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Nicole Fernanda da Conceição Cardoso - nikafnd@gmail.com - CPF: 063.861.

941-60
2 Fotografia Básica

INTRODUÇÃO

Neste módulo, você irá aprender sobre os conceitos e fundamentos da fotografia.


Vai entender também sobre equipamentos, como eles funcionam e sobre as
configurações que um fotógrafo precisa dominar.

Este é um módulo completo de fotografia básica e ele é muito importante para que
você consiga progredir para os próximos módulos, pois é aqui que você vai entender
como as lentes funcionam, como o mecanismo de uma câmera trabalha para
conseguir capturar uma imagem, além de conhecer todos os recursos presentes na
maioria dos equipamentos que você encontra atualmente.

Por Rafael Ferreira

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BREVE HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

FO.TO.GRA.FI.A
Do grego “Fós” (Luz), e “Grafis” (Escrita);
Significa “Desenhar com luz e contraste”;
Por definição, é essencialmente a técnica de criação de imagens por meio de
exposição luminosa fixando-as em uma superfície sensível;

Antes de começar com toda a compreensão técnica da câmera, como os mecanismos funcionam
etc., é importante que você entenda o contexto em que a fotografia se desenvolveu.
Nesta aula eu vou explicar o que é a fotografia, como ela funciona, de onde ela veio, como se deu
a evolução dela até o momento tecnológico que estamos agora e, também, qual a importância
dela na vida das pessoas.

O COMEÇO
A fotografia surgiu como resultado da necessidade humana de registrar seu cotidiano. Desde
o período paleolítico (cerca de 10.000 A.C.), o homem das cavernas já se registrava nas pedras
com pinturas rupestres.

Podemos concluir que essa necessidade pelo registro acompanha a nossa espécie desde o
início e, com o passar da história, ela foi ganhando cada vez mais espaço. Sendo assim, novos
recursos e novas descobertas foram somando para aprimorar o modo como registramos as
coisas.

Por Rafael Ferreira

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Uma grande demonstração dessa evolução é a pintura, que tem uma ligação muito forte com
a fotografia, já que ambas possuem objetivos semelhantes. Normalmente, a pintura é utilizada
para expressar uma ideia, os sentimentos do artista, algum local ou até mesmo para registrar
uma pessoa através de um retrato.

Leonardo Da Vince: La Gioconda Johannes Vermeer - Meisje Met De Parel Zhang Zeduan: Quingming Shanghe Tu (1085 - 1145)
Mona Lisa(1503-1506) Moça do brinco de Pérola (1665) Along the River During the Quingming Festival

Ainda nesse momento, quando a pintura era o


mais próximo de se conseguir registrar a realidade,
surgem as Câmaras Escuras (Século XIV). Elas eram,
basicamente, uma caixa escura com apenas um
buraquinho, onde passava luz que, por sua vez, era
projetada na superfície dessa câmara.
Assim os pintores utilizavam dessa informação de
luz para fazer a pintura, pois ainda não se sabia se
era possível gravar a luz naquela superfície.
Até que no ano de 1826, descobriu-se que era possível gravar a luz em uma superfície fotossensível,
que é uma superfície que é sensível à luz.
A primeira fotografia levou oito horas para ser
capturada, isso significa que ela teve oito horas
de exposição até chegar no resultado final.
Que loucura né?

Joseph Nicéphore Niépce


View from the Window at le Gras

Por Rafael Ferreira

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Só até esse ponto da história, a gente já consegue entender que a fotografia já existia muito
antes de ser descoberta, porque, antes, as pessoas só não sabiam como gravar a luz, mas já
procuravam registrar as pessoas, os locais e os momentos com a pintura.

POPULARIZAÇÃO
Após sua descoberta, em 1826, a fotografia começou a evoluir muito, tendo profissionais sempre
em busca de torná-la mais prática e acessível, com equipamentos menores e com um tempo
de exposição mais rápido.
Até que, em 1839, surgiram as câmeras de grande formato (Daguerreótipo), que você
provavelmente deve ter visto em filmes ou seriados de época.
Essas câmeras se apoiavam em grandes tripés e tinham um pano para deixar o fotógrafo no
escuro e capturar a imagem. Elas gravavam a imagem em uma espécie de placa sensível à luz e
levava aproximadamente 30 minutos para capturar a fotografia.

Daguerreótipo Câmera: La Maison Susse Frére

Após as câmeras Daguerreótipo, surgiram várias descobertas para outros formatos, como o
médio formato, e essas permaneceram em uso durante mais um século.
• O filme de 120mm
• Câmeras de 4:5
• Câmera de duas lentes
No entanto, essas ainda não eram câmeras tão acessíveis, então a busca pela praticidade
continuou.

Em 1913, chegou-se no formato de filme 35mm,


que já é um material menor, onde se conseguia
registrar a fotografia com bastante qualidade e
com um tempo de exposição bem menor.
E foi a partir disso que a fotografia ganhou uma
popularização muito grande.

Projetada por Osk ar Bamack


Ur-Leica foi um protótipo
de câmera 35mm.

Por Rafael Ferreira

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Um grande marco após as 35mm foram as SLR, que começaram a aparecer em 1959.

Essas câmeras possuem um espelho, apenas


uma lente e usam o mesmo formato da 35mm.
Por essas atribuições, elas levaram a fotografia
profissional para outro nível, tornando a fotografia
muito mais prática e acessível.

Primeira câmera SLR


Canon Flex

Então, em 1975, foi feita outra grande descoberta, que foi o sensor digital. A partir desse
momento, as fotos passaram a ser digitais. Mas foi só nos anos noventa que esse tipo de fotografia
começou a ganhar mercado.
No ano de 1990 foi lançada a primeira versão do Adobe Photoshop e, no ano seguinte, surgiu
a primeira DSLR, a primeira câmera de espelho, com uma única lente e com um sensor digital
em vez do filme de 35mm.

Primeiro Sensor Digital Lançamento do Adobe Photoshop Primeiro Câmera DSLR


Câmera Kodak Sasson Kodak DCS 100

A partir desse momento, houve uma grande migração no mercado e, por muitos antes, aconteceu
uma grande disputa entre fotografia analógica e fotografia digital. Até que na última década, a
partir de 2010, mais ou menos, ficou indiscutível que a fotografia digital dominou o mercado.
Mas isso não significa que a fotografia analógica acabou. Ainda existem fotógrafos que usam
a fotografia analógica por gostarem do processo, por hobby ou simplesmente por amar esse
modo de captura.

Por Rafael Ferreira

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COMO FUNCIONA A FOTOGRAFIA?

Algum dia você já teve curiosidade de saber:


• Como funciona uma câmera fotográfica?
• O que acontece “dentro” da câmera que faz com que ela grave uma
imagem?
Então hoje eu vou tirar essa dúvida para você.

Como exemplo, eu vou usar uma câmera DSLR (com sensor digital), que já tem alguns anos
desde sua criação: a Nikon D5100.
No geral, as câmeras possuem dois principais elementos:
• Lente
• Corpo da Câmera
No tipo de câmera DSLR (Digital Single-Lens Reflex), é possível separar a lente do corpo, ou
seja, é possível usar diferentes lentes em um só corpo de câmera.

ANATOMIA
Vamos começar pela anatomia da lente, o primeiro elemento a receber a luz que vem do
ambiente onde se está fotografando.
A lente possui uma série de elementos óticos dentro dela que, em resumo, são os vidros que a
compõe. Ela também possui um outro elemento, composto por lâminas, chamado diafragma. É
ele quem regula a quantidade de luz que vai passar pela lente e atingir os próximos elementos
que estão dentro do corpo da câmera. .

LENTES

LUZ DO CORPO
AMBIENTE DA CÂMERA

DIAFRAGMA

MAIS ABERTO OU MAIS FECHADO

Por Rafael Ferreira

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Quanto ao corpo da câmera, ele possui muitos elementos que possibilitam que ela tenha e
disponibilize todos os seus recursos. Mas, aqui, falaremos especificamente sobre a captura, para
a qual os elementos principais são:
• Obturador, que funciona como uma espécie de cortina;
• Sensor ou filme, que o elemento sensível à luz e que grava a imagem;

Então, como ilustrado acima, vemos que, basicamente, o obturador serve para proteger o sensor,
pois como este é sensível à luz, ele só deve ser exposto quando a fotografia for capturada. O
elemento sensível à luz pode ser tanto um sensor, no caso das câmeras digitais, ou um filme, no
caso das câmeras analógicas.
A maior diferença entre esses elementos é que o filme é descartável, pois, uma vez exposto
à luz, ele não pode mais ser usado novamente. Já o sensor digital tem a capacidade de se
reciclar a cada foto tirada. Ele capta a luz, transforma ela em imagem digital e, em uma fração
de segundos, ele já está renovado e pronto para outra captura.
Além do filme ser descartável, ele é um processo químico, pois para conseguir visualizar aquela
imagem gravada em outro material, você precisa de muitos outros elementos, para fazer esse
transporte de um material ao outro. Na câmera digital, a foto já é gravada diretamente em um
cartão de memória e, para transferir para o celular ou computador, é muito mais rápido e fácil.
O objetivo desta aula foi mostrar um pouco mais desse mecanismo geral da fotografia e da
câmera, que registra tanto a luz que é incidida diretamente na lente quanto a luz que é refletida
em algo, ou alguém, e que volta para a câmera.

Por Rafael Ferreira

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9 )RWRJUD҃DE£VLFD

TIPOSDE
TIPOS DECÂMERAS
CÂMERAS

Você sabe quantos tipos de câmera existem disponíveis no mercado?


Você sabe quantos tipos de câmera existem disponíveis no mercado?
Se você não sabe, a resposta é MUITOS, e nessa aula eu vou estar mostrando
Se você não sabe, a resposta é MUITOS! E nesta aula eu vou mostrar apenas os
apenas os principais tipos de câmeras utilizada pelos fotógrafos.
principais tipos de câmeras utilizadas pelos fotógrafos.

