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Edgar Morin
Edgar Morin
EDUCAÇÃO
MARTINS, Alexandra Patrialli1
patrialli2602@gmail.com
JUNIOR, Breno Simões Correia1
brenocorreia27@gmail.com
PEREIRA, Emanuelle Cristine Govatski1
emanuellegpereira@hotmail.com
SILVA, Marcos Antônio Teodoro da1
mteodoros@gmail.com
GOGOLA, Maria Julia1
m.juliagogola@hotmail.com
CORDEIRO, Monica Figueiredo da Silva Borges1
monica.cordeiro2008@gmail.com
WACHOWICZ, Marta Cristina2
marta.c.wachowicz@gmail.com
RESUMO
Logo cedo somos introduzidos a educação no qual o mesmo método é usado por anos este artigo
tem como objetivo mostrar uma outra metodologia, usando a visão de Edgar Morin falando sobre
como podemos melhorar o ensino, não sendo apenas teórico, mas sim confiando nas experiencias
vividas pelos alunos e professor tendo como uma das mudanças o ambiente de aprendizado, logo,
resultando em maior estímulo da criatividade e aprendizado. Morin em uma de suas entrevistas mais
recentes fala em como precisamos ensinar a empatia para a nova geração, mostrando que um ensino
mais humanizado apresentaria não melhoras não só no aprendizado, mas sim em suas vidas
pessoais e em sociedade.
1INTRODUÇÃO
Isso porque, o ser humano para sujeito precisa criar sua individualidade, a qual
considera a autonomia e a reflexão baseadas nas vivências e conexões que
estabelece e de como lidas com elas frente à família, escola, linguagem, cultura,
sociedade e planeta (PETRAGLIA, 1995).
Verifica-se assim, que as barreiras e as carências resultantes do saber fragmentado,
não desenvolvem, satisfatoriamente, as reflexões para lidar com situações de ordem
individual, tampouco com problemas globais ou do próximo.
Dessa forma a Teoria da Complexidade opõe-se ao paradigma da simplificação,
justamente por seguir uma abordagem transdisciplinar ao refletir sobre variados
fenômenos. Desconstroi o olhar fragmentado e reducionista, o qual subsidia o
modelo de ensino tradiocional e comum na área científica para oportunizar à
criatividade e o pensamento crítico e integral. (GUIMARÃES, 2020).
Tal teoria, defendida por Edgar Morin, não visa trocar ideias de compreensão,
evidência e lógica, mas baseia-se na harmonia, na comunicação e no trabalho
transdisciplinar. Nessa perspectiva, a educação deve proporcionar o discernimento
geral e a análise do contexto de forma multidimensional e voltada para a
integralidade (ESTRADA, 2009).
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 OS SETE SABERES
Contudo para Edgar Morin a educação precisa saber identificar a origem dos erros e
ilusões. Nosso cérebro tem capacidade de apenas 2% para nos conectar com o
exterior e 98% é a inclinação para o psicológico ou mental, por exemplo, nossa
mente pode transformar memórias tanto para significados belos ou triste ou até
mesmo ter falsas lembranças. E assim projetamos nossa dor ou felicidade em algo
irreal sem ter a percepção da verdade e muitas vezes a nossa própria memória pode
nos enganar (Morin, 2013, pág. 20).
Para distinguirmos o que é fantasia e o que é real, é preciso ser racional. Há a
racionalidade construtiva, que é coerente, tem compatibilidade de ideias, tem um
consentimento em suas afirmações e tem dados baseados em observações e
permanece aberta a discussões, para que não aja regras definidas, porque a
racionalidade fica aberta para a possibilidade de erro e ilusão. Já a racionalização é
a que segue um padrão mecânico, determinista e fechado, muitas vezes construídas
com ideias falsas (Morin, 2013).
Para um conceito ser considerado racional, é preciso estar aberto a diferentes
argumentos, é necessário ser coerente e ser desenvolvido por observações e
experiências e não esquecer que o homem não é apenas razão, pois para Edgar a
racionalização ignora que os seres humanos tem sentimentos, principios, filosofia e
não é apenas uma criatura biológica (Morin, 2013, pág. 23).
