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CONTABILIDADE

GERAL E
AVANÇADA
Critérios de Avaliação de Ativos

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Critérios de Avaliação de Ativos

Sumário
Feliphe Araújo

Critério de Avaliação de Ativos..................................................................................................... 3


1. Introdução...................................................................................................................................... 3
2. Critérios de Avaliação de Ativos............................................................................................... 3
2.1. Ativo Circulante......................................................................................................................... 3
2.2. Método Exponencial: Juros Compostos. . ............................................................................12
Resumo.............................................................................................................................................48
Questões de Concurso.................................................................................................................. 53
Gabarito............................................................................................................................................. 71
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 72

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Critérios de Avaliação de Ativos
Feliphe Araújo

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE ATIVOS


1. Introdução
Olá, querido(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) a mais uma aula do nosso curso.
Hoje vamos tratar do seguinte assunto: Critérios de Avaliação do Ativo.
Assunto que pode gerar dúvidas, mas que com muita atenção, revisão e resolução de
questões você vai entender e acertar as questões da prova.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estaremos à disposição no Fórum. Não deixe de
nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso.
Conte conosco e Firmeza nos Estudo (FÉ)!
Vamos começar a nossa aula!
Um forte abraço, Feliphe Araújo.

2. Critérios de Avaliação de Ativos


Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio
dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresenta-
dos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado.
Assim, a avaliação é a mesma coisa que mensuração e significa a valoração, a quantifica-
ção dos itens patrimoniais em termos de valores em números.
Quando a empresa compra o estoque por R$ 100,00, a mensuração inicial do estoque é
R$ 100,00. Porém, os itens patrimoniais podem ser avaliados de outras formar ao longo dos
períodos e não somente o preço de compra.

2.1. Ativo Circulante


Vamos fazer a avaliação dos itens que compõem o ativo circulante.

2.1.1. Disponibilidades

As disponibilidades devem ser registradas pelo valor original (ou custo histórico) das cé-
dulas, documentos ou títulos que as representem.

Exemplo:
Por exemplo, quando a empresa recebe R$ 100,00 de uma venda, há um aumento do saldo de
disponibilidades pelo valor de R$ 100,00.
No caso das Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata, ao valor original aplicado deve ser
acrescido os juros.

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Os juros obtidos nas aplicações financeiras devem ser registrados a débito da conta aplica-
ções financeiras e a crédito de receitas.
Registro na aquisição da aplicação:
Aplicações Financeiras (aumenta o ativo circulante).
a Caixa (reduz o ativo circulante).
Lançamento contábil na data da apropriação das receitas:
Aplicações Financeiras (aumenta o ativo circulante).
a Receita de juros (resultado).

2.1.2. Clientes e Duplicatas a Receber

As contas Clientes e Duplicatas a Receber são contabilizadas pelo valor original menos as
estimativas de perdas para reduzi-las ao valor provável de realização.
Quando contabilizadas, referidas perdas são classificadas na conta “Perdas Estimadas
com Crédito de Liquidação Duvidosa”, conta retificadora do ativo. Esta conta também pode
ser chamada nas questões de Estimativa de Perdas com Crédito de Liquidação Duvidosa (EP-
CLD), Perdas Estimadas com Clientes ou Perdas Estimadas com Devedores Duvidosos (PEDD).
Embora não seja a denominação mais correta tecnicamente, as bancas ainda utilizam a
nomenclatura estimativas de perdas na conta “Provisão para Devedores duvidosos” (PDD).

2.1.2.1. Perdas Estimadas com Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD)

As Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa referem-se a ajustes no valor


contábil de direitos a receber, em contas como “Contas a Receber”, “Duplicatas a Receber”,
“Clientes” ou outra denominação, que ficam sujeitas ao risco de perda pelo não recebimento
integral dos direitos em razão da inadimplência dos clientes. A PECLD, em regra, é calcula-
da mediante a aplicação de um percentual médio dos créditos não recebidos nos últimos
três anos.
O nome mais apropriado para essa conta, de acordo com as normas internacionais de
contabilidade, é Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD), embora al-
gumas bancas ainda utilizarem a nomenclatura Provisão para Crédito de Liquidação Duvido-
sa (PCLD) ou PDD.
O pronunciamento técnico CPC 25 ratifica o explicado acima quando define provisão como
passivo de prazo ou valor incertos. Em alguns países o termo “provisão” é também usado no
contexto de itens tais como depreciação, redução ao valor recuperável de ativos e créditos
de liquidação duvidosa: estes são ajustes dos valores contábeis de ativos e não são tratados
no CPC 25.
A PECLD não é mais dedutível para fins de imposto de renda. Ao contrário, as perdas efe-
tivas são dedutíveis, conforme Lei n. 9.430/1996:

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Art. 9º As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica pode-
rão ser deduzidas como despesas, para determinação do lucro real, observado o disposto neste
artigo.
§ 1º Poderão ser registrados como perda os créditos:
I – em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença ema-
nada do Poder Judiciário;
II – sem garantia, de valor:
a) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos há mais de seis meses, independente-
mente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
b) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por operação, vencidos
há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebi-
mento, porém, mantida a cobrança administrativa;
c) superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e
mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
III – com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimen-
tos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias;
IV – contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, relativamente à
parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar.

Embora não seja mais dedutível do imposto de renda, as entidades continuam reconhe-
cendo as perdas estimadas na contabilidade para que os balanços sejam um reflexo da ver-
dadeira situação da empresa. Para o cálculo do imposto de renda (para fins fiscais), os valo-
res das perdas devem ser ajustados no LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real. Porém, o
nosso foco aqui será na contabilidade.
Continuando, para os créditos decorrentes de operações com garantia1, como a alienação
fiduciária ou a hipoteca, não é adequado constituir PECLD.
No caso de clientes em recuperação judicial2, o credor deve reconhecer como PECLD ape-
nas o valor que o devedor não se compromete a pagar.

Exemplo:
A empresa Sortudos possui valores a receber de clientes no montante de R$ 20.000,00, em
31.12.2019. A taxa de inadimplência é de 3%. Vamos supor que a conta de PECLD ainda não
possuía valores.
1. Ao final do período, deve ser constituída uma perda de:
D – Despesa com PECLD (resultado)
C – PECLD (Ret. Ativo)...................... 600,00 = (3% X 20.000)

1
De forma simples, quando o cliente não paga, a empresa tem a garantia de receber, por exemplo, um bem.
2
A recuperação judicial ocorre quando a empresa está passando por dificuldades financeiras e não tem condições de pagar
as suas dívidas. Logo, se a empresa tem valores a receber de entidades em processo de recuperação judicial, a parte que
não será recebida deve ser reconhecida como PECLD.

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No balanço patrimonial, a conta PECLD aparece após valores a receber:


Ativo 19.400,00
Duplicatas a Receber ou Clientes 20.000,00
(-) Perdas Estimadas com Crédito de Liquidação Duvidosa (600,00)

No ano de 2020, a empresa deve analisar se a estimativa realizada vai ser efetivada. Vamos
analisar várias hipóteses.

2. No caso de os créditos serem considerados incobráveis, ou seja, a empresa não rece-


beu, devemos dar baixa na conta duplicatas a receber ou clientes mediante um crédito em
contrapartida com um débito na conta PECLD. Considerando o exemplo acima, vamos supor
que no ano de 2020 os R$ 600,00 foram considerados incobráveis. Portanto, a baixa de uma
duplicata no valor de R$ 600,00 é contabilizada da seguinte forma:
D – PECLD (Retificadora do ativo)
C – Duplicatas a Receber (ativo)...................... 600,00
Isso quer dizer que a empresa recebeu R$ 19.400,00 dos R$ 20.000,00.

3. Se as perdas com inadimplência superarem o valor das perdas estimadas, o excesso


deverá ser contabilizado em conta do resultado. Considerando o valor da conta PECLD de R$
600,00 e as perdas no ano de 2020 no valor de 800,00, o lançamento será:
D – PECLD (ret. do ativo)............................... 600,00
D – Perdas com clientes (resultado)................. 200,00 (800,00 – 600,00)
C – Duplicatas a receber (ativo)...................... 800,00
Isso quer dizer que a empresa recebeu R$ 19.200,00 dos R$ 20.000,00.

Quando a entidade contabiliza uma perda estimada para créditos de liquidação duvidosa,
ela o faz baseada em estimativas, pois não sabe precisar, ao certo, qual montante de débitos
de seus clientes não serão honrados. A reversão da PECLD é a contabilização que se faz ne-
cessária para reconhecer que parte dos valores estimados pela entidade foram, ao longo do
exercício seguinte, recebidos de seus clientes.

Exemplo:
Do valor de R$ 600,00 identificados como PECLD no balanço patrimonial, R$ 400,00 foram
considerados incobráveis e o restante, no valor de R$ 200,00, foi recebido em razão do paga-
mento dos clientes. Portanto, a parcela de R$ 200,00 deve ser revertida como receita, para o
resultado, mediante o seguinte lançamento:
D – PECLD (retificadora do Ativo)
C – Reversão de provisão (receita – resultado).......... 200,00

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Os R$ 400,00 de créditos considerados incobráveis devem ser baixados, conforme já vimos,


mediante o lançamento a seguir:
D – PECLD (Retificadora do ativo)
C – Duplicatas a Receber (ativo)............................. 400,00
Isso quer dizer que a empresa recebeu R$ 19.600,00 dos R$ 20.000,00.

Para finalizar, preste bem atenção, porque agora vamos explicar a contabilização no final
do período quando a empresa recebe de seus clientes parte do valor estimado no ano anterior.
Vamos ter duas teorias: Teoria da reversão (utilizada pela contabilidade) e teoria da comple-
mentação (utilizada por bancas).

Exemplo:
A empresa Sortudos apresentou no balanço patrimonial de 20X0 a conta Perdas Estimadas
para Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD) com saldo de R$ 500,00. Todos os valores a
receber foram recebidos durante o ano de 20X1. Logo, antes de fazer a nova estimativa, a
empresa tinha um saldo de R$ 500,00 na conta PECLD.
Ao final do exercício de 20X1 a empresa possuía duplicatas a receber no valor de R$ 100.000,00,
com experiência de perdas no recebimento de créditos, ocorrida nos últimos três anos, em
média de 2%.

Assim, ao contabilizar uma nova perda no exercício de 20X1, temos o seguinte:


• Qual valor deve constar no balanço da conta PECLD?

O saldo da PECLD no balanço de 20X1 é de R$ 2.000,00 (2% X 100.000,00).


• Qual o valor da despesa que deverá compor o resultado do exercício:

1. Segundo a Teoria da Reversão, que é o correto pela Contabilidade, a empresa primeiro


reverte o saldo do ano anterior para depois registrar a nova despesa com PECLD.
Reversão do saldo de R$ 500,00:
D – PECLD (retificadora do Ativo) 500,00
C – Reversão de PECLD 500,00

Contabilização da nova PECLD:


PECLD = 2% x 100.000 = R$ 2.000,00
D – Despesa com PECLD (resultado) 2.000,00
C – PECLD (retificadora do Ativo) 2.000,00

Com isso, segundo a Teoria da Reversão, o valor da despesa foi de R$ 2.000,00.

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2. Segundo a Teoria da Complementação, que não é o correto pela contabilidade, a em-


presa aproveita o saldo remanescente para cálculo da nova PECLD.
Neste caso, aproveitamos o saldo da conta PECLD do ano de 20X0 e só contabilizamos o
complemento no resultado. Assim, o valor da despesa de 20X1 com despesa com PECLD é R$
1.500,00 (2.000,00 - 500,00).
D – Despesa com PECLD (resultado) 1.500,00
C – PECLD (retificadora do Ativo) 1.500,00

Neste modelo, em vez de reverter o saldo, a empresa já reconhece a despesa pelo comple-
mento do que falta para chegar ao valor total estimado.
Observe que nos dois modelos o valor que fica no balanço é de R$ 2.000,00.

Professor, qual modelo cada banca adota?

A ESAF utilizava o método da complementação. Não temos conhecimento de questões


das bancas mais tradicionais quando o valor estimado no final do ano ainda ficou na conta de
PECLD antes da nova estimativa.
Caso não tenha histórico da banca, você deve fazer o correto.

001. (ESAF/MINISTÉRIO DA FAZENDA/CONTADOR/2013) A firma Pipiripaco S/A, preven-


do prováveis perdas no recebimento de seus créditos que, no balanço de 2011, eram de R$
85.000,00, mandou fazer provisão de 3% desse valor, mas, durante o exercício seguinte, con-
tabilizou perdas de apenas R$ 1.300,00. Em dezembro de 2012, pretendendo fazer provisão
nos mesmos moldes anteriores, para proteger o valor de R$ 100.000,00 que tem a receber, vai
contabilizar uma despesa com devedores duvidosos no valor de:
a) R$ 3.000,00.
b) R$ 2.550,00.
c) R$ 1.750,00.
d) R$ 1.300,00.
e) R$ 1.250,00.

A ESAF adota a Teoria da Complementação, apesar de ser incorreto do ponto de vista contábil.
É a famosa questão de complementar a provisão anterior.
PDD constituída em 2011 = 85.000,00 x 3% = R$ 2.550,00.
Como houve perdas de créditos em 2012 no valor de R$ 1.300,00, o novo saldo da PDD será
de R$ 1.250,00 = 2.550 - 1.300.
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Saldo da conta PDD ao fim de 2012 = R$ 1.250,00.


Cálculo da provisão de 2012 = 100.000,00 x 3% = R$ 3.000,00.
Como a conta PDD já possui saldo de R$ 1.250,00 remanescente do período anterior, só é
necessário o lançamento complementar de R$ 1.750,00 (3.000,00 - 1.250,00). A banca ESAF
gosta desse modelo.
Com isso, o gabarito é a letra C.
Se utilizasse a Teoria da Reversão, o valor da despesa seria de:
Despesa = 100.000,00 x 3% = R$ 3.000,00
Letra c.

2.1.2.2. Provisões Redutoras do Ativo

Segue um quadro sobre as despesas que geram reduções nos respectivos ativos (contas
retificadoras do ativo), de acordo com as bancas:

Resultado Retificadora do Ativo


Despesa com ajuste do valor do estoque Provisão para ajuste ao valor de mercado
Provisão para Crédito de Liquidação
Despesa com devedores duvidosos
Duvidosa (PCLD)
Despesa com perdas de investimentos Provisão para perdas em investimentos

Lembramos que as despesas acima não deveriam ser reconhecidas como provisiona-
mento, pois, de acordo com o CPC 25, provisão é um passivo de prazo ou valor incertos. Por-
tanto, de acordo com o CPC 25, o nome correto dessas contas é:

Resultado Retificadora do Ativo


Perdas estimadas para ajuste ao valor de
Despesa com ajuste do valor do estoque
mercado
Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação
Despesa com devedores duvidosos
Duvidosa (PECLD)
Despesa com perdas de investimentos Perdas estimadas em investimentos

Aprofundando o assunto.
Antigamente, o registro das possíveis perdas de contas a receber era feito na conta “Pro-
visão para Devedores Duvidosos” ou “Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa”, pois
entendia-se que seria uma provisão de ativos, em uma conta retificadora.
Atualmente, atendendo as Normas Internacionais de Contabilidade, o nome mais apro-
priado para a conta que registra as possíveis perdas de contas a receber é “Perdas Estimadas
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com Créditos de Liquidação Duvidosa”. Entende-se que estão estimando o valor com perdas
de devedores duvidosos e não mais provisões, que é algo incerto.
Assim, em conformidade com os pronunciamentos contábeis, só existem provisões do
passivo. Por isso, nas provas, o correto é ter a nomenclatura “Perdas Estimadas com Créditos
de Liquidação Duvidosa” para registro das possíveis perdas de contas a receber.
Embora seja contrária as normas internacionais de contabilidade, as bancas continuam a
nomear a conta “Provisão para Devedores Duvidosos” ou “Provisão para Crédito de Liquida-
ção Duvidosa” para registro das possíveis perdas de contas a receber, entendendo que seria
uma provisão do ativo.
Resumindo:
1. Só existem provisões do Passivo. O nome correto da conta para registro das possíveis
perdas de contas a receber é “Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa”.
2. Porém, as bancas continuam a utilizar a nomenclatura antiga, considerando a conta
“Provisão para Devedores Duvidosos” para registro das possíveis perdas de contas a receber,
entendendo que seria uma provisão do ativo. Assim, você só utiliza o item 2 se não houver
alternativas com o item 1.
Com o tempo, as bancas vão mudar para o novo posicionamento. Tenho que explicar,
porque algumas bancas continuam a utilizar o entendimento antigo, mesmo sabendo que o
correto é considerar a conta “Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa” para
registro das possíveis perdas de contas a receber.

2.1.3. Ajuste a Valor Presente

Vamos ver os critérios de avaliação do Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP).

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
(...)
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor pre-
sente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

Assim, os critérios de avaliação para o ARLP utilizam o ajuste a valor presente.


De acordo com a Lei n. 6.404/1976, Art. 183, inciso VIII:

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O artigo 183 da Lei n. 6.404/1976, que trata dos critérios de avaliação do ativo, é uma parte
bem “decoreba”. A ideia é que você tente assimilar cada conta, subgrupo ou grupo de contas
de acordo com as suas características, ou seja, cada item com a sua avaliação.
É importante lembrar: A Contabilidade é um “quebra-cabeça” que vai se encaixando à medida
que for estudando, porque muitos assuntos estão inter-relacionados e precisamos explicar
em aulas iniciais algumas expressões e conceitos de forma resumida.
Ao longo do curso, você vai estudar os critérios de avaliação dos itens do ativo e do passivo.
Para melhor fixação, é importante fazer muitos exercícios.

Uma informação relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam
ser tomadas pelos usuários. Assim, os elementos do ativo circulante devem ser ajustados a
valor presente quando houver efeito relevante, ou seja, quando puderem influenciar as deci-
sões tomadas pelos usuários. Professor, e o que seria o Ajuste a Valor Presente? Vamos lá!!!
Valor presente (present value): é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro,
no curso normal das operações da entidade. Tal fluxo de caixa pode estar representado por
ingressos ou saídas de recursos.

De acordo com o CPC 12, a quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em
base exponencial “pro rata die”, a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos
apropriados nas contas a que se vinculam. No ajuste a valor presente, o correto é utilizar o
método exponencial (juros compostos).
Exemplo:
A empresa Dedicados Ltda., em 31 de dezembro de 20X0, vendeu mercadorias a prazo,
para a empresa Aprovados S/A, com as seguintes informações:
- Preço à vista: R$ 100.000,00.
- Preço a prazo de venda: R$ 121.000,00.

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- Taxa de Juros: 10% ao ano.


- Data do pagamento: 31/12/20X2.
- Desconsidere os impostos incidentes.

2.2. Método Exponencial: Juros Compostos

A empresa reconhece como receita de vendas o valor à vista da venda a prazo.


A diferença entre o valor à vista e o valor a prazo deve ser contabilizada como receita finan-
ceira a apropriar, pois ainda não é receita devido a não ter ocorrido o fato gerador (passagem
do tempo).
A conta Ajuste a Valor Presente sobre Clientes também pode ser chamada de juros ativos a
apropriar, juros ativos a transcorrer ou Receitas Financeiras a Apropriar etc.

Vamos utilizar agora conhecimentos de matemática financeira.


Valor Presente = Valor Futuro / (1 + i)n
O valor presente é o valor à vista e o valor futuro é o valor aa prazo.
Cálculo do ajuste que deve ser feito pelo método exponencial:
a) Receita de Vendas = 121.000 / (1 + 10%)² = 121.000 / (1,10)²
Receita de Vendas = 121.000 / 1,21 = 100.000,00
b) Ajuste a Valor Presente = 121.000,00 - 100.000,00= 21.000,00
1. Lançamento da venda a prazo em 31/12/20X0:
D – Clientes (Ativo Não Circulante)........................................ 121.000,00
C – Receita de Vendas (Resultado)........................................ 100.000,00
C – Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes (Ret. do ANC).. 21.000,00

1.1. Registro da venda no livro razão:

Clientes Receita de Vendas AVP s/ Clientes


(1) 100.000 21.000
121.000 (1) (1)

1.2. O Balanço Patrimonial, em 31/12/20X0, tem a seguinte estrutura:

ATIVO
Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo 100.000,00
Clientes 121.000,00
(-) Ajuste a Valor Presente sobre Clientes (21.000,00)

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2. Em 31/12/20X1, apropriação anual da receita financeira:


2.1. Receita financeira = 100.000,00 x 10% = 10.000,00.
D – Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes (Retificadora do AÑC)
C – Receita Financeira (Resultado).................. 10.000,00

2.2. Registro do lançamento 2 no livro razão:

AVP s/ Clientes Receita Financeira


(2) 10.000 21.000 (1) 10.000 (2)
11.000

2.3. Colega, em 31/12/2020X1, as contas Clientes e AVP sobre Clientes passam a ser de
curto prazo. Assim, precisamos transferir o saldo para o ativo circulante, conforme abaixo:
D – Clientes (Ativo Circulante)...................................... 121.000,00
C – Clientes (Ativo Não Circulante)................................ 121.000,00

D – AVP sobre Clientes (Retificadora do AC).................... 11.000,00


C – AVP sobre Clientes (Retificadora do AÑC).................. 11.000,00

2.4. O Balanço Patrimonial, em 31/12/20X1, tem a seguinte estrutura:

ATIVO
Ativo Circulante 110.000,00
Clientes 121.000,00
(-) Ajuste a Valor Presente sobre Clientes (11.000,00)

3. Em 31/12/20X2, apropriação anual da receita financeira:


3.1. Receita = 110.000,00 (100.000 + 10.000) x 10% = 11.000,00
D – Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes (Retificadora do AC)
C – Receita Financeira (Resultado).................. 11.000,00

3.2. Registro do lançamento 3 no livro razão:

AVP s/ Clientes Receita Financeira


(3) 11.000 11.000 11.000 (3)
0

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3.3. Em 31/12/20X2, o lançamento do recebimento é:


D – Caixa........................... 121.000,00
C – Clientes......................... 121.000,00

Apresentamos o quadro completo de controle dos juros:

Ano Valor inicial Taxa juros Valor juros Total


1 100.000,00 10% 10.000,00 110.000,00
2 110.000,00 10% 11.000,00 121.000,00
Total 21.000,00

Na prova, a questão deverá fornecer o quadro acima ou cobrar um valor fácil de calcular,
como os juros dos primeiros meses. Algumas bancas podem, para facilitar, cobrar juros sim-
ples, embora o mais correto seja o método exponencial, que usa juros compostos.
Realizados os lançamentos, observem que o valor da receita de vendas não foi afetado
pelos juros embutidos no preço de venda. Ainda, os juros lançados em Ajuste a Valor Presente
devem ser apropriados ao resultado, em conta de receita, em atendimento ao regime de com-
petência, proporcionalmente ao período.
Nesse sentido, o pronunciamento técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente - determina
que a mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no reconhecimento inicial de
ativos e passivos. Depois disso, as condições iniciais só podem ser modificadas em casos
excepcionais, como em uma renegociação de dívida.
Faz-se necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor presente nem
sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso, valor presente e valor justo
não são sinônimos.
Por exemplo, a compra financiada de um veículo por um cliente especial que, por causa
dessa situação, obtenha taxa não de mercado para esse financiamento, faz com que a apli-
cação do conceito de valor presente com a taxa característica da transação e do risco desse
cliente leve o ativo, no comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece
contabilmente o valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, por representar me-
lhor o efetivo custo de aquisição para o comprador. Em contrapartida o vendedor reconhece
a contrapartida do ajuste a valor presente do seu recebível como redução da receita, eviden-
ciando que, nesse caso, terá obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado.
Conforme exemplo que fizemos, o valor do ajuste a valor presente do seu recebível é uma
redução da receita.
Receita de Vendas = 121.000 – 21.000 = R$ 100.000,00.
De acordo com o pronunciamento, valor justo é valor pelo qual um ativo pode ser ne-
gociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com

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ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma
transação compulsória.
Vamos ver como este assunto é cobrado em provas.

002. (CESPE/INMETRO/CONTADOR/2009) O ajuste a valor presente aplicar-se-á a todos os


ativos e passivos de curto e longo prazo. Um exemplo dessa aplicação é o registro de juros
embutidos que não foram contabilizados corretamente no momento da operação.

Os ativos e passivos de longo prazo (não circulante) serão ajustados a valor presente.
Os ativos e passivos de curto prazo (circulante) só serão ajustados a valor presente se houver
efeito relevante.
Errado.

003. (FCC/CLDF/CONSULTOR TÉCNICO-LEGISLATIVO – CATEGORIA CONTADOR/2018)ACia.


das Viradas realizou, durante o mês de dezembro de 2017, as vendas nas condições apresen-
tadas na tabela a seguir:

Data Valores em Reais (R$) Data de Vencimento


01/12/2017 1.020.000,00 01/12/2019
09/12/2017 870.000,00 À vista
27/12/2017 530.000,00 À vista
Total do mês 2.420.000,00 –

A taxa de juros compostos cobrada nas vendas a prazo é de 0,76% ao mês, que equivale a uma
taxa de juros de 20% para o prazo total da venda ocorrida em 01/12/2017. Os efeitos eviden-
ciados na Demonstração do Resultado do ano de 2017 da Cia. das Viradas, decorrentes espe-
cificamente das vendas efetuadas durante o mês de dezembro de 2017, foram:
a) Receita de Vendas no valor de R$ 2.250.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 8.500,00.
b) Receita de Vendas no valor de R$ 2.250.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 170.000,00.
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c) Receita de Vendas no valor de R$ 2.216.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 8.500,00.


d) Receita de Vendas no valor de R$ 2.250.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 6.460,00.
e) Receita de Vendas no valor de R$ 2.420.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 6.460,00.