7/57ZLQ/HQV5H҆H[
TLR - Twin-Lens Reflex
Câmeras mais antigas que possuem duas lentes. Essa construção serve pra que em uma lente
São câmeras mais antigas que possuem duas lentes. Essa construção serve para que em uma
você consiga visualizar a cena que será capturada e a outra é por onde entra a luz que irá gravar
lente você consiga visualizar a cena que será capturada, e a outra é por onde entra a luz que irá
a imagem.
gravar a imagem.

&¤PHUD7/55ROOHL҆H[ &¤PHUD7/56N\҆H[ Câmera TLR Mamiya C330


Câmera TLR Rolleiflex Câmera TLR Skyflex Câmera TLR Mamiya C330

6/56LQJOH/HQV5H҆H[
SLR - Single-Lens Reflex
6¥RF¤PHUDVSUR҉VVLRQDLVDQDOµJLFDVTXHM£SRVVXHPDWHFQRORJLDGHHVSHOKRVTXHVHU£
São câmeras profissionais analógicas, que já possuem a tecnologia de espelhos.
H[SOLFDGDGHWDOKDGDPHQWHPDLV¢IUHQWHHWDPE«PV¥RF¤PHUDVFRPOHQWH҉[D
Explicaremos sobre elas, de forma mais detalhada, mais adiante.

Câmeras Zenit(1970-2004)
Câmera Zenit (1970-2004)

COMPACTA
COMPACTA
Essa
Essa câmerapode
câmera podereceber
recebervários
váriosoutros
outros nomes,
nomes, depende
dependemuito
muitoda
damarca
marcae e
dodo
fabricante. UmUm
fabricante.
dos
dos nomes
nomes maisconhecidos
mais conhecidosque queela
elarecebe
também recebe é ‘Superzoom’.
é ‘Superzoom’.
6¥RF¤PHUDVPDLVFRPHUFLDLVHQ¥RFRVWXPDPVHUPXLWRLQGLFDGDVSDUDXVRSUR҉VVLRQDOVXDV
São câmeras mais comerciais e não costumam ser muito indicadas para uso profissional. Suas
principais
principais característicassão:
características são:

Por Rafael
Por Ferreira
Rafael Ferreira

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10 )RWRJUD҃DE£VLFD

10 )RWRJUD҃DE£VLFD

• /HQWHDFRSODGDDRFRUSRVLJQL҃FD
que não são substituíveis;
O •sensor
• •Lente
/HQWHDFRSODGDDRFRUSRVLJQL҃FD
dela éao
acoplada bem menor
corpo (nãoqueé o de
que não são substituíveis;
F¤PHUDVPDLVSUR҃VVLRQDLV
possível substituir a lente);
• O sensor
• Recursos dela é bem menor que o de
limitados;
• O sensor bem menor do que o de
F¤PHUDVPDLVSUR҃VVLRQDLV
câmeras profissionais;
• Recursos limitados;
• Recursos limitados;
Nikon Coolpix P900

O uso de câmeras como essa vem diminuindo bastante, pricipalmente pelo avanço tecnológico
Nikon Coolpix P900
das câmeras nos celulares.
O uso de câmeras como essa vem diminuindo bastante, pricipalmente pelo avanço tecnológico
O uso de
dascâmeras
câmerascomo essa vem diminuindo bastante, principalmente pelo avanço tecnológico
nos celulares.
'6/5'LJLWDO6LQJOH/HQV5H҆H[
das câmeras de celulares.
Essa câmera, como citada anteriormente, possui uma tecnologia que permite a separação da
lente-'6/5'LJLWDO6LQJOH/HQV5H҆H[
DSLR Digital Single-Lens
e do corpo Reflex
da câmera, sendo possível utilizar mais de uma lente em um mesmo corpo.
Esse Essadecâmera,
tipo câmera como
é o citada anteriormente,
mais utilizado pelos possui uma profissionais,
fotógrafos tecnologia quepois
permite a separação
possui um sensor
(VVHWLSRGHF¤PHUD«RPDLVXWLOL]DGRQRPHUFDGRSHORVIRWµJUDIRVSUR҉VVLRQDLVSRLVSRVVXL da
com o lente
mesmo e dotamanho
corpo da do
câmera,
filme sendo possível
de 35mm, queutilizar
é ummais de uma
tamanho lentebom,
muito em um
XPVHQVRUFRPRPHVPRWDPDQKRGR҉OPHGHPPTXH«XPWDPDQKRPXLWRERPHJHUD mesmo
e gera corpo.
bastante
qualidade na imagem.na imagem.
(VVHWLSRGHF¤PHUD«RPDLVXWLOL]DGRQRPHUFDGRSHORVIRWµJUDIRVSUR҉VVLRQDLVSRLVSRVVXL
bastante qualidade
XPVHQVRUFRPRPHVPRWDPDQKRGR҉OPHGHPPTXH«XPWDPDQKRPXLWRERPHJHUD
As$VF¤PHUDV'6/5FRVWXPDPWHUXPFRUSREHPUREXVWRLVVRID]FRPTXHHODVGXUHPEDVWDQWH
câmeras DSLR costumam ter um corpo bem robusto, o que faz com que elas durem bastante
tempo,
tempo bastante
mesmoqualidade
mesmo sofrendo na
sofrendo com
comimagem.
aa carga
carga diária
diáriadodotrabalho
trabalhodedeumum fotógrafo.
fotógrafo. MasMas
esseesse corpo
corpo nãonão
existe apenas
apenaspara
para ‘conservar’ maisaacâmera,
câmera; eleele precisa
precisa ser assim
ser assim, devido
devido à tecnologia
existe$VF¤PHUDV'6/5FRVWXPDPWHUXPFRUSREHPUREXVWRLVVRID]FRPTXHHODVGXUHPEDVWDQWH
‘conservar’ mais a tecnologia de de
espelhos,
espelhos que
tempoque faz
faz com
mesmo com que você
sofrendo
que você
com visualize acena
cena
a cargaadiária
visualize doanalógica
trabalho
analógica eimagem
e adeaum
imagem já gravada
fotógrafo. esseatravés
Masatravés
já gravada corpo
da nãoda
mesma
mesma lente.
existe apenas para ‘conservar’ mais a câmera, ele precisa ser assim, devido a tecnologia de
lente.
espelhos que faz
a lente com queem
acoplada você
umavisualize
DSLR aconsegue
cena analógica
emitireaa mesma
imagem luz
já gravada
Em(PUHVXPRDOHQWHGHXPD'6/5FRQVHJXHHPLWLUDPHVPDOX]SDUDGRLVOXJDUHVGLIHUHQWHV
resumo, através
para dois da
lugares
mesma lente.
diferentes.
(PUHVXPRDOHQWHGHXPD'6/5FRQVHJXHHPLWLUDPHVPDOX]SDUDGRLVOXJDUHVGLIHUHQWHV
LUZ REBATIDA
NO PRISMA
=
IMAGEM REAL CAPTURADA
LUZ
PELA LENTE REBATIDA
VISTA PELO
LUZ DO OLHO DO NO PRISMA
FOTÓGRAFO.
AMBIENTE ESPELHO =
FECHADO IMAGEM REAL CAPTURADA
= PELA LENTE VISTA PELO
LUZ DO VISUALIZAÇÃO OLHO DO FOTÓGRAFO.
AMBIENTE ANTES DA CAPTURA
ESPELHO
FECHADO
=
VISUALIZAÇÃO
Na imagem acima, é possível entender o ‘primeiro caminho’ ANTES
percorrido pelaDA luz.
CAPTURA
Na imagem acima, é possível entender o ‘primeiro’ caminho percorrido pela luz, que é quando
A luz passa pela lente e chega no corpo da câmera, onde ela encontra um espelho que a reflete
DOX]SDVVDSHODOHQWHHFKHJDQRFRUSRGDF¤PHUDRQGHHODHQFRQWUDXPHVSHOKRTXHUHҌHWH
para cima, onde um prisma, por sua vez, irá rebater essa informação para a frente, tornando
essa Na imagem
faixa de luz acima, é possível
para cima onde um entender
prisma oirá‘primeiro’ caminho
rebater essa percorrido
informação parapela luz,tornando
frente, que é quando
possível que o fotógrafo enxergue exatamente a mesma cena que será vista no sensor após a
DOX]SDVVDSHODOHQWHHFKHJDQRFRUSRGDF¤PHUDRQGHHODHQFRQWUDXPHVSHOKRTXHUHҌHWH
possível que o fotógrafo enxergue exatamente a mesma cena que ele irá ver no sensor após a
captura.
essa faixa de luz para cima onde um prisma irá rebater essa informação para frente, tornando
captura.
possível que o fotógrafo enxergue exatamente a mesma cena que ele irá ver no sensor após a
captura.

Por Rafael Ferreira

Por Rafael Ferreira


Por Rafael Ferreira
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11 )RWRJUD҃DE£VLFD
11
)RWRJUD҃DE£VLFD


Já na
na imagem
imagem abaixo,
abaixo, vamos
vamos entender
entender oo caminho
caminho que
que aa luz
luz percorre
percorre nono momento
momento da da captura.
captura.
NaPodemos
imagem abaixo, vamos clicar
entenderbotão
o caminho que a luz percorre no momento da captura.
Podemos verver aqui,
aqui, que
que aoao clicar no
no botão de
de captura,
captura, oo espelho
espelho éé levantado
levantado ee oo obturador
obturador éé
Podemos
aberto, ver que, ao clicar no botão de captura, o espelho é levantado e o obturador é aberto,
aberto, deixando
deixando aa luz
luz chegar
chegar no
no sensor
sensor para
para gravar
gravar aa imagem.
imagem.
deixando a luz chegar no sensor para, então, gravar a imagem.