Para que a racionalidade não corra o risco de se tornar a ilusão da racionalização, é
necessário que sempre mantenha a autocrítica em suas concepções, caso contrário,
não será totalmente confiável (Morin, 2013).
No segundo saber “Os princípios do conhecimento pertinente” (Morin, 2013, pág.
33), discorre sobre como o cidadão precisa ter acesso às informações do mundo,
para assim analisar e ter o entendimento dos problemas mundiais. Mas com os
conhecimentos cada vez mais divididos e os problemas mais planetários surge a
inadequação (Morin, 2013).
Para que o conhecimento seja considerado pertinente, são necessários quatro itens;
o contexto, o global, o multidimensional e o complexo. O contexto nada mais é do
que colocar as informações e os fatos necessários para que determinado
acontecimento faça algum sentido. O global é mais que o contexto, é a junção de
todas as partes. Para aprendermos algo verdadeiramente é necessário termos
acesso a todas as partes para articularmos todas as informações recebidas. O
multidimensional diz sobre as unidades complexas, homem e a sociedade são
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O quinto saber de Morin, é sobre como enfrentar as incertezas. Como a história nos
mostra, não podemos saber ao certo o que vai acontecer com o mundo, como no
ano de 1914 que devido um atentado iniciaria uma guerra mundial que mataria
milhões de vitimas e que em 1999 a Sérvia sofreria ataques aéreos (Morin, 2013)
Depois de tantas tragédias mundiais, o homem precisa aprender a lidar com as
incertezas e ao mesmo tempo, trabalhar para o progresso. Para aprender a lidar
com as imprecisões, juntamente deve se utilizar a racionalidade para que não aja
por meio de erros e ilusões, e assim encontre a solução mais apropriada para a
humanidade. E que não se cometa atrocidades com humanos como ja aconteceu no
mundo (Morin,2013).
No sexto saber “Ensinar a compreensão”, Edgar Morin diz que apesar dos avanços
da tecnologia para melhorar a comunicação, as pessoas não tentam compreender
outro ser humano, muitas vezes por egoísmo ou por falta de empatia que é
dificuldade de se colocar no lugar do outro ( Morin,2013).
A ética da compreensão existe quando a pessoa compreende o outro sem o menor
interesse ou reciprocidade. Entretanto, para que um indivíduo compreenda outro ser
humano é necessário reconhecer a sua complexidade, normalmente, vimos apenas
uma parte de um personagem e esquecemos que uma pessoa é resultado de muitos
fatores como o psicológico, a sua cultura, seus sentimentos, pensamentos, sua parte
física e social (Morin,2013)
No seu último saber, a ética do gênero humano, Edgar Morin nos diz que
precisamos respeitar as pessoas com suas diversidades, vivermos em modo
democrático e aprendermos a viver com ética. A premissa pra aprender a ética é
reconhecer o indivíduo + sociedade + espécie. A ética no futuro nos incentiva para
humanizarmos a humanidade, respeitarmos as diversidades, desenvolver a ética da
solidariedade, compreensão e do gênero humano e termos esperança na cidadania
planetária.
A democracia, apesar de ser delicada, favorece muito o relacionamento entre
indivíduo e sociedade. Um estado democrático exige consenso, diversidade,
conflitos e as pessoas precisam ter liberdade de opinião e expressão. A democracia
é uma política complexa, pois com ela existem as pluralidades, concorrências e
antagonismos. Só é autêntica quando existe o respeito às opiniões de cada pessoa,
e em equipe se chega a um consenso (Morin,2013). Estudo de revisão integrativa
com análise descritiva com base nas etapas de: criação da questão norteadora da
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3 MÉTODO
Estudo de revisão integrativa com análise descritiva com base nas etapas de:
criação da questão norteadora da pesquisa, definição das palavras-chave e dos
critérios de seleção, realizado a coleta, interpretação e discussão dos resultados
(SOUZA et al., 2010).