As vendas, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação juros e encargos financeiros
referentes à remuneração de um capital no futuro.
O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor presente da transa-
ção, ou seja, o valor que a empresa receberia se a venda fosse realizada à vista.
O valor que ultrapassar o valor de venda à vista das mercadorias deve ser reconhecido como
Receita Financeira a Apropriar ou Ajuste a Valor Presente a Apropriar sobre Clientes (contas
retificadoras do ativo).
Vamos fazer os lançamentos:
1. Venda à vista:
D – Caixa.
C – Receita de Vendas............ 1.400.000,00.
2. Venda a Prazo:
D – Clientes....................................... R$ 1.020.000,00 (valor a receber).
C – Receita de Vendas¹......................... R$ 850.000,00.
C – Receita de Juros a Apropriar²........... R$ 170.000,00 (Ret. do ativo).
1. Valor Presente = Valor Futuro / (1 + i)n
Receita de Vendas = 1.020.000 / (1 + 20%) = 1.020.000 / 1,2 = 850.000.
A taxa de juros compostos cobrada nas vendas a prazo é de 0,76% ao mês, que equivale a
uma taxa de juros de 20% para o prazo total da venda ocorrida em 01/12/2017.
Assim, os 20% já é a taxa para os dois anos, ou de outra forma:
(1 + 0,76%)24 meses = 1,2.
2. Valor de receita de juros que a empresa receberá dos clientes, sendo apropriada de acordo
com o regime de competência.
Receita de Juros a Apropriar = 1.020.000 – 850.000 = R$ 170.000,00.
Portanto, a receita de vendas é igual a R$ 2.250.000,00 (1.400.000 + 850.000).
Como a Demonstração do Resultado do Exercício é elaborada em 31/12/2017, a empresa deve
reconhecer a receita financeira referente a um mês (dezembro de 2017) mediante a multipli-
cação da taxa de juros de 0,76% pelo valor à vista das vendas que foram realizadas a prazo.
Assim, a receita financeira é igual a R$ 6.460,00 (0,76% sobre 850.000,00).
D – Receita de Juros a Apropriar.
C – Receita Financeira............................. 6.460,00.
Assim, o gabarito é a letra D.

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Método turbo de resolução para o dia da prova:


O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor de venda à vista das
mercadorias.
Receita de Vendas = (1.020.000/1,20) + 870.000 + 530.000.
Receita de Vendas = 850.000 + 1.400.000 = R$ 2.250.000,00.
O valor da receita financeira do primeiro mês é calculado mediante a multiplicação da taxa de
juros de 0,76% pelo valor à vista das vendas que foram realizadas a prazo.
Valor à vista das vendas a prazo = vendas a prazo / (1+i)n
Valor à vista das vendas a prazo = 1.020.000 / 1,20 = 850.000,00.
Receita Financeira = 850.000 x 0,76% = R$ 6.460,00.
Letra d.

Professor, quando uma empresa contabiliza Perdas Estimadas com Devedores Duvido-
sos, ela está fazendo um Ajuste a valor Presente?

Não, caro(a) aluno(a).

A empresa registra PERDAS ESTIMADAS COM DEVEDORES DUVIDOSOS para que o ativo
esteja registrado por um valor que não supere o seu futuro benefício econômico. Não adianta
ter 10.000 a receber de clientes, se a empresa já sabe que, em média, 5% desse valor é perdido
(clientes que não pagam). Com isso, a empresa deve registrar uma perda estimada de 500 (5%
x 10.000).

Fundamento legal: Lei das S/A.


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de cré-
ditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
(…)
b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou
contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais
aplicações e os direitos e títulos de crédito.

Já o ajuste a valor presente é uma forma de segregar o que é receita da venda do bem do
que é juros da operação. Neste caso, estamos diante de uma operação financeira para finan-
ciar a compra e a venda de um bem.

Fundamento legal: Lei das S/A.


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor pre-
sente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

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2.1.4. Instrumentos Financeiros

De acordo com o CPC 39, instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um
ativo financeiro para a entidade e a um passivo financeiro ou instrumento patrimonial para
outra entidade.
Quanto à classificação, o CPC 48 simplifica a contabilização dos instrumentos financeiros
e, desta forma, contém 03 (três) categorias de mensuração do ativo financeiro e 02 (duas)
para o passivo financeiro, a saber:

Ativo Passivo
Classificação dos instrumentos financeiros
Financeiro Financeiro
Custo Amortizado (CA) X X
Valor Justo por meio de Resultado (VJR) X X
Valor Justo por meio de Outros Resultados
X Não se aplica
Abrangentes (VJORA)

O nosso estudo será focado no ativo financeiro, que na maioria dos casos são aplicações
financeiras que a empresa faz com o objetivo de obter rendimento. Vamos trazer a teoria ali-
nhada a prática que será muito mais fácil para o seu entendimento.
A entidade deve classificar ativos financeiros como subsequentemente mensurados ao
custo amortizado, ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes ou ao valor justo
por meio do resultado com base tanto:
• no modelo de negócios da entidade para a gestão dos ativos financeiros; quanto
• nas características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro.

Resumindo, os ativos financeiros são classificados em 3 categorias:

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As classificações têm por base tanto o modelo de negócios da entidade para a gestão
desses ativos quanto as características de fluxos de caixa contratuais do ativo.

• APRENDENDO CONCEITOS:

Segundo o CPC 48, valor contábil bruto de ativo financeiro é o custo amortizado de ativo
financeiro, antes do ajuste por qualquer provisão para perdas.
De acordo com o CPC 39, ativo financeiro é qualquer ativo que seja:
• caixa;
• instrumento patrimonial de outra entidade;
• direito contratual:
− de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade; ou
− de troca de ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob con-
dições potencialmente favoráveis para a entidade;
• um contrato que seja ou possa vir a ser liquidado por instrumentos patrimoniais da
própria entidade, e que:
− não é um derivativo no qual a entidade é ou pode ser obrigada a receber um número
variável de instrumentos patrimoniais da própria entidade; ou
− um derivativo que será ou poderá ser liquidado de outra forma que não pela troca de
um montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro, por número fixo de instrumentos
patrimoniais da própria entidade.

Colega, vamos detalhar qual a diferença entre ativo financeiro e ativo não financeiro. Lem-
brando que essa parte é mais conceitual.
Ativo financeiro é caixa, título que representa o direito de receber caixa, outros bens ou
direitos de natureza financeira. Assim, não são ativos financeiros bens como máquinas, mer-
cadorias, imóveis e veículos.

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Agora, vamos entender o que é um derivativo.


Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é
calculado com base no valor assumido por uma variável, tal como o preço de um outro ativo
(e.g. uma ação ou commodity), a inflação acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa
básica de juros ou qualquer outra variável dotada de significado econômico. Derivativos rece-
bem esta denominação porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro ativo.
Em outras palavras, derivativo é um instrumento financeiro cujo valor deriva ou depende
do preço, do desempenho de mercado de determinado bem ou da taxa de referência. Assim,
as aplicações em derivativos se assemelham a uma aposta, porque há, de um lado, quem
acredite que o valor de certo bem, índice ou taxa etc., subirá e, do outro, quem ache que esse
preço cairá. Esse assunto está ligado muito a mercado financeiro e não cai no nosso concur-
so. Fui bem resumido na minha explicação, pois este assunto é extenso.
Um dos casos de mercados de derivativos é o mercado de opções. Vamos fazer um exem-
plo com a opção de compra. Neste caso, as partes interessadas, vendedor e comprador, espe-
culam a cotação futura de uma determinada ação, por exemplo, com base na cotação atual.

Exemplo:
Em 01/01/2016, a entidade X adquire a opção de compra de 50 ações da Petrobrás a R$
100,00 cada (total de R$ 5.000,00). A data de vencimento é 31/01/2016, e o prêmio pago à
entidade Y (lançador da opção) pela entidade X é de R$ 50,00. O valor unitário da ação da
Petrobrás, em 01/01/2016, é igual a R$ 90,00.
Assim, em 31/01/2016, a entidade X pode comprar ou não as ações, pois ela adquiriu o direito
quando pagou o prêmio. O valor do prêmio já está garantido para a entidade Y, independente
se as ações serem adquiridas ou não.
Caso 1: A empresa tem a opção de comprar a ação por R$ 100,00 no dia 31/01/2016, confor-
me acordado no dia 01/01/2016. Se, em 31/01/2016, o valor unitário da ação da Petrobrás
fosse, por exemplo, de R$ 120,00, é melhor a empresa exercer a opção de compra e comprar a
ação por R$ 100,00. Observe que se ela comprasse por R$ 100,00, poderia vender depois por
R$ 120,00 e ter um lucro de R$ 20,00 por ação. A empresa vai comprar um bem (ação) por R$
100,00 e que vale no mercado R$ 120,00. Isso só foi possível, pois ela fez um contrato futuro
na data de 01/01/2016.
Caso 2: Se, em 31/01/2016, o valor unitário da ação da Petrobrás fosse, por exemplo, de R$
90,00. Neste caso, a entidade X não exerceria a opção de compra, pois o valor que ela pagaria
para exercer a opção seria maior do que efetivamente a ação está valendo. Assim, a despesa
da entidade X seria somente o valor do prêmio pago de R$ 50,00. Em outras palavras, não é
lógico a empresa adquirir por R$ 100,00, um bem que vale R$ 90,00. É melhor adquirir por R$
90,00. Neste caso, a empresa não exerce seu poder de compra, mas é obrigada a pagar o valor
do prêmio acordado em 01/01/2016.

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O ativo não derivativo é um instrumento financeiro cujo valor não deriva ou não depen-
de do preço, do desempenho de mercado de determinado bem ou da taxa de referência. Por
exemplo, no momento da compra de um título, já se sabe o valor exato da compra.
Logo, o ativo financeiro não derivativo representa direitos financeiros a receber, como con-
tas a receber de clientes e títulos adquiridos de instituições financeiras, em que o montante
não é calculado com base no valor assumido por uma variável, mas sim no valor de aquisição
ou valor a receber.
A partir de agora, vamos estudar instrumentos financeiros com foco em aplicações finan-
ceiras (investimentos temporários) da empresa visando obter rendimentos e lucros.
Porém, o assunto instrumentos financeiros é muito mais amplo e complexo e engloba
não somente o setor privado, mas também o setor público, pois trata de ativos e passivos
financeiros de forma geral. Esclarecemos que, como o nosso foco é concurso, vamos abordar
aquilo que pode ser cobrado em provas.

Mensuração Inicial:
Exceto no caso de contas a receber, a entidade deve mensurar o ativo financeiro pelo seu
valor justo. A melhor evidência do valor justo do instrumento financeiro no reconhecimento
inicial é normalmente o preço de transação (ou custo de aquisição). Por isso, os ativos finan-
ceiros são mensurados inicialmente pelo preço de transação ou custo de aquisição, exceto se
houver na operação algum componente significativo de financiamento.
Mensuração subsequente de ativo financeiro:
Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar o ativo financeiro conforme abaixo:
• ao custo amortizado;
• ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes; ou
• ao valor justo por meio do resultado.

A entidade deve aplicar os requisitos de redução ao valor recuperável na avaliação de ati-


vos financeiros.

Instrumentos Financeiros mensurados ao Custo Amortizado:


Um ativo financeiro é classificado como mensurado ao custo amortizado caso seja man-
tido em um modelo de negócio cujo objetivo seja obter fluxos de caixa contratuais e seus ter-
mos contratuais deem origem a fluxos de caixa que sejam pagamentos somente de Principal
e Juros (o critério de pagamentos “somente P&J”).
No critério de pagamentos “somente P&J”, não se espera obter rendimentos pela valori-
zação do ativo, mas sim para receber pela aplicação financeira o valor do principal investindo
mais os juros ganhos. A sigla P&J significa Principal e Juros.

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Os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado são registrados inicial-


mente pelo valor original (custo de aquisição ou preço de transação) acrescido dos encargos
ou rendimentos financeiros (juros), resultando no valor do título “pelo custo amortizado” ou
“pela curva do papel”.

Com relação aos títulos mensurados ao custo amortizado, a receita de juros, as perdas de
crédito esperadas e os ganhos ou perdas cambiais (aplicação fora do país) são reconhecidos
no resultado. No momento do desreconhecimento, qualquer ganho ou perda é reconhecido
no resultado.
Desreconhecimento – A retirada de ativo financeiro ou passivo financeiro, anteriormente
reconhecido, do balanço patrimonial da entidade. Definição segundo o CPC 48.
Em outras palavras, desreconhecimento significa remoção (baixa) de um ativo do ba-
lanço seja pela venda, pela transferência dos direitos para outra entidade ou pelo término
do contrato.

Explicação do lançamento:
Quando uma empresa adquire uma aplicação financeira ocorre um aumento da conta Tí-
tulos do Governo a receber (direito da empresa) e uma diminuição da conta caixa (pela saída
de bens numerários).

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Ativo  Natureza Devedora  Entrada de Direito  Debita


Caixa  Natureza Devedora  Saída de bens numerários (caixa)  Credita
2) Registro da taxa efetiva de juros de 10% a.a. em dezembro de 2016:
2.1) Juros ativos (Receita) = 10.000,00 x 10% = 1.000,00.

Títulos do Governo Juros Ativos


(1) 10.000 1.000 (2)
(2) 1.000
11.000

Em dezembro de 2016, o valor dos títulos pelo custo amortizado será de:
Títulos (Custo Amortizado) = Custo de aquisição + Juros Ativos.
Títulos (Custo Amortizado) = 10.000 + 1.000 = 11.000,00.

Títulos mensurados pelo “Custo Amortizado”


Custo Amortizado Valor Justo
Não tem ajuste
11.000,00 11.500,00

Neste caso, não há ajuste a valor justo. O título fica registrado “pela curva do papel”, ou
“pelo custo amortizado”, ou seja, pelo custo de aquisição mais os rendimentos apropriados
por competência.

Instrumentos Financeiros mensurados ao Valor Justo por meio de Outros Resultados


Abrangentes (VJORA):
Um ativo financeiro é classificado como VJORA caso ele satisfaça ao critério “somente
P&J” e seja mantido em um modelo de negócios cujo objetivo seja atingido tanto pela obten-
ção de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda do ativo financeiro.
Com relação aos títulos mensurados ao VJORA, a receita de juros, as perdas de crédito
esperadas e os ganhos ou perdas cambiais (aplicação fora do país) são reconhecidos no re-
sultado. Outros ganhos e perdas da mensuração a valor justo são reconhecidos em Outros
Resultados Abrangentes (ORA). No momento do desreconhecimento (baixa ou venda do ati-
vo), os ganhos e perdas acumulados, anteriormente reconhecidos nos ORA, são reclassifica-
dos do patrimônio líquido para o resultado.
Características dos instrumentos financeiros mensurados ao VJORA:
• Constituído pelos ativos financeiros não derivativos que serão mantidos para recebi-
mento dos fluxos de caixa contratuais ou negociados no futuro (data não definida para
alienação), a serem registrados pelo custo amortizado.
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• As contrapartidas do ajuste pela curva (encargos e rendimentos financeiros) vão ao


resultado. Os rendimentos financeiros pela taxa efetiva de juros são contabilizados no
resultado.
• Avaliados ao seu valor justo.
• Os ajustes a valor justo, referente a diferença para mais ou para menos, entre o valor
pela curva de papel (custo de aquisição + juros) e o valor justo, são registrados na con-
ta de Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP), do PL, até que os ativos e passivos sejam
reclassificados ou efetivamente negociados, o que ocorrer primeiro.

Nos instrumentos financeiros mensurados ao VJORA, devemos considerar o valor justo,


ainda que o valor do custo amortizado seja maior ou menor. Assim, depois de reconhecer os
juros referente aos rendimentos, iremos ajustar o valor do custo amortizado (custo de aquisi-
ção + juros) ao valor justo mediante um ajuste.
No caso dos títulos mensurados ao VJORA, os ajustes a valor justo devem ser feitos em
uma conta do Patrimônio Líquido (Ajuste de Avaliação Patrimonial).
Assim, a diferença entre o valor justo e o valor pela curva do papel (custo de aquisição +
juros), no investimento mensurado ao VJORA, não altera o resultado do exercício, porque é
registrado em uma conta patrimonial (a conta Ajuste de Avaliação Patrimonial do Patrimônio
Líquido). Quando o valor da diferença é negativo, debitamos a conta Ajuste de Avaliação Pa-
trimonial (PL). Quando o valor da diferença é positivo, creditamos a conta Ajuste de Avaliação
Patrimonial (PL).
A conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial é uma conta do PL que pode ter saldo credor
ou saldo devedor (neste caso, é uma conta retificadora do PL).
A conta Ajuste de Avaliação Patrimonial depende das variações de aumentos ou diminui-
ções de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação
a valor justo.
A conta Ajuste de Avaliação Patrimonial faz parte dos Outros Resultados Abrangentes.

Instrumentos Financeiros mensurados ao Valor Justo por meio de Resultado (VJR):


Todos os outros ativos financeiros são classificados ao VJR. Aqui temos todos os ativos
financeiros que não são classificados ao custo amortizado ou ao VJORA.
Com relação a ativos em categoria de mensuração subsequente ao VJR, todos os ganhos
e perdas são reconhecidos no resultado.
Características dos instrumentos financeiros mensurados ao VJR:
• Os rendimentos são contabilizados no resultado.
• Avaliados ao seu valor justo (normalmente valor de mercado).
• Os ajustes ao valor justo são contabilizados diretamente no resultado.
• Os outros ganhos e perdas também são contabilizados no resultado.

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No caso dos títulos mensurados ao VJR, os ajustes a valor justo devem ser feitos em uma
conta do resultado (receita ou despesa).
Resumindo a classificação:

Semelhanças e diferenças entre os instrumentos financeiros mensurados ao VJORA e VJR:

Portanto, os instrumentos financeiros mensurados pelo Valor Justo por meio de Resultado
e Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes estão sujeitos a duas atualizações:
1ª Atualização: Igual para os dois instrumentos financeiros. Os rendimentos financeiros
pela taxa efetiva de juros são contabilizados no resultado.

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2ª Atualização: Diferente para os dois instrumentos financeiros. Os ajustes a valor justo,


referente a diferença para mais ou para menos, entre o valor pela curva de papel (custo de
aquisição + juros) e o valor justo, são registrados:
• Nos investimentos mensurados pelo VJR, na conta de resultado do exercício;
• Nos investimentos mensurados pelo VJORA, na conta de Ajuste de Avaliação Patrimo-
nial (AAP), do PL.

Exemplo:
A empresa Aprovados Ltda. adquiriu, em janeiro de 20X0, dois títulos do Governo, que rendem
juros de 10% a.a., com vencimento em dezembro de 20X2, com as seguintes características:

Título Classificação Valor (R$)


1 Valor Justo por meio de Resultado 10.000,00
2 Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes 10.000,00

Vamos agora fazer os registros separadamente para cada investimento:


TÍTULO 1: VALOR JUSTO POR MEIO DE RESULTADO:
2) Registro da taxa efetiva de juros de 10% a.a. em dezembro de 20X0:
2.1) Juros ativos (Receita) = 10.000,00 X 10% = 1.000,00.

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Título “VJR” Juros Ativos


(1) 10.000 1.000 (2)
(2) 1.000
11.000

Explicação do lançamento:
Nesse lançamento, a empresa reconhece a receita de juros por causa do regime de com-
petência, bem como porque não houve o efetivo recebimento dos recursos (dinheiro).
Quando uma empresa ganha os juros ocorre um aumento da conta do título a receber
(direito da empresa) e um aumento de receita (juros ativos).
Ativo  Natureza Devedora  Entrada de Direito  Debita.
Receita de juros  Natureza Credora  Entrada de receita (juros)  Credita.

3) Avaliação a Valor Justo: Com este registro, o título fica contabilizado pelo valor de
11.000. Mas, como o valor justo é de 11.500, precisamos reconhecer uma receita financeira
de 500, resultado da diferença entre o valor justo e o valor pela curva do papel (custo de aqui-
sição + juros):

Receita de ajuste a
Título “VJR”
valor justo
11.000 500 (3)
(3) 500
11.500

Receita de ajuste a valor justo é um tipo de receita financeira.

TÍTULO 2: VALOR JUSTO POR MEIO DE OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES:


4) Registro da taxa efetiva de juros de 10% a.a. em dezembro de 20X0:
4.1) Juros ativos (Receita) = 10.000,00 x 10% = 1.000,00.

Título “VJORA” Juros Ativos


(1) 10.000 1.000 (4)
(4) 1.000
11.000

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5) Avaliação a Valor Justo: Com este registro, o título fica contabilizado pelo valor de
11.000. Mas, como o valor justo é de 11.500, os ajustes a valor justo, resultado da diferença entre o
valor justo e o valor pela curva do papel (custo de aquisição + juros) no valor de 500 (11.500 -
11.000), devem ser registrados em uma conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial do PL:

Ajuste de Avaliação
Título “VJORA”
Patrimonial
11.000 500 (5)
(5) 500
11.500

Professor, e porque debitamos a conta Título “VJORA”?

Título “VJORA” é um direito que a empresa tem perante a terceiros.


Sendo um direito, pertence ao ativo. As contas do ativo aumentam com o débito e dimi-
nuem com o crédito. O título passou de 11.000 para 11.500, logo aumentou o seu valor. Assim,
devemos debitar a conta Título “VJORA” em contrapartida com um crédito na conta de Ajuste
de Avaliação Patrimonial do PL.
Colega, perfeito até aqui? Então, vamos continuar.
Devemos imaginar também que o valor justo pode ser menor que o valor do título. Assim,
para esse mesmo exemplo acima, vamos supor que o valor justo, em dezembro de 20X0, seja
de 10.800,00.
Os lançamentos para registro da compra e da taxa de juros permanecem os mesmos. Po-
rém, temos que atualizar o valor do título ao valor justo.

TÍTULO 1: VALOR JUSTO POR MEIO DE RESULTADO:


6) Avaliação a Valor Justo: Com o registro da taxa de juros, o título fica contabilizado pelo
valor de 11.000. Mas, como o valor justo é de 10.800, precisamos reconhecer uma despesa
financeira de 200, resultado da diferença entre o valor justo e o valor pela curva do papel (custo
de aquisição + juros):
D – Despesa de ajuste a valor justo (resultado)
C – Título “VJR”................................ 200,00

TÍTULO 2: TÍTULO 2: VALOR JUSTO POR MEIO DE OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES:


7) Avaliação a Valor Justo: Com o registro da taxa de juros, o título fica contabilizado pelo
valor de 11.000. Mas, como o valor justo é de 10.800, os ajustes a valor justo, resultado da di-
ferença entre o valor justo e o valor pela curva do papel (custo de aquisição + juros) no valor de
200 (10.800 - 11.000), devem ser debitados em uma conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial:

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D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL)


C – Título “VJORA”.............................. 200,00
Quando o valor justo do título é igual ao valor da curva de papel (custos + encargos), ne-
nhum registro será realizado. Assim, permanece o valor já registrado pela curva de papel, por-
que os dois montantes são iguais.
Resumindo, os instrumentos financeiros avaliados pelo “Custo Amortizado” não são ava-
liados a valor justo. Porém, devem ser reconhecidos os rendimentos ganhos (juros) durante o
período da aplicação financeira.
Ao contrário, os investimentos temporários mensurados pelo “VJR” e os “VJORA” são
avaliados pelo valor justo.
Segue um quadro que simplifica os cálculos:

Instrumentos
Reconhecimento Critérios de Mensuração ao
Financeiros –
dos rendimentos Avaliação valor justo
Ativos Financeiros
Custo Amortizado Resultado Custo Amortizado¹ Não tem ajuste
Valor Justo por meio Ajuste no Resultado
Resultado Valor Justo
de Resultado (VJR) do Exercício
Valor Justo por
meio de Outros Ajuste na conta
Resultados Resultado Valor Justo Ajuste de Avaliação
Abrangentes Patrimonial
(VJORA)
1 – Custo de aquisição mais os rendimentos.

Quadro mais importante, pois com ele você responde quase todas as questões des-
te assunto:

Instrumentos Valor registrado no Valor reconhecido no


Financeiros Balanço Patrimonial Resultado do Exercício
Custo de aquisição + Rendimentos pela taxa de
Custo Amortizado
rendimentos juros
Valor Justo por meio de Valor Justo (–) Custo de
Valor Justo
Resultado (VJR) aquisição¹
Valor Justo por meio
de Outros Resultados Valor Justo Rendimentos²
Abrangentes (VJORA)
1 – Como os rendimentos e os ajustes a valor justo são contabilizados no resultado, podemos calcular dire-
tamente o impacto no resultado por meio da diferença valor justo do título pelo custo de aquisição.

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2 – Os ajustes a valor justo dos títulos VJORA são registrados em conta de PL e não de resultado. Por isso,
em relação a este título, só vai para o resultado o valor dos rendimentos pela taxa de juros.

A entidade deve reconhecer provisão para perdas de crédito esperadas em ativo financeiro
mensurado em recebível de arrendamento, em ativo contratual ou em compromisso de em-
préstimo, e em contrato de garantia financeira aos quais devem ser aplicados os requisitos de
redução ao valor recuperável.
No reconhecimento e mensuração de provisão para perdas de ativos a valor justo será
aplicado os requisitos de redução ao valor recuperável.
Agora vamos treinar para melhorar o entendimento.

004. (FCC/SEFAZ-GO/AUDITOR-FISCAL/2018) A Cia. Recursos Disponíveis realizou três apli-


cações financeiras em 01/12/2017, cujas características são apresentadas na tabela a seguir:

Com base nas informações acima, é correto afirmar que:


a) o valor apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2017 para as três aplicações finan-
ceiras em conjunto foi R$ 1.222.000,00.
b) o impacto reconhecido na Demonstração do Resultado de dezembro de 2017 para as três
aplicações financeiras em conjunto foi R$ 21.000,00 positivo.
c) o valor apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2017 para as três aplicações finan-
ceiras em conjunto foi R$ 1.221.000,00.
d) o impacto reconhecido na Demonstração do Resultado de dezembro de 2017 para as três
aplicações financeiras em conjunto foi R$ 19.000,00 positivo.
e) o valor apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2017 para as três aplicações financei-
ras em conjunto foi R$ 1.219.000,00.