ESPELHO
ESPELHO
ABERTO
ABERTO SENSOR
SENSOR
RECEBEU LUZ
LUZ DO RECEBEU
= LUZ
LUZ DO
AMBIENTE =
IMAGEM GRAVADA
AMBIENTE OBTURADOR IMAGEM GRAVADA
OBTURADOR
ABERTO
ABERTO

MIRRORLESS - sem espelhos


MIRRORLESS
Esse tipo de câmera
MIRRORLESS -- Sem
SeméEspelhos
bem recente, vem ganhando cada vez mais espaço no mercado e, um dia,
Espelhos
Esse
pode tipo
Essevir de
de câmera
a substituir
tipo éé bem
bem recente
câmeracompletamenterecente eeas
vem ganhando
ganhando cada
DSLR.
vem cada vez
vez mais
mais espaço
espaço no
no mercado
mercado ee que
que
SRGHYLUDVXEVWLWXLUFRPSOHWDPHQWHDV'6/5IXWXUDPHQWH(DPDLRUHPDLVYLV¯YHOGLIHUHQ©D
A maior e mais visível diferença entre as câmeras é o tamanho. Isso acontece exatamente pelo
SRGHYLUDVXEVWLWXLUFRPSOHWDPHQWHDV'6/5IXWXUDPHQWH(DPDLRUHPDLVYLV¯YHOGLIHUHQ©D
entre
fato de as
entre elas
elas éé oo tamanho.
mirrorless serem
tamanho. Isso acontece
acontece exatamente
construídas
Isso pelo
pelo fato
sem os espelhos,
exatamente aode
fato as
as Mirrorless
contrário
de serem
das DSLR,
Mirrorless construídas
seremque possuem
construídas
sem os
espelhos. espelhos que vimos anteriormente.
sem os espelhos que vimos anteriormente.

Câmera DSLR Câmera Mirrorless


Câmera DSLR Câmera Mirrorless
Essa diferença aparente no tamanho não diminui os recursos e nem a qualidade da imagem de
Essadiferença
diferença aparente
aparente no
Essea no tamanho
tamanhonão
nãodiminui
diminuiososrecursos e nem
recursos nemaaqualidade
qualidadeda
daimagem
imagemdede
uma
uma Mirrorless. Na
Mirrorless.Na verdade,
Naverdade, ambas
verdade, ambas competem
ambas competem muito parelho, pois o tamanho do sensor éé oo
uma mirrorless. competemmuito
muitoparelho, pois
parelho, o tamanho
pois do sensor
o tamanho do sensor éo
mesmo.
mesmo.
mesmo.

Mas
Mas
Mas como
como eueu
como vou
vou
eu visualizar
visualizar
vou o oque
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estou
que capturando
estoucapturando sem
capturandosem os
semos espelhos?
osespelhos?
espelhos?

NoNo
No caso
caso dessas
casodessas câmeras
câmeras aaaluz
dessascâmeras, luzatinge
luz atingeoo diretamente
atinge odiretamente oo sensor.
diretamente Então
o sensor.
sensor. oo que
Então
Então o você
que que visualiza
você você visualiza no
visualiza
QRYLHZ҉QGHURXQRGLVSOD\«QDYHUGDGHXPDLPDJHPM£SURFHVVDGDSHODF¤PHUD9RF¬
viewfinder, ou no display, é na verdade uma imagem já processada pela câmera. Você consegue
QRYLHZ҉QGHURXQRGLVSOD\«QDYHUGDGHXPDLPDJHPM£SURFHVVDGDSHODF¤PHUD9RF¬
consegue
visualizar
consegue visualizar
elavisualizar ela
ela já
já digitalizada
já digitalizada em ambosem
digitalizada emos ambos
ambos os
os lugares.
lugares. lugares.

Por
Por Rafael
Rafael Ferreira
Ferreira
Por Rafael Ferreira

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CÂMERAS DE CELULARES
A fotografia para celular evoluiu muito, mudou e popularizou a indústria da fotografia.
Os celulares de hoje ainda não substituem câmeras como as DSLR e mirrorless, mas devido, à
sua qualidade de captura e praticidade, já substituem câmeras como as compactas.
O sensor presente no celular é muito menor do que o sensor das câmeras, porém com toda
a descoberta tecnológica do mobile, ele consegue, sim, capturar fotos com bastante nitidez e
luminosidade.
Então o celular é bastante utilizado para fazer uma fotografia mais amadora, mais do cotidiano e
registrar momentos. É importante destacar também que ele é o responsável pela popularização
de um novo formato de fotografia: a selfie.

Selfie no Oscar - 2014

Por Rafael Ferreira

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13 )RWRJUD҃DE£VLFD
13 )RWRJUD҃DE£VLFD

SENSORES
SENSORES
SENSORES

Nessa
Nessa
Nessaaula,
aula,
aula,vamos
vamos
vamos compreender
compreender
compreender um
um pouco
pouco
um mais
mais
pouco sobre
maissobre sensores
sobresendores digitais.
sensoresdigitais.
digitais.
Como
Comovimos
Como vimosanteriormente,
vimos anteriormente,o osensor
anteriormente, osensoré éum
sensor éumdispositivo
um dipositivosensível
dipositivo sensívelààluz que
luzque fica
quefica
fica
dentro do
dentro corpo
do corpoda
dacâmera e
câmera é
e protegido
é protegidopelo
peloobturador.
obturador.
dentro do corpo da câmera e é protegido pelo obturador.

O 2VHQVRUGLJLWDOUHSURGX]DIRWRJUD҉DDWUDY«VGHpixels,
sensor digital reproduz a fotografia através de pixels,
2VHQVRUGLJLWDOUHSURGX]DIRWRJUD҉DDWUDY«VGHpixels, que
queééque
aanomenclatura dada
dadapara
é a nomenclatura
nomenclatura dada para
para
representar
representar
representara amenor
amenor unidade
menorunidade de
unidadede uma
deuma imagem
imagemdigital.
umaimagem digital.
digital.
OsOspixels
Ospixelssão
pixels sãopequenos
são pequenosquadrados
pequenos quadrados coloridos
quadradoscoloridos queformam
coloridosque
que formamaaimagem
formam aimagem
imagem
eeééepossível
é possível
possível visualiza-los
visualiza-los
visualiza-los
ampliando
ampliando
ampliando ao
ao máximo
ao máximouma
máximo umaimagem.
uma imagem.
imagem.

11PIXEL
PIXEL

Cada
Cada
Cadasensor
sensor
sensorconsegue
conseguereproduzir
consegue reprozir
reprozirumauma
uma determinada
determinada
determinada quantidade
quantidade
quantidade de de pixels
depixels
pixels e,
eeaaessaa quantidade
essa essa quantidade,
quantidade
damos
damos
damos o onome
onome
nomededemegapixels.
de Megapixels,Cada
Megapixels, cada megapixel
cadamegapixel equivaleaaa1.000.000
megapixelequivale
equivale 1.000.000
1.000.000 (um
(um
(um milhão)
milhão)
milhão) dede
de pixels.
pixels.
pixels.
Então
Então
Então quando
quando dizemos
dizemosque
quandodizemos queuma
que umacâmera
uma câmera
câmera possui 18
18megapixels,
possui
possui estamos
18 megapixels,
megapixels, dizendo
estamos
estamos dizendo que
queela
dizendo elaque ela
FRQVHJXHUHSURGX]LUDSUR[LPDGDPHQWH GH]RLWRPLOK·HV GHSL[HOVH«HVVHR
consegue reproduzir aproximadamente 18.000.000 (dezoito milhões) de pixels, e é esse o
FRQVHJXHUHSURGX]LUDSUR[LPDGDPHQWH GH]RLWRPLOK·HV GHSL[HOVH«HVVHR
Q¼PHURTXHGHWHUPLQDRWDPDQKRGDVXDLPDJHP
número que determina o tamanho da sua imagem.
Q¼PHURTXHGHWHUPLQDRWDPDQKRGDVXDLPDJHP
Existe
Existe
Existeuma
uma conta
contaque
umaconta quepodemos
que podemosfazer
podemos para
fazer
fazer descobrir
para
para quantos
descobrir
descobrir quantos
quantos megapixels sua
suacâmera
megapixels
megapixels tem.
sua câmera
câmera tem. tem.
3ULPHLURSHJXHXPDLPDJHPFDSWXUDGDSHODF¤PHUDHYHUL҉TXHRWDPDQKRTXHHODWHPHP
Primeiro, pegue uma imagem capturada pela câmera e verifique o tamanho que ela tem em
3ULPHLURSHJXHXPDLPDJHPFDSWXUDGDSHODF¤PHUDHYHUL҉TXHRWDPDQKRTXHHODWHPHP
SL[HOVWDQWRQDKRUL]RQWDOTXDQWRQDYHUWLFDOHDLTXDQGRYRF¬PXOWLSOLFDUHVVHVQ¼PHURVYRF¤
pixels, tanto na horizontal quanto na vertical. Então, ao multiplicar esses números, você vai
SL[HOVWDQWRQDKRUL]RQWDOTXDQWRQDYHUWLFDOHDLTXDQGRYRF¬PXOWLSOLFDUHVVHVQ¼PHURVYRF¤
vai
vaiconseguir
conseguir
conseguir encontar
encontrar quantos
quantos
encontar pixels
pixels
quantos suasua
pixels câmera
câmera
sua reproduz.
reproduz.
câmera reproduz.
EXEMPLO:
EXEMPLO:
EXEMPLO:
A Acâmera
Acâmera
câmera Canon
Canon 6D
Canon6D Mark
MarkII,II,que
6DMark queééaacâmera
que câmeraque
câmera queeu
que utilizo
eu
eu atualmente,
utilizo
utilizo consegue
atualmente,
atualmente, gerar
consegue
consegue 6.240
gerar
gerar 6.240
6.240
SL[HOVQRPDLRUODGRHSL[HOVQRRXWUR,VVRVLJQL҉FDTXHRQ¼PHURGHPHJDSL[HOVTXHHOD
pixels no maior lado e 4.610 pixel no outro. Isso significa que o número de megapixels que ela
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gera
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26.
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26. abaixo:
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6.240
6.240
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4.610
4.610PIXELS
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26MEGAPIXELS
MEGAPIXELS
25.958.400
PIXELS
PIXELS

6.240
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PIXELS

Por Rafael Ferreira


Por
PorRafael
RafaelFerreira
Ferreira
Nicole Fernanda da Conceição Cardoso - nikafnd@gmail.com - CPF: 063.861.941-60
14 )RWRJUD҃DE£VLFD
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TAMANHOS
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Existem dois tamanhos padrões de sensores no mercado fotográfico, que são os sensores
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Frame e o APS-C,
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Cropado, (Sensor Cortado na tradução literal),
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é um sensor baseado no filme de 35mm e entrega uma imagem com muita qualidade, isso
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porque
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diretamente ligada à definição da sua imagem.
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Dentre
Dentre asasas características
características principais de câmeras com sensorfull-frame
full-frametemos:
temos:
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câmeras comcom sensor
sensor full-frame temos:

