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DO NASCIMENTO A 1 ANO
02 ANOS
Com essa idade inicia a fase pré-operatória, onde o egocentrismo e o simbolismo estão
presentes. A criança, dentro de si mesma tenta aprender a diferença entre sim e não, entre quero e
não quero.
Estão no estágio inicial dos movimentos fundamentais: primeiras tentativas de desempenhar
uma habilidade fundamental restrita, embora sequencial; uso exagerado do corpo, com ritmo e
coordenação ainda deficiente.
Entre 2 e 3 anos, com relação às habilidades cognitivas a criança torna-se capaz de encontrar
objetos iguais, pode realizar atividades de encaixe (até 03 peças) e de quebra-cabeça (02 peças), imita
linhas verticais e horizontais, coloca miçangas num fio (até 4), empilha até 6 cubos, já pode relacionar
objetos de 3 dimensões, é capaz de nomear gravuras do seu cotidiano, dobra papel ao meio
(imitando), já tem noção de cores e de pequeno e grande.
19/03/2023
3 ANOS
As crianças com essa idade já são mais capazes de prestar atenção em outra criança,
compreendendo sinais. Estão numa fase de menor angústia e negativismo, o seu temperamento se tornou
uma parte segura e reconhecível da relação entre pais e filhos.
Aos 3 anos a criança percebe-se que pode provocar reações com sua fala. A fala, e o uso de
palavras com autoridade é crucial e embora muitas vezes as mesmas se angustiem para tentar terminar a
frase, não se deve intervir, mas sim deixar a criança se expressar.
Embora ainda não saiba ler um relógio, ela já experimenta alguma ideia de tempo dentro da sua
rotina: hora de acordar, hora do lanche, de almoçar... O tempo é portanto um relógio interno subjetivo e
variável dependendo da situação.
O aprendizado sobre espaço surge com 3 anos e meio. O espaço é organizado em torno do que
está dentro do alcance da criança. Há uma associação com o desenvolvimento da linguagem (sob, sobre,
abaixo, na frente...) e a noção de espaço.
Entre 3 e 4 anos as crianças se encontram no estágio elementar dos movimentos fundamentais, o
qual envolve maior controle e melhor coordenação rítmica dos movimentos; aprimoramento da estruturas
espaciais e temporais.
Cognitivamente a criança pode montar quebra-cabeças de até 5 peças, empilhar até 12
cubos/blocos, copiar cruz e desenhar círculos, distinguir figura/fundo, discriminar e nomear cores, assim
como formas, tamanhos e comprimentos, identificar várias partes do corpo, ter noção de leve e pesado,
vestir-se sozinha com mínima ajuda.
4 ANOS
A criança de 4 anos apresenta uma linguagem mais complexa, capaz de conduzi-la a
novas ideias, de articular frases inteiras para se expressar. Há novas satisfações emocionais,
percebendo a recompensa de estar crescendo. Começa a ter mais consciência de que é uma
criança pequena, que apresenta limitações frente ao mundo e por isso o usa da imaginação e
fantasia que permite construir um mundo só para ela, podendo levá-la também a ter medos e
sonhos ruins, frutos dessa imaginação (fase do faz de contas, do amigo imaginário...)
Cognitivamente entre 4 e 5 anos a criança torna-se capaz de exercer habilidades como:
identificar detalhes em objetos e desenhos, relacionar objetos no bidimensional, relacionar
objetos desenhados e em posições diferentes, ter noção de direita e esquerda em si, noção de
comprimento, conceito de cores, montar quebra-cabeça de 6 partes, sequencia lógica, contar
histórias conhecidas, cortar, pintar, colar, noção de tempo, compreende regras simples, realiza
laço com auxílio.
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5 ANOS
6 ANOS
Para a criança compreender a entrada no mundo real. Significa que a criança ultrapassa um
novo limiar e adentrar na primeira série. As diferenças de gênero são inconfundíveis e é instintivo, de
forma geral meninas são mais sociáveis, movimentam-se menos enquanto meninos são mais
agitados e com brincadeiras de luta.
