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A CRIANÇA DE 0 A 3 ANOS

RECÉM-NASCIDO E OS 1º MESES DE VIDA

Os bebês já possuem capacidades sensoriais antes do nascimento:


- Tato, 2º mês de gestação. É o primeiro sentido a se desenvolver
- Paladar, 2º mês de gestação (Nascimento o bebê já apresenta uma preferência pelo sabor doce)
- Audição, é possível a partir do 5º mês da vida intrauterina
- Visão é o último sentido desenvolvido.

Parece que o recém-nascido é capaz, desde os minutos que se seguem ao nascimento, de fazer uma
discriminação entre as diferentes figuras geométricas.
Ele acompanha com o olhar um objeto, desde o primeiro ou segundo dia de vida, sendo muito ativo
na percepção de informações visuais, observando o contorno das formas que lhe são apresentadas,
reconhecendo a voz de sua mãe, virando a cabeça em direção a ela. Mostra uma nítida preferência
visual pelo rosto humano.

A voz humana tem, no recém-nascido, efeito diferente de outros sons.


Parece que as capacidades de detecção e discriminação olfativa de um recém-nascido de 4 dias são
quase idênticos às dos adultos.
O recém-nascido não dispõe ainda de um ritmo alternado de vigília-sono.
Durante os primeiros 2 meses de vida, o bebê está em um estado de alerta silencioso apenas por
curtos períodos de tempo.
A motricidade mais conhecida é do tipo reflexo.
Por volta dos 2 meses de vida os ciclos de sono e atividade estabilizam-se, os padrões motores
estão mais maduros, e os padrões de visão mais expandidos permitem novas estratégias de interação.
Os movimentos do recém-nascido são geralmente de aspecto incoerente, afetando o conjunto do
corpo, sem coordenação.

Os recém-nascidos apresentam diferenças interindividuais em várias características do seu


comportamento: A IRRITABILIDADE, A CONSOLABILIDADE, A INTENSIDADE DA ATIVIDADE
MOTORNA E A ATIVIDADE DE SUCÇÃO.

Os organizadores psíquicos, que representam os sinais indicadores de que o bebê atingiu um


determinado grau de organização interna, são:
1 – SORRISO (2 e 3 meses)
2 – ANSIEDADE DIANTE DE ESTRANHOS (7 e 8 meses)
3 – AQUISIÇÃO DA NEGAÇÃO (11 e 13 meses)

4 meses: Bebê é capaz de controlar seus movimentos, coordenar o movimento com os olhos e já
pode tocar os objetos com a mão. O bebê produz sons e é capaz de repeti-los, os escuta e sua
expressão muda. Acontece a primeira tentativa de expressão verbal.
4 a 6 meses: O bebê é capaz de sentar e muda sua relação com os objetos que o cercam. Pode
apoderar-se do que necessita, levar à boca. Elabora que os objetos podem aparecer e desaparecer. O
temor da separação é a angustia mais intensa dessa idade. Começa o doloroso processo de abandonar
a relação única com a mãe e a aceitar a presença do pai. Suas tendências destrutivas incrementam-se
quando aparecem os dentes.

A CRIANÇA DE 1 A 3 ANOS
1 a 3 anos: A criança é caprichosa e imprevisível.
2 e 3 anos: Aceleração do desenvolvimento motor e intelectual.
Fase crítica para o estabelecimento da confiança no “eu” e de um senso de iniciativa.
Estabelecer fronteiras entre ela própria e sua mãe.
Aquisição da sua autonomia.
Reconhece cada vez mais que os pais são pessoas separadas dela e essa “vulnerabilidade”
desencadeia, então, uma certa ansiedade.
A ousadia nesta fase depende de terem por perto o abrigo dos pais.
O período da locomoção é o estágio da AUTONOMIA X VERGONHA e DÚVIDA. Durante o 2º e 3º anos
de vida, a criança adquire autonomia. Corresponde a fase anal do desenvolvimento psicossexual.
Aquisição progressiva do domínio de seus esfíncteres, durante o 2º ano, a criança descobre novas
formas/fontes de prazer, como o da evacuação.
A fase anal é marcada por uma dupla oposição: passiva-atividade, e por outro, submissão-dominação.
Essa relação é, essencialmente, conflituosa e ambivalente (coexistência de amor e agressividade) em
relação ao objeto materno.

DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
Entre 1 e 3 anos: A criança aprende a caminhar sem ajuda.
Criança de 2 anos manipula cubos, examina-os e eventualmente os põe na boca, a criança de 3
anos já é capaz de empilhá-los e utiliza-los como carga para seus carrinhos, por exemplo.
A grande atividade motora da criança nessa idade acentua a necessidade de que lhe ofereçam uma
boa quantidade de materiais adicionais para seus jogos e brincadeiras, como barro, argila, areia seca e
água.
Controle uretral frequentemente coincide com a maturação da sua competência para caminhar.

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E LINGUISTICO


Aos 2 anos, a criança fala em torno de 200 palavras e, próximo ao final do 2º e 3º ano, usa frases
curtas.
Por volta de 2 anos, a criança desenvolve um senso de identidade de gênero, embora a identidade
sexual não seja adquirida até a adolescência.
Surgimento da autoconsciência, preocupação com o seu corpo, que passa também a ser reconhecido
como algo próprio.
Reproduz atos que foram observados em adultos.
Usa imitação para se sentir próxima de seus pais.
Começo de seu senso moral de certo e errado.
A criança de 3 anos já consegue se engajar em brincadeira reciprocas e usa outras crianças como
modelos.
Aos 3 anos, a maioria das crianças fala razoavelmente bem. Em geral, é capaz de contar histórias
simples.
Pensamento da criança é EGOCÊNTRICO. Ela representa as figuras não apenas como as vê, mas como
as sente, como pensam que elas são. Considera seu próprio ponto de vista como único.
Pensamento marcado pela irreversibilidade.

DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIAL


Intensa necessidade de ser protegida e querida por seus pais.
Aos 3 anos, aproximadamente, seja adequada para o ingresso da criança na escola maternal, já que
nesse período a mãe pode ser substituída sem grandes prejuízos.
4 subfases observáveis para o processo de “separação-individualização”: DIFERENCIAÇÃO,
TREINAMENTO, REAPROXIMAÇÃO E O CAMINHO DA CONSTÂNCIA DO OBJETO.

GERAL
O controle esfincteriano, a locomoção, o desenvolvimento da linguagem e a capacidade de simbolizar
estão entre as principais características dessa fase.

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