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RESPOSTA BÍBLICA AO ARTIGO

"E.G.White, A Profetisa que Falhou"


[Livro distribuído gratuitamente na Internet]

Pr. Roberto Biagini,


Mestrado em Teologia

Vamos às perguntas, objeções e dúvidas do Sr. Natanael


Rinaldi, autor polemista de um site apologético, que atacou a
Ellen G. White da Igreja Adventista do 7º Dia, julgando-a falsa
profetisa. Vamos provar que esse preconceito não tem razão de
existir, desde que se conhece a verdade sobre as dúvidas que têm
surgido contra o seu ministério, desde que ela iniciou a sua obra
extraordinária.
Essa resposta tem por objetivo esclarecer as questões
levantadas e provar biblicamente que o Dom Profético na Igreja
Adventista do 7º Dia através de Ellen G. White é legítimo e merece
todo o crédito, para honra e glória de Deus que nos outorgou uma
luz abundante e gloriosa, que está à disposição de todos os cristãos
que desejarem usufruir os seus benefícios e se confortar com esse
conhecimento inspirado.

Observação:
1) a cor preta das fontes define o artigo objetando a Ellen
G. White (daqui para a frente).
2) a cor azul, ou vermelha define as respostas que se
seguem logo abaixo, ou ao lado [entre colchetes].
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 2

Respostas Bíblicas ao Artigo:


"Ellen G. White, A Profetisa que Falhou"
Autor: Natanael Rinaldi

O ADVENTISMO É UMA SEITA


O Adventismo vale-se da Bíblia, mas a inspiração que Ellen Gould
White recebeu para escrever seus livros é igual a dos escritores
bíblicos. ... EGW é colocada nesse mesmo nível de inspiração. Isto
coloca o adventismo como uma seita.

O adventismo do sétimo dia é uma seita e não uma igreja cristã ou


uma denominação evangélica. A autoridade religiosa do
adventismo do sétimo dia repousa sobre os escritos de Ellen Gould
White, tida como a "mensageira do Senhor" . Ela é base da
autoridade religiosa dos adventistas.

"Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de seus
servos e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio dos
TESTEMUNHOS DO SEU ESPÍRITO." (O maiúsculo é nosso).
(Testemunhos Seletos, vol. II, p. 276). Assim - pode-se afirmar
que a fonte de autoridade adventista repousa sobre três
palavras: ELLEN GOULD WHITE.

Resposta:
Seria a Igreja Adventista uma seita?

Veja como o Pr. Moisés Matos reponde a esta insinuação de


que a Igreja Adventista do 7º Dia seja uma seita:
"A questão do adventismo como seita.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 3
"A questão do adventismo ser ou não uma seita não me
preocupa. Explico porque: Nem sempre a palavra "seita" tem uma
conotação ruim ou desastrosa. Os "especialistas em apologética"
que usam de forma indiscriminada esta palavra para ofender o
adventismo certamente estudaram a história do cristianismo.
"Em seus primórdios a igreja cristã nada mais era do que
uma seita rejeitada do judaísmo." Atos 24:14: "Porém confesso-te
que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo
ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que
estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas." (Nem por
isso o Cristianismo deixou de ser a fé verdadeira, apesar da
acusação de ser uma seita – comentário adicionado).
"Se continuarmos a pesquisa veremos que o mesmo ocorreu
com a Reforma Protestante do século 16. Lutero, Calvino e outros
eram considerados uma "seita do diabo" por aqueles que
detinham as "chaves do céu e do inferno": a igreja oficial.
"Apesar de os adventistas se considerarem cristãos por
crerem nas doutrinas essenciais do cristianismo, eles empunham a
bandeira de doutrinas que tem sido esquecidos pelos chamados
cristãos evangélicos em nossos dias.
"Walter Martin, conhecido autor batista do livro "The
Kingdon of the Cults", depois de uma exaustiva pesquisa sobre
doutrinas adventistas concluiu que embora a igreja tenha
doutrinas distintivas, ela ainda pode ser cristã por proclamar
verdades básicas do cristianismo.
"Apesar disso, ser chamado de seita por uma causa justa não
é ruim, mas um testemunho da verdade no tempo do fim." –
(Moisés Mattos, em um artigo distribuído).

Mas não é somente o Dr. Walter Martin, escrevendo sobre o


"Império das Seitas" que reconhece a Igreja Adventista do 7º
Dia como sendo não uma seita, mas uma igreja cristã. Muitos
famosos teólogos fazem o mesmo reconhecimento. As igrejas
Presbiterianas, Batistas, Congregacionalistas, mesmo a própria
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 4
Igreja Católica, e outras reconhecem a Igreja Adventista como
uma igreja cristã.

Mas o ponto essencial não é o reconhecimento humano; é o


reconhecimento de Deus expressando a Sua verdade na Bíblia. A
Igreja Adventista do 7º Dia pauta a sua doutrina na Palavra de
Deus, encontrada na Bíblia.

Igreja cristã, que não é uma seita é aquela que segue a


Cristo, segue o Testemunho de Jesus, segue os Seus
princípios, orientada exclusivamente por Sua Palavra, pelo ensino
da Bíblia, acima de tudo e de todos. Com efeito, se esta deve ser a
norma, então, a Igreja Adventista deve possuir o próprio
Testemunho de Jesus, porque é cristã. De fato, a Igreja dos
últimos dias ("os restantes da sua descendência") é caracterizada
pela observância dos Mandamentos de Deus (todos os 10) e o
Testemunho de Jesus (Apo. 12:17). Mas o que é o Testemunho de
Jesus? "O Testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia" (Apo.
19:10). Não se pode fugir disso, sem incorrer no erro.

Quando é que o mesmo Deus daria ao mundo cristão o


Dom Profético? "Acontecerá nos últimos dias". (Joel 2:28-32;
Atos 2:17). Esta profecia foi aplicada pelo apóstolo Pedro para os
seus dias, mas a sua aplicação maior é para os nossos dias, porque
se mencionam os sinais do Sol e da Lua (Joel 2:31), que se
cumpriram a 19 de maio de 1780, e se anuncia a 2ª vinda de Cristo
nas palavras: "antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor".
Nesse tempo, em nosso tempo, se levantou a Igreja que possui os
característicos proféticos.

Ora, observando o mundo religioso, perguntamos: Que


Igreja possui o Dom profético, nestes últimos dias da história
humana? Resposta inconfundível: a Igreja Adventista do 7º Dia.
Ela preenche as especificações da profecia como nenhuma outra.
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Mas seria o caso de confirmar o seguinte fato: Se uma igreja


não possui os característicos mencionados, não guarda todos os
Dez Mandamentos (transgride o sábado e, portanto, transgride a
todos – Tia. 2:10), se não possui o Dom de Profecia, não seria o
caso de identificá-los, a estes sim, como seitas?

Em tempo: a autoridade da doutrina da Igreja


Adventista do 7º Dia, ou sua fonte não se baseia em Ellen G.
White, mas na Bíblia, nos seus claros ensinos, que podem ser
encontrados por qualquer religioso e estudante sincero da Palavra
de Deus, sem os preconceitos tão próprios do orgulho humano.
Pela história da Igreja podemos testificar que NENHUMA
doutrina foi originada por Ellen G. White, mas pelo estudo da
Bíblia realizado por nossos pioneiros em seu tempo. Suas visões
apenas confirmaram a exatidão das verdades antes descobertas
por eles.

Disse Ellen G. White:


"Recomendo-vos... a Palavra de Deus como regra de vossa fé e
prática". (Mensagens Escolhidas, 3, pág. 29.)
"A única segurança para qualquer de nós é firmar os pés na
Palavra de Deus e estudar as Escrituras". (Mensagens Escolhidas,
3, pág.359).
"Devemos receber a Palavra de Deus como suprema
autoridade". (Testimonies for the Church, 6, pág. 402).

Complementa o Manual da Igreja Adventista do 7º Dia,


falando de suas Crenças Fundamentais: "As Escrituras Sagradas, o
Antigo e Novo Testamentos, são a Palavra de Deus escrita, dada
por inspiração divina, através de santos homens de Deus que
falaram e escreveram ao serem movidos pelo Espírito Santo. Nesta
Palavra, Deus transmitiu ao homem o conhecimento necessário
para a salvação. As Escrituras Sagradas são a infalível revelação de
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Sua vontade. Constituem o padrão do caráter, a prova da
experiência, o autorizado revelador de doutrinas e o registro
fidedigno dos atos de Deus na Historia (2Pedro 1:2 e 21; 2Tim.
3:16 e 17; Sal. 119:105; Prov. 30:5 e 6; Isa. 8:20; João 17:17; 1Tess.
2:13; Heb.4:12.)".

Portanto, essa crítica nº1 está mal dirigida, mal colocada, sem
fundo ético, doutrinário, teológico e falta exatidão histórica.
Também não encontra apoio nas principais denominações cristãs
modernas. E sobre a fonte da autoridade da Igreja Adventista,
contrariamente ao que diz o nosso oponente, não se encontra nas
três palavras indicadas (ELLEN GOULD WHITE), mas nas
Escrituras Sagradas.

JOSEPH SMITH E ELLEN GOULD WHITE.


Fazendo um paralelo entre EGW e Joseph Smith ... Os adventistas
reivindicam para a sua profetisa autoridade religiosa igual à
reivindicada por Joseph Smith Jr., dentro do mormonismo.

Resposta:
José Smith comparado a Ellen White
Para dizer algumas palavras sobre José Smith, não podemos
nos responsabilizar pelas suas pretensões. Muitos falsos profetas
tem surgido pelo mundo afora (2Ped. 2:1). Se José Smith teve
visões, então declare ao mundo as provas de que são visões do
Espírito Santo. Ninguém possui a exclusividade da verdade, mas
ela deve sobressair como tal. Mas se as "revelações" e "visões" se
contradizem com as doutrinas básicas das Escrituras, como é o
caso, então os Mórmons devem desculpas ao mundo por essa
falha. Mas isso não acontece com os escritos de Ellen G. White,
nem com o seu Dom Profético.
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Portanto, a comparação não é cabível, é completamente
absurda sim. A comparação deve ser feita com os profetas bíblicos:
se Ellen G. White cumpre o papel profético, ele deve ter um
paralelo na própria Bíblia. E é este o caso, que já foi demonstrado
em um documento distribuído na internet: "115 Comparações
entre EGW e os Profetas da Bíblia". Note que são 115
comparações, não 3, 5, ou 10! E há outras comparações que
poderiam ser adicionadas, confirmando o Dom da Profecia em
Ellen G. White em toda a Bíblia. (Se quiser adquirir o documento,
visite o site: www.iasdemfoco.net e baixe-o para o seu
computador).

CANDIDATOS AO BATISMO
... Para alguém se tornar membro da Igreja Adventista é mister
aceitar a infalibilidade de EGW. ... Não pode alguém batizar-se na
IASD se não aceitar que EGW tem inspiração divina igual a dos
escritores bíblicos.

Resposta:
Batismo, Inspiração e Infalibilidade
A questão sobre os Candidatos ao Batismo é sem
importância, porque se refere a um simples exame dos que
desejam ingressar à Igreja, não sendo condição indispensável à
aceitação inquestionável do Espírito de Profecia para serem
batizados. Uma pessoa pode não acreditar no Dom de Profecia de
Ellen G. White; mas se ela crê na salvação em Cristo, será
recebida. Diz o Manual da Igreja, à pág. 199:1 "A condição de
membro da Igreja repousa primariamente sobre base espiritual."
Portanto, qualquer candidato ao batismo será investigado
sobre esse ponto. Se uma pessoa crê em Cristo, e deseja
ardentemente a Sua salvação, e deseja se batizar na Igreja
Adventista, será aceita. Entretanto, a experiência tem provado o
fato de que se há alguém nessas condições, dificilmente ele
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rejeitará o Dom Profético, ou o Testemunho de Jesus manifestado
em Ellen G. White.

Quanto à Inspiração e Infalibilidade, o crente deve ter


mesmo uma posição correta, realmente, se quiser se beneficiar do
Espírito de Profecia: Inspiração é o método divino de colocar os
Seus pensamentos na mente do profeta; infalibilidade é um
atributo, algo que pertence somente a Deus.
Veja o que disse a respeito o D. Rebok:

"Inspiração e Infalibilidade
"É possível que surja uma pergunta muito natural, a esta
conjuntura: "Se a Bíblia e os escritos da Sra. White são inspirados,
não podemos esperar que estejam isentos de todo erro ou
enganos? Não são eles infalíveis?"
"Respondemos: Inspiração e infalibilidade são coisas diver-
sas. Ellen G. White nunca pretendeu inspiração verbal, seja para
seus próprios escritos seja para a própria Bíblia. Tampouco
pretendeu ela infalibilidade para si ou para os escritores da Bíblia.
"Quanto à infalibilidade, disse:
"No que respeita à infalibilidade, nunca a reclamei;
unicamente Deus é infalível. Sua Palavra é verdadeira, e nEle não
há mudança nem sombra de variação." — Ellen G. White, carta
10, 1891.
"Noutra ocasião escreveu: "Unicamente Deus e o Céu são
infalíveis." — The Review and Herald de 26 de julho de 1892.
"A infalibilidade não pertence a Ellen G. White. Ela nunca a
pretendeu. A infalibilidade não pertence ao homem — somente a
Deus. Portanto, mesmo os autores das Escrituras estão sujeitos a
possíveis erros humanos e a descuidos. O notável é haver tão
poucos deles em todos os 25 milhões de palavras escritas pela Sra.
White.
"Se em qualquer tempo encontrardes nos escritos da Sra.
White alguma coisa que vos pareça fora de dúvida um erro — um
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descuido histórico, um erro em geografia, aritmética, ou
cronologia — lembrai-vos simplesmente que a Sra. White nunca
pretendeu infalibilidade, e sua inspiração não é de modo algum
prejudicada por tais cochilos da pena. Poder-se-ia mesmo verificar
que a própria Sra. White não era absolutamente responsável pelo
tal erro." (Crede em Seus Profetas, pg. 84ss, e-book).

Mas a última afirmação do oponente quanto à nossa crença,


de que aceitamos como regra de fé a Revelação: "o Velho Testa-
mento, o Novo Testamento e o Espírito de Profecia" – deve ser
compreendida na base do fato de que cremos na Bíblia,
inteiramente, inclusive em sua interpretação correta da aceitação
do Dom Profético, tanto bíblico, como extra-bíblico (Ver
documento "115 Comparações", itens sobre "profetisas extra-
bíblicas").

Ou seja: a Revelação é composta pelo Dom de Profecia


expresso tanto no Novo como no Velho Testamentos, os quais
indicam a aceitação do Dom Profético extra-bíblico para
mensagens locais ou mundiais, para o tempo e as circunstâncias.
Nada mais coerente do que acatar os ensinos bíblicos que
recomendam o Espírito de Profecia, também no tempo do fim, nos
últimos dias da história desse mundo (Joel 2:28-32; Atos 2:17;
Apo. 12:17; Apo. 19:10).

COMPROVADA COMO PROFETISA


Os adventistas apresentam as seguintes características para o
reconhecimento da sua condição de profetisa:

1. Sempre falou de acordo com a Bíblia;


2. Suas profecias foram cumpridas;
3. Viveu o que pregou. (Segue-me, p. 16)
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Resposta: Requisitos do Profeta Verdadeiro
De acordo com Denton E. Rebok, em seu livro "Crede em Seus
Profetas", a lista é muito maior; o teste e a exigência são muito
mais criteriosos. A lista acima é muito limitada. Um pouco mais
de visão da obra e requisitos de um profeta bíblico se demonstrará
mais exata.

1. A Prova da Revelação de Segredos (Amós 3:7; 2Reis 6:12).


2. A Prova das Predições Cumpridas (Jer. 28:9).
3. A Prova da Guia Divina (Oséias 12:13).
4. A Prova de Harmonia com a Bíblia (Isa. 8:20).
5. A Prova dos Fenômenos Físicos (Dan. 10:8-9, 17-18).
6. A Prova dos Frutos da Vida e Obras (2Crô. 20:20; Mat. 7:15-20).
7. A Prova da Oportunidade das Mensagens (2Reis 6:12).
8. A Prova da Natureza Prática das Mensagens (Isa. 58:1)
9. A Prova da Certeza Absoluta das Mensagens (Mat. 5:18).
10. A Prova do Reconhecimento dos Contemporâneos (João
10:41).
É só provar, testar, experimentar e se verá facilmente como Ellen
White se enquadra nesse perfil, com toda a fidelidade.

AUTORIDADE DE PROFETISA
Disse ela: "Minha missão abrange a obra de um profeta, mas não
termina aí." (Orientação Profética no Movimento Adventista, p.
106).
"Os livros do ‘Espírito de Profecia’ e também os ‘Testemunhos’,
devem ser introduzidos em toda família observadora do sábado; e
os irmãos devem conhecer-lhes o valor e ser impelidos a lê-
los." (Testemunhos Seletos, vol. II, p. 291) (o grifo é nosso).

"Não são só os que abertamente rejeitam os Testemunhos ou que


alimentam dúvidas a seu respeito, que se encontram em terreno
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perigoso. Desconsiderar a luz equivale a rejeitá-la." (Idem, p.
290).

"Disse o meu anjo assistente. ‘Ai de quem mover um bloco ou


mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão
dessas mensagens é de vital importância. O destino das almas
depende da maneira em que forem elas recebidas.’"
(Primeiros Escritos, p. 258) (o grifo é nosso)

"Quanto mais o eu for exaltado, tanto mais diminuirá a fé nos


Testemunhos do Espírito de Deus... Os que tem confiança posta
em si mesmos, hão de reconhecer sempre menos a Deus nos
Testemunhos dados pelo Seu Espírito." (Ibidem 292)

"Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de Seus
Profetas e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio dos
Testemunhos do Seu Espírito." (Testemunhos Seletos, vol. II,
p. 276, 2ª edição, 1956). No texto de Hb 1.1. onde consta:
"Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos
dias pelo Filho", é mudado para indicar que hoje ... nos fala hoje
de modo diferente, ou seja, pelos escritos de EGW.

Resposta: Autoridade de Profetisa


A missão de Ellen G. White abrangeu muito mais do que a
dos profetas, porque não se limitava apenas às visões que eram
de responsabilidade deles, mas ela foi incumbida de outras
grandes tarefas, como orientar o povo de Deus no estabeleci-
mento de escolas, na obra médica, na reforma de saúde,
estabelecer casas publicadoras, escrever livros para a posteridade,
interpretar os livros inspirados da Bíblia por meio de comentários
igualmente inspirados, dirigir a obra com testemunhos precisos
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para os líderes e demais pessoas que necessitavam de orientação,
repreender o povo em seus erros, fazer muitas viagens, além de
receber as visões, etc. Sua obra é muito melhor definida como um
apóstolo, uma mensageira de Deus do que como um profeta,
embora um apóstolo também pode ser profeta, como profetisa ela
foi.
A outra citação se inclina a criticar as palavras: "ser
impelidos a lê-los". A palavra "impelido" também pode ser
entendida como "levado". O parágrafo foi reduzido, propositada-
mente, como se Ellen G. White estivesse obrigando a todos os
membros a lê-los, forçosamente. Adiante, ela diz: "Devem figurar
na biblioteca de cada família, e ser lidos e relidos. Coloquem-se
onde possam ser lidos por muitas pessoas." (2TS, 291). Ora, se os
livros forem colocados onde se podem ler, as pessoas poderão ser
"levadas", "impelidas" facilmente a lê-las sem nenhuma pressão,
mas espontaneamente. Veja como ela se expressa, noutra ocasião
sobre o mesmo ponto: "Solicito que estudeis as instruções"
(Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 4). Ellen White era muito
diplomática para ser acusada de estar forçando aos membros da
Igreja a ler os seus livros. Sua postura está sendo mal
representada. Isso é uma distorção de suas palavras. Pergunte a
qualquer adventista se ele é forçado a ler o livros dela!

Lemos na Bíblia: "Compeliu Jesus os discípulos a embarcar"


(Mat. 14:22), mas nem por isso é julgado como autoritário; Ele
estava apenas exercendo a Sua liderança, num momento de crise,
em que precisou aplicar Sua energia de Líder. Mas nem esse foi o
caso de Ellen G. White que apenas apresentava a importância de
serem lidos os livros inspirados, ao invés de serem relegados ao
esquecimento. E olha que valeram as suas palavras porque até
hoje milhões estão agora lendo com muito interesse o que ela
escreveu. Daqui não podemos fugir. Haja visto os milhões de
exemplares vendidos, que figuram dentre os maiores "best-
sellers", livros mais vendidos do planeta.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 13

"Desconsiderar a luz equivale a rejeitá-la". Foi o


próprio Cristo quem disse: "O julgamento é este: que a luz veio ao
mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque
as suas obras eram más." (João 3:19).

O destino das almas depende em como tratam da luz


recebida. Se a menosprezam e continuam em seus pecados, a
perdição será inevitável. "Porque, se vivermos deliberadamente
em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da
verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa
expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os
adversários. (Heb. 10:26-27).

"Quanto mais o eu for exaltado..." Veja o texto


completo: "Lembrem-se os pastores e o povo de que as verdades
evangélicas, se não salvam, endurecem. A rejeição da luz
torna os homens cativos, atados com cadeias de escuridão e
incredulidade. A alma que dia a dia recusa dar ouvidos aos
convites de misericórdia, pode em breve estar escutando os mais
insistentes apelos sem experimentar a menor emoção. Como
obreiros de Deus, necessitamos de maior piedade e menos
exaltação própria. Quanto mais o eu for exaltado, (como no
caso dos que rejeitam a luz de Deus) tanto mais diminuirá a fé nos
Testemunhos do Espírito de Deus. ... Os que têm a confiança posta
em si mesmos, hão de reconhecer sempre menos a Deus nos
Testemunhos dados pelo Seu Espírito". (2TS, 291). Sem
comentário.

A passagem de Heb. 1:1 é parafraseada por Ellen G.


White, como muitas vezes os próprios pregadores fazem, mas
isso não significa que não mais precisamos da mensagem de
Jesus Cristo. Pelo contrário, se o Dom de Profecia é o próprio
Testemunho de Jesus, então estamos sempre ouvindo a voz dEle,
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 14
que nos fala por meio dos profetas do Antigo e Novo
Testamentos, e ainda continua a nos falar pelo Seu Testemunho.
Além de nos ter falado pessoalmente, quando esteve aqui na
terra. Por que complicar uma coisa tão evidente e fácil de
entender? Diz-se costumeiramente que ouvimos a voz de Deus
até pelos pregadores que pregam em sinceridade a Palavra de
Deus do púlpito! Há algum objetivo de induzir o povo a rejeitar a
luz que Deus conferiu graciosamente? Estava certa Ellen G.
White; nenhuma reprovação ao que disse.

AUTORIDADE RECONHECIDA
Dizem os adventistas:
"CREMOS QUE: ... Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo,
e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação para os
adventistas do sétimo dia."...
"NEGAMOS QUE: A qualidade ou grau de inspiração dos escritos
de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras
Sagradas." (Rev. Adventista, 02/1984, p. 37).

O que está dito pela IASD é muito grave. A autoridade dos escritos
de EGW quanto à inspiração é igual a dos escritores da Bíblia.

Depois de tantas loas lançadas sobre EGW quanto à sua inspiração


divina em igualdade com os escritores da Bíblia, os adventistas
procuram diminuir o impacto de suas declarações, citando o
escrito dela: "Pouca atenção tem sido dada à Bíblia, e o Senhor nos
deu uma luz menor para guiar os homens e mulheres a uma luz
maior." (O Colportor Evangelista, p. 125).

Mas ela mesma ensina que não carecemos de uma luz menor que
nos conduza a uma luz maior. Diz ela: "Não carecemos da pálida
luz da verdade para tornar compreensíveis as Escrituras.
Semelhantemente poderíamos supor que o Sol do meio-dia
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 15
necessitasse da bruxuleante candeia da Terra para aumentar-lhe o
fulgor." (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 236).

Quem precisa de uma luz menor, quando tem uma luz


maior? Se como dizem os adventistas, EGW nada escreveu que
não se encontra na Bíblia, então fiquemos com a Bíblia. Se porém,
escreveu algo fora da Bíblia, como realmente escreveu, então
rejeitemos seus ensinos.

Resposta: Autoridade Reconhecida


Cremos que Ellen G. White foi inspirada por Deus e como não
existem graus de inspiração (uma pessoa ou é inspirada ou não
é!), negamos com efeito, que a qualidade da inspiração dela seja
diferente ou mesmo inferior ao dos escritos inspirados. Embora
ela não faça parte da Bíblia, como também os escritos extra-
bíblicos dos próprios profetas e apóstolos que não foram incluídos
na Bíblia, por algumas razões como perda, etc., não deixaram de
ser inspirados.

Note que o parágrafo a seguir, que exalta o estudo da Bíblia,


foi colocado para diminuir a necessidade que temos do Dom
Profético. Mas foi retirado do contexto da suficiência da
Palavra de Deus para a salvação.

"A Bíblia é o grande compêndio para os alunos das nossas


escolas. Ela ensina a inteira vontade de Deus para com os filhos e
filhas de Adão. É a regra de vida, ensina-nos o caráter que
precisamos formar para a vida futura. Não carecemos da
pálida luz da verdade para tornar compreensíveis as
Escrituras. Semelhantemente poderíamos supor que o Sol do
meio-dia necessitasse da singela contribuição da Terra para
aumentar-lhe o brilho. As pregações de sacerdotes e ministros não
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 16
são necessárias para salvar do erro os homens. Os que consultam
a Escritura terão percepção. Na Bíblia, todo dever é esclarecido.
Toda lição dada é compreensível. Cada lição nos revela o Pai e o
Filho. A Palavra é capaz de fazer-nos sábios para a salvação. Na
Palavra, a ciência da salvação é claramente revelada. Pesquisai as
Escrituras; pois elas são a voz de Deus falando à alma." 3TS, 236.

Com efeito, se os homens tivessem ouvido a estas palavras,


não necessitariam do Espírito de Profecia; mas como isso não
acontece, estas palavras foram necessárias até para despertá-los
sobre a importância da Bíblia para a Salvação.

Mas disse também Cristo: "Errais não conhecendo as


Escrituras nem o poder de Deus" (Mat. 22:29). Deus em Sua
misericórdia enviou o Dom Profético, a fim de livrar aos cristãos
de tantos erros, apesar de possuírem a Bíblia em suas mãos em
muitas versões, com o conhecimento de léxicos do grego e do
hebraico, e muitos comentários de teólogos famosos. Apesar de
tudo isso, vemos em nossos dias deste "século das luzes"
adicionais o que podemos chamar de "teólogos sem teologia".

"Quem precisa de uma luz menor quando tem uma


Luz maior?", pergunta o oponente. Ora, se a luz menor não
fosse tão necessária para guiar os homens dentre o povo
escolhido, por que precisaria Deus enviar a João Batista? "Ele não
era a Luz, mas veio para testificar da Luz" (João 1:8). Ele não era a
Luz verdadeira, ele era uma luz menor. Quem precisa de alguém
para mostrar a luz do Sol? Você diria, ninguém? Mas e os cegos?
Os cegos precisam que alguém lhes indique a luz. Se Cristo era a
Luz do mundo, o Sol da justiça, por que precisava de um precursor
que indicasse que Ele era a Luz? Por causa da cegueira do povo
escolhido da Igreja de Deus.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 17
Leia a Bíblia, e você verá em muitos lugares em que o povo
está sempre claudicando, errando e pecando gravemente:
"4 Orei ao Senhor, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor!
Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para
com os que te amam e guardam os teus mandamentos;
5 temos pecado e cometido iniquidades, procedemos perver-
samente e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos
e dos teus juízos;
6 e não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em
teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes e nossos pais,
como também a todo o povo da terra.
7 A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós, o corar de
vergonha, como hoje se vê; aos homens de Judá, os moradores de
Jerusalém, todo o Israel, quer os de perto, quer os de longe, em
todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas
transgressões que cometeram contra ti.
8 Ó Senhor, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos
reis, aos nossos príncipes e aos nossos pais, porque temos pecado
contra ti." Dan. 9:4-8.

Com efeito, será que OS PROTESTANTES NÃO RECONHECEM A


CEGUEIRA em que estão? Cada um prega uma doutrina diferente,
mesmo dentro da própria igreja! Eles não têm convicção sobre a
tese em que acreditar em muitos assuntos da Palavra de Deus.
(1) Eles lêem na Bíblia que a Lei de Deus é eterna (Sal.
111:7-8; 119:172 com verso 142, v. 151-152; Rom. 3:31), mas eles
dizem que essa Lei foi abolida na Cruz, quando o próprio Cristo
disse que isso era impossível (Mat. 5:17-18). Estão precisando de
uma luz menor para lhes abrir o entendimento e ver a Luz maior.
(2) Eles lêem na Bíblia que devem guardar o Sábado (Êxo.
20:8-11; Luc. 4:16; 23:56), mas inventaram desculpas para se
livrar disso e seguir a tradição católica de guardar ao domingo;
eles precisam da luz menor a fim de que lhes indique a verdade de
Deus, sem mais desculpas infundadas na Bíblia.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 18
(3) Eles lêem na Bíblia que a alma é mortal (Eze. 18:4,20;
13:18,19; Sal. 78:50), mas dizem que ela é imortal; e naturalmente,
seguem os erros decorrentes desse ensino pagão, porque se a alma
é imortal, então, deve ir para algum lugar após a morte; se não é o
Céu, o purgatório ou o limbo dos católicos, é o inferno eterno para
os ímpios, o que qualquer ímpio pode acertadamente julgar que
isso representa mal o caráter de Deus, taxando-O como injusto,
severo, autoritário. Como poderia um Deus de amor punir
eternamente aos homens pelos pecados de 70-100 anos? Queimá-
los, atormentá-los, angustiá-los, aumentar os pecados e
blasfêmias da dor, enquanto Deus existir? Donde tiraram esse
conceito de um Deus carrasco, senão nas trevas mais densas do
paganismo? Isso não é cegueira, precisando urgentemente da
ajuda do Espírito de Profecia? Certamente, eles estão precisando
da luz menor, a fim de que o paganismo seja limpado de sua visão
cega, deixando de ver os seus queridos onde não estão! Deixando
de ter esperança sem fundamento, querendo chegar ao Céu antes
do tempo, porque Jesus Cristo disse que "a tua recompensa,
recebê-la-ás na Ressurreição dos justos" (Luc. 14:14).
(4) Eles lêem na Bíblia que o Arrebatamento da igreja
será visível e audível, ao som de trombetas, e sob as luzes de
relâmpagos e da glória de Deus e de todos os bilhões de anjos
(1Tess.4:16-17; Mat.24:30-31,27), mas dizem que este arrebata-
mento será secreto; eles precisam da luz menor para ver mais
claramente a Luz maior.
(5) Eles lêem que a Palavra de Deus foi inspirada por Deus
(1Tim. 3:16), mas eles crêem e agem como se isso não fosse
verdade. Eles colocam as tradições humanas em um pedestal mais
elevado do que a própria Bíblia, tanto é que seguem essas
tradições à risca, em detrimento da Bíblia e do que ela diz,
seguindo os ditames da Igreja Católica em muitos pontos. A
guarda do domingo, a imortalidade da alma, a doutrina do inferno
presentemente, o tormento eterno, a recompensa após à morte –
tudo isso é herança do Catolicismo! De que precisam para
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 19
renunciar a tudo isso? De uma luz menor que abra os seus olhos
para verem o brilho fulgurante da Luz maior.
(6) Eles lêem na Bíblia sobre a necessidade de um Regime
Alimentar puro sem as carnes imundas (Lev. 11; Deut.14) que
nunca deixaram de ser imundas, as quais nem o lençol da visão de
Pedro pôde purificá-los (Atos 10:9-16); mas apesar de o mesmo
Pedro dizer que a dita visão se referia aos gentios que eram
considerados imundos (Atos 10:28, 34), os protestantes ainda
estão juntamente com os católicos e os ímpios comendo das coisas
que Deus proibiu claramente em Sua Palavra e recebendo a justa
punição dos seus erros nos seus corpos, através de doenças de
todo tipo. Milhares e mesmo milhões não estariam precisando
urgentemente da luz menor?
(7) Eles lêem na Bíblia claramente que nos últimos dias Deus
enviaria o Dom de Profecia (Joel 2:28; Atos 2:17), antes da 2ª
Vinda de Cristo (Joel 2:31), mas o que fizeram com a luz menor
que foi em misericórdia enviada a todos esses pretensos cristãos?
Foi rejeitada, como se fosse impossível a Deus inspirar a uma
profetiza, embora Ele já tenha feito isso muitas vezes no passado
(2Crô. 34:22; Atos 21:8-9)!

