Lei, lê-la diariamente, meditar nela (Sl. 1.1-3) e não
especialmente o decálogo, como pretendem os adventistas. A
Lei compreendia cerca de 613 preceitos e não apenas 10.

Salmos 40:7
Argumento: Considerando que o texto se aplica,
profeticamente a Jesus, e como Jesus guardou a lei, os dez
mandamentos, nós também precisamos guardá-los.
Apologia: Jesus, não há dúvida, guardou a lei, pois nasceu sob
a sua jurisdição (Gl. 4.4-6). Os ASD se esquecem de que Jesus,
ao guardar a Lei, ele a guardou integralmente: foi circuncidado
(Lc. 2.21 compare Gn. 17.12; Lv. 12.3); foi levado ao templo de
Jerusalém (Lc. 2.22 compare Lv. 12.2-6, Ex. 13.2, Ex. 22.19-34,
Nm. 8.17, Nm. 18.15); ofereceu sacrifícios de um par de rolas
(Lc. 2.24; compare Lv. 12.3-8); guardou a festa da páscoa (Lc.
2.39).

Salmos 89:34.
Argumento: Deus não mudará o que saiu dos seus lábios.
Logo os 10 mandamentos permanecem em vigor, inclusive o
Sábado.
Apologia: Os ASD ignoram, porém, que o pacto a que se refere
o texto não é o pacto da Lei, mas sim o concerto que Deus fez
com Davi, de dar-lhe um filho que se assentasse sobre seu

37
trono (veja os vrs.3,4, 19-33,35). Os ASD conseguem enxergar
os 10 mandamentos onde eles não existem!

Eclesiastes 12.13-14
Argumento: Os mandamentos aqui mencionados são os 10
mandamentos e por eles seremos julgados.
Apologia: É incrível a capacidade de lerem no texto o que o
texto não diz! Não seremos julgados pelos 10 mandamentos,
pois formam parte do Antigo Concerto que foi por Cristo abolido
na Cruz (Ef. 2.15-17; Cl. 2.14-17; II Co. 3.5-14). Onde
encontramos no decálogo mandamentos para visitar as viúvas,
enfermos, órfãos (Tg. 1.26,27) ? Onde encontramos no
decálogo mandamentos para sermos sóbrios, pacientes e
amorosos? Onde se combate, no decálogo, pecados, tais
como: ciúme, ansiedade, temor, bebedice, impaciência e tanto
outros? Se o decálogo fosse perfeito, por que se incluir
preceitos morais fora do mesmo na lei de Moisés (Ex. 22.16-31;
23.1-5) ? A verdade é que o mundo será julgado, não pelo
decálogo, mas pelas Palavras de Jesus por seu evangelho (Jo.
12.48 ; Rm 2.16).

Isaías 56.6
Argumento: Não devemos profanar o sábado, mandamento
esse não restrito apenas aos judeus, mas também aos gentios.
Apologia: Se o texto ensina que não devemos profanar o
sábado e que isso inclui os gentios, também prova a mesma
passagem que os gentios devem oferecer holocaustos e
sacrifícios (vrs.7) sobre o altar de Deus, no templo, sobre o
monte Sião, em Jerusalém. Tudo isso está incluído com o
sábado aqui citado. Naturalmente que o texto se aplica aos
gentios prosélitos que abraçaram o judaísmo e foram
circuncidados (Êx. 12.48).

Isaías 66.23
Argumento: O Sábado vai ser observado na nova ordem, pois
se lê de um sábado a outro.
38
Apologia: Se o sábado estará em vigor na nova terra, também
estará em vigor a lua nova. Se alguém dissesse que iria visitar
sua noiva de sábado a sábado isto implicaria que esse noivo
iria visitá-la diariamente - de sábado a sábado e não apenas no
dia de sábado. Logo a interpretação correta é que, no futuro,
não iremos adorar a Deus em épocas especiais de sábado ou
de lua nova, mas que, permanentemente, sem interrupção,
estaremos adorando a Deus. Prova disso é Apocalipse 21.1-4,
23-24, mostra que no novo céu e na nova terra não haverá
necessidade de sol, pois as nações andarão à luz do Cordeiro.
Entretanto, a guarda sabática é de pôr do sol a pôr do sol, mas
na nova terra e no novo céu não haverá sol, nem noite.