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1. Balanço patrimonial:
1.1. Aplicação financeira mensurada ao custo amortizado:
Este título não é avaliado a valor justo. Este título fica registrado pelo valor aplicado mais os
rendimentos apropriados segundo o regime competência.
Custo Amortizado = 300.000 + 300.000 x 1% = R$ 303.000,00.
As aplicações financeiras mensuradas ao “valor justo por meio de resultado” e “valor justo
por meio de outros resultados abrangentes” são avaliadas a valor justo. Nestes títulos, o valor
que vai para o balanço é o valor justo.
1.2. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio do resultado = R$ 409.000,00.
1.3. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio de outros resultados abrangen-
tes = R$ 507.000,00.
1.4. Valor apresentado na conta aplicações financeiras:
Aplicações financeiras em 31/12/2017 = 303.000 + 409.000 + 507.000.
Aplicações financeiras em 31/12/2017 = R$ 1.219.000,00.
Com isso, o gabarito é a letra E.
2. Demonstração do Resultado:
2.1. Aplicação financeira mensurada ao custo amortizado:
Este título não é avaliado a valor justo. Portanto, deve ser contabilizada uma receita financeira
para o mês de dezembro (01/12 à 31/12/2017).
Receita Financeira = 300.000,00 x 1% = R$ 3.000,00.
2.2. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio do resultado.
Neste título, bastava você saber que o efeito líquido no resultado é encontrado pela diferença
entre o valor justo e o valor aplicado, pois tanto os rendimentos quanto o ajuste a valor juste
são contabilizados no resultado.
Receita Financeira = 409.000 – 400.000 = R$ 9.000,00.
2.3. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes:
A contabilização do ajuste a valor justo não altera o resultado do exercício, pois o valor é con-
tabilizado em conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, do Patrimônio Líquido.
Nesta aplicação, precisamos calcular apenas o rendimento pela taxa de juros:
Receita Financeira = 2% x 500.000 = R$ 10.000,00.
Portanto, a empresa reconheceu na Demonstração de Resultado de dezembro de 2017, refe-
rente aos títulos tomados em conjunto, um resultado financeiro de, em reais,
Receita Financeira Total (2.1)............................ R$ 3.000,00.
Receita Financeira (2.2).................................... R$ 9.000,00.
Receita Financeira (2.3).................................. R$ 10.000,00.
= Valor total que impactou o resultado.............. R$ 22.000,00.
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Método turbo para resolução no dia da prova:


Balanço Patrimonial = 507.000 + (300.000 + 300.000 x 1%) + 409.000 = 1.219.000.
Resultado = 500.000 x 2% + 300.000 x 1% + (409.000 - 400.000) = 10.000 + 3.000 + 9.000 = 22.000.
Letra e.

Instrumentos Financeiros segundo a Lei n. 6.404/1976:


De acordo com a Lei das S/A, art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados
segundo os seguintes critérios:

I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de cré-


ditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para
a venda; e
b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou
contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais
aplicações e os direitos e títulos de crédito.

De acordo com o CPC 38 que foi revogado a partir de 01/01/2018, os grupos de instrumen-
tos financeiros eram os seguintes:
• Empréstimos e Recebíveis;
• Mantidos até o Vencimento;
• Destinados à Negociação;
• Disponível para Venda.

Esta classificação está de acordo com o que vigora na Lei n. 6.404/1976, conforme artigo
183. A classificação acima diverge um pouco em relação ao disposto no CPC 48 que entrou
em vigor no dia 01/01/2018, principalmente em relação às nomenclaturas.
Assim, peço que fiquem ligados nas duas nomenclaturas. Pode ser que a Lei n. 6.404/1976
seja alterada para se adaptar à nova redação dada pelo CPC 48. Fazendo o comparativo, temos
o seguinte:

Classificação atual (CPC 48) Classificação antiga (Lei n. 6.404/1976


Custo Amortizado Mantidos até o vencimento
Valor justo por meio do resultado Destinados à negociação imediata

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Valor justo por meio de outros


Disponíveis para venda futura
resultados abrangentes

Investimentos mantidos até o vencimento:


São ativos financeiros não derivativos, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs)
e as debêntures, com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos e para
os quais a entidade tem intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento.
• APRENDENDO CONCEITOS:

Os investimentos mantidos até o vencimento são registrados inicialmente pelo valor origi-
nal (custo de aquisição ou valor de transação) acrescido dos encargos ou rendimentos finan-
ceiros, resultando no valor do título “pela curva do papel” ou “pelo custo amortizado”.

Caso haja diferença entre o valor do título pela “curva do papel” e o seu valor justo (valor de
mercado), nenhum ajuste será feito, independente se para mais ou para menos. Assim, o título
mantido até o vencimento permanece avaliado “pelo custo amortizado”, ou seja, pelo valor do
custo de aquisição acrescido dos rendimentos financeiros.
Essa classificação corresponde no CPC 48 aos instrumentos financeiros mensurados ao
Custo Amortizado.

Investimentos Destinados à Negociação e Disponíveis para Venda:


Estes investimentos também são chamados, respectivamente, de destinados à negocia-
ção imediata e disponíveis para venda futura, para melhor diferenciá-los.
Aplicações destinadas à negociação: composta pelos ativos e passivos financeiros desti-
nados a serem negociados e já colocados nessa condição de negociação.

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Aplicações disponíveis para venda: constituído pelos ativos financeiros não derivativos
que serão negociados no futuro, a serem registrados pelo custo amortizado.
Nos instrumentos financeiros destinados à negociação e disponível para venda, devemos
considerar o valor justo, ainda que o valor da curva de papel seja maior ou menor. Assim, de-
pois de reconhecer os juros referente aos rendimentos, iremos ajustar o valor da curva de papel
(custo de aquisição + juros) ao valor justo mediante um ajuste.
No caso dos títulos destinados à negociação imediata, os ajustes a valor justo devem ser
feitos em uma conta do resultado (receita ou despesa).
No caso dos títulos disponíveis para venda futura, os ajustes a valor justo devem ser feitos
em uma conta do Patrimônio Líquido (Ajuste de Avaliação Patrimonial).
Assim, a diferença entre o valor justo e o valor pela curva do papel (custo de aquisição
+ juros), no investimento disponíveis para venda futura, não altera o resultado do exercício,
porque é registrado em uma conta patrimonial (a conta Ajuste de Avaliação Patrimonial do
Patrimônio Líquido). Quando o valor da diferença é negativo, debitamos a conta Ajuste de
Avaliação Patrimonial (PL). Quando o valor da diferença é positivo, creditamos a conta Ajuste
de Avaliação Patrimonial (PL).
A conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial é uma conta do PL que pode ter saldo credor
ou saldo devedor (neste caso, é uma conta retificadora do PL).
A conta Ajuste de Avaliação Patrimonial depende das variações de aumentos ou diminui-
ções de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação
a valor justo.
Portanto, os instrumentos financeiros destinados à negociação imediata e os disponíveis
para venda futura estão sujeitos a duas atualizações:
1ª Atualização: Igual para os dois instrumentos financeiros. Os rendimentos financeiros
pela taxa efetiva de juros são contabilizados no resultado.
2ª Atualização: Diferente para os dois instrumentos financeiros. Os ajustes a valor justo,
referente a diferença para mais ou para menos, entre o valor pela curva de papel (custo de
aquisição + juros) e o valor justo, são registrados:
• Nos investimentos destinados à negociação imediata, na conta de resultado do
exercício;
• Nos investimentos disponíveis para venda futura, na conta de Ajuste de Avaliação
Patrimonial (AAP), do PL.

Quando o valor justo do título é igual ao valor da curva de papel (custos + encargos),
nenhum registro será realizado. Assim, permanece o valor já registrado pela curva de papel,
porque os dois montantes são iguais.

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Resumindo, os instrumentos financeiros “mantidos até o vencimento” não são avaliados a


valor justo. Porém, devem ser reconhecidos os rendimentos ganhos (juros) durante o período
da aplicação financeira.
Ao contrário, os investimentos destinados à negociação imediata e os disponíveis para
venda futura são avaliados pelo valor justo.
Segue um quadro que simplifica todo esse procedimento:

Instrumentos Reconhecimento Critérios de Mensuração ao


Financeiros dos rendimentos Avaliação valor justo
Mantidos até o
Resultado Custo de Aquisição¹ Não tem ajuste
Vencimento
Destinados à Ajuste no Resultado
Resultado Valor Justo
Negociação do Exercício
Ajuste na conta
Disponível para
Resultado Valor Justo Ajuste de Avaliação
Venda
Patrimonial

1 - Custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao
valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de
crédito.

Como o ajuste a valor justo dos instrumentos destinados à negociação é feito em conta de
resultado, os cálculos realizados em relação aos juros e ajuste a valor justo das aplicações
destinadas à negociação são os mesmos para cálculo dos instrumentos financeiros mensu-
rados ao Valor Justo por meio de Resultado.
Como o ajuste a valor justo dos instrumentos disponíveis para venda é feito em conta de
Ajuste de Avaliação Patrimonial (Pertence aos Outros Resultados Abrangentes), os cálculos
realizados em relação aos juros e ajuste a valor justo das aplicações disponíveis para venda
são os mesmos para cálculo dos instrumentos financeiros mensurados ao Valor Justo por
meio de Outros Resultados Abrangentes.

Classificação atual (CPC 48) Classificação antiga (Lei n. 6.404/1976


Custo Amortizado Mantidos até o vencimento
Valor justo por meio do resultado Destinados à negociação imediata
Valor justo por meio de outros resultados
Disponíveis para venda futura
abrangentes

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Para realizar os cálculos pela Lei n. 6.404/1976, basta fazer a correlação acima com o
exemplo que fizemos para os instrumentos financeiros do CPC 48.

005. (FCC/SEFAZ-MA/AUDITOR-FISCAL/2016) As aplicações financeiras realizadas por uma


empresa durante o ano de 2015 são apresentadas na tabela abaixo, onde são encontradas as
informações sobre os valores aplicados, as taxas de juros compostos para remuneração, as
datas das aplicações e de vencimentos, a classificação feita pela empresa quanto ao objetivo
em relação a cada aplicação financeira e os valores justos de cada aplicação em 31/12/2015.

Ignorando os valores representativos de centavos, o valor total evidenciado no Balanço Patri-


monial de 31/12/2015 para as três aplicações financeiras em conjunto foi, em reais:
a) 224.946.
b) 225.150.
c) 220.000.
d) 224.796.
e) 225.300.

Questões do modelo antigo. A tendência é cobrar no modelo novo.


De acordo com a Lei das S/A, art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados se-
gundo os seguintes critérios:

I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de crédi-


tos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para
a venda; e
b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou
contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais
aplicações e os direitos e títulos de crédito.

Método turbo para resolução no dia da prova:


O enunciado solicita o valor evidenciado das aplicações no balanço patrimonial. Neste caso,
não precisamos fazer os cálculos dos rendimentos e do ajuste a valor justo das aplicações que

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serão avaliadas a valor justo, pois o valor justo é o valor que vai para o balanço no caso das
aplicações destinadas para venda (ou negociação) imediata e disponíveis para venda futura.
1. APLICAÇÕES DISPONÍVEIS PARA VENDA FUTURA:
Esta aplicação é avaliada pelo valor justo.
Portanto, as aplicações disponíveis para venda futura serão evidenciadas, no Balanço Patri-
monial de 31/12/2015, pelo valor de R$ 82.000,00.
2. APLICAÇÕES DESTINADAS PARA VENDA IMEDIATA:
Esse ativo será avaliado pelo valor justo.
Portanto, as aplicações destinadas para venda imediata serão evidenciadas, no Balanço Pa-
trimonial de 31/12/2015, pelo valor de R$ 51.800,00.
3. APLICAÇÕES MANTIDAS ATÉ O VENCIMENTO:
Valor das aplicações em 01/12/2015 = R$ 90.000,00.
Valor Justo em 31/12/2015 = R$ 91.500,00
Esse título fica registrado pelo valor pago mais os encargos financeiros apropriados segundo
o regime competência.
Os títulos “mantidos até o vencimento” não são avaliados a valor justo.
Portanto, os títulos mantidos até o vencimento serão evidenciados, no Balanço Patrimonial de
31/12/2015, pelo valor de R$ 91.350,00 = 90.000,00 + 1.350,00 (1,5% x 90.000,00).
O valor total das aplicações financeiras em conjunto evidenciadas, no Balanço Patrimonial de
31/12/2014, é igual a R$ 225.150,00 (82.000 + 51.800 + 91.350).
Letra b.

Vamos tratar dois itens literais do CPC 48 que já foram cobrados em prova.
A entidade deve reconhecer um ativo financeiro ou um passivo financeiro em seu balanço
patrimonial, quando, e apenas quando, a entidade se tornar parte das disposições contratuais
do instrumento, e não quando julgar-se economicamente envolvida com o instrumento.
Em outras palavras, o ativo financeiro ou passivo financeiro são reconhecidos quando a
empresa participa das disposições contratuais do instrumento.
De acordo com o CPC 48, a entidade pode, no reconhecimento inicial, designar de modo
irrevogável o ativo financeiro como mensurado ao valor justo por meio do resultado se, ao
fazê-lo, puder eliminar ou reduzir significativamente um descasamento contábil (inconsis-
tência de mensuração ou de reconhecimento).

2.1.5. Estoques

Estoques são contas que representam mercadorias ou produtos que a entidade possui
para revenda, industrialização ou uso. No entanto, para fins de classificação de acordo com

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previsto no art. 179 da Lei das S.A., estoques são considerados como direitos realizáveis no
curso do exercício social subsequente.
De acordo com o Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

As mercadorias adquiridas de terceiros para revenda por uma empresa comercial, por não
estarem envolvidas em atividade de transformação de insumos em outros produtos em geral,
são registradas à conta de Estoques de Mercadorias.
Quanto ao custo de aquisição do estoque, o pronunciamento CPC 16 (R1) determina que:
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transforma-
ção, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localiza-
ção atuais.
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de im-
portação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de
transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos aca-
bados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.
Esquematizando o custo de aquisição dos estoques:

• Os tributos recuperáveis são:


− Matéria-prima: IPI, ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na modalidade não cumula-
tiva).

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− Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na modalidade não
cumulativa).

Descontos comerciais ou incondicionais: são aqueles negociados no momento da com-


pra, sem nenhuma condição. Exemplo: Uma mercadoria que custa R$ 200,00 a unidade, mas,
na negociação, acaba saindo por R$ 180,00. O vendedor concede um desconto de R$ 20,00
para realizar a venda. Esse desconto deve ser deduzido do custo de aquisição do produto, pois
é um desconto comercial.
Desconto financeiro ou condicional: São aqueles concedidos sob condição. Por exemplo,
numa determinada venda, com vencimento em 30 dias, o vendedor pode oferecer um des-
conto de 10% para pagamento em 10 dias. Esse desconto não deve ser deduzido do custo de
aquisição do produto e é contabilizado como Receita Financeira para o comprador.
Abatimento: Ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma loja fecha um
pedido de cadeiras por R$ 50,00 a unidade e, quando recebe as mercadorias, constata que es-
tão com defeito. Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria
não seja devolvida. O abatimento deve ser deduzido do custo de aquisição do produto.
Por fim, já sabemos que o frete e a armazenagem integram o custo das compras de esto-
que. Porém, em determinadas operações, o frete e a armazenagem podem ser despesas. Se-
gue esquematização para diferenciar quando contabilizamos o frete e a armazenagem como
custo ou despesa:

Frete sobre compras (matéria-prima, mercadorias) CUSTO


Frete sobre vendas DESPESA

Armazenagem de matéria-prima CUSTO


Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados DESPESA

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006. (AOCP/PREF. BETIM/AFTM/2020) Uma empresa adquiriu, mercadorias pelo preço de R$


500.000,00. Nesse valor, estavam inclusos R$ 50.000,00 referentes aos tributos recuperáveis
e R$ 20.000,00 de tributos não recuperáveis. Pelo montante da transação, a empresa obteve
um desconto incondicional no valor de R$ 50.000,00, sabendo-se ainda que, na mesma ope-
ração, incorreram nos seguintes gastos:
• Transporte sobre as compras das mercadorias até a sede da empresa no valor de R$
10.000,00.
• Imposto de Importação no valor de R$ 10.000,00.
• Seguro para transporte das mercadorias até a sede da empresa no valor de R$ 5.000,00.

Com base nas informações apresentadas, é correto afirmar que o custo de aquisição das mer-
cadorias adquiridas por essa empresa foi:
a) R$ 425.000,00.
b) R$ 475.000,00.
c) R$ 435.000,00.
d) R$ 405.000,00.
e) R$ 415.000,00.

Como os tributos não recuperáveis já estão embutidos no preço, não precisamos somá-los.
= Preço de aquisição 500.000
(–) desconto incondicional (50.000)
(–) tributos recuperáveis (50.000)
+ impostos de importação 10.000
+ frete s/ compras 10.000

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+ seguro do frete 5.000


= Custo de aquisição 425.000
Letra a.

A mensuração inicial do estoque é pelo método de custo. Depois da compra, a mensura-


ção subsequente é feita conforme a seguir.
Os estoques objeto do Pronunciamento CPC 16 (R1) devem ser mensurados pelo valor de
custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Com isso, os estoques não permane-
cem escriturados por quantias superiores à sua respectiva realização pela venda ou uso.

Valor realizável líquido = PV estimado – custos estimados para sua conclusão – gastos
estimados para concretizar a venda;
De acordo com o CPC 16 (R1), Valor Realizável Líquido é diferente de valor justo.
Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado entre
partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de
fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação
compulsória.
O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com
a venda do estoque no curso normal dos negócios. O valor justo reflete a quantia pela qual o
mesmo estoque pode ser trocado entre compradores e vendedores conhecedores e dispostos
a isso. O primeiro é um valor específico para a entidade, ao passo que o segundo já não é. Por
isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido
dos gastos necessários para a respectiva venda.
Vejamos como os critérios de avaliação dos estoques estão previstos no artigo 183 da
Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
(...)
II – os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim
como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou
produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;
(...)
§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:

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(...)
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mer-
cado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;

Analisando as diferenças, constatamos que:


1) Pela Lei das S/A: Os conceitos de valor justo e preço líquido de realização são
equiparados.
Preço líquido de venda = PV estimado - despesas estimadas de venda - margem de lucro.
2) Pelo CPC (R1): Os conceitos de valor justo e preço líquido de realização são diferentes.
Preço líquido de venda = PV estimado - despesas estimadas de venda.

Professor, tanto a lei das S/A quanto o CPC 16 estabelece que os estoques serão avalia-
dos pelo custo ou valor de mercado, dos dois o menor. No entanto, um associa o valor de
mercado ao valor justo e o outro ao valor realizável líquido. É isso mesmo?

Resposta:
Sim, porém muito cuidado nas provas.
A Lei n. 6.404/1976 é muita antiga, ou seja, está desatualizada. Porém, se cobrar de forma
literal, está correto o que lá menciona.
E cuidado, pois cada uma tem a sua forma de avaliação.
Os estoques objeto do Pronunciamento CPC 16 (R1) devem ser mensurados pelo valor de
custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
E explicamos o que seria valor realizável líquido.
Pela Lei n. 6.404/1976, a avaliação é pelo custo ou valor de mercado, dos dois o menor.
Valor de mercado seria o valor justo.
Cuidado, pois de acordo com o CPC 16, valor justo e valor realização líquido são conceitos
distintos conforme explicamos na aula.
Na prática as duas legislações querem “falar” a mesma coisa, porém, a Lei n. 6.404/1976
está desatualizada.

Perdas estimadas em Estoques:


Os estoques podem perder seu valor pelos seguintes motivos:
1. Perda de valor dos estoques para ajustá-lo ao valor de mercado, quando esta for inferior;
2. Perda de valor dos estoques por desaparecimento, obsolescência ou constatação de di-
ferenças físicas nos estoques, seja por erros ou roubos, que deverão ser estimados ao término
do exercício social.
Em ambos os casos, a perda de valor deverá ser constituída por meio de um débito em
conta de despesa (resultado) em contrapartida a crédito de uma conta de perdas estimadas
(retificadora da conta estoques, no ativo).

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O inciso II, artigo 183, da Lei das S.A., fala em constituição de provisão para ajuste ao valor
de mercado do ativo. No entanto, considerando as recentes normatizações por parte do Comi-
tê de Pronunciamentos Contábeis, ajustes de valores de ativos não se enquadram no conceito
estabelecido de provisão. Assim, utilizaremos a denominação Perdas Estimadas ou, ainda,
Ajustes ao Valor Provável, para representar tais situações em nosso curso. Contudo, em prova,
pode ser que você ainda encontre o termo provisão para denominar estes ajustes.
No caso do motivo 1, 1 as mercadorias são avaliadas pelo custo ou valor de mercado, dos
dois o menor. Assim, devemos verificar se o custo de aquisição dos estoques está desvalori-
zado em relação ao seu valor de mercado (valor esperado de vendas).
Caso se verifique que o valor do custo de aquisição dos estoques está desvalorizado, de-
vemos lançar uma despesa com perda estimada em contrapartida com um crédito na conta
Perdas estimadas com estoques ou Ajuste ao Valor Provável de Realização (conta redutora de
Estoques).

Exemplo: No período 1, a Empresa Aprovados Ltda. tem em seu estoque 100 unidades de
um móvel para escritório adquirido por R$ 100,00 cada. Porém, devido à crise no mercado de
móveis, o valor de venda líquido de cada móvel é de R$ 80,00. Vamos verificar e efetuar o lan-
çamento do valor das perdas.
Em cada unidade do estoque de móveis, a empresa está perdendo R$ 20,00 (100 – 80) em rela-
ção ao valor líquido de realização (valor de mercado). A perda total será de R$ 2.000,00 (100
unidades x R$ 20,00).
Lançamento no livro diário:
D – Despesa com perdas estimadas (Resultado)
C – Perdas estimadas com estoques (Redutora do ativo)......... 2.000,00
Ou
D – Despesa com perdas estimadas (Resultado)
C – Ajuste ao Valor Provável de Realização (Redutora do ativo) 2.000,00
Apresentação no Balanço Patrimonial no período 1:

ATIVO
Ativo Circulante
Estoques 10.000,00¹
(-) Perdas estimadas com estoques (2.000,00)
Total do Ativo = R$ 8.000,00

1 – Custo x quantidade = 100 x 100 unidades

A estimativa de perda com estoques não é uma perda efetiva, mas sim temporária, logo,
pode ser revertida caso o valor realizável líquido supere novamente o valor de custo de aquisi-
ção (reversão é uma receita) limitado ao valor da perda já registrada.
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Aproveitando o mesmo exemplo, vamos supor que no período 2 o valor de cada móvel
para escritório é de R$ 90,00. Com isso, o valor realizável líquido é de R$ 9.000,00 (90 x 1.000).
Comparando este valor com o custo do estoque de R$ 10.000,00, temos que registrar o esto-
que pelo menor montante, que é de R$ 9.000,00. Para chegar a este valor, precisamos fazer
uma reversão de 1.000,00. Segue lançamento contábil:
D – Perdas estimadas com estoques (Redutora do ativo) 1.000,00.
C – Reversão de perdas estimadas com estoques (Receita) 1.000,00.

Apresentação no Balanço Patrimonial no período 2:

ATIVO
Ativo Circulante
Estoques 10.000,00¹
(-) Perdas estimadas com estoques (1.000,00)
Total do Ativo = R$ 9.000,00
1 – Custo x quantidade = 100 x 100 unidades

Professor, e caso o valor realizável líquido fosse de R$ 11.500,00 no período 3?

Neste caso, como o custo de R$ 10.000,00 é menor que o valor realizável líquido, registra-
mos pelo valor de custo, fazendo a reversão dos R$ 1.000,00 ainda registrados como perdas
estimadas com estoques.
D – Perdas estimadas com estoques (Redutora do ativo) 1.000,00.
C – Reversão de perdas estimadas com estoques (Receita) 1.000,00.

Apresentação no Balanço Patrimonial no período 3:

ATIVO
Ativo Circulante
Estoques 10.000,00

Professor, e quando a empresa faz a baixa no estoque?

A empresa baixa o estoque quando o bem é vendido, quando a perda é efetiva (materiais
vencidos ou destruição por incêndio, por exemplo) ou quando a perda estimada é concretiza-
da com a venda do estoque por um valor menor que o custo.
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Lançamento contábil de baixa no estoque:


D – Custo das Mercadorias Vendidas.
C – Estoque.
Ou
D – Perdas efetivas de estoques (Despesa).
C – Estoque.
Ou
D – Perdas estimadas com estoques (Retificadora do Ativo).
C – Estoque.

Estoque de produtos acabados e em elaboração:


Neste tópico, vamos ser bem objetivo, repassando apenas alguns conceitos:
• Os custos dos produtos fabricados incluem a alocação sistemática de todos os custos,
diretos e indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar
os materiais em produtos acabados.
• A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades produzidas deve ser
baseada na capacidade normal de produção.

Isto é estudado em Contabilidade de Custos e não é objeto de detalhamento na nos-


sa matéria.
Para fins de reconhecimento, temos que:
• As perdas normais de produção são apropriadas aos custos.

Exemplo:
Sobras no corte de tecido para fabricação de uma camisa.

• As perdas excepcionais (ou perdas anormais) são apropriadas como despesa, no re-
sultado do exercício.

Exemplo:
Sem intenção, empregado derrama tinta no tecido, perdendo todo o tecido.

Estoque das matérias-primas:


Esquematização dos custos de aquisição das matérias primas:

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Os tributos recuperáveis não integram o custo de aquisição do estoque de matérias pri-


mas. Descontos comerciais e abatimentos também não integram o custo.
Segundo a Lei n. 6.404/1976, art. 183, II, as matérias primas serão avaliadas pelo custo de
aquisição deduzido de provisão para ajustá-la ao valor de mercado (ou valor justo), quando
este for inferior.
O § 1º do art. 183 da Lei n. 6.404/1976, considera valor justo das matérias primas e dos
bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado.
Em regra, os estoques de matérias primas não se destinam a venda. São usadas na fabri-
cação de produtos acabados. Por isso que o valor justo é o preço de reposição. Este é o preço
de venda das matérias primas pelo fornecedor.

007. (INÉDITA/2021) O preço de mercado de bens do almoxarifado e de matérias-primas é o


preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado.

Considera-se valor justo (preço de mercado) das matérias primas e dos bens em almoxarifa-
do, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado. (Lei n. 6.404/1976,
art. 183, § 1º)
Certo.

Estoque de produtos agrícolas e extrativos:


Segundo o art. 183, § 4º, da Lei das S/A: Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas
à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil
aceito pela técnica contábil.
São mercadorias fungíveis aquelas que podem ser substituídas por outras da mesma es-
pécie, qualidade e quantidade. Exemplo: trigo, soja, café, petróleo etc.

