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Psicologia do

Desenvolvimento e
Práticas Integrativas II
Desenvolvimento
Cognitivo na
Adolescência

Prof. Me. Daniel Vargas


Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência
• Os adolescentes podem ser considerados
legalmente responsáveis por seus atos?
Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência
• Estudos de imageamento revelam que o cérebro
do adolescente ainda é uma obra em andamento.
Mudanças dramáticas nas estruturas cerebrais
envolvidas nas emoções, no julgamento,
organização do comportamento e autocontrole
ocorrem entre a puberdade e o início da vida
adulta (em torno dos 20 anos).
Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência
• Estudos mostram que os adolescentes processam a
informação sobre as emoções diferentemente dos
adultos.
• Jovens no começo da adolescência (de 11 a 13 anos)
tendem a usar a amígdala (Centro das emoções).
• Adolescentes mais velhos (de 14 a 17 anos)
apresentam padrões mais adultos, usando os lobos
frontais, responsáveis por planejamento, raciocínio,
julgamento, modulação emocional e controle dos
impulsos.
• Aumento gradual da massa branca
e redução da massa cinzenta.
Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência
• A estimulação cognitiva na adolescência faz uma
diferença crítica no desenvolvimento do cérebro.
• O processo é bidirecional: as atividades e as
experiências dos adolescentes determinam quais
conexões neuronais serão mantidas e fortalecidas, e este
desenvolvimento serve de base para o crescimento
cognitivo naquelas áreas.
• Adolescentes que “exercitam” seus cérebros aprendendo
a ordenar seus pensamentos, a entender conceitos
abstratos e a controlar seus impulsos estão
estabelecendo as bases neurais que utilizarão pelo resto
de suas vidas.
Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência

• A velocidade do processamento de
informação deles continua a aumentar.
Embora o pensamento possa permanecer
imaturo em alguns aspectos, muitos são
capazes de raciocinar em termos abstratos e
de emitir julgamentos morais sofisticados,
além de poder planejar o futuro de modo
mais realista.
Estágios do desenvolvimento
cognitivo
• Sensório-motor (0 - 2 anos)

• Pré-operatório (2 - 7 anos)

• Operações concretas (7 – 11 ou
12 anos)

• Operações formais, por volta


dos 11 anos

(PAPALIA; FELDMAN, 2013)


Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência

A criança operacional concreto


• Uma criança, no estágio das operações
concretas, só consegue resolver problemas se
estiver na presença de algum objeto, por
exemplo:
- Joãozinho tem 6 laranjas e tem que dividir
com seus dois irmãos. Quantas laranjas cada
um vai ganhar?

(PAPALIA; FELDMAN, 2013)


Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência
Adolescente operatório formal
O adolescente, ao começar a examinar um
problema com que se defronta, tenta imaginar
todas as relações possíveis que seriam válidas no
caso dos dados em questão para, em seguida,
combinando procedimentos de experimentação e
de análise lógica, verificar quais destas relações
possíveis são realmente verdadeiras.

(PAPALIA; FELDMAN, 2013)


Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência
Por exemplo:
“Um homem entra em uma floresta para caçar e, de
repente, se depara com uma leoa e seus filhotes. Ele
sabe que a mãe se torna muito mais perigosa quando
se trata de defender sua cria.” Imediatamente ele
avalia a situação e as alternativas.. Sua vida depende
de escolher a melhor alternativa...” Que decisão ele
deve tomar?”
Desenvolvimento Cognitivo na Adolescência

• O desenvolvimento do pensamento do adolescente


lhe permite construir situações ideais, diversas da
realidade.
• Ele é capaz de aceitar, por hipótese, uma premissa
diferente da realidade factual e continuar seu
raciocínio.
Estudo para a Se eu estudar.....
prova ou fico
mais um Se eu ficar na rede social...
pouco na rede
social?