Nessa fase as crianças estão aptas e ávidas por aprender, surgindo início da leitura e escrita. O
ambiente da escola propicia convívio e formas de relacionamento com a professora e com colegas. À
medida que a criança se torna mais independente a autoestima se torna um risco (aceitação,
comparação, avaliações e auto avaliação).
Nas habilidades cognitivas a criança torna-se capaz de conhecer direita e esquerda no outro à
sua frente, percebe e combina figuras abstratas, apresenta memória visual, descreve e interpreta
cenas, desenha figuras simples, demonstra análise e síntese, associa e produz símbolos abstratos.
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7 ANOS
8 – 10 ANOS
PRÉ-PÚBERES E PÚBERES
PÚBERES
LINGUAGEM
Piaget foi o grande pioneiro da teoria cognitiva. Essa teoria focaliza principalmente a
estrutura e o desenvolvimento dos processos do pensamento do indivíduo e como estes
processos afetam a compreensão de mundo da pessoa, ou seja, compreensão das pessoas pela
descoberta do que elas pensam (BERGER, 2003).
Para Piaget e seus seguidores o ambiente não influencia da mesma maneira as crianças.
As influências do ambiente depende do atual estágio de desenvolvimento que a criança se
encontra (COLE; COLE, 2004).
GÊNESE DO CONHECIMENTO
OPERATÓRIO: (7 a 11 ou 12 anos) nesta fase a criança é capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair
dados da realidade. É mais objetiva que intuitiva. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda
depende do mundo concreto para chegar a abstração. Desenvolve também a capacidade de refazer um
trajeto mental, voltando ao ponto inicial de uma determinada situação. A criança já consegue usar a lógica
para chegar às situações de maior parte dos problemas concretos. Entretanto sua dificuldade aumenta
quando se trata de lidar com problemas não concretos. A sequência da maturação e a influência do
ambiente físico e social levam a criança a uma importante acomodação: a operação. Mesmo que as ações
externas tenham grande importância neste estágio, a criança enriquece profundamente a capacidade de
ação interna. Uma das características da ação é a reversibilidade. A criança acompanha a ação com um
trabalho mental sendo capaz de tirar suas próprias conclusões. Neste estágio raciocina a partir de ângulos
diversos e está dentro do quadro geral de flexibilidade que caracteriza a inteligência operacional. É capaz
de colocar objetos em série, classificá-los, etc... O desenvolvimento ocorre a partir do pensamento pré-
lógico para as soluções lógicas de problemas concretos.
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CONTRIBUIÇÕES DE WALLON
Segundo Alves (2007) Wallon assim como Piaget, também dividiu em estágios o
desenvolvimento psicomotor, só que com outra abordagem:
Estágio impulsivo: impulsivo expressivo emocional (0-3 meses), dependência total em relação à
família. O bebê apresenta descargas ineficientes de energia muscular através de espasmos e
movimentos desorganizados.
Estágio emocional: (3 – 9 meses) a emoção é o meio de comunicação do bebê. É o período da
relação afetiva mais contundente desempenhando papel importante para a comunicação.
Estágio sensitivo-motor: (1 – 3 anos) a criança descobre o mundo dos objetos e com o simbolismo,
ela transforma o objeto em uma imaginação. Surge a marcha, a imitação e a linguagem são
ampliadas.
Estágio projetivo: (faixa etária aproximada não definida pelo autor) a criança age sobre o objeto,
projetando-se nas coisas para se perceber.
Estágio do personalismo: (3 anos até adolescência) há uma necessidade de a criança ser reconhecida
pelo outro e o caminho é a tomada de consciência de sua personalidade. Na participação em
diferentes grupos, ela assume vários papeis facilitando sua entrada no meio social
Estágio da adolescência: a afetividade será o centro de interesses e a maturidade virá com o acesso
aos valores sociais e morais, inicialmente abstratos numa preparação para a vida social do adulto.