A pesquisa foi realizada em novembro de 2022, nas bases de dados da Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Scientific Electronic
Library Online (Scielo), por meio das palavras-chave: TEORIA DA COMPLEXIDADE,
MODELO TRADICIONAL DE EDUCAÇÃO, DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA
PERSPECTIVA DE MORIN, SETE SABERES DE MORIN, PENSAMENTO
COMPLEXO. Desta busca foram encontrados 16.600 resultados, os quais foram
submetidos aos critérios de seleção.
A seleção dos materiais seguir critérios como: textos no idioma português,
publicados entre os anos de 2012 e 2022 e livros sobre as temáticas educação
infantil na perspectiva de Morin e Teoria da Complexidade. Os critérios de exclusão
foram: textos que não atendiam aos critérios determinados e em outro idioma. De
forma que, apenas 3 artigos e 4 livros foram selecionados para compor esse estudo.
A pré-seleção dos textos ocorreu pela proximidade do título com a proposta desse
estudo e posteriormente aqueles selecionados foram lidos de forma aprofundada
para a realização da coleta de dados. As evidências extraídas foram sintetizadas por
semelhança, hierarquizados da maior para a menor frequência e apresentadas na
Tabela 1.
Guimarães (2020); Cardoso e Castro (2020); SÁ (2019); PETRAGLIA (1995); MORIN (2000)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma, as teorias de Edgar Morin nos mostram que a educação infantil
precisa ser restruturada para uma visão ampla da vida, para que não seja ensinada
apenas bases teóricas de disciplinas como matemática e português. Desde crianças,
as pessoas já devem aprender a como viver em sociedade, ter empatia, a ser ético e
é fundamental que aprendam a pensar de maneira analítica. Assim, essas crianças
não serão apenas bons profissionais como também se tornarão bons cidadãos.
Com o objetivo de avaliar o modelo tradicional de educação no desenvolvimento
infantil, o estudo verificou que o padrão educacional é resumidor e não gera a
conexão com as disciplinas, o que dificulta a visão ampla do aluno.
A reflexão sobre o processo da construção de indivíduos que consigam pensar em
temas complexos como a política, a cultura, a empatia ou em algum problema
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REFERÊNCIAS
CARDOSO, Railson Soares e CASTRO, Raimundo Marcio Mota. O professor na educação 3.0 e a
teoria da complexidade de Edgar Morin, Revista Plurais – Virtual, Anápolis – GO, Vol. 10, n. 3 – Set. /
Dez., 2020 , 2010. Disponível em: https://revista.ueg.br/index.php/revistapluraisvirtual/article/view/
12125/8546. Acesso em: 20 ser. 2022.
GUIMARÃES, Carlos Antônio Fragoso. Paulo Freire e Edgar Morin sobre saberes, paradigmas e
educação: um diálogo epistemológico, 1. ed. Curitiba: Appris, 2020. Disponível em:
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=lang_pt&id=0sb1DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT13&dq.
Acesso em: 18 de nov. de 2022.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F.
da Silva e Jeanne Sawaya.; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. – 2. Ed. – São Paulo:
Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.
PETRAGLIA, Izabel Cristina. Edgar Morin: a educação e a complexidade do ser e do saber. Vozes:
Petrópolis, RJ, 1995.
SANTOS, Ellis Regina Ferreira. at. al. Concepções sobre desenvolvimento infantil na perspectiva de
educadoras em creches públicas e particulares. Revista Portuguesa de Educação, v. 28, n. 2, p.
189-209, 2015. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/7738/5420. Acesso em: 18 de
nov. 2022.
SOUZA, Marcela Tavares de. et al. Revisão integrativa: o que é e como fazer? Einstein, [S.l], v. 8, n.
1, p. 102-106, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/eins/v8n1/pt_1679-4508-eins-8-1-0102/.
Acesso em: 20 ser. 2022.
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