Análise e escolha
Desenvolvimento Cognitivo na Adolescência
Curiosidade
• Certa vez o professor de ciências de Albert Einstein, querendo testá-
lo frente aos colegas de classe, pergunta:
- “Sr. Einstein, quantos rins nós temos?”
Einstein responde de imediato:
-“quatro, senhor”!!
O professor, certo de que havia demonstrado que Einstein não era
tão inteligente como se comentava, retruca...
- “Quatro? Não seriam dois?”
Einstein então explica:
- “ O senhor perguntou quantos rins nós temos. Portanto a resposta é
quatro...dois meus e dois do senhor.”
Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência
O adolescente pode pensar sobre opções e
possibilidades, imaginar-se em papeis diferentes: indo
ou não à universidade, casando-se ou não, tendo filhos
ou não.
Ele é capaz de imaginar consequências futuras de
ações que deve empreender agora, possibilitando uma
espécie de planejamento a longo prazo.
Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência
- O pensamento do adolescente se torna mais flexível.
- Ele é capaz de usar metáforas, formular hipóteses,
- Entender que as palavras podem ter mais de um
significado, podem ter múltiplos sentidos. (Ex.: “Miga,
o Paulinho é um gato!” ou “Ela me encarou e seu
olhar era de pedra”)
- Pode refletir sobre si mesmo, sobre seus próprios
pensamentos, ideias e preocupações.

(PAPALIA; FELDMAN, 2013)


Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência
Uma das consequências da capacidade de lidar com
a lógica combinatória e considerar todos os fatores
possíveis de uma situação ao solucionar um problema
é que, muitas vezes, em situações sociais, tomar uma
decisão pode tornar-se difícil para o adolescente.

(PAPALIA; FELDMAN, 2013)


Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência
O pensamento operacional formal torna possível ao
adolescente não somente conceituar o seu
pensamento, mas também conceituar o pensamento
de outras pessoas.
Porém, seu egocentrismo adolescente, o leva a crer
que as outras pessoas estão sempre preocupadas com
a aparência e o comportamento dele.
Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência

Uma vez que não consegue distinguir o que os demais


estão pensando de suas próprias preocupações, ele
presume, por exemplo, que as pessoas estão tão
obcecadas pela sua aparência como ele próprio.

(PAPALIA; FELDMAN, 2013)


Desenvolvimento Cognitivo na
Adolescência

O egocentrismo se manifesta também em relação ao


sexo oposto. O jovem fica horas cuidando do visual,
imaginando as reações que provocará nas garotas,
enquanto estas passam horas decidindo o que irão
vestir e o tipo de maquiagem que usarão.
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
• O uso da linguagem pelas crianças reflete seu nível
de desenvolvimento cognitivo. A adolescência traz
novos refinamentos. O vocabulário continua a
crescer à medida que o conteúdo de leitura torna-
se mais adulto.
• Entre os 16 e os 18 anos, o jovem médio conhece
aproximadamente 80 mil palavras (Owens, 1996).
• Com o advento do pensamento abstrato, os
adolescentes podem definir e discutir abstrações
como amor, justiça e liberdade.
• Passam a usar com mais frequência termos como
entretanto, caso contrário, de qualquer maneira,
portanto, na verdade e provavelmente para
expressar relacionamentos lógico.
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

• O vocabulário adolescente é caracterizado por rápida


mudança. Embora alguns de seus termos tenham
entrado para o discurso normal, os adolescentes
continuam inventando novas palavras e significados o
tempo todo.
• O vocabulário pode diferir por gênero, etnia, idade,
região geográfica, vizinhança e tipo de escola e varia de
um grupo para outro. “Malucos” e “sarados” envolvem-
se em diferentes tipos de atividades, que constituem os
principais assuntos de suas conversas. Essas conversas,
por sua vez, consolidam laços dentro do grupo.
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

• Conscientes de sua plateia, os adolescentes falam uma


língua diferente com seus pares do que com os adultos .
• A gíria adolescente é parte do processo de desenvolvimento
de uma identidade separada independente dos pais e do
mundo adulto. Ao criar essas expressões, os jovens usam sua
recém descoberta capacidade de brincar com as palavras
“para definir os valores, gostos e preferências únicos de sua
geração”.

Omd! deu
ruim! Crush Pdp,Tmj,
parace que Demorô
tá na
Disney...!
Partiu?
Referências
• BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de psicologia do
desenvolvimento. São Paulo: Ática, 2008.
• PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 12. Ed.
Porto Alegre: AMGH, 2013. Capítulo 11.
• BEE, Helen. O Ciclo Vital. Tradução Regina Garcez. Porto
Alegre: Artmed, 1997.

• CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. Psicologia do desenvolvimento. 2.


ed. São Paulo: Ática, 2010.

• FAW, Terry. Psicologia do Desenvolvimento: infância e adolescência.


Tradução Auriphebo Berrance Simões. São Paulo:
MacGraw-Hill, 1998.

• PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. 17 ed. São Paulo:


Ática, 2008.

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