E como um resultado final, vemos a apostasia generalizada


nas igrejas, que estão morrendo e perecendo por falta de
conhecimento (Osé.4:6), professando o cristianismo, mas negando
o seu poder e eficácia (2Tim. 3:5). Querendo milagres, mas não
querendo guardar os mandamentos de Deus. Querendo os
privilégios, mas não os deveres.

Alguns reconhecem: "Eu não sei nada do Apocalipse!",


como já ouvimos de um pregador famoso na TV. Ele estava diante
de uma grande multidão, em sua igreja e teve de fazer essa
confissão. Foi uma grande vergonha. De que é ele precisa? De uma
luz menor que lhe diga: "Olha, essas profecias foram dadas para a
Igreja dos últimos dias e é muito importante o seu significado;
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 20
deixe a negligência e estude essas revelações a fim de preparar o
povo de Deus para a consumação do século! Você dará contas a
Deus pelas almas que estão sob sua responsabilidade!" A luz
menor pode ajudar a abrir os olhos cegados pela indiferença e
mornidão.

Quando eu tinha 17 anos, um pastor batista já aposentado, de


muita experiência contra dois jovens adventistas, entrou em uma
polêmica com meu irmão e eu, na cidade de Alagoinhas, BA, e
depois de um tempo combatendo a Lei e o Sábado, não
encontrando argumento mais, apelou para o livro de Daniel e
Apocalipse, acusando a Igreja Adventista do 7º Dia. Mas no final,
ele disse: "Vocês teriam um tempo para me ajudar a entender as
profecias do Apocalipse?" De que é que ele estava precisando? De
uma luz menor para orientar a sua visão cega, que lhe indicasse a
Luz maior. Ali estavam dois jovens inexperientes como luzes
menores iluminando a alma de um pastor aposentado, que não se
apascentou nem a si mesmo!

Mas, se não precisássemos de uma luz menor, por que


há tantas pessoas mergulhadas nas trevas em um tempo de
abundante luz sobre Jesus Cristo? E se os protestantes insistem
em dizer que não precisamos de uma luz menor, por que eles
escrevem e vendem tantos livros em suas muitas livrarias e casas
publicadoras evangélicas? Não são uma tentativa de pequenas
luzes indicando a Luz maior?

Ora, vamos ser coerentes. Precisamos cuidar com certas


frases de efeito que têm aparência de verdade, mas são
enganadoras, porque não contam toda a verdade, senão que
desviam da verdade completa. Se temos a Luz Maior (Jesus
Cristo) que nos deu a luz menor, vamos Lhe agradecer, e louvá-Lo,
porque através da luz menor podemos compreendê-Lo muito
mais. E se o compreendemos mais, mais O amaremos. Se mais o
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 21
amarmos, mais felizes seremos. E se mais felizes formos, mais
glórias serão dadas ao nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo.

EXPLICANDO APOCALIPSE: 19.10-12.17


É quase incrível que teólogos adventistas possam encontrar nessa
passagem apoio para a interpretação de que em EGW se cumpre
a parte final do texto acima, "porque o testemunho de Jesus é o
espírito de profecia" e que ela, como portadora do "espírito de
profecia" ao lado da guarda dos mandamentos (Ap 12.17). Com
base nos dois textos interpretam que a IASD seja ‘igreja
remanescente’.

O texto fala que o "testemunho de Jesus" é o que caracteriza o


espírito de profecia. Os profetas que falaram dele, inspirados pelo
Espírito Santo, é que tinham o espírito de profecia. Diz o texto de 1
Pe 1.10, "Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito
de Cristo, que estava neles, indicava anteriormente testificando os
sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia
de seguir." Os profetas anunciaram os sofrimentos pelos quais
Jesus iria passar e a glória que lhe seguiria. Isso lemos, em Lc
24.44-46, "Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim
estava escrito na lei de Moisés, nos profetas, e nos salmos. E disse-
lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse.
E ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos."

Mais claramente Dn 7.13,14 fala da glorificação de Cristo na sua


Segunda vinda. "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e
eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e
dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi dado o
domínio e a hora, e o reino, para que todos os povos, nações e
línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não
passará, e o seu reino o único que não será destruído." Aí está uma
interpretação dada pela própria Bíblia sobre o sentido de Ap 19.10
e reiterada pelo Senhor Jesus em Jo 5.39, recomendando que
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 22
examinássemos as Escrituras porque elas falavam dele e não sobre
EGW. É triste tomar conhecimento de que homens cultos se
prestem a uma interpretação tão capciosa de admitir que Ap 19.10
se aplicasse a essa suposta profetisa.
Resposta: Explicando Apo. 19:10; 12:17.
O articulista julga "quase incrível que os teólogos adventistas
possam achar nessa passagem apoio para a interpretação de que
em EGW se cumpre a parte final do texto" de Apo. 12:17. Está
novamente equivocado. Não é apenas por duas passagens, mas é
um estudo muito profundo de Daniel e Apocalipse. É o
desenvolvimento de uma grande cadeia profética dos profetas
apocalípticos, que indicam para a direção do povo de Deus dos
últimos dias. Não estabelecemos um assunto tão importante em
apenas dois textos. Você poderá encontrar centenas de expositores
que comprovam a profecia de Daniel 8-9, onde estão os
fundamentos e alicerces da Igreja Adventista do 7º Dia. Leia nesse
mesmo estudo abaixo.

Mas o articulista prometeu explicar "Apo. 19.10-Apo.12.17"


(sic), mas ele não fez isso. Afinal, começou com Apo. 12:17, mas
para entender esse texto, é preciso começar desde o verso 1 e ir até
o final. Todas as coisas tem que ter harmonia e verdade e
cumprimento até os nossos dias. E ele tem que dizer o que
significa toda essa profecia, o que ele não fez. Ele não explicou o
que significa "restante" ou "remanescente", porque isso é essencial
para o entendimento de que a mulher que representa a Igreja
verdadeira tem chegado aos últimos dias, pois se apresenta como
"restantes", os últimos da descendência dela.

Disse o oponente: "O texto fala que é o 'testemunho de


Jesus' que caracteriza o 'espírito de profecia' ". Não é isso
que lemos na Bíblia. A Bíblia diz: "o testemunho de Jesus é o
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 23
espírito de profecia". Mas faltou dar os característicos da Igreja
verdadeira de Apo. 12, porque ele saltou para o cap. 19, sem
explicar o 12. Os profetas que falaram de Jesus, é claro, possuíam
o espírito de profecia; mas em Apo. 12, o apóstolo João não está
falando dos profetas do passado, mas do futuro; está dizendo que
a Igreja dos últimos dias também possui o Dom de Profecia. Veja
como ele foge de um assunto para se refugiar em outro, que está
fora de contexto.

Os textos citados logo a seguir pelo opositor não explicam o


ponto crucial. Não existe didática esclarecedora para apoiar as
críticas mencionadas. Não existe interpretação séria; apenas um
amontoado de passagens fora de contexto, que não se aplicam ao
ponto nevrálgico. Assim faz um teólogo sem teologia. Ele mistura
os assuntos e pensa que os leitores inteligentes vão se satisfazer
com um grande número de textos citados fora do seu contexto!

O articulista falhou em focalizar os pontos essenciais


de Apo. 12:17:
1) A ira do dragão, e a causa de sua cólera, bem como sua
identidade.
2) A origem e o final da guerra contra a Igreja verdadeira.
3) Quem são os verdadeiros descendentes dela? Quais são
os sinais da Igreja verdadeira?
4) Qual é a conclusão fatal para as igrejas que não possuem
os sinais?
5) Por que é essencial possuir todos os 10 mandamentos e
não apenas parte deles (Tia. 2:10)?
6) Qual é a cronologia de Apo. 12:17, e o que significa
"restantes"?
7) Qual é a ampliação que Apo. 19:10 oferece para a
compreensão exata de Apo. 12:17?
8) O que é o Testemunho de Jesus no próprio tempo em
que Igreja é perseguida?
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 24
9) Quais são as evidências do verdadeiro Dom de Profecia?
10) Por que é impossível ser Igreja verdadeira sem possuir
o Dom Profético e ainda sustentar a abolição da eterna
Lei de Deus (Pro. 29:18)?

Esse entendimento é essencial e indispensável para um


estudo sério acerca da profecia sobre a Identificação da Igreja
Verdadeira de Apo. 12, em contraste com Apo. 17, que apresenta
a Babilônia e suas Filhas, a Igreja Apóstata com os seus
seguidores, que herdaram os seus mesmos enganos doutrinários!
Afinal, como podemos nos defender do erro se não soubermos
qual é a verdade no grande conflito universal?

TESTANDO A PROFETISA
Afirmam os defensores de EGW que é pela Bíblia que os seus
escritos devem ser testados. "A Bíblia é a grande medida, ou regra,
pela qual todos os outros escritos devem ser provados."(O
Testemunho de Jesus, p. 68). Para que não paire dúvida se EGW é
mulher falível ou falsa profetisa, devemos pesquisar a Bíblia que
nos dá meios de saber se uma profecia é de Deus, dos homens ou
dos demônios.

Encontramos então dois requisitos para por à prova alguém que se


intitula profeta:
1) falar em nome de Deus;
2) que suas profecias venham cumprir-se.

Isto é visto em Dt 18.20-22: "Porém o profeta que presumir


soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu não
tenho mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o
tal profeta morrerá. E, se disseres no teu coração: como
conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal
profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir,
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 25
nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou; com
soberba a falou o tal profeta, não tenhas temor dele."

A Bíblia mesma cita dois exemplos: um de profeta verdadeiro: é o


caso de Samuel. Dele se diz em 1 Sm 3.19, "E crescia Samuel, e o
Senhor era com ele; nenhuma de todas as suas palavras deixou
cair em terra." Foi Samuel aprovado por Deus como profeta
verdadeiro. O segundo exemplo é de um falso profeta por nome
Hananias. Ele é mencionado em Jr 28.1-3, 15-17: "Assim fala ao
Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Eu quebrei o jugo
do rei de Babilônia. Depois de passados dois anos completos, eu
tornarei a trazer a este lugar todos os vasos da casa do Senhor, que
deste lugar tomou Nabucodonozor, rei de Babilônia, levando-os
para Babilônia"... "E disse Jeremias, o profeta, a Hananias, o
profeta: Ouve agora, Hananias: Não te enviou o Senhor, mas tu
fizeste que este povo confiasse em mentiras. Pelo que assim diz o
Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; este ano
morrerás, porque falaste em rebeldia contra o Senhor. E morreu
Hananias, o profeta, no mesmo ano no sétimo mês." Hananias foi,
comprovadamente, um falso profeta, pois sua profecia não se
cumpriu. Ele veio a falecer por causa de sua falsa profecia.

Quando passamos para considerar as palavras de Jesus sobre


profecias, ele fala: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que
vêem até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-
se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos.? Assim, toda a
árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus
frutos, nem a árvore má dar frutos bons." (Mt 7.15, 18).
Naturalmente que os bons frutos são as profecias, profecias
cumpridas e os maus frutos são as profecias falhas, não
cumpridas.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 26
Resposta: Testando a Profetisa
Pena que o articulista não conhece os outros requisitos do
verdadeiro profeta, além desses dois, já abordados parcialmente
em páginas acima. Porém, você pode confirmá-los no artigo "115
Comparações de Ellen G. White e os Profetas da Bíblia"
de autoria do Pr. Roberto Biagini (www.iasdemfoco.net). Lá se
encontram os verdadeiros frutos, além da verdadeira identificação
de um profeta que está em pleno acordo com os outros profetas da
Bíblia.

Mas, falhou o articulista quando disse que "Naturalmente


que os bons frutos são as profecias, profecias cumpridas e os
maus frutos são as profecias falhas, não cumpridas." Qual é o
contexto de Mat. 7:15,18, que ele está "explicando"? O contexto se
encontra nos versos 22-23. Disse Jesus Cristo: "Muitos, naquele
dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós
profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos
demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então,
lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim,
os que praticais a iniquidade." Naturalmente, Cristo está falando
dos frutos vistos na vida do profeta, identificando aqueles
que profetizam, expelem demônios e realizam milagres, mas
vivem na iniquidade. A seguir, Jesus conta uma parábola, na qual
ele amplia o significado de ouvir e praticar, não o de profetizar e se
cumprir a profecia. (Mat. 7:24-27).

Consulte o apóstolo Paulo em Gál. 5:19-23, e você poderá


conferir as obras da carne e o fruto do Espírito Santo. Não se pode
confundir fruto com dom; uma coisa é o dom de profecia (Rom.
12:6); outra é o fruto do Espírito Santo (Gal. 5:22). O critério é que
o profeta que diz ter o dom, possua também o fruto, sem o qual
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 27
mesmo que se cumpra a sua profecia, não será profeta de Deus
porque não possui o Espírito Santo.

Os frutos do verdadeiro profeta não são necessariamente


as suas profecias, porque qualquer profeta pode receber uma
mensagem divina condicional que não se cumpra (Jer. 18: 7-10),
como foi o caso de Jonas, que profetizou um período de graça
de 40 dias para a cidade de Nínive, que seria destruída, mas teve
que se afastar envergonhado, porque a sua profecia não se
cumpriu (Jonas 3:4,10), embora tivesse as credenciais divinas.
Alguém disse que ele era um falso profeta? Nem os ninivitas, em
registro!

Uma das regras de interpretação que o Sr. Rinaldi poderia


aprender é esta: Para descobrir a verdade clara de um assunto,
examine toda a informação existente; não se pode estudar
um texto com exclusividade, ignorando outros que são igualmente
importantes, e ainda assim sustentar a verdade. Siga o exemplo de
Cristo: "Começando por Moisés, discorrendo por todos os
Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as
Escrituras." (Luc. 24:27).

Importante
Certos adventistas quando são questionados sobre EGW
costumam defender-se dizendo que é perseguição religiosa
esse questionamento e que isso ela já falara profeticamente:
que seria perseguida, contestada.

De fato, Ellen White falou sobre o último engano de


Satanás: "O último engano de Satanás será exatamente anular o
Testemunho do Espírito de Deus... Será ateado contra os
Testemunhos um ódio satânico." (Mensagens Escolhidas, vol. I,
p.48). Há alguns anos atrás a maioria dos adventistas aceitava o
Dom de Profecia sem resistência. Agora, existem até sites
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 28
tentando desviar o povo contra EGW. De dentro e de fora da
igreja. É o cumprimento. Não há como negar.

Os adventistas se defendem. Davi se defendeu (1Sam.


20:1); Jeremias se defendeu (Jr. 15:10); Paulo se defendeu
(Atos 22:1); e Cristo se defendeu (João 5:30). Está correto se
defender de falsas acusações e violentas perseguições. Falhou o
oponente mais uma vez em sua cegueira.

Ocorre que para escrever sobre ela sempre temos à mão suas
publicações através da CASA (Casa Publicadora Brasileira). Certo
escritor adventista, assim se pronuncia sobre os escritos e
profecias de EGW: "Tudo quanto disse e escreve foi puro,
elevado, cientificamente correto e profeticamente exato ... a irmã
White jamais escreveu uma inverdade nem fez predições que não
se cumprissem." (Subtilezas do Erro, p. 35, 49).

Quem conhece os seus livros sabe que isso é verdade. Mas


as páginas que seguem falarão mais eloquentemente com provas
bíblicas irrefutáveis acerca da exatidão dos ensinos de Ellen G.
White, bem como da veracidade de suas profecias.

SUAS VISÕES E ESCRITOS


Veremos a seguir algumas declarações de EGW confrontadas com
a Bíblia:

A Porta da Graça Fechada


Diz ela: "Por algum tempo depois da decepção de 1844, mantive,
juntamente com o corpo do advento, que a porta da graça estava
para sempre fechada para o mundo. Este ponto de vista foi
adotado antes de minha primeira visão. Foi a luz a mim concedida
por Deus que corrigiu o nosso erro, e habilitou-nos a ver a
verdadeira atitude." (Mensagens Escolhidas, vol I, p. 63).
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 29
Esta falsa profecia de EGW tem dado forte dor de cabeça aos
adventistas. Esse ensino perdurou de 1844 a 1851. Pessoas
estavam se convertendo e ela afirmava que estavam se
convertendo para pior. Não era conversão genuína do erro para a
verdade, mas mudanças de mal para pior. Todas as pessoas que
pediam a Jesus perdão de seus pecados, não eram mais ouvidos
(The Present Truth, p. 22). EGW procurou desculpar-se ao dizer
que isso ocorreu antes da sua primeira visão. Os adventistas
costumam referir-se a essa profecia como a Teoria da Porta
Fechada.

Resposta: A Porta da Graça Fechada


O ensino da Porta Fechada foi uma teoria de alguns elementos,
após a rejeição da luz das profecias pelo povo em geral, e que foi
mantido por Ellen G. White apenas antes da sua 1ª visão,
como ela mesma diz acima. Note o que mais ela disse: "Foi-me
mostrado em visão... que houve uma porta fechada em 1844.
Todos quantos viram a luz das mensagens do primeiro e do
segundo anjos e rejeitaram aquela luz, foram deixados em trevas...
Os que não viram a luz, não tinham a culpa... Era somente a classe
que desprezara a luz do Céu que o Espírito de Deus não podia
alcançar." 2 ME, 63. (Motivo claro nesses casos: rejeição da luz
dada em misericórdia, no seu tempo.)

Por que o Sr. Rinaldi omitiu a explicação completa de


Ellen G. White, retirando apenas o que poderia usar para
criticá-la? Por que o oponente não citou os textos bíblicos acerca
da Porta Fechada?

Há muitos 7 Paralelos na Bíblia acerca da Porta


Fechada:
1. Para os dias de Noé – Gên. 6:3; 7:16.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 30
2. Para os amorreus – Gên. 15:16.
3. Para os dias Sodoma e Gomorra – Gên. 19:24.
4. Para os dias de Judá – 2 Crô. 36:16.
5. Para os dias de Israel – Mat. 23:38. 1Tess. 2:16.
6. Para o tempo individual – Heb. 6:6; 10:26.
7. Para o tempo do fim – Amós 8:12; Mat. 25:10; Luc. 13:25;
Apo. 22:11.
(Motivo claro em todos os casos: rejeição da luz dada em
misericórdia, no seu tempo).

A SEGUNDA VINDA DE JESUS


O que E.G.White escreve sobre a segunda vinda de Jesus é
francamente confuso e Deus não é Deus de confusão (1 Co 14.33).
A um tempo declara que ouviu a voz de Deus que lhe anunciou o
dia e a hora da vinda de Jesus. Depois, afirma que se esqueceu do
dia e da hora.

Resposta: O Dia e Hora da Vinda de Jesus


Porventura um profeta pode se esquecer de algum detalhe de
uma visão ou não pode? Pode o profeta ser impedido em sua
memória, por vontade de Deus? É confuso o fato de alguém ter
tido um sonho de Deus e depois esquecê-lo? Nabucodonozor
que não era nenhum profeta, foi profeta por uma noite; ele teve
um sonho de Deus, mas ele o esqueceu completamente, não
apenas um simples detalhe, mas esqueceu o sonho todo, e isso foi
cumprido pela vontade de divina.

Paulo "foi arrebatado até ao paraíso, e ouviu palavras


inefáveis as quais não é lícito ao homem referir" (2Cor. 12:4). Ora,
Paulo foi ao Paraíso e nós acharíamos que ele se disporia em nos
dar as informações que ele obteve do maravilhoso Paraíso. Mas se
isso era muito importante para nós, ele não pôde satisfazer a
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 31
nossa curiosidade, falando-nos das palavras inefáveis, as quais
tanto almejávamos.

João no Apocalipse ouviu a voz dos 7 trovões e ia escrever,


mas ouviu uma ordem dizendo que guardasse em segredo as
coisas que os 7 trovões haviam falado e até hoje ficamos sem saber
mais esse segredo.

No caso de Ellen G. White, ela ouviu o dia e a hora da volta


de Cristo, mas foi impedida por Deus de emitir esse
conhecimento. Não tem nada confuso aqui, porque Deus não é
Deus de confusão, mas de altos propósitos. Tudo é feito para
atender à Sua vontade soberana.

Adverte contra os que se aventuram a marcar datas para esse


acontecimento profético. Qualquer leitor da Bíblia sabe que não é
possível sabermos o dia e a hora da vinda de Jesus. "Porém
daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o
Filho, mas unicamente meu Pai." (Mt 24.36) "Não vos pertence
saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu
próprio poder." (At 1.7).

Vejamos o que EGW escreveu sobre a segunda vinda de Jesus:


"Foi-me mostrado o grupo presente à assembléia. Disse o anjo:
‘Alguns, pasto para os vermes, alguns sujeitos às sete últimas
pragas, alguns estarão vivos e permanecerão na Terra para
serem trasladados por ocasião da vinda de Jesus. " (O Testemunho
de Jesus, p. 108) (o grifo é nosso).

Essa profecia foi feita numa reunião de manhã cedo, em Battle


Greek, Michigan, em 1856. Se diminuirmos 1856 de 2000,
teremos, como resultado, 144 anos. Porventura existe alguém
vivo daquela reunião aguardando a volta de Cristo?
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 32
Para justificar o erro profético dela, seus defensores se explicam
dizendo: "É-nos dito pela mensageira do Senhor que se a igreja
remanescente houvesse seguido o plano de Deus em fazer a obra
que lhe indicara, o dia do Senhor teria vindo antes disto, e os fiéis
teriam sido recolhidos ao reino." (idem, p. 110) É incrível como
possam ser tão fanáticas certas pessoas a ponto de justificar um
fracasso profético tão evidente no intuito de defender sua
profetiza.

Profecia não cumprida nem sempre é um fracasso,


porque às vezes é uma bênção para outros como no caso dos
ninivitas (Jonas 3:4,10) e de nosso caso, porque se a profecia de
Ellen G. White tivesse se cumprido, como muitas se cumpriram,
nós nem teríamos nascido para poder sequer contar a história,
muito menos nos salvaríamos. Os profetas estavam sujeitos a falar
profecias que não se cumpririam, embora sendo profetas
verdadeiros.
Esse era o grande problema de Jonas. Deus por Sua
grande misericórdia poderia mudar tudo. Então, ele poderia ser
chamado de falso profeta; este era o seu temor. Ele pensava muito
mais na sua reputação do que na vontade divina. Mas graças a
Deus, nem os ninivitas foram destruídos no tempo de Jonas, nem
Cristo voltou nos dias de Ellen G. White, porque assim, pela Sua
vontade podemos também ser chamados e salvos. E se cumprem
as palavras de Jeremias acerca das profecias condicionais: "Se a
tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também
eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe... Se ele fizer o
que é mal perante mim e não der ouvidos à minha voz, então, me
arrependerei do bem que houvera dito lhe faria." (Jer. 18:8,10).

Defesa da verdade não é fanatismo: Como vimos, Davi se


defendeu dos seus inimigos, Paulo apresentou a sua defesa diante
de governantes, e o próprio Cristo Se defendeu diante dos líderes
judaicos.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 33

"Fugiu Davi... e disse a Jônatas: Que fiz eu? Qual é a minha culpa?
E qual é o meu pecado diante de teu pai, que procura tirar-me a
vida?" 1Sam. 20:1.
"Contra mim se levantam falsas testemunhas". Sal. 27:12.
"Ai de mim, minha mãe! Pois me deste à luz homem de rixa e
homem de contendas para toda a terra!" Jer 15:10.
"Eu não me recusei a ser pastor, seguindo-Te. ...sejam
envergonhados os que me perseguem". Jer. 17:16.
"O Meu juízo é justo, porque não procuro a Minha própria
vontade". João 5:30.
"Ouvi agora a minha defesa". Atos 22:1.

Davi, Jeremias, Cristo, Paulo se defenderam a si mesmos e a


verdade. Quando há tantos inimigos, há necessidade de
defendermos a verdade, custe o que custar e doa em quem doer.

Outra Profecia
Diz ela: "Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas,
a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os
santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam
a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou
terremoto. Ao declarar Deus a hora, verteu sobre nós o Espírito
Santo, e nosso rosto brilhou com esplendor da glória de Deus,
como aconteceu com Moisés, na descida do monte Sinai."
(Primeiros Escritos, p. 15)

Diz EGW que não só ela, mas ainda mais 144.000 reconheceram e
entenderam a voz que indicava o dia e a hora da vinda de Jesus.
Admitimos que todos concordarão que ela deveria indicar o dia e a
hora da vinda de Jesus. O que disse no entanto? Simplesmente ela
descarta essa informação com a seguinte alegação: "Ouvi a hora
proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora
depois que saí da visão." (Mensagens Escolhidas, vol, I p. 76).
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 34

Resposta: Repetição de uma Profecia


Isso já é repetição, mas vamos dar maiores detalhes. Como eu
disse em parágrafos acima, também "admitimos que todos
concordarão" que Paulo deveria nos contar o que ele ouviu no
Paraíso (1Cor. 12:1-4), mas chegando à terra, que decepção! Não
pôde satisfazer a nossa expectante curiosidade espiritual. João
igualmente nos deixou sem saber o segredo dos 7 trovões (Apo.
10:4). Mas ninguém está cobrando isso como se fosse falha do
apóstolo-profeta.

Ademais, se Deus queria esconder essa verdade da Sua


Igreja, quem poderia impedir? Porque para o bem da mesma
Igreja, Ele já fez isso no passado. Note as Suas próprias palavras:
"Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar
agora". "Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram:
Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?
Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que
o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade" (João 16:12; Atos
1:6-7).

Ainda não chegara o tempo de serem avisados sobre o dia


e hora de Sua volta, e portanto, não só não lhes contou muitas
coisas que precisavam, mas não podiam suportar, como também
não lhes revelou o dia e a hora de Sua vinda que como Homem
não sabia Ele, mas como Deus Ele o sabia. No tempo da Sra.
White, ela recebeu uma visão futura, de que Deus haverá de
revelar o dia e a hora da vinda de Seu Filho. E como ainda não era
o tempo de Sua Igreja saber, foi bloqueada a memória de Ellen G.
White para que não desse o conhecimento. Nada mais justo e
simples para Deus que é soberano e faz tudo em suas devidas
épocas.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 35

É cômico alguém afirmar que Deus lhe deu uma visão com dados
tão importantes indicando o dia e a hora da vinda de Jesus e ela se
esquece. 144 mil presentes ouviram a mesma informação; por que
não a ajudaram a relembrar esse pormenor sobre a vinda de
Jesus? (Ellen G. White não esqueceu durante a visão, mas após a
mesma!). Estaria EGW realmente falando a verdade quando
afirma que Deus lhe deu indicação sobre o dia e a hora da vinda de
Jesus? É para duvidar. (Todos terão que decidir, se a favor ou
contra a verdade, baseada nos fatos e na sinceridade de um
profeta!). Entretanto, Jesus afirmou que do dia e hora da sua
vinda ninguém saberá (Mt 24.36). (Pelo contrário: Cristo não
falou que ninguém saberá; falou que ninguém sabe, porque um dia
o povo de Deus saberá, pouco antes da volta do Senhor).

Pena que o Sr. Rinaldi faltou novamente com a honestidade


porque ao citar Mensagens Escolhidas, vol, I p. 76, ocultou a
explicação da autora na página anterior: "Referem-se todas (as
páginas sobre o assunto) ao anúncio que será feito justo antes
da Segunda Vinda de Cristo (no Tempo de Angústia, na 7ª
Praga)". Ora, se essas coisas se referem ao futuro, não podemos
julgá-la por algo que ainda nem ocorreu, e como ela bem sabia, e
todos os adventistas sabem, os 144.000 não estavam lá
fisicamente com a Sra. White, nem com o apóstolo João,
porque ainda não se cumpriram as profecias referentes a esses
acontecimentos, e não somos imortalistas para acreditar que os
144.000 pudessem ajudar. O que Ellen G. White viu foi algo que
acontecerá num futuro bem próximo, talvez em nossos, mas não
nos dias dela. A voz de Deus será dada, anunciando o dia e a hora
da volta de Jesus Cristo. E se ninguém sabe agora qual é esse dia,
nesse tempo saberão todos os fiéis.

Isso é a mesma coisa que vemos no Apocalipse, quando o


apóstolo João se coloca numa cena futura, como se estivesse
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 36
participando dos fatos, mas que ainda não aconteceram. (Apo. 7:1-
4, 13-14; 10:4, 9-10). É interessante que os 144.000 "entoaram
novo cântico diante do trono e diante dos 4 seres viventes e dos
anciãos". Mas qual é a novidade? Ninguém pôde aprender o seu
cântico. Mas por que João não foi cobrado acerca desse cântico?
Afinal, ele ouviu o cântico sendo entoado, os 144.000 estavam lá,
mas não puderam ajudá-lo a cantar! (Apo. 14:3). A coerência
sempre foi necessária a fim de que sejamos justos com a verdade.

Mas não param aí as afirmações dela. Afirma que devemos ter


cuidado com qualquer pessoa que se aventure a indicar o dia e a
hora para a vinda de Jesus.

"Precavenham-se todos os nossos irmãos e irmãs de qualquer que


marque tempo para o Senhor cumprir Sua Palavra a respeito de
Sua vinda, ou acerca de qualquer outra promessa de especial
importância, por ele feita. ‘Não vos pertence saber os tempos ou
estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder.’ Falsos
mestres podem parecer muito zelosos da obra de Deus, e podem
despender meios para apresentar ao mundo e à igreja as suas
teorias; mas como misturam o erro com a verdade, sua mensagem
é de engano, e levara almas para veredas falsas. Deve-se-lhe fazer
oposição, não porque são homens maus, mas porque são mestres
de falsidades e procuram colocar sobre a falsidade o sinete da
verdade." (Testemunhos Seletos, vol. II, p. 359).

E não é que ela tem toda a razão? Jamais devemos marcar o


tempo para a vinda de Jesus Cristo. A Igreja Adventista do 7º Dia
assina em baixo dessas palavras, porque ela nunca marcou data
para a vinda de Jesus Cristo. Quando os cristãos fizeram isso, ou
não existia essa Igreja, ou não tomava parte nesse erro!

O julgamento que EGW faz de pessoas que misturam o erro com a


verdade, levando almas para veredas falsas, é correto. É o seu caso
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 37
específico. Não lhe fazemos oposição por ter sido má pessoa, mas
porque é provada falsa profetiza à luz da Bíblia: tem desencami-
nhado milhões de pessoas com suas falsas profecias.

Esta acusação escarnecedora é inócua, porque ainda não está


provado nesse documento que Ellen G. White seja uma falsa
profetisa. As palavras foram mal aplicadas de uma das muitas
declarações dela, defendendo a verdade contra os falsos mestres.
Em tempo, confirmando: a Igreja Adventista do 7º Dia jamais
marcou uma data para a volta de Cristo. Veja na sua história.
Apenas o movimento adventista que surgiu antes dessa Igreja foi
que marcou datas para a Vinda de Cristo.

Guerra Civil Americana


Profetizou ela sobre a guerra: "Quando a Inglaterra declarar
guerra, todas as nações terão seu próprio interesse em acudir, e
haverá guerra geral e confusão geral." (Testimonies for The
Church, vol. I, citado em Subtilezas do Erro, p. 48). É
interessante observar as palavras "Quando" e "haverá" que, num
futuro, a Inglaterra declararia guerra e com ela outras nações se
envolveriam.

Resposta: Inglaterra e USA


A história americana sobre a guerra civil não registra o
envolvimento da Inglaterra e muito menos de outras nações.
Taxativamente outra falsa profecia (Seria esta uma profecia
preditiva, uma predição? O contexto da declaração de Ellen G.
White acima prova o contrário. A frase foi isolada do seu contexto
original, fazendo parecer outra coisa).

