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Desenvolvimento cognitivo:

1º Estádio: Sensório-motor 0 – 2 anos


- Até aos 9 meses, a criança tem alguma confusão entre as ações que pratica no ambiente e
esse próprio ambiente. É confuso para ela o que faz e o mundo que a rodeia. - Aos 9 meses, já
vai buscar um objeto, mas começa a ter noção que não depende da ação dela e já faz o
movimento de ir buscar. - Entre os 12 e os 18 meses, repetindo a experiência, a criança vai
buscar sem hesitação e não se engana, se vir o objeto a passar de um lado para o outro. O
objeto existe só se for visível, o tempo é visível, é o tempo do agora, o espaço visível, a
causalidade. - Aos 19 e dos 18 aos 24 meses, acontece o último episódio, pode fazer um
deslocamento invisível, com boneco escondido passo para o lado B, e a criança vai lá buscar. O
objeto existe mesmo sem o ver. No tempo já antes. O espaço invisível já sabe, como estão
determinados espaços e a causalidade (exemplo dos carrinhos), ela pensa se bater com o
carrinho ele vai mover-se. Temos as 4 noções que estão representadas. Tem um conjunto de
imagens mentais

2º Estádio: Pré-Operatório 2 – 6 anos


Nesta altura, a criança tem as imagens mentais e a criança já consegue expressá-las. Este
estádio tem 3 fases.
Função Simbólica - A criança já começa a desenhar
Egocentrismo - a criança é insensível à lógica e à contradição
Pensamento intuitivo - sabe contar, mas não coordenam o no que dizem com a quantidade
que ele representa.

3º Estádio: Operatório concreto 7 – 12 anos


A criança pensa de maneira diferente do adulto. A noção de erro ganhou com Piaget um
significado diferente: erro = desenvolvimento por fazer, porque não chegou a um ponto de
desenvolvimento.

4º Estádio operatório formal 12 – 17 anos


12 – 14 anos – Génese do pensamento formal
15 – 17 anos – Consolidação do pensamento formal
- O adolescente começa a pensar e a formar os seus valores, sistematiza os seus interesses,
forma julgamentos, reflexão sobre o autoconhecimento, forma ideais. (Exemplos: Diários,
surgimento repentino de interesses (gosto pela música clássica, por poemas...), interpretação
de provérbios). A área emocional enriquece-se, criação da identidade. - O pensamento deixa-
se de se centrar nas ações, e passa das ações para os pensamentos. O foco é o pensamento e
não a ação. Passa-se do “mundo do real” para o “mundo do possível”. Deixa o mundo do
concreto e passa para o mundo da abstração.

Desenvolvimento interpessoal
Estádio 0: 3 – 6 anos (Perspetiva indiferenciada e egocêntrica)
- Indiferenciada porque nos raciocínios destas crianças há algo que vem do cognitivo, não
distinguem nos seus pensamentos características físicas de características psicológicas. - Neste
estádio há zero do ponto de vista do outro - Limita imenso o julgamento da criança sobre esse
tipo de resposta

Estádio 1: 6 – 9 anos – 1o Ciclo (Perspetiva diferenciada)


Características gerais: - É diferente, porque há a distinção entre o físico e o psicológico -
Começa aqui em embrião a noção que há um outro que pode pensar diferente dele - Não
distingue ainda os comportamentos das intenções que podem estar por trás dos
comportamentos
Estádio 2: 10 – 11/12 anos (Perspetiva da 2a pessoa)
Características gerais - Já há os comportamentos, mas também as intenções que podem estar
por detrás dos comportamentos - Já entram também mais com sentimentos (parte psicológica)
- mais tristes, mais magoados - Já há noção clara que eu posso ter uma opinião e a segunda
pessoa tem outra opinião. - Na hora de tomar decisão, ou de fazer um julgamento, o ponto de
vista do outro submete-se ao nosso ponto de vista

Estádio 3: 12 – 15 anos (Perspetiva da 3a pessoa)


Características gerais
- Os adolescentes conseguem funcionar neste estádio se tiverem pensamento formal - Não
existe só o EU e o TU, já existe o NÓS
- Eu sendo a mesma pessoa, posso ter relação diferentes com amigos distintos - Tem de haver
uma certa abstração já. Esse NÓS é preciso ter abstração para perceber o que é uma relação
(NÓS) Nos pensamentos sobre os relacionamentos já conseguem uma verdadeira articulação
de pontos de vistas. - É isto que dá a capacidade para a empatia. Só nasce aqui na
adolescência. A empatia é pormo-nos no ponto de vista do outro. - A frase já não é: no teu
lugar faria..., mas sim... dadas as tuas circunstâncias.... - A 3a pessoas não sou eu, mas sim é a
capacidade que eu consigo de analisar a relação de fora. Com imparcialidade consigo saltar
fora da relação de forma imparcial, para isso é preciso pensamento abstrato