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As mercadorias fungíveis são as commodities. Estas possuem cotação na bolsa de mer-


cadoria. Em regra, ficam registradas na contabilidade pela cotação da bolsa. Repare que isso
tira a necessidade de negociação. Esta é a diferença entre as mercadorias fungíveis e as ou-
tras mercadorias. Se uma empresa possui um estoque de, por exemplo, 10 toneladas de soja,
ela conseguirá vender esse estoque pela cotação atual da soja na bolsa de mercadorias.
Por exemplo, uma determinada empresa pode usar aço, borracha, tinta e outras maté-
rias primas que custaram R$ 20.000,00 e construir um carro que será vendido por 35.000,00.
Depois de construído, o carro continua avaliado na contabilidade ao preço de custo de R$
20.000,00.
E porque não podemos avaliar o carro em estoque pelo seu preço de venda, no caso, de
35.000? Afinal, a empresa já finalizou o esforço de fabricação do produto.
Colega, cuidado, pois falta uma parte essencial, que é a validação do mercado. Se a em-
presa conseguir vender o carro por R$ 35.000,00 irá reconhecer uma receita de venda e um
lucro, pois o mercado aceitou esse preço. Contudo, se ninguém quiser comprar o carro por R$
35.000,00, é necessário negociar e eventualmente diminuir o preço.
Logo, por prudência, o carro, apesar de já construído, fica registrado pelo custo, até que o
mercado aceite o preço estabelecido pela empresa. Com as commodities, não há necessida-
de de negociação. O preço já está estabelecido pela cotação em bolsa.

008. (INÉDITA/2021) Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser


avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técni-
ca contábil.

Literalidade do § 4º, art. 183, da Lei n. 6.404/1976.


Certo.

Por hoje é só. Apresento um resumo com os principais pontos vistos na nossa aula para
futuras revisões. Bons estudos!!!

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RESUMO
Perdas Estimadas com Crédito de Liquidação Duvidosa:
1. Constituição de Perdas Estimadas om Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD):
D – Despesa com PECLD (resultado).
C – PECLD (Ret. Ativo).
2. No caso de os créditos serem considerados incobráveis no ano seguinte ao da
constituição:
D – PECLD (Retificadora do ativo).
C – Duplicatas a Receber ou Clientes (ativo).
3. Se as perdas com inadimplência superarem o valor das perdas estimadas no ano ante-
rior, o excesso deverá ser contabilizado em conta do resultado.
D – PECLD (ret. do ativo).
D – Perdas com clientes (resultado).
C – Duplicatas a receber (ativo).
4. A reversão da EPCLD é a contabilização que se faz necessária para reconhecer que
parte dos valores considerado perdidos pela entidade foram, ao longo do exercício seguinte,
recebidos de seus clientes.
D – EPCLD (retificadora do Ativo).
C – Reversão de EPCLD (receita – resultado).
5. Este lançamento ocorre quando a empresa recupera créditos que foram considerados
incobráveis em anos anteriores e acabou sendo dado baixa na conta de direitos a receber.
Com isso, a empresa reconhece uma receita com recuperação de créditos em contrapartida a
um débito em caixa, pela entrada dos recursos:
D – Caixa (ativo).
C – Receita com Recuperação de Crédito (resultado).
Cálculo das Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa:

Exemplo:
A empresa Sortudos apresentou no balanço patrimonial de 20X0 a conta Perdas Estimadas
para Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD) com saldo de R$ 500,00. Todos os valores a
receber foram recebidos durante o ano de 20X1. Logo, antes de fazer a nova estimativa, a
empresa tinha um saldo de R$ 500,00 na conta PECLD.
Ao final do exercício de 20X1 a empresa possuía duplicatas a receber no valor de R$ 100.000,00,
com experiência de perdas no recebimento de créditos, ocorrida nos últimos três anos, em
média de 2%.
Assim, ao contabilizar uma nova provisão no exercício de 20X1:
a) Qual valor deve constar no balanço da conta PDD?

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Teoria da Reversão e Teoria da Complementação.


O saldo da PDD no balanço é de R$ 2.000,00 (2% X 100.000,00).
b) qual o valor da despesa que deverá compor o resultado do exercício:

Teoria da Reversão (correto pela Contabilidade)


Reversão (Receita) = R$ 500,00.
Despesa com PDD = 2% x 100.000 = R$ 2.000,00.

Teoria da Complementação
Despesa com PDD = 2% x 100.000 - 500 = R$ 1.500,00.
Neste caso, aproveitamos o saldo da conta PDD do ano de 20X0 e só contabilizamos o com-
plemento no resultado. Assim, o valor da despesa de 20X1 com PDD é R$ 1.500,00 (2.000,00
- 500,00). Método utilizado pela ESAF.
D – Despesa com devedores duvidosos (resultado).
C – EPCLD (retificadora do Ativo)........................... 1.500,00.

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Classificação dos Instrumentos Financeiros segundo o CPC 48:

Segue um quadro que simplifica os cálculos dos ativos financeiros:

Instrumentos Critérios
Reconhecimento Mensuração ao valor
Financeiros – Ativos de
dos rendimentos justo
Financeiros Avaliação
Custo
Custo Amortizado Resultado Não tem ajuste
Amortizado
Valor Justo por meio de Ajuste no Resultado do
Resultado Valor Justo
Resultado Exercício
Valor Justo por meio
Ajuste na conta Ajuste de
de Outros Resultados Resultado Valor Justo
Avaliação Patrimonial
Abrangentes

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Critérios de Avaliação de Ativos
Feliphe Araújo

Classificação dos Instrumentos Financeiros segundo a Lei n. 6.404/1976:


Quadro mais importante, pois com ele você responde quase todas as questões de Instru-
mentos Financeiros:

Valor registrado
Instrumentos Valor reconhecido no Resultado
no Balanço
Financeiros do Exercício
Patrimonial
Custo de aquisição +
Mantidos até o Vencimento Rendimentos pela taxa de juros
rendimentos
Destinados à Negociação¹ Valor Justo Valor Justo (–) Custo de aquisição
Disponível para Venda Valor Justo Rendimentos²
1 – Os títulos destinados para venda imediata são equivalentes aos títulos destinados à negociação
imediata.
2 – Os ajustes a valor justo dos títulos disponíveis para venda futura são registrados em conta de PL e
não de resultado. Por isso, em relação a este título, só vai para o resultado o valor dos rendimentos pela
taxa de juros.

Critérios de avaliação dos estoques e aplicações financeiras:

Lei n. 6.404/1976: Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguin-
tes critérios:
I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de cré-
ditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para
a venda; e
b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou
contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais
aplicações e os direitos e títulos de crédito.
II – os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim
como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição
ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;
(...)
§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:
(...)
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mer-
cado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;
(...)
§ 4º Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de
mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.

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Critérios de Avaliação de Ativos
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Frete sobre compras (matéria-prima, mercadorias) CUSTO


Frete sobre vendas DESPESA

Armazenagem de matéria-prima CUSTO

Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados DESPESA

Vamos agora treinar o seu aprendizado por meio de exercícios de concursos anteriores.
Primeiramente, apresentamos os mesmos enunciados vistos na teoria. Em seguida, temos
mais questões comentadas.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estaremos à disposição no Fórum. Não deixe de
nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso.
Conte conosco e Firmeza nos Estudo (FÉ)!
Feliphe Araújo

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Critérios de Avaliação de Ativos
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QUESTÕES DE CONCURSO
CESPE

001. (CEBRASPE/TÉCNICO EM CONTABILIDADE-DPE RO/2022) De acordo com a legislação


societária, as aplicações de recursos em ações de outras empresas classificadas como dis-
poníveis para venda devem ser avaliadas no balanço patrimonial utilizando-se como critério o
a) valor justo.
b) método da equivalência patrimonial.
c) custo de aquisição, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior.
d) valor presente.
e) custo de reposição.

002. (CEBRASPE/AUDITOR FISCAL SEFAZ SE/2022) Segundo a legislação societária, deve


ter o seu valor justo representado pelo preço pelo qual possa ser reposto, mediante compra
no mercado,
a) a mercadoria para revenda.
b) a matéria-prima.
c) o imóvel destinado à venda.
d) o instrumento financeiro classificado no ativo circulante ou no realizável a longo prazo.
e) o investimento.

003. (CEBRASPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ RR/2021) No encerramento do último exercício


de uma sociedade que comercializa celulares e outros equipamentos de informática e comu-
nicação, o seu estoque continha 300 unidades de determinado tipo de celular, registrados pelo
valor contábil de R$ 750.000. O preço de comercialização desses celulares pela sociedade era,
até esse momento, de R$ 3.500 cada. Depois de verificar queda significativa das vendas desse
modelo, a sociedade fez uma pesquisa junto a outros revendedores e contatou que seria im-
possível vender esse produto por mais que R$ 2.000, por isso reduziu seu preço de venda para
esse valor. O custo de comercialização de cada unidade desse celular é de R$ 100. Ao mes-
mo tempo, o fornecedor dos celulares informou que seu preço atual para venda no atacado é
de R$ 1.200.
Nessa situação hipotética, a empresa deve
a) Reconhecer uma perda de valor realizável de R$ 600 por celular.
b) Reconhecer uma perda de valor realizável de R$ 1.400 por celular.
c) Utilizar como custo unitário o atual preço de venda do fornecedor.
d) Utilizar como custo o atual preço de venda do fornecedor mais R$ 100 de custo de comer-
cialização.
e) Manter o atual custo histórico e apurar prejuízos nas vendas, se for o caso.

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Critérios de Avaliação de Ativos
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Considerando o disposto no pronunciamento técnico do CPC que trata de instrumentos finan-


ceiros, julgue os itens a seguir.

004. (CEBRASPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS - TCE-


-RJ/2021) Os critérios aplicáveis à mensuração de um ativo financeiro após o seu reconheci-
mento inicial são custo amortizado, valor justo por meio de outros resultados abrangentes e
valor justo por meio do resultado.

005. (CEBRASPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/TCE-


-RJ/2021) Uma carteira de instrumentos financeiros classificados como avaliados ao valor
justo em outros resultados abrangentes, que tenha variação positiva em seu valor justo de um
período contábil a outro, ocasionará um aumento no patrimônio líquido através do incremento
no saldo da conta de ajuste de avaliação patrimonial.
Considere que determinada empresa possua, entre seus ativos, alguns recebíveis oriundos de
vendas a prazo, cujo recebimento não é considerado líquido e certo. Diante dessa situação
hipotética, julgue os itens a seguir.

006. (CEBRASPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2021) O procedimento contábil indicado


para o caso é avaliar tais recebíveis pelo seu valor líquido de realização, efetuando-se os ajus-
tes contábeis necessários para que o valor do patrimônio da empresa passe a refletir as perdas
estimadas relacionadas aos recebíveis cuja liquidação tenha caráter duvidoso.

007. (CEBRASPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2021) As perdas estimadas relacionadas


a recebíveis de liquidação duvidosa devem ser reconhecidas como despesas, em contraparti-
da à própria conta de ativo que representa esses recebíveis.
De acordo com a legislação societária e os padrões contábeis do CPC, julgue o item seguinte,
a respeito dos critérios de avaliação de ativos.
Determinada entidade privada adquiriu, para revenda, mercadorias pelo valor de R$ 500.000.
Com base nesse montante, o fornecedor cobrou, ainda, 10% referentes aos tributos não recu-
peráveis e 5% de frete para entrega.
A partir dessas informações, julgue os itens a seguir.

008. (CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ DF/2020) O gestor contábil deve contabilizar as mer-


cadorias como ativo circulante ao custo de R$ 550.000.

009. (CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ DF/2020) O gestor contábil deve debitar como despe-
sa operacional o valor de R$ 25.000, referente ao valor pago pelo frete.

Julgue o item subsequente, relativos a estoque, conforme as regras estabelecidas pelo CPC.

010. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ AM/2019) A identificação espe-


cífica do custo é o critério de valoração de estoque a ser utilizado para a mensuração dos itens

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de estoque que não são normalmente intercambiáveis e para a atribuição de valor aos bens ou
serviços produzidos e segregados para projetos específicos.

011. (CESPE/PERITO CRIMINAL/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/PC – PE/2016) Os itens que po-


dem ser reconhecidos como custo dos estoques incluem
a) lote de matérias-primas danificado por queda durante seu deslocamento até a área produtiva.
b) salários e encargos do almoxarife responsável pelo estoque de produtos em processamento.
c) custos de telefonia e salários e encargos do departamento de compra de matérias-primas
industrializáveis.
d) fretes e seguros relativos aos produtos acabados comercializados.
e) encargos financeiros cobrados em aquisição de matérias-primas a prazo.

012. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ PA/2020) Uma empresa adquiriu um instrumento


financeiro no valor de R$ 300.000,00, com remuneração estabelecida de R$ 32.500,00 para o
vencimento. No vencimento, esse título possuía valor justo de R$ 340.000,00. Considerando
essa situação e as normas acerca do reconhecimento, da mensuração e do registro das ope-
rações contábeis dessa natureza, assinale a opção correta.
a) Se a empresa avaliar o título pelo custo amortizado na data do vencimento, ela deverá regis-
trar os valores de R$ 7.500,00 e R$ 32.500,00 como receita de juros.
b) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros resultados
abrangentes, ela deverá registrar um crédito de R$ 7.500,00 em conta de ajuste de avaliação
patrimonial em seu patrimônio líquido e um crédito de R$ 32.500,00 na conta receita de juros.
c) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de resultado, ela
deverá registrar apenas o crédito de R$ 40.000,00 em conta de ajuste de avaliação patrimonial
em seu patrimônio líquido.
d) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros resultados
abrangentes, ela deverá registrar um crédito de R$ 40.000,00 em conta de ajuste de avaliação
patrimonial.
e) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo custo amortizado, o registro proporciona-
rá um crédito de R$ 7.500,00 na conta de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido
da empresa e R$ 32.500,00 correspondentes a receita de juros na demonstração do resultado
do exercício.

Julgue os próximos itens, relativos a instrumentos financeiros.

013. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ AM/2019) Uma das condições


necessárias para que um ativo financeiro seja mensurado ao custo amortizado é que esse ativo
financeiro esteja inserido em um modelo de negócios que tenha por objetivo a manutenção de
ativos financeiros em carteira, para receber os fluxos de caixa contratuais deles decorrentes.

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014. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ AM/2019) A opção por designar,


no reconhecimento inicial, um ativo financeiro como mensurado ao valor justo por meio do re-
sultado é uma decisão passível de revogação pela entidade optante quando o descasamento
contábil que motivou tal designação deixar de existir

015. (CESPE/ANALISTA GRS/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/SLU-DF/2019) A conta ajuste de ava-


liação patrimonial, integrante do patrimônio líquido, registra a variação de valor justo de instru-
mentos patrimoniais designados ao valor justo em outros resultados abrangentes (VJORA) e
será creditada quando ocorrer variação positiva desse valor justo.

016. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/CGE CE/2019) Um título público de longo


prazo que renderá juros nos termos do contrato foi adquirido por uma companhia que tem li-
quidez e cotação no mercado.
Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 48 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, assi-
nale a opção correta, a respeito do título mencionado na situação hipotética.
a) Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, os juros contratuais e a di-
ferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da marcação a mercado do título
deverão ser reconhecidos no resultado.
b) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, deverá ser
reconhecida no resultado a diferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da
marcação a mercado do título, mas não os juros contratuais.
c) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, os juros con-
tratuais deverão ser reconhecidos no resultado, mas não a diferença entre os juros contratuais
e as variações decorrentes da marcação a mercado do título.
d) Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, deverão ser reconhecidos
no resultado os juros contratuais, mas não a diferença entre os juros contratuais e as variações
decorrentes da marcação a mercado do título.
e) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio dos outros resultados
abrangentes, deverá ser reconhecida no resultado a diferença entre os juros contratuais e as
variações decorrentes da marcação a mercado do título, mas não os juros contratuais.

017. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-MG/2018) De acordo com o Comitê


de Pronunciamentos Contábeis (CPC), para a apuração do valor realizável líquido do estoque
de produtos semiacabados em uma sociedade empresária industrial, basta que sejam deduzi-
das da receita de venda estimada no curso normal dos negócios as despesas estimadas para
a venda e o
a) custo de oportunidade do negócio.
b) montante de custos gerais para acabamento.
c) custo total estimado para a conclusão do produto.

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d) valor de mercado dos insumos envolvidos na produção.


e) valor dos custos diretos necessários à conclusão do estoque.

018. (CESPE/PERITO CRIMINAL/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/PC – PE/2016) Com referência às


perdas estimadas em crédito de liquidação duvidosa, assinale a opção correta.
a) Notícia veiculada a respeito da recuperação judicial do cliente em atraso caracteriza uma
perda incorrida.
b) A baixa do título considerado incobrável é feita mediante lançamento contábil a crédito dire-
tamente na conta de despesa não operacional.
c) O fato de o cliente estar inadimplente junto a outras entidades não é motivo suficiente para
que a dívida dele seja incluída na estimativa de perdas.
d) As garantias reais não reduzem as perspectivas de perdas com contas a receber.
e) A apuração da estimativa da perda dispensa a análise individual dos títulos em atraso
por cliente.

FCC

019. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRT 4º (RS)/2022) Considerando a


conta de “Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa” (PECLD) segundo as Nor-
mas Brasileiras de Contabilidade, considere:
I – Tem natureza devedora dentro do Balanço Patrimonial Ativo.
II – É uma conta de ajuste na expectativa de recebimento de “Contas a receber” no Balanço
Patrimonial Ativo.
III – Quando há saldo de PECLD registrado em Balanço Patrimonial, a baixa de créditos con-
siderados como incobráveis geram um débito em despesa do exercício contra um crédi-
to em PECLD.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II, apenas.
c) I, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

020. (FCC/AUDITOR DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ AP/2022) No dia 31/10/2016, uma em-


presa realizou aplicações financeiras que remuneram juros compostos por dia corrido, com as
características apresentadas na tabela a seguir:

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Os valores justos apurados para estas aplicações, em 31/12/2016, eram os seguintes:

No Balanço Patrimonial de 31/12/2016, os valores que deveriam ter sido evidenciados para os
títulos mensurados ao valor justo por meio de Outros Resultados Abrangentes, para os títulos
mensurados ao valor justo por meio do Resultado e para os títulos mensurados ao custo amor-
tizado eram, respectivamente e em reais:
a) 816.000,00, 402.000,00 e 202.000,00
b) 814.464,80, 406.425,60 e 204.020,00
c) 814.464,80, 406.425,60 e 202.000,00
d) 800.000,00, 400.000,00 e 204.020,00
e) 816.000,00, 402.000,00 e 204.020,00

Para responder as próximas duas questões, utilize as informações abaixo.

A tabela a seguir apresenta as aplicações financeiras realizadas pela empresa Só Caixa S.A.
no dia 30/11/2021. São apresentadas as características, a forma de mensuração definida pela
empresa e os respectivos valores justos para cada aplicação em 31/12/2021:

021. (FCC/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ AP/2022) O valor total destas aplicações


apresentado no Balanço Patrimonial da empresa Só Caixa S.A., em 31/12/2021, foi, em reais,
a) 453.500,00.
b) 455.500,00.
c) 453.000,00.
d) 452.000,00.
e) 454.500,00.
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022. (FCC/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ AP/2022) O impacto reconhecido no re-


sultado de dezembro de 2021 da empresa Só Caixa S.A., referente às aplicações financeiras
realizadas em 30/11/2021, foi, em reais,
a) 3.500,00.
b) 5.500,00.
c) 3.000,00.
d) 2.000,00.
e) 4.500,00.

023. (FCC/ANALISTA DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ SC/2021) No dia 01/01/2021 uma


empresa realizou aplicações financeiras com vencimento para 2023, cujas características e
forma de mensuração definidas pela empresa para cada aplicação são apresentadas na tabe-
la a seguir:

Com base nessas informações, o a) impacto total reconhecido no resultado de janeiro de 2021
das três aplicações foi R$ 17.500,00.
b) valor total apresentado no balanço patrimonial de 31/01/2021 para as três aplicações foi
R$ 1.203.000,00.
c) valor total apresentado no balanço patrimonial de 31/01/2021 para as três aplicações foi R$
1.210.500,00.
d) impacto total reconhecido no resultado de janeiro de 2021 das três aplicações foi R$ 9.000,00.
e) impacto total reconhecido no resultado de janeiro de 2021 das três aplicações foi R$
10.500,00.

024. (FCC/AUDITOR DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ AP/2022) A tabela a seguir apresen-


ta as informações sobre as vendas realizadas por uma empresa durante o mês de dezem-
bro de 2018:

A empresa praticava em dezembro de 2018 a taxa de juros de 0,7% ao mês para as vendas a
prazo, sendo que a taxa equivalente para o período de 01/12/2018 a 01/03/2020 era 11,03%.

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Os efeitos evidenciados na Demonstração do Resultado do ano de 2018 da empresa, decorren-


tes especificamente das vendas efetuadas durante o mês de dezembro de 2018, foram:
a) Receita de Vendas = R$ 5.220.600,00, apenas.
b) Receita de Vendas = R$ 5.000.000,00, apenas.
c) Receita de Vendas = R$ 5.000.000,00 e Receita Financeira = R$ 14.000,00.
d) Receita de Vendas = R$ 3.000.000,00 e Receita Financeira = R$ 220.600,00.
e) Receita de Vendas = R$ 5.000.000,00 e Receita Financeira = R$ 220.600,00.

025. (FCC/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/TJ MA/2019) A Cia. Beija Flor adquiriu, em


01/12/2018, à vista, mercadorias destinadas à revenda por R$ 150.000,00, sendo que neste va-
lor estavam incluídos tributos recuperáveis de R$ 15.000,00 e tributos não recuperáveis de R$
30.000,00. Adicionalmente, a Cia. Beija Flor contratou e pagou seguro para o transporte destas
mercadorias até o seu depósito, no valor de R$ 10.000,00.
O valor que a Cia. Beija Flor reconheceu na conta Estoque, especificamente em relação a esta
compra, em reais, foi de
a) 115.000,00.
b) 160.000,00.
c) 135.000,00.
d) 145.000,00.
e) 130.000,00.

026. (FCC/ANALISTA/CONTABILIDADE/TRF 2ª REGIÃO/2012) Numa determinada empre-


sa, o valor dos saldos das seguintes contas patrimoniais, após o encerramento das contas de
resultado, era, em R$, de
Disponível............................................................................... 90.000,00
Perdas estimadas em recebíveis no curto prazo.............................. 25.000,00
Estoques............................................................................... 130.000,00
Móveis e Utensílios.................................................................... 50.000,00
Despesas do exercício seguinte.................................................... 35.000,00
Imóveis.................................................................................. 220.000,00
Ativos Intangíveis..................................................................... 60.000,00
Amortização Acumulada............................................................ 25.000,00
Empréstimos de curto prazo a empresas coligadas........................ 105.000,00
Depreciação Acumulada............................................................ 40.000,00
Duplicatas a receber (curto prazo)............................................. 180.000,00
O total do Ativo Circulante da referida empresa nesse exercício social, correspondia, em R$, a
a) 410.000,00.
b) 375.000,00.
c) 435.000,00.

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d) 515.000,00.
e) 540.000,00.

027. (FCC/AUDITOR FISCAL/CONTABILIDADE/SEFAZ-BA/2019) No dia 01/12/2018 a em-


presa Só no Sapatinho S.A. realizou as seguintes vendas de mercadorias:
- Vendas à vista: R$ 500.000,00 - Vendas a prazo: R$ 660.000,00
As vendas a prazo serão recebidas integralmente em 01/12/2020 e a empresa estava pratican-
do para elas, na data da venda, a taxa de juros de 0,398% ao mês, equivalente a 4,88% ao ano e
a 10% para o período de dois anos.
A empresa Só no Sapatinho S.A. reconheceu, na Demonstração do Resultado do ano de 2018,
exclusivamente em relação às vendas efetuadas em 01/12/2018, Receita de Vendas no valor de
a) R$ 1.160.000,00, apenas.
b) R$ 1.100.000,00, apenas.
c) R$ 1.094.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 2.364,12.
d) R$ 1.100.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 2.388,00.
e) R$ 1.160.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 4.616,80.

028. (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/CONTABILIDADE/SABESP/2018) No dia 31/12/2016


uma empresa realizou as seguintes vendas de mercadorias:
− Vendas à vista no valor de R$ 10.000.000,00
− Vendas a prazo no valor nominal de R$ 11.000.000,00 que será recebido integralmente em
31/12/2017. − Na data da venda a empresa praticava a taxa de juros de 10% ao ano nas suas
vendas a prazo.
Em relação às vendas efetuadas em 31/12/2016, é correto afirmar que a empresa deveria
reconhecer:
a) Receita de Vendas no valor de R$ 20.000.000,00 e Receita Financeira no valor de R$
1.000.000,00 no resultado do ano de 2016.
b) Receita de Vendas no valor de R$ 20.000.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita Fi-
nanceira no valor de R$ 1.000.000,00 no resultado do ano de 2017.
c) Receita de Vendas no valor de R$ 10.000.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita de
Vendas no valor de R$ 11.000.000,00 no resultado do ano de 2017.
d) Receita de Vendas no valor de R$ 21.000.000,00 no resultado do ano de 2016, apenas.
e) Receita de Vendas no valor de R$ 10.500.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita de
Vendas no valor de R$ 10.500.000,00 no resultado do ano de 2017.

029. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ - MA/2016) No dia 01/12/2014, a empresa comercial


Facilito A Venda S.A. realizou vendas de mercadorias no valor total de R$ 12.800.000,00, sendo
que R$ 5.000.000,00 foram recebidos à vista e o restante para ser recebido integralmente em

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01/12/2016. Na data da venda, a empresa estava praticando, para as suas vendas a prazo, a
taxa de juros de 1,099% ao mês que corresponde a 30% em 2 anos.
No Balanço Patrimonial da empresa Facilito A Venda S.A. de 31/12/2014, o valor evidenciado
para o saldo a receber das vendas
a) 6.065.940,00.
b) 12.940.672,00.
c) 7.800.000,00.
d) 7.885.722,00.
e) 6.000.000,00.