• Consegue captar mais luz;


• Consegue captar mais luz;
• Consegue captar mais
• Maior qualidade luz; da imagem;
e nitidez
• Maior qualidade e nitidez da imagem;
• Maior
• Se qualidade e nitidez
destaca muito da imagem;
em situações de
• Se destaca muito em situações de
• Se destaca muito em situações de baixa
baixa luminosidade;
baixa luminosidade;
luminosidade;

Câmera 6d mark ii
Câmera 6d ful-frame
Câmera
sensor mark
6D Markii II
sensor ful-frame
Sensor full-frame

APS-C OU CROPADOS:
APS-C OU CROPADOS
APS-C
Apesar de OUserem
CROPADOS
menores, eles possuem um bom tamanho para capturar imagens com
Apesar de serem menores, eles possuem um bom tamanho para capturar imagens com
qualidade.
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câmera para uso profissional.
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CROPADA
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PorRafael
Por Rafael Ferreira
Ferreira
Por Rafael Ferreira
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E para você saber essa diferença do ângulo de visão, você precisa saber qual o fator de corte do
seu sensor cropado. Normalmente esse fator varia entre 1.5 (no caso das Canon e Sony) e 1.6
(no caso das Nikon).
Então, por exemplo, se você estiver fotografando com uma lente 50mm em uma câmera full-
frame, você vai ter um ângulo de visão de 50mm.
Agora, se você estiver com a mesma lente de 50mm em uma câmera cropada, você terá um
ângulo de visão de 50mm multiplicado pelo fator de corte do sensor, que no caso da Canon XT
é 1.5, então você chega no resultado de 75mm.

Assim você consegue entender que, se estiver fotografando com uma 50mm em uma câmera
com sensor cropado de fator de corte de 1.5, você terá o ângulo de visão de como se estivesse
fotografando com uma lente de 75mm, deixando sua cena um pouco mais fechada.
É muito importante saber esse macete para quando você for adquirir novas lentes, para não
acabar achando que elas irão proporcionar um tipo de ângulo de visão, quando na verdade elas
irão capturar ângulos mais fechados.

MITO
Você não precisa de um sensor full-frame para ter um bom resultado.
É bastante possível capturar imagens com qualidade e um sensor cropado.

Por Rafael Ferreira

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MÉDIO FORMATO:
Ainda, existem câmeras de médio formato que possuem um sensor ainda maior que o full-
frame, mas não costumam ser muito vistas no mercado devido ao seu alto valor.
Para maior parte dos nichos de fotografia, as câmeras full-frame já são consideradas um alto
nível, então não se justifica o uso de câmeras de médio formato para o dia a dia de um fotógrafo
atualmente.

Câmera Hasselblas Câmera Phase One-XT


Sensor médio formato Sensor médio formato

Por Rafael Ferreira

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LENTES

Nessa aula, vamos ver tudo sobre lentes. Quais os tipos, quais as
características e tudo o que você precisa saber para fazer a escolha da sua
lente na hora de fotografar.

ANATOMIA
A lente é a parte frontal da câmera. No seu interior, ela possui vários elementos óticos de vidro
e na parte exterior ela possui um elemento de encaixe chamado ‘baioneta’ ou ‘mount’, que
precisa ser adequado para o tipo de câmera que você está utilizando.
Por exemplo, se você estiver usando uma câmera da marca Sony, você precisa usar uma lente
que tenha a baioneta correta para o encaixe da Sony. Ainda assim, é possível que uma mesma
marca exija baionetas diferentes, como é o caso da Canon que possui baionetas EF e EFS.

Baioneta de uma lente Canon EF Baioneta de uma lente Canon EF-S

Esse é um detalhe que você deve prestar bastante a atenção para não correr o risco de comprar
uma lente com encaixe errado.
Já no interior da lente, encontramos um elemento muito importante chamado diafragma.
O diafragma é constituído por lâminas que se abrem e se fecham, e é esse o movimento que
conhecemos como ‘abertura da lente’. Essa abertura é reponsável pela quantidade de luz que vai
entrar ou não na foto, além de ser responsável por um aspecto estético na fotografia chamado
profundidade de campo ou, como chamamos no dia a dia, desfoque.

Diafragma com abertura pequena, Diafragma com abertura grande,


pouca entrada de luz bastante entrada de luz
= =
Sem desfoque; Com desfoque;

A partir de agora veremos as diferentes aberturas e distâncias focais das lentes.

Por Rafael Ferreira

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DISTÂNCIA FOCAL
Em teoria, a distância focal é a distância entre o sensor da câmera e os elementos óticos da
lente. Agora, de um modo mais prático, quando falamos em distância focal, estamos falando
sobre os milímetros da lente.
Existem três grupos de distâncias focais que normalmente classificam as lentes:
40 600mm
• Teleobjetivas: Essas lentes possuem um campo de
60 400mm visão bem fechado e por isso costumam “puxar”
bastante os elementos para dentro da cena.
80 300mm Normalmente vemos esse tipo de câmera em jogos
120 200mm de futebol, pois elas conseguem trazer para perto
um objeto que está muito longe do fotógrafo.
180 135mm
230 105mm • Lentes Normais: Possuem um campo de visão
bem próximo ao que o nosso olho enxerga,
280 80mm
por isso são consideradas “normais”.
460 50mm
620 35mm • Grande Angulares: Lentes que possuem um
740 28mm grande campo de visão. Ideal para fotografia
840 24mm de paisagens, grandes grupos de pessoas e
920 21mm também faz ótimas fotos em lugares pequenos.
1060 14mm

1800 8mm

Outra classificação muito importante que separa as lentes é a diferença entre lentes fixas e
lentes zoom. Basicamente, as lentes fixas possuem apenas uma ditância focal, impossibilitando
a abertura ou não do campo de visão.
Então o zoom é a possibilidade de mudar a distância focal da lente, deixando mais aberto ou
mais fechado. Normalmente essa classificação já vem no exterior da lente, sinalizando se é
possível mudar a distância focal e quais distâncias a lente consegue atingir.
A 18-55mm, por exemplo, consegue fotografar desde a distância 18mm, que é uma grande
angular, até 55mm, que é uma lente normal. Então essa lente, que normalmente vem no kit
de entrada, é uma lente muito boa, muito versátil e muito conhecida também, por possibilitar
fotografar em diferentes situações.

Lente fixa 30mm Lente fixa 135mm Lente zoom 18-55mm Lente zoom 70-200mm

Por Rafael Ferreira

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Agora, veremos na prática como é essa diferença de lentes, testando algumas distâncias
focais, além de também compararmos fotos tiradas com as mesmas lentes, mas em câmeras
com sensores diferentes.

CANON EOS 6D CANON EOS DIGITAL REBEL XT


COM SENSOR FULL-FRAME COM SENSOR CROPADO
(fator de corte 1.5)

18MM X

24MM X

35MM

Por Rafael Ferreira

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CANON EOS 6D CANON EOS DIGITAL REBEL XT
COM SENSOR FULL-FRAME COM SENSOR CROPADO
(fator de corte 1.5)

50MM

55MM X

70MM

85MM

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CANON EOS 6D CANON EOS DIGITAL REBEL XT
COM SENSOR FULL-FRAME COM SENSOR CROPADO
(fator de corte 1.5)

100MM

135MM

200MM

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EXPOSIÇÃO

Você sabe o que é a exposição na fotografia?


Ela é o resultado da combinação de três fatores que irão determinar a luminosidade
que a sua fotografia vai ter.

Para facilitar na hora de lembrar, podemos resumir a exposição como luminosidade. E a exposição
depende de três fatores:
• A abertura do diafragma;
• A velocidade do obturador;
• A sensibilidade do ISO;
A exposição pode ser configurada tanto de forma automática quanto de forma manual. Na
forma automática é a câmera que vai configurar esses três fatores, buscando apresentar a
exposição mais correta para sua fotografia. Essa leitura será feita a partir do fotômetro, é ele
quem lê a quantidade de luz que está sendo produzida no ambiente e a partir disso ele vai
determinar uma configuração para este tipo de cena.
No modo manual, é você quem tem total controle sobre as configurações da câmera. Mesmo
no modo manual, é possível utilizar a ajuda do fotomêtro para buscar pelo melhor resultado,
tentado evitar tanto fotos muito escuras, quanto fotos muito claras.
Esses tipos de desequilíbrio na exposição são tão comuns que até recebem nomes:
• Superexposição: indica que a foto ficou muito acima da exposição
ideal, deixando os pixels tão claros que chegam ao branco
absoluto;
• Subexposição: indica que a foto ficou muito abaixo da exposição
ideal, deixando os pixels quase em preto absoluto;

Superexposição: Subexposição;

Exposição ideal;

Por Rafael Ferreira

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ABERTURA DO DIAFRAGMA

Relembrando...
O diafragma é um elemento que fica dentro da lente, ele é composto por lâminas
que se abrem e se fecham e regulam a quantidade de luz que passa pela lente,
influenciando diretamente na exposição.

Aqui, vamos aprofundar um pouco mais sobre outro aspecto que está completamente ligado à
abertura do diafragma, que é a profundidade de campo. Ou seja, vamos compreender a relação
de foco e desfoque na fotografia.
Quando você olha para uma lente, você consegue identificar a distância focal da lente e alguns
números que vem depois de um ‘f’, esse número mostra a abertura máxima do diafragma.
Assim como as lentes, essa abertura pode ser fixa ou variada. Então, por exemplo, na lente
30mm a abertura é fixa em f/1.4. Já a 18-55mm tem uma abertura máxima variada começado
com f/3.5, em 18mm, e f/5.6 em 55mm. Nesse segundo caso, você não consegue usar a lente
com a distância focal em 55mm e uma abertura em f/3.5. Então concluímos que quanto maior
a abertura do diafragma, menor o número em f.
Outro detalhe sobre a abertura do diafragma é que as lentes fixas normalmente conseguem
uma abertura maior, e isso acaba resultando em uma melhor qualidade na sua imagem, pois
quanto maior a abertura, mais luz entra e mais detalhes você consegue reproduzir.