Sobre a Guerra Civil americana não foi ela a única que errou.
Joseph Smith Jr. - Profeta da Igreja de Jesus Cristo dos Santos
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 38
dos Últimos dias, caiu no mesmo erro. EGW e Joseph Smith são
profetas do mesmo nível: suas profecias não se cumpriram. (Nada
temos com José Smith e seu erros; apenas provamos que Ellen G.
White não errou nessa questão. Veja abaixo). A fonte da profecia
era de Deus, dos homens ou dos demônios? Fica com o leitor a
resposta. (1Tm 4.1; 1Jo 4.1-3). Tudo quanto ela escreveu foi
"profeticamente exato"? (Note abaixo como os adversários
interpretam os fatos desonestamente e tire a sua conclusão!)

Ellen G. White predisse que a Inglaterra declararia guerra


contra os Estados Unidos? Aqui está o contexto da sua declaração:
"A Inglaterra está estudando se é melhor tirar proveito da
atual condição fraca de nosso país, e se aventurar a fazer guerra
contra ele. Ela está avaliando o assunto e tentando sondar
outras nações. Teme que, se iniciar uma guerra no exterior, estaria
fraca no próprio território, e outras nações tirariam proveito de
sua fraqueza. Outros países estão fazendo preparativos
silenciosos, todavia diligentes, para a guerra, e estão esperando
que a Inglaterra entre em guerra contra nossa nação, para então
terem a oportunidade de vingar-se da exploração e injustiças de
que foram vítimas no passado. Uma parte dos países sujeitos à
rainha está esperando por uma chance favorável para quebrar seu
jugo; mas se a Inglaterra achar que valerá a pena, não
vacilará um momento para aumentar as oportunidades de exercer
seu poder e humilhar nossa nação. Quando (= "se") a
Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão interesses
próprios a atender, e haverá guerra e confusão generalizadas"
(Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 259).

Note o caráter condicional destas declarações: "Teme que, se


iniciar uma guerra no exterior, estaria fraca no próprio território".
"Mas se a Inglaterra achar que valerá a pena." Então prossegue:
"Quando a Inglaterra declarar guerra. ..." É evidente que a Sra.
White está usando aqui a palavra "quando" como um sinônimo
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 39
para "se", o que é perfeitamente correto. De fato, se não
entendermos deste modo a palavra "quando" nesta conexão,
teremos uma situação complicada - uma série problemática de
"se"s é seguida por uma simples declaração de que a Inglaterra irá
declarar guerra. Assim a última sentença da Sra. White tornaria
suas sentenças anteriores sem sentido.

Um emprego parecido da palavra "quando" é encontrado na


página anterior em sua obra: "Quando nosso país observar o jejum
que Deus escolheu, então Ele aceitará suas orações no que diz
respeito à guerra". Ninguém vai achar que a palavra "quando"
nesta conexão introduz uma declaração simples relativa a um fato
futuro que indubitavelmente acontecerá.

Um paralelo inspirado desta construção com "se" e


"quando" se encontra em Jeremias 42:10-19. O profeta fala a
Israel sobre permanecer na Palestina ao invés de descer para o
Egito:

> "Se permanecerdes nesta terra. ..." verso 10


> "Mas se vós disserdes: Não ficaremos nesta terra...." verso 13
> "Se tiverdes o firme propósito de entrar no Egito ..." verso 15
> "Quando entrardes no Egito. ..." verso 18
> É evidente que a frase "quando entrardes no Egito" é sinônima
de "se entrardes no Egito".

Com a sentença "quando a Inglaterra declarar guerra", entendida


como sinônimo de "se a Inglaterra declarar guerra", a declaração
muda de uma predição para uma declaração de mera
possibilidade, porém uma possibilidade cujas potencialidades
totais muitos talvez não percebam. [Adaptado de Francis D.
Nichol, Ellen G. White and Her Critics, pp. 122, 123.]
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 40
É interessante que o articulista Sr. Rinaldi indicou a fonte
citando acima o livro "Subtilezas do Erro", pág. 48 (a pág. é
42), leu a explicação evidente, mas omitiu essa explicação aos
leitores que estão desavisados e não possuem as fontes; então,
fechando os olhos para isso, não querendo entender a
condicionabilidade da declaração, seguiu em frente para somar
mais uma aparente falha de Ellen G. White. Faltou a sinceridade
do articulista e a seriedade de uma pesquisa científica.

Note as palavras de Arnaldo B. Christianini, quando


respondia ao livro "O Sabatismo à Luz da Palavra de Deus", que
foram propositada e sutilmente omitidas pelo nosso opositor: "A
segunda suposta predição sabre um conflito entre a
Inglaterra e os EE.UU. foi igualmente engendrada pelo
imaginoso apóstata (Canright), que escreveu textualmente: 'Ainda
mais: Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as nações
terão seu próprio interesse em acudir, e haverá guerra geral.
Aconteceu algo disso? Não'." ...
"A frase foi extraída do livro Testimonies, vol. 1, pág. 259, e
isolada do seu contexto. Mas, para decepção dos nossos
opositores, também não é uma predição. Foi escrita durante a
primeira parte da guerra civil, e apenas expressa condições e
temores existentes na ocasião, referindo-se aos movimentos de
opinião que agitavam nações de outros continentes, em relação à
Inglaterra. ...
"Bastará uma simples leitura do mesmo (parágrafo acima de
Ellen G. White) para excluir-se qualquer caráter preditivo, pois o
contexto mostra claramente que se tratava de uma hipótese,
quanto a Inglaterra declarar ou não a guerra. O Parágrafo
imediatamente anterior, diz: 'Se a Inglaterra pensa que poderá
fazê-lo [declarar guerra], não hesitará um só momento em alargar
suas oportunidades de exercer seu poderio e humilhar a nossa
nação."
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 41
"Não há absolutamente nenhuma predição de guerra com os
Estados Unidos. E a este diapasão se afinam os outros exemplos
apontados por Canright, e aceitos como verazes pelo nosso
oponente.
"Reafirmamos com absoluta segurança: a irmã White
jamais escreveu uma inverdade nem fez predições que não se
cumprissem. E nisto se confirma ser ela portadora do dom de
profecia – um dos característicos da Igreja verdadeira."

Resposta: Falhas do Oponente sobre


História, Citações e Interpretação profética.
Entrando em um terreno melindroso, aplainado
pelos maiores eruditos da história da interpretação
profética!

(Ou: seria esta uma invenção adventista?)


Contagem dos 2.300 dias a partir de 457 A C.
Uma data importantíssima para os adventistas é 22 de outubro de
1844: nesse dia Jesus passou para o segundo compartimento do
santuário celestial para levar à conclusão sua obra da redenção
iniciada na cruz. Para chegar a essa data – 22 de outubro de 1844
– contaram 2.300 dias proféticos de Dn 8.14 (2.300 anos segundo
os adventistas), partindo de 457 A C. Por que 457 A.C.? Informa
ela que nessa data se deu início à reconstrução dos muros de
Jerusalém, ponto de partida para a contagem das 70 semanas de
Dn 9.25: "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar
e para edificar Jerusalém, até ao Messias..."

Diz ela: "O ponto de partida para o período de 2.300 dias, entrou
em vigor no outono do ano 457 antes de Cristo, e não no começo
do ano, conforme anteriormente se havia crido. Contando o
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 42
outono de 457, os 2.300 anos terminam no outono de 1844." (O
Conflito dos Séculos, p. 398, 24ª edição, 1980)

Qualquer pessoa um pouco cautelosa no estudo da Bíblia


descobriria que o decreto de Artaxerxes de 457 A C. não foi
expedido para a reconstrução da cidade de Jerusalém (Dn 9. 25).
Foi o decreto de Artaxerxes editado para a ornamentação do
templo de Jerusalém. [Interessante é o fato incontestável de que
foram os eruditos do passado que estabeleceram a data de 457A.C.
para o decreto da reconstrução da cidade de Jerusalém; mas como
poderia "qualquer pessoa um pouco cautelosa" dizer o contrário?
Só por falta de informação! Mas se for cautelosa e estudada, vai
dizer o mesmo!].

Os adventistas indicam a passagem de Ed 7.12 como apoio bíblico


(Apocalipse Revelado, p. 120) [A obra citada (Apocalipse
Revelado) diz à pág. 116: "Este decreto foi baixado em 457AC. Esd.
7:11-26. Esta data, objetada por alguns, está confirmada por
sólidas provas científicas (Ver The Chronology of Ezra 7, dos
Drs. S.H.Horn e L.H.Wood, pesquisadores na Andrews University,
Michigan, EUA; Roy A. Anderson, As Revelações do Apocalipse,
pág. 116). Por que será que ao invés de citar essa frase, o Sr.
Rinaldi ocultou estas palavras? Teria ele a intenção de esconder a
verdade? Sim, porque abaixo ele vai contradizer: "Os próprios
adventistas reconhecem a improcedência da data de 457 A.C." Mas
esse é outro dos muitos absurdos aqui exarados. Há uma evidente
falta de conhecimento bíblico e histórico].

Entretanto, lendo-se as passagens de Ed. 1.1,2; 4.1-5, 11-14; 6.1-5,


14,15; 7.11, 20,27 é de notar-se que as referências tratam do
decreto de ornamentação da Casa de Deus. Nada se lê sobre
a reconstrução da cidade de Jerusalém.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 43
Corrigindo: se lemos essas passagens com atenção, e mais
profundidade, veremos mais do que meias-verdades.
Vamosexaminar as passagens mencionadas acima:
Em Esd. 1:1-2, lemos que o rei Ciro emite um decreto para a
reconstrução do templo de Jerusalém, no 1º ano de seu reinado, a
537 A.C., e isso é muito diferente de simples "ornamentação da
casa de Deus". Agora, o que consideramos a reconstrução da
cidade? Estaria o templo incluído? Estariam os seus muros
incluídos? As ruas estariam incluídas na reconstrução da cidade?
Esd. 4:1-5: O livro de Esdras foi escrito para tratar da
reconstrução do templo, não da sua ornamentação; entretanto,
vemos nas entrelinhas a reconstrução da cidade: o templo, as ruas
e os muros sendo reedificados.
Esd. 4:11-14: Carta ao rei Artaxerxes. Observe o v. 12: "Seja
do conhecimento do rei que os judeus que subiram de ti vieram a
nós a Jerusalém. Eles estão reedificando aquela rebelde e
malvada cidade e vão restaurando os seus muros e reparando
os seus fundamentos." "Se aquela cidade se reedificar, e os
muros se restaurarem..." (v. 13,16,21). O oponente disse que “nada
se lê sobre a reconstrução da cidade de Jerusalém.” Mas ele citou
esse texto onde lemos claramente que os judeus estavam
reconstruindo a cidade de Jerusalém e isso faziam movidos pelo
ddecreto de Artaxerxes, em 457 AC.
O livro de Esdras não está em ordem cronológica, como os
eruditos reconhecem, de modo que os acontecimentos do capítulo
4:11-14 aconteceram vários anos após a data de Esd. 7:7 (457 AC),
possivelmente ao redor de 448 AC, sob a revolta de Megabises,
governador da província "do outro lado do rio", da qual Samaria e
Judeia formavam parte.
Ora, se a acusação dos inimigos era de que os judeus estavam
reconstruindo a cidade, a começar pelo templo, se estes judeus
subiram de Babilônia para Jerusalém com a permissão do rei, a
fim de construir a cidade em ruínas, então é claro que eles faziam
isso por ordem do rei que no caso era o próprio Artaxerxes I
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 44
Longímano. Esd. 4:12 dá a entender que os judeus estavam
seguindo um dos 3 decretos que já haviam sido emitidos (Esd
6:14), razão por que estavam autorizados plenamente a levar
avante a sua obra de reedificação. É provável que seguiam o edito
do próprio Artaxerxes. É claro que Artaxerxes já havia emitido o
tal decreto no seu 7º ano, 457 A.C.
Esd. 6:14: Aqui estão os 3 decretos, de Ciro, Dario e
Artaxerxes, cujo teor indicava implicitamente a reconstrução
definitiva da cidade.
No decreto de Esd. 7:11-26, Artaxerxes I enviando Esdras
de Babilônia a Jerusalém (457 A.C.), e confirmando os decretos
de Ciro (537 A.C.) e de Dario (520 A.C.) para a reconstrução da
cidade e do templo, deu plena autonomia ao Estado judaico
(Esd 7:25), sob o governo persa, e isso implicava em um decreto
para a plena reconstrução da cidade, do templo, das ruas e dos
muros, e era exatamente o que os judeus estavam fazendo no cap.
4, cujas obras, tanto da reedificação do templo (Esd 4:1-5,24)
como da cidade (Esd 4:6-23) foram paradas por uma conspiração
de alguns samaritanos e oficiais persas.

O decreto de reconstrução da cidade se deu em 445 A. C. como


lemos em Ne 2.1-6.
Os próprios adventistas reconhecem a improcedência da
data de 457 A. C. como a data do início da reconstrução dos
muros de Jerusalém. A reconstrução dos muros de Jerusalém se
deu sob a direção de Neemias e isso ocorreu em 445 A C. Dizem os
adventistas:

"Neemias Reconstrói Jerusalém – Neemias tinha um emprego


lucrativo fácil e seguro como copeiro do rei persa. Mas um dia
ouviu o chamado do dever. Visitou-o seu irmão de Jerusalém e lhe
disse como os muros estavam derribados e as portas queimadas.
Em resultado dessa visita, Neemias pediu que fosse encarregado
da obra de reconstruir a cidade." (Meditações Matinais 1970, p.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 45
165.) [Ora, você procuraria as bases de uma doutrina tão
importante em um livro de devoções? Isso é o cúmulo! Por que o
oponente não examinou o livro "Nisto Cremos", à pág. 422?]

A afirmação da Meditação não contradiz o fato de que o


decreto para "edificar e restaurar Jerusalém" se desse em 457
A.C. A informação do oponente está equivocada porque ele está
confundindo a reconstrução de Jerusalém com o decreto para a
reconstrução daquela cidade. Vamos corrigir a afirmação: os
adventistas reconhecem a procedência, sim, da data de 457
A.C. como data certíssima e cientificamente comprovada pela
História, pela Arqueologia, e até pela Astronomia.
(Ver as obras:
1. S. H. Horn e L. H. Wood, The Chronology of Ezra 7,
Review and Herald, 1953,1969;
2. E. G. Kraeling, The Brooklyn Museum Aramaic Papyri,
págs. 191-193;
3. Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 3, págs. 97-
100.) Basta ler a sua abundante literatura à disposição do público
sobre os 2300 anos!

Considerando que Artaxerxes subiu ao trono no ano 465, no


vigésimo ano do seu governo se deu a ordem para a reconstrução
dos muros e da cidade de Jerusalém.
[Correção: Considerando que Artaxerxes começou a reinar em
464 A.C., o seu 7º ano foi exatamente em 457 A.C., quando ele
emitiu o decreto para edificar e restaurar Jerusalém. Esd. 7:7-26.
(Ver as obras insuspeitas:
1. Enc. Britannica, vol. 9, ed. 1979, pág. 835;
2. Enciclopédia Microsoft® Encarta®, 2001, art. Neemias;
3. Dicionário Bíblico Universal, (A.R. Buckland, ed.), 2ª ed.,
pág. 77). E diz mais esse Dicionário Universal, à pág. 277: "A
segunda parte do livro de Esdras, desde 7:1ss, contém a narração
da jornada de Esdras a Jerusalém, jornada que foi empreendida
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 46
em virtude de um decreto de Artaxerxes Longímano no ano 457
AC”].

Diz o Dicionário da Bíblia, de John Davis, p. 55: "No sétimo


ano de seu reinado, 458 A. C. Artaxerxes permitiu que Esdras
levasse para Jerusalém uma grande multidão de cativos, Ed
7.11,12,21; 8.1, e no ano 20, também de seu reinado, 445 A C.
concedeu a Neemias licença para fazer sua primeira viagem a
capital judaica e reconstruir os muros da cidade, Ne 2.1, etc" (o
grifo é nosso).
Resposta: Falha na Citação do “Dicionário
da Bíblia”
A citação do Dicionário da Bíblia, de John Davis,
comprova mais uma vez a falta de honestidade e má fé de nosso
oponente, o Sr. Rinaldi, ao mesmo tempo que comprova a
exatidão da interpretação adventista: À página 146, falando sobre
as 70 semanas de Dan. 9, disse o ilustre e famoso Dr. John Davis:
"A ÚNICA COMBINAÇÃO QUE COINCIDE COM TODOS
OS DADOS HISTÓRICOS É A QUE DÁ COMO PONTO DE
PARTIDA O DECRETO DE ARTAXERXES NO ANO 7º DE
SEU REINADO, 457 A.C." A seguir, ele faz os cálculos para
alcançar o tempo de Cristo, e chega à mesma conclusão dos
adventistas, ou seja, Cristo foi batizado e iniciou o Seu ministério
no ano 27 D.C.

Note bem: ao considerar as muitas interpretações e tentativas


católicas, protestantes e judaicas para fixar um ponto de partida
para as 70 semanas (Dan.9:25), o Dr. Davis, citado para
contradizer os adventistas, chega à mesma conclusão dos
adventistas! Coerência, amigo, é uma grande virtude! Mas a
mentira tem pernas curtas!
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 47
Embora a autoridade religiosa indiscutível de EGW entre os
adventistas em se manifestar sobre assuntos bíblicos proféticos e
doutrinários, certo escritor adventista assim se manifesta: "A bem
da verdade deve-se dizer que desconhecemos o que seja
‘doutrinas da Sra. White’, de vez que ela não apresentou
nenhuma doutrina nova." (Subtilezas do Erro, p. 42). ["A bem da
verdade", Arnaldo B. Christianini estava corretíssimo ao dizer isto;
se não, é só conferir nos parágrafos abaixo, para mais uma
confirmação categórica e final de que nossos opositores estão
apenas externando os seus preconceitos. Mas a verdade sempre
sobressai contra preconceitos infundados.]

A história prova que o significado dos 2300 dias de Dan. 8:14


tem intrigado aos eruditos por quase 2000 anos. O livro
Questions on Doctrine, disponível na Internet
[http://www.sdanet.org/atissue/books/qod/index.htm], para
quem quer conhecer toda a verdade e pode ler em Inglês prova
que a doutrina profética de Dan. 8 e 9 é o resultado de muita
pesquisa de eruditos ilustres e famosos dentre os Judeus,
Católicos e Protestantes, e apresenta o desenvolvimento de sua
compreensão em 7 PASSOS PROGRESSIVOS, às pgs. 310-316:

1) A Igreja Primitiva Enfatizou as 70 Semanas de


Anos: Tertullian, Clement of Alexandria, Julius Africanus,
Eusebius Pamphili, Athanasius, Cyril de Jerusalém,
Theodoret, Polychronius, Isidore de Pelusium, Theodosius,
Miletenus, Andronicus, e Prosper de Aquitaine. E esta
posição [70 semanas de anos em Dan. 9:24-27, ou 490 anos]
por muitos anos tem sido o conceito geral entre Católicos e
Protestantes.

2) O Princípio Dia-ano Foi Aplicado Por Judeus


Medievais a Todos os Períodos de Tempo
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 48
Simbólicos: Eruditos medievais judeus foram os primeiros
a aplicar o princípio dia-ano aos períodos de dias de Daniel,
os 1290, 1335, and 2300 dias – como dias-anos, levando-os
para tempo distante ou "tempo do fim". Exemplos: 9º séc:
Nahawendi; 10º séc.: Saadia, Jeroham, and Hakohen; séc.
11º: Rashi, que considerou os 2300 dias como anos
completos. Outros eruditos que ensinaram o mesmo: rabbis
Nahmanides e Abravanel. Outros do séc. 14º e 16º, no tempo
da Reforma Protestante, num total de 21 expositores judeus,
espalhados em: Palestina Pérsia, Síria, Iraque, França,
Espanha, Algéria, Portugal, Itália, Turquia, Polônia e
Alemanha. (Ver Introdução de Apocalipse, em Barnes, pág.
xi sob o título: "Princípio Dia-Ano" para mais
esclarecimentos).

3) Eruditos Católicos Medievais Fazem um Paralelo


com a Contagem Judaica do Dia-ano: Em 1190, o
renomado Joachim de Floris, de Calabria, Itália, no séc. 13º,
os eruditos Joachimitas na Itália, Espanha, França e
Alemanha. Por ex.: em 1292, Arnold de Villanova disse que
"os 2300 dias ficam para 2300 anos". Melhor conhecidos
pela maioria dos historiadores da igreja são o ilustre
Nicholas Krebs de Cusa, cardeal, eruditos, filósofo, e teólogo
que em 1452 declarou que os 2300 dias-anos começaram no
tempo da Pérsia, estendendo-se ao Segundo Advento.

4) O Término Exato das 70 Semanas Foi Estabelecido:


Na Reforma alemã, Johann Funck (1564) foi o primeiro a
colocar corretamente as 70 semanas (490 anos) a partir do
7º ano de Artaxerxes, de 457 A.C. a 34 D.C. Nisto, ele foi
logo seguido por outros eruditos protestantes em várias
terras, tais como Cappel na França, e Bullinger na Suíça.
Além desses, contam-se os eruditos da Colônia Americana.
No século 19º, na Bretanha, no Continente, e no Norte da
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 49
África. E desde então, tais expositores como Doderlein,
Franc, Geier, Pusey, Auberlen, Blackstone, Taylor, and
Boutflower têm concorrido, como também católicos
romanos, como Lempkin, à mesma posição correta.

5) Inclusão das 70 Semanas Dentro dos 2300 Anos: No


século após à Reforma Protestante, muitos expositores
protestantes, desde o teólogo inglês George Downham
(morte em 1634) ao advogado da Bretanha Edward King em
1798, declararam que o número 2300 está envolvido no
mesmo número de 490 anos (das 70 semanas). John
Tillinghast (morte em 1655) colocava o seu fim no 2º
Advento, junto com o Reino dos santos no Milênio.
Tillinghast foi o primeiro a asseverar que as 70 semanas de
anos eram um período menor dentro do mais longo período
de 2300 anos. Ele não os colocava iniciando juntos, mas
declarou que as 70 semanas se posicionavam dentro dos
2300 anos.

6) Os 2300 Anos Envolvem a Todos os Períodos


Menores: Heinrich Horch da Alemanha declarou que "o
período dos 2300 anos é o principal período sobre todos os
outros, e inclui a todos os outros menores períodos de
tempo." Thomas Beverley, da Bretanha, cria que esse
período de 2300 anos conduzia ao Segundo Advento, ao Fim
do Mundo, à Ressurreição, à Queda do Anticristo e ao
Milênio. Brilhantes eruditos na Bretanha e Alemanha, tais
como Lowth, Whiston, Bispo Newton, Fletcher, Horch, e
Giblehr esperavam pela libertação da Igreja, a destruição do
Anticristo, o estabelecimento do Reino de Deus a ocorrerem
justo no fim deste período de 2300 anos. Alguns escritores
americanos, tais como o teólogo congregacional Cotton
Mather, Governor William Burnet, o reitor episcopal
Richard Clarke, o executivo Samuel Osgood, e o
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 50
bibliotecário de Harvard James Winthrop – todos estes
criam que o período de 2300 anos terminaria com a queda
da Babilônia espiritual, com os remanescentes, com o Reino
de Cristo, a Meia-noite do Mundo, a Destruição da Nações, o
Milênio, ou o Fim do Mundo.

7) Os 2300 Anos Começam Juntamente com as 70


Semanas: Johann P. Petri (morte 1792), pastor reformado
de Seckbach, Alemanha, em 1768 introduziu o passo final na
série lógica e progressiva dos 7 princípios levando à
inevitável conclusão e clímax: - de que os 490 anos (70
semanas de anos) são a primeira parte dos 2300 anos. Ele
foi seguido por Hans Wood, da Irlanda, e logo depois,
homens de ambos os lados do Atlântico, na África, mesmo
na Índia, e outros lugares, começaram a estabelecer suas
convicções em semelhante ponto de vista.

Com efeito, no início do século 19º, começou um Grande


Reavivamento do estudo das profecias concernentes ao fim dos
tempos. Muitos outros eruditos, espalhados pelo mundo afora,
desde a Índia, chegaram à conclusão no início do século 19º, desde
John A. Brown in 1810, a Birks in 1843, homens que publicaram
as suas convicções de que os 2300 anos terminariam cerca de
1843, '44 ou '47.

Na América do Norte, um grupo paralelo de estudiosos,


ocupando altos postos em várias denominações, chegaram às
mesmas conclusões do final do grande período, nas datas de 1843,
'44, '47, todos antes de Guilherme Miller publicar o seu primeiro
livro, em Troy, New York, em 1836 – desde William C. Davis
(1810) em diante, e estudando independentes entre si. Entre eles
podem ser incluídos o Dr. Joshua L. Wilson, moderador da
Assembléia geral Presbiteriana, o bispo episcopal John P. K.
Henshaw, Alexander Campbell, fundador da Igreja dos Discípulos,
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 51
vários colegas presidentes e professores, juízes, congressistas,
médicos, pastores de igrejas e editores de vários jornais religiosos.

Mas é tanto interessante como sgnificativo que mais de 60


homens no princípio do século 19º, espalhados pelos 4
continentes, e localizados em 12 diferentes países, incluindo até
mesmo um católico romano da suprema corte de justiça, José de
Rozas da Cidade do México – esperavam a 1843, '44, '47 como
término deste período de 2300 anos. E nesse tempo todos eles
publicaram suas expectações antes do primeiro livro de Guilherme
Miller aparecer.

Tal é o impressionante fundo histórico, em que tantos


eruditos insuspeitos, não pertencentes à Igreja Adventista do 7º
Dia, que por sinal, ainda não havia se formado, que nos
precederam. Conseqüentemente, sentimos que nossa posição – de
que os 2300 dias-anos de Dan. 8:14 se estendem de 457 A.C. a
1844 A.C. – tem um amplo precedente. Assim, à semelhança de
muitos antes de nós, como adventistas, sustentamos que a data de
1844 cumpre importante profecia que anuncia o grande Dia do
Julgamento e acontecimentos correlatos.
(Ver as bases completas da doutrina nos cap. 24 e 25 do livro
on-line "Questions on Doctrine":
(http://www.sdanet.org/atissue/books/qod/index.htm).
Ou pode-se ler em Português o mesmo livro já traduzido da
Casa Publicadora Brasileira, “Questões Sobre Doutrina”. Ver no
site www.cpb.com.br
Embora não precisamos depender da imposição intelectual
dos eruditos, podemos afirmar que nos sentimos muito felizes por
ter tantos homens ilustres que pensam como nós, e permanece o
fato de que temos uma hoste de poderosos expositores, sem um
paralelo nos anais da exposição profética.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 52
Portanto, se alguém quer nos censurar, por expormos as
profecias de Daniel e Apocalipse, para sermos coerentes, primeiro
devem lançar as suas acusações contra os maiores eruditos que a
história da Igreja conheceu, ilustres doutores que têm sustentado
essencialmente os mesmo pontos de vista, e que ocupam honrados
postos nas comunidades protestantes. Eles são reconhecidos como
excelentes eruditos cristãos. E nós, adventistas, continuamos a
tomar o nosso lugar nesta grande linha de expositores sérios das
profecias dentre os séculos, dando as mãos à brilhante, piedosa
companhia de exegetas antes de nós. Eles são os nossos ancestrais
espirituais nesta exposição, e nós, os seus lógicos sucessores e
continuadores.

Mas, se nos achamos diferindo da maioria dos


fundamentalistas e modernistas, isto é porque eles abandonaram
a posição historicista: um grupo adota o preterismo
(passado), e o outro optou pelo futurismo. Nosso ponto de vista
representa a posição uma vez sustentada pelos seus ancestrais
espirituais. Nós não baseamos a nossa doutrina sob a autoridade
de nossos predecessores; nós achamos as nossas próprias bases
em um estudo das Escrituras e uma comparação de seu
cumprimento na História. Mas nós estamos aqui respondendo a
questão sobre nossos precedentes em exposição, e nós nos
sentimos honrados em ficar nesta linha distinguida.

Para concluir: Dos fatos aqui apresentados, torna-se evidente


que nossa posição na contagem dos 2300 dias-anos não é uma
inovação. Isto está em harmonia com posições de longas datas,
mas que muitos têm deixado escapar, ou passado por alto. Isto
não pode ser corretamente chamado de uma invenção, uma
descoberta; isto é realmente, uma continuação e uma
restauração das verdades proféticas e princípios progressiva-
mente adotados através dos séculos. Portanto, nós não somos
introdutores de novas posições, mas somos sinceros restauradores
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 53
de antigas posições históricas, desenvolvidas pela Igreja Cristã
desde os primeiros séculos.

Que julguem os sinceros e honestos pesquisadores da


verdade!

OUTROS ENSINOS

Miguel e Jesus – A mesma pessoa


Diz ela: "Moisés passou pela morte, mas Cristo desceu e lhe vida
antes que seu corpo visse a corrupção. Satanás procurou reter o
corpo, pretendendo-o como seu; mas Miguel ressuscitou Moisés e
levou-o ao Céu." "... Satanás maldisse amargamente a Deus,
acusando-O de injusto por permitir que sua presa lhe fosse tirada;
Cristo, porém, não repreendeu a Seu adversário, embora fosse por
sua tentação que o servo de Deus houvesse caído. Mansamente
remeteu-o a Seu Pai, dizendo: ‘O Senhor te repreenda.’"
(Primeiros Escritos, p. 164, 3ª edição, 1988).

Dois erros doutrinários encontramos nessa declaração de


EGW: [Será?]
1) Miguel ressuscitou Moisés, quando é Jesus que ressuscitará os
mortos por ocasião da sua vinda, o que ainda não se deu (1 Ts
4.16,17; 1 Co 15.5l-54). Se Moisés não provasse a corrupção no seu
corpo e já tivesse sido ressuscitado, seria ele as primícias dos
mortos, quando, de fato, Jesus foi as primícias dos mortos, "Mas
agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos
que dormem."(1 Co 15.20).

Resposta:
A Ressurreição de Moisés e
o Arcanjo Miguel
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 54
A Bíblia relata muitas ressurreições que ocorreram antes da
ressurreição de Jesus, tanto no Antigo como no Novo Testamento,
onde o próprio Jesus operou a ressurreição de algumas pessoas,
incluindo o filho de uma viúva, a filha de Jairo, e a Lázaro. E para
se completar o quadro, até em Sua morte, Ele operou a
ressurreição de muitos (Mat. 27:52). A pergunta inescapável é
esta: Qual desses seriam as primícias dos que morreram? Porque
eles ressuscitaram antes de Cristo! Segundo o raciocínio do Sr.
Rinaldi, Moisés não poderia ter sido ressuscitado porque Ele
tiraria o mérito de Cristo de ser Ele "as primícias dos que
dormem"! Falha do oponente em sua interpretação sem
fundamento bíblico!

Evidências da Ressurreição de Moisés


A 1ª evidência da ressurreição de Moisés está no fato de que
houve uma disputa sobre o seu corpo, após à morte dele.
Satanás queria retê-lo na sepultura, mas disse a Bíblia que Miguel
ao invés de proferir alguma repreensão sobre o Diabo, disse: "O
Senhor te repreenda, Satanás!" (Jud. 9). Satanás foi repreendido e
Moisés ressuscitou. Se Moisés pudesse ter ido ao Céu como uma
alma, por que Satanás ia querer disputar sobre o seu corpo? Não
seria admissível que houvesse uma disputa sobre a corpo de
Moisés, a não ser que se tratasse da ressurreição desse corpo. O
corpo depois da morte vira pó. Mas o interesse de Satanás era
impedir a ressurreição de Moisés, porque sabia que a vida de
Moisés só seria possível pela ressurreição do seu corpo. Ele estava
interessado em que Moisés permanecesse morto, como mais um
de seus troféus. Mas Deus não permitiu isso, e ressuscitou a
Moisés por meio de Miguel.