030. (FCC/CONSULTOR TÉCNICO-LEGISLATIVO/CATEGORIA CONTADOR – CLDF/2018) A


empresa Dinheiro & Cia. realizou 3 aplicações financeiras em 01/12/2017 e as características
de cada uma delas são apresentadas na tabela a seguir:

O valor total apresentado no Balanço Patrimonial da empresa, em 31/12/2017, e o efeito total


apresentado na Demonstração do Resultado de 2017, para as três aplicações em conjunto
foram, respectivamente, em reais,
a) 1.214.000,00 e 16.000,00
b) 1.216.000,00 e 16.000,00
c) 1.214.000,00 e 14.000,00
d) 1.217.500,00 e 17.500,00
e) 1.216.000,00 e 18.000,00

031. (FCC/CONTADOR/ALAP/2020) Em 01/12/2018, a Cia. Líquida realizou três aplicações


financeiras, cujas características são apresentadas na tabela a seguir:

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Considerando as três aplicações financeiras em conjunto, o


a) impacto reconhecido, no resultado de dezembro de 2018, foi R$ 12.000,00 positivo.
b) valor apresentado, em 31/12/2018, no ativo da Cia., foi R$ 610.000,00.
c) valor apresentado, em 31/12/2018, no ativo da Cia., foi R$ 612.000,00.
d) impacto reconhecido, no resultado de dezembro de 2018, foi R$ 10.000,00 positivo.
e) valor apresentado, em 31/12/2018, no ativo da Cia., foi R$ 609.000,00.

032. (FCC/AUDITOR FISCAL/CONTABILIDADE/SEFAZ-BA/2019) No dia 01/12/2018, uma


empresa aplicou R$ 1.800.000,00 em diversos ativos financeiros. As condições negociadas
para cada instrumento financeiro adquirido e a classificação feita pela empresa para cada ins-
trumento foram as seguintes:

O valor total registrado no resultado da empresa, em 2018, decorrente das três aplicações
apresentadas na tabela acima foi, em reais,
a) 15.600,00
b) 20.400 00
c) 22.000,00
d) 17.000,00
e) 18.600,00

033. (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/CONTABILIDADE/SABESP/2018) A Cia. de Águas Marí-


timas adquiriu um estoque de mercadorias para revenda no valor de R$ 500.000,00. A compra
foi realizada no dia 30/12/2017, o prazo para pagamento concedido pelo fornecedor foi de 300
dias e sabe-se que o preço das mercadorias seria R$ 453.000,00 se a compra fosse efetuada à
vista. A Cia. de Águas Marítimas pagou, adicionalmente, R$ 7.000,00 referente a frete e seguro
para retirada das mercadorias junto ao fornecedor. A Cia. possui um estudo estatístico confiá-
vel e auditado por empresa independente e avalia, por este modelo, que as perdas de estoque,
em função do seu processo de armazenagem e distribuição, representa 2% do valor total de
cada compra. Com base nestas informações, os valores líquidos reconhecidos pela Cia. de
Águas Marítimas nas demonstrações contábeis de 2017 foram:
a) Estoque = 443.940,00; Fornecedores a Pagar = 453.000,00; Despesa com Frete = 7.000,00;
Despesa com Impairment = 9.060,00.
b) Estoque = 507.000,00; Fornecedores a Pagar = 500.000,00.

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c) Estoque = 450.800,00; Fornecedores a Pagar = 453.000,00; Despesa com Impairment


= 9.200,00.
d) Estoque = 460.000,00; Fornecedores a Pagar = 500.000,00; Despesa Financeira = 47.000,00.
e) Estoque = 453.000,00; Fornecedores a Pagar = 500.000,00; Despesa com Frete = 7.000,00;
Despesa Financeira = 47.000,00.

034. (FCC/APO/SEAPI/2013) Uma empresa realizou, em 31/12/2012, venda de mercadorias


pelo valor de R$ 100.000,00 que será recebido em março de 2014. Se a venda fosse realizada à
vista, o valor justo cobrado pela empresa seria R$ 80.000,00. O registro contábil a ser realizado
pela empresa, na data da venda, será:
a) Débito: Valores a Receber.......................................... R$ 100.000,00
Débito: Juros a decorrer................................................... R$ 20.000,00
Crédito: Receita de Vendas.............................................. R$ 100.000,00
b) Débito: Valores a Receber.......................................... R$ 100.000,00
Crédito: Receita de Vendas.............................................. R$ 100.000,00
c) Débito: Valores a Receber.......................................... R$ 100.000,00
Crédito: Juros a decorrer.................................................. R$ 20.000,00
Crédito: Receita de Vendas............................................... R$ 80.000,00
d) Débito: Valores a Receber.......................................... R$ 100.000,00
Crédito: Receita de Vendas............................................... R$ 80.000,00
Crédito: Receita de Juros.................................................. R$ 20.000,00
e) Débito: Valores a Receber............................................ R$ 80.000,00
Débito: Juros a decorrer.................................................... R$ 20.000,00
Crédito: Receita de Vendas............................................... R$ 100.000,00

035. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ – MA/2016) Os saldos das contas do Balanço Patrimo-


nial de uma empresa, em 31/12/2014, eram os seguintes, em reais:
Fornecedores................................................................. 30.000,00
Depreciação Acumulada.................................................. 40.000,00
Receitas Antecipadas...................................................... 10.000,00
Estoques....................................................................... 50.000,00
Perdas Estimadas com Clientes........................................ 7.500,00
Caixa e Equivalentes de Caixa.......................................... 10.000,00
Equipamentos................................................................ 200.000,00
Reservas de Lucros......................................................... 17.500,00
Imóveis......................................................................... 100.000,00
Contas a Pagar............................................................... 10.000,00
Capital Social.................................................................. 350.000,00

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Valores a Receber de Clientes........................................... 105.000,00


Os diversos eventos apresentados a seguir, relacionados com os Valores a Receber de Clientes
existentes em 31/12/2014, ocorreram durante o ano de 2015 e nesta ordem:
− Valores a Receber de Clientes no valor total de R$ 10.000,00 foram considerados incobráveis
pela empresa.
− Do saldo remanescente da conta Valores a Receber de Clientes a empresa recebeu 90% em
2015 e o restante será recebido em 2016.
− As vendas a prazo de 2015 que vencerão após 31/12/2015 totalizaram R$ 100.500,00.
− A empresa estimou as prováveis perdas com clientes aplicando o percentual de 4% sobre o
saldo da conta Valores a Receber de Clientes em 31/12/2015.
No resultado de 2015 o valor total registrado de despesas relacionadas com a não realização
de créditos sobre Valores a Receber de Clientes foi, em reais:
a) 4.400,00.
b) 6.900,00.
c) 6.520,00.
d) 14.020,00.
e) 14.400,00.

036. (FCC/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCM – GO/2015) As contas do Balanço Pa-


trimonial de uma empresa, em 31/12/2013, apresentavam os seguintes saldos, em reais:

Os diversos eventos apresentados a seguir, relacionados com os Valores a Receber de Clientes


existentes em 31/12/2013, ocorreram durante o ano de 2014, nesta ordem:
− Créditos com clientes no valor total de R$ 2.000,00 foram considerados incobráveis
pela empresa.
− Do saldo remanescente da conta Valores a Receber de Clientes, a empresa recebeu 90% em
2014 e o restante será recebido em 2015.
− As vendas a prazo de 2014 que vencerão após 31/12/2014 totalizaram R$ 20.100,00.
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Critérios de Avaliação de Ativos
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− A empresa estimou as prováveis Perdas com Clientes aplicando o percentual de 4% sobre o


saldo da conta Valores a Receber de Clientes em 31/12/2014.
No resultado de 2014, o valor total registrado de despesas relacionadas com a não realização
de créditos sobre valores a receber de clientes, em reais, foi
a) 2.804,00.
b) 2.304,00.
c) 2.880,00.
d) 1.380,00.
e) 880,00.

037. (FCC/APOIO ESPECIALIZADO/CONTABILIDADE/TRF 3ª/2014) Em 31/12/2012, a em-


presa Credora S.A. possuía R$ 150.000,00 em duplicatas a receber de clientes e uma esti-
mativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 7.500,00. Em
fevereiro de 2013, o cliente Caloteiro, que devia R$ 4.000,00, se tornou incobrável. Ao registrar
este evento na contabilidade, a empresa Credora S.A.
a) reduziu o total do Ativo.
b) reconheceu um Passivo.
c) reduziu o Patrimônio Líquido.
d) reduziu o saldo da estimativa (EPCLD).
e) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado.

FGV

038. (FGV/AGENTE DE TRIBUTOS/SEFAZ BA/2022) Em relação ao reconhecimento do ajus-


te a valor presente de uma conta a receber no balanço patrimonial de uma entidade, assinale
a afirmativa correta.
a) Incorre apenas quando a conta é de curto prazo.
b) Incorre apenas quando a conta é de longo prazo
c) Incorre apenas quando refletir efeito relevante.
d) Incorre em todas as contas de curto e de longo prazo.
e) Incorre em todas as contas de longo prazo e apenas nas de curto prazo que refletem efeito
relevante.

039. (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ ES/2021) Em relação aos elementos integrantes do ba-


lanço patrimonial, analise as afirmativas a seguir.
I – Componentes do ativo decorrentes de operações de longo prazo.
II – Componentes do passivo decorrentes de operações de longo prazo.
III – Componentes do ativo decorrentes de operações de curto prazo com efeito relevante.
IV – Componentes do passivo decorrentes de operações de curto prazo com efeito relevante.

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Critérios de Avaliação de Ativos
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De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12 - Ajuste a Valor Presente, assinale a opção
que indica as afirmativas que devem ser ajustadas a valor presente.
a) I e II, somente.
b) III e IV, somente.
c) I, II e III, somente.
d) II, III e IV, somente.
e) I, II, III e IV.

040. (FGV/SUPERVISOR/CONTADOR/IMBEL/2021) Uma empresa atacadista apresentava


R$ 100.000 em estoques em 02/01/X0. No mês, todo o estoque foi vendido por R$ 300.000,
sendo que 20% do valor foi recebido no momento da venda e, o restante, deverá ser recebido
em 90 dias. A empresa estima inadimplência de 3%. Assinale a opção que indica, na Demons-
tração do Resultado do Exercício, em 31/01/X0, a contabilização e o valor da conta da despesa
com perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa.
a) Redutora de vendas - R$ 9.000.
b) Redutora de vendas - R$ 7.200.
c) Despesa operacional - R$ 9.000.
d) Despesa operacional - R$ 7.200.
e) Despesa financeira - R$ 9.000.

041. (FGV/SUPERVISOR/CONTADOR/IMBEL/2021) Na contabilização do custo dos esto-


ques, os itens a seguir devem ser reconhecidos na Demonstração do Resultado do Exercício
como despesa do período em que são incorridos, à exceção de um. Assinale-o.
a) Valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção.
b) Impostos de importação e outros tributos, exceto os recuperáveis junto ao Fisco.
c) Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.
d) Despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condi-
ção atuais.
e) Gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre
uma e outra fase de produção.

042. (FGV/COMPRADOR TÉCNICO-IMBEL/REAPLICAÇÃO/2021) Assinale a opção que indi-


ca um exemplo do que deve ser incluído no custo do estoque
a) Impostos de importação e outros tributos que não são recuperáveis junto ao Fisco.
b) Valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros insumos de produção.
c) Gastos com armazenamento que não é necessário ao processo produtivo.

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Critérios de Avaliação de Ativos
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d) Despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condi-
ção atuais.
e) Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.

043. (FGV/COMPRADOR TÉCNICO-IMBEL/REAPLICAÇÃO/2021) Uma loja revendia caixas


de madeira. Em 01/01/X0 ela não possuía caixas em seu estoque. Na data, ela adquiriu trinta
caixas por R$20 cada. Além disso, ela pagou o frete para a entrega das caixas, no valor to-
tal de R$150.
No mês de janeiro, ela vendeu dez caixas por R$30 cada. Em fevereiro, as caixas passaram a
ser vendidas por R$22. No mês, quinze caixas foram vendidas.
Assinale a opção que indica o estoque de caixas em 28/02/X0.
a) R$100.
b) R$110.
c) R$125.
d) R$150.
e) R$330.

044. (FGV/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFAZ-AM/2022) De acordo com


a modificação trazida pela Lei n. 11.941/2009 à Lei n. 6.404/1976, no balanço patrimonial,
as aplicações em instrumentos financeiros e em direitos e títulos de crédito, classificados no
ativo circulante ou no ativo realizável, a longo prazo, são avaliadas pelo seu valor justo no se-
guinte caso:
a) são aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda.
b) são aplicações relevantes para a entidade.
c) dizem respeito a créditos com sociedades controladas.
d) representam investimentos em bancos de primeira linha.
e) dizem respeito a vendas a crédito com empresas no exterior.

045. (FGV/GESTÃO PORTUÁRIA/CODEBA/2016) Em janeiro de 2015, a Cia. X prestou servi-


ços no valor de R$ 100.000 para a Cia. Y. Na data foi acordado que o valor seria recebido inte-
gralmente em março do mesmo ano. No entanto, em fevereiro, a Cia. Y entrou em concordata,
de modo que havia incerteza do pagamento à Cia. X.
Assinale a opção que indica como essa incerteza deve ser reconhecida nas demonstrações
contábeis da Cia. X, em fevereiro de 2015.
a) Dedução da receita na Demonstração do Resultado do Exercício.
b) Dedução do patrimônio líquido no Balanço Patrimonial.
c) Despesa na Demonstração do Resultado do Exercício.
d) Receita na Demonstração do Resultado do Exercício.
e) Diminuição do passivo no Balanço Patrimonial.

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VUNESP

046. (VUNESP/CONTADOR/VALIPREV/2020) A companhia XXX adquiriu, para fins de investi-


mentos, 150 ações da companhia YYY pelo valor unitário de R$ 45,60 em 01/02/2018. Sabe-se que
o contador da entidade reconheceu esse investimento como um instrumento financeiro men-
surado a valor justo para o resultado do exercício. O contador verificou que o preço das ações
da companhia YYY, em 31/12/2018, era de R$ 40,70. Baseando-se nesses dados, o contador
da companhia XXX reconheceu
a) despesa de equivalência patrimonial no valor de R$ 735,00 no ajuste de avaliação patrimonial.
b) despesa de equivalência patrimonial no valor de R$ 735,00 no resultado do exercício.
c) perda na venda de investimentos no valor de R$ 735,00 no resultado do exercício.
d) perda por desvalorização de investimentos no valor de R$ 735,00 no ajuste de avaliação
patrimonial.
e) perda por desvalorização de investimentos no valor de R$ 735,00 no resultado do exercício.

047. (VUNESP/AUDITOR FISCAL/ISS VALINHOS/2019) Uma entidade adquiriu mercadorias


para revenda por R$ 35.000,00, a prazo. Para que as mercadorias estivessem disponíveis para
comercialização, a entidade arcou com um custo adicional de frete no valor de R$ 600,00.
Considerando a situação apresentada, assinale a alternativa sobre o reconhecimento e a men-
suração dessa transação econômica nas Demonstrações Contábeis.
a) A entidade reconheceu mercadorias para revenda no ativo pelo custo de R$ 35.600,00.
b) A entidade reconheceu uma despesa de frete no valor de R$ 600,00.
c) A entidade reconheceu uma saída de caixa no valor de R$ 35.600,00.
d) Foi registrado um imobilizado no valor de R$ 35.000,00.
e) Foi registrado um passivo não circulante no valor de R$ 34.400,00.

Outras Bancas

048. (FSADU/AUDITOR FISCAL – ISS/IMPERATRIZ-MA/2020) O risco de não vir a receber


parcela das vendas realizadas é reconhecido por meio da Provisão para Créditos de Liquidação
Duvidosa (PCLD), pois a “perda” de valor dos títulos a receber da empresa afeta seu patrimô-
nio líquido.
Considere uma empresa que adota como fator de risco para estimar a PCLD 4%, percentual
médio de perdas dos últimos três anos sobre o saldo da conta Clientes na data do balanço de
encerramento. Considere ainda que a empresa é titular de R$ 250.000,00 em Duplicatas a Re-
ceber neste exercício findo e possui um saldo de R$ 8.000,00 na conta retificadora PCLD, então
a despesa contabilizada com a referida provisão no exercício será de:

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a) R$ 2.000,00
b) R$ 18.000,00
c) R$ 10.000,00
d) R$ 10.320,00
e) R$ 2.320,00

049. (CESGRANRIO/TÉCNICO DO BACEN/2010) A empresa comercial GLOBAL S/A apresen-


tou a seguinte posição de estoques de mercadorias destinadas à venda, em 31/12/2008:

Tipo de
Valor de aquisição Valor de mercado
Mercadoria
P 12.500,00 12.300,00
Q 18.900,00 18.100,00
R 35.250,00 36.850,00
S 17.430,00 17.455,00
Considerando exclusivamente os dados acima, o registro de ajuste nos estoques que a empre-
sa deve realizar em 31/12/2008, em reais, será
a) D: Despesas com perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
C: Perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado......... 825,00
b) D: Despesas com perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
C: Estoque de mercadorias............................................... 1.000,00
c) D: Despesas com perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
C: Perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado........ 1.000,00
d) D: Perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
C: Estoque de mercadorias................................................ 825,00
e) D: Perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
C: Receita com ajuste de estoque ao valor de mercado....... 1.825,00

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GABARITO
1. a 37. d
2. b 38. e
3. a 39. e
4. C 40. d
5. C 41. b
6. C 42. a
7. E 43. b
8. E 44. a
9. E 45. c
10. C 46. e
11. b 47. a
12. b 48. c
13. C 49. c
14. E
15. C
16. d
17. c
18. a
19. b
20. e
21. d
22. c
23. e
24. c
25. d
26. a
27. d
28. b
29. a
30. e
31. b
32. a
33. c
34. c
35. b
36. d

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Critérios de Avaliação de Ativos
Feliphe Araújo

GABARITO COMENTADO
CESPE

001. (CEBRASPE/TÉCNICO EM CONTABILIDADE-DPE RO/2022) De acordo com a legislação


societária, as aplicações de recursos em ações de outras empresas classificadas como dis-
poníveis para venda devem ser avaliadas no balanço patrimonial utilizando-se como critério o
a) valor justo.
b) método da equivalência patrimonial.
c) custo de aquisição, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior.
d) valor presente.
e) custo de reposição.

A legislação societária é a Lei n. 6.404/1976.

Critérios de Avaliação do Ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para
venda;
Letra a.

002. (CEBRASPE/AUDITOR FISCAL SEFAZ SE/2022) Segundo a legislação societária, deve


ter o seu valor justo representado pelo preço pelo qual possa ser reposto, mediante compra
no mercado,
a) a mercadoria para revenda.
b) a matéria-prima.
c) o imóvel destinado à venda.
d) o instrumento financeiro classificado no ativo circulante ou no realizável a longo prazo.
e) o investimento.

Lei n. 6.404/1976:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela Lei n. 11.941,
de 2009)
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos,
mediante compra no mercado;
Letra b.

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Critérios de Avaliação de Ativos
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003. (CEBRASPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ RR/2021) No encerramento do último exercício


de uma sociedade que comercializa celulares e outros equipamentos de informática e comu-
nicação, o seu estoque continha 300 unidades de determinado tipo de celular, registrados pelo
valor contábil de R$ 750.000. O preço de comercialização desses celulares pela sociedade era,
até esse momento, de R$ 3.500 cada. Depois de verificar queda significativa das vendas desse
modelo, a sociedade fez uma pesquisa junto a outros revendedores e contatou que seria im-
possível vender esse produto por mais que R$ 2.000, por isso reduziu seu preço de venda para
esse valor. O custo de comercialização de cada unidade desse celular é de R$ 100. Ao mes-
mo tempo, o fornecedor dos celulares informou que seu preço atual para venda no atacado é
de R$ 1.200.
Nessa situação hipotética, a empresa deve
a) Reconhecer uma perda de valor realizável de R$ 600 por celular.
b) Reconhecer uma perda de valor realizável de R$ 1.400 por celular.
c) Utilizar como custo unitário o atual preço de venda do fornecedor.
d) Utilizar como custo o atual preço de venda do fornecedor mais R$ 100 de custo de comer-
cialização.
e) Manter o atual custo histórico e apurar prejuízos nas vendas, se for o caso.

Custo do estoque = 750.000 / 300 = 2.500


Valor realizável líquido = 2.000 – 100 = 1.900
Como o custo é maior que o valor realizável líquido, devemos reconhecer uma perda por
unidade de:
Perda = 2.500 – 1.900 = 600
Letra a.

Considerando o disposto no pronunciamento técnico do CPC que trata de instrumentos finan-


ceiros, julgue os itens a seguir.

004. (CEBRASPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS - TCE-


-RJ/2021) Os critérios aplicáveis à mensuração de um ativo financeiro após o seu reconheci-
mento inicial são custo amortizado, valor justo por meio de outros resultados abrangentes e
valor justo por meio do resultado.

A entidade deve classificar ativos financeiros como subsequentemente mensurados ao custo


amortizado, ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes ou ao valor justo por
meio do resultado com base tanto:

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a) no modelo de negócios da entidade para a gestão dos ativos financeiros; quanto


b) nas características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro.
Esquematizando:

Certo.

005. (CEBRASPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/TCE-


-RJ/2021) Uma carteira de instrumentos financeiros classificados como avaliados ao valor
justo em outros resultados abrangentes, que tenha variação positiva em seu valor justo de um
período contábil a outro, ocasionará um aumento no patrimônio líquido através do incremento
no saldo da conta de ajuste de avaliação patrimonial.

Os instrumentos financeiros classificados como avaliados ao valor justo em outros resultados


abrangentes sofrem variação devido:
• Aos rendimentos  reconhecidos no resultado
• Ao valor justo  reconhecido no Ajuste de Avaliação Patrimonial no PL
Esquematizando:

Certo.

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Considere que determinada empresa possua, entre seus ativos, alguns recebíveis oriundos de
vendas a prazo, cujo recebimento não é considerado líquido e certo. Diante dessa situação
hipotética, julgue os itens a seguir.

006. (CEBRASPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2021) O procedimento contábil indicado


para o caso é avaliar tais recebíveis pelo seu valor líquido de realização, efetuando-se os ajus-
tes contábeis necessários para que o valor do patrimônio da empresa passe a refletir as perdas
estimadas relacionadas aos recebíveis cuja liquidação tenha caráter duvidoso.

A entidade não deve reconhecer como ativo e nem como receita o valor derivado de uma venda
que carrega dúvida quanto ao seu recebimento (direito não líquido e certo). Em outras palavras,
antes da entidade registrar uma receita contábil e as contas a receber, ela deve considerar não
apenas a capacidade como também a intenção do cliente de pagar o que é devido.
Obviamente que a empresa espera que cada cliente pague o que realmente deve, contudo, isso
na prática não acontece, ou seja, dentro da carteira de clientes, a empresa não sabe quem não
irá pagar e, dessa forma, a empresa registra as receitas e as contas a receber e, concomitante-
mente, no momento inicial do registro, a empresa registra uma expectativa de não recebimento
das vendas. Essa expectativa de não recebimento das vendas contabilmente é denominada de
Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação duvidosa (PECLD).

Lei n. 6.404/1976
Critérios de Avaliação do Ativo
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
I – as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de crédi-
tos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou
contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais
aplicações e os direitos e títulos de crédito;
Certo.

007. (CEBRASPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2021) As perdas estimadas relacionadas


a recebíveis de liquidação duvidosa devem ser reconhecidas como despesas, em contraparti-
da à própria conta de ativo que representa esses recebíveis.

O reconhecimento dessa perda estimada é feito pelo seguinte lançamento:


D – Despesa PECLD (despesa)
C – PECLD (retificadora do ativo)

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Logo, não é na própria conta do ativo e sim em uma conta retificadora denominada de Perdas
Estimadas com Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD).
Errado.
De acordo com a legislação societária e os padrões contábeis do CPC, julgue o item seguinte,
a respeito dos critérios de avaliação de ativos.
Determinada entidade privada adquiriu, para revenda, mercadorias pelo valor de R$ 500.000.
Com base nesse montante, o fornecedor cobrou, ainda, 10% referentes aos tributos não recu-
peráveis e 5% de frete para entrega.
A partir dessas informações, julgue os itens a seguir.

008. (CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ DF/2020) O gestor contábil deve contabilizar as mer-


cadorias como ativo circulante ao custo de R$ 550.000.

Conforme determina o Conselho Federal de Contabilidade:

NBC TG 16 (R2) – ESTOQUES


11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importa-
ção e outros tributos (exceto os recuperáveis perante o fisco), bem como os custos de transporte,
seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determina-
ção do custo de aquisição.
O valor correto do ativo circulante é de R$ 575.000, pois o montante pago pelo frete deve com-
por seu custo de aquisição. Na situação:
Mercadorias = R$ 500.000 + R$ 50.000 + R$ 25.000 = R$ 575.000.
Errado.

009. (CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ DF/2020) O gestor contábil deve debitar como despe-
sa operacional o valor de R$ 25.000, referente ao valor pago pelo frete.

O frete é parte integrante do valor de custo da mercadoria, devendo ser contabilizado como
ativo e não como despesa.

NBC TG 16 (R2) – ESTOQUES do Conselho Federal de Contabilidade


11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importa-
ção e outros tributos (exceto os recuperáveis perante o fisco), bem como os custos de transporte,
seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços.

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Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determina-
ção do custo de aquisição.
Errado.

Julgue o item subsequente, relativos a estoque, conforme as regras estabelecidas pelo CPC.

010. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ AM/2019) A identificação espe-


cífica do custo é o critério de valoração de estoque a ser utilizado para a mensuração dos itens
de estoque que não são normalmente intercambiáveis e para a atribuição de valor aos bens ou
serviços produzidos e segregados para projetos específicos.

Segundo o CPC 16, o custo dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis
e de bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser atribuído
pelo uso da identificação específica dos seus custos individuais.
A identificação específica do custo significa que são atribuídos custos específicos a itens iden-
tificados do estoque. Este é o tratamento apropriado para itens que sejam segregados para um
projeto específico, independentemente de eles terem sido comprados ou produzidos.
O custo específico é um critério de avaliação muito usado na indústria aeronáutica, cujas em-
presas possuem itens específicos nos seus estoques.
Certo.