Na distância focal
de 18mm a abertura
máxima é de f/3.5;

Distância focal fixa Na distância focal


de 30mm com de 55mm a abertura
abertura máxima máxima é de f/5.6;
fixa de f/1.4;

Já as lentes zoom possuem uma restrição de abertura, uma classificação de boa abertura para
lentes zoom é f/2.8. Outra característica de algumas lentes zoom que são mais aprimoradas
é que elas conseguem manter uma abertura fixa, mesmo tendo uma distância focal variada.
Um exemplo disso é a lente 70-200mm que mantém a abertura máxima de f/2.8 em todo o
comprimento focal dela.

Distância focal variada


de 70-200mm com
abertura máxima fixa
de f/2.8;

Por Rafael Ferreira

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DESFOQUE
A regra básica para conseguir um bom desfoque na sua imagem é: quanto maior a abertura do
diafragma, ou seja, quanto menor o número em f, mais desfoque você vai ter entre os planos.
Isso é muito importante, pois costumamos entender o desfoque apenas como no fundo, mas
ele está presente tanto no primeiro plano quanto no plano de fundo. O plano central é aquele
que recebe o foco.
A profundidade de campo é justamente o tamanho da soma desses planos . Então quanto maior
a abertura da lente, mais desfoque você tem no primeiro e no segundo plano.
Primeiro plano Plano central Plano de fundo
(recebe o foco)

f/1.4

f/4.0

Mas cuidado, o uso do desfoque não é recomendado para fotografar grupos de pessoas, pois
provavelmente elas estarão desalinhadas e você precisaria de uma profundidade de campo
maior, então nesses casos busque usar aberturas menores (maior número em f ) como por
exemplo, 4.0, 5.6, 8.0, 11, 16 e assim por diante.
Concluindo:
• Quanto maior o número em F, menor a abertura, menos luz passa e
menos desfoque sua foto vai ter;
• Quanto menor o número em F, maior a abertura, mais luz passa pela
lente e mais desfoque você consegue;

Por Rafael Ferreira

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Ao configurar a abertutua do diafragma, você vai perceber que existem vários números ali, mas
dentre eles existem números que representam pontos inteiros de luminosidade, e é importante
que você saiba quais são eles.
Além dos pontos inteiros, existem os terços ou intermediários, que fazem um ajuste mais fino
na configuração da sua abertura, porém esses pontos intermediários existem apenas em lentes
mais atuais, onde você configura elas pela câmera.

f/2.0 - f/2.2 - f/2.5 - f/2.8 - f/3.2 - f/3.6 - f/4 - f/4.5 - f/5 - f/5.6 - f/6.4 - f/7.2
- f/8 - f/9 - f/10 - f/11 - f/12 - f/14 - f/16 - f/18 - f/20 ...
Pontos inteiros
Pontos intermediários

Agora vamos ver na prática algumas configurações que nos proporcionam uma exposição ideal
em ensaios externos.
• As fotos foram tiradas com a câmera Canon 6D, que é uma câmera full-
frame, e a lente é uma 50mm f/1.8.

Por Rafael Ferreira

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VELOCIDADE DO OBTURADOR

Relembrando...
O obturador é um elemento que funciona como uma cortina que fica na frente
do sensor, protegendo ele da luz, e que só abre no momento em que a fotografia
é capturada.

A velocidade do obturador é o tempo que essa cortina permanece aberta. Então, uma
velocidade baixa deixa a cortina aberta por mais tempo e uma velocidade alta faz a cortina
fechar mais rápido.
Como vimos na primeira aula, a primeira fotografia capturada teve 8h de exposição. Depois esse
tempo diminuiu para 30min. No momento atual, as câmeras modernas conseguem capturar a
imagem em uma fração de segundos.
Então a velocidade do obturador vai determinar quanto tempo a luz fica atingindo o sensor.
Quanto mais tempo, mais luz vai atingir e mais exposta a fotografia vai ficar. Já, ao contrário,
quanto mais rápida for a velocidade do obturador, menos tempo a luz vai ficar incidindo,
deixando a fotografia mais escura.
Por isso é muito comum fotografar à noite com uma velocidade baixa, porém isso influencia
diretamente no congelamento da imagem. Se você está fotografando com uma velocidade
baixa e sem o uso de um tripé como suporte, é provável que você deixe um “rastro” na imagem
devido ao movimento natural das mãos ao clicar na câmera. Além do fato de que o que você
está fotografando também influencia no congelamento da imagem.
Vamos ver agora algumas fotos que foram tiradas bem no final do dia, com pouca luz.
Eu tive que utilizar o recurso de baixar a velocidade do obturador para conseguir ter uma foto
mais clara e isso acabou causando um rastro na foto, que pode não ser tão aparente, mas quando
damos um zoom a gente percebe de maneira bem nítida que houve um movimento na foto.

Nikon D5100
f/5.6
1/20
ISO-320

Por Rafael Ferreira

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Nikon D5100 Nikon D5100
f/5.6 f/5.6
1/100 1/50
ISO-800 ISO-1600

Existe uma regrinha que pode ajudar você a descobrir qual a velocidade mínima que você deve
usar para evitar que esse tipo de problema aconteça nas suas fotos. A regra funciona da seguinte
forma: você multiplica a distância focal da lente (os milímetros) por 2.

Distância focal da lente x 2 = velocidade mínima


50mm x 2 = 100

Então para uma lente de 50mm, como foi mostrado no exemplo, deve-se utilizar uma velocidade
mínima de 1/100.
Essa regra é apenas uma direção que você pode seguir, é importante que você saiba usá-la, mas
no fim tudo vai depender da quantidade de luz que você tem no ambiente e o tipo de cena que
você deseja capturar.
NÃO ESQUEÇA...
• Quanto menor a velocidade maior é o tempo de exposição;
• Quanto maior a velocidade menor o tempo de exposição.

Por Rafael Ferreira

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ISO

Iso é o nome dado à sensibilidade do sensor à luz.

ISO é o quão sensível o sensor vai estar à luz. Assim, um ISO mais baixo deixa o sensor menos
sensível e, consequentemente, você tem uma fotografia mais escura. Já o ISO mais alto vai fazer
com que o sensor fique mais sensível à luz, deixando a fotografia mais clara.
Assim como a exposição, você configura o ISO de acordo com a situação de luz presente no
ambiente. Por exemplo, se você está fotografando em um dia ensolarado, você vai utilizar um
ISO baixo, pois a quantidade de luz no ambiente será grande. Nessas situações, você pode
utilizar o ISO em no máximo 400.
Em ambientes com menos luz, como por exemplo uma fotografia à noite ou em dias nublados,
você vai precisar utilizar um ISO mais alto, para que a foto não saia muito escura.
Além disso, o ISO também possui seu fator estético, que é o ruído. Normalmente não é algo
muito desejado pois afeta a definição e a nitidez da foto. O ruído aparece quando existe pouca
luz disponível na cena e você precisa aumentar o ISO para clarear a imagem, é muito recorrente
em fotografias à noite.
Mais Luz Menos Luz

Porém, você não precisa ter medo do ruído, pois ele é natural da fotografia e vai estar presente
na maioria das fotos que você tirar. O que você deve buscar entender é quando ele se manifesta,
quais são as faixas de ISO que você pode utilizar sem ter um ruído que estrague a foto e utilizar
a pós-produção para reduzir ele posteriormente.
Então, quanto menos luz você tem no ambiente, mais ISO você vai precisar utilizar e mais ruído
você vai ter na sua fotografia.
Em teoria, o melhor ISO é o 100, porque normalmente é o ISO mínimo que as câmeras
conseguem utilizar e é onde você vai ter menos ruído na sua imagem. Mas isso não significa
que ele seja ideal sempre. É importante que você conheça seu equipamento para saber onde o
ruído começa a aparecer demais.
Uma coisa muito importante de salientar é que câmeras mais antigas apresentam o ISO e o
ruído de forma diferente das câmeras mais novas. Normalmente elas irão apresentar o ruído
com ISOs mais baixos. E isso está diretamente ligado com o sensor também, pois quanto maior
o sensor, menos ruído você vai ter em ISOs mais altos. Então por exemplo, em uma câmera full-
frame você consegue fotos com ISOs mais altos e com menos ruído do que em uma câmera
cropada. Vejamos alguns exemplos comparando fotos tiradas com a Canon 6D e com a Nikon
D5100:

Por Rafael Ferreira

Nicole Fernanda da Conceição Cardoso - nikafnd@gmail.com - CPF: 063.861.941-60


Por Rafael Ferreira

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PROFUNDIDADE DE CAMPO

Relembrando...
A profundidade de campo está diretamente relacionada com a abertura do
diafragma e consequentemente também com o foco e o desfoque da imagem.

Como já sabemos, a abertura da lente influencia na profundidade de campo. Sendo assim,


quando temos uma lente que consegue chegar em uma abertura grande como, por exemplo,
2.8 - 2.0 - 1.8 - 1.4, temos a possibilidade de fazer uma fotografia com uma profundidade de
campo mais rasa. Isso significa que a sua faixa de foco ficou mais rasa e então você tem um
desfoque tanto no plano de fundo quanto no primeiro plano.
É importante que você lembre que o foco funciona por faixas paralelas a partir da câmera.
O foco nunca é em um ponto e sim em uma faixa paralela ao sensor, então tudo que estiver
dentro daquela faixa estará em foco, somente o que estiver atrás ou à frente da faixa estará em
desfoque.
Nas imagens abaixo, veremos como funciona a faixa de foco em dois ângulos diferentes.

Faixa de foco;

O tamanho dessa faixa de foco é o que determina a profundidade de campo, e existem alguns
fatores que determinam esse tamanho:
• Abertura da lente: quanto mais aberta a lente, menor a profundidade. Quanto
mais fechada a lente, maior a profundidade;
• Distância focal da lente: distâncias focais mais baixas geram profundidades de
campo maiores;
• Distância da câmera até o ponto de foco: quanto mais perto da câmera você
colocar o foco, menor é a profundidade de campo. Quanto mais distante você
colocar o foco, mais chances você tem de fazer um foco infinito, onde toda sua
imagem será nítida;
• Distância do foco até o fundo: quanto mais distante o fundo estiver do assunto,
mais desfoque e menor a profundidade de campo. Quanto mais próximo, mais
nítido ele vai estar e maior será a sua profundidade de campo.