A 2ª evidência está no fato da Transfiguração, quando


Moisés apareceu diante de Cristo e Elias. Ora, sabemos que
Enoque foi trasladado sem ver a morte (Gên. 5:24; Heb. 11:5);
sabemos que Elias fora trasladado diretamente para o Céu, num
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 55
carro de fogo e também apareceu na transfiguração (2Reis 2:11;
Mat. 17:3). Mas o que sabemos de Moisés? Ele morreu, foi
sepultado e a sua sepultura não foi encontrada (Deu. 34:5-6). E
por que não foi encontrada? É claro: o seu corpo tinha sido
ressuscitado e ele fora para o Céu, com o seu corpo glorificado,
exatamente como aconteceu com Cristo, que morreu, foi sepultado
e logo ressuscitado e assunto ao Céu. Nenhum desses foi em uma
alma desencorporada ao Paraíso. Nem Enoque, nem Elias, nem
Moisés, e nem mesmo Cristo, o supremo exemplo de como
devemos entender o que acontecerá com os que crêem no Deus
eterno: eles morrem, são sepultados, dormem um sono sem
sonhos e sem pesadelos, o sono da morte, descansam de suas
fadigas, e aguardam a manhã feliz da ressurreição. Então, viverão
eternamente, enquanto Deus existir.

A 3ª evidência da ressurreição de Moisés está no fato de que


ele não poderia se encontrar no Céu sem ressurreição,
porque ele experimentara a morte, e depois da morte, só entra no
Céu um homem que passa pela ressurreição, exatamente como
ocorreu com Cristo, que é a garantia de que todos os que passam
pela morte hão de ressuscitar para que possam herdar o Céu. E
como Moisés passou pela morte, jamais seria trasladado sem
provar a ressurreição.

A 4ª evidência está em Rom 4:14. Lendo-se as ressurreições


ocorridas na Bíblia, antes da ressurreição de Cristo, costuma-se
citar a do filho da viúva de Sarepta (I Reis 17) como a mais antiga.
Temos, contudo, em Romanos 4:14, essa espantosa revelação: "No
entanto, a morte reinou desde Adão ATÉ MOISÉS ..."
Notemos o verbo reinar, que quer dizer, dominar, prevalecer. Ora,
depois de Moisés os homens continuaram morrendo, mas o texto
acima nos diz que a morte teve domínio indiscutível sobre os
mortais ATÉ MOISÉS. Em outras palavras, até Moisés ninguém se
levantou do túmulo para provar que é possível reviver. Nisso o
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 56
diabo viu seu império abalado. Vemos nisso evidência clara à
ressurreição de Moisés.

Interessante que até os judeus criam na ressurreição de


Moisés. Havia entre eles um livro apócrifo intitulado "Assunção
de Moisés." Crê-se geralmente que Judas 9 é nada menos que uma
citação desse livro.

Muitos comentadores não adventistas também admitem a


ressurreição de Moisés.
Olshausen entende que a narrativa da transfiguração é
literal, e no seu comentário sobre o passo, afirma: "Porque se
admitimos a realidade da ressurreição do corpo e sua glorificação
– verdades que indubitavelmente fazem parte da doutrina cristã –
toda a ocorrência no monte não apresenta grandes dificuldades. A
aparição de Moisés e Elias, que é tida por muitos como ponto
assaz incompreensível, é facilmente concebida como possível, se
aceitarmos a sua glorificação corporal."
Adão Clarke, o notável comentarista assim considera o
texto de S. Mateus 17:3: "Elias veio do Céu no mesmo corpo com
que deixou a Terra, pois fora trasladado, e não viu a morte. (II
Reis 2:11). E o corpo de Moisés fora provavelmente ressuscitado,
como sinal ou penhor da ressurreição; e como Cristo está para vir
a julgar os vivos e as mortos – porque nem todos morreremos,
mas todos seremos transformados (I Coríntios 15:51) – Ele
certamente deu plena representação deste fato na pessoa de
Moisés, que morrera e então fora trazido à vida (ou aparecera
naquele momento como aparecerá ressurreto no dia final), e na
pessoa de Elias, que nunca provou a morte. Ambos os corpos
(Moisés e Elias) apresentavam a mesma aparência, para mostrar
que os corpos dos santos glorificados são os mesmos, quer a
pessoa seja arrebatada (viva) ou ressuscitada (estando morta)."
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 57
2) A passagem citada, para afirmar que Jesus não repreendeu seu
adversário, o diabo, é Judas 9, que diz: "Mas o arcanjo Miguel,
quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo
de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele;
mas disse: O Senhor te repreenda." Este texto, como lemos, trata
de Miguel, o arcanjo e não de Jesus. É a Jesus que Miguel, o
arcanjo, recorre para repreender Satanás e não a Deus, o Pai.
Confunde ela Miguel com Jesus como se ambos fossem a mesma
pessoa. Jesus, em sua vida terrena, por várias vezes, repreendeu
Satanás e ao passo que Judas 9 afirma que Miguel não pode fazê-
lo, invocando a autoridade de Jesus para isso, "O Senhor te
repreenda".
Em Mt 16.23 Jesus repreendeu Satanás ... como em Mt 4.10,11
determinando que ele se retirasse. ... Por fim, Jesus é Criador (Jo
1.3; Cl 1.15,16) e Miguel é criatura celestial, criada pelo próprio
Jesus. Os anjos não podem ser adorados (Ap 22.8,9) ao passo que
Jesus é adorado pelos próprios anjos (Hb 1.6). Miguel é um dos
primeiros príncipes (Dn 10.13) indicando com isso que existem
outros iguais a ele; entretanto, Jesus é o Unigênito do Pai,
mostrando que não existe outro igual a Ele (Jo 1.14; 3.16). Não se
pode prestar culto aos anjos (Cl 2.18) mas prestamos adoração a
Jesus (Ap 5.11-13). Esse ensino de EGW é francamente herético (2
Pe 2.1,2). [Será? Pode ser que você não tenha alcançado todas as
informações necessárias!]

Resposta: QUEM É O ANJO DO SENHOR?


Toda essa reunião de fatos bíblicos baseados nessa multidão
de textos é desnecessária, porque tenta provar uma teologia sem
base que cai por terra, pelo fato de que subtrai a verdade de que
Jesus Cristo é o Anjo do Senhor, ou Anjo de Jeová a partir do
Antigo Testamento, onde somos ensinados que Ele é adorado
como tal.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 58

Veja nesse estudo de Arnaldo B. Christianini, as provas de


que o Anjo do Senhor do Antigo Testamento é o próprio Cristo, do
Novo.
"Outra importante informação escriturística acerca da
Deidade de Cristo e Sua identificação como Jeová nos é dada no
fato de encontrarmos uma distinção entre Jeová e o Anjo de
Jeová, que se apresenta como Um em essência, PORÉM
DISTINTO DELE. São manifestações teofânicas, nas quais Deus
assume forma de um anjo ou de um homem, com títulos divinos,
aceitando adoração. Ora é "anjo", ora "Anjo de Jeová", ou "varão",
"Anjo da Presença", "servo", mas que Se confunde com o próprio
Deus. Não vamos citar todas as ocorrências bíblicas, porque são
muitas, mas apenas algumas delas para ilustrar a tese:
"a) A aparição a Agar: Gên. 16:7, 9, 10, 11 e 13: "O ANJO
DE JEOVÁ achou-se junto a uma fonte. (...) Disse-lhe o ANJO DE
JEOVÁ: Volta para a tua senhora. (...) Disse-lhe mais o ANJO DE
JEOVÁ: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência. (...)
Disse-lhe ainda mais o ANJO DE JEOVÁ: Eis que concebeste e
darás à luz um filho (...) porque JEOVÁ ouviu a tua aflição. Então
[ela] chamou a JEOVÁ QUE LHE FALAVA: Tu és Deus [Elohim]
que vê".
"Vemos que "Anjo de Jeová" é mencionado 4 vezes; no verso
11 chama-se "Jeová", e no verso 13 é "Jeová que lhe falava", e
finalmente a mesma entidade é DEUS. Não se tratava de um anjo
qualquer, pois a linguagem e os atributos não são de um mero
anjo.
"b) Gên. 22:11 e 12: "(...) bradou-lhe da céu o ANJO DE
JEOVÁ: Abraão! Abraão!" A seguir o ANJO Se chama a Si mesmo
Deus, ao dizer: "Agora sei que temes a DEUS e não ME negaste o
teu filho.
"c) Gên. 48:15 e 16: "(Jacó) abençoou a José, dizendo: o
DEUS diante de quem andaram meus pais Abraão e Isaque (...) o
ANJO que me tem livrado do mal ABENÇOE estes mancebos".
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 59
Nota: O "Deus de Abraão, Isaque e Jacó" é JEOVÁ. Prova:
Êxo. 3:15.
"d) Êxo. 3:2, 4, 6, 14: "Apareceu-lhe o ANJO DE JEOVÁ
numa chama de fogo, no meio de uma sarça. (...) Vendo JEOVÁ
que ele [Moisés] se voltou (...) Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de
Isaque e o Deus de Jacó. (...) Assim dirás aos filhos de Israel: "o
EU SOU enviou-Me a vós". E em todo a capítulo 4, chama-se
JEOVÁ o Anjo.
"e) Juízes 6:12, 14, 16, 21, 22 e 23: "Então lhe apareceu o
ANJO DE JEOVÁ e lhe disse. (...) Virou-se para ele JEOVÁ e disse
(...) Tornou-lhe JEOVÁ: 'Certamente serei contigo'. (...) e o ANJO
DE JEOVÁ desapareceu-lhe dos olhos. (...) Vi o ANJO DE JEOVÁ
face a face. (...) Disse-lhe JEOVÁ (...) Não morrerás".
"f) Em Atos 7:38, o ANJO foi quem, no monte Sinai, deu a
Moisés os Oráculos divinos contidos na Lei.
"Diz L. Boettner: "À luz do Novo Testamento, este Anjo de
Jeová que apareceu nos tempos do Velho Testamento, que falou
como Jeová, exercia o Seu poder, recebia adoração e tinha
autoridade para perdoar pecados não podia ser senão o Senhor
Jesus Cristo".
"Se o Anjo não fosse Cristo, então a pergunta: "quem será este
Personagem misterioso, 'o Anjo', não teria resposta". Este Anjo de
Jeová não era outro senão o Filho de Deus, único Mediador entre
Deus e os homens!" (Arnaldo B. Christianini, Radiografia do
Jeovismo, pág. 74-75, e-book).

QUEM É O ARCANJO MIGUEL?

1- "Judas 9 diz que Miguel não pôde repreender a


Satanás"? Judas 9 não diz que Miguel não pôde repreender a
Satanás; disse que não "ousou", não se "atreveu", o que indica que
podia fazê-lo, mas não quis, a fim de deixar isso para o Pai. A
palavra "atrever-se", "ousar" tem uma implicação de poder mas
também de perigo; e perigo se refere não para Deus, mas para as
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 60
criaturas. Por ex.: Cristo poderia ter destruído a Satanás logo após
à rebelião, mas não fez isso. Por quê? É apenas uma questão de
tempo.
Mas é impressionante o que encontramos em Zac. 3:1:
"Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante
do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para
se lhe opor." É a mesma cena de Moisés em Jud. 9; apenas se troca
esse líder por Josué, um sumo sacerdote. O profeta Zacarias
profetizou que Deus lhe mostrara a cena inédita de Satanás à
direita do Anjo do Senhor (Jahweh, no original), e ali estava para
se Lhe opor. Note isto: Um pecador (Josué), um Salvador (O Anjo
de Jeová – Isa. 63:9) e um acusador (Satanás – Apo. 12:10). Assim
como Satanás reclamou o corpo de Moisés, agora reclama a vida
de Josué. E o que diz o Salvador para Satanás? "O Senhor te
repreenda, Satanás!" (v.2). Ora, se o Salvador devia dizer ao
inimigo que o Pai o repreendesse, no tempo de Zacarias, não
admira que Ele fizesse o mesmo no tempo de Moisés!
Cristo não repreendeu a Satanás quando este foi ferir a Jó;
pelo contrário, permitiu que ele fizesse todo aquele estrago (Jó
2:3-7). Cristo não repreendeu a Satanás quando foi perturbar a
Israel, levando Davi ao pecado do censo (1Crô. 21:1). Cristo não
repreendeu a Satanás quando ele queria se opor ao sumo
sacerdote Josué (Zac. 3:2). Semelhantemente, Cristo não
repreendeu a Satanás quando ele reclamou o corpo de Moisés
(Jud. 9). Mas Ele podia fazê-lo e isso começou quando Ele já
estava na Terra.

2- "Confunde Ellen White a Miguel com Jesus como se


ambos fossem a mesma pessoa"? A acusação de confusão é vazia
pelo fato de que Jesus e Miguel são realmente, a mesma Pessoa.
Bastam alguns poucos textos para comprovar isso:
1) Dan. 10:13: Aqui Miguel é "um dos primeiros príncipes", mas
na tradução literal do hebraico (YLT – Young's Literal
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 61
Translation), Ele é "Miguel, first of the chief heads", ou o
"primeiro dos chefes cabeças", ou "primeiro dos príncipes".
2) Dan.10:21 diz que ele é "Miguel, vosso príncipe";
3) Em Dan.12:1, Miguel é "o grande Príncipe" e "Defensor" dos
filhos do povo de Deus. Ora, em Apo. 1:5, Jesus Cristo é "o
Príncipe dos reis da terra" e o "Rei dos reis" em Apo. 17:14.
Mas em 1João 2:1, Jesus Cristo é o nosso Advogado, o nosso
Defensor diante de Satanás.
4) João nos informa ainda que na ressurreição, todos os mortos
ouvirão a voz do Filho do Homem (João 5:28); e esta será a
mesma ressurreição, em que estará Miguel, "o Defensor" do
povo de Deus (Dan. 12:1-2). Mas foi o apóstolo Paulo quem
disse (1Tess. 4:16) que a voz que se ouve na ressurreição é a voz
do arcanjo.
5) Arcanjo é uma palavra grega que significa "chefe dos anjos", "o
principal dos anjos". Na teologia bíblica, portanto, o arcanjo
Miguel de que fala Jud. 9, é o próprio Senhor Jesus Cristo, o
Anjo do Senhor do Antigo Testamento, que lidera a todos os
anjos. Mas se estes são criaturas, o arcanjo Miguel é o próprio
Criador deles, que como não Se envergonha de ser chamado de
Filho do homem, também não Se envergonha de ser chamado
"arcanjo Miguel". Mas Miguel, por sua vez significa: "Quem é
semelhante a Deus?" A resposta está na própria Pessoa que
leva o nome, ou seja, Jesus Cristo que é a própria "imagem do
Deus invisível, o Primogênito de toda a Criação", o Criador dos
anjos (Col. 1:15-16). Aliás, Anjo significa mensageiro, e o
Messias seria o Mensageiro de Deus, o Seu Porta-voz, o
próprio Verbo (Jo 1:1). E Malaquias disse que o Senhor é o
Anjo da Aliança (Ml 3:1), ou, como diz Paulo, o Mediador de
superior aliança (Heb 8:6). E ainda Isaías disse que o Anjo é o
Salvador de Seu povo (Isa 63:9).
6) Entretanto, conhecendo as origens de Jud. 9, voltamos a Zac.
3:1, onde lemos que Satanás estava ao lado direito do "Anjo do
SENHOR" (Jahweh, no original). O verso 2 diz que Jeová
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 62
disse a Satanás: "Jeová te repreende, ó Satanás, sim, o
Jeová que escolheu a Jerusalém, te repreende." O Anjo do
Senhor do verso 1 é o mesmo Jeová que fala a Deus o Pai,
quando Se dirige a Satanás com as palavras: "Jeová te
repreende, ó Satanás." Ou seja, o Anjo do Senhor, que é Jeová
no Antigo Testamento, é Jesus Cristo no Novo Testamento;
esse mesmo é aquele arcanjo Miguel, que disse a Satanás: "o
Senhor te repreenda, Satanás!", acerca de Moisés (Jud. 9).
7) Em Apo. 12:9, Miguel peleja contra o dragão, Satanás,
pelejando como Líder dos anjos. Em Jos. 5:14, Jesus Cristo Se
revela a Josué como o Príncipe do Exército de Jeová, e
ordenou-lhe tirar as sandálias, por ser um lugar santo, pela
presença do próprio Deus, Ele mesmo (verso 15). Jesus Cristo
peleja com justiça, é o Comandante dos exércitos celestiais,
Líder dos exércitos de anjos que O seguem no grande conflito,
vitorioso na batalha final (Apo. 17:14; 19:11,14).

Quadro comparativo -
Miguel e Cristo são a mesma Pessoa

MIGUEL JESUS CRISTO


Arcanjo – Jud. 9 Anjo do Senhor – Zac. 3:1
"grande Príncipe" Dan. 12:1 "Príncipe dos reis da terra" –
Apo. 1:5
Primeiro dos príncipes – Dan. Primogênito – Col. 1:15
10:13 (trad. literal heb.)
nosso Príncipe – Dan. 10:21 "nosso grande Deus" – Tito
2:13
Defensor – Dan. 12:1 Advogado – 1João 2:1
Guerreiro – Apo. 12:9 Príncipe do Exército – Jos. 5:14
Vitorioso x Satanás – Apo. Vence a Satanás – Apo. 19:11;
12:7-9 20:10
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 63
Líder dos anjos – Apo. 12:9 Líder dos anjos – Apo. 19:14
Voz na ressurreição – 1Tess. Voz na ressurreição – João
4:16 5:28
"O Senhor te repreenda!" – "O JEOVÁ te repreenda!" –
Jud. 9 Zac. 3:2

Só resta uma pergunta perscrutadora: Será que Ellen G.


White confundiu "Miguel com Jesus como se ambos fossem a
mesma pessoa", ou ambos são realmente a mesma Pessoa? Que
julgue o leitor sincero para ver onde é que está o erro e a intenção
de enganar. Mas nós cremos que estava certa Ellen G. White, clara
como a Bíblia ensina.

SATANÁS, COMO CO-REDENTOR


Diz ela: "Satanás não somente arrostou o peso e castigo de seus
próprios pecados, mas também dos pecados da hoste dos remidos,
os quais foram colocados sobre ele; e também deve sofrer pela
ruína de almas, por ele causadas." (Primeiros Escritos, p. 294/95,
citado no Ritual do Santuário, p. 315), (o grifo é nosso).

Como se diz biblicamente, um abismo chama outro (Sl 42.7). É


que os erros doutrinários de EGW cada vez se tornam piores.
Ensinar que Satanás tem participação na obra redentora de Cristo,
torna-o co-redentor. Satanás representa, nos escritos de EGW, o
bode emissário, sobre quem vão cair nossos pecados. É de se
indagar se Satanás faz expiação pelos nossos pecados, pois lemos
em Lv 16.5,10 que ambos os bodes, tanto o expiatório como o bode
emissário, faziam expiação pelos pecados. "E da congregação dos
filhos de Israel tomará dois bodes para expiação do pecado e um
carneiro para holocausto."... "Mas o bode, sobre que cair a sorte
para ser bode emissário, apresentar-se-á vivo perante o Senhor,
para fazer expiação com ele, para enviá-lo ao deserto como bode
emissário." No versículo 22 se lê: "Assim aquele bode levará
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 64
sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e enviará o
bode ao deserto." (o grifo é nosso)

Ora, segundo Isaías 53 quem carrega nossos pecados é Jesus. Isso


é confirmado por Jo 1.29, quando João Batista apresentou Jesus
como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Em 1 Pe
2.24 lemos "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados
sobre o madeiro..." Satanás vai sofrer por sua rebelião contra
Deus e será levado para o lago de fogo eterno (Ap 20.10), mas
Jesus pagou o preço da nossa redenção e carregou sobre ele
nossos pecados (2 Co 5.19-21). Se, como ensina EGW, quando
Satanás for aniquilado nossos pecados serão aniquilados, então os
adventistas estão muito mal espiritualmente pois Satanás não
será aniquilado (Mt 25.41; Ap 20.10).

Resposta: Satanás é co-salvador?


Esta acusação procede do grande acusador (Apo. 12:10), que
naturalmente, não está satisfeito com o seu destino final no
grande conflito e ele sabe que os adventistas têm a verdade sobre
isso. Porém, não nos atinge. Mais uma vez o Sr. Rinaldi faltou
com a verdade, juntamente com o seu colega, Prof. João Flávio,
que produziu um vídeo sobre esse tema, conspurcando o bom
nome da Igreja Adventista do 7º Dia, através do YouTube,
atraindo a indignação de milhares de pessoas, para prejuízo de sua
própria reputação, pelo que o tiro lhe saiu pela culatra.

Entretanto, NÃO ESTAMOS SOZINHOS na compreensão


teológica sobre Lev. 16. Examinando as várias Traduções, os
Comentários, Dicionários e Enciclopédias, chegaremos à mesma
conclusão dos grandes eruditos, teólogos de todos os tempos da
história da Igreja.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 65
A tradução de Lev. 16:8 "uma sorte para o bode emissário"
está visivelmente equivocada. "uma sorte para o Senhor ..." e a
outra para quem? O leitor espera que seja a outra parte para outra
pessoa, e não para o próprio bode que restou. Ficaria estranho,
falta lógica: uma sorte para Deus, e a outra sorte voltando para o
próprio animal, sem representante.

1) VÁRIAS VERSÕES testificam o erro de se traduzir a


palavra hebraica como um animal. Note algumas da muitas
versões que transliteram o hebreu, colocando Azazel em destaque,
grafando a palavra Azazel como um nome próprio em todas as
suas 4 ocorrências em Lev. 16 (vs.: 8, 10 [2x], 26):
1) A Bíblia Nova Jerusalém;
2) A Bíblia American Standard Version;
3) A Bíblia PJFA (Portuguese J. F. A., E-Sword);
4) A Tradução Brasileira;
5) A BBE (Bible in Basic English);
6) A Bíblia de ROTHERHAM;
7) A RV (Reina-Valera);
8) A RVA (Idem Atualizada),
9) A SEV (Sagradas Escrituras 1569);
10) A DBY (Darby Translation).

Todas estas Bíblias identificam o "bode emissário" com o


nome próprio original de Azazel, reconhecendo-o como um ser
pessoal.
Mas é interessante notar uma tradução mais moderna, mais
popular: "Arão tirará a sorte entre os dois bodes, usando duas
pedras, uma com o nome do Senhor, e a outra com o nome de
Azazel". Esta foi a compreensão de certos teólogos modernos
(NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje, Lev. 16:8).

2) MUITOS COMENTARISTAS aceitam o fato de que


Azazel se refere a uma pessoa, o próprio Satanás:
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 66
1) "A versão que conserva o termo hebraico 'Azazel' dá a
entender que se trata dum nome próprio, pois supõe um contraste
entre Azazel e o Senhor". (Novo Comentário da Bíblia, em
Lev. 16:20-22).
2) O grande comentarista batista Barnes aceita não uma
tradução, mas uma transliteração como Azazel. "Azazel é um
nome pré-mosaico de um ser pessoal mau, colocado em oposição a
Jeová" (Barnes, em Lev. 16:8).
3) Outro grande comentarista, John Gill também aceita a
transliteração como Azazel. "R. Menachem interpreta Azazel como
o Diabo, o príncipe que tem poder sobre lugares desolados. Há
vários escritores cristãos de grande notoriedade que entendem
essa expressão como o Diabo. Entre os antigos se destaca:
Orígenes; e entre os modernos: Cocceius, Witsius, e Spencer."
(John Gill, em Lev. 16:8). "Na literatura judaica, Azazel era o
nome do espírito principal dos demônios (Enoque 8:1; 9:6; 10:4-
8; 13:1-2; 54:5; 55:4; 69:2)." Aben-Esra sugere que 'há um
mistério na palavra Azazel', e crê ser o demônio (John Gill, em
Lev. 16:10).
4) Igualmente os comentaristas Jamieson, Fausset e
Brown reconhecem Azazel como nome próprio (CD-ROM E-
Sword).
5) O Comentário de J. P. Lange afirma que "a grande
maioria dos modernos comentadores" entende que Azazel seja
Satanás. (Lange's Commentary, em Lev. 16).
6) F. Meyrick escreveu: "A hipótese de que Azazel seja o
espírito mau tem sido abraçada por um grande número de
expositores modernos."
"Se uma expressão designa uma pessoa, a outra deve designar
também outra pessoa; isso é uma 'prima-facie', onde as palavras
são assim contrastadas" (Pulpit Commentary, Lev. 16).
7) John E. Hartley: "A posição de que Azazel era o nome do
Diabo tem a vantagem de os dois nomes estarem num verdadeiro
paralelo". " 'Para Azazel' é paralelo com 'para Jeová' (vv. 8-10),
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 67
sugerindo que Azazel é algum tipo de ser pessoal." (Word Biblical
Commentary, vol. 4, em Lev. 16:10).
8) Keil & Delitzsch assim dizem sabiamente: "As palavras,
'uma sorte para Jeová e uma para Azazel' requerem
incondicionalmente que Azazel deva ser considerado como um ser
pessoal, em oposição a Jeová. Contudo, não devemos achar que
ele seja um demônio qualquer ... mas o próprio Diabo, o cabeça
dos anjos caídos, que foi depois chamado Satanás; porque
nenhum espírito mau subordinado deveria ter sido colocado em
antítese a Jeová como Azazel é aqui, mas somente o governante ou
o cabeça do reino dos demônios" (K & D Commentary on the OT,
398).
9) Dr. S. R. Driver comments: "Um espírito mau… A
tradução "bode emissário" (scapegoat), derivada de Jerônimo de
Symmachus, é certamente incorreta, ela não se adapta ao v. 26, e
implica uma derivação oposta ao gênio da linguagem hebraica,
como se Azazel fosse uma palavra composta... Ademais, a marcada
antítese entre 'para Azazel' e 'para JHVH' (Jeová) não deixa
margem para dúvida de que Azazel é concebido como um ser
pessoal" (Book of Leviticus, p.81.)
10) J. B. Rotherham: "Assumindo que Satanás é
representado por Azazel, e não parece haver mais nada que
biblicamente possamos assumir, é muito importante observer que
não há nenhum sacrifício oferecido para o espírito do mal" (The
Emphasized Bible, vol. 3, p. 918).
11) J. Russell Howden: "O bode para Azazel… tipifica o
desafio de Deus a Satanás" (Sunday School Times, Jan. 15, 1927).
12) E. W. Hengstenberg: "A maneira em que a frase 'para
Azazel' é contrastada com 'por Jeová', requer necessariamente que
Azazel deveria designar uma existência pessoal, e se assim é,
somente Satanás pode ser intencionado" (Egypt and the Books of
Moses, pp. 170, 171).
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 68
3) DICIONARISTAS e ENCICLOPEDISTAS também
apresentam as fontes de idêntica interpretação:
1) "Alguns intérpretes judeus consideram isso como o nome
de Satanás". (Easton's Bible Dictionary, art. Azazel).
2) "Nos tempos passados, a palavra Azazel foi por muitos
judeus e também por muitos teólogos cristãos, tais como
Orígines, considerado como o próprio Satanás que tinha caído
diante de Deus. Nesta interpretação, o contraste achado de Lev.
16:8 deve ser considerado como um pleno paralelismo, e é
perfeitamente correto." (Wilhelm Moller, ISBE, International
Standard Bible Encyclopedia, art. Azazel).
3) "A maior parte dos eruditos prefere o último
significado (de que o bode emissário representa a um demônio),
devido ao verso 8, onde há um paralelo com o nome do Senhor"
(Dicionário "Certeza", espanhol, em Lev. 16:8).

SIGNIFICADO SIMBÓLICO:
A insistência de que o bode para Azazel simboliza Jesus, ou
que era um co-salvador não procede porque, como dizem os
eruditos, "não há indicações de que o bode para Azazel fosse
oferecido como um sacrifício. Ele não foi ritualmente imolado."
(Word Biblical Commentary, Lev. 16:10). E, de fato, ele só é
enviado ao deserto após se ter completada a expiação (v. 20); a
propiciação no santuário, e a expiação pelo povo, "por toda a
congregação de Israel", já havia sido "feita" (v. 17). Só então que o
bode vivo recebia os pecados do povo, mas ele não era imolado,
sacrificado. E "sem derramamento de sangue não há remissão de
pecados" (Heb. 9:22). Ora, pecadores não necessitam de um
salvador que só entra em cena depois de os pecados deles terem
sido expiados.

"Sendo Azazel o Diabo, este rito significa que os pecados


conduzidos por este bode retornavam ao demônio, para o
propósito de removê-los da comunidade, e deixá-los em sua fonte,
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 69
a fim de que seu poder ou efeito na comunidade pudesse ser
completamente quebrado... Os pecados do povo ficavam com
Azazel, o príncipe do mal" (Word Biblical Commentary, vol. 4,
Explanation, Lev. 16).

E com efeito, assim como os pecados do povo de Deus eram


recolocados sobre a cabeça do bode que representava Azazel e
enviado para o deserto, assim também Satanás será preso
durante o Milênio (Apo. 20:1-2), e lançado no "abismo" (v. 3,
abyssos = abismo, ou lugar caótico, desértico, sem habitantes;
Gên. 1:2). Por 1000 anos vagueará pelo deserto caótico deste
mundo, destruído pelas 7 Pragas (Apo. 16; 19:17-21), e solitário,
sem ninguém para tentar, arrostando toda a sua imensa culpa de
ter instigado e seduzido os habitantes da Terra (Apo. 12:9), e
depois desse tempo será completamente destruído (Apo. 20:10;
Rom. 16:20), erradicando-se o pecado e seu originador, junto com
todos os seus seguidores, por toda a eternidade.

DESTRUIÇÃO DE SATANÁS
Algumas passagens da Bíblia parecem favorecer a idéia de que
nem Satanás nem os ímpios perecerão, ou serão destruídos. Tais
como Mat. 25:41,46; Apo. 14:11; 20:10, etc, onde as expressões
"eterno", "para todo o sempre", ou "pelos séculos dos séculos"
parecem indicar tormento sem fim, e vida eterna para os ímpios a
começar por Satanás.

Vamos deixar que A.B. Chritianini explane esse tópico:


"Não há dúvida que Satanás será aniquilado. As palavras
traduzidas, no Novo Testamento, por "eterno" e "todo o sempre"
não significam necessariamente que nunca terá fim. Vêm do grego
aion, ou do adjetivo aionios, que é derivado daquele substantivo.
Diz Otoniel Mota que "esse adjetivo, flutuante em sua significação,
espicha ou encolhe, conforme o ambiente em que está, conforme o
substantivo a que se apega; é absoluto ou relativo, conforme as
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 70
circunstâncias, de maneira que pode alargar e restringir a sua
significação." (Passagem Interessante (opúsculo), pág. 6). Ligado
por exemplo, a Deus, vida ou quaisquer atributos divinos, tem o
sentido de "sem-fim". Junto de substantivos de natureza
transitória ou perecível, certamente tem o sentido de duração
limitada.
"A carência de espaço não nos permite citar muitos exemplos
e comentários de abalizados autores e helenistas eméritos, em
torno deste ponto. H. G. Moule, por exemplo, no erudito
comentário The Cambridge Bible for Schools and Colleges, anota:
"O adjetivo tende a marcar a duração enquanto a natureza da
matéria o permite."
"Sustentam isto doutos cultores do grego, como J. H.
Moulton, George Milligan e estudiosos comentadores como Alfred
Plumer, Trench, Alexandre Cruden e outros. Sobre o significado
de aion consulte-se o conhecido léxico grego de Lidell and Scott.
"Em Judas 7, por exemplo, se diz que "Sodoma e Gomorra ...
sofrendo a pena do fogo eterno" (aionios). Estas cidades não estão
ardendo até hoje, mas arderam por um limitado espaço de tempo,
enquanto havia combustível.
"Indicamos ainda o conceituado comentário de J. P. Lange, a
respeito deste assunto.
"De fato, pregamos o aniquilamento de Satanás, seus anjos e
os ímpios. Mas esta operação incineratória não se realiza
imediatamente, num momento. A queima, o tormento no lago que
arde com fogo e enxofre (que é a segunda morte) tem uma
duração, mais ou menos, longa, proporcional à responsabilidade
dos punidos. A cada um "segundo as suas obras". Sem dúvida,
cremos numa terrível punição para os ímpios, avultando a de
Satanás, a besta e o falso profeta." (Subtilezas do Erro, pág. 49).