011. (CESPE/PERITO CRIMINAL/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/PC – PE/2016) Os itens que po-


dem ser reconhecidos como custo dos estoques incluem
a) lote de matérias-primas danificado por queda durante seu deslocamento até a área produtiva.
b) salários e encargos do almoxarife responsável pelo estoque de produtos em processamento.
c) custos de telefonia e salários e encargos do departamento de compra de matérias-primas
industrializáveis.
d) fretes e seguros relativos aos produtos acabados comercializados.
e) encargos financeiros cobrados em aquisição de matérias-primas a prazo.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. As matérias-primas danificadas por queda são perdas anormais do processo pro-
dutivo. Essas perdas são reconhecidas como despesa no resultado e não como custo do es-
toque.
b) Certa. O almoxarife é o responsável pela armazenagem das matérias e produtos da empre-
sa. Caso a empresa compre matérias-primas e necessite armazená-las antes da utilização no
processo produtivo, referidos gastos são incluídos no custo da produção.
Resumo:

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Armazenagem de matéria-prima* CUSTO


Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados DESPESA
* Quando destinados a utilização em processo produtivo.

c) Errada. Os gastos administrativos da empresa, a exemplo custos de telefonia e salários e


encargos do departamento de compra de matérias-primas industrializáveis, são reconhecidos
como despesas.
d) Errada. Resumo:

Frete sobre compras (matéria-prima,


CUSTO
mercadorias)
Frete sobre vendas DESPESA

Os fretes e seguros sobre vendas são despesas.


e) Errada. CPC 16 – Estoques:

18. A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A negociação
pode efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por exemplo, uma diferença entre
o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago; essa diferença deve ser
reconhecida como despesa de juros durante o período do financiamento.
Letra b.

012. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ PA/2020) Uma empresa adquiriu um instrumento


financeiro no valor de R$ 300.000,00, com remuneração estabelecida de R$ 32.500,00 para o
vencimento. No vencimento, esse título possuía valor justo de R$ 340.000,00. Considerando
essa situação e as normas acerca do reconhecimento, da mensuração e do registro das ope-
rações contábeis dessa natureza, assinale a opção correta.
a) Se a empresa avaliar o título pelo custo amortizado na data do vencimento, ela deverá regis-
trar os valores de R$ 7.500,00 e R$ 32.500,00 como receita de juros.
b) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros resultados
abrangentes, ela deverá registrar um crédito de R$ 7.500,00 em conta de ajuste de avaliação
patrimonial em seu patrimônio líquido e um crédito de R$ 32.500,00 na conta receita de juros.
c) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de resultado, ela
deverá registrar apenas o crédito de R$ 40.000,00 em conta de ajuste de avaliação patrimonial
em seu patrimônio líquido.
d) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros resultados
abrangentes, ela deverá registrar um crédito de R$ 40.000,00 em conta de ajuste de avaliação
patrimonial.

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e) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo custo amortizado, o registro proporciona-


rá um crédito de R$ 7.500,00 na conta de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido
da empresa e R$ 32.500,00 correspondentes a receita de juros na demonstração do resultado
do exercício.

Segue um quadro para análise dos instrumentos financeiros:

a) Errada. Os instrumentos financeiros avaliados pelo custo amortizado não sofrem ajuste
a valor justo. Somente a remuneração de rendimentos será reconhecida no resultado como
receita financeira.
Receita financeira = 32.500
b) Certa. Os instrumentos financeiros avaliados pelo valor justo por meio dos outros resulta-
dos abrangentes reconhecem a remuneração de nas receitas financeiras e a variação a valor
justo na conta ajuste de avaliação patrimonial (PL).
Receita financeira = 32.500
Variação a Valor Justo = Valor Justo – (Valor inicial + Rendimentos)
Variação a Valor Justo = 340.000 – (300.000 + 32.500)
Variação a Valor Justo = 7.500  ajuste de avaliação patrimonial (PL).
c) Errada. Os instrumentos financeiros avaliados pelo valor justo por meio do resultado reco-
nhecem a remuneração e a variação ao valor justo no resultado.
Receita financeira = 32.500
Variação a Valor Justo = 7.500  Receita financeira no resultado
d) Errada. Ver explicação na letra B.
e) Errada. Ver explicação na letra A.
Letra b.

Julgue os próximos itens, relativos a instrumentos financeiros.

013. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ AM/2019) Uma das condições


necessárias para que um ativo financeiro seja mensurado ao custo amortizado é que esse ativo

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financeiro esteja inserido em um modelo de negócios que tenha por objetivo a manutenção de
ativos financeiros em carteira, para receber os fluxos de caixa contratuais deles decorrentes.

De acordo com o CPC 48, o ativo financeiro deve ser mensurado ao custo amortizado se am-
bas as seguintes condições forem atendidas:

(a) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos
financeiros com o fim de receber fluxos de caixa contratuais; e
(b) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de
caixa que constituam, exclusivamente, pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal
em aberto.
Certo.

014. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ AM/2019) A opção por designar,


no reconhecimento inicial, um ativo financeiro como mensurado ao valor justo por meio do re-
sultado é uma decisão passível de revogação pela entidade optante quando o descasamento
contábil que motivou tal designação deixar de existir

De acordo com o CPC 48, a entidade pode, no reconhecimento inicial, designar de modo irre-
vogável o ativo financeiro como mensurado ao valor justo por meio do resultado se, ao fazê-lo,
puder eliminar ou reduzir significativamente um descasamento contábil (inconsistência de
mensuração ou de reconhecimento).
Errado.

015. (CESPE/ANALISTA GRS/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/SLU-DF/2019) A conta ajuste de ava-


liação patrimonial, integrante do patrimônio líquido, registra a variação de valor justo de instru-
mentos patrimoniais designados ao valor justo em outros resultados abrangentes (VJORA) e
será creditada quando ocorrer variação positiva desse valor justo.

A conta Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP) é destinada às contrapartidas de aumento /


diminuição dos ativos e passivos quando estes são avaliados ao Valor Justo, enquanto não
computados no resultado.

EXEMPLO
Variação positiva de um ativo financeiro avaliado ao Valor Justo por meio de Outros Resulta-
dos Abrangentes.

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D – Ativo Financeiro (ativo)


C – AAP (PL)
Certo.

016. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/CGE CE/2019) Um título público de longo


prazo que renderá juros nos termos do contrato foi adquirido por uma companhia que tem li-
quidez e cotação no mercado.
Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 48 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, assi-
nale a opção correta, a respeito do título mencionado na situação hipotética.
a) Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, os juros contratuais e a di-
ferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da marcação a mercado do título
deverão ser reconhecidos no resultado.
b) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, deverá ser
reconhecida no resultado a diferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da
marcação a mercado do título, mas não os juros contratuais.
c) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, os juros con-
tratuais deverão ser reconhecidos no resultado, mas não a diferença entre os juros contratuais
e as variações decorrentes da marcação a mercado do título.
d) Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, deverão ser reconhecidos
no resultado os juros contratuais, mas não a diferença entre os juros contratuais e as variações
decorrentes da marcação a mercado do título.
e) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio dos outros resultados
abrangentes, deverá ser reconhecida no resultado a diferença entre os juros contratuais e as
variações decorrentes da marcação a mercado do título, mas não os juros contratuais.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, deverão ser reco-
nhecidos no resultado os juros contratuais, mas não a diferença entre os juros contratuais e as
variações decorrentes da marcação a mercado do título.
b) Errada. Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, de-
verá ser reconhecida no resultado os juros contratuais e a diferença entre os juros contratuais
e as variações decorrentes da marcação a mercado do título.
c) Errada. Conforme explicação da letra B.
d) Certa. Conforme explicação da letra A.
e) Errada. Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio dos outros resul-
tados abrangentes, deverá ser reconhecida no resultado os juros contratuais, mas não a dife-
rença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da marcação a mercado do título.
Letra d.

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017. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-MG/2018) De acordo com o Comitê


de Pronunciamentos Contábeis (CPC), para a apuração do valor realizável líquido do estoque
de produtos semiacabados em uma sociedade empresária industrial, basta que sejam deduzi-
das da receita de venda estimada no curso normal dos negócios as despesas estimadas para
a venda e o
a) custo de oportunidade do negócio.
b) montante de custos gerais para acabamento.
c) custo total estimado para a conclusão do produto.
d) valor de mercado dos insumos envolvidos na produção.
e) valor dos custos diretos necessários à conclusão do estoque.

Conforme o CPC 16, temos:

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos
custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a
venda.
Letra c.

018. (CESPE/PERITO CRIMINAL/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/PC – PE/2016) Com referência às


perdas estimadas em crédito de liquidação duvidosa, assinale a opção correta.
a) Notícia veiculada a respeito da recuperação judicial do cliente em atraso caracteriza uma
perda incorrida.
b) A baixa do título considerado incobrável é feita mediante lançamento contábil a crédito dire-
tamente na conta de despesa não operacional.
c) O fato de o cliente estar inadimplente junto a outras entidades não é motivo suficiente para
que a dívida dele seja incluída na estimativa de perdas.
d) As garantias reais não reduzem as perspectivas de perdas com contas a receber.
e) A apuração da estimativa da perda dispensa a análise individual dos títulos em atraso
por cliente.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Certa. Segundo o Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, entre as formas para
registro das estimativas de perdas em créditos de liquidação duvidosa, temos uma denomi-
nada de Perdas Incorridas. De acordo com essa possibilidade, só são registrados como des-
pesas os valores de perdas já de conhecimento da entidade detentora dos créditos. Portanto,
somente inadimplências já existentes, atrasos fora do normal já ocorridos, notícias já veicu-
ladas de falências, recuperação judicial, inadimplência junto a outras entidades etc. são fatos
originadores do reconhecimento de despesas.
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b) Errada. Baixa dos títulos considerados incobráveis:


D – EPCLD (Retificadora do ativo)
C – Duplicatas a Receber ou Clientes (ativo)
A baixa do título considerado incobrável é feita mediante lançamento contábil a crédito direta-
mente na conta de Clientes.
c) Errada. Conforme vimos na assertiva A, inadimplência junto a outras entidades é motivo
suficiente para que a dívida dele seja incluída na estimativa de perdas.
d) Errada. Para os créditos decorrentes de operações com garantia real, como a alienação fi-
duciária ou a hipoteca, não é adequado constituir PECLD. Portanto, as garantias reais reduzem
ou até eliminam as perspectivas de perdas com contas a receber.
e) Errada. A apuração da estimativa da perda não dispensa a análise individual dos títulos em
atraso por cliente.
Letra a.

FCC

019. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRT 4º (RS)/2022) Considerando a


conta de “Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa” (PECLD) segundo as Nor-
mas Brasileiras de Contabilidade, considere:
I – Tem natureza devedora dentro do Balanço Patrimonial Ativo.
II – É uma conta de ajuste na expectativa de recebimento de “Contas a receber” no Balanço
Patrimonial Ativo.
III – Quando há saldo de PECLD registrado em Balanço Patrimonial, a baixa de créditos con-
siderados como incobráveis geram um débito em despesa do exercício contra um crédi-
to em PECLD.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II, apenas.
c) I, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

Vamos analisar cada item:


I – Errada. A conta PECLD é retificadora do ativo e tem natureza credora.
II – Certa. A conta PECLD é uma conta de ajuste e reduz o saldo de “Contas a receber” no Ba-
lanço Patrimonial Ativo.

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III – Errada. Quando há saldo de PECLD registrado em Balanço Patrimonial, a baixa de créditos
considerados como incobráveis geram um débito em PECLD contra um crédito em Contas
a Receber.
D – PECLD
C – Contas a Receber
Letra b.

020. (FCC/AUDITOR DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ AP/2022) No dia 31/10/2016, uma em-


presa realizou aplicações financeiras que remuneram juros compostos por dia corrido, com as
características apresentadas na tabela a seguir:

Os valores justos apurados para estas aplicações, em 31/12/2016, eram os seguintes:

No Balanço Patrimonial de 31/12/2016, os valores que deveriam ter sido evidenciados para os
títulos mensurados ao valor justo por meio de Outros Resultados Abrangentes, para os títulos
mensurados ao valor justo por meio do Resultado e para os títulos mensurados ao custo amor-
tizado eram, respectivamente e em reais:
a) 816.000,00, 402.000,00 e 202.000,00
b) 814.464,80, 406.425,60 e 204.020,00
c) 814.464,80, 406.425,60 e 202.000,00
d) 800.000,00, 400.000,00 e 204.020,00
e) 816.000,00, 402.000,00 e 204.020,00

Método turbo para resolução no dia da prova (Método Feliphe):


As aplicações financeiras mensuradas pelo valor justo por meio de resultados abrangentes e
pelo valor justo por meio de resultado são avaliadas a valor justo, logo, vai para o balanço o
valor justo.
VJ por meio de outros resultados abrangentes = 816.000
VJ por meio do resultado = 402.000
As aplicações financeiras mensuradas pelo custo amortizado não são avaliadas a valor justo.
O cálculo é feito com base em juros compostos.
Juros novembro = 200.000 x 1% = 2.000

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Juros dezembro = 202.000 x 1% = 2.020


Total de juros = 2.000 + 2.020 = 4.020
Custo amortizado = 200.000 + 4.020 = 204.020
Letra e.

Para responder as próximas duas questões, utilize as informações abaixo.

A tabela a seguir apresenta as aplicações financeiras realizadas pela empresa Só Caixa S.A.
no dia 30/11/2021. São apresentadas as características, a forma de mensuração definida pela
empresa e os respectivos valores justos para cada aplicação em 31/12/2021:

021. (FCC/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ AP/2022) O valor total destas aplicações


apresentado no Balanço Patrimonial da empresa Só Caixa S.A., em 31/12/2021, foi, em reais,
a) 453.500,00.
b) 455.500,00.
c) 453.000,00.
d) 452.000,00.
e) 454.500,00.

Método turbo para resolução no dia da prova (Método Feliphe):


Custo amortizado não é avaliado a valor justo.
Custo amortizado = 100.000 + 2% x 100.000 = 102.000
Os outros dois títulos são avaliados a valor justo, logo, vai para o balanço o valor justo.
VJ por meio de outros resultados abrangentes = 201.000
VJ por meio do resultado = 149.000
Valor total das aplicações = 102.000 + 201.000 + 149.000
Valor total das aplicações = 452.000
Letra d.

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022. (FCC/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ AP/2022) O impacto reconhecido no re-


sultado de dezembro de 2021 da empresa Só Caixa S.A., referente às aplicações financeiras
realizadas em 30/11/2021, foi, em reais,
a) 3.500,00.
b) 5.500,00.
c) 3.000,00.
d) 2.000,00.
e) 4.500,00.

O curso amortizado impacta o resultado pelos rendimentos.


Custo amortizado = 2% x 100.000 = 2.000
O título avaliado pelo valor justo por meio de outros resultados abrangentes impacta o resulta-
do pelos rendimentos. O ajuste a valor justo vai para o PL.
VJ por meio de outros resultados abrangentes = 1% x 200.000 = 2.000
O título avaliado pelo valor justo por meio do resultado impacta o resultado pelos rendimentos
e pelo ajuste a valor justo.
VJ por meio do resultado = 149.000 – 150.000 = - 1.000
Impacto total reconhecido no resultado = 2.000 + 2.000 – 1.000
Impacto total reconhecido no resultado = 3.000
Letra c.

023. (FCC/ANALISTA DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ SC/2021) No dia 01/01/2021 uma


empresa realizou aplicações financeiras com vencimento para 2023, cujas características e
forma de mensuração definidas pela empresa para cada aplicação são apresentadas na tabe-
la a seguir:

Com base nessas informações, o


a) impacto total reconhecido no resultado de janeiro de 2021 das três aplicações foi R$
17.500,00.
b) valor total apresentado no balanço patrimonial de 31/01/2021 para as três aplicações foi
R$ 1.203.000,00.

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c) valor total apresentado no balanço patrimonial de 31/01/2021 para as três aplicações foi R$
1.210.500,00.
d) impacto total reconhecido no resultado de janeiro de 2021 das três aplicações foi R$ 9.000,00.
e) impacto total reconhecido no resultado de janeiro de 2021 das três aplicações foi R$
10.500,00.

1. Balanço patrimonial:
1.1. Aplicação financeira mensurada ao custo amortizado
Custo Amortizado = 400.000 + 2% x 400.000 = R$ 408.000
As aplicações financeiras mensuradas ao “valor justo por meio de resultado” e “valor justo por
meio de outros resultados abrangentes” são avaliadas a valor justo. Nestes títulos, o valor que
vai para o balanço é o valor justo.
1.2. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio do resultado = R$ 303.000,00
1.3. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio de outros resultados abrangen-
tes = R$ 498.000,00
1.4. Valor apresentado na conta aplicações financeiras:
Aplicações financeiras = 408.000 + 303.000 + 498.000 = R$ 1.209.000,00
Com isso, eliminamos as letras B e C.
2. Demonstração do Resultado:
2.1. Aplicação financeira mensurada ao custo amortizado
Receita Financeira = 2% x 400.000 = R$ 8.000,00
2.2. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio do resultado
Neste título, bastava você saber que o efeito líquido no resultado é encontrado pela diferença
entre o valor justo e o valor aplicado.
Despesa Financeira = 498.000 – 500.000 = - R$ 2.000,00
2.3. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes
A contabilização do ajuste a valor justo não altera o resultado do exercício, pois o valor é con-
tabilizado em conta do Patrimônio Líquido.
Assim, precisamos calcular apenas o rendimento pela taxa de juros:
Receita Financeira = 1,5% x 300.000 = R$ 4.500,00
Portanto, a empresa reconheceu na Demonstração de Resultado de janeiro de 2021, referente
aos títulos tomados em conjunto, um resultado financeiro de, em reais,
Receita Financeira (2.1).................................... R$ 8.000,00
(-) Despesa Financeira (2.2)............................ (R$ 2.000,00)
Receita Financeira (2.3).................................... R$ 4.500,00
= Valor total que impactou o resultado.............. R$ 10.500,00
Com isso, o gabarito é a letra E.

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Método turbo para resolução no dia da prova:


Balanço Patrimonial
Custo amortizado = 400.000 + 2% x 400.000 = 408.000
VJ por meio de outros resultados abrangentes = 303.000
VJ por meio do resultado = 498.000
Total = 1.209.000
Custo amortizado = 2% x 400.000 = 8.000
VJ por meio de outros resultados abrangentes = 1,5% x 300.000 = 4.500
VJ por meio do resultado = 498.000 – 500.000 = - 2.000
Total = 10.500
Letra e.

024. (FCC/AUDITOR DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ AP/2022) A tabela a seguir apresen-


ta as informações sobre as vendas realizadas por uma empresa durante o mês de dezem-
bro de 2018:

A empresa praticava em dezembro de 2018 a taxa de juros de 0,7% ao mês para as vendas a
prazo, sendo que a taxa equivalente para o período de 01/12/2018 a 01/03/2020 era 11,03%.
Os efeitos evidenciados na Demonstração do Resultado do ano de 2018 da empresa, decorren-
tes especificamente das vendas efetuadas durante o mês de dezembro de 2018, foram:
a) Receita de Vendas = R$ 5.220.600,00, apenas.
b) Receita de Vendas = R$ 5.000.000,00, apenas.
c) Receita de Vendas = R$ 5.000.000,00 e Receita Financeira = R$ 14.000,00.
d) Receita de Vendas = R$ 3.000.000,00 e Receita Financeira = R$ 220.600,00.
e) Receita de Vendas = R$ 5.000.000,00 e Receita Financeira = R$ 220.600,00.

Como a empresa fez uma parte da venda financiada, devemos ajustar a valor presente a venda
a prazo e reconhecer como receita de venda os valores de venda à vista.
Valor Presente = Valor Futuro / (1 + i)n
A taxa de juros de 11,03% refere-se ao período que vai da data da venda até o recebimento.
01/12/2018
Receita de vendas = (2.220.600 / 1,1103) + 1.600.000 + 1.400.000
Receita de vendas = 2.000.000 + 3.000.000 = 5.000.000
31/12/2018

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Em dezembro de 2018, devemos reconhecer a receita financeira de um mês:


Receita Financeira = 0,7% x 2.000.000 = 14.000
Portanto, o gabarito é a letra C.
É importante destacar que o valor da receita financeira a partir de valores da venda a prazo, não
calculando sobre montantes da venda à vista.
Letra c.

025. (FCC/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/TJ MA/2019) A Cia. Beija Flor adquiriu, em


01/12/2018, à vista, mercadorias destinadas à revenda por R$ 150.000,00, sendo que neste va-
lor estavam incluídos tributos recuperáveis de R$ 15.000,00 e tributos não recuperáveis de R$
30.000,00. Adicionalmente, a Cia. Beija Flor contratou e pagou seguro para o transporte destas
mercadorias até o seu depósito, no valor de R$ 10.000,00.
O valor que a Cia. Beija Flor reconheceu na conta Estoque, especificamente em relação a esta
compra, em reais, foi de
a) 115.000,00.
b) 160.000,00.
c) 135.000,00.
d) 145.000,00.
e) 130.000,00.

Segue esquematização que resume o custo que deve ser reconhecido no estoque de mercado-
rias referente a uma compra:

Vamos calcular o valor do estoque com base nas seguintes informações:


O Valor das mercadorias é igual a R$ 150.000,00. Neste valor, já estavam inclusos os tributos
recuperáveis de R$ 15.000,00 e os tributos não recuperáveis de R$ 30.000,00. Assim, como

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os tributos recuperáveis não fazem parte do custo de aquisição dos estoques, eles devem ser
subtraídos do valor da compra.
Os tributos não recuperáveis fazem parte do custo de aquisição do estoque e, por já estarem
inclusos no valor da compra, não devem acrescidos ou subtraídos do valor da compra.
O valor de R$ 10.000,00 pago pelo seguro deve ser adicionado ao valor inicial das compras.
Estoque de Mercadorias = Custo da compra – Tributos recuperáveis + Seguro
Estoque de Mercadorias = 150.000 – 15.000 + 10.000 = R$ 145.000,00
Letra d.

026. (FCC/ANALISTA/CONTABILIDADE/TRF 2ª REGIÃO/2012) Numa determinada empre-


sa, o valor dos saldos das seguintes contas patrimoniais, após o encerramento das contas de
resultado, era, em R$, de
Disponível............................................................................... 90.000,00
Perdas estimadas em recebíveis no curto prazo.............................. 25.000,00
Estoques............................................................................... 130.000,00
Móveis e Utensílios.................................................................... 50.000,00
Despesas do exercício seguinte.................................................... 35.000,00
Imóveis.................................................................................. 220.000,00
Ativos Intangíveis..................................................................... 60.000,00
Amortização Acumulada............................................................ 25.000,00
Empréstimos de curto prazo a empresas coligadas........................ 105.000,00
Depreciação Acumulada............................................................ 40.000,00
Duplicatas a receber (curto prazo)............................................. 180.000,00
O total do Ativo Circulante da referida empresa nesse exercício social, correspondia, em R$, a
a) 410.000,00.
b) 375.000,00.
c) 435.000,00.
d) 515.000,00.
e) 540.000,00.

Cálculo do Ativo Circulante:


Disponível............................................................................... 90.000,00
Duplicatas a receber (curto prazo)............................................. 180.000,00
(-) Perdas estimadas em recebíveis no curto prazo...................... (25.000,00)
Estoques............................................................................... 130.000,00
Despesas do exercício seguinte.................................................... 35.000,00
= Total do Ativo Circulante....................................................... 410.000,00
Classificação das demais contas:
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Móveis e Utensílios e Imóveis: contas do Ativo Não Circulante Imobilizado.


Ativos Intangíveis: conta do Ativo Não Circulante Intangível.
Amortização Acumulada: pode ser uma conta retificadora do Ativo Não Circulante Imobilizado
ou do Ativo Não Circulante Intangível.
Empréstimos de curto prazo a empresas coligadas: conta do Ativo Não Circulante Realizável a
Longo Prazo.
Depreciação Acumulada: conta retificadora do Ativo Não Circulante Imobilizado.
Letra a.

027. (FCC/AUDITOR FISCAL/CONTABILIDADE/SEFAZ-BA/2019) No dia 01/12/2018 a em-


presa Só no Sapatinho S.A. realizou as seguintes vendas de mercadorias:
- Vendas à vista: R$ 500.000,00 - Vendas a prazo: R$ 660.000,00
As vendas a prazo serão recebidas integralmente em 01/12/2020 e a empresa estava pratican-
do para elas, na data da venda, a taxa de juros de 0,398% ao mês, equivalente a 4,88% ao ano e
a 10% para o período de dois anos.
A empresa Só no Sapatinho S.A. reconheceu, na Demonstração do Resultado do ano de 2018,
exclusivamente em relação às vendas efetuadas em 01/12/2018, Receita de Vendas no valor de
a) R$ 1.160.000,00, apenas.
b) R$ 1.100.000,00, apenas.
c) R$ 1.094.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 2.364,12.
d) R$ 1.100.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 2.388,00.
e) R$ 1.160.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 4.616,80.

Inicialmente, vamos responder pelo método detalhado.


As vendas, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação juros e encargos financeiros
referentes à remuneração de um capital no futuro.
O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor presente da transação,
ou seja, o valor que a empresa receberia se a venda fosse realizada à vista.
O valor que ultrapassar o valor de venda à vista das mercadorias deve ser reconhecido como
Receita Financeira a Apropriar ou Ajuste a Valor Presente a Apropriar sobre Clientes (contas
retificadoras do ativo). Vamos fazer os lançamentos:
1. Venda à vista:
D – Caixa
C – Receita de Vendas...................... 500.000,00
2. Venda a Prazo:
D – Clientes....................................... R$ 660.000,00 (valor a receber)
C - Receita de Vendas¹........................ R$ 600.000,00 (valor presente)
C - Receita de Juros a Apropriar²............ R$ 60.000,00 (Ret. do ativo)
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1. Dados para resolução:


Valor futuro das vendas = valor a receber = R$ 660.000,00
Taxa = 10% (0,10) para o prazo total da venda
O valor presente da receita de vendas a prazo é igual a:
Receita de Vendas = vendas a prazo / (1+i)n
Receita de Vendas = 660.000 / (1 + 0,1) = 660.000 / 1,1 = 600.000,00
A taxa de juros compostos cobrada nas vendas a prazo é de 0,398% ao mês, que equiva-
le a uma taxa de juros de 4,88% ao ano e a 10% para o prazo total da venda ocorrida em
01/12/2018 (2 anos).
Assim, os 20% já é a taxa para os dois anos, ou de outra forma:
(1 + 0,398%)24 meses = (1 + 4,88%)2 anos = 1,1
2. Valor da receita financeira a apropriar:
Receita de Juros a Apropriar = 660.000 – 600.000 = R$ 60.000,00
Assim, a receita de vendas é igual a R$ 1.100.000,00 (500.000 + 600.000)
Como a Demonstração do Resultado do Exercício é elaborada em 31/12/2018, a empresa deve
reconhecer a receita financeira referente a um mês (dezembro de 2018) mediante a multipli-
cação da taxa de juros de 0,398% pelo valor à vista das vendas que foram realizadas a prazo.
Assim, a receita financeira é igual a R$ 2.388,00 (0,398% x 600.000,00).
D – Receita de Juros a Apropriar
C – Receita Financeira............................. 2.388,00
Assim, o gabarito é a letra D.
Método turbo de resolução para o dia da prova:
O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor de venda à vista das
mercadorias.
Receita de Vendas = 660.000 / (1 + 0,1) + 500.000
Receita de Vendas = 600.000 + 500.000 = R$ 1.100.000,00
O valor da receita financeira do primeiro mês é calculado mediante a multiplicação da taxa de
juros de 0,398% pelo valor à vista das vendas que foram realizadas a prazo.
Valor à vista das vendas a prazo = vendas a prazo / (1+i)n
Valor à vista das vendas a prazo = 660.000 / (1 + 0,1) = 600.000,00
Receita Financeira = 600.000 x 0,398% = R$ 2.388,00
Letra d.