Por Rafael Ferreira

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Muitos fotógrafos me perguntam se é possível fazer um fundo desfocado com a lente do kit, a 18-
55mm. E a resposta é sim, é possível. Porém essa é uma lente que não consegue chegar em uma
abertura muito grande, ela vai de 3.5 a 5.6, e essa não é uma abertura suficiente para conseguir um
bom fundo desfocado.
Mas isso não significa que essa lente não seja capaz de fazer um fundo desfocado, pois, como vimos,
o desfoque depende de alguns fatores além de uma boa abertura. Então vamos partir do princípio
que, para conseguir o desfoque, teremos que usar ela em 55mm, pois essa distância focal tem uma
profundidade de campo mais rasa que 18mm. A maior abertura possível para esse caso será de 5.6
e, após configurar a câmera, o ideal é utilizar as distâncias para conseguir o desfoque.
Vamos ver como ficou:

Foto 01

Nessa foto, não aconteceu o


desfoque, pois o fundo está
muito próximo da faixa de foco
que eu estava colocando no
rosto da modelo.
Canon EOS Digital
Rebel XT
Lente 18-55mm
em 55mm
f/5.6
1/125
ISO 400

Foto 02

Então, o que eu fiz foi chegar


mais perto da modelo,
diminuido a distância entre
ela e a câmera, fazendo uma
fotografia mais fechada, mas
já trazendo um pouco mais
Canon EOS Digital de desfoque no fundo.
Rebel XT
Lente 18-55mm
em 55mm
f/5.6
1/125
ISO 400

Por Rafael Ferreira

Nicole Fernanda da Conceição Cardoso - nikafnd@gmail.com - CPF: 063.861.941-60


Foto 03

Agora, aumentamos a
distância entre a modelo e
o fundo e percebemos que o
desfoque ficou bem sutil, mas
mais presente na foto do que
com a modelo muito próxima
Canon EOS Digital do fundo.
Rebel XT
Lente 18-55mm
em 55mm
f/5.6
1/125
ISO 400

Foto 04

E mais uma vez


aproximando a câmera da
modelo e deixando o fundo
mais distante. Assim temos
um desfoque um pouco mais
marcado, mais presente na
Canon EOS Digital imagem.
Rebel XT
Lente 18-55mm
em 55mm
f/5.6
1/125
ISO 400

Por Rafael Ferreira

Nicole Fernanda da Conceição Cardoso - nikafnd@gmail.com - CPF: 063.861.941-60


MODOS DE CÂMERA (M, P, S, A)

Nas últimas aulas falamos bastante sobre os pilares que influenciam no resultado
da sua fotografia. E agora vamos ver os modos da camêra que irão configurar
esses pilares de maneira automática, semiautomática e manual.

Os modos da câmera geralmente ficam disponíveis em um botão giratório, que fica na parte
superior da câmera. Esses modos definem se as configurações serão feitas pela própria câmera
(modo automático) ou por quem está fotografando (modo manual).

Câmera Canon Câmera Nikon

É comum que em câmeras de entrada alguns modos venham com ícones para auxiliar os
fotógrafos mais iniciantes, que precisam do auxílio da câmera para capturar uma boa cena.
Então nós temos:

Modo “automático”
Modo “esportes” -
imagens com movimento
Modo “retrato”
Modo “fotografia à noite”
Modo “paisagem”
Modo “close”

Desses modos, o mais conhecido, e o que muitos fotógrafos usam, é o automático, mas eu
não recomendo muito, pois você não tem praticamente nenhum controle sobre o que está
acontecendo na câmera. Então aqui nós vamos procurar utilizar o outro grupo de modos que,
são os semiautomáticos ou o modo manual que é o que oferece um maior controle sobre todas
as configurações da câmera.

Por Rafael Ferreira

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SEMIAUTOMÁTICOS
Também chamados de modos de prioridade, porque eles deixam você escolher uma configuração
e configura o resto automaticamente. Dentre os modos semiautomáticos, nós temos:

Modo “P” - a câmera configura a


abertura e a velocidade. Diferente
dos automáticos esse é um modo
bastante personalizável;
Modo “Prioridade à abertura” -
você escolhe a abertura e a câmera
configura a velocidade e o ISO;
Modo “Prioridade à velocidade”
- aqui você escolhe a velocidade
e câmera faz o ajuste do ISO e da
abertura;
Modo “M” - é o modo manual.
Aqui você configura a abertura, a
velocidade e o ISO de acordo com os
seus critérios.

Concluindo, os modos da câmera servem para dizer para ela como configurar os parâmetros da
exposição: ISO, velocidade e abertura.

Por Rafael Ferreira

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FOTÔMETRO E MODOS DE MEDIÇÃO

O fotômetro é um recurso da câmera capaz de fazer a leitura e medir a intensidade


da luz que entra pela lente, nos informando se a nossa configuração está adequada
ou não;

O fotômetro é apresentado normalmente como uma régua, que varia do -2 (ou -3) até +2 (ou +3),
sendo -3 a subexposição e +3 a superexposição. Então o ideal quando você está fotografando é
deixar a seta do fotômetro o mais próximo do zero possível, pois é ele quem indica a exposição
ideal da sua foto.
Além de informar ao fotógrafo sobre a quantidade de luz, o fotômetro também comunica à câmera
quando você está utilizando um modo automático. Ele faz isso através de uma leitura do modo de
medição e, após, informa à câmera para que a sua foto saia com uma exposição correta.
MODOS DE MEDIÇÃO
Como vimos, o fotômetro faz uma leitura da imagem para informar a quantidade de exposição
presente na foto, mas quem indica quais são os pontos de leitura na imagem é o modo de medição.
Esse modo varia de acordo com a marca da câmera, mas existem três que são padrões e existem
na maioria dos modelos.
• Modo Matricial: é o chamado modo padrão, pois o sensor vai fazer uma leitura
geral da imagem e entregar uma interpretação média de toda a foto, sem priorizar
sombras ou altas-luzes;
• Modo Ponderado: esse modo fará uma leitura priorizando o centro da imagem;
• Modo Pontual: um modo bastante específico, pois o fotômetro vai considerar
apenas o ponto central de toda a imagem para fazer a configuração da exposição,
desconsiderando completamente as bordas da cena.
É interessante que você experimente os três modos na sua câmera para ver qual você se adapta
melhor e qual te auxilia mais na hora de fazer a sua exposição.

FOTÔMETRO

Subexposição Superexposição

Exposição ideal

MODOS DE MEDIÇÃO

Matricial Ponderado Pontual

Por Rafael Ferreira

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MODOS DE DISPARO

Os modos de disparo são basicamente a forma como a câmera irá reagir quando
você aperta no botão da captura.

Existem alguns modos de disparo:


• Disparo único (modo normal): nesse modo, você clica uma vez e a câmera faz
uma foto. Então o número de fotos que você terá é o mesmo número de cliques
que você fez. E se você ficar segurando o botão, nesse modo, não acontece nada.
Esse é o modo padrão e mais comum de se utilizar;
• Modo contínuo (sequencial): ideal para situações de velocidade, onde você não
sabe o momento exato de tirar a foto. Nesse modo, você consegue capturar um
número maior de fotos de maneira mais rápida. Cada câmera tem uma capacidade
diferente de captura por segundo, mas elas podem registrar entre 3, 5, 8, 10 ou 15
fotos por segundo. Ainda existem câmeras que dividem o modo contínuo entre
rápido e lento;
• Modo Timer: é o modo que você programa a foto para alguns segundo depois que
você clica no botão;
• Modo silencioso: é mais perceptível em câmeras mirrorless por não possuírem
espelhos, então elas ficam praticamente sem som, mas em câmeras com espelhos
não faz tanta diferença assim.

Modo Modo Contínuo Modo Contínuo Modo Modo Contínuo


Normal (Rápido) (Lento) Silencioso Silencioso

Modo Timer Modo Timer


(10s) (2s)

Por Rafael Ferreira

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MODOS DE FOCO

Nessa aula nós vamos falar sobre os modos de focagem automático das câmeras.
Existe uma série de configurações que variam de acordo com a marca e o modelo,
e que são importantes que você entenda e domine para configurar sua câmera
adequadamente, de acordo com a situação em que você vai fotografar.

A primeira separação que devemos fazer é que existem dois modos de foco: o manual e o
automático. No modo manual é você quem precisa ajustar, girando o anel de foco na lente, já no
modo automático é a câmera que faz esse trabalho para você.
A maioria das câmeras possui um motor de foco interno, assim como algumas lentes também
possuem esse elemento, fazendo com que o autofoco seja um trabalho em conjunto da lente com
a câmera.
MODO DE FOCO AUTOMÁTICO
Diferente dos modos da câmera, onde normalmente procuramos utilizar o modo manual, no foco
nós iremos utilizar o modo automático, porque ele é mais rápido, mais prático, mais preciso e se
encaixa na maioria dos casos.
Na maioria das câmeras, você aciona o foco automático junto com o botão da captura. Esse botão
tem dois estágios. O primeiro estágio é quando você o pressiona até a metade. Ao fazer isso, você
já estará ajustando o autofoco e, quando o foco estiver adequando, basta você pressionar todo o
botão e será realizado o segundo estágio, o da captura.
Existem dois tipos de foco automático: aquele que determina como a câmera vai fazer o foco e
aquele que determina onde a câmera vai fazer o foco. E para configurar isso, existem os modos de
foco, que variam de acordo com o modelo e a marca, mas tem alguns que são comuns a todas elas.
• AF-S (single shot) / ONE SHOT: é um modo de focagem onde você faz o foco uma
vez, a câmera confirma esse foco (com um “bip”), e então ela trava o foco para
aquela determinada posição. Então mesmo se houver movimento, ou da câmera
ou do assunto, não irá acontecer variação no foco. Caso você precise refazer o
foco, basta soltar o botão;
• AF-A / AI FOCUS: nesse tipo de foco, a câmera vai procurar a área de foco,
confirmar, mas em vez de travar o foco em um ponto fixo, ela tem uma tolerância a
alguns movimentos, compreende se o assunto se movimentou e, então, consegue
‘arrastar’ o foco para curtas distâncias;
• AF-C (continuos) / AI SERVO: nesse modo a câmera nunca confirma o foco.
Enquanto você estiver pressionando meio botão, ela estará sempre buscando pelo
foco. É ideal para fotografar objetos em velocidade, como esportes, corridas etc.