Reafirmamos que Satanás é o originador do pecado,


instigador e sedutor que pagará por isso, e no ajuste de contas,
será finalmente exterminado.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 71
Concluímos com o teólogo Branson: "Ele é primacialmente
responsável pelos pecados de todos os homens, e a morte de Cristo
não expia a parte de sua responsabilidade e culpa como
instigador. Cristo expiou os pecados dos homens mas não os de
Satanás. Portanto, quando os nossos pecados estiverem expiados
pelo precioso sangue de Cristo, Satã terá que responder por sua
parte naqueles mesmos pecados. Eis porque eles serão no devido
tempo lançados sobre a cabeça do maligno e ele terá que sofrer
por eles. Mas ele não tem parte alguma na expiação pela culpa do
homem. Sofrerá por sua própria culpa, por ter induzido os
homens ao pecado." (W. H. Branson, In Defense of The Faith, pág.
288)

Certa vez um homem se desgostou com o governador do


estado de Idaho, EUA, e mandou a Harry Orchard matá-lo, e lhe
pagou o preço combinado. Orchard, que era um criminoso por
encomenda, que já matara a 20 pessoas, aproveitou-se da
oportunidade para ver o seu nome famoso em todos os jornais.
Planejou, calculou e decidiu arrostar as consequências; afinal, a
sua vida já não valia muito mesmo! Ele certamente seria
apanhado, preso e condenado sem misericórdia. E assim fez,
alcançando o governador com um tiro certeiro. Foi preso, julgado
e condenado a viver o resto de sua vida na sela.
Acontece que a esposa do governador era adventista e
conheceu o criminoso mais de perto na prisão. Depois de um
tempo, ela foi à sela para falar com o assassino, e o perdoou.
Orchard era um homem perigoso, e desprezível, de quem até os
seus colegas de sela se afastavam, mas se comoveu com o perdão
recebido. Pouco depois foi visitado por um ministro adventista
que lhe falou ao coração e deixou uma Bíblia. Orchard, depois de
um conflito imenso, se converteu como adventista, deixando um
exemplo digno, a ponto de até o carcereiro confiar nele
plenamente. Alguns anos mais tarde, morreu, e ao seu funeral
compareceram mais de 500 pessoas.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 72
A história de Harry Orchard é esta: Primeiramente, pagou na
prisão pelos seus crimes; em segundo lugar, recebeu o perdão de
Deus, porque Cristo morreu na Cruz e ele aceitou Seu sacrifício, e
os seus pecados foram expiados pelo sangue de Cristo, e ele viverá
eternamente com Deus. E ponto final.
Mas não esquecemos de nada? E quanto ao assassino que
seduziu a Orchard, pagando-lhe um alto preço em dólares, e
colocando-o, mais uma vez no caminho do crime contra o
governador de Idaho? Não seria ele também culpado por ter
seduzido aquele homem? Não deveria ele também pagar por sua
culpa? Bem, ele não matou literalmente ao estadista, mas a justiça
mesmo humana vai caçá-lo, a fim de que pague por ter mandado
matar ao governador. Ademais disso, no Juízo divino, a justiça de
Deus exigirá que ele pague por seus pecados e também por ter
feito a Orchard matar, sendo sedutor e cúmplice com o assassino.

Assim também acontecerá com Satanás. Ele é descrito na


Bíblia como o grande sedutor, o "sedutor de todo o mundo" (Apo.
12:9), o sedutor dos ímpios (Apo. 20:10) e dos crentes (1Ped. 5:8-
9). Ele pagará por todos os seus crimes hediondos, por todas as
suas iniquidades, por ter seduzido aos ímpios, e pagará também
por ter seduzido ao povo de Deus que pecou por sua causa. Ele
tem culpa pelos seus pecados e pelos que ele seduziu a outros
pecar. Os pecados dos cristãos são de responsabilidade deles, mas
uma outra parte de culpa que não foi expiada por Cristo na Cruz,
pesa sob a responsabilidade do grande apóstata, sobre Satanás.
Ele deve expiar essa culpa sozinho, andar por 1000 anos pelo
deserto desse mundo inabitado durante o milênio, e finalmente,
será destruído no fogo.

A Bíblia tem um exemplo claro. Em Apo. 13:14, lemos que a


2ª besta seduz aos homens com os sinais que realiza, a fim de que
os pecadores recebam a marca da besta. Pois em Apo. 19:20, essa
2ª besta (= falso profeta) recebe duplamente o castigo: por seus
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 73
pecados e por ter seduzido aos homens. Isso acontecerá com
Satanás também. É um julgamento justo, porque o sedutor
também é um criminoso, embora não tenha praticado literalmente
o crime específico que ele mandou executar. Ele tem uma parte de
responsabilidade nos pecados dos crentes. Isso será colocado
sobre os seus ombros. Essa expiação dos pecados dos salvos sobre
si mesmo não se destina a salvar aqueles que já estão salvos, mas
expiar a sua própria culpa com relação aos pecados que ele os
instigou.

Estava certa Ellen G. White, mais uma vez. Falharam os


oponentes dela.

UM EXEMPLO DE RETRATAÇÃO
Portanto, Satanás é o autor do pecado e não co-salvador dos
pecadores. É preciso muita intolerância contra os adventistas para
expressar tal acusação. A. B. Christianini, na obra citada, à pág.
48, relembra o fato de que o Pr. Grant Stroh (redator do jornal
evangélico do Instituto Bíblico Moody) acusou a Igreja Adventista
de ensinar que Satanás era seu salvador. Entretanto, como se
tratava de um homem honesto e sincero, recorreu depois à sua
literatura e se retratou publicamente, pedindo perdão e desculpas
pela imprensa à Igreja adventista conspurcada.

Não seria o caso de o Sr. Rinaldi que escreveu este


documento e do Sr. João Flávio que editou o vídeo contra os
adventistas no YouTube seguirem ambos o bom exemplo daquele
evangélico, retratando-se e pedindo perdão à Igreja Adventista,
publicamente? Estamos esperando.

A Natureza Pecaminosa de Jesus


Diz ela: "Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em forças
físicas, vigor mental e moral; e Cristo tomou sobre Si as
fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 74
podia salvar o homem das profundezas de sua degradação." (O
Desejado de Todas as Nações, p. 117).

Resposta: Jesus Teve Natureza Pecaminosa?

Ellen G. White se refere aqui ao corpo físico de Jesus Cristo,


não à sua natureza espiritual, a qual era livre de fraquezas
pecaminosas. Há na Bíblia um grupo de passagens que descreve
as duas realidades:

1) Cristo "parece" ter natureza pecaminosa. Veja o que


diz a Bíblia: "Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança
de carne pecaminosa" (Rom. 8:3). Esse texto pode ser mal
interpretado, porque semelhança não é igualdade. Mas é uma
linguagem muito forte por causa das palavras "carne pecaminosa".
Assim como Ellen G. White disse: "fraquezas da humanidade
degenerada". Se Paulo tivesse dito apenas: "semelhança de carne",
teria evitado muita polêmica sobre o assunto, mas ele disse:
"semelhança de carne pecaminosa". Se Ellen G. White tivesse dito
apenas "fraquezas da humanidade", teria evitado muita polêmica
sobre o assunto, mas ela disse "fraquezas da humanidade
degenerada". Lemos em Heb. 2:14: "Visto, pois, que os filhos têm
participação comum de carne e sangue, destes também Ele,
igualmente, participou". Não é uma linguagem forte? Cristo
participou de nossa "carne e sangue." O que você entende quando
alguém diz: “Meu filho é minha ‘carne e sangue’”? Que ele tem a
mesma natureza do pai. Aparentemente, portanto, Cristo teria
uma natureza pecaminosa.

2) Cristo não possui uma natureza pecaminosa. O


mesmo autor de Hebreus que escreveu "participação comum de
carne e sangue", também escreveu: "um Sumo Sacerdote como
este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 75
feito mais alto do que os céus" (Heb. 7:26). Jesus Cristo é um
Homem "santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores".
Em Luc. 1:35, temos esta grande revelação: "o Ente santo que há
de nascer será chamado Filho de Deus". Por aqui vemos que Cristo
foi nascido santo, sem pecado esem natureza pecaminosa. Estaria
a Bíblia se contradizendo? Comparados os dois grupos de
passagens, é isso o que parece!

3) Equilíbrio e harmonia entre os dois conceitos


inspirados. Quando Cristo veio ao mundo, nasceu como Adão
antes de pecar (conceito pré-lapsariano)? Ou veio como Adão
depois de pecar (conceito pós-lapsariano)? Ele nasceu como Adão
inocente, ou como Adão pecador, com a natureza pecaminosa?
Disse Ellen G. White que Cristo nasceu após 4.000 anos provindo
de uma raça degenerada e enfraquecida, em suas forças vitais, mas
mesmo que tomasse as fraquezas, não tomou a degeneração do
pecado, senão só as consequências na natureza física.

Adão estava no seu pleno vigor, antes de pecar; após 4.000,


porém, a humanidade estava enfraquecida. Mas e Cristo? Ele
sentia as fraquezas físicas, o cansaço, a fome, a dor, mas a Sua
natureza era incontaminada. Ele era santo no mais absoluto
sentido da palavra. Santo em sua completa natureza humana, mas
isso não o livrou de assumir as nossas fraquezas humanas
inocentes, livres do pecado, porque nasceu de uma mulher
humana. Identifica-se dessa forma com as necessidades e
debilidades tão comuns à humanidade, mas sem pecado.

Mas a mesma Ellen G. White falou de Cristo desse modo:


“Que cada ser humano seja advertido contra a idéia de tornar
Cristo totalmente humano tal como um de nós; isto não pode ser.”
(Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. v, pág. 1.128). “Ele
devia tomar Sua posição como Cabeça da humanidade ao tomar a
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 76
natureza, mas não a pecaminosidade do homem.” (Signs of The
Times, 29/05/1901).

A conclusão é de que tanto a Bíblia como Ellen G. White


apresentam a natureza pré-lapsariana e pós-lapsariana, porque
Cristo era num sentido Adão após à queda, com fraquezas e
fragilidades inocentes peculiares à humanidade; mas noutro
sentido, Ele era o segundo Adão antes da queda, ou seja, sem
propensões más, sem tendências pecaminosas, completamente
isento da mancha do pecado, sem natureza pecaminosa, separado
dos pecadores. Estava completamente certa Ellen G. White ao
falar de nosso Senhor Jesus Cristo, ao apresentar uma posição
bíblica equilibrada!

Outro livro adventista Estudos Bíblicos, p. 140/141, confirma


esse ensino da natureza pecaminosa de Jesus, dizendo: "Em sua
humanidade, Cristo participou de nossa natureza pecaminosa,
caída." "De sua parte humana, Cristo herdou exatamente o que
herda todo o filho de Adão – uma natureza pecaminosa."

Como há muitos temas polêmicos entre os cristãos de todas as


denominações, e eles se dividem muitas vezes, em assuntos não
vitais para a salvação, há duas correntes que apresentam a
Natureza Humana de Cristo: uma adota o pensamente pré-
lapsariano, outra corrente defende a natureza pós-lapsariana, mas
presentemente, depois de muitos debates e estudos, a Igreja
Adventista posicionou-se pelo equilíbrio dessas duas linhas de
pensamento, como ensinadas tanto pela Bíblia como pelos escritos
de Ellen G. White.

O livro "Estudos Bíblicos", nesse único ponto divergente,


defende o princípio pós-lapsariano; mas embora seja um "livro
adventista", editado na década de 1960, não representa o
pensamente final de nossa Igreja hoje; apresenta apenas uma das
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 77
correntes. O livro que define a posição oficial de nossa
denominação é o livro "Nisto Cremos", que está disponível na
internet, onde ele é oferecido gratuitamente, arquivo em pdf, além
da forma em Power Point, também grátis. Todos os amigos estão
convidados a obter esse livro. E se os nossos oponentes têm
alguma dúvida a respeito de toda a nossa doutrina, esse livro não
poderá deixar de ser consultado!

Jesus foi concebido sem pecado como lemos em Mt 1.18-23. ... O


mesmo se lê em Lc 1.30-35 quando o anjo Gabriel informou que
ela conceberia virginalmente. O Jesus da Bíblia era santo,
inocente, imaculado (Hb 7.26). [Aqui o Sr. Rinaldi apresenta o
pensamento pré-lapsariano: Cristo como Adão antes do pecado].

Não se pode negar a real natureza humana de Jesus: sentia fome,


sede, cansaço, sono, derramou sangue e suor. Era um homem
completo no sentido físico e negar a natureza humana de Jesus é
estar mancomunado com o anticristo (1 Jo 4.1-3; 2 Jo 7). [Agora,
o Sr. Rinaldi apresenta o pensamento pós-lapsariano: Cristo como
Adão depois do pecado] ...

... mas sem que precisemos ir ao extremo e ensinar que ele tinha
natureza humana caída, pecaminosa como a nossa. [E aqui está o
equilíbrio entre as duas correntes, como ensinado pela Igreja
Adventista e por Ellen G. White, conforme exposto acima, como
também ensinado por muitos protestantes e católicos].

Cartões de Ouro
Diz ela: "Há perfeita ordem e harmonia na cidade santa. Todos os
anjos comissionados para visitar a Terra, levam um cartão de ouro
e, ao entrarem e saírem, apresentam-no aos anjos que ficam às
portas da cidade." (Primeiros Escritos, p. 39). Nunca ouvimos
falar de visão tão estranha: que os anjos precisam identificar-se
ao sair e retornar ao céu através de um cartão de identidade de
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 78
ouro. Será que nos esquecemos de Ap 21.27? Neste texto se aponta
que na cidade celestial não entra nada que contamine. Será que
há perigo de um anjo caído entrar no Céu?

Resposta: "Cartões de ouro".


Escandalizado por Pouco?
O Sr. Rinaldi, apesar dos seus 80 anos, nunca ouviu falar de
muitas coisas; mas que se dirá das visões extraordinárias de Ellen
G. White! Mas disse Cristo que os fariseus eram guias cegos
porque coavam "o mosquito e engoliam o camelo" (Mat. 24:23).
Ellen G. White escreveu essas palavras como em tantos outros
casos, em uma linguagem humana, antropomórfica (não é a
linguagem dos anjos), assim como faziam os profetas do passado.
Sua ênfase é apresentar o princípio da ordem que é a primeira lei
do Céu. "Há perfeita ordem e harmonia na cidade santa". No
mesmo parágrafo, Ellen G. White disse: "Oh! quem me dera
possuir linguagem para exprimir as glórias do resplandecente
mundo vindouro!" Porém isto foi oculto na citação do nosso
oponente!

Mas é de se admirar que os nossos adversários aceitam muitas


coisas da Bíblia cegamente, sem pestanejar e sem reclamar da
inspiração dos profetas. Por exemplo: A Terra tem colunas para
sustentá-la? Jó disse que sim (Jó 9:6). E o céu, têm colunas? Jó
disse que sim (Jó 26:11). O sol pode parar? Josué orou para que o
sol se detivesse, junto com a lua (Jos. 10:12,13). O sol pode
retroceder? Isaías disse que sim (Isa. 38:8). Há alguns termos que
descrevem ações, mas que devem ser entendidas em uma
linguagem figurada.

Há muitas coisas que nos surpreenderão no Céu, das quais


nem fazemos a mínima idéia! Como são os anjos? Como foram
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 79
criados? De que natureza são esses espíritos? Eles respiram e têm
fôlego? Se não, como vivem? Eles têm corpos e comem pão? (Sal.
78:25). Eles têm asas? Se têm, quantas são? Duas? Em Isa. 6:2, os
serafins tinham 6 asas. Isso não é de admirar. Mas que tenham
algum jeito de se apresentar, seja com um cartão de ouro, ou com
digitais, ou com um piscar de olhos para detectar a íris, isso
deveria ser uma grande novidade que representa um erro nos
escritos de Ellen G. White, e portanto, ela não é uma profetisa
verdadeira! Isso é um absurdo! Uma injustiça aos seus escritos!

Extraterrestres
Diz ela: "O Senhor me proporcionou uma vista de outros
mundos. ... Então, fui levada a um mundo que tinha sete luas. Vi
ali o bom e velho Enoque que tinha sido trasladado." (Primeiros
Escritos, p.39-40).

O arrebatamento de Enoque é conhecido de todos os cristãos. "E


andou Enoque com Deus; e não se viu mais porquanto Deus para
si o tomara." (Gn 5.24). O relato de Gênesis é repetido em Hb 11.5
e era de se esperar que na visão de EGW Enoque fosse encontrado
no Céu.

Ocorre que ela deu um passeio por outros mundos siderais e foi
descobrir o velho Enoque habitando em Saturno, que, segundo
sabemos, possui sete luas. Saturno é habitado por seres justos que
já partiram deste mundo. Seria Enoque um ET habitando em
Saturno?

EGW reconhece que "há sonhos falsos, como há visões falsas, que
são inspirados pelo espírito de Satanás." (Testemunhos Seletos, p.
274, 2ª edição, 1956). Esse caso de ver Enoque no planeta Saturno
não seria um exemplo de visões falsas inspiradas por Satanás?
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 80
Resposta:
Enoque Visitante de Outros Planetas
Ellen White não disse que Enoque era um ET habitando em
Saturno. No mesmo parágrafo citado, à pág. 40, ela continua
dizendo: "Perguntei-lhe (a Enoque) se este era o lugar para onde
fora transportado da Terra. Ele disse: 'Não é; minha morada é na
cidade, e eu vim visitar este lugar.' ". Por que o oponente quis
ridicularizar um ponto que é esclarecido logo abaixo no mesmo
parágrafo? De onde ele tirou tanta má fé? Tanta desonestidade?

Ellen G. White reconhece que há "há sonhos falsos, como há


visões falsas", mas também reconheceu que há sonhos
verdadeiros, visões inspiradas por Deus. Da mesma forma a Bíblia
reconhece falsos sonhos, sonhos mentirosos (Jer. 23:32); mas
igualmente nos fala de sonhos e visões verdadeiros (Núm. 12:6). O
que poderia o Sr. Rinaldi saber de sonhos, falsos ou verdadeiros,
se erra frequentemente na mais simples teologia?

Mesas de Pura Prata


Diz ela: "E vi uma mesa de pura prata; tinha muitos quilômetros
de comprimento, contudo nossos olhos podiam alcançá-la toda."
(Primeiros Escritos, p. 19). Ter visão de uma mesa de pura prata
com muitos quilômetros de comprimento e conseguir enxergá-la
em toda sua extensão, não deixa dúvida que é algo infantil para
uma escritora que nunca escreveu nada que não fosse mostrado
por Deus. Qual o objetivo dessa visão? Ela não diz. Seria mesmo
verdade o que ela escreveu sobre suas visões?

Resposta:
Novamente, Preocupações Ridículas
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 81
Respondo com outras perguntas: Qual é o objetivo dessas
perguntas? Não podia um profeta ter visões desse tipo descritivo
de algo real e palpável? Qual é o problema de Ellen G. White ter
visto "uma mesa de pura prata"? Não escreveu o apóstolo João no
Apocalipse acerca de um "mar de vidro"? (Apo. 15:2). Não viu uma
cidade de ouro, quadrangular, cujo comprimento, altura e largura
eram da mesma medida? (Apo. 21:16). Não falou de portas de
pérolas? (Apo. 21:21). Não falou de "frutos", "folhas", "árvore da
vida", "água da vida"? (Apo. 22:1,2). O único problema que eu
posso ver é como as almas desencarnadas poderiam comer os
frutos e beber a água!, pois o articulista crê na imortalidade da
alma, e crê que os crentes vão diretamente para o Céu após a
morte, e deixam os seus corpos nas sepulturas, sem nenhuma
necessidade de ressurreição, e as almas não possuem um sistema
de órgãos para comer e beber!

Mas falar de mesa de ouro é muito mais próprio e semelhante


às descrições de João no Apocalipse, que apresenta uma realidade
de pessoas sendo vistas e vendo as belezas com olhos de corpos
glorificados e não de almas desencarnadas. Isso naturalmente não
é ensinado pela Bíblia.

Apesar da zombaria da inveja e do desprezo da luz de Deus,


apresentados nesse artigo, cremos plenamente no que Ellen G.
White disse acima.

Lugar da Habitação de Deus

Diz ela: "Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A


atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do
espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus. A santa
cidade descerá por aquele espaço aberto." (Primeiros Escritos, p.
41). A visão aponta que através do espaço aberto em Órion ela
ouviu a voz de Deus, lugar de sua habitação.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 82

Falando da onipresença de Deus, afirma a Bíblia que Deus enche


os céus e a terra (Jr 23.23,24). ... As Testemunhas de Jeová
afirmam que Jeová Deus habita na Constelação das Plêiades
(Reconciliação, p. 14). Os Mórmons dizem que ele habita numa
estrela chamada Kolob. EGW por sua vez, encontrou outro lugar
para habitação de Deus na Constelação de Órion. Não seria outra
visão falsa?

Resposta:
Apenas um Engano a Mais
Ellen White nunca disse que o lugar da habitação de Deus é a
Constelação de Orion. Isso foi uma dedução do autor desse artigo,
foram palavras acrescentadas pelo oponente para dar a impressão
de que Ellen G. White havia dito que Deus habita em Órion. Basta
ler com a atenção para perscrutar a intenção malévola.
Ellen G. White não disse que Deus mora no espaço aberto
em Órion; disse que a cidade celestial descerá por esse espaço
que está se expandindo, como se diz na Ciência astronômica. Isso
acontecerá logo após ao Milênio, quando a cidade da Nova
Jerusalém descerá do Céu (Apo. 21:2,10), onde é a habitação de
Deus, e passará pelo espaço aberto de Órion.

Comer Carne de Porco


Diz ela: "Vi que vossos pontos de vista concernentes à carne de
porco não causarão dano se os retiverdes para vós mesmos; mas
em vosso julgamento e opinião fizestes desta questão um teste, e
vossas ações têm mostrado claramente vossa fé neste assunto. Se
Deus requer que seu povo se abstenha da carne de porco, ele o
convencerá sobre isso. Ele está justamente disposto a mostrar a
Seus filhos sinceros o dever, como mostrar o dever a indivíduos
sobre quem Ele não colocou o encargo de sua obra. Se for dever da
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 83
igreja abster-se da carne de porco, Deus revelará isso a mais de
dois ou três. Ele ensinará à Sua igreja o dever." (Testemonies, vol.
I, p. 206/207).

Como poderia EGW dizer que se Deus quisesse que o Seu povo se
abstivesse de comer carne de porco ele revelaria isso, se os
adventistas ensinam que comer carne de porco é proibido pelas
leis de saúde de Lv. 11.7? Não defendem as leis de saúde de todas
as formas? Entretanto, mais tarde, EGW escreveu: "Nunca foi
desígnio de Deus que o porco servisse de alimento sob quaisquer
circunstâncias." (Spiritual Gifts, vol. 4).

Resposta:
Deus e a Carne de Porco
Vê-se a má fé do oponente pelo modo intolerante e desonesto.
Pois logo abaixo do início do parágrafo em tese, lemos a
explicação que justifica a atitude de Ellen G. White, ao
desconhecer a luz: "Este remarcante testemunho foi escrito a 21 de
outubro de 1858, proximamente de 5 anos antes da grande
visão de 1863, em que a luz sobre a Reforma de Saúde foi dada.
(J. W. – nota para a segunda edição)".

Não podemos exigir de Ellen G. White um conhecimento


antes que ela recebesse a luz sobre o mesmo. É o mínimo que se
deve esperar de um profeta!
Abaixo temos a confirmação, pelo original em Inglês:
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 84

Razões para não Comer a Carne de Porco

Temos muitas razões para evitarmos a carne suína. Primeiro e


acima de tudo, porque Deus ordenou em Sua Palavra de modo
claro que este animal sendo imundo por natureza, deveria ser
excluído de nosso cardápio. A Sua Palavra cheia de sabedoria
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 85
deveria ser a razão única e suficiente para a obediência (Lev. 11;
Deut. 14).
Entretanto, a Medicina especialmente em nossos dias veio
fundamentar as razões divinas para que nos afastássemos de toda
a alimentação imprópria.

"Delícia de Alto Risco"


"Pesquisa mostra como um bichinho que existe na carne de
porco pode chegar ao cérebro e até matar. O pior é que muita
gente é portadora da doença e não sabe".

Dr. Almir Ribeiro Cérebro Infectado – flecha indica


Tavares – pesquisador larva no hemisfério cerebral
Abaixo: Globo Ciência, Março/1995, 33
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 86

GLOBO CIÊNCIA - MARÇO 1995, pág. 34

A Guarda do Sábado Para Salvação


Diz ela:
"Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna."
(Testemunhos Seletos, vol. III, p. 23)

A linguagem da Sra. White é bem diferente dos escritores bíblicos.


Paulo escreveu treze cartas, sendo o maior escritor do Novo
Testamento e nunca se referiu à guarda do sábado como meio de
salvação. Pelo contrário, quando falou sobre a guarda do dia,
afirmava que temia pela salvação daqueles que guardavam o dia
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 87
como meio de salvação. Diz ele: "Mas agora, conhecendo a Deus,
ou antes sendo conhecidos de Deus, como tornais outra vez a
esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis
servir? Guardais dias e meses, e tempos, e anos. Receio de vós,
que não haja trabalhado em vão para convosco." (Gl 4.9-11).

Resposta:
Sábado e Salvação.
Pois Paulo estava certo: ele nunca se referiu à guarda do
sábado como meio de salvação, embora ele o guardasse
corretamente, o que é claro em muitos textos (Atos 13:14, 42,44;
16:13; 17:2; 18:4,11), à imitação de Cristo (Luc. 4:16; João 15:10) e
de Seus seguidores (Luc. 23:56). De fato, nem Paulo, nem os
outros apóstolos, muito menos Cristo se referiram ao Sábado
como meio de salvação. E nem Ellen G. White. A mensageira de
Deus não está dizendo que nós cremos que o Sábado é um meio de
Salvação. Está dizendo que o Sábado implica em Salvação, o
Sábado importa em Salvação, que ele está ligado à Salvação, e isto
é uma outra história.

Há uma relação muito estreita e sutil entre o Sábado e


a Salvação. Quando uma pessoa guarda o Sábado sinceramente,
isto é um sinal evidente de sua salvação. Um cristão sincero e
consciente sabe que não é a guarda do Sábado que o salva; ele
sabe que o Salvador não é o Sábado, mas Jesus Cristo, o Senhor do
Sábado é que o salva.

Um cristão fiel e verdadeiro não guarda o Sábado para se


salvar, mas o guarda porque já está salvo. E como resultado de
sua salvação, ele adora a Deus no dia que Ele determinou em Sua
santa e eterna Lei (Êxo. 20:8-11). Ele obedece a Deus. Ele guarda
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 88
os Seus Mandamentos, e diz como o salmista: "Espero, Senhor, na
Tua Salvação, e cumpro os Teus Mandamentos" (Sal. 119:166).

Davi já dissera antes: "Senhor, livra a minha alma; salva-


me por Tua graça" (Sal. 6:4). Pois o mesmo Davi que clama pela
graça, está pronto para guardar a Lei, incluso o 4º mandamento,
pois ele disse no Salmo 119: "Tu ordenaste os Teus Mandamentos,
para que os cumpramos à risca" (v. 4). Não como muitos que
querem cumprir os mandamentos "relaxadamente", atraindo a
maldição, especialmente ministros, que são os mais responsáveis
(Jer. 48:10; Jer. 23:2).

Mas pelo contrário, de que modo salmista se relaciona


com a Lei de Deus ? "Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus
meu; dentro do meu coração, está a tua Lei." (Sal. 40:8). É por
isso que ele podia dizer: "Grande paz têm os que amam a tua lei;
para eles não há tropeço." E no próximo verso, ele declara a fonte
de sua esperança, e o impulso de sua ação: "Espero, Senhor, na
Tua Salvação e cumpro os Teus Mandamentos" (Sal. 119:165, 166).
Logo, a guarda dos Mandamentos importa em Salvação. Por quê?
Porque se a observância da Lei não salva, a transgressão dela leva
à perdição.

Paulo disse que "o homem é justificado pela fé, independen-


temente das obras da Lei" (Rom. 3:28). Mas também disse que "os
simples ouvidores da Lei não são justos diante de Deus, mas os
que praticam a Lei hão de ser justificados" (Rom. 2:13). E aqui
está o equilíbrio. Tiago disse: "Verificais que uma pessoa é
justificada por obras, e não por fé somente" porque "a fé sem
obras é morta" (Tia. 2:24,26). Abraão, por exemplo, foi justificado
pela fé (Rom. 4:3), mas também foi justificado pelas obras (Tia.
2:21).
Cristo disse ao jovem rico que para obter a vida eterna, era
preciso o quê? "Guarda os mandamentos!" e como ele
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 89
desejasse mais esclarecimento, perguntando "Quais?", o Mestre
lhe citou alguns exemplos dos Dez Mandamentos, para que não
houvesse dúvida, nem para ele e nem para nós (Mat. 19:16-19). E
quando disse: "Guarda os Mandamentos" incluiu o Sábado,
porque usou a mesma linguagem do Antigo Testamento:
"Então, disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os
Meus Mandamentos e as minhas Leis? Considerai que o Senhor
vos deu o Sábado" (Êxo. 16:28-29). Mas como o jovem rico já
guardava o Sábado, como um bom israelita, membro do Sinédrio,
Jesus não o mencionou, porque não era esta a necessidade dele.

Portanto, assim como há uma estreita relação entre


Obediência e Salvação, há uma estreita relação entre o Sábado e a
Salvação. Foi por isso que Deus falou pelo profeta Isaías numa
linguagem que deu a base para as palavras de Ellen G.
White, quando disse: "Assim diz o Senhor: a Minha Salvação
está prestes a vir... Bem-aventurado o homem que... se guarda de
profanar o Sábado" (Isa. 56:1-2). E não era só para os judeus,
porque o capítulo inteiro é um convite para os gentios obterem a
Salvação, e guardarem o santo Sábado.

Mais uma vez estava certa Ellen G. White! Com efeito,


assim como obediência importa em Salvação (Sal. 119:166) e
desobediência importa em perdição (Heb. 4:11), a observância do
Sábado, que é uma "obediência por fé" (Rom. 1:5; 16:26) importa,
implica e se relaciona com a Salvação. Por isso Deus falou em
Sábado e Salvação em Isa. 56:1, 2, num convite universal para
todos os povos, e para todos os religiosos, pagãos, católicos e até
protestantes, para que deixassem de protestar contra a sua
Verdade. Daqui não há como fugir.

Mas, por que os dominguistas não querem obedecer?


Dizem que já possuem a fé. Mas "meus irmãos, qual é o proveito,
se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso,
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 90
semelhante fé salvá-lo?" (Tia. 2:14). A quem estão obedecendo?
"Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para
obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos... ?" (Rom.
6.16). Certamente, não é a Jesus Cristo, a quem obedecem, que
nos ordenou guardar o Sábado (João 14:15; 15:10; Mat. 19:17-19
com Êxo. 16:28-29 e 1Cor. 10:4; Mat. 24:20). Ele é o único
"Senhor do Sábado" (Mat. 12:8), e nós somos os Seus servos.
Servos obedecem ao seu Senhor (Rom. 6:16), e isso importa em
Salvação. Portanto, o Sábado importa, implica e se relaciona com
a Salvação (Isa. 56:1-2).

Ninguém precisa ter medo da Verdade, porque a Palavra de


Deus é a Verdade, pela qual somos santificados (João 17:17).
Santificados? Sim, mas em que dia somos especialmente
santificados? Disse Deus: "Também lhes dei os Meus sábados,
para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que
Eu sou o Senhor que os santifica." (Eze. 20:12). E daí, lemos a
ordem divina para o Israel antigo e para o Israel espiritual
moderno (Gál. 6:16; Rom. 2:28-29), que é a Igreja Cristã:
"Santificai os Meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e
vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus" (Eze.
20:20). Logo, Sábado importa em Santificação; Santificação
importa em Salvação, porque sem ela "ninguém verá o Senhor"
(Heb. 13:14). Portanto, Sábado também importa em Salvação.