Estádio 4: 16 + anos (perspetiva profunda) Características gerais - Começa a capacidade de


compreender diferentes camadas de funcionamento psicológico/afetos. Temos uma
perspetiva mais interpretativa da realidade - Eu não só analiso o que acontece, mas consigo
interpretar aquilo que estou a analisar. - Além da análise imparcial, ter a capacidade
interpretava Vou além do que posso pensar

Estratégias para o desenvolvimento interpessoal (A base destas estratégias é colocarmos no


ponto de vista dos outros)
1. Discutir dilemas - Podem ser dilemas de Selman - Que surja na turma, dilemas que tenham
a ver com a vida deles - Problemas reais, se faria ou não. Discussão guiada sempre na
perspetiva do outro 2. Teatralização - O teatro é o melhor que há para a colocação do ponto
de vista do outro - Oportunidades para treinarem o ponto de vista do outro - Sistema de
tribunais: coloca-se uma questão fragrantes (a favor e contra) 3. Aconselhamento por pares
(pessoas da mesma idade na psicologia) - Um faz de psicólogo e outro vai dizer o problema,
vai tentar ouvir e pensar se fosse ele o que faria

Desenvolvimento da disciplina (Sprinthall, anos 80)- Crítica a uma abordagem mais


tradicional- Disciplina como principal preocupação dos professores

Estádio 1: - Idade pré-escolar: 3-6 - Centração do poder: professor (ex: por norma, não
devemos dar poder de escolha consistentemente à criança — na vida há submissão e
autoridade)
Estádio 2: - Idade: 6-12 anos (1o e 2o ciclos) - Centração do poder: professor determina as
regras (não quer dizer que não fomente a participação crítica e opinião dos alunos); pais têm
de guiar, não pode ser ‘faz o que tu quiseres’ (seria como conduzir sem carta de condução!!!
Estádio 3: - Idade: 12-15 anos (3o ciclos) - Consequências da manutenção da disciplina:
médio/longo (enquanto dura a coesão de grupo) - Estratégias: debates/discussões; chave está
em fazer com que percebam que funcionam como um grupo (acontece também nos seus
grupos de amigos, etc)
Estádio 4: - Perigo: individualização a mais, gerando competição (não conseguem pensar como
grupo)
Estádio 5: - Idade: adultos - Centração do poder: totalmente partilhada, todos temos os
mesmos direitos e deveres - Consequências da manutenção da disciplina: longo prazo

Desenvolvimento da Identidade (área síntese)


Identidade - Algo que se constrói ao longo da vida, de acordo com os desafios com os quais
somos confrontados.

Modelo de Erickson = Modelo Episnético - Esquema que estrutura os caminhos possíveis para
a construção da identidade. - O diagrama está dividido em 8 etapas da vida (Na aula só
veremos até à adolescência). - Cada uma das cruzes designa-se por “crise normativa”.

1a Idade: Pequena Infância - Confiança vs Desconfiança


- A figura materna é a pessoa mais privilegiada para o bebé. - Não é só o leite que alimenta o
bebé. É muito importante o que é transmitido através do afeto da mãe.

2a Idade: (2- 4 anos) Primeira Infância – Autonomia vs Vergonha


- A criança começa a expor-se, brinca, já se impõe. Se houver uma autoridade violenta, se
houver censuras, críticas, gozo e etc., a criança “encolhe” (pólo da vergonha).

3a Idade: (4 – 6 anos) – Idade do Jogo – Iniciativa vs Culpa


- Apesar de começarem a frequentar infantários e assim, ainda têm uma relação privilegiadas
com os pais. - Início da curiosidade sexual: começa a perceber que há 2 sexos diferentes.

4a Idade: (7 – 12 anos) – Idade Escolar – Realização vs Inferioridade - A criança vai para a


escola. - Sente-se, pela 1a vez, comparada e avaliada.

5a Idade: (13 – 17 anos) – Adolescência – o balanço das outras crises dão origem à Identidade
vs Confusão de Identidade. - Num pólo positivo, o adolescente (no final da adolescência) sente
que sabe quem é aceita-se a si próprio. - Na confusão ainda tem dúvidas sobre quem é. Ou
então não tem dúvidas, e não se aceita como é.

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