Por Rafael Ferreira

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Agora que já vimos os modos de como a câmera foca, vamos falar sobre os modos de focagem
que determinam onde a câmera foca.
• Modo Pontual: é muito utilizado e conhecido. É quando você tem um ponto de
foco e vai posicionando-o no quadro da imagem, de acordo com a área aonde
você quer colocar o foco. Assim, a câmera busca fazer o foco especificamente
onde você posicionou o ponto.

• Modo Zona: nesse modo, a câmera terá uma tolerância maior em relação a
área de foco. Dentro da zona selecionada, a ferramenta irá procurar por áreas
iluminadas e contrastadas para colocar o foco. Existem dois tipos de zona, mas as
duas funcionam da mesma forma, mudando apenas o tamanho da área.

Modo Zona: AF Modo Zona: AF Grande

• Modo Automático: aqui você não determina nenhuma zona e nenhum ponto.
Você apenas irá apontar a câmera e ela irá fazer a leitura da cena e colocar o foco
onde considerar o local mais adequado.

Por Rafael Ferreira

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QUAL O MELHOR MODO DE FOCAGEM PARA UTILIZAR?
Depende do caso.
No modo pontual, você consegue determinar o foco exato onde você quer. Eu uso muito esse
modo para conseguir colocar o foco no olho das pessoas, que é o ponto mais importante de estar
focado.
Quando utilizamos o modo de zona ou o automático, deixamos a interpretação do ponto de foco
para a câmera, o que pode levar à perda de precisão, pois a interpretação da câmera nem sempre
é igual a sua.
Dentro do modo de foco pontual, é importante que você saiba que o comportamento do foco
é diferente de acordo com o ponto que você coloca. No centro, por exemplo, é onde a câmera
consegue encontrar o foco com mais facilidade e com mais velocidade e, à medida que você vai
afastando o ponto de foco, ela tende a perder um pouco de precisão. Nesses casos, aplicamos uma
técnica muito conhecida chamada ‘focar e reenquadrar’, que é basicamente você focar no centro,
esperar a câmera confirmar e depois reenquadrar a cena.
Outra coisa muito importante é que existe uma grande diferença, em termos de foco, entre você
fotografar pelo live view ou pelo viewfinder. Quando você utiliza o viewfinder, você está utilizando
um sistema de foco ótico, que vai depender da luz que entra na lente e que é lida pelo motor de
foco, que fica na parte interior da câmera. Esse sistema só funciona quando você tem luz na cena e
contraste no ponto de foco. Já o foco pelo live view é um sistema digital que faz o foco baseado na
interpretação da imagem, além de ser um sistema mais flexível, por você ter mais pontos de foco
e conseguir ver a imagem já processada no display.
Outro ponto positivo de fotografar usando o live view é o sistema de foco com modo de detecção
de rosto. Então você enquadra a cena, coloca o modo de detecção de rosto e o foco vai sempre
acompanhando o olho da modelo. O ideal é você testar ambos os sistemas e entender qual entrega
um resultado mais satisfatório para o tipo de fotografia que você está fazendo.

Por Rafael Ferreira

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BALANÇO DE BRANCO

O balanço de branco é uma configuração que serve para deixar sua foto mais
quente ou mais fria.

A luz possui cor. Ela pode ser branca, levemente amarelada, bem amarelada ou colorida, e na
maioria dos casos nós ajustamos o balanço de branco da câmera de acordo com a situação de luz
e a cor da luz que temos na cena que estamos fotografando.
O objetivo disso é fazer com que a sua fotografia seja capturada com as cores reais, porque se você
utilizar uma luz muito amarela, por exemplo, a tendência é que a cena fique toda amarela, então
na câmera a gente coloca uma temperatura mais baixa para que a cena não fique tão amarela e
você consiga neutralizar a cor daquela luz.
Mesmo que você esteja fotografando com luz natural, existe uma cor na luz. Então se você está
fotografando em um dia ensolarado, você vai ter uma luz que já é neutra, assim você consegue
utilizar uma temperatura média. Mas se você estiver fotografando em um dia nublado, a luz emitida
será mais fria, logo você precisará subir mais a temperatura da câmera para a foto não ficar azulada.
A maioria das câmeras, dentro das configurações de balaço de branco, possuem predefinições
para diferentes tipos de luz:

1 2 3 4 5 6 7 8 9

1. Leitura automática; 6. Lâmpadas fluorescentes (luz branca);


2. Luz de dias ensolarados; 7. Luz de flash
3. Sombras; 8. Balanço personalizado;
4. Luz de dias nublados; 9. Balanço baseado na escala de valores
5. Lâmpadas de tungstênio (luz amarela); Kelvin;

Lembrando que, se você está fotografando em RAW, você pode fazer e ajustar o balanço de branco
depois de fotografar, na pós-produção, sem ter nenhuma diferença de qualidade ou cor.
Mas se você está fotografando em JPEG, é bem importante que você faça o ajuste de balanço de
branco na câmera, porque você não irá conseguir alterar isso com facilidade depois.

Por Rafael Ferreira

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ESTILO DE IMAGEM

É uma configuração disponível na maioria das câmeras e que serve para


personalizar a fotografia original em termos de luz e cor.

Basicamente é uma ‘ediçãozinha’ rápida que a câmera já faz no momento em que ela captura a
imagem. Então ela faz a captura e aplica uma edição automática, como se fosse um preset, e já vai
te mostrar com esse resultado.
Existem alguns estilos de imagem que são bastante conhecidos como:
• Padrão
• Vívido
• Preto e Branco
• Neutro
• Retrato
• Paisagem
Cada um desses estilos possui características próprias, como o estilo de imagem paisagem, por
exemplo, que adiciona saturação e contraste. Já o modo neutro faz ao contrário, ele remove a
saturação e o contraste.
Uma observação muito importante é que os estilos de imagem só serão aplicados de verdade na
sua foto se você estiver fotografando em JPEG, pois quando você está utilizando o formato RAW,
normalmente esse estilo de imagem vai ser descartado quando você importar as fotos para algum
aplicativo de edição.

Por Rafael Ferreira

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FORMATOS DE ARQUIVOS

Aqui nós vamos entender um pouco mais quais são as diferenças entre o formato
RAW e o formato JPEG.

RAW
No formato RAW você tem a fotografia mais crua e original que a câmera consegue gerar.
É o formato de arquivo que te permite extrair todo o potencial de nitidez e qualidade que a câmera
pode oferecer. Também é nesse formato que você consegue extrair o alcance dinâmico que os
seus arquivos e a sua câmera oferecem.
Isso significa que você consegue modificar a exposição da sua fotografia na pós-produção. Então
se, por exemplo, você capturou uma foto que ficou superexposta, você consegue baixar o grau
de luminosidade e recuperar informações que antes estavam estouradas. Isso também vale para
cenas subexpostas: se você fotografou em RAW, você tem uma margem para clarear e iluminar a
sua fotografia na pós-produção.

FOTO DA CÂMERA (RAW) FOTO EDITADA NO LR FOTO DA CÂMERA FOTO EDITADA


(RAW) NO LR

JPEG
A câmera sempre captura a imagem em RAW, porém quando ela está configurada para trabalhar
com JPEG, ela sempre faz uma conversão automática. Nessa conversão uma série de propriedades
são perdidas para gerar um arquivo comprimido, e consequentemente, mais leve e acessível.

Por Rafael Ferreira

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COMO CONFIGURAR SUA CÂMERA - NIKON

A partir de agora, vamos ver na prática os menus das câmeras, onde você
encontra as configurações e como utilizá-las nas marcas mais usadas pelos
fotógrafos.

Vamos começar pela Nikon. Para essa demonstração, utilizarei a Nikon D5100, que já é uma câmera
relativamente antiga. Se você estiver com um modelo mais recente, é possível que algum botão
ou algum menu seja um pouco diferente, mas é importante saber que a base continua a mesma.

Botão REC - para Botão de ligar/desligar;


gravações;

Botão de disparo
e foco;
Botão da abertura
(deve ser usado com o
botão de velocidade);
Botão que mostra
as informações no
display;
Live-View;

Botão rotativo dos


modos da câmera;

Botão de menu rápido;


Possui as principais
configurações;
Botão de menu;
Botão da velocidade
(quando girado sozinho);
Se utilizado com o botão
da abertura pressionado,
mudará a abertura da lente;

Botão de visualizar
a foto capturada;

Botões de
navegação;

Botão de zoom;
Botão de apagar;
Botão de afastar;

Por Rafael Ferreira

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MENU RÁPIDO - BOTÃO ‘I’

1- Qualidade da imagem;

2- Balanço de brancos;

3- ISO;

4- Modo de obturação;

5- Modo de focagem;
6- Área de focagem;
7- Modos de medição;

8- Estilo de imagem;

1- Qualidade da imagem: Se refere ao formato do arquivo. É nessa opção que você vai decidir se
você quer o arquivo em RAW, que como já vimos é o arquivo mais rico em informações, com mais
detalhes, ou em JPEG dependendo a situação. Você também pode escolher que a câmera gere os
dois tipos de arquivos, assim você já tem um backup, o que pode ser bem interessante.
2- Balanço de brancos: Nessa câmera, os balanços de brancos se limitam às opções de predefinição
e automático. Então nesse caso eu indico que você opte por alguma predefinição. Agora, se sua
câmera já for um modelo mais atual, é interessante que você use o balanço de branco manual.
3- ISO: Algumas câmeras vêm com um botão externo já indicando o ISO, mas caso você não encontre
é porque provavelmete a configuração dele está no menu, como é o caso desse modelo .
4- Modo de obturação: São os modos de disparo. Onde você decide se vai capturar apenas uma
foto, ou se ela irá fotografar em modo contínuo.
5- Modo de focagem: Essa opção só vai aparecer disponível se você estiver utilizando uma lente
com capacidade de foco automático. Aqui você define se a câmera fará single shot (AF-S), que é o
foco fixo, ou se você vai preferir um foco com um pouco mais de tolerância ao movimento.
6- Área de focagem: Nesse modelo de câmera, você só tem as opções de foco pontual, onde o foco
será específico em um único ponto, e foco automático. Então aqui nós não temos a possibilidade
de usar o foco por zona, que é um pouco mais amplo que o pontual. Lembrando que nos modos
automáticos é a câmera quem irá interpretar a cena, e talvez essa interpretação seja diferente do
que você está buscando. Você ganha em agilidade e perde em precisão.
7- Modos de medição: Define como o fotomêtro irá fazer a leitura da luz da cena.
8- Estilo de imagem: Normalmente essa opção já vem selecionada no modo ‘standard’ que é o
padrão. Nesse modo é possível fotografar em RAW, sem que a imagem tenha alteração na hora de
importar para algum programa. Já se você for mudar o estilo da imagem, não esqueça de mudar
o seu formato de arquivo para JPEG também.