COISAS QUE IMPORTAM EM SALVAÇÃO

ELEMENTOS PARTICIPAÇÃO CATEGORIA TEXTOS


Resposta Adventista aos Ataques x EGW 91
Graça Deus, Trindade Fonte Efé. 2:8
Sangue Jesus Cristo Meio Rom. 5:9
Reconciliação Deus e Homem Judicial Rom. 5:10
Redenção Jesus Cristo Meio Rom 3:24
Propiciação Jesus Cristo Meio Rom 3:25
Justificação Deus Judicial Rom. 4:25
Santificação E. Santo e Homem Evidência Heb. 13:14
Glorificação Deus Imortalidade 1Cor 15:53
Esperança Homem Atitude Rom. 8:24
Perdão Deus Judicial 1João 1:9
Purificação Jesus Cristo Judicial 1João 1:7
Regeneração Espírito Santo Experiência Tito 3:5
Conversão E. Santo e Homem Experiência Eze. 18:32
Entrega Homem Método Luc. 9:23
Arrependimento E. Santo e Homem Experiência Atos 3:19
Batismo E. Santo e Homem Experiência Mar. 16:16
Amor Deus e Homem Evidência 1João 3:14
Fé Homem Método Luc. 7:50
Obras E. Santo e Homem Evidência Efé. 2:10
Obediência E. Santo e homem Evidência Rom. 6:16
Mandamentos E. Santo e homem Evidência Sl 119:166
Sábado Deus e Homem Evidência Isa. 56:1-3

ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À JUSTIICAÇÃO

ELEMENTOS PARTICIPAÇÃO CATEGORIA TEXTOS


Graça Deus Fonte Rom. 3:24
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 92
Sangue Jesus Cristo Meio Rom. 5:9
Ressurreição Jesus Cristo Garantia Rom 4:25
Fé Homem Método Rom. 5:1
Obras Homem Evidência Tia. 2:24

PALAVRAS RELACIONADAS COM O SÁBADO

Senhor teu Deus Êxo. 20:10


Filho do Homem Mat. 12:8
"Senhor do sábado" Mat. 12:8
Criador Gên. 2:3, Êxo. 20:11
descansou Gên. 2:2,3; Êxo. 20:11
abençoou Gên. 2:2,3; Êxo. 20:11
santificou Gên. 2:2,3; Êxo. 20:11
céus, terra, mar, tudo o que há Êxo. 20:11
adoração Apo. 14:7; Êxo. 20:11
amor Isa. 56:6
prova (se anda certo ou não) Êxo. 16:4, 28-29
lembrar Êxo. 20:8
santificar Êxo. 20:8
mandamentos Êxo. 16:28-29
leis Êxo. 16:28-29
sinal Eze. 20:12, 20
"Meu santo dia"; "Meus Isa. 58:13; Lev. 19:30
sábados"
"filhos de Israel", judeus Êxo. 31:13; Atos 18:4
homem Isa. 56:2; Mar. 2:27
estrangeiro, eunuco, "sim, Isa. 56:6
todos"
"tanto judeus como gregos" Atos 18:4
"para todos os povos" Isa. 56:7
sinagoga (igreja) Atos 13:14; Atos 18:4
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 93
Palavra de Deus Atos 13:44
oração, "casa de oração" Atos 16:13; Isa. 56:7
leitura Luc. 4:16-19
Escrituras Atos 17:2
Santificação Eze. 20:12
santo Êxo. 16:23
Vontade Isa. 56:4
Aliança Isa. 56:4, 6
"nome eterno" Isa. 56:5
Salvação Isa. 56:2-3

Continua Paulo escrevendo: "Portanto, ninguém vos julgue pelo


comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua
nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o
corpo é de Cristo." (Cl 2.16, 17). Pela expressão "dias de festa" se
indicam os sábados cerimoniais ou anuais (Lv 23.37); pela
expressão "luas novas" os dias sagrados mensais; e pela palavra
"sábados" os sábados semanais (Lv 23.38). Os próprios
adventistas reconhecem que a palavra sábado (singular), sábados
(plural) ou dia de sábado ocorrem 60 vezes no Novo Testamento.
Em 59 referências bíblicas eles reconhecem tratar-se do sábado
do sétimo dia. Somente em Cl 2.16 eles querem dar à palavra
"sábados" o sentido de sábados cerimoniais ou anuais. E por quê?
Por que teriam que reconhecer que os sábados semanais foram
abolidos na cruz (Cl 2.14). Na linguagem de Paulo o sábado
semanal não passa de sombra. Para a Sra. White a guarda do
Sábado implica em salvação. É o caso de afirmarmos: Seja Deus
verdadeiro e a senhora White ... mentirosa? (Rm 3.4).

Resposta:
Col. 2:16-17. Um Texto Claro, Mas Ainda Mal
Interpretado
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 94
Os adventistas, bem como todos os eruditos e teólogos, não
interpretam o assunto do Sábado meramente e apenas por se
apresentar em singular ou plural; isso tem que ver com o
contexto: tem que haver uma conexão relacionada com o
assunto em estudo. O contexto indicará infalivelmente que espécie
de sábado estamos lendo.

O QUE SIGNIFICAM AS PALAVRAS DE PAULO EM


COL. 2:16-17? Deixemos que os próprios protestantes
respondam a esta pergunta:

Jamieson, Fausset and Brown. "SÁBADOS" (não "os


Sábados") do dia da Expiação e festa dos Tabernáculos, que veio a
um fim com os serviços judaicos a que eles pertenciam (Lev.
23:32,37-39). Os Sábados semanais descansam em um
fundamento mais permanente, tendo sido instituído no
Paraíso para comemorar a Criação completada em 6 dias... Um
preceito moral é um mandamento eterno, porque é
eternamente certo. Se nós devemos guardar um Sábado perpétuo,
como devemos hoje e sempre...(Isa. 66:23).... desde que mesmo
Adão, em inocência, necessitou do Sábado em meio aos seus
afazeres terrestres. Portanto, o Sábado é ainda necessário, e está
conseqüentemente ainda ligado aos outros 9 mandamentos,
como obrigatório. (JFB, Jamieson, Fausset and Brown
Commentary, em Col. 2:16).

"10... Isto não é incompatível com a observância do


Sábado, ou o dia do Senhor como obrigatório... Mas como no
Paraíso, assim agora uma porção de tempo é necessária, em que
retirar a alma mais inteiramente dos negócios seculares a Deus.
'Sábados, luas novas e dias de festas' (Col. 2:16) correspondem a
'dias, meses e tempos' (Gál 4:10)." (JFB, Jamieson, Fausset and
Brown Commentary, Gál. 4:10).
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 95
Albert Barnes. " 'Ou Sábados'. A palavra 'Sábados' no
Antigo Testamento é aplicada não somente ao 7º dia, mas a todos
os dias santos de repouso que eram observados pelos hebreus, e
particularmente no princípio e fim de suas grandes festividades.
Há, sem dúvida, referência àqueles dias neste lugar, desde que a
palavra é usada no plural, e o apóstolo não se refere de modo
particular ao Sábado propriamente dito. Não há evidência
desta passagem que ele ensinasse que não mais havia obrigação de
observar qualquer tempo santo, porque não há a mais leve razão
para crer que ele quisesse ensinar que um dos Dez Mandamentos
tinha cessado de ser obrigação à humanidade. Se ele tivesse usado
a palavra no singular – "O Sábado", isso então naturalmente
teria sido claro que ele quisesse ensinar que o mandamneto tinha
cessado sua obrigação, e que o Sábado não mais deveria ser
observado. Mas o uso do termo no plural e a conexão, mostra
que ele tinha seus olhos sobre o grande número de dias que eram
observados pelos hebreus, como festividades, como uma parte de
sua lei cerimonial e típica, e não a Lei moral, ou os Dez
Mandamentos. De nenhuma parte da Lei moral – de nem um
dos Dez Mandamentos poderia se dizer como "uma sombra dos
bens vindouros". Estes mandamentos são, da natureza da Lei
moral, de perpétua e universal obrigação" (Albert Barnes, Notes
on the New Testament, Ephesians-Colossians, 1955, pág. 267).

Adam Clarke: "Col. 2:16 – O apóstolo fala aqui em


referência a algumas ordenanças particulares... e a necessidade
de observar certos dias santos ou festivais, tais como luas novas e
sábados particulares... todos esses tinham sido removidos do
caminho e pregados na Cruz, e não eram mais de obrigação moral.
Não há intimação aqui de que o Sábado fosse abolido ou
que o seu uso moral fosse substituído pela introdução do
Cristianismo. Eu sempre tenho mostrado que, Lembrar o dia do
Sábado, mantê-lo santo, é um mandamento de perpétua
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 96
obrigação, e nunca pode ser suplantado." (A. Clarke, Adam´s
Clarke Commentary on the Bible, em Col. 2:16).

A Bíblia fala de sábados semanais, mensais e anuais. E faz


uma distinção entre eles. Há uma clara distinção entre as
festas judaicas e os Sábados do Senhor. O profeta Ezequiel fez
esta distinção: "As Minhas leis e os Meus estatutos em todas as
festas fixas guardarão e santificarão os Meus sábados.
(Ezequiel 44:24). Moisés já havia feito esta distinção: Em Lev.
23:3: "Seis dias trabalhareis, mas o sétimo dia será o Sábado de
descanso solene... é Sábado do Senhor". Logo a seguir no verso 4,
disse: "São estas as festas fixas do Senhor". No verso 37-38, lemos:
"São estas as festas fixas do Senhor... além dos Sábados do
Senhor".

Jamieson, Fausset e Brown também reconhecem a


distinção, como a maioria dos teólogos: "Lev. 23:38 distingue
expressamente 'o Sábado do Senhor' dos outros sábados. ..." (JFB
Commentary, em Col. 2:16).

As festas judaicas se distinguem dos Sábados semanais por


duas razões: 1) porque eram "fixas", ou seja, podiam cair em
qualquer dia do mês (Lev. 23:5, 23, 27, 32), e 2) porque eram
cerimoniais, em que as ordenanças da lei eram observdas (Lev.
23). Mas tinham uma semelhança com o Sábado semanal:
também eram considerados sábados de descanso: eram proibidas
as tarefas comuns: "nenhuma obra servil fareis" (v.7, 21, 28, 31).
Em Lev. 23:32, o Dia da Expiação foi chamado mais claramente de
"sábado de descanso solene". Portanto, Col. 2:16, se refere a estes
sábados cerimoniais e nunca ao Sábado semanal.

Note a relação entre os vários tipos de sábados:


1) "seus sábados" – sábado anuais da terra de Israel (Lev. 26:34,
43);
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 97
2) "seus sábados" – sábados cerimoniais de Israel (Osé. 2:11);
3) "Meus Sábados" – Sábados semanais de Jeová Deus. Declarado
como "o Sábado do Senhor Teu Deus" (Êxo. 20:10; 31:13; Lev.
19:3,30; 23:3; Eze. 20:12,20; 22:26; 23:38; etc.). Pode aparecer no
mesmo capítulo como singular (Isa. 56:2) ou plural (Isa. 56:4).
O oponente diz que o texto prova que "os sábados semanais
foram abolidos na cruz". Mas de onde é que ele tirou essa
"teologia"? Certamente não da Bíblia, tampouco dos teólogos
respeitáveis de todos os séculos da História da Igreja.

A Guarda do Sábado Como Sinal da Proteção de Deus


Diz ela:
"Outra vez deve o anjo o anjo destruidor passar pela Terra. Deve
haver um sinal sobre o povo de Deus, e esse sinal é a observância
de Seu santo Sábado." (Testemunhos Seletos, vol. II, p. 183).
Ler de uma pessoa, cujos escritos são tidos como tão inspirados
quanto ao dos escritores bíblicos, que a guarda do sábado é sinal
de Deus para proteção do seu povo nos dias atuais é algo
extremamente grave ou herético. É só abrir o Novo Testamento e
procurar algum escritor que tivesse dito tal coisa. [Que esperança
vã, porque a verdade completa está em ambos os Testamentos!].

Consultemos a Bíblia sobre o verdadeiro sinal do povo de Deus?


"O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos
corações." (2 Co 1.22). "Em quem também vós estais, depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e,
tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da
promessa." (Ef 1.13). "E não entristeçais o Espírito Santo de Deus,
no qual estais selados para o dia da redenção." (Ef 4.30). Na
verdade, o que a Sra. White deveria escrever é que a guarda do
sábado, juntamente com a prática da circuncisão, constituíam os
sinais entre o povo de Israel e Deus (Gn 17.10-14; Ex 31.16, 17).
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 98
Resposta:
Consultemos a Bíblia
Não esqueçamos que (1) a circuncisão foi substituída pelo
batismo para os cristãos (Col. 2:11-12), mas (2) o sábado jamais
foi substituído por Deus, porque a Lei dos Dez Mandamentos é
eterna (Sal. 111:7-8; 119:172 comparado ao verso 142, 151-152;
Mat. 5:17; Rom. 3:31); os homens da apostasia é que substituíram
o sábado pelo domingo, nunca Deus; e (3) os judeus de outrora,
sobre quem "a ira sobreveio definitivamente" (1Tess. 2:14-16) e
deixaram de ser povo de Deus para dar lugar a outro povo que
produzisse os frutos exigidos (Mat 21:43), após o seu período de
prova como nação (Dan. 9:24), até o ano 34 D.C., foram
substituídos pelos cristãos que são o verdadeiro povo de Israel,
"o Israel de Deus" (Gál. 6:16; Rom. 2:28-29).

Portanto, os sinais do povo de Israel passaram aos cristãos,


juntamente com todos "os oráculos de Deus" (Rom. 3:2), a adoção,
a glória, a aliança, a legislação, o culto e as promessas. E também
o Cristo que deles descende (Rom. 9:4-5), e até "a salvação vem
dos judeus" (João 4:22), e tudo isso passou para os verdadeiros
cristãos, que estão produzindo os "respectivos frutos", que são os
"frutos do Espírito Santo", "que Deus outorgou aos que Lhe
obedecem" (Atos 5:32), mas rejeita aos que Lhe desobedecem, e
transgridem a sua Lei, inclusive o sábado (Êxo. 32:33; Tia.2:10)].

Afirmar ao contrário, que o sinal do povo de Deus nos dias atuais


é a guarda do sábado, além de demonstração de ignorância é,
francamente, uma heresia (Gl 4.9-11 – em tempo: este texto se
refere aos judaizantes que voltaram a guardar a lei cerimonial,
com os seus "dias, meses e tempos e anos" (Lev. 23:4-44). Nada
tem a ver com os sinceros observadores do sábado!). E não é de se
estranhar isso nos escritos de EGW. Paulo afirma "fostes selados
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 99
com o Espírito Santo". A Sra. White diz: "fostes selados com a
guarda do sábado". Com quem devemos ficar?

Há aqui uma dicotomia inadmissível, uma divisão das


coisas do próprio Espírito Santo. Porque, enquanto Paulo diz que
somos selados pelo Espírito Santo, o livro de Hebreus afirma: "E
disto nos dá testemunho também o Espírito Santo...: Esta é a
aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor:
Porei no seu coração as Minhas leis e sobre a sua mente as
inscreverei". (Heb. 10:15-16).

Ora, esta já era uma profecia do Antigo Testamento:


(Jer. 31: 31-34; Eze. 36:26-27). O próprio Espírito Santo que nos
sela para a Salvação, nos sela com a Sua Lei: "Sela a Lei no coração
dos Meus discípulos" (Isa. 8:16). Com quem vamos ficar: com a
verdade do Espírito Santo ou com a mentira de Satanás? Eu quero
ser discípulo do Espírito, que nos revela toda a verdade, não
apenas parte dela, porque a verdade completa de Deus está não só
no Novo, mas também no Antigo Testamento.

Lemos na Bíblia que o Sábado é um Sinal:


1) Sinal de identificação: "Santificai os meus sábados, pois
servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o
Senhor, vosso Deus." (Eze. 20:20). Se alguém quisesse identificar
o povo de Deus, como o encontraria, em meio a tanta confusão
religiosa? disse Deus: pelos Meus sábados, "pois servirão de sinal
entre Mim e vós". Mas se alguém mesmo hoje, quisesse identificar
o verdadeiro Deus, em meio a tantos falsos deuses, por onde
deveria começar? disse Deus: pelos Meus sábados, "pois servirão
de sinal entre Mim e vós". A palavra "Mim" define a Deus como o
Deus do sábado, o Criador do nosso mundo, e o Deus do povo da
verdadeira Religião.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 100
2) Sinal de santificação: "Também lhes dei os meus
sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que
soubessem que eu sou o Senhor que os santifica." (Eze. 20:12).
Nosso dever é o de guardar o sábado, porque o Senhor nos
santifica. Ele é um sinal de nossa santificação, que é operada pelo
Espírito Santo, como "santificação do Espírito" (1Ped. 1:2).
Quando humildemente nos submetemos à vontade de Deus, que é
entre outras coisas guardar o sábado (Isa. 56:4), Ele se aproxima
de nós e nos santifica. Isso inclui a assistência aos cultos na Igreja,
como era costume de Cristo e dos Seus seguidores (Luc. 4:16;
23:56; Atos 13:14,42,44) e quando não houver nenhuma Igreja,
podemos adorar a Deus em meio ao templo verde da natureza
(Atos 16:13).

3) Sinal da Criação: "E abençoou Deus o dia sétimo e o


santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como
Criador, fizera." O sábado não é nenhuma sombra da Cruz; ele é
antes uma lembrança e um sinal da Criação, dado para que as
criaturas se lembrassem de Deus eternamente como o seu Criador.
Se os homens tivessem guardado sempre o sábado, jamais haveria
Evolucionismo que nega as Criação e o Criador, nem Ateísmo,
nem Deísmo, nem Agnosticismo, porque esses incrédulos
haveriam de identificar e adorar a Deus como o Criador que está
presente em todo o universo.

Mas O que Significa o "Selo de Deus"?


No passado, os reis usavam um anel como um selo para selar
documentos, contendo o seu nome, o seu cargo e o domínio de sua
jurisdição. Por ex., "Assuero, rei da Pérsia" (Ester 8:8, 10). Deus
também tem o seu selo. Mas onde podemos encontrá-lo? Vimos a
expressão: "Sela a Lei no coração dos Meus discípulos" (Isa. 8:16).
Isso indica que o selo está na Lei. Onde na Lei dos Dez
Mandamentos encontraríamos um selo, que contenha o nome, o
cargo e o domínio de Deus? Examinando 9 deles, não achamos o
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 101
selo. Somente o 4º mandamento do sábado contém este selo:
"Senhor Deus, Criador dos Céus e da Terra", ou seja: o nome:
"Senhor Deus"; o cargo: Criador ("fez"), e o Seu domínio: "os céus
e a terra". Basta ler as palavras: "Lembra-te do sábado para o
santificar...o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus... porque,
em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que
neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou
o dia de sábado e o santificou." (Êxo. 20:8,11). Portanto, o sábado
é o selo, ou contém o selo, e todos os fiéis observadores do sábado,
serão assinalados um dia pelo Espírito Santo.

Mas Ellen G. White falou ainda de um anjo destruidor, e


isso encontramos em Apo. 7:1-4. Nos versos anteriores (6:15-17),
os ímpios estão sendo enfrentando a realidade de contemplar a
Cristo vindo nas nuvens do céu e não estando preparados,
perguntam-se: Quem é que pode suportar a ira de Deus? Quem
poderia ficar de pé? O capítulo 7 contém a resposta: Enquanto as 7
Últimas Pragas estarão sendo derramadas sobre os ímpios, os
justos, os que serão selados com "o selo do Deus vivo" (Apo. 7:2),
estes sim poderão se salvar da destruição final, porque serão
protegidos pelo fato de serem assinalados pelo Anjo que possui
esse selo e sela os 144.000, que representam os salvos dos últimos
dias.
Portanto, antes da destruição final deste mundo com as 7
Pragas, os fiéis serão assinalados com o Selo de Deus, a fim de que
sejam confirmados em Sua santidade, separados e vistos pelos
Anjo destruidor que passará por sobre eles, sem que sejam
abatidos. Assim como no passado, o anjo destruidor "passou por"
(Páscoa = "passar por") sobre os israelitas que tinham o sangue
nas ombreiras das portas, poupando-os, a mesma coisa acontecerá
no futuro, quando no final do tempo da graça, os justos serão
assinalados, porque aceitaram o sangue do Cordeiro no seu
coração, e obedeceram a Deus inclusive na guarda do sábado
(Apo. 14:1, 7:2,4).
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 102

É por isso que a ênfase e característico da Igreja verdadeira


nos últimos dias é esta: "Aqui está a perseverança dos santos, os
que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." (Apo.
14:12). Pela fé eles aceitaram o sangue de Jesus Cristo para a sua
salvação; mas isso não os fez negligentes para com os
mandamentos, e nem mesmo para com o sábado. Pelo contrário,
eles demonstraram a perseverança, tenacidade e coragem diante
da oposição até mesmo dos outros cristãos professos, mas não
conversos, porque negaram aceitar a verdade distintiva do
Sábado. Eles têm muitas razões bíblicas para serem protegidos no
Tempo de Angústia, quando vier o Fechamento da Porta da Graça,
quando o anjo destruidor passar e vendo o sinal de sua fidelidade,
poupá-los. Estava certa Ellen G. White quando disse isso.

Mas ainda podemos fazer uma menção rápida sobre o


oposto ao Selo ou Sinal de Deus, porque selo e sinal são
palavras sinônimas na Bíblia (Rom. 4:11; Eze. 20:12,20; Apo.7:2).
Pouco antes da Volta de Cristo haverá um Duplo Assinalamento:
Primeiramente, como já falamos, o Anjo assinala com o Selo de
Deus aos justos. Por outro lado, os ímpios nesse mesmo tempo
serão assinalados com o Sinal da Apostasia. Disse o apóstolo
João: "A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os
livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão
direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou
vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o
número do seu nome." (Apo. 13:16-17). Esta é a dupla Obra de
Assinalamento: enquanto os justos recebem o Selo de Deus, os
ímpios recebem o Sinal da Besta.

Mas o que significa isso, precisamente? Qual é o Sinal da


Apostasia? Ora, se o Sábado é o Sinal de Deus, qual você
imagina que seja o sinal da apostasia nas Igrejas? Deve
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 103
logicamente ser um dia em oposição ao Sábado, ou seja o
Domingo.

Mas deixemos que a Igreja responsável por tudo isso fale: "A
Igreja Católica declara, naturalmente, ter sido a mudança um
ato seu... e o ato é um sinal de sua autoridade eclesiástica
em assuntos religiosos" (Mr. H. F. Thomas, chanceler do cardeal
Gibbons, falando sobre a mudança do sábado para o domingo). Aí
está: não somente a Bíblia diz em Apo. 13:16, que há um sinal de
apostasia em oposição ao sinal de Deus (Eze. 20:20), mas a
própria Igreja que mudou o dia de guarda, sem saber da profecia,
profere uma condenação contra si própria!

A Ineficácia do Sangue de Cristo


Diz ela:
"A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve
efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto que os
mortos são julgados pelas coisas escritas nos livros, é impossível
que os pecados dos homens sejam cancelados antes de concluído
o juízo em que seu caso deve ser investigado." (O Conflito dos
Séculos, p. 488)

Descobrindo pormenores desse mal intitulado "Juízo


Investigativo", expressão essa não encontrada na Bíblia, EGW
declara que "os únicos casos a serem considerados são os do povo
professo de Deus." ... "O julgamento dos ímpios constitui obra
distinta e separada, e ocorre em ocasião posterior." (O Conflito
dos Séculos, p. 484). Conseqüentemente, todos os que aceitam
esse ensino do juízo investigativo, não tem seus pecados
cancelados antes de concluído esse juízo. Como esse juízo só
terminará um pouco antes da segunda vinda de Jesus, hoje
ensinam os adventistas que eles têm pecados perdoados e não
cancelados. E isso porque esses mesmos pecados estão no registro
celestial e Jesus efetua o juízo sobre eles.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 104

Se não têm pecados cancelados e apenas pecados perdoados, o


que deve ocorrer com os mortos adventistas? Estão com sua
situação espiritual indefinida. Devem pois dormir inconscientes.
É o chamado "sono da alma". Triste e melancólico o estado atual
dos mortos que crêem no ensino de EGW. A Bíblia oferece algo
melhor ao falar que os que morreram em Cristo são chamados de
bem-aventurados (Ap 14.13) Estão conscientes de sua felicidade
no Céu (2 Co 5.6-8; Fp 1.21-23).

Resposta:
Existe um Juízo Investigativo?

(Melhor perguntar: Existe algum juízo sem qualquer tipo de


investigação? Pode o juiz condenar ou absolver sem base numa
investigação?)

Como você pode jogar a Bíblia contra a Bíblia, em defesa


da própria Bíblia? É muito fácil responder às objeções de quem
nunca fez um curso de teologia, como é o caso do Sr. Rinaldi.
Senão, vejamos:
(1) JUÍZO INVESTIGATIVO. Essa expressão que foi muito
bem intitulada, embora não apareça na Bíblia, tem o seu conteúdo
na Palavra de Deus. Assim como muitas outras expressões
teológicas não aparecem na Bíblia (Ex.: Teologia, Milênio,
Trindade, Soteriologia, Cristologia), a expressão "Juízo
Investigativo" também não aparece, mas o seu ensino é uma
grande verdade.

Em Mat. 22, Cristo Jesus conta a Parábola das Bodas, na


qual muitos são os convidados. Mas no final da parábola, há uma
investigação, um exame dos candidatos que compareceram à festa.
Ocorre que segundo o costume da época, o anfitrião providenciava
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 105
as vestes para os convidados, vestes próprias, a fim de que todos
fossem muito bem considerados, e a festa pudesse ser a mais bela
possível com todos demonstrando uma belíssima aparência, o que
também dava a oportunidade de se glorificar ao dono da festa por
sua bondade e bom gosto, além da exaltação do noivo e da noiva.

Mas deixando os muitos detalhes, há um fato que a parábola


ressalta. O rei que ordenara a festa foi pessoalmente fazer uma
investigação: entrou "o rei para ver os que estavam à mesa". Ele
foi verificar os convidados, foi fazer um exame deles, a fim de
ajuizar se todos eram dignos, porque ele já tivera uma experiência
amarga com outros que foram seus convidados, mas não eram
dignos (v. 8). E por que não eram dignos? Como se sabe quando
alguém é digno? É feita uma avaliação, uma investigação. Ele
constatou com os seus servos que uns "não quiseram" (v. 3);
outros "não se importaram" (5), revelando a sua indiferença, não
dando prioridade à vontade do rei, indo cuidar dos seus próprios
negócios; e finalmente, outros ainda se tornaram assassinos dos
servos enviados do rei (v. 6), pelo que todos estes foram
investigados pelo rei que os declarou "indignos".
E agora, para ter certeza de que todos estavam seguindo as
suas regras, foi em pessoa à própria sala antes da festa das bodas
do filho. E o que ele encontrou de repente? Havia um homem que
não possuía as vestes dadas para os convidados. E o rei dirigindo-
se a esse homem, disse-lhe: "Amigo, como entraste aqui sem
veste nupcial? E ele emudeceu." (v. 12). Emudeceu porque
era grandemente culpado de rejeitar as vestes oferecidas graciosa-
mente pelo rei, demonstrando que sua rebeldia e orgulho o
colocaram na festa do rei, mas queria seguir as suas próprias
regras e se vestir à sua maneira. A seguir, o rei enviou a este
homem para as trevas (v. 13), porque tinha o mesmo caráter dos
outros que não eram dignos.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 106
As vestes nupciais representam as "vestes de salvação", "o
manto de justiça" de Cristo (Isa. 61:10), pois à Igreja "lhe foi dado
vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho
finíssimo são os atos de justiça dos santos. Todos quantos entram
para a festa das Bodas do Cordeiro (Apo. 19) recebem as vestes da
justiça de Cristo. Mas será suficiente uma mera profissão de fé,
"tendo forma de piedade, negando-lhe entretanto o poder" (2Tim.
3:6)? Não!

Haverá um Dia de Juízo (Atos 17:31), em que todos os


caracteres serão investigados, examinados para se provar que
foram dignos do Reino da Luz ou do reino das trevas.

Mas todo juízo tem duas fases em seu processo:


A 1ª fase do juízo é a INVESTIGAÇÃO. No grande dia da
volta do Senhor, Ele trará o galardão (Apo. 22:12). Ora, se o
galardão será dado somente na Volta de Jesus, isso indica
logicamente a realização de um julgamento antes dessa volta.
Cristo deixa isso muito claro em Mat. 22, como vimos acima, na
Parábola das Bodas. Se, como disse Cristo, "a tua recompensa, tu a
receberás na ressurreição dos justos" (Luc. 14:14), isso indica a
antecipação de um Juízo Investigativo, a fim de que o mortos
justos possam com justiça ser aceitos na vida eterna.

Na profecia de Dan. 7, enquanto os 4 reinos se estendem até o


fim do mundo, há um juízo em andamento, antes desse final
climático da volta de Cristo e do estabelecimento de Seu reino
(Dan. 7:9-13).

Concordamos com o teólogo não adventista T. Robinson, de


que o Julgamento aqui predito precede a segunda vinda de Cristo:
"A passagem exibe o Julgamento de Deus... não se refere, como
em Apo. 20, ao Julgamento geral... Isso parece antes ser um
julgamento invisível (aos olhos humanos), conduzido dentro
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 107
do véu, e revelado por seus efeitos e pela execução de sua
sentença. Como ocasionado pelas 'grandes blasfêmias' da Ponta
Pequena, e seguida pelo retirar do seu domínio, isto poderia
parecer que já está assentado. Como, contudo, a sentença ainda
não foi plenamente executada, isto pode estar se assentando
agora". (T. Robinson, Daniel, The Preacher's Homiletic Com-
mentary, em Dan. 7).

Da mesma forma, em Apo. 14:6-7, há um Juízo iniciando


(Apo. 14:7) exatamente antes da 2ª e da 3ª mensagem dadas como
advertências a fim de preparar o mundo (Apo. 14: 8-13) para a
Vinda de Cristo. Esse acontecimento está retratado nos versos 14-
20, e isso ocorre cronologicamente depois da hora do Juízo ter
iniciado no verso 7. Este é o Juízo Investigativo, que ocorre pouco
antes da consumação de todas as coisas, a fim de que os casos dos
justos estejam decididos por ocasião em que receberão a sua
recompensa. Portanto, nesse Juízo enquanto os justos são
absolvidos e defendidos, os ímpios perseguidores são conseqüen-
temente condenados.
No grande Juízo Investigativo, se reúnem o Juiz (Deus –
Dan. 7:9), o Advogado (Jesus Cristo – Dan. 7:13; 12:1; 1Jo. 2:1), o
Promotor (Satanás – Apo. 12:10), as Testemunhas (os anjos –
Mat. 18:10; Luc. 15:10), para decidir sobre os réus (os pecadores –
2Cor. 5:10). Porém, onde estão as provas e a base de acusação dos
réus? A Bíblia diz que há vários Livros no Céu, um registro fiel de
todos os pecados cometidos e das boas ações praticadas tanto
pelos ímpios como pelos justos (Dan. 7:10; Mal 3:16; Apo. 20:12).
Como poderia alguém ignorar isso?

Mas não falta nada mais? Sim, há uma Lei, a Lei dos Dez
Mandamentos que será a norma do Juízo, a norma pela qual todos
serão investigados, a norma pela qual se define o caráter. (Ecl.
12:13-14; Tia. 2:11-12). Mas ainda falta definir o tempo do Juízo,
que de acordo com o livro de Daniel (Dan. 8 e 9), se daria em
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 108
1844, confirmado pelo apóstolo João: "Temei a Deus e dai-lhe
glória, pois é chegada a hora do Seu Juízo; e adorai aquele que fez
o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Apo. 14:7). Isso
ocorreria antes da Volta de Cristo (Apo. 14:7,14) que como já virá
com o galardão dos justos, vem com o resultado do Juízo
Investigativo (Apo. 22:12). E se Ele vem com a recompensa dos
justos, é lógico que antes foi realizada uma investigação, a fim de
proporcionar uma prova e justificação diante de todo o universo
(Mal. 3:16-18; Efé. 1:10; Apo. 5:13).