Ezequiel 22.26
Argumento: Assim são todos os que não guardam o sábado.
Apologia: A acusação que fazem, sem prova alguma, se limita
à questão do sábado e nada mais. Entretanto, essa passagem
é dirigida aos sacerdotes e todo o capítulo mostra que é dirigida
aos israelitas, pelas expressões: cidade sanguinária (vrs.2 –
que é Jerusalém); Príncipes de Israel (vrs.6,18). Diante disso,
fica claro que nada tem que ver com os gentios cristãos (Rm.
6.14).

Daniel 7:25
Argumento: O Papa mudou o dia de guarda do sábado para o
domingo.
Apologia: O texto não se refere ao sábado quando menciona
lei. Só na mente dos ASD. Não sabem nem ao menos indicar o
papa que supostamente fez essa mudança. Na verdade se o
texto prova essa suposta mudança, ou seja, que a mudança se
refere ao decálogo, ou melhor, dizendo, ao dia de sábado para
o domingo, então, teríamos de concluir que a mudança foi feita
pelo próprio Deus (Dn. 2.20-21). Deve-se ter presente que a lei
foi mudada por Cristo (Hb. 7.12) e não pelo Papa. Muitas
passagens apontam que Cristo cumpriu a Lei e que ela findou
na Cruz (II Co. 3.6-14; Gl. 3.19-15; Rm. 10.4; Cl. 2.14-17).
39
O texto de Dn. 7.25 se refere e aponta para Antíoco Epifânio,
que em sua época mudou as leis e, como afirma alguns
historiadores, chegou a sacrificar um porco no altar e profanou
o santuário (Dn. 8.14). Esse foi o aspecto maligno da mudança
da lei, pois tirou o povo da direção do Senhor. Diferente do que
o nosso Senhor fez com a lei (Dn. 2.20-21) mudando-a em um
aspecto mais elevado e espiritual.

Oséias 2:11
Argumento: Os seus sábados se referem aos sábados anuais
e logo, no texto, não há referências aos sábados semanais.
Apologia: Existe contradição entre os próprios ASD, pois
dizem: Deus descansou no Sábado do sétimo dia, porém não
fez o mesmo nos sábados anuais. Ao primeiro, Deus chama os
meus sábados‘ (Ez. 20:20); aos últimos, chama-os de seus
sábados (Os. 2:11; Is. 1:13), etc. (Subtilezas do Erro, p.126,
ed.1981). Todavia, se contradizem ao dizerem: Em Oséias 2:11
está profeticamente o fim de todos os tipos de sábados por
parte do povo judeu (livro Adventista: Consultoria Doutrinária,
p.147, Ed.1979).

Como se vê na declaração se ensina que Oséias 2.11 se refere


aos sábados anuais; enquanto que, na contradição se declara
que Oséias se refere a todos os sábados, incluindo os
semanais. Ainda dizem os ASD com relação à expressão de
Oséias 2.11 seus sábados se refere aos sábados cerimoniais
ou anuais e que a expressão meus sábados se refere aos
sábados semanais. Tal argumento não prevalece. Se Sábado é
prescrição moral da lei por ser chamado meus sábados, então
os ASD têm que admitir situação de igual valor para os sábados
dos 7 anos e 50 anos, o Jubileu (Lv. 25.10). O sábado anual era
um sábado do Senhor (Lv. 25.1-4,10-12). Para serem coerentes
deveriam guardá-lo por haver sido chamado por Deus de meus
sábados (Compare Lv. 26.2,43,35; Jo. 20.17). Aquele Pai,
mencionado por Jesus como meu Pai é diferente do Pai
também chamado por Jesus de vosso Pai? Só por que mudou
40
o pronome possessivo também mudou o Pai? Veja outro
exemplo: Is 56.7 comparado com Mt. 23.38, onde os sacrifícios
são chamados meus sacrifícios e vossos sacrifícios. Em Is.
43.23,24 aparece o possessivo teus holocausto, teus
sacrifícios.

Mateus 19.16-22
Argumento: Jesus mandou guardar os mandamentos e os
mandamentos são dez, logo se torna obrigatório a guarda do
sábado, que é o 4º mandamento.
Apologia: É notável que Jesus omita propositadamente o
sábado. É digno de nota também que dentre os mandamentos
citados na passagem paralela de Mc. 10.19, Jesus citou amarás
o teu próximo... (Lv. 19.13) que se acha fora do decálogo. Se
uma parte do decálogo abrange o decálogo, por que a citação
de mandamento fora do decálogo, não abrangeria igualmente
todo o livro da lei ? Daí, por coerência, deveríamos guardar toda
a Lei (Gl. 3.10).

