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TERRA PLANA: Cosmologia

Bíblica x Realidade
Alternativa Satânica

À guisa de introdução, gostaria de compartilhar duas


experiências que me motivaram a pesquisar o assunto para este
ensaio.

Primeira Experiência:

Não muito tempo após eu ter sido salvo, memorizei diversos


salmos, incluindo o Salmo 19. Ao repeti-lo em forma de oração
em minha mente ao longo dos últimos anos, sempre fiquei tocado
pela força dos seguintes versos:

“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a


obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma
noite mostra sabedoria a outra noite… Neles pôs uma tenda para
o sol, o qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se
alegra como um herói, a correr o seu caminho. A sua saída é
desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra
extremidade, e nada se esconde ao seu calor.” [Salmos 19:1-6].

Eu não conseguia deixar de ficar com a impressão que o Senhor


estava falando que o Sol realmente se desloca e que não é um
objeto estático em torno do qual a Terra se move. Na linguagem
da Bíblia, o noivo é uma figura muito positiva, a incorporação
de toda a alegria e realização na vida. O Senhor até aplica
essa figura a Si mesmo, tanto como o marido da nação de Israel
e como o noivo nas bodas do Cordeiro.

No Salmo 19, o sol é comparado com um noivo que sai de seu


tálamo (o leito conjugal) e exultantemente corre um pouco. O
apóstolo Paulo usa uma imagem similar em 1 Coríntios, a de um
atleta em uma corrida, para descrever uma vida inteiramente
dedicada a Cristo. O salmo também diz que o sol percorre um
caminho (a órbita) desde uma extremidade do céu até a outra.
Além disso, como “nada se esconde ao seu calor”, o sol precisa
brilhar em toda parte da Terra durante seu percurso diário.

Inicialmente parecia conveniente interpretar esta passagem das


Escrituras em termos “modernos”, em que a Terra gira em volta
do Sol, mas a Bíblia, como descobri, é uma admirável expressão
literal da mensagem de Deus para a humanidade. Se o Senhor
Deus descreve o Sol de forma tão vívida, como um objeto que
alegremente percorre o céu, em um longo percurso, aquecendo
tudo o que está debaixo dele, então talvez eu devesse
reexaminar a doutrina do Heliocentrismo que me tinha sido
ensinada na infância.

Segunda Experiência:

Isto me leva para minha segunda experiência, que está baseada


em outra doutrina absorvida durante meus tempos na escola. De
acordo com meu professor de Geografia, as fases da Lua eram
causadas pela rotação da Lua em torno da Terra, em que o
ângulo entre a superfície da Lua e o Sol estacionário
determinam a quantidade de luz que atinge a superfície da lua
e, portanto, a “fase” que é vista a partir da Terra. Como uma
criança questionadora, eu tentava imaginar como isso poderia
funcionar, mas tinha grande dificuldade em visualizar as
posições relativas do Sol, da Lua e da Terra à medida que as
sequências das fases ocorriam ao longo dos 29,5 dias (em
média) do período de rotação da Lua.

Após minha experiência com o Salmo 19, decidi revisitar o


enigna das fases da lua e ver se eu conseguia entendê-las.
Tenha em mente que agora tenho quase 60 anos, de modo que um
exercício como este parecia um pouco infantil. Entretanto,
quando pesquisei na Internet exemplos das fases da Lua e dos
movimentos planetários necessários para produzi-las, não
obtive sucesso. Até mesmo um modelo funcional da Terra, do Sol
e da Lua deixava de descrever corretamente as posições
relativas deles. No modelo padrão do mecanismo do relógio, a
Terra girava sobre seu eixo 29 vezes, enquanto a Lua
completava uma órbita em torno dela. Isto pode satisfazer aos
olhos, mas não a mente. O que acontecia ao dia parcial
adicional no período lunar?

Considere o exemplo abaixo, que contrui para minha própria


edificação. O diagrama mostra duas luas cheias sucessivas
sobre a cidade de Paris, a primeira em 2 de julho de 2015 e a
segunda em 31 de julho. O intervalo sinódico entre os dois
eventos é de 29 dias, 8 horas e 24 minutos. (“Sinódico”
refere-se ao intervalo de tempo entre uma fase da Lua, como
uma Lua Cheia perfeita e o próximo aparecimento da mesma
fase.) O diagrama tem o objetivo de responder a uma pergunta
muito básica: Como é possível Paris estar na posição certa
para testemunhar a segunda Lua Cheia se 29,35 dias já
transcorreram? Durante esse intervalo de tempo, a