Ao ser alguém condenado ou absolvido, dá-se a sentença, ou


para a vida ou para a morte: "Então, dirá o Rei aos que estiverem à
sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino
que vos está preparado desde a fundação do mundo." "Então, o
Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de
mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus
anjos." (Mat. 25:34,41).

A 2ª fase do Juízo é a FASE da EXECUÇÃO. A


investigação seria inútil e até desastrosa para qualquer julgamento
se não fosse completada pela execução. A execução, por sua vez
seria impossível, e até injusta, se não fosse feita, antes, uma
investigação. A Execução, portanto é um resultado imprescindível
da investigação feita adrede. A sentença seria vazia se não
houvesse um cumprimento do que foi declarado acerca de maus e
bons. Assim, após a investigação, após o Juízo Investigativo,
segue-se o Juízo Executivo. Portanto, após à sentença proclamada,
o que acontecerá? "E irão estes para o castigo eterno, porém os
justos, para a vida eterna." (Mat. 25:46). Mas somente depois do
Juízo Investigativo é que a sentença do Juiz de toda a terra será
dada, em meio a um Juízo organizado e no tempo certo.

(2) PECADOS DOS SALVOS. Outra dúvida de nosso


oponente é acerca de Pecados perdoados, mas não
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 109
cancelados. A Bíblia diz que nossos pecados são perdoados (Sal.
32; 1Jo 1:7, 9 etc.). A Bíblia diz que Deus apaga os nossos pecados
e não mais Se lembra deles (Isa. 43:25), e lança-os nas profunde-
zas do mar (Miq. 7:18).

Mas não estamos em contradição? Se Deus perdoa,


esquece e apaga todos nossos pecados, como ainda não foram
cancelados? Esta é a dúvida de nosso oponente, e trataremos de
respondê-la a fim de constatar a verdade dos fatos bíblicos.

De fato, Deus nos perdoa os pecados e promete apagá-


los. Mas a Bíblia também diz que há um registro desses mesmos
pecados nos livros do Céu (Apo. 20:12), e isso não pode ser
desconsiderado, muito menos colocado em tons de escárnio.
Como pode ser esse fato contraditado se é exatamente isso que diz
a Bíblia? E diz igualmente que todos nós, crentes ou incrédulos,
compareceremos diante do tribunal de Cristo (2Cor. 5:10), a fim
de que nosso caso seja decidido ou para a vida ou para a morte
(Mat. 25:31-46; João 5:28-29).

E até os mortos serão julgados pelo que se achar escrito


nos livros (Apo. 20:12), razão pela qual sabemos que eles não
estão no Céu, como diz a surrada teoria popular. É lógico, além
de bíblico: se os justos fossem para o Céu logo após à morte, por
que haveria necessidade de um julgamento? Nem Davi foi logo
para o Céu, após à sua morte, pelo que esperava o juízo (Heb.
9:28), porque "Davi não subiu ao Céu" (Atos 2:34).

Portanto, podemos lembrar aqui de alguns textos que


confirmam essa tensão. A Bíblia diz que "fomos salvos" (Rom.
8:24); diz que estamos "sendo salvos" (Atos 2:47); diz que
"somos salvos" (1Cor. 1:18); diz que "seremos salvos" (Rom.
5:10). Observou? E agora, qual é o certo: Cristo nos salvou? Ele
nos salva? Ou: Ele nos salvará? Estamos salvos? Estamos sendo
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 110
salvos? Ou: Seremos salvos? Pois esta é a verdade acerca de nossa
salvação, que é um processo que começa num ponto inicial de
nossa conversão e se estende até à vinda de Jesus Cristo. Portanto,
da mesma forma em que não podemos dizer que estamos total e
seguramente salvos antes desse tempo, embora estejamos com
nossos pecados perdoados, eles serão apagados de fato e na
realidade, literalmente, somente quando o Juiz der por encerrada
a sessão do grande tribunal, declarando e executando a justiça por
toda a eternidade.

(3) SITUAÇÃO INDEFINIDA. A outra dúvida do oponente


é que estamos com nossa situação espiritual indefinida. Nossa
situação está muito bem definida, porque estamos "em Cristo"
(Rom. 8:1), certos da vida eterna (João 5:24). Mas nós que
estamos "em Cristo" ainda "gememos em nosso íntimo, aguar-
dando a adoção de filhos, a redenção de nosso corpo" (Rom. 8:23).
Ou será que existe algum cristão que não tem esta experiência e
pode dizer que o seu caso está completamente definido? Que não
tem mais a natureza pecaminosa (Rom. 7:22-23)?

Note as palavras de tensão, encontradas em Rom. 8:9: (1)


"Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito" – estas
palavras definem a nossa situação espiritual. (2) "Se, de fato, o
Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito
de Cristo, esse tal não é dele." – estas palavras nos colocam em
inteira submissão, nos livra da exaltação, e ensinam que temos
que esperar a fim de que Deus remova completamente os pecados
dos registros do Juízo, e declare diante do universo que estamos
livres do pecado para todo o sempre.

(4) "O SONO DA ALMA" ou "CONSCIÊNCIA FELIZ


NO CÉU"? A última questão levantada no parágrafo que estamos
comentando, é acerca do sono dos mortos. Afinal, os justos mortos
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 111
estão no Céu, felizes na bem-aventurança, ou estão inconscientes
nas sepulturas, aguardando a ressurreição?

Basta rever alguns textos: Davi disse: "Deus meu! Ilumina-


me os olhos, para que eu não durma o sono da morte" (Sal. 13:3).
Davi não disse: "para que o meu corpo não durma o sono da
morte", mas disse: "para que eu não durma o sono da morte", e
isso faz uma grande diferença. Jeremias escreveu: "dormirão
sono eterno, e não acordarão, diz o Rei" (Jer. 51:39). Daniel
disse: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão"
(Dan. 12:2). Cristo disse: "Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas
vou para despertá-lo" (João 11:11-13). Ele não disse: "o corpo de
Lázaro está dormindo", mas pelo contrário, ainda deu nome à
pessoa que estava para ser ressuscitada, para que não houvesse
nenhuma dúvida. Paulo disse: "Nós, os vivos, os que ficarmos até
à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem"
(1Tess. 4:15). Paulo não disse: "Nós precederemos os corpos dos
que morreram"; disse: "aqueles que dormem", não os seus corpos,
unicamente, porque são personalidades indivisíveis. As pessoas
que morreram é que estão dormindo no pó da terra. "Tu
és pó, e ao pó tornarás" (Gên. 3:19). Esta é uma doutrina da Bíblia,
Antigo e Novo Testamentos. Não há como negar.

Mas qual é o estado dos mortos que estão "dormindo"?


Salomão completa o quadro: "Porque os vivos sabem que hão de
morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma" (Ecl.
9:5). Todos os textos lidos, inclusive este, nos certificam que,
longe de se referir aos corpos dos mortos, dizem que as pessoas é
que estão dormindo o sono da morte, na qual não há nenhuma
consciência. Se alguém disser outra coisa, será apenas por
preconceito. Faltaria coerência com a verdade bíblica e a lógica.

Agora imagina se Lázaro tivesse ido diretamente para o


Céu! E Cristo precisava agora ressuscitá-lo, a fim de consolar
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 112
Marta e Maria. Não teria Cristo prestado a ele uma grande
desgraça? Não teria prolongado o seu sofrimento desnecessaria-
mente? De repente, um anjo orientado a falar isso para ele, diria:
"Lázaro, você está aqui muito feliz e consciente de sua recompensa
celeste, mas eu sinto muito, porque você tem que voltar para a
terra!" "Mas, senhor, como assim, eu tenho que voltar?" "É que
você terá que ressuscitar!" "Mas para quê?", diria ele, sobressalta-
do! Sim, "para quê?" Esta é a pergunta que deixamos que o Sr.
Rinaldi nos responda!

E sobre a obra de Jesus e de sua eficácia? Diz a Bíblia que o


sangue de Jesus, derramado para cancelar nossos pecados, é
eficacíssimo. Pedro pregou: "Arrependei-vos, pois, e convertei-
vos para serem cancelados os vossos pecados." (At 3.19) (ARA).
"Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das
ofensas, segundo as riquezas da sua graça." (Ef 1.7) "... o sangue
de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado." (1 Jo
1.7,9; 2.12) "Aquele que nos ama e em seu sangue nos lavou dos
nossos pecados." (Ap 1.5).

Pecados já cancelados? Atos 3:19: Nesse verso, o apelo é


para a conversão, mas não se diz quando é que os pecados serão
cancelados. O arrependimento é a condição para que eles sejam
cancelados, mas no verso seguinte (20), Pedro indica os "tempos
de refrigério" que nos preparam para a vinda de Cristo, e no v. 21,
temos "os tempos da restauração de todas as coisas". Com efeito,
depois do grande Juízo final (Apo.20:11-15), em que forem todos
os pecados cancelados de todo o mundo, o apóstolo João viu "novo
céu e nova terra" (Apo.21:1). Nada mais claro: os pecados serão
apagados, cancelados, extintos apenas no Juízo final. Então, virão
"os tempos de restauração de todas as coisas".

E a obra do sangue de Jesus? Não dizem Paulo (Efé. 1:7)


e João (1João 1:7) que a obra do sangue de Jesus Cristo é
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 113
poderosa, eficacíssima e final? Paulo fala da redenção que é o
preço pago de resgate pelos nossos pecados, como disse também
Pedro (1Ped. 1:18-19), mas esse preço infinito pago na Cruz do
Calvário apenas garantiu o ato judicial de nosso perdão e
absolvição: todos os seres humanos foram declarados livres,
através do sangue de Cristo. João fala de purificação, mas isso
também é um ato judicial: todos fomos purificados na Cruz,
lavados (Apo. 1:5). Assim também disse João Batista: "Eis o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!" (João 1:29). Esta é
a declaração do Juiz: pelo sangue de Cristo todos estão
purificados. Toda a humanidade está libertada!

Mas de nada valeria esse imenso sacrifício, sem a obra do


Espírito Santo, que é a fase experimental desse processo da
salvação. Assim como na Abolição da Escravatura em 1888, foi
declarada a libertação dos escravos: todos estavam livres,
judicialmente; mas de nada valeria esse decreto se os escravos
ainda quisessem permanecer escravizados com os seus donos e
sentindo o temor deles, como de fato aconteceu, experimental-
mente, com muitos que seguiram o seu hábito e natureza
degradada. Enquanto que Cristo garantiu a salvação para toda a
humanidade, o Espírito Santo purifica literalmente o coração dos
que crêem, através da santificação pela Palavra de Deus (1Ped. 1:2;
João 17:17).

O Cordeiro de Deus "tira o pecado do mundo".


"Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os
homens" (Tito 2:11). E Cristo "é a propiciação pelos nossos
pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do
mundo inteiro" (1João 2:2).

Mas como é que este mundo ainda está tão cheio de


pecado? Tanto de ímpios como de crentes? Judicialmente, toda a
raça foi purificada. Experimentalmente, há uma obra de
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 114
santificação que está sendo operada na vida de todos os crentes,
cujos pecados serão cancelados no Juízo. Mas futuramente este
quadro só se completará na glorificação dos crentes; fato que
acontecerá somente na volta de Cristo quando nossa natureza
pecaminosa também será removida (1Cor. 15:50-53). Pelo que
aguardamos a "redenção do nosso corpo" (Rom. 8:23),
"aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual
transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao
corpo de Sua glória" (Fil. 3:20-21).

Portanto, apesar do poder do sangue de Jesus Cristo,


sem a santificação operada pelo Espírito Santo, "ninguém verá
o Senhor", ninguém se salvará (Heb. 12:14). E sem a
transformação do corpo, sem a remoção da natureza
pecaminosa, ninguém entrará no Céu (1Cor. 15:50). E sem a
ressurreição do corpo, os mortos não têm vida, porque a vida
depois da morte depende da ressurreição (João 11:23-26),
exatamente como aconteceu com Jesus, que morreu e ressuscitou
para depois viver, humanamente falando. Antes da Sua
ressurreição, Cristo pôde dizer a Maria: "Não Me detenhas,
porque ainda não subi para Meu Pai!" (João 20:17).

Poderosa a obra do sangue de Cristo! E igualmente poderosa é


a obra do Espírito Santo na vida dos crentes sinceros. Só não
podemos ficar com meias verdades, como quer o nosso opositor!
Estava certa Ellen G. White quando apresentou as suas
verdades inspiradas como uma profetisa verdadeira, que recebeu
uma luz abundante para ajudar e preparar a Igreja de Deus.

Deus Retido no Lugar Santo do Santuário Celestial


Diz ela: "FIM DOS 2.300 DIAS" "Vi um trono, e assentados nele
estavam o Pai e o Filho."... "Vi o Pai erguer-se do trono e num
flamejante carro entrar no santo dos santos para dentro do véu,
e assentar-Se. Então Jesus Se levantou do trono e a maior parte
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 115
dos que estavam curvados ergueram-se com Ele." ..." Então Ele
ergueu o Seu braço direito, e ouvimo-lo dizer com Sua amorável
voz: ‘Esperai aqui; vou a Meu Pai para receber o reino; guardai
os vossos vestidos sem mancha, e em breve voltarei das bodas e
vos receberei para Mim mesmo.’ Então um carro de nuvens, com
rodas como flama de fogo, circundado por anjos, veio para onde
estava Jesus. Ele entrou no carro e foi levado para o
santíssimo, onde o Pai Se assentava. Então contemplei a
Jesus, o grande Sumo Sacerdote, de pé perante o Pai." (Primeiros
Escritos, p. 54, 55)

Sabemos que o lugar da habitação de Deus no santuário ou no


templo era o interior do véu, chamado Shekinah e a Sra. White
não ignora isso. Diz ela: "E, além do segundo véu, estava o
sagrado shekinah, a visível manifestação da glória de Deus, ante
a qual ninguém, a não ser o sumo sacerdote, poderia entrar e
viver." (O Conflito dos Séculos, p. 414). Ora, segundo ela ainda,
Jesus ao subir ao Céu esteve no primeiro compartimento do
santuário celestial até que, em 22 de outubro de 1844, passou para
o segundo compartimento. Isso significa, conforme sua revelação,
que o Pai só se transferiu para o lugar santíssimo na ocasião em
que Jesus foi ao seu encontro. Esteve, pois, o Pai retido no lugar
santo pelo espaço de 1813 anos, considerando que Jesus subiu ao
céu no ano 31 A D. (segundo os adventistas). Somando-se o ano 31
AD mais 1813 anos teremos 1844 – ano em que Jesus foi ao
encontro do Pai no lugar santíssimo. Logo, por 1813 anos o Pai
celestial esteve retido no lugar santo ao lado do Filho.

Enquanto isso, lemos na Bíblia: "E ouvindo eles isto, enfureciam-


se em seus corações... fixando os olhos no céu, viu a glória de
Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus." (At 7.54,55)... "ao
que vencer lhe concederei que se assente no meu trono; assim
como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono (Ap 3.21).
Lemos ainda "Ora a suma do que temos dito é que temos um
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 116
sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono
da majestade." (Hb 8.1) Considerando que o livro de Apocalipse e
Hebreus foram escritos antes do primeiro século (?), e que os
escritores bíblicos apontam que Jesus já estava sentado no trono à
destra da majestade, obviamente no lugar santíssimo, como EGW
poderia ter visto o Pai se levantar do seu trono e entrar no lugar
santíssimo somente em 22 de outubro de 1844, ocasião em que,
logo após, o próprio Cristo assim procedeu? Além do mais, EGW
viu dois tronos no céu: um no qual o Pai estava assentado e outro
o de Jesus. Entretanto a Bíblia afirma: "E nela estará o trono de
Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão." (Ap 22.3). Trono
no singular e não no plural.

Resposta: Deus "retido" num só lugar?


Como poderia o Deus onipresente ser "retido" em um lugar
específico do universo? Observe a confusão do oponente: "Isto
significa, conforme sua revelação, que o Pai só se transferiu para o
lugar santíssimo na ocasião em que Jesus foi ao seu encontro".
Logo abaixo, ele diz o contrário: que estava o "Pai no lugar
santíssimo". Mas conforme a revelação de Ellen G. White, acima
exposta pelo oponente, Deus estava no lugar santíssimo!

Ora, se o Pai já estava no lugar santíssimo, como poderia Ele


só Se transferir em 1844? Agora observe bem esta declaração dele:
"1844 – ano em que Jesus foi ao encontro do Pai no lugar
santíssimo. Logo, por 1813 anos o Pai celestial esteve retido no
lugar santo ao lado do Filho". Mas se Jesus Cristo foi ao encontro
do Pai no Lugar Santíssimo, como pôde Ele estar encerrado,
detido por 1813 anos no Lugar Santo? E por que Jesus foi a Ele no
Santíssimo, se Deus estava no Lugar Santo por 1813 anos? Só
podemos nos surpreender com tamanha má fé, "porque Deus não
é de confusão"! (1Cor. 14:33).
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 117

Vamos à Bíblia, a fim de confirmar toda a verdade. Cristo foi


assunto ao Céu, e foi visto por Estevão "em pé à destra de
Deus" (Atos 7:56). O que significa "estar em pé"? Naturalmente,
em uma sã interpretação, significa que Ele está em um ofício,
realizando uma de Suas funções. "Cristo vive assentado à direita
de Deus", significando o Seu "status" de Rei no trono da graça
(Heb. 4:16). Mas se Ele permanece "em pé", está oficiando como
Intercessor (Rom. 8:34; Heb. 7:25). Assim Ele foi visto por
Estêvão.

Mas e quanto ao lugar em que Cristo realizou o Seu


ministério? Onde Ele estava ao interceder por nós? No Lugar
Santo ou no Lugar Santíssimo?

Para entendermos o que ocorre no Santuário Celeste,


temos que entender o santuário terrestre, que seguiu o modelo do
Céu (Heb. 8:5). Durante o ano inteiro, continuamente, os
sacerdotes ministravam os serviços sagrados no primeiro
compartimento do santuário, chamado lugar santo (Heb. 9:6).
Mas no segundo compartimento, chamado Lugar Santíssimo,
entrava o sumo sacerdote, uma vez por ano, a fim de realizar a
purificação do santuário (Heb. 9:7), o qual havia sido
contaminado com os pecados do povo durante aquele ano,
pecados estes que eram transferidos simbolicamente dos
pecadores para os animais de sacrifício e dos animais para o
santuário a ser agora purificado.

Mas diz o autor de Hebreus que tudo isso, com todos os seus
detalhes, é uma "parábola" (Heb. 9:9) para o tempo presente.
Isso é uma tipologia. O que significa esse simbolismo? O v. 8
ensina que o serviço no Céu não podia começar enquanto não
terminasse o serviço na Terra. Diz que "o caminho do Lugar
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 118
Santo" do Santuário celeste não se manifestara, enquanto
funcionava o santuário terrestre (Heb. 9:8).

Portanto, quando Cristo expirou na Cruz, quando o


Cordeiro de Deus depôs a Sua vida, o véu do santuário
terrestre foi rasgado em dois sem auxílio de mãos humanas
(Mat. 27:50-51), para declarar ao mundo que o santuário terrestre
dos judeus deixava de vigorar, estava agora sem valor com toda a
lei cerimonial (Efé. 2:15; Col 2:14, 16-17), e que começava no Céu a
obra sacerdotal de Cristo como nosso Intercessor e Mediador
(Heb. 7:25; 9:15).

Assim como os sacerdotes trabalhavam continuamente no


lugar santo do santuário terrestre, Cristo agora iniciara o Seu
serviço no Lugar Santo do Santuário Celestial. Portanto, quando
ascendeu, Cristo foi para esse ofício de Intercessor e para esse
lugar correspondente, "vivendo sempre para interceder" por nós
(Heb. 7:25). Ele penetrou "além do véu", como Sumo Sacerdote
(Heb. 6:19). Como no santuário terrestre havia 2 véus, um na
entrada do lugar santo e outro na entrada do lugar santíssimo,
Cristo entrou no Lugar Santo do Santuário Celestial, além do 1º
véu, desde ascensão até o ano de 1844, data quando entrou pelo
"segundo véu" (Heb. 9:3), para realizar a purificação do mesmo
Santuário Celestial (Dan. 8:14).

Mas não foi Cristo diretamente ao Lugar Santíssimo


no Céu? Os protestantes afirmam que Cristo foi a esse
compartimento logo ao ascender e lá permanece até hoje. E citam
como base para esta interpretação a passagem de Heb. 9:12,
onde lemos que Cristo "entrou no Santo dos Santos, uma vez por
todas". A outra passagem citada é Heb. 10:19, onde temos um
apelo para com "intrepidez entrar no Santo dos Santos, pelo
sangue de Jesus".
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 119
Entretanto, ambas as passagens têm no original grego a
palavra "ta hágia", cuja tradução é santuário, e não Santo dos
Santos (Lugar Santíssimo) que corresponde a "hágia hagión",
como vemos traduzido em Heb.9:3, corretamente nesta passagem.
As outras passagens devem ser vertidas como santuário, como faz
a versão Almeida Corrigida, e tantas outras. Por que trocaram a
tradução que antes estava certa? Alguma discordância teológica
com os adventistas? Mas não devemos traduzir a Bíblia com idéias
preconcebidas; isso não dá certo, porque mais cedo ou mais tarde
será descoberto! Ademais, seria desonesto para com os incautos e
atrai a maldição de Apo. 22:18-19.

Mas antes de se iniciarem os serviços do santuário, era


necessária uma inauguração, uma Ratificação do Concerto, ou
aliança. Em Êxo. 24, Deus chamou a Moisés, juntamente com
Arão, e mais 70 anciãos a fim de adorar de longe, e proclamar as
leis e estatutos diante do povo de Israel, que se apressou em dizer:
"Tudo o que o Senhor falou, faremos e obedeceremos!" (v. 7).
Então, Moisés tomou o sangue de sacrifícios oferecidos e o
espargiu sobre o povo e disse: "Eis aqui o sangue da aliança que o
Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras" (v. 8).

Em Heb. 9:11-12, não temos uma declaração da


permanência de Cristo no Lugar Santíssimo. Temos ali uma
declaração de que Cristo como Sumo Sacerdote entrou no
Santuário ("tá hágia"), não no Santo dos Santos (hágia hagión).
Mas o que nos diz o contexto? Ele aponta para a Ratificação da
Nova Aliança com o povo de Israel Espiritual (9:15-20). Aliás o
tema dos capítulos 8-10 (de Heb.) ilustram a Nova Aliança.
Conforme o método de Paulo, ele primeiro apresenta a sua
proposição, na qual ele expõe o seu principal objetivo. Depois, ele
amplia o assunto com ricos pormenores, separando os temas, a
fim de provar o que disse na proposição. Como numa grande
sinfonia!
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 120

Esta é a proposição: Cristo entrou no Santuário


Celestial! (Heb. 9:11-12). Mas ele trata de 3 temas na sua
proposição, nesse texto:
1) Cristo veio como Sumo Sacerdote (v. 11) que é ampliado
nos versos 15-22, onde fala do Mediador da nova aliança, fazendo
uma comparação entre Cristo e Moisés, Seu tipo (Deut. 18:15).
2) Cristo trouxe o Seu próprio sangue (v. 12), que é
ampliado nos versos 13-14, onde se faz uma comparação entre o
sangue de animais, em inúmeras ocasiões de sacrifícios, e o
sangue de Jesus;
3) Cristo entrou no Santuário (v. 12), que é ampliado nos
versos 23-28, onde Paulo faz uma comparação entre o santuário
terrestre e o Santuário Celestial. O texto em destaque é o v. 24 e
25, onde lemos que Cristo entrou não no Santo dos Santos, mas no
Santuário Celeste ("tá hágia" em ambos os versos).

Mas, se Cristo está assentado à direita do trono de


Deus, não indicaria esse fato muitas vezes repetido, que Ele
estava no Lugar Santíssimo junto ao Pai, desde a ascensão? Ele é
"Sumo Sacerdote que se assentou à destra do trono da majestade
nos Céus" (Heb. 8:1). A pergunta evidente é esta: onde está o
trono de Deus? No Lugar Santo ou no Santíssimo? O nosso
oponente diz confiante, ao sugerir: "os escritores bíblicos apontam
que Jesus já estava sentado no trono à destra da majestade,
obviamente no lugar santíssimo." Onde está a prova disso? O
oponente não tem nenhum texto para provar; então, usa o
argumento da racionalização: "obviamente, no lugar santíssimo".
Ora, os escritores Bíblicos não dizem isso; não parece nada óbvio,
e isso não está escrito. Veja bem claramente o que eles dizem:
1) Marcos: "De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter
falado, foi recebido no céu e assentou-se à destra de Deus"
(Mar.16:19).
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 121
2) Lucas: "O Filho do homem em pé à destra de Deus" (Atos
7:56).
3) Pedro: "Exaltado, pois, à destra de Deus". "Depois de ir
para o céu, está à destra de Deus" (Atos 2:33; 1Ped. 3:22).
4) Paulo: "Sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono
da Majestade nos céus". "Assentou-se à destra de Deus" "Está
assentado à destra do trono de Deus." "Onde Cristo vive,
assentado à direita de Deus" "Está à direita de Deus e também
intercede por nós". (Heb. 8:1; 10:12; 12:2; Col. 3:1; Rom. 8:34).
5) João: "Eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém
sentado." "Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos".
(Apo. 4:2,4).

A pergunta é esta: Onde está o trono, no Lugar Santo ou


no Santíssimo? Para responder a esta pergunta, é bom lembrar
as palavras de quem falou sobre o trono muito antes dos
apóstolos. O profeta Daniel disse: "Continuei olhando, até que
foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou; sua veste
era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o
seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente."
(Dan. 7:9). Esse texto é muito esclarecedor: 1) Vários tronos
foram postos; 2) o Ancião de Dias, Deus Se assentou no Seu
trono; 3) O Seu trono possui rodas. Ora, se o trono de Deus
possui rodas, ele pode estar tanto no Lugar Santo como
no Lugar Santíssimo. Tudo depende da vontade do Deus
triúno. Como poderia o Pai eterno ficar retido num lugar isolado
no universo? Isso fica por conta do oponente!

E Daniel diz ainda mais, ao falar sobre o Julgamento que


antecede a Volta de Cristo: "Eu estava olhando nas minhas
visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o
Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram
chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que
os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 122
domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais
será destruído." (Dan.7:13-14).

Portanto, estava certa Ellen G. White quando disse que de


acordo com as profecias de Daniel, Cristo ascendeu ao Céu e
ministrou até 1844, quando então Se dirigiu ao Ancião de dias,
"com as nuvens do céu", não ainda para a Sua Segunda Vinda, mas
foi ao Pai, a fim de iniciar a obra de Purificação do Santuário, que
equivale ao Juízo Investigativo, iniciado naquela data, no Lugar
Santíssimo, onde Se encontrava o Pai, nesse dia, definido
profeticamente como 22 de outubro de 1844.

Mas o que foi que o oponente disse acerca de tronos no


plural? Que Ellen G. White errou na contagem dos tronos?
Quantos tronos existem? Deixe que Cristo responda para os
vencedores, que conhecem plenamente a verdade: "Ao vencedor,
dar-lhe-ei sentar-se comigo no Meu trono, assim como também
Eu venci e me sentei com Meu Pai no Seu trono." (Apo. 3:21).
Estava certa Ellen G. White mais uma vez, para desilusão de
muitos críticos, que falam, escrevem, cavilam, mas não
prosperam.

Graças a Deus pelo Seu dom inefável!

Leis Dietéticas
Diz ela: "Toda lei que rege o organismo humano deve ser
estritamente considerada; pois é tão verdadeiramente uma lei
de Deus como o é a palavra Escritura Santa; e todo desvio
voluntário da obediência a essa lei é tão certamente o pecado
como a transgressão da lei moral." (Temperança, 212).

"No tocante ao alimento cárneo, devemos instruir o povo a nele


não tocar. Seu uso é prejudicial ao melhor desenvolvimento das
faculdades físicas, mentais e morais. Devemos fazer campanha
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 123
decidida contra o uso de chá e do café. Convém, também, abster-
se das sobremesas complicadas. Leite, ovos e manteiga não
devem ser classificados como alimento cárneo. Nalguns casos o
uso de ovos é proveitoso. Não chegou ainda o tempo de dizer que
deva ser inteiramente abandonado o uso de leite e ovos."
(Testemunhos Seletos, Vol. III, p. 139).

Pode existir maior absurdo do que ensinar que o uso de certos


alimentos pode constituir uma transgressão igual à da lei moral
que, para EGW, implica apenas nos Dez Mandamentos? Em 1 Tm
4.1,3 Paulo fala de apostasia da fé caracterizada pela proibição de
se comer certos alimentos. "Mas o Espírito expressamente diz que
nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas demônios" ... "... ordenando
a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis, e para
os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de
graças." Fala mais Paulo de pessoas que fazem seu ventre o seu
deus e se preocupam muito em o que comer e do que se abster.
Tais pessoas devem ser consideradas como inimigos da cruz de
Cristo (Fp 3.18,19). Que a alimentação possa prejudicar as
faculdades físicas e mentais é até admissível, mas que a
alimentação prejudique as faculdades morais isso é exagero e sem
base científica.

Resposta: Leis Dietéticas


Erro lamentável na interpretação de 1Tim. 4:1,3
Será que a transgressão das leis de saúde não afetam a
moral? Ora, transgressão das leis naturais é condenada na Lei de
Deus como homicídio ou suicídio lento, mas fatal. Pode um cristão
ser de boa moral e fumar? Essa transgressão da lei natural não lhe
afetaria a moral? Não lhe afetaria a própria vida espiritual? Nosso
oponente admite "que a alimentação possa prejudicar as
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 124
faculdades físicas e mentais". Isso ele admite; mas como pode uma
coisa afetar as faculdades físicas e mentais sem afetar a moral?
Como pode alguém tomar vinho (que contém alimento nocivo),
sem ser afetada a sua moral?

Mas positivamente, num site não-adventista, ao acaso da


internet, falando sobre alimentação, li o seguinte: "A alimenta-
ção natural, quando fundamentada no estudo, na pesquisa,
ajuda a manter o equilíbrio mental, a integração moral, a
harmonia, a saúde física, mental e espiritual." Talvez o Sr. Rinaldi
precisasse dessa simples sugestão: pesquisa.

Noutra página, li o que segue, provando a base científica


ignorada sobre o malefício moral de uma alimentação nociva: "É
interessante que a Men’s Health, (Revista Saúde do Homem)
número 2, de junho de 2006 admita que a carne estimula o
sensualismo. Há mais de um século a escritora Ellen White já
havia chamado a atenção de seus leitores para isso: 'Os que
condescendem com o comer carne, beber chá [estimulante] e a
glutonaria, estão semeando para uma colheita de dor e morte. A
comida prejudicial introduzida no estômago fortalece os apetites
que combatem contra a alma, desenvolvendo as propensões
inferiores. Um regime de carne tende a desenvolver a
sensualidade. O desenvolvimento da sensualidade diminui a
espiritualidade, tornando a mente incapaz de compreender a
verdade' (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pág. 382)." (Blog
de Michelson Borges). A base científica é comprovada.

Quanto à Lei moral, que o nosso oponente diz que Ellen G.


White considera como sendo os Dez Mandamentos com
exclusividade, sabemos que na Bíblia se encontram espalhados
centenas de princípios morais, mas todos eles baseados na
Lei moral de Êxo 20. Por exemplo, quando a Bíblia diz em Prov.
23:31-32: "Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho,
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 125
quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo
morderá como a cobra e picará como o basilisco", porventura, não
é um princípio moral, protegendo-nos do suicídio lento, baseado
nas palavras: "não matarás"? E também nas palavras: "Não
cobiçarás"? E assim, você poderia multiplicar os exemplos.
Portanto, os Dez Mandamentos são um resumo de centenas de
princípios morais que encontramos na Bíblia, ampliando o seu
significado. E foi exatamente isso que fez o Senhor Jesus Cristo no
sermão do monte. Ele ampliou o significado dessa Lei, sem
substituí-la; muito menos revogá-la (Mat. 5:17-20).