Por Rafael Ferreira

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COMO CONFIGURAR SUA CÂMERA - CANON

Vamos entender como se aplicam as configurações nas câmeras Canon.

Agora nós vamos ver as configurações da Canon a partir de uma Canon 6D Mark II, que já é uma
câmera full frame, mais avançada, e tem alguns recursos e botões a mais. Se você tiver outro modelo
de câmera da Canon, é provável que tenham alguns botões diferentes, mas não se preocupe, pois
os menus são bem parecidos.

Botão de disparo
e foco;

Botão rotativo que ajusta


a velocidade;

Botões de atalho para


ajuste das configurações;

Display com as principais


informações que o
fotógrafo precisa na hora
de fotografar;

Botão rotativo dos


modos da câmera;

Botão do live-view;
Botão menu;
Botão de zoom;
Botão info - para Botão de visualizar;
que as informações Botão de menu rápido;
apareçam no display
da câmera enquanto Botões de navegação;
você fotografa; (Círculo interno)
Botão rotativo de
ajuste da abertura;
(Círculo externo)

Botão de apagar;

Por Rafael Ferreira

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MENU RÁPIDO - BOTÃO ‘Q’
1- Velocidade; 2- Abertura; 3- ISO;

4- Estilo de imagem;
6- Compensação do
5- Balanço de branco; Balanço de branco;

7- Modos de foco; 9- Modos de medição;


8- Áreas de foco; 10- Modos de disparo;
11- Formato da imagem;

A velocidade (1), abertura (2) e o ISO (3) são configurações que você pode ajustar tanto com os
botões externos da câmera quanto pelo menu, vai depender de qual você julgar melhor para o
seu caso.
4- Estilo de imagem: é onde você tem as opções de colocar edições rápidas na foto. Se você for
utilizar essa configuração, certifique-se de que você esteja capturando em JPEG, caso contrário
você irá perder esses ajustes ao importar para o Lightroom.
5- Balanço de branco: aqui você encontra as predefinições de balanço de branco, além do balanço
de branco automático. E essa, por ser uma câmera mais avançada, possui a possibilidade de um
balanço de branco manual, que é representado pela unidade Kelvin (K).
6- Compensação do balanço de branco: é um gráfico onde você consegue compensar a cor da luz.
Mas eu não utilizo muito essa grade, pois fotografando em RAW é possivel fazer esse ajuste sem
diferença nenhuma na qualidade na pós-produção.
7- Modos de foco: diferente da Nikon, onde essa configuração se chama AF, aqui na Canon nós
teremos o One shot ou outras nomenclaturas precedidas por AI.
8- Áreas de foco: nessa câmera, a gente possui algumas configurações a mais que na Nikon, aqui
a gente tem dois tipos diferentes de foco pontual, também temos duas formas de fazer o foco por
zona além é claro, do modo automático.
9- Modos de medição: são basicamente os mesmos que nas outras câmeras, exceto pelo modo
ponderado com predefinição do centro, que é um modo mais particular da Canon.
10 - Modos de disparo: é onde você escolhe se vai fotografar apenas uma foto por vez ou se a
câmera irá fotografar em modo contínuo. Aqui é onde você também pode selecionar o modo
timer.
11 - Formato da imagem: nesse menu você vai escolher o tamanho do arquivo (eu recomendo
que você sempre use o formato grande) e se ele será em RAW ou JPEG.

Por Rafael Ferreira

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Além do menu rápido, vale a pena conhecermos algumas funções dos menus gerais dessa câmera.
Por exemplo, no menu vermelho, a configuração de ‘reduzir ruído em longa exposição’ e ‘reduzir
ruído em ISO elevado’.

Quando aumentamos bastante o ISO, a foto tende a sair com mais ruído e a maioria das câmeras
(inclusive o modelo da Nikon visto anteriormente) possui uma configuração que serve para fazer
uma redução no ruído quando você usa o ISO mais alto.
Normalmente eu deixo essa opção desativada, pois a redução é muito agressiva e acaba deixando
a foto com um aspecto muito ‘plastificado’, além de prejudicar a nitidez.
Outra configuração que é importante citar é a de ‘espaço de cor’.

Essa também é uma configuração que está presente na maioria das câmeras, mas, assim como os
modos de imagem, ela só funciona quando você estiver fotografando em JPEG, pois o RAW não
possui espaço de cor e só vai receber quando você exportar ele para um outro formato.
Mesmo exportando na maioria das vezes em RAW, eu já deixo o espaço de cor de sRGB, pois já
é um espaço de cor ótimo para Web e impressões simples. Já o AdobeRGB é um espaço bem
maior, porém a maioria dos dispositivos não reproduzem esse espaço. Então se tivermos uma foto
com essa configuração de cor e fizermos o upload de uma imagem em AdobeRGB na Web, ela
automaticamente terá suas cores modificadas de maneira bem explícita.

Por Rafael Ferreira

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Para finalizar, nós temos o botão de live view que possibilita a visualização da cena diretamente
no display. Quando usamos o live view, o menu ‘Q’ muda de aparência, mas basta você analisar
com calma para entender, pois as configurações continuam as mesmas.

Modo de foco;

Balanço de brancos;

Modo de disparo; Estilo de imagem;

Modo de medição;

Formato de arquivo;

Quando usamos o live view, em algumas câmeras, nós temos alguns modos de focagem a mais,
destacando o modo de trackeamento da face, onde a câmera reconhece o rosto humano e
consegue manter o foco nele, mesmo que haja algum tipo de movimentação.
IMPORTANTE
Existe ainda uma série de configurações, tanto da Canon quanto da Nikon, que não foram citadas
aqui. Se você tiver interesse em conhecer toda a sua câmera, o ideal é testar, pesquisar, experimentar,
praticar e até mesmo ler o manual. Porém, para o nosso dia a dia enquanto fotógrafos, essas
configurações já são mais que suficientes para um bom resultado.

Por Rafael Ferreira

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COMO CONFIGURAR SUA CÂMERA - SONY

Agora vamos ver como são os menus e os botões de uma câmera da Sony.
Podemos começar falando que é um estilo diferente de câmera, essa Sony é uma
mirrorless e ambas as câmera que vimos anteriormente são DSLR. Só esse fato já
faz com que muita coisa seja diferente entre elas.

Por ser uma câmera mirrorless, a primeira coisa que notamos de diferente é o tamanho, como já
vimos anteriormente, mas também notamos que a disposição dos botões é bastante diferente.

Botão de disparo
e foco;

Botões
personalizáveis;

Botão rotativo de
abertura da lente;

Botão rotativo dos


modos da câmera;

Botão do flash; Botão do menu;

Botão de zoom, também


é responsável por ativar
e desativar o foco
automático;
Botão de menu rápido;
Botões de navegação;
(Círculo interno)
Botão rotativo de ajuste da
velocidade; (Círculo externo)
Também possui configurações
quando pressionado;

Botão de apagar;

Botão de visualizar;

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MENU RÁPIDO - BOTÃO ‘Fn’
1 - Modo de disparo; 2 - Modo de medição;

3 - Balanço de branco;
4 - Modo de focagem;

5 - Área de focagem;

6 - Estilo criativo;

7 - Formato de arquivo;

8 - Desativar sons;

1- Modo de disparo: aqui você escolhe se vai fotografar apenas uma foto por vez ou se a câmera
irá fotografar em modo contínuo, além de também ter a opção do modo timer. Uma coisa que
percebemos logo de cara é que na câmera Sony as configurações são mais detalhadas que nas
outras câmeras. Por exemplo, temos 4 velocidades de disparo contínuo, enquanto na Canon vimos
que são apenas 2.
2- Modo de medição: você vai perceber que além de alguns modos a mais, não encontramos
o modo matricial, que é o que normalmente eu uso em todas as câmeras. Isso porque na Sony
a nomenclatura é diferente, aqui o modo matricial é chamado de ‘multi’, mas possui o mesmo
funcionamento do modo matricial.
3- Balanço de branco: como já citamos, a Sony possui uma série de configurações a mais, porém
eu sempre acabo deixando nas opções manuais, no caso do balanço de brancos eu deixo sempre
em Kelvin (K).
4- Modo de focagem: eu deixo sempre configurado em AF-S, para que a câmera sempre confirme
e trave o foco.
5- Áera de focagem: nesse ajuste, a Sony apresenta uma grande diferença comparada às outras
câmeras, pois, por não ter espelhos, essa câmera só faz o foco de maneira digital, o que faz com
que ele seja bastante preciso, mesmo sendo a câmera que interpreta a imagem.
6- Estilo criativo: aqui você encontrará as configurações estilo da imagem.
7- Formato de arquivo: deixe sempre em RAW, exceto se você for fotografar usando algum estilo
de imagem, para não perder seus ajustes.
8- Desativar sons: por ser mirroless, você consegue silenciar completamente a câmera.

Por Rafael Ferreira

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