028. (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/CONTABILIDADE/SABESP/2018) No dia 31/12/2016


uma empresa realizou as seguintes vendas de mercadorias:
− Vendas à vista no valor de R$ 10.000.000,00

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− Vendas a prazo no valor nominal de R$ 11.000.000,00 que será recebido integralmente em


31/12/2017. − Na data da venda a empresa praticava a taxa de juros de 10% ao ano nas suas
vendas a prazo.
Em relação às vendas efetuadas em 31/12/2016, é correto afirmar que a empresa deveria
reconhecer:
a) Receita de Vendas no valor de R$ 20.000.000,00 e Receita Financeira no valor de R$
1.000.000,00 no resultado do ano de 2016.
b) Receita de Vendas no valor de R$ 20.000.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita Fi-
nanceira no valor de R$ 1.000.000,00 no resultado do ano de 2017.
c) Receita de Vendas no valor de R$ 10.000.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita de
Vendas no valor de R$ 11.000.000,00 no resultado do ano de 2017.
d) Receita de Vendas no valor de R$ 21.000.000,00 no resultado do ano de 2016, apenas.
e) Receita de Vendas no valor de R$ 10.500.000,00 no resultado do ano de 2016 e Receita de
Vendas no valor de R$ 10.500.000,00 no resultado do ano de 2017.

O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor presente da transação,
ou seja, o valor que a empresa receberia se a venda fosse realizada à vista.
O montante que ultrapassar o valor de venda à vista das mercadorias deve ser reconhecido
como Receita Financeira a Apropriar ou Ajuste a Valor Presente a Apropriar sobre Clientes
(contas retificadoras do ativo), que será reconhecido como receita financeira de acordo com
o regime de competência.
Receita de Vendas em 2016= 10.000.000 + (11.000.000/1,1)
Receita de Vendas em 2016 = 10.000.000 + 10.000.000 = 20.000.000
O valor da receita financeira do primeiro ano (2017) é calculado mediante a multiplicação da
taxa de juros de 10% pelo valor à vista das vendas que foram realizadas a prazo.
Valor à vista das vendas a prazo = vendas a prazo / (1+i)n
Valor à vista das vendas a prazo = 11.000.000/1,1 = 10.000.000,00
Receita Financeira em 2017 = 10.000.000 x 10% = 1.000.000
Letra b.

029. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ - MA/2016) No dia 01/12/2014, a empresa comercial


Facilito A Venda S.A. realizou vendas de mercadorias no valor total de R$ 12.800.000,00, sendo
que R$ 5.000.000,00 foram recebidos à vista e o restante para ser recebido integralmente em
01/12/2016. Na data da venda, a empresa estava praticando, para as suas vendas a prazo, a
taxa de juros de 1,099% ao mês que corresponde a 30% em 2 anos.
No Balanço Patrimonial da empresa Facilito A Venda S.A. de 31/12/2014, o valor evidenciado
para o saldo a receber das vendas

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a) 6.065.940,00.
b) 12.940.672,00.
c) 7.800.000,00.
d) 7.885.722,00.
e) 6.000.000,00.

Esta questão poderia confundir um pouco os candidatos. O enunciado solicita o saldo a rece-
ber das vendas líquido, ou seja, o valor presente destes valores.
As vendas, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação juros e encargos financeiros
referentes à remuneração de um capital no futuro.
O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor presente da transação,
ou seja, o valor que a empresa receberia se a venda fosse realizada à vista.
O valor que ultrapassar o valor de venda à vista das mercadorias deve ser reconhecido como
Receita Financeira a Apropriar ou Ajuste a Valor Presente a Apropriar sobre Clientes (contas
retificadoras do ativo).
Receita de Vendas = 5.000.000 + (7.800.000/1,30)¹
Receita de Vendas = 5.000.000 + 6.000.000 = R$ 11.000.000,00
1. Valor à vista das vendas a prazo = vendas a prazo / (1+i)n
Vendas a prazo = 12.800.000 – 5.000.000 = R$ 7.800.000,00
Lançamento em 01/12/2014:
D – Caixa........................................... R$ 5.000.000,00
D – Clientes........................................ R$ 7.800.000,00 (valor a receber)
C - Receita de Vendas......................... R$ 11.000.000,00
C - Receita de Juros a Apropriar*........... R$ 1.800.000,00 (Ret. do ativo)
* Valor de receita de juros que a empresa receberá dos clientes. Esta receita será apropriada de
acordo com o regime de competência.
Receita de Juros a apropriar = 12.800.000 – 11.000.000 = R$ 1.800.000,00
O valor da receita financeira do primeiro mês (dezembro de 2014) é calculado mediante a multi-
plicação da taxa de juros de 1,099% pelo valor à vista das vendas que foram realizadas a prazo.
Receita Financeira = 6.000.000 x 1,099% = R$ 65.940,00
Lançamento em 31/12/2014:
D – Receita de Juros a Apropriar
C – Receita Financeira................................ 65.940,00

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Balanço Patrimonial

2. Valor evidenciado para o saldo a receber das vendas líquido.


No Balanço Patrimonial da empresa Facilito A Venda S.A. de 31/12/2014, o valor evidenciado
para o saldo a receber das vendas é igual a R$ 6.065.940,00.
Método turbo de resolução para o dia da prova:
O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor de venda à vista das
mercadorias.
Receita de Vendas = 5.000.000 + (7.800.000/1,30)¹ = R$ 11.000.000,00
1. Valor à vista da venda a prazo = R$ 6.000.000,00
O valor da receita financeira do primeiro mês (dezembro de 2014) é calculado mediante a multi-
plicação da taxa de juros de 1,099% pelo valor à vista das vendas que foram realizadas a prazo.
Receita Financeira = 6.000.000 x 1,099% = R$ 65.940,00
Como não houve recebimento de valores referente à venda no mês de dezembro, o valor eviden-
ciado para o saldo a receber das vendas é igual a R$ 6.065.940,00, conforme cálculo abaixo:
Saldo a receber das vendas = Valor presente em 01/12/2014 + Receita Financeira – Recebi-
mento referente à venda
Saldo a receber das vendas = 6.000.000 + 65.940 – 0 = R$ 6.065.940,00
Letra a.

030. (FCC/CONSULTOR TÉCNICO-LEGISLATIVO/CATEGORIA CONTADOR – CLDF/2018) A


empresa Dinheiro & Cia. realizou 3 aplicações financeiras em 01/12/2017 e as características
de cada uma delas são apresentadas na tabela a seguir:

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O valor total apresentado no Balanço Patrimonial da empresa, em 31/12/2017, e o efeito total


apresentado na Demonstração do Resultado de 2017, para as três aplicações em conjunto
foram, respectivamente, em reais,
a) 1.214.000,00 e 16.000,00
b) 1.216.000,00 e 16.000,00
c) 1.214.000,00 e 14.000,00
d) 1.217.500,00 e 17.500,00
e) 1.216.000,00 e 18.000,00

Primeiro, vamos registrar os juros ganhos no período. Depois, temos que avaliar as aplicações
a valor justo. Por último, reconhecer o valor total apresentado no Balanço e o efeito total apre-
sentado na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
Vamos resolver, inicialmente, pelo método detalhado. Para aqueles que já têm conhecimento
avançado, podem ir direto para o método turbo de resolução.
Legenda:
VJR: Valor Justo por Meio de Resultado
VJORA: Valor Justo por Meio de Outros Resultados Abrangentes
Método detalhado de resolução:
Registro na aquisição dos títulos:
D – Aplicação Financeira – VJORA (Ativo)............... 500.000,00
D – Aplicação Financeira – Custo Amortizado (Ativo) 400.000,00
D – Aplicação Financeira – VJR (Ativo)................... 300.000,00
C – Bancos...................................................... 1.200.000,00
1 – Contabilização dos juros ganhos em dezembro (01 a 31) de 2017:
D – Aplicação Financeira – VJORA (Ativo)
C – Juros ativos (receita)...................... 5.000,00 (1,0% x 500.000)
D – Aplicação Financeira – Custo Amortizado (Ativo)
C – Juros ativos (receita)........................ 8.000,00 (2% x 400.000)
D – Aplicação Financeira – VJR (Ativo)
C – Juros ativos (receita)...................... 4.500,00 (1,5% x 300.000)

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Agora, vamos analisar cada aplicação individualmente.


2 - Aplicação Financeira – Custo Amortizado (Ativo)
A aplicação financeira pelo custo amortizado não é avaliada a valor justo.
Logo, impactam o Balanço e o Resultado os seguintes valores:
Balanço = 400.000 + 8.000 = 408.000,00
Resultado = 8.000,00
3 – Avaliação a valor justo:
3.1 – APLICAÇÃO FINANCEIRA – VALOR JUSTO POR MEIO DE RESULTADO
Com o reconhecimento dos juros, o título fica contabilizado pelo valor de R$ 304.500,00
(300.000 + 4.500). Mas, como o valor justo é de R$ 305.000,00, precisamos reconhecer uma
receita financeira de 500,00 (305.000 – 304.500), resultado da diferença entre o valor justo e o
valor pela curva do papel (custo de aquisição + juros):
D – Aplicação Financeira – VJR (Ativo)
C – Receita de ajuste a valor justo (resultado) ….......... 5.000,00
Logo, impactam o Balanço e o Resultado os seguintes valores:
Balanço = 300.000 + 4.500 + 500 = 305.000,00
Resultado = 4.500 + 500 = 5.000,00
3.2 – APLICAÇÃO FINANCEIRA – VALOR JUSTO POR MEIO DE OUTROS RESULTADOS
ABRANGENTES
Devemos lembrar que o resultado da diferença entre o valor justo e o valor pela curva do papel
(custo de aquisição + juros) é registrado em uma conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, do
PL. Este valor impacta o saldo da conta aplicação financeira no balanço, porém, não altera o
resultado do exercício.
Lançamento:
C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL).... 2.000,00 (503.000 – 505.000*)
C – Aplicação Financeira – VJORA (Ativo)
* Valor antes da avaliação a valor justo = 500.000 (valor aplicado) + 5.000 (Juros ativos) = R$
505.000,00
Os ajustes a valor justo das aplicações financeiras – VJORA - não são contabilizados no resul-
tado do exercício. Como o valor justo de 503.000 é menor que o valor do custo de aquisição
mais os rendimentos, temos um ajuste negativo.
Logo, impactam o Balanço e o Resultado os seguintes valores:
Balanço* = 500.000 + 5.000 - 2.000 = 503.000,00
Resultado = 5.000 = 5.000,00
* Saldo da conta aplicação financeira no balanço.
Agora, vamos encontrar o valor das aplicações financeiras evidenciado no balanço patrimo-
nial e na DRE:

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Balanço Patrimonial
Aplicações financeiras em 31/12/2017 = 408.000 + 305.000 + 503.000
Aplicações financeiras em 31/12/2017 = R$ 1.216.000,00
DRE
Receita Financeira Total (2)............................... R$ 8.000,00
Receita Financeira (3.1).................................... R$ 5.000,00
Receita Financeira (3.2).................................... R$ 5.000,00
= Valor total que impactou o resultado.............. R$ 18.000,00
Com isso, o gabarito é a letra E.
No dia da prova, você precisa resolver mais rápido, pois não podemos perder tempo. Assim,
trago o método turbo de resolução para o dia da prova.
1. Balanço patrimonial:
1.1. Aplicação financeira mensurada ao custo amortizado
Custo Amortizado = 400.000 + 400.000 x 2% = R$ 408.000,00
As aplicações financeiras mensuradas ao “valor justo por meio de resultado” e “valor justo por
meio de outros resultados abrangentes” são avaliadas a valor justo. Nestes títulos, o valor que
vai para o balanço é o valor justo.
1.2. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio do resultado = R$ 305.000,00
1.3. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio de outros resultados abrangen-
tes = R$ 503.000,00
1.4. Valor apresentado na conta aplicações financeiras:
Aplicações financeiras em 31/12/2017 = 408.000 + 305.000 + 503.000
Aplicações financeiras em 31/12/2017 = R$ 1.216.000,00
Com isso, ficamos entre as letras B e E.
2. Demonstração do Resultado:
2.1. Aplicação financeira mensurada ao custo amortizado
Receita Financeira = 400.000,00 x 2% = R$ 8.000,00
2.2. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio do resultado
Neste título, bastava você saber que o efeito líquido no resultado é encontrado pela diferença
entre o valor justo e o valor aplicado.
Receita Financeira = 305.000 – 300.000 = R$ 5.000,00
2.3. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes
A contabilização do ajuste a valor justo não altera o resultado do exercício, pois o valor é con-
tabilizado em conta do Patrimônio Líquido.
Assim, precisamos calcular apenas o rendimento pela taxa de juros:
Receita Financeira = 1% x 500.000 = R$ 5.000,00
Portanto, a empresa reconheceu na Demonstração de Resultado de dezembro de 2017, refe-
rente aos títulos tomados em conjunto, um resultado financeiro de, em reais,

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Receita Financeira Total (2.1)............................ R$ 8.000,00


Receita Financeira (2.2).................................... R$ 5.000,00
Receita Financeira (2.3).................................... R$ 5.000,00
= Valor total que impactou o resultado.............. R$ 18.000,00
Método TURBINADO para resolução no dia da prova:
Balanço Patrimonial = 503.000 + (400.000 + 400.000 x 2%) + 305.000 = 1.216.000
Resultado = 500.000 x 1% + 400.000 x 2% + (305.000 - 300.000) = 5.000 + 8.000 + 5.000 = 18.000
O valor é igual pelos dois métodos e o segundo é bem mais rápido hehehehehe.
Letra e.

031. (FCC/CONTADOR/ALAP/2020) Em 01/12/2018, a Cia. Líquida realizou três aplicações


financeiras, cujas características são apresentadas na tabela a seguir:

Considerando as três aplicações financeiras em conjunto, o


a) impacto reconhecido, no resultado de dezembro de 2018, foi R$ 12.000,00 positivo.
b) valor apresentado, em 31/12/2018, no ativo da Cia., foi R$ 610.000,00.
c) valor apresentado, em 31/12/2018, no ativo da Cia., foi R$ 612.000,00.
d) impacto reconhecido, no resultado de dezembro de 2018, foi R$ 10.000,00 positivo.
e) valor apresentado, em 31/12/2018, no ativo da Cia., foi R$ 609.000,00.

1. Balanço patrimonial:
1.1. Aplicação financeira mensurada ao custo amortizado
Custo Amortizado = 200.000 + 200.000 x 1% = R$ 202.000,00
As aplicações financeiras mensuradas ao “valor justo por meio de resultado” e “valor justo por
meio de outros resultados abrangentes” são avaliadas a valor justo. Nestes títulos, o valor que
vai para o balanço é o valor justo.
1.2. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio do resultado = R$ 305.000,00
1.3. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio de outros resultados abrangen-
tes = R$ 103.000,00
1.4. Valor apresentado na conta aplicações financeiras:
Aplicações financeiras = 202.000 + 103.000 + 305.000 = R$ 610.000,00
Com isso, o gabarito é a letra B.
Já passe para a próxima questão.
Como forma de treinar, vamos explicar o cálculo no resultado.
2. Demonstração do Resultado:
2.1. Aplicação financeira mensurada ao custo amortizado
Receita Financeira = 200.000,00 x 1% = R$ 2.000,00

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2.2. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio do resultado


Neste título, bastava você saber que o efeito líquido no resultado é encontrado pela diferença
entre o valor justo e o valor aplicado.
Receita Financeira = 305.000 – 300.000 = R$ 5.000,00
2.3. Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes
A contabilização do ajuste a valor justo não altera o resultado do exercício, pois o valor é con-
tabilizado em conta do Patrimônio Líquido.
Assim, precisamos calcular apenas o rendimento pela taxa de juros:
Receita Financeira = 2% x 100.000 = R$ 2.000,00
Portanto, a empresa reconheceu na Demonstração de Resultado de dezembro de 2018, refe-
rente aos títulos tomados em conjunto, um resultado financeiro de, em reais,
Receita Financeira (2.1).................................... R$ 2.000,00
Receita Financeira (2.2).................................... R$ 5.000,00
Receita Financeira (2.3).................................... R$ 2.000,00
= Valor total que impactou o resultado.............. R$ 9.000,00
Método TURBINADO para resolução no dia da prova:
Balanço = 200.000 + 1% x 200.000 + 305.000 + 103.000 = 610.000
Resultado = 1% x 200.000 + (305.000 – 300.000) + 2% x 100.000
Resultado = 9.000
Letra b.

032. (FCC/AUDITOR FISCAL/CONTABILIDADE/SEFAZ-BA/2019) No dia 01/12/2018, uma


empresa aplicou R$ 1.800.000,00 em diversos ativos financeiros. As condições negociadas
para cada instrumento financeiro adquirido e a classificação feita pela empresa para cada ins-
trumento foram as seguintes:

O valor total registrado no resultado da empresa, em 2018, decorrente das três aplicações
apresentadas na tabela acima foi, em reais,
a) 15.600,00
b) 20.400 00
c) 22.000,00
d) 17.000,00
e) 18.600,00

Método turbo para resolução no dia da prova:


Demonstração do Resultado:
Aplicação financeira mensurada ao custo amortizado

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Este título não é avaliado a valor justo. Portanto, deve ser contabilizada uma receita financeira
para o mês de dezembro (01/12 à 31/12/2018).
Receita Financeira = 300.000,00 x 1,2% = R$ 3.600,00
Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio do resultado
Neste título, bastava você saber que o efeito líquido no resultado é encontrado pela diferença
entre o valor justo e o valor aplicado.
Receita Financeira = 805.000 – 800.000 = R$ 5.000,00
Aplicação Financeira mensurada ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes
A contabilização do ajuste a valor justo não altera o resultado do exercício, pois o valor é con-
tabilizado em conta do Patrimônio Líquido.
Assim, precisamos calcular apenas o rendimento pela taxa de juros:
Receita Financeira = 1% x 700.000 = R$ 7.000,00
Portanto, a empresa reconheceu na Demonstração de Resultado de dezembro de 2018, refe-
rente aos títulos tomados em conjunto, um resultado financeiro de, em reais,
Valor total registrado no resultado = 3.600 + 5.000 + 7.000 = R$ 15.600,00
Letra a.

033. (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/CONTABILIDADE/SABESP/2018) A Cia. de Águas Marí-


timas adquiriu um estoque de mercadorias para revenda no valor de R$ 500.000,00. A compra
foi realizada no dia 30/12/2017, o prazo para pagamento concedido pelo fornecedor foi de 300
dias e sabe-se que o preço das mercadorias seria R$ 453.000,00 se a compra fosse efetuada à
vista. A Cia. de Águas Marítimas pagou, adicionalmente, R$ 7.000,00 referente a frete e seguro
para retirada das mercadorias junto ao fornecedor. A Cia. possui um estudo estatístico confiá-
vel e auditado por empresa independente e avalia, por este modelo, que as perdas de estoque,
em função do seu processo de armazenagem e distribuição, representa 2% do valor total de
cada compra. Com base nestas informações, os valores líquidos reconhecidos pela Cia. de
Águas Marítimas nas demonstrações contábeis de 2017 foram:
a) Estoque = 443.940,00; Fornecedores a Pagar = 453.000,00; Despesa com Frete = 7.000,00;
Despesa com Impairment = 9.060,00.
b) Estoque = 507.000,00; Fornecedores a Pagar = 500.000,00.
c) Estoque = 450.800,00; Fornecedores a Pagar = 453.000,00; Despesa com Impairment
= 9.200,00.
d) Estoque = 460.000,00; Fornecedores a Pagar = 500.000,00; Despesa Financeira = 47.000,00.
e) Estoque = 453.000,00; Fornecedores a Pagar = 500.000,00; Despesa com Frete = 7.000,00;
Despesa Financeira = 47.000,00.

O preço das mercadorias reconhecido na conta estoques é o valor presente do total a pagar
na data do vencimento da obrigação, ou seja, é o preço das mercadorias se a compra fosse
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efetuada com pagamento à vista. Portanto, o estoque será inicialmente reconhecido pelo valor
de R$ 460.000,00, conforme cálculo abaixo:
Preço da mercadoria à vista.................. 453.000,00
+ Frete................................................. 7.000,00
= Estoque de Mercadorias.................... 460.000,00
A diferença entre o valor a prazo e o valor à vista de R$ 47.000,00 (500.000 – 453.000) deve ser
reconhecido, inicialmente, como encargos financeiros a transcorrer (conta retificadora do pas-
sivo), devendo ser apropriado como despesa financeira durante o período do financiamento, de
acordo com o regime de competência.
Lançamento de aquisição do estoque:
D – Estoque (Ativo)............................................................ R$ 460.000,00
D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Retif. do Passivo)........ R$ 47.000,00
C – Fornecedores (Passivo).................................................. R$ 500.000,00
C – Caixa (Ativo)................................................................... R$ 7.000,00
De acordo com o CPC 16 (R1), os estoques devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou
valor realizável líquido, dos dois o menor.
Ainda, de acordo com o item 28 do CPC 16 (R1), temos que:

28. O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques estiverem danificados, se
se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. O
custo dos estoques pode também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou
os custos estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado. A prática de re-
duzir o valor de custo dos estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente com
o ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que
se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso.
Assim, como o enunciado afirmou que as perdas com estoques decorrentes de armazenagem
e distribuição representa 2% do valor total adquirido em cada compra, devemos contabilizar a
perda da seguinte maneira:
D – Despesa com Impairment (Resultado).......... R$ 9.200,00 (2% x 460.000)
C – Estoque¹ (Ativo)....................................... R$ 9.200,00
1. A baixa foi realizada diretamente no estoque, porque é uma perda permanente.
Agora, considerando os dois lançamentos, vamos verificar os impactos nas contas patrimo-
niais e de resultado:
Estoque = 460.000 – 9.200 = R$ 450.800;
Passivo (Fornecedores a Pagar) = 500.000 – 47.000 = R$ 453.000;
Despesa com Impairment = R$ 9.200.
Letra c.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Critérios de Avaliação de Ativos
Feliphe Araújo

034. (FCC/APO/SEAPI/2013) Uma empresa realizou, em 31/12/2012, venda de mercadorias


pelo valor de R$ 100.000,00 que será recebido em março de 2014. Se a venda fosse realizada à
vista, o valor justo cobrado pela empresa seria R$ 80.000,00. O registro contábil a ser realizado
pela empresa, na data da venda, será:
a) Débito: Valores a Receber.......................................... R$ 100.000,00
Débito: Juros a decorrer................................................... R$ 20.000,00
Crédito: Receita de Vendas.............................................. R$ 100.000,00
b) Débito: Valores a Receber.......................................... R$ 100.000,00
Crédito: Receita de Vendas.............................................. R$ 100.000,00
c) Débito: Valores a Receber.......................................... R$ 100.000,00
Crédito: Juros a decorrer.................................................. R$ 20.000,00
Crédito: Receita de Vendas............................................... R$ 80.000,00
d) Débito: Valores a Receber.......................................... R$ 100.000,00
Crédito: Receita de Vendas............................................... R$ 80.000,00
Crédito: Receita de Juros.................................................. R$ 20.000,00
e) Débito: Valores a Receber............................................ R$ 80.000,00
Débito: Juros a decorrer.................................................... R$ 20.000,00
Crédito: Receita de Vendas............................................... R$ 100.000,00

As vendas, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação juros e encargos financeiros
referentes à remuneração de um capital no futuro.
O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor presente da transação,
ou seja, o valor que a empresa receberia se a venda fosse realizada à vista.
O valor que ultrapassar o valor de venda à vista das mercadorias deve ser reconhecido como
Receita Financeira a Apropriar ou Ajuste a Valor Presente a Apropriar sobre Clientes (contas
retificadoras do ativo).
Valor da venda a prazo = R$ 100.000,00
Valor da venda à vista = R$ 80.000,00
Receita Financeira a Apropriar = 100.000 – 80.000 = R$ 20.000,00
O registro contábil a ser realizado pela empresa, na data da venda, será:
D – Valores a Receber (Ativo Não Circulante).......................... 100.000,00
C – Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes (Ret. do AÑC).. 20.000,00
C – Receita de Vendas (Resultado).......................................... 80.000,00
A banca chamou o Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes de Juros a decorrer.
Letra c.

035. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ – MA/2016) Os saldos das contas do Balanço Patrimo-


nial de uma empresa, em 31/12/2014, eram os seguintes, em reais:
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Critérios de Avaliação de Ativos
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Fornecedores................................................................. 30.000,00
Depreciação Acumulada.................................................. 40.000,00
Receitas Antecipadas...................................................... 10.000,00
Estoques....................................................................... 50.000,00
Perdas Estimadas com Clientes........................................ 7.500,00
Caixa e Equivalentes de Caixa.......................................... 10.000,00
Equipamentos................................................................ 200.000,00
Reservas de Lucros......................................................... 17.500,00
Imóveis......................................................................... 100.000,00
Contas a Pagar............................................................... 10.000,00
Capital Social.................................................................. 350.000,00
Valores a Receber de Clientes........................................... 105.000,00
Os diversos eventos apresentados a seguir, relacionados com os Valores a Receber de Clientes
existentes em 31/12/2014, ocorreram durante o ano de 2015 e nesta ordem:
− Valores a Receber de Clientes no valor total de R$ 10.000,00 foram considerados incobráveis
pela empresa.
− Do saldo remanescente da conta Valores a Receber de Clientes a empresa recebeu 90% em
2015 e o restante será recebido em 2016.
− As vendas a prazo de 2015 que vencerão após 31/12/2015 totalizaram R$ 100.500,00.
− A empresa estimou as prováveis perdas com clientes aplicando o percentual de 4% sobre o
saldo da conta Valores a Receber de Clientes em 31/12/2015.
No resultado de 2015 o valor total registrado de despesas relacionadas com a não realização
de créditos sobre Valores a Receber de Clientes foi, em reais:
a) 4.400,00.
b) 6.900,00.
c) 6.520,00.
d) 14.020,00.
e) 14.400,00.