Mateus 24.20
Argumento: O Sábado seria guardado depois da ressurreição,
pois Jesus se refere à destruição de Jerusalém e que nessa
ocasião não deveriam transgredir o Sábado.
Apologia: Se os Judeus procurassem fugir da cidade de
Jerusalém no dia de sábado, para escapar com suas vidas,
estariam transgredindo o sábado? (O texto de Lc. 6.9 diz que
não). Certamente que os ASD não admitem tal raciocínio, mas
ao citar esse texto para defender sua doutrina estão afirmando
justamente isto. Jesus não estava falando da eventual
santidade do dia. Deve-se observar que o assunto principal da
mensagem profética de Cristo não tem nada que ver com a
santidade do sábado e sim com os perigos e tribulações desse
tempo futuro que se deu 40 anos após a destruição de
Jerusalém. Jesus aponta quatro perigos: 1) – as grávidas; 2) –
as que tinham crianças pequenas; 3) fuga no inverno; 4) fuga
no sábado. Jesus se refere aos perigos da fuga da cidade.
41
Ademais, se por afirmar que deveriam orar para que sua fuga
não ocorresse no sábado isto implicaria na santidade desse dia,
então, quando se refere a fuga no inverno, significaria santificar
esse tempo de inverno? Concordam os ASD com esse
raciocínio? A fuga no sábado, logo, implicaria em
incompreensão pelos próprios judeus de dentro da cidade (Jo
5.16-18) e o inverno traria dificuldades de locomoção e abrigo.

Mateus 28.1
Argumento: O texto menciona o Sábado depois da Cruz, logo
é para o cristão.
Apologia: É digno de nota que embora o sábado fosse
mencionado depois da cruz, foi, no entanto, anterior à
ressurreição de Jesus que deu motivo a ter-se o primeiro dia da
semana, o domingo, o Dia do Senhor (Ap. 1.10). Lembrando
que até aquele momento os discípulos guardavam não só o
sábado, mas toda a lei!

Marcos 2.27,28:
Argumento: O Sábado foi feito por causa do homem e não só
do Judeu. Isto significa que qualquer nacionalidade pode
guardá-lo.
Apologia: Jesus não estava afirmando que o Sábado era o dia
do Senhor, mas dizia que ele era Senhor do dia. Logo, como
Senhor do dia, isto é, superior ao dia, podia determinar qual o
tipo de pecado que estavam cometendo seus discípulos por
colherem espigas (ou trabalhar para comer) no sábado. E,
nessa ocasião, lançou o veredicto de inocentes por trabalharem
para seu sustento (compare com Mt. 12: 8).

Lucas 4.16
Argumento: Jesus ia habitualmente à sinagoga no sábado,
logo devemos imitá-lo, guardando o Sábado.
Apologia: É certo que Jesus guardou o sábado, pois se
encontrava sob o regime da lei, pois nascera sob ela (Gl. 4.4-6;
Lc. 2.21-24;41). Como tal, observou todos os preceitos da lei,
42
cumprindo-os para nos libertar dos mesmos (Mt. 5.17-18, Rm.
10.4). Os adventistas para serem coerentes com seu
argumento deveriam, como Jesus, guardar toda a lei.

Lucas 23.56
Argumento: As mulheres santas guardaram o Sábado. Lucas,
o escritor, escreveu seu livro alguns anos depois da
ressurreição e assim apontou que o Sábado ainda estava sendo
guardado.
Apologia: Deve-se ter presente que o sábado em que as
mulheres descansaram foi antes da ressurreição de Jesus. Se
o fato de tiver Lucas relatado o evento alguns anos mais tarde,
não invalida o argumento, pois, estas mesmas mulheres judias
estavam observando a Festa de Pentecostes (At. 1.14; 2.1).
Uma festa judaica, que nem mesmo os ASD observam. Um
exemplo: Quando Pedro voltou da casa de Cornélio foi
repreendido pelos seus colegas por ter entrado em casa de
incircuncisos e ter comido com eles (At. 11.3). Se os apóstolos
ainda não percebiam que a circuncisão não tinha nenhum valor
(Gl. 5.2), como esperar que as mulheres viessem entender mais
cedo que o sábado era parte integrante do Antigo Concerto
anulado na Cruz? (Cl. 2.14; II Co. 3.6-14). A propósito, a revista
da Escola Sabatina, do 1º trimestre de 1980, p.19, afirma: O NT
não dá nenhuma indicação que se tenha pedido aos judeus que
abandonassem imediatamente a prática da circuncisão ou que
ignorassem as festividades judaicas.