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Piaget Vygotsky
Aprendizagem ativa Participação orientada
Procura da criança por entendimento de O menor orientado na aprendizagem,
forma instintiva motivado pela interação social
Egocentrismo Aprendizagem no pensamento
O pré-escolar que tende a perceber as coisas O pré-escolar observa os outros para ter
limitando a sua própria perspectiva compreensão, principalmente no domínio
cognitivo
Estrutura Estrutura
Fase de suposições e modalidades mentais, Construção de blocos pela aprendizagem
onde estruturas são derrubadas e colocados pelo professor ou outro que “saiba
reconstruídas mais” ou pela cultura
Pensamento simbólico Desenvolvimento proximal
Habilidade de usar símbolos inclusive na Próximo passo da cognição no qual a criança
linguagem, surge aos 2 anos e persiste por aprende com auxílio influência pelos
toda vida. interesses como também pelo contexto social
Mesmo não sendo da área da psicomotricidade, esses dois autores apresentam contribuições
bastante significativas, quanto ao desenvolvimento motor, conforme resumo apresentado por Alves
(2007) das quatro fases de desenvolvimento conforme Gallahue e Ozmun:
2 Estágio de pré-controle: a partir de 1 ano de idade a criança começa a ter maior precisão e
controle nos movimentos, principalmente devido ao processo de diferenciação entre os
sistemas sensorial e motor e a integração significativa e coerente de informações motoras e
perceptivas; ocorre aprendizagem da obtenção e manutenção do equilíbrio, manipulação de
objetos e a locomoção pelo ambiente, com certo controle e eficiência.
3ª Fase – Movimentos Fundamentais: Essa fase é consequência da fase de movimentos rudimentares. Nela
a criança está envolvida com a exploração e experimentação das capacidades motoras de seu corpo
ampliando movimentos estabilizadores, manipulativos e locomotores, primeiro isoladamente e depois de
modo combinado. Nessa fase alguns movimentos devem ser estimulados para o desenvolvimento dos
movimentos fundamentais: correr, pular (locomotores), arremessar e apanhar (manipulativos) e andar com
firmeza e o equilíbrio num pé só (estabilizadores). Essa fase também é subdividida em estágios.
1 Estágio inicial dos movimentos fundamentais: primeiras tentativas de desempenhar uma habilidade
fundamental restrita, embora sequencial; uso exagerado do corpo, com ritmo e coordenação ainda
deficiente.
2 Estágio elementar dos movimentos fundamentais: envolve maior controle e melhor coordenação rítmica
dos movimentos; aprimoramento das estruturas espaciais e temporais; idade aproximada entre 3 e 4 anos;
O desenvolvimento psicomotor está intimamente ligado à cultura do ser humano, embora haja
diretrizes essenciais e básicas neste processo, a evolução psicomotora em algumas regiões pode parecer e
caracterizar alguns atrasos, ou, ao contrário, uma rica plasticidade de movimentos e expressões. Isso é apenas
questão de estimulação ou não, dessa ou daquela cultura.
• Questões históricas: uso de cabeleiras brancas em séculos passados;
• Questões sexistas: direitos, padrões e comportamentos diferenciados dos sexos;
• Outras questões: econômicas, políticas, etc... (ALVES, 2007).
A psicomotricidade oferece neste sentido, uma visão sistêmica, holística em relação ao
desenvolvimento, discutindo-o como parte indivisível de uma estruturação do sujeito, dizendo que o sujeito
ou se estrutura ou não há sujeito (ALVES, 2007).
A observação psicomotora, em certa medida, quebra regras das observações neurológicas e
psicológicas clássicas, uma vez que se centra numa interação intencional e recíproca entre observador
(mediador) e o observado (criança), entendido como um ser humano único, holístico, sistêmico e evolutivo,
capaz de modificabilidade e adaptabilidade (FONSECA, 1995).