Vamos analisar os eventos ocorridos no exercício de 2015:


1. Valores a Receber de Clientes no valor total de R$ 10.000,00 foram considerados incobrá-
veis pela empresa.
Como o valor dos créditos com clientes considerados incobráveis é superior ao saldo de R$
7.500,00 da conta Perdas Estimadas com Clientes no balanço, o excesso dos créditos incobrá-
veis terá como contrapartida a conta de despesa Perda com Créditos Incobráveis.
D – Perdas Estimadas com Clientes........... R$ 7.500,00
D – Perda com Créditos Incobráveis.......... R$ 2.500,00 (Despesa)

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C – Valores a Receber de Clientes........... R$ 10.000,00


Nesta operação, ocorreu uma despesa no valor de R$ 2.500,00.
2. Do saldo remanescente da conta Valores a Receber de Clientes a empresa recebeu 90% em
2015 e o restante será recebido em 2016.
Após a operação anterior, o saldo remanescente da conta Valores a Receber de Clientes é igual
a R$ 95.000,00 (105.000 – 10.000). Deste saldo, 90% foram recebidos em 2015, conforme
lançamento:
D – Caixa
C – Valores a Receber de Clientes............... R$ 85.500,00 (90% x 95.000)
Nesta operação, não ocorreu despesa.
3. As vendas a prazo de 2015 que vencerão após 31/12/2015 totalizaram R$ 100.500,00.
Lançamento das vendas a prazo:
D – Valores a Receber de Clientes
C – Receita de Vendas............................... R$ 100.500,00
Nesta operação, não ocorreu despesa.
4. A empresa estimou as prováveis perdas com clientes aplicando o percentual de 4% sobre
o saldo da conta Valores a Receber de Clientes em 31/12/2015.
Inicialmente, vamos encontrar o saldo da conta Clientes no final de 2015:
Saldo Inicial de Clientes (31/12/2014)................... R$ 105.000,00
(-) Baixa Clientes (1).......................................... (R$ 10.000,00)
(-) Baixa Clientes (2)......................................... (R$ 85.500,00)
(+) Vendas a Prazo (3)...................................... R$ 100.500,00
(=) Saldo Final de Clientes (31/12/2015)............. R$ 110.000,00
Assim, a estimativa de Perdas com Clientes em 2015 será de 4% x R$ 110.000,00 = R$ 4.400,00.
Como todo o saldo de 2014 da conta Perdas Estimadas com Clientes foi baixado, devemos re-
gistrar como despesa o valor de R$ 4.400,00:
D – Despesa de Perdas Estimadas com Clientes...... R$ 4.400,00 (Despesa)
C – Perdas Estimadas com Clientes....................... R$ 4.400,00
Nesta operação, ocorreu uma despesa no valor de R$ 4.400,00.
5. Cálculo das despesas de 2015 relacionadas com a não realização de créditos sobre valores
a receber de clientes:
Perda com Créditos Incobráveis (1)............................ R$ 2.500,00
(+) Despesa de Perdas Estimadas com Clientes (4)...... R$ 4.400,00
(=) Total de Despesas.............................................. R$ 6.900,00
Letra b.

036. (FCC/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCM – GO/2015) As contas do Balanço Pa-


trimonial de uma empresa, em 31/12/2013, apresentavam os seguintes saldos, em reais:

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Os diversos eventos apresentados a seguir, relacionados com os Valores a Receber de Clientes


existentes em 31/12/2013, ocorreram durante o ano de 2014, nesta ordem:
− Créditos com clientes no valor total de R$ 2.000,00 foram considerados incobráveis
pela empresa.
− Do saldo remanescente da conta Valores a Receber de Clientes, a empresa recebeu 90% em
2014 e o restante será recebido em 2015.
− As vendas a prazo de 2014 que vencerão após 31/12/2014 totalizaram R$ 20.100,00.
− A empresa estimou as prováveis Perdas com Clientes aplicando o percentual de 4% sobre o
saldo da conta Valores a Receber de Clientes em 31/12/2014.
No resultado de 2014, o valor total registrado de despesas relacionadas com a não realização
de créditos sobre valores a receber de clientes, em reais, foi
a) 2.804,00.
b) 2.304,00.
c) 2.880,00.
d) 1.380,00.
e) 880,00.

Vamos analisar os eventos ocorridos no exercício de 2014:


1. Créditos com clientes no valor total de R$ 2.000,00 foram considerados incobráveis
pela empresa.
Como o valor dos créditos com clientes considerados incobráveis é superior ao saldo de R$
1.500,00 da conta Perdas Estimadas com Clientes no balanço, o excesso dos créditos incobrá-
veis terá como contrapartida a conta de despesa Perda com Créditos Incobráveis.
D – Perdas Estimadas com Clientes........... R$ 1.500,00
D – Perda com Créditos Incobráveis............. R$ 500,00 (Despesa)

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C – Valores a Receber de Clientes............. R$ 2.000,00


Nesta operação, ocorreu uma despesa no valor de R$ 500,00.
2. Do saldo remanescente da conta Valores a Receber de Clientes, a empresa recebeu 90%
em 2014 e o restante será recebido em 2015.
Após a operação anterior, o saldo remanescente da conta Valores a Receber de Clientes é
igual a R$ 19.000,00 (21.000 – 2.000). Deste saldo, 90% foram recebidos em 2014, conforme
lançamento:
D – Caixa
C – Valores a Receber de Clientes............... R$ 17.100,00 (90% x 19.000)
Nesta operação, não ocorreu despesa.
3. As vendas a prazo de 2014 que vencerão após 31/12/2014 totalizaram R$ 20.100,00.
Lançamento das vendas a prazo:
D – Valores a Receber de Clientes
C – Receita de Vendas............................... R$ 20.100,00
Nesta operação, não ocorreu despesa.
4. A empresa estimou as prováveis Perdas com Clientes aplicando o percentual de 4% sobre
o saldo da conta Valores a Receber de Clientes em 31/12/2014.
Inicialmente, vamos encontrar o saldo da conta Clientes no final de 2014:
Saldo Inicial de Clientes (31/12/2013)................... R$ 21.000,00
(-) Baixa Clientes (1).......................................... (R$ 2.000,00)
(-) Baixa Clientes (2)......................................... (R$ 17.100,00)
(+) Vendas a Prazo (3)........................................ R$ 20.100,00
(=) Saldo Final de Clientes (31/12/2014)............... R$ 22.000,00
Assim, a estimativa de Perdas com Clientes em 2014 será de 4% x R$ 22.000,00 = R$ 880,00.
Como todo o saldo de 2013 da conta Perdas Estimadas com Clientes foi baixado, devemos
registrar como despesa o valor de R$ 880,00:
D – Despesa de Perdas Estimadas com Clientes...... R$ 880,00 (Despesa)
C – Perdas Estimadas com Clientes....................... R$ 880,00
Nesta operação, ocorreu uma despesa no valor de R$ 880,00.
5. Cálculo das despesas de 2014 relacionadas com a não realização de créditos sobre valores
a receber de clientes:
Perda com Créditos Incobráveis (1)............................ R$ 500,00
(+) Despesa de Perdas Estimadas com Clientes (4)...... R$ 880,00
(=) Total de Despesas........................................... R$ 1.380,00
Letra d.

037. (FCC/APOIO ESPECIALIZADO/CONTABILIDADE/TRF 3ª/2014) Em 31/12/2012, a em-


presa Credora S.A. possuía R$ 150.000,00 em duplicatas a receber de clientes e uma esti-

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mativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 7.500,00. Em


fevereiro de 2013, o cliente Caloteiro, que devia R$ 4.000,00, se tornou incobrável. Ao registrar
este evento na contabilidade, a empresa Credora S.A.
a) reduziu o total do Ativo.
b) reconheceu um Passivo.
c) reduziu o Patrimônio Líquido.
d) reduziu o saldo da estimativa (EPCLD).
e) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado.

Razonete das contas antes de reconhecer o evento:

Os valores considerados incobráveis de um ativo a receber devem ser baixados da conta EP-
CLD, tendo como contrapartida a própria conta de ativo retificada.
(1) Lançamento:
D - EPCLD (Retificadora do Ativo)
C - Duplicatas a Receber de Clientes (Ativo)................. 4.000,00
(2) Registro do fato no razonete:

Este lançamento tem por objetivo espelhar que aquele ativo a receber não tem mais motivo de
existir, porque a empresa não irá recebê-lo.
Portanto, ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Credora S.A. reduziu o saldo da esti-
mativa (EPCLD) de R$ 7.500,00 para R$ 3.500,00 (7.500 – 4.000). A resposta da questão é a letra D.
Vamos, agora, verificar os erros das outras alternativas:
a) Errada. Não houve alteração no saldo total do ativo, pois uma conta foi debitada e outra foi
creditada, no mesmo valor.
b) Errada. Conforme lançamento realizado, verificamos que não há reconhecimento de Passi-
vo.
c) Errada. Não ocorreu alteração do PL, conforme lançamento acima.

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Critérios de Avaliação de Ativos
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e) Errada. O reconhecimento da despesa de Perdas com Clientes de Liquidação Duvidosa é


feito quando se estima o quanto do montante a receber não será honrado pelos credores, e não
no momento em que parte ou todo o montante estimado é dado como incobrável.
Letra d.

FGV

038. (FGV/AGENTE DE TRIBUTOS/SEFAZ BA/2022) Em relação ao reconhecimento do ajus-


te a valor presente de uma conta a receber no balanço patrimonial de uma entidade, assinale
a afirmativa correta.
a) Incorre apenas quando a conta é de curto prazo.
b) Incorre apenas quando a conta é de longo prazo
c) Incorre apenas quando refletir efeito relevante.
d) Incorre em todas as contas de curto e de longo prazo.
e) Incorre em todas as contas de longo prazo e apenas nas de curto prazo que refletem efeito
relevante.

Lei n. 6.404/1976:

Critérios de Avaliação do Ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor pre-
sente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
Letra e.

039. (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ ES/2021) Em relação aos elementos integrantes do ba-


lanço patrimonial, analise as afirmativas a seguir.
I – Componentes do ativo decorrentes de operações de longo prazo.
II – Componentes do passivo decorrentes de operações de longo prazo.
III – Componentes do ativo decorrentes de operações de curto prazo com efeito relevante.
IV – Componentes do passivo decorrentes de operações de curto prazo com efeito relevante.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12 - Ajuste a Valor Presente, assinale a opção
que indica as afirmativas que devem ser ajustadas a valor presente.
a) I e II, somente.
b) III e IV, somente.
c) I, II e III, somente.
d) II, III e IV, somente.
e) I, II, III e IV.

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De acordo com o CPC 12 – Ajuste a Valor Presente temos:

21. Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo prazo, ou


de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor presente com base em
taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no
tempo e os riscos específicos do ativo e do passivo em suas datas originais.
Portanto todos os itens I, II, III e IV devem ser ajustados a valor presente.
Letra e.

040. (FGV/SUPERVISOR/CONTADOR/IMBEL/2021) Uma empresa atacadista apresentava


R$ 100.000 em estoques em 02/01/X0. No mês, todo o estoque foi vendido por R$ 300.000,
sendo que 20% do valor foi recebido no momento da venda e, o restante, deverá ser recebido
em 90 dias. A empresa estima inadimplência de 3%. Assinale a opção que indica, na Demons-
tração do Resultado do Exercício, em 31/01/X0, a contabilização e o valor da conta da despesa
com perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa.
a) Redutora de vendas - R$ 9.000.
b) Redutora de vendas - R$ 7.200.
c) Despesa operacional - R$ 9.000.
d) Despesa operacional - R$ 7.200.
e) Despesa financeira - R$ 9.000.

A despesa com perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa (PECLD) é do tipo ope-
racional e é calculada com base em um percentual da valores a receber das vendas a prazo.
Receitas pelas vendas a prazo = 300.000 x 80% = 240.000
PECLD = 240.000 x 3% = 7.200
Letra d.

041. (FGV/SUPERVISOR/CONTADOR/IMBEL/2021) Na contabilização do custo dos esto-


ques, os itens a seguir devem ser reconhecidos na Demonstração do Resultado do Exercício
como despesa do período em que são incorridos, à exceção de um. Assinale-o.
a) Valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção.
b) Impostos de importação e outros tributos, exceto os recuperáveis junto ao Fisco.
c) Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.
d) Despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condi-
ção atuais.

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e) Gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre
uma e outra fase de produção.

O CPC 16 – Estoques traz exemplos de itens que são despesas:

16. Exemplos de itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como despesa do perí-
odo em que são incorridos:
(a) valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros insumos de produção;
(b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma
e outra fase de produção;
(c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição
atuais; e
(d) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.
Por eliminação, o gabarito é a letra B.
De acordo com o CPC 16 – Estoques, os impostos de importação e outros tributos não recu-
peráveis referentes à aquisição de estoques serão incorporados ao custo do estoque, e não
reconhecidos como despesas.

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação
e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro,
manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determina-
ção do custo de aquisição.
Letra b.

042. (FGV/COMPRADOR TÉCNICO-IMBEL/REAPLICAÇÃO/2021) Assinale a opção que indi-


ca um exemplo do que deve ser incluído no custo do estoque
a) Impostos de importação e outros tributos que não são recuperáveis junto ao Fisco.
b) Valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros insumos de produção.
c) Gastos com armazenamento que não é necessário ao processo produtivo.
d) Despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condi-
ção atuais.
e) Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.

De acordo com o CPC 16 - Estoques:

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importa-
ção e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte,
seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e

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serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na
determinação do custo de aquisição.
Portanto, o gabarito é a letra A.
As demais alternativas apresentam itens registrados como despesas.
CPC 16 – Estoques:

16. Exemplos de itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como despesa do perí-
odo em que são incorridos:
(a) valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção;
(b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma
e outra fase de produção;
(c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição
atuais; e
(d) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.
Letra a.

043. (FGV/COMPRADOR TÉCNICO-IMBEL/REAPLICAÇÃO/2021) Uma loja revendia caixas


de madeira. Em 01/01/X0 ela não possuía caixas em seu estoque. Na data, ela adquiriu trinta
caixas por R$20 cada. Além disso, ela pagou o frete para a entrega das caixas, no valor to-
tal de R$150.
No mês de janeiro, ela vendeu dez caixas por R$30 cada. Em fevereiro, as caixas passaram a
ser vendidas por R$22. No mês, quinze caixas foram vendidas.
Assinale a opção que indica o estoque de caixas em 28/02/X0.
a) R$100.
b) R$110.
c) R$125.
d) R$150.
e) R$330.

O valor do frete é incluído no custo do estoque.


Custo unitário da aquisição = 20 + 150 / 30 = 20 + 5 = R$ 25
Assim, a empresa ficou com 30 caixas avaliadas ao custo unitário de R$ 25.
Após a venda de 10 caixas, a empresa ficou com 20 caixas avaliadas ao custo unitário de R$ 25.
De acordo com o CPC 16 Estoques, os estoques são mensurados pelo valor de custo ou pelo
valor realizável líquido, dos dois o menor.
Valor de custo = R$ 25
Valor realizável líquido = R$ 22
Antes de avaliar o estoque final de caixas, a empresa vendeu mais 15 unidades.
Assim, o estoque final de 5 unidades restantes é avaliado a R$ 22.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Critérios de Avaliação de Ativos
Feliphe Araújo

Estoque final = 5 x 22 = R$ 110


Letra b.

044. (FGV/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFAZ-AM/2022) De acordo com


a modificação trazida pela Lei n. 11.941/2009 à Lei n. 6.404/1976, no balanço patrimonial,
as aplicações em instrumentos financeiros e em direitos e títulos de crédito, classificados no
ativo circulante ou no ativo realizável, a longo prazo, são avaliadas pelo seu valor justo no se-
guinte caso:
a) são aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda.
b) são aplicações relevantes para a entidade.
c) dizem respeito a créditos com sociedades controladas.
d) representam investimentos em bancos de primeira linha.
e) dizem respeito a vendas a crédito com empresas no exterior.

Lei n. 6.404/1976

Critérios de Avaliação do Ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
I – as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de cré-
ditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei n.
11.638,de 2007)
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis
para venda; e (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
Letra a.

045. (FGV/GESTÃO PORTUÁRIA/CODEBA/2016) Em janeiro de 2015, a Cia. X prestou servi-


ços no valor de R$ 100.000 para a Cia. Y. Na data foi acordado que o valor seria recebido inte-
gralmente em março do mesmo ano. No entanto, em fevereiro, a Cia. Y entrou em concordata,
de modo que havia incerteza do pagamento à Cia. X.
Assinale a opção que indica como essa incerteza deve ser reconhecida nas demonstrações
contábeis da Cia. X, em fevereiro de 2015.
a) Dedução da receita na Demonstração do Resultado do Exercício.
b) Dedução do patrimônio líquido no Balanço Patrimonial.
c) Despesa na Demonstração do Resultado do Exercício.
d) Receita na Demonstração do Resultado do Exercício.
e) Diminuição do passivo no Balanço Patrimonial.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Critérios de Avaliação de Ativos
Feliphe Araújo

Para reconhecimento da Estimativa para Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa (EP-
CLD), a empresa deve considerar os fatores de risco conhecidos, para que se possa estimar,
criteriosamente, a expectativa de perdas com contas a receber. Pode ser feito através da de-
terminação do valor das perdas já conhecidas com base nos clientes em concordata, falência
ou dificuldades financeiras ou ainda estabelecer um valor adicional de estimativa para cobrir
perdas prováveis, mesmo que ainda não conhecidas, tomando-se como base a taxa de inadim-
plência ocorrida nos anos anteriores.
Ao tomar conhecimento da situação da Cia. Y (processo de concordata), a empresa deve reco-
nhecer uma despesa conforme abaixo:
D – Despesa com EPCLD (resultado)
C – EPCLD (retificadora do Ativo)
Portanto, ocorre uma despesa na demonstração do resultado do exercício e uma redução do
ativo no balanço patrimonial.
Com isso, o gabarito é a letra C.
Observe que o serviço foi prestado em 2015 e o recebimento era no mesmo ano.

Feliphe, qual valor de EPCLD estimado no final de 2014 para 2015?


Não sabemos, logo, devemos considerar que não tem.
Em 2015 a empresa vendeu e esperava receber em março.
Porém, o cliente entrou em concordata e havia incerteza (não sabe quanto é ainda) em
relação ao pagamento.
Diante disso, reconhecemos uma estimativa (debita despesa e credita EPCLD) e
quando for perdida fazemos a baixa (debita EPCLD e credita clientes).
Se a perda fosse efetiva, caso não houvesse estimativa, poderíamos fazer direto o
seguinte lançamento:
D – Perdas com Clientes
C – Clientes
Letra c.

VUNESP

046. (VUNESP/CONTADOR/VALIPREV/2020) A companhia XXX adquiriu, para fins de inves-


timentos, 150 ações da companhia YYY pelo valor unitário de R$ 45,60 em 01/02/2018. Sa-
be-se que o contador da entidade reconheceu esse investimento como um instrumento finan-
ceiro mensurado a valor justo para o resultado do exercício. O contador verificou que o preço
das ações da companhia YYY, em 31/12/2018, era de R$ 40,70. Baseando-se nesses dados, o
contador da companhia XXX reconheceu
a) despesa de equivalência patrimonial no valor de R$ 735,00 no ajuste de avaliação patrimonial.
b) despesa de equivalência patrimonial no valor de R$ 735,00 no resultado do exercício.
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Critérios de Avaliação de Ativos
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c) perda na venda de investimentos no valor de R$ 735,00 no resultado do exercício.


d) perda por desvalorização de investimentos no valor de R$ 735,00 no ajuste de avaliação
patrimonial.
e) perda por desvalorização de investimentos no valor de R$ 735,00 no resultado do exercício.

As aplicações em instrumentos financeiros são investimentos temporários e não permanen-


tes.
a, b) Errada. Quando um investimento é mensurado a valor justo para o resultado do exercício
não temos um investimento permanente para avaliá-lo pelo Método de Equivalência Patrimo-
nial.
c) Errada. Não ocorre a venda do investimento para reconhecermos uma perda pela venda.
d) Errada. Os ativos financeiros mensurados a valor justo para o resultado do exercício abran-
gente é que sofrem variação que será reconhecida no ajuste de avaliação patrimonial do PL.
e) Certa. Os ativos financeiros mensurados a valor justo para o resultado do exercício sofrem
variação que será reconhecida no resultado.
Variação = (40,70 – 45,60) x 150 ações = - 4,90 x 150 ações
Variação = - 735 (perda por desvalorização reconhecida no resultado)
Letra e.

047. (VUNESP/AUDITOR FISCAL/ISS VALINHOS/2019) Uma entidade adquiriu mercadorias


para revenda por R$ 35.000,00, a prazo. Para que as mercadorias estivessem disponíveis para
comercialização, a entidade arcou com um custo adicional de frete no valor de R$ 600,00.
Considerando a situação apresentada, assinale a alternativa sobre o reconhecimento e a men-
suração dessa transação econômica nas Demonstrações Contábeis.
a) A entidade reconheceu mercadorias para revenda no ativo pelo custo de R$ 35.600,00.
b) A entidade reconheceu uma despesa de frete no valor de R$ 600,00.
c) A entidade reconheceu uma saída de caixa no valor de R$ 35.600,00.
d) Foi registrado um imobilizado no valor de R$ 35.000,00.
e) Foi registrado um passivo não circulante no valor de R$ 34.400,00.

Como a entidade arcou com o custo do frete, tal valor deve ser incluído no custo de aquisição
do estoque.
Estoque de mercadorias = 35.000 + 600 = R$ 35.600,00
Logo, o gabarito é a letra A.
Vamos analisar os erros das demais alternativas:
b) Errada. O frete deve ser incluído no custo do estoque.
c) Errada. A saída de caixa foi somente de R$ 600,00, pois a compra foi a prazo.

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Critérios de Avaliação de Ativos
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Lançamentos contábeis:
D – Estoque de mercadorias
C – Fornecedores R$ 35.000,00 (passivo circulante)
D – Estoque de mercadorias
C - Caixa R$ 600,00.
d) Errada. O bem foi destinado a revenda e não para uso nas atividades da empresa.
e) Errada. Conforme explicação da letra C.
Letra a.

Outras Bancas

048. (FSADU/AUDITOR FISCAL – ISS/IMPERATRIZ-MA/2020) O risco de não vir a receber


parcela das vendas realizadas é reconhecido por meio da Provisão para Créditos de Liquidação
Duvidosa (PCLD), pois a “perda” de valor dos títulos a receber da empresa afeta seu patrimô-
nio líquido.
Considere uma empresa que adota como fator de risco para estimar a PCLD 4%, percentual
médio de perdas dos últimos três anos sobre o saldo da conta Clientes na data do balanço de
encerramento. Considere ainda que a empresa é titular de R$ 250.000,00 em Duplicatas a Re-
ceber neste exercício findo e possui um saldo de R$ 8.000,00 na conta retificadora PCLD, então
a despesa contabilizada com a referida provisão no exercício será de:
a) R$ 2.000,00
b) R$ 18.000,00
c) R$ 10.000,00
d) R$ 10.320,00
e) R$ 2.320,00

O correto é fazer pela Teoria da Reversão.


Logo, primeiro reverte o valor de R$ 8.000,00.
D - PCLD (retificadora do Ativo) 8.000,00
C – Reversão de PCLD 8.000,00
Contabilização da nova PECLD:
PECLD = 4% x 250.000 = R$ 10.000,00
D – Despesa com PCLD (resultado) 10.000,00
C – PCLD (retificadora do Ativo) 10.000,00
Com isso, segundo a Teoria da Reversão, o valor da despesa foi de R$ 10.000,00.
Método turbo para resolução no dia da prova:
Despesa = 4% x 250.000 = R$ 10.000,00
Letra c.

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049. (CESGRANRIO/TÉCNICO DO BACEN/2010) A empresa comercial GLOBAL S/A apresen-


tou a seguinte posição de estoques de mercadorias destinadas à venda, em 31/12/2008:

Tipo de
Valor de aquisição Valor de mercado
Mercadoria
P 12.500,00 12.300,00
Q 18.900,00 18.100,00
R 35.250,00 36.850,00
S 17.430,00 17.455,00
Considerando exclusivamente os dados acima, o registro de ajuste nos estoques que a empre-
sa deve realizar em 31/12/2008, em reais, será
a) D: Despesas com perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
C: Perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado......... 825,00
b) D: Despesas com perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
C: Estoque de mercadorias............................................... 1.000,00
c) D: Despesas com perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
C: Perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado........ 1.000,00
d) D: Perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
C: Estoque de mercadorias................................................ 825,00
e) D: Perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
C: Receita com ajuste de estoque ao valor de mercado....... 1.825,00

Os estoques de mercadorias são avaliados pelo custo de aquisição ou valor de mercado, dos
dois o menor.
Assim, quando o valor de mercado for menor que o valor de aquisição, contabilizamos uma
Perda Estimada p/ Ajuste ao Valor de Mercado (PEAVM) pela diferença entre o custo de aqui-
sição e o valor de mercado.
Cálculo na tabela abaixo:

Valor de Valor de
Tipo de Mercadoria PEAVM
aquisição mercado
P 12.500,00 12.300,00 200,00
Q 18.900,00 18.100,00 800,00
R 35.250,00 36.850,00 Não
S 17.430,00 17.455,00 Não

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Assim, como o valor de mercado é menor nos tipos de mercadorias P e Q, devemos contabili-
zar uma PEAVM no valor de R$ 1.000,00 (200 + 800), mediante o seguinte lançamento:
Despesas com perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado
a Perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado........ 1.000,00
Letra c.

Feliphe Araújo
Bacharel em Ciências Contábeis. Pós-graduado em Direito Tributário. Ex-analista tributário e ex-auditor-
fiscal da Receita Federal do Brasil, atualmente é auditor-fiscal da SEFAZ-PI. Professor de Contabilidade em
cursos preparatórios para concursos públicos, Exame de Suficiência, graduação e pós-graduação.

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