Atos 20.7
Argumento: A reunião no primeiro dia da semana tomou lugar
sábado à tarde, porque os judeus sempre começavam a guarda
do sábado na sexta-feira à tarde.
Apologia: O que os adventistas se omitem em dizer é que o
acontecimento se deu na Ásia Menor e o costume de contar o
dia era bem diferente, de meia noite à meia noite, pois se
tratando de território romano a forma de contar o dia era
diferente dos judeus. Troas era uma possessão Romana
43
possuindo o denominado Jus Italicum (estava isenta de taxas
como se fosse território italiano – F. F. Bruce, The Book of The
Acts, p.408). Assim, a reunião se realizou no domingo à noite e
não no sábado, como pretende os ASD.

Romanos 3.31
Argumento: A lei se refere aos 10 mandamentos. Logo, Paulo
declara que ela permanece, que está em vigor.
Apologia: Nada há no texto que sugira estar Paulo se referindo
ao decálogo. Paulo, no capítulo 3 de Romanos está afirmando
que o homem não pode ser justificado pela guarda da lei das
obras, mas que podemos ser justificados pela lei da fé (Rm.
3.27). Logo, conclui que o homem é justificado pela fé sem as
obras da lei (Concluímos, pois que o homem é justificado pela
fé sem as obras da lei – vrs.28). São tratadas, no capítulo 3,
duas leis: a da fé e a das obras e que somos justificados pela
lei da fé (prova ser isso verdade Romano 10.4).

Romanos 6.14,15
Argumento: Se não estamos debaixo da lei, logo ficamos livres
para pecar: matar, roubar, adulterar... etc?
Apologia: É certo que Paulo afirma que os cristãos não estão
debaixo da lei (Gl. 3.23-25, Gl. 4.21 e 5.18). Não quer dizer isso
que podemos viver como anarquistas, pois estamos sob a Lei
de Cristo, ou Lei do Espírito ou sob os mandamentos de Cristo
(I Co. 9.21,22; Gl. 6.2, Rm. 8.2, At. 1.2), assim sendo servos de
Cristo (Rm. 6.17; II Co. 3.6-11).

Romanos 7.12
Argumento: A Lei é santa, justa e boa, por que então não
guardá-la? Desde que o Sábado está incluído nos dez
mandamentos, deve ser observado.
Apologia: Deve-se ter presente que Paulo havia dito que não
estamos debaixo da lei (Rm. 6.14) e ilustra que uma mulher está
ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive. Se morrer, está
livre da lei do marido (Rm. 7.1-3). Muito embora tivesse o
44
marido sido bom esposo para essa mulher, ela não está mais
sujeita à lei do marido, porque ele está morto. Da mesma forma,
o cristão morreu para o mundo e vive para a lei de Cristo ( ICo.
9.21-22), isto é, para aquele que por ele morreu e ressuscitou
dentre os mortos (vrs.4) e não mais na caducidade da letra, que
mata ( II Co. 3.6-14).

I Coríntios 7.19
Argumento: Paulo declara que o importante é a guarda dos
dez mandamentos.
Apologia: Os adventistas sempre vêem o que não existe nos
textos bíblicos. Que prova podem oferecer de que Paulo esteja
se referindo ao decálogo? Nenhuma! Paulo mesmo se
encarrega de desmenti-los, pois em I Co. 14.37 ele declara que
o que escrevia eram mandamentos de Deus, dados pelo próprio
Senhor Jesus (I Ts. 4.2). Quando a Bíblia, no NT, fala de
mandamentos, temos que ter em mente a nova dispensação,
pois por ela vivemos. Nessa dispensação temos: 1) A Lei de
Cristo (I Co. 9.21); 2) Os Mandamentos do Senhor (At. 1.2); 3)
A Lei do Espírito de Vida (Rm. 8.2); 4) O Ministério do Espírito
(II Co. 3.6-14); 5) Os Mandamentos de Deus dado a Paulo (I
Co. 14.37, 7.25). Tudo isso pode ser entendido como Lei de
Cristo, Lei de Deus, Lei do Espírito, mas nunca ser confundido
com a Velha dispensação.

Efésios 2.14,15
Argumento: O texto se refere à Lei cerimonial, pois ordenanças
se encontram nessa lei.
Apologia: É preciso ter presente que o texto em apreço fala de
A Lei dos Mandamentos, que consistia em ordenanças.
Ordenanças são leis e estatutos ou como diz o texto, Lei dos
Mandamentos, especialmente no que concerne aos dias de
festa, luas novas e sábados (semanal), com suas solenidades
específicas de comemoração.

I João 2.3,4
45
Argumento: Quem não guarda o sábado, que está entre os
mandamentos, é mentiroso.
Apologia: Nada diz que na guarda dos mandamentos, no texto
em apreço, esteja incluído o decálogo. É apenas especulação
dos adventistas. Ponderemos no seguinte: a) nos vrs.1,2 João
fala de Jesus e usa o pronome possessivo seus o que revela
tratar-se dos mandamentos de Jesus (At. 1.2) e não do
Decálogo; b) Jesus deu mandamentos aos seus seguidores,
mas nunca mandou guardar o Sábado (Jo. 14.15,21; 15.10; I
Jo. 2.3; 5.3); c) O caráter dos mandamentos
de Jesus é revelado nas seguintes passagens (I Jo. 3.23; 4.21;
II Jo. 5; Mt. 28.18-20); d) Paulo declarou todo o conselho de
Deus (At. 20.20,27) e disse que o que escrevia eram
mandamentos de Deus (I Co. 14.37), mas nunca mandou
ninguém guardar o sábado, pelo contrário, afirmou que o
sábado fazia parte das coisas temporárias da lei, que
constituíam de sombras das coisas futuras (Cl. 2.14-17; Gl.
4.21-31) . Afirmou também que, guardar o sábado ou dias
religiosos era decair da graça (Gl. 4.10,11; 5.4); e) Os
mandamentos de Jesus não eram pesados (I Jo. 5.3), ao passo
que os mandamentos da lei do Antigo Concerto o eram (At.
15.10); f) Além disso os dez mandamentos falham em
prescrever os princípios morais de caráter e atitude humanos:
1) mansidão (Sf. 2.3; Sl. 37.9-11); 2) Bondade e misericórdia
(Mq. 6.8); 3) pureza de coração (Sl. 24.3); 4) Coração contrito
(Sl. 51.17).

I João 3.4
Argumento: O pecado é a transgressão dos dez mandamentos
e é isso que constitui o pecado.
Apologia: Onde o texto diz que pecar é transgredir os dez
mandamentos? O decálogo não foi dado a Adão, senão 2.500
anos depois no Monte Sinai (Dt. 5.2-6). Pode-se afirmar que o
pecado havia existido antes de ter sido dado o decálogo? Sim!
Adão pecou (Rm. 5.12); os anjos pecaram (II Pe. 2.4); os
sodomitas pecaram (Gn. 19.13), a negligência em fazer o bem
46
já é pecado (Tg. 4.7); mas isso não seria violação do decálogo,
pois disse Paulo: Porque onde não há lei (ou seja houve um
período sem Lei) não há transgressão (da Lei) (Rm. 4.15).

Apocalipse 12.17
Argumento: O dragão é Roma Papal que vai fazer guerra à
semente da mulher (A Igreja Adventista). Esta é a Igreja
remanescente porque guarda os mandamentos de Deus, no
caso específico o sábado (o selo de Deus) e tem o Espírito da
Profecia na pessoa de E. G. White.
Apologia: Diz o texto que são os dez mandamentos da lei?
Não. Encontramos através de todo o NT outras citações de
mandamentos, mas que não se referem aos dez mandamentos.
Na nova dispensação os mandamentos de Deus são os
Mandamentos de Cristo (At. 1.2) que estão na Lei de Cristo (I
Co. 9.21), Lei do Espírito (Rm. 8.2), no ministério do Espírito (II
Co. 3.6-14), Nos ensinamentos de Paulo e dos demais
apóstolos (I Co. 14.31; Ef. 2.20).

Da análise feita até aqui, chegamos a conclusão que, um dos


piores erros dos Adventistas é acreditar que sempre que se fala
de mandamentos no Novo Testamento, está se falar do
decálogo.

47
***PERGUNTAS PARA ANÁLISE***
Ao confrontarmos a doutrina adventista sobre o Sábado,
algumas questões se levantam e que, carecem de uma cabal
explicação pelos próprios Adventistas.

1- Segundo a vosa crença, quem é maior, Cristo ou o


Sábado?

2- Vocês dizem: “Santificar o Sábado ao Senhor importa em


salvação eterna (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 22 – 2ª
edição, 1956)”. Em que texto da Bíblia se apoiam?

3- No fundo, qual é o vosso objectivo quanto ao Sábado,


ensinar as pessoas a guardá-lo ou ensiná-las a serem
membros da vossa denominaçao? Vamos supor que a
I.E.C.A ou uma outra denominaçao adote o Sábado
como dia de adoraçao, o problema fica resolvido?

4- Se a Salvação eterna depende do Sábado, para que


serve Cristo?

5- Se os cristãos devem guardar o sábado cerimonial


judaico, como se explica que o Senhor Jesus Cristo não
faz nenhuma menção do tema, ao enumerar os
mandamentos ao jovem rico em Mateus 19:16- 22?
Como é que o apóstolo Paulo escrevendo por inspiração
do Espírito Santo, não trata em nenhuma parte de suas
várias epístolas da suposta importância de se guardar o
sábado?

6- Entre a Graça e a Lei, em qual delas vocês vivem? Pela


Lei ou pela Graça? E, vocês sabem que a tentativa de
reconciliar-se com Deus por meio de obras, implica a
nulidade da obra de Cristo (o dador da Graça) e a
obrigatoriedade de se guardar toda a lei (Gl. 5.2,3)? Por

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exemplo: Circuncidam vossos filhos ao oitavo dia de vida
(Lv. 12: 2-3)? Têm observado o cerimonial de purificação
da mulher após o parto (Lv. 12: 2-7)? Não têm cortado o
cabelo nem a barba (Lv. 19: 27)? Têm entregado vossos
filhos rebeldes, para serem apedrejado (Dt. 18: 19-21)?
Duvidamos nós que, sóis capazes de guardar toda a Lei!

7- Vocês realmente guardam o sábado? Não sair de casa


no sábado (Êx. 16.29); não ferver ou assar alimentos
(Êx. 16.23); guardar o sábado dentro de casa (Êx.
16.29); não acender fogo (Êx. 35.3); não fazer viagens
(Ne. 10.31); não carregar peso (Jr. 17.21); não fazer
transações comerciais (Am. 8.5); Não usar serviço de
terceiros, tais como, taxi, água, luz, telefone, mercado,
internet, televisão, rádio, etc. (Dt. 5: 14). Têm cumprido
estas ordens Divinas?

8- Êxodo 35:2; 31:14. Diz que deve ser morto todo aquele
fazer algum trabalho no dia de Sábado. De que modo
vocês têm agido para poder obedecer à lei que ordena
matar àquelas pessoas que trabalhem no dia do sábado
cerimonial judaico?

9- Por que ensinar a outros o que vocês mesmos não


praticam (Mt 23.15; At 15.1,10; Rm 2.21)?

10- Já leram Gl. 3: 9-13? Perceberam que viver pela


lei e não cumpri-la cabalmente, nos coloca debaixo da
maldição? Dá para imaginar o que é ser amaldiçoado por
Deus?!

11- Observem as citações que as Sagradas Escrituras


fazem de cada caso do capítulo 20 de Êxodo, com sua
correspondente menção no Novo Testamento:
1º Não terás outros deuses diante de mim (Êx. 20:3; I Co. 8:4-
6; At. 17:23-31);
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2º Não farás para ti imagem de nenhuma semelhança (Êx.
20:4- 5, I Jo. 5:21);
3º Não tomarás o nome do Senhor Teu Deus em vão (Êx. 20:7;
Tg. 5:12)
4º Guardar o dia de sábado (Êx. 20:8 – Não encontramos
nenhuma referência no N. T. ou vocês encontraram?);
5º Honra a teu pai e a tua mãe (Êx. 20:12; Ef. 6:1-3);
6º Não matarás (Êx. 20:13; Rm. 13:9);
7º Não adulterarás (Êx. 20:14; Rm. 13:9; I Co. 6:9; Ef. 5:3)
8º Não furtarás (Êx. 20:15; Ef. 4:28)
9º Não dirás falso testemunho (Êx. 20:16; Cl. 3:9; Tg. 4:11)
10º Não cobiçarás (Êx. 20:17; Ef. 5:3)
Agora, se é pecado não guardar o sábado, como é possível que,
em todo o Novo Testamento não apareça esta advertência,
especialmente quando figuram todos os outros mandamentos
da lista dos dez?

12- Vocês afirmam que, no dia do juizo final, o critério de


julgamento é o decálogo (dez mandamentos), em que
parte da Bíblia se apoiam? Uma vez que o Senhor Jesus
nos ensina claramente o contário (Jo. 12: 48). A não ser
que, vocês tenham um profeta com maior autoridade e
poder que Jesus Cristo!

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***DO LITERAL AO ESPIRITUAL***
Mateus 5: 20 nos adverte a excedermos a justiça dos fariseus.

No tempo de Jesus, a Lei havia se tornado apenas um ritual


impostos por fariseus. A Lei havia perdido seu sentido espiritual
para se tornar apenas regras religiosas. Jesus não revogou de
antemão, teve primeiro que cumprir a Lei e, devolver à ela a sua
essência, baseada em princípios de Deus para a vida do
homem em direção à eternidade.

Jesus obedeceu todos os mandamentos de Deus na Lei sem,


no entanto, sujeitar-se às tradições dos escribas e fariseus, que
estavam repletas de interpretaçoes humanas que retiravam a
espiritualidade da Lei. Jesus rompeu todas as tradições e guiou
o povo de volta à palavra de Deus, tendo revelado-a como nova
forma de viver, para uma gente acostumada com a letra da Lei
e, não com a essência da vida.

Em Mt. 22: 36-40 temos um caso específico, em que Jesus dá


à Lei o sentido em sua essência. Como podemos notar, Jesus
veio para cumprir a Lei (Mt. 5: 17) e, assim o fez. Porém, ao
fazê-lo, consumou-a e a substituiu por preceitos espirituais mais
elevados que a justiça dos farizeus, limitada a cumprimento de
regas, independentemente da disposição dos corações das
pessoas.

A partir de Jesus, a Lei de Deus deve se fixar nos corações e


não nas aparências exteriores (Hb. 8:10; 10:16), porque no
coração está essência à ser observada. Podemos notar esta
realidade em Mt. 5: 27-28, onde Jesus afirma que o adultério é
mais que uma relação sexual com alguém q não seja o seu
cônjuje, mas uma disposição do coração, basta que o coraçao
planeje e o adultério já foi cometido, mesmo que isso não se
tenha realizado no mundo exterior.

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Outra evidência com o mesmo sentido, é quanto ao
mandamento que preserva a vida (Mt. 5: 21-22; 1 Jo. 3: 15), no
Velho Testamento, este mandamento só era quebrado se
houvesse um corpo morto. Mas Jesus dá ao mandamento o
sentido espiritual, condenando, inclusive, os ataques morais.
Temos, portanto, uma ampliação do sentido da Lei que, era
apenas observado no sentido literal, da letra e não do Espirito
(2 Co. 3: 6).

Será que não estamos matando nossos irmãos com a nossa


religiosidade? Quantos estão morrendo dentro das Igrejas pelo
aprendizado do ódio, da soberba espiritual e da intolerância
denominacional? São ensinado a odiarem e a se separarem de
seus irmão que não compartilham a mesma crença ou rituais,
tornando-se verdadeiros assassinos.

Basta olharmos a redores, notaremos que os “assassinos


espirituais” mostram-se rigorosos no cumprimento dos
preceitos mais duros da lei (Êx. 31: 14-15; Nm. 15: 32-35). Em
seu rigor, os “assassinos espirituais”, esquecem-se dos
mandamentos de Jesus, a essência de toda Lei (amar a Deus
e ao próximo) e executam bárbaramente as pessoas que eles
consideram “pecadoras”. Muitos são expulsos da Igreja ou
ignorados dentro dela. Nos dois casos, são lançados à morte,
sob a maldição da condenação sem qualquer misericórdia,
porque preferem cumprir a Lei (na letra), a cumprí-la em sua
essência, que é a produção da salvação.

A questão que TODOS devemos refletir: SE DEUS USAR DA


MESMA MEDIDA QUE UTILIZAM OS “ASSASSINOS
ESPIRITUAIS, QUEM SOBREVIVERÁ?!

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***O CRISTÃO E ADORAÇÃO***
QUEM É CRISTÃO?

Ao buscarmos a resposta para esta questão, faz-se necessário


percebermos a época em que surgiu este termo e, à quem foi
aplicado. Em Antioquia, os discípulos foram, pela primeira
vez, chamados de Cristãos (At. 11: 26).

Basicamente, cristão é aquele que não somente reconhece a


existência e a influência de Jesus, mas que O segue.

Para o nosso estudo, partiremos do princípio que um cristão


adoptará como prática de vida aquilo que não contraria o
ensinamento de Jesus, o Mestre dos Cristãos. Seguir em
direção oposta à Jesus, significa regeitar o próprio Cristo, como
fez o jovem que se recusou a praticar o que Jesus lhe mandou
(vender os seus bens e seguí-lo – Mt. 19: 17-20). O jovem, que
era um cumpridor declarado da Lei, rejeitou o próprio Cristo,
quem se atreveria em chamâ-lo de cristão?

Se a nossa vida espiritual, a nossa fé se fundamenta em


Moisés, Davi, Maria ou outro personagem bíblico que venha
competir ou se sobrepor aos ensinamentos de Cristo,
certamente a nossa condição de cristão fica fragilisada

A ADORÃÇAO

O termo adoração deriva da palavra adorare. Em latim, adorare


significa falar com, no sentido de ter comunhão com. Podemos
entender, então, que adorar a Deus é basicamente conversar
com Deus ou ter comunhão com Deus.

Em Mateus 4: 8-10 e Lucas 4: 6-8, encontramos um caso


específico, que nos ajuda a perceber o quanto é importante a
adoração e o seu valor para Deus. O próprio Diabo, sabe disso.

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Por alguns instantes, Diabo mostra todos os reinos do mundo e
sua glória, e propõe oferecer à Jesus, se lhe rendesse adoração
por um instante!

Se adoração implica ter comunhão com Deus, o verdadeiro


adorador, que adora em Espirito e em Verdade (Jo. 4: 23), sente
esta necessidade de estar em comunhão ininterúpta com o seu
Deus. Não existe maior alegria que viver dentro da vontade de
Deus. E viver segundo a vontade de Deus implica em conhecer
a Deus para sabermos qual a sua vontade, o que Ele nos tem
mandado (Rm. 12: 2; Ef. 5: 17-18).

Para percebermos e aceitarmos a vontade de Deus, é


necessário ter comunhão com Ele, estarmos sempre em
sintonia, ligados à Deus e, isto é adorar.

Neste sentido, a vida do cristão é uma constante adoração à


Deus. A adoração é o estilo de vida do cristão e, ele não precisa
de alguma data ou dia especial para adorar ao seu Deus. Como
seu estilo de vida, a amizade entre Deus e o crente torna-se
cada vez mais intensa, como aconteceu com os primeiros
discípulos de Jesus (Jo. 15: 15). A preocupaçao pela vontade
de Deus, faz com que o verdadeiro adorador busque cada vez
mais a santificação, TODOS OS DIAS (1Ts. 4: 3-4, 7; 1Pe. 1:
16; Hb. 12: 14).

Portanto, para quem aceita a Jesus como seu Senhor e


Salvador, e se submete a acção do Espírito Santo, não
necessita de um dia especial para adorar, porque a sua própria
vida é uma constante adoração. Adoração não é em algum
momento do dia ou da semana, é SEMPRE, TODOS DIAS !

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***CONCLUSÃO***
Até onde a Bíblia nos permite saber, a nossa salvação não é
condicionada pelo dia de Sábado. Guardar o Sábado ou
Domingo não é sinónimo de salvação, logo, a nossa
preocupação, atenção, não deve estar concentrada em dias
(Rm. 14: 5-6; Gl. 4: 9-11), mas sim, no Senhor e Salvador de
todos, Jesus Cristo (Ef. 4: 15; Cl. 3: 11; 1Pe. 4: 11). Por isso, o
único digno de nos julgar é o Senhor (1Co. 4: 4)

Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por


causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que
são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo (Cl. 2:
16-17).

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***BIBLIOGRAFIA CONSULTADA***
1. Figueiredo, Onezio. Adventismo do Sétimo Dia.

2. Grellmann, Hélio L. (2003). Nisto Cremos-27 Ensinos


Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia. Ed. Casa
Publicadora Brasileira. 7ª ed. – São Paulo.

3. Maciel, M. A. Luiz. Cinco Razões (na Bíblia) porque


deixei, fui salvo dos adventistas do Sétimo Dia.

4. Paulo at all (2008). Adventismo do Sétimo Dia.Curso de


Apologética-Nível 1. Ed.CACP. 1ª ed. -Brasil

5. Pereira, Sólon Lopes (2009). O Cristão e o Sábado.


Brasília

6. Rinald, Natanael e Romeiro, Paulo (1997).


Desmascarando as Seitas. Ed. CPAD. 2ª ed.-Rio de
Janeiro

7. Seitas e Heresias. Adventista do Sátimo Dia

8. Tessmann, Ramon. Adoração

9. www.adventismoemfoco.com.br

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