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perfecionismo.
Pensar sobre psicologia humana é sempre vago, porém é algo muito importante para os
diversos géneros de desenvolvimento que o aluno pode alcançar, como um ser humano
único que revela as suas dificuldades próprias. Nesta parte, o papel dos docentes é
sempre essencial, devendo o professor colocar-se na posição de entendimento e
compreensão de cada aluno, selecionando um método de ensino que se ajuste às suas
capacidades individuais.
Há uma incoerência intensa também no mundo dos intelectuais uma vez que deveria ser
o mais compreensivo, no entanto é o menos compreensivo devido ao excesso do ego. As
relações são arruinadas ao nível planetário devido à carência da compreensão (MORIN,
2015). “A incompreensão pode levar as pessoas agir num profundo estado primitivo, e
vice e versa.
De uma forma inicial, devemos considerar que estas duas palavras: o stress e o
perfeccionismo, estão atualmente interligadas no quotidiano do aluno. O stress é uma
resposta adaptativa do ser humano, níveis adequados de stress podem ser úteis, no
entanto, o stress crónico e inadequado pode afetar a saúde física e mental. A exposição
prolongada e contínua ao stress no trabalho pode levar a exaustão emocional,
despersonalização e baixa realização pessoal. Assim, crendo que os indivíduos mais
vulneráveis ao stress psicológico são também mais suscetíveis de desenvolver burnout,
uma problemática cada vez mais atual e alvo de muita investigação nos últimos anos,
cremos que a redução das situações stressantes no trabalho serão condição de mitigação
de stress e de posterior burnout.
Por norma, uma das grandes preocupações dos pais relativamente aos seus filhos, depois
da saúde, prende-se com o seu futuro sucesso no mercado de trabalho e, como tal, cada
vez mais se preocupam com o seu desempenho académico, uma vez que um bom
percurso escolar pode permitir o acesso a um bom emprego e a melhores condições de
vida. Deste modo, é provável que estas preocupações, comuns à maioria dos pais, se
traduzam em práticas educativas, ou seja, nas técnicas e estratégias utilizadas pelos pais
ao longo do processo educativo dos seus filhos, com o objetivo de estes adquirirem
determinados princípios morais e comportamentos, de forma a tornarem-se autónomos e
responsáveis, para estarem aptos a desempenhar o seu papel ativo e bem-sucedido na
sociedade.
O perfecionismo e a crítica são duas das dimensões interligadas das práticas parentais
direcionadas para a escolaridade dos seus filhos que dizem respeito ao grau de exigência
e crítica no desempenho escolar dos seus filhos. Perfecionismo e crítica, enquanto
prática parental, tem sido definida como a tendência para estabelecer normas
excessivamente elevadas, fazer cumprir essas normas rigidamente e tecer críticas duras
na avaliação desse cumprimento. Deste modo, podemos considerar que o perfecionismo
desenvolve-se num ambiente familiar onde os filhos são criticados por serem “menos do
que perfeitos”. Pais perfecionistas caracterizam-se por proporcionarem todas as
condições materiais para que os seus filhos alcancem excelentes resultados académicos
exibindo, no entanto, um elevado nível de expetativas, grau de frustração, crítica,
sentimentos de fracasso e culpa que passam frequentemente para o filho em questão,
podendo como consequência levar o aluno a estados bem mais avançados do que o
stress.
Bibliografia
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
MORIN, Edgar. A cabeça bem feita. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
MORIN, Edgar. Ensinar a viver: manifesto para mudar a educação. Porto Alegre:
Sulina, 2015.