Portanto, se alguém quiser comer carne de porco, não


somente desobedece a Deus que proibiu esse tipo de alimento
(Lev. 11; Deut. 14), como também transgride o mandamento que
diz: "Não matarás", porque este alimento nocivo é prejudicial à
saúde e todo prejuízo consciente à saúde é um suicídio lento, mas
fatal, e conseqüentemente, é uma transgressão da Lei moral dos
Dez Mandamentos.

Estava certa Ellen G. White em suas declarações. Profetisa


inspirada por Deus é assim: só fala verdade. Falharam os
oponentes.

Mas ainda nos resta responder às questões levantadas em


1Tim. 4:1,3. Como entender essa passagem? Certamente,
não podemos colocar a Bíblia contra a Bíblia para defender a
própria Bíblia, como faz o oponente, que infelizmente não
entendeu a mensagem desse texto! O verso 1 identifica alguns
apóstatas da "fé". O "Dicionário da Bíblia de Almeida" define a
"fé" como: "Confiança em Deus"; e como "a doutrina revelada por
Deus". A palavra fé no texto se refere à "doutrina revelada por
Deus". Desse modo, quem são os apóstatas da doutrina de Deus,
dada sobre a alimentação? Que responda o leitor!
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 126
Mas o texto nos informa em que consiste a apostasia dos
gnósticos daquele tempo e do nosso:
1) Proíbem o casamento: Paulo admoesta contra os
conceitos fanáticos que os gnósticos introduziram no cristianismo
e que depois foram perpetuados, pelo sistema monástico. Os
gnósticos criam que toda a matéria era má e que tinha que
reprimir e eliminar todas as paixões do corpo material. De acordo
com esta teoria, o casamento se convertia numa concessão às
concupiscências da carne, e portanto era pecaminoso. Paulo aclara
que o casamento é uma instituição de origem divina e que
combatê-lo seria atacar a sabedoria infinita e os bondosos
propósitos de Deus (1 Cor. 7:1-4; Heb. 13:4).
2) Exigem abstinência de alimentos. Paulo se refere aqui
às influências e tendências ascéticas que se difundiam na igreja.
Os simpatizantes disso consideravam por motivos cerimoniais e
rituais que era espiritualmente desejável a proibição completa de
certos alimentos. A advertência incluía a proibição de certos
alimentos em determinados dias religiosos.

Mas vamos nos aproximar mais do texto, e fazer algumas


simples perguntas e permitir que a Bíblia responda:
1) Qual era o problema dos apóstatas? "Exigem abstinência de
alimentos".
2) Que tipo de alimentos? "Que Deus criou para serem
recebidos".
3) Quais foram os alimentos dados na Criação? "E disse Deus
ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se
acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há
fruto que dê semente; isso vos será para mantimento." (Gên. 1:29).
Uma verdadeira lição sobre o vegetarianismo!
4) Com que atitude devemos receber esses alimentos? "Com
ações de graças".
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 127
5) Por quem devem ser recebidos esses alimentos que Deus
criou? "Pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a
verdade". Ou seja: pessoas fiéis a Deus e que conhecem a verdade
de modo pleno, não parcialmente.
6) Quantos desses alimentos "que Deus criou" são próprios
para os cristãos fiéis? "Pois tudo o que Deus criou é bom... nada é
recusável". O regime vegetariano é claramente recomendado, pois
foi o tipo de alimento que Deus criou para nutrir o nosso corpo.
Nada disso, e somente disso, é recusável.
7) Há alguma coisa que "Deus não criou" para servir de
alimento, e que é recusável? "O porco, porque tem unhas fendidas
e o casco dividido, mas não rumina; este vos será imundo; da sua
carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver. Estes vos serão
imundos." (Lev. 11:7-8; Deut. 14:8-9). Isso significa que tal
consumo de alimentos imundos não é sancionado por direção
divina explícita. Ele não poderia ser mais claro, apesar de tantos
lerem essas palavras e continuarem na desobediência, e nos
conseqüentes males de saúde.
8) Quais são as duas normas que excluem toda a dúvida sobre
esse assunto? "porque pela Palavra de Deus e pela oração, é
santificado". O alimento que Deus criou é santificado pela Palavra,
porque Deus mesmo nos orientou através dela sobre o que é
verdadeiro e o que é falso para a nutrição de nosso corpo, que é o
"santuário do Espírito Santo", e "se alguém destruir o santuário de
Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós,
é sagrado" (1Cor.3:16, 17).
Mas o alimento de cristãos também é santificado pela oração,
que naturalmente deve ser sincera, com risco de nos tornarmos
apóstatas que vivem na "hipocrisia" (1Tim. 4:2), se não
atendermos ao que Deus disse na Sua Palavra. Portanto, não basta
termos o conhecimento parcial da Palavra de Deus: ele tem que
ser completo, porque os fiéis "conhecem plenamente a verdade"; e
não basta a oração: ela tem que ser sincera: "Quero, pois, que os
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 128
homens orem em todo lugar, levantando mãos santas" (1Tim 2:8),
foi o que disse Paulo no início da epístola.

Conta-se que, certa vez, numa cidade do nordeste, os


protestantes daquela cidade iam comemorar o dia da Bíblia,
e convidaram a todos os pastores evangélicos, inclusive o pastor
adventista, a fim de festejar aquele dia tão importante em nosso
meio, que todos os anos é apreciado, na primeira semana de
dezembro, com muitos motivos de gratidão. E os pastores ali
estavam reunidos para um suculento almoço, com todas as finas
iguarias mais apetitosas, e todo o tipo de carnes para os mais
variados gostos, inclusive muita carne de porco, em meio a
algumas saladas vegetarianas.
Os discursos foram proferidos, um após outro até que chegou
o momento do almoço. E alguém, querendo pregar uma peça, uma
brincadeira maldosa, junto com os outros pastores, convidou o
pastor adventista para que ele fizesse a oração invocando uma
bênção sobre os alimentos. Era um momento difícil, porque o
pastor logo havia percebido que tipo de alimento havia na mesa.
Ele pensou por uns segundos, enquanto todos aguardavam em
suspense o desenrolar dos acontecimentos. Então, o pastor
adventista se posicionou para a oração e falou, pausadamente:
"Senhor, nós Te louvamos pelas grandes vitórias na disseminação
das Bíblias, e comemoramos com alegria essa data. Mas agora, ao
tomarmos o alimento, se é do Teu querer abençoar aquilo que
amaldiçoaste, cumpra-se a Tua vontade. Em nome de Jesus,
amém!" Conta a história, que ninguém provou das comidas
imundas servidas à mesa.

Tinha razão Ellen G. White quando falou. E não falhou.


Falharam os seus oponentes inimigos. Profetiza de Deus só fala a
verdade.

Crianças Sem Comer


Resposta Adventista aos Ataques x EGW 129
Diz ela: "Eu recomendaria deixá-los (as crianças) ficar sem
comida pelo menos por três dias, até que sintam fome bastante
para tomar o alimento bom e saudável. Arriscaria deixá-los
passar fome." (Temperança, 158).

O leitor obedeceria essa sugestão de EGW: deixar seus filhos sem


comer por três dias para despertar-lhes o apetite? Não seria isso
desumano? Teria partido de Deus essa orientação dela?

Resposta:
Deixar crianças passando fome
Até parecem muito engraçadas certas situações. Se você fosse
ler a Bíblia e encontrasse a seguinte ordem: "Vai, comete pecado!
Pois é isso mesmo o que você quer!" – o que você diria? Seguiria
tal conselho? Pois na Bíblia há tais palavras: "Vinde a Betel e
transgredi, a Gilgal, e multiplicai as transgressões!.. porque disso
gostais! ... disse o Senhor Deus" (Amós 4:4). E daí, Sr. Rinaldi,
você seguiria esse conselho? "Teria partido de Deus essa
orientação" profética de Amós?

Qual é o conselho mais lógico, para crianças que não


querem comer na hora das refeições, mas comem guloseimas fora
de hora? Qual o conselho para crianças que rejeitam o alimento
saudável e escolhem alimento prejudicial? Conheci crianças que
não queriam comer de modo nenhum, nenhum alimento básico
para a sua saúde. Uma delas dizia, quando os pais ofereciam
maçãs: "Ah, eu não sou passarinho para comer frutas!" "Eu não
sou macaco para comer bananas!" E quando ofereciam verduras:
"Eu não sou coelho para comer alface!"

Há uma criança que eu conheço, que, por motivos


psicológicos, se negou a comer. Simplesmente, não comia. Era
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 130
inútil a insistência dos pais! Às vezes, achavam alguma coisa que
ele gostava, e era aquela alegria! Comia um pouco de macarrão
cru, um pouquinho de algumas coisas. Numa festa, quando todos
estavam comendo muito bem, as outras crianças comendo muitos
doces, bolos, tortas e pudins, ele indiferente, não comia nada
disso. Puro orgulho; não queria se dobrar. Mas os pais não
obrigavam o filho a comer, tinham muito cuidado para não ferir as
suas sensibilidades, e cuidavam para que ninguém tocasse no
assunto; porque ele poderia ficar complexado. Psicologia
moderna. Cresceu assim. Comendo quase nada. Resultado,
começou a ficar doente, anêmico e hoje requer cuidados médicos
especiais! Estou seguro de que, deixando o preconceito e a super-
proteção, se os pais tivessem com firmeza seguido o conselho de
Ellen G. White, teriam hoje um menino saudável e feliz. Torcendo
o pepino quando pequenino.

Qual seria o conselho da Sra. White? "Eu recomendaria


deixá-lo ficar sem comida pelo menos por três dias, até que sinta
fome bastante para tomar o alimento bom e saudável. Arriscaria
deixá-lo passar fome." Qual seria o resultado? Se esse filho
seguisse a regra? Sem poder comer nenhuma guloseima, sem
poder comer absolutamente nada, que pudesse estragar o seu
apetite? Ele sentiria fome, suficiente para querer comer
normalmente até os alimentos que antes detestava, e nem
chegaria ao 2º dia! Cada caso é um caso, mas os pais devem ter
muita sabedoria de Deus nessas circunstâncias.

É apenas um conselho, uma recomendação de quem tinha


o Espírito Santo, assim como Paulo, que deu sua própria opinião,
mas falou: "Segundo a minha opinião; e penso que também eu
tenho o Espírito de Deus." (1Cor. 7:40). O que é que ele estava
aconselhando? Que as viúvas não se casassem, e julgava segundo a
sua opinião que elas seriam mais felizes desse modo,
permanecendo viúvas. Agora, ele reconhece que era apenas uma
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 131
opinião sua. Mas pergunte para as viúvas que você conhece: "Você
seria mais feliz, se você casasse?" Será que as viúvas concordariam
com o apóstolo Paulo nesse ponto sobre a sua felicidade?
Dificilmente! Mas se elas discordarem, não pecam por isso, como
uma pessoa que tem problemas com os filhos que não querem
obedecer na hora de comer! Não pecam se não seguirem esse
conselho de Ellen G. White, mas os resultados serão mais
drásticos do que uma lição de jejum bem dada!

Mais uma vez estava certa a Sra. White! Criticada até


num caso específico de crianças que estavam dando problemas
para os pais que não sabiam o que fazer com os filhos que os
dominavam!

Segregação Racial
Diz ela:
"Em resposta a indagações quanto à conveniência de casamento
entre jovens cristãos de raças branca e preta, direi que nos
princípios de minha obra esta pergunta me foi apresentada, e o
esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse
passo não devia ser dado; pois é certo criar discussão e
confusão."... "Que o irmão de cor se case com uma irmã de cor
que seja digna, que ame a Deus e guarde os Seus mandamentos.
Que a irmã branca que pensa em unir-se em matrimônio a um
irmão de cor se recuse a dar tal passo, pois o Senhor não está
dirigindo nessa direção." (Mensagens Escolhidas, vol. II, p. 344)

O assunto em foco é "quanto à conveniência de


casamento entre jovens cristãos de raças branca e preta", não
sobre racismo. De acordo com a Bíblia, há muitas mensagens
dadas quanto à conveniência de se fazer ou de deixar de se fazer
alguma coisa. Veja alguns exemplos da Bíblia: 1) "Para servirem a
Nabucodonosor." Jer. 28:14. Esta era uma ordem de Deus a fim de
o povo servisse a esse rei: mas imagine os crentes de sua Igreja
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 132
servindo ao rei Nabucodonozor! 2) Observe esta declaração de
Paulo: "Deve a mulher... trazer véu na cabeça." 1Cor. 11:10. A sua
igreja adota um véu para as mulheres? E 3) as "coisas sacrificadas
a ídolos"? 1Cor. 8:1. Paulo aqui trata de coisas que devemos evitar.

Mas como se adaptam essas coisas que nem chegam a nós?


Certamente, estamos falando de mensagens dadas de acordo com
a época, o lugar e as circunstâncias. Agora, falando da
"conveniência de casamento", que é o assunto em foco, o apóstolo
Paulo disse: "Solteiros e viúvos... seria bom se" não casassem.
(1Cor. 7:8). Como estão os solteiros de sua igreja? E os viúvos?
Como reagem diante dessas palavras? Eles concordam em ficar
como Paulo, sozinhos, sem se casar? [Embora Paulo foi uma vez
casado]. Mas eis que ele volta a dizer: "Se... as circunstâncias o
exigem... que se casem." 1Co. 7:36. Paulo está falando sobre as
"conveniências do casamento", orientando de acordo com a época,
o lugar e as circunstâncias, exatamente como fez Ellen G. White.
Ela estava correta, assim como Paulo e os outros profetas.

A igreja adventista se vangloria de ser a igreja remanescente em


virtude de possuir o "espírito de profecia" na pessoa de EGW.
Seria essa igreja segregacionista como foi EGW? Obedece essa
igreja essa orientação de EGW segundo "esclarecimento dado da
parte do Senhor"? Pedro, quando entrou em casa de Cornélio
declarou: "Reconheço que Deus não faz acepção de pessoas." (At
10.34). Por outro lado, lemos em 1 Sm 16.7 que "o Senhor não vê
como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos (a
cor da pele) porém o Senhor olha para o coração."
Mais uma vez notamos que tanto Joseph Smith Jr, que tinha o
"espírito de profecia" se assemelha a EGW nas suas revelações
dadas pelo Senhor considerando que ambas as igrejas têm
posição segregacionista. Não seria essa revelação mais uma
decorrência da situação reinante na América do Norte do que
propriamente uma revelação do Senhor? Não esqueçamos de que
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 133
os americanos do Norte são segregacionistas e ambos - Joseph
Smith e EGW - são americanos. Quando um crente adventista de
cor pretender casar-se com uma jovem branca ou vice-versa se
lembre que "o Senhor não está dirigindo nessa direção" se
realmente acreditar nas revelações de EGW.

Resposta:
Seria Ellen G. White Racista?
Deixe que ela mesma responda: "Devemos tratar o homem de
cor com o mesmíssimo respeito com que tratamos o branco."
"Todos os homens, brancos e pretos, são livres e iguais."
Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 343. Veja que só foi citada a
página 344, ocultando-se a pg. 343, que explica o contexto real da
posição explanada na página seguinte! Mais um embuste para
enganar!

Mais uma vez, estava certíssima e muito bem equilibrada


Ellen G. White! Graças a Deus pelo seu dom inefável!

Proseletismo

Diz ela: "Temos uma obra a fazer por ministros de outras igrejas.
Deus quer que eles se salvem."... "Nossos ministros devem buscar
aproximar-se dos ministros de outras denominações."
(Testemunhos Seletos, vol. II, p. 386, 2ª edição – 1956).

Sempre temos afirmado que os adventistas não são evangélicos e


se juntam a nós com intuitos proselitistas. Isso é declarado por
EGW que recomenda a aproximação a ministros evangéli-
cos orientando-os para que se salvem.

Resposta:
Ensinando "Ministros"
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 134

Os apóstolos fizeram o mesmo, aproximando-se dos


sacerdotes judeus, e levando-lhes o conhecimento do Evangelho, e
ganhando-os para o Cristianismo! E como resultado, "muitíssimos
sacerdotes obedeciam à fé." (Atos 6:7). O apóstolo Paulo fez a
mesma coisa, mais tarde, após a sua conversão, procurando as
sinagogas e buscando "os chefes da sinagoga" na própria cidade de
Jerusalém! (Atos 13:13-15). "Mas os judeus, vendo as multidões,
tomaram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo
falava." (Atos 13:45). E a história se repete!

De outra feita, já em Roma, Paulo "convocou os 'principais


dos judeus' " (Atos 28:17) os quais também rejeitaram a luz
fulgurante do Evangelho (Atos 28:24), assim como hoje
igualmente muitos líderes dentre os evangélicos estão rejeitando a
luz da verdade explanada pela Igreja Adventista do 7º Dia, e
deixando o povo sob a sua responsabilidade nas trevas, e não estão
ensinando a Lei de Deus ao povo que perece por falta de
conhecimento! Estava certa Ellen G. White; e por esse mesmo
documento se pode perceber quão distante da verdade estão
certos pretensos ministros que falham no seu ministério, embora
seja de sua alçada pregar a verdade, somente a verdade e nada
menos do que a verdade!

E isso é muito grave; é tão grave que no dia final do Juízo,


mesmo na própria volta de Cristo, muitos se levantarão contra os
falsos pastores e angustiados lhes dirão: "Mas por que vocês não
nos contaram a verdade? Vocês sabiam dessas coisas, e, no
entanto, não nos contaram! Agora, estamos perdidos pela
eternidade, e tudo por sua culpa!" E muitos deles, não tendo nada
mais a perder, se insurgirão contra esses falsos pastores que se
apascentam a si mesmos, para matá-los. Exatamente como está
escrito: assim como aconteceu no passado, em que os inimigos de
Deus se destruíram a si mesmos (2Crô. 20:23), também
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 135
acontecerá novamente no futuro (Zac. 14:13; Apo. 17:16). Isso é
muito grave (Jer. 23:1-2). E já se aproxima aquele tempo da
vingança do povo iludido contra os falsos pastores!

O que é grave [falsa ilusão!] é que essa mesma escritora reconhece


que ninguém está salvo e que ninguém deve afirmar que esteja
salvo. Diz ela: "Nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador,
conquanto sincera sua conversão, que digam ou sintam que estão
salvos. Isto é enganoso." (Parábolas de Jesus, p. 155, citado no
livro 95 Teses, p. 133).

Ora, Jesus afirmou, "Na verdade, na verdade vos digo que quem
ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida
eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a
vida." (Jo 5.24) Três promessas fez Jesus nesse texto bíblico: 1)
que quem ouve sua palavra e crê naquele que o enviou "tem a vida
eterna". O verbo ter está no tempo presente; 2) não entrará em
condenação, no futuro (Rm 8.1); 3) passou da morte para a vida,
ou seja, da morte espiritual para a vida espiritual ou vida eterna
(Ef 2.1,2,5). Isso é confirmado em 1Jo 5.12,13: "Quem tem o Filho
tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas
coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna, e
para que creiais no nome do Filho de Deus."

Resposta:
Salvo hoje, salvo para sempre?
Qual é o contexto das palavras de Ellen G. White?
Vamos colocar a declaração completa, a fim de que os leitores
possam ver como ela explica e justifica a verdade e o sentido em
que fala:
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 136
"A queda de Pedro não foi repentina, mas gradual. A
confiança em si mesmo induziu-o à crença de que estava salvo,
e desceu passo a passo o caminho descendente até negar a Seu
Mestre. Jamais podemos confiar seguramente em nós mesmos ou
sentir, aquém do Céu, que estamos livres da tentação. Nunca se
deve ensinar aos que aceitam o Salvador, conquanto sincera sua
conversão, que digam ou sintam que estão salvos. Isso é
enganoso. Deve-se ensinar cada pessoa a acariciar esperança e
fé; mas, mesmo quando nos entregamos a Cristo e sabemos que
Ele nos aceita, não estamos fora do alcance da tentação. A
Palavra de Deus declara: 'Muitos serão purificados, e embranque-
cidos, e provados.' Dan. 12:10. Só aquele que "suporta com
perseverança a provação... receberá a coroa da vida". Tia. 1:12.

Há nessas palavras um equilíbrio que deve nortear a


todo o seguidor de Cristo. Temos nós a garantia completa de
salvação? É correto dizer "Uma vez salvo, salvo para sempre!"? A
Bíblia ensina que devemos ser cautelosos a respeito de nossas
pretensões de salvação. É por isso que o apóstolo Paulo advertiu,
não para ímpios incrédulos, mas para o povo de Deus:: "Vós,
porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito
de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo,
esse tal não é dele." (Rom. 8:9). Mais adiante disse: "Examinai-vos
a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos.
Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já
estais reprovados." (2Cor. 13:5). Paulo está combatendo uma falsa
segurança.

Cristo seguiu esse mesmo pensamento quando afirmou:


"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos
céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus."
(Mat. 7:21). Não basta uma profissão de fé. É necessário realmente
nascer de novo, como disse Jesus: "Em verdade, em verdade te
digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 137
reino de Deus." E mais: "Se não vos converterdes e não vos
tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos
Céus." (João 3:5; Mat. 18:3).

O ensino bíblico sobre este assunto é muito claro: "E, por se


multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos.
Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo."
(Mateus 24:12 e 13). Disse Cristo que a salvação dos crentes
depende de sua perseverança. E o apóstolo João completa: "Aqui
está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos
de Deus e a fé em Jesus." (Apo. 14:12).

A Bíblia nos ensina um processo de salvação e não um


ponto em que somos salvos e estamos garantidos para todo o
sempre. A Bíblia disse que um dia no passado "fomos salvos"
(Rom. 8:24); disse também que no presente estamos "sendo
salvos" (Atos 2:47); e, finalmente, diz que "seremos salvos" (Rom.
5:10). Não podemos ser orgulhosos acerca de nossa salvação hoje,
porque não sabemos o que acontecerá amanhã. A salvação é um
processo: no passado fomos salvos da pena do pecado pela
cruz de Cristo no Calvário, ao pagar Ele o preço de nossos
pecados; no presente somos salvos do poder do pecado; e no
futuro seremos salvos da presença do pecado.

Mas se não estivermos firmados em uma comunhão


sólida com o Salvador diariamente, tomando a nossa cruz,
negando o eu, e seguindo a Jesus, pouco se poderá dizer de nosso
futuro! (Mat. 16:24-27). Se a salvação é um processo, aqueles que
desistirem no momento em que estão sendo salvos, ou estão sendo
santificados, após terem sido perdoados ou justificados, como
Deus poderá salvá-los no futuro? Ele disse: "Riscarei do meu livro
todo aquele que pecar contra mim." (Êxo. 32:33). "Porque, se
vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido
o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 138
pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo
vingador prestes a consumir os adversários." (Heb. 10:26-27).

Portanto, na Bíblia temos uma tensão, reconhecida pelos


grandes teólogos: Se por um lado, podemos ter certeza de
salvação, por outro, "nós que temos as primícias do Espírito,
igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de
filhos, a redenção do nosso corpo" (Rom. 823). Como poderíamos
nos jactar da salvação? Estava certa Ellen G. White mais uma vez!
A profetisa que não falhou! – enquanto falham os seus críticos
vergonhosamente, teólogos sem teologia!

Mas o livro de Morris Venden, "95 Teses", foi citado


como citando a declaração de Ellen G. White. Mas donde é que o
Sr. Rinaldi tirou essa declaração? Justamente da tese 43, que
ensina exatamente o contrário, ou seja, explica a declaração de
Ellen G. White. "TESE 43: Os cristãos devem saber que têm
a garantia da salvação hoje"! Adiante, ele diz: "Cremos que
uma vez salvo, sempre salvo, enquanto se permanece salvo." Ou
seja, de um livro em que o autor adventista explica uma
dificuldade, o Sr. Rinaldi fica com a dificuldade e se alimenta dela,
ao invés de se abeberar das maravilhas da verdade, como
ensinadas pelo autor do livro.

Confirmação de Plágio
Quase sempre uma profetisa que se preza deve ter realizado algum
milagre para que suas profecias sejam aceitas com mais facilidade.
E isso não poderia ter faltado a EGW. Mas qual milagre a ela se
atribui? O milagre das 25 milhões de palavras. Como uma
pessoa semi-analfabeta, que se afastou da escola aos 9 anos de
idade, poderia ter escrito tanto se não fosse por verdadeiro
milagre? Diz certo escritor adventista:
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 139

"Sua bibliografia é vastíssima. Calcula-se que tenha escrito cerca


de vinte e cinco milhões de palavras."... "Uma série de eruditas
conferências sobre ‘As Principais Mulheres do Mundo’ foi
realizada por afamado orador dos EE. UU. Uma delas versou
sobre a Sra. White e em torno de sua pessoa falou cerca de duas
horas, perante grande auditório. Ao concluir perguntou: ‘Como
explicaremos a sua obra? E ele próprio respondeu: ‘Só há uma
explicação: inspiração." (Subtilezas de Erro, pgs. 30, 31).

Resposta:
Milagre Irrefutável

O grande desafio ainda não respondido. A pergunta


que o nosso oponente levantou foi coerentemente respondida pelo
orador acima que apresentava a Ellen G. White. Mas a pergunta
que ele fez, ele mesmo não pôde responder e fica este desafio, nas
suas próprias palavras: "Como uma pessoa semi-analfabeta, que
se afastou da escola aos 9 anos de idade, poderia ter escrito tanto
se não fosse por verdadeiro milagre?" Como é que ela pôde, Sr.
Rinaldi? Estamos esperando a sua resposta.

Agora os adventistas se encarregam de explicar esse milagre das


vinte e cinco milhões de palavras, dizendo: "É fato que Ellen
White verdadeiramente usou obras de outros até certo ponto
enquanto empenhada em seus escritos, mas não há nenhuma
evidência de intenção de fraude, por parte dela, nem há
evidência de que qualquer outro autor fosse alguma vez privado
de seus legítimos benefícios por causa das atividades dela." (101
Questões Sobre o Santuário e Sobre E. G. White, p. 81).

Resposta: Acusação de Plágio?


Resposta Adventista aos Ataques x EGW 140
Esse texto foi retirado do seu contexto, que não é
positivamente uma resposta para o milagre das 25 milhões de
palavras escritas por Ellen G. White, e "um texto fora do contexto
é apenas um pretexto"; mas esse é o método que está sendo usado
nesse palavreado que tem a intenção malévola de enganar aos
leitores menos avisados. Há uma subtileza satânica, misturada
com escárneo, deboche e zombaria irreverente.

A resposta do livro "101 Questões sobre o Santuário e Ellen G.


White" é para uma acusação de plágio de nº 71 e seguintes. Ora, se
o oponente quisesse ser mais honesto, mais sincero, teria
colocado a resposta completa do livro à objeção de fraude ou
plágio, ao invés de colocar uma dúvida em sua pressuposição.

Note as seguintes tabelas ilustrativas de que tudo o que


aconteceu com Ellen G. White, a respeito de empréstimos
literários, aconteceu com os profetas do passado. Você pode
adquirir o artigo completo ["115 Comparações entre Ellen G.
White e os Profetas", encontrado no site: www.iasdemfoco.net
de minha autoria].

Empréstimo literário e uso de fontes, religiosas ou


seculares
Profetas Ellen G. White
1-Moisés cita os poetas da Citação de textos de literatura
literatura secular: Núm. 21:27. cristã ou secular "sem aspas",
2-João coloca no Apocalipse sem indicação de autoria,
mais de 500 expressões do permitido em sua época, para
Velho Testamento. Apo. 1:14; melhorar a forma das palavras
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 141
7:9; 17:14; 21:1 contém palavras que expressavam o pensamento
retiradas do livro apócrifo de visto em visão.
Enoque (cap. 106,46,40,9,91, Inspiração também implica em
respect/). dar liberdade ao Espírito Santo
3-Fontes apócrifas profanas são para indicar as fontes da
encontradas no Novo verdade. Afinal, Ele é o
Testamento: Epimênides (Atos supremo Autor e Dono da
17:28; Tito 1:12), Aratus (Atos Verdade. Ele tem todo o direito
17:28), Menander (1Cor. 15:33). de não só indicar fontes como
SDABC, comentando os textos permiti-las, nos escritos de seu
aqui citados. profetas comissionados e
inspirados.

Uso de fontes de outros profetas


Profetas Ellen G. White
Miquéias (4:1-4) copiou de EGW citou de muitos profetas
Isaías (2:1-4). Joel (3:10) já inspirados, usando muitas
dizia as mesmas palavras. 2 vezes as suas expressões, até
Crô. 36:22-23 contém as em outros contextos. Ex.: 1Cor.
mesmas palavras de Esd. 1:1-2. 2:9 em GC, 675.

Uso de fontes biográficas


Profetas Ellen G. White
Mateus e Lucas copiaram 90% Uso de fontes que continham
de Marcos, ou vice-versa, como material biográfico da vida de
fonte original, palavras exatas. Jesus Cristo para o livro "O
"Narração coordenada... depois Desejado de Todas as Nações".
de acurada investigação". Luc. Autores usados: W.Hanna, J.R.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 142
1:1,3. Miller, J. Harris e D. March.

Uso de fontes históricas


Profetas Ellen G. White
O autor do livro dos Reis usou o Empréstimos de livros
livro da "História de Salomão" históricos no livro "Grande
(1Reis 11:41) e o livro da Conflito". Pág. 7:
"História de Israel". (2Reis "Em alguns casos em que algum
14:28). Em 2Reis (18:13-19:37) historiador agrupou os fatos de
ele copiou textualmente de tal modo a proporcionar, em
Isaías (36-37). síntese, uma visão
Jeremias (52) foi copiado pelo compreensiva do assunto, ou
autor do livro de Crônicas resumiu convenientemente os
(2Crô. 36:11-21). pormenores, suas palavras
As cópias foram feitas sem foram citadas textualmente; ...
qualquer referência ao seu não se nomeou o autor... como
legítimo autor e sem nenhum autoridade ...apresentação ...pr
sinal (aspas), indicando cópia. onta e positiva... (de) obras
publicadas."

Natureza da Inspiração
Profetas Ellen G. White
Conceito bíblico de inspiração: Conceito bíblico aplicado:
Deus pode inspirar o profeta, Deus pode inspirar a EGW,
indicando fontes existentes da indicando fontes existentes da
verdade divina e permitindo o verdade divina e permitindo o
seu uso indiscriminado. seu uso indiscriminado.
Conclusão: Inspiração não Se Deus é o Dono da verdade,
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 143
depende necessariamente de pode permitir o uso de qualquer
originalidade. fonte.

Mais uma vez estava corretíssima Ellen G. White. Igualzinha


aos profetas da antiguidade!

CONCLUSÃO: Ellen G. White foi uma profetisa


inspirada por Deus, que não falhou nos assuntos de que
foi acusada nesse documento. Seguiu o seu apostolado
por 70 anos, consoante à ordem de Deus, embora tivesse
sido uma profetisa extra-bíblica, à semelhança de tantas
outras do passado que não tiveram as suas visões
registradas dentro do cânon bíblico!

CONSELHO: Aproveitamos a oportunidade para


sugerir ao Sr. Rinaldi que faça um curso teológico, pois
ele ainda não fez esse curso tão importante, a fim de não
ficar apenas na superfície dos grandes temas da Bíblia. A
Igreja Adventista através de sua universidade do UNASP
oferece um curso por correspondência! A idade não é
problema porque há curso para a 3ª idade. Procure-nos
sem falta em nosso telefone [(19)38589000]. Atendemos
a todos os "apologistas" pesquisadores da verdade, que
desejam ser mais sinceros em suas exposições para a
Internet!

CONVITE: A todos os nossos amigos que nos


seguiram nesta explanação, ou em parte dela, queremos
fazer um convite para adorarmos ao nosso grande Deus
na Igreja Adventista do 7º Dia, reunindo-nos aos
sábados, conforme nos indica a Palavra de Deus, em sua
santa Lei dos Dez Mandamentos, como expressão de
nossa fé e amor pelo Salvador Jesus Cristo.
Resposta Adventista aos Ataques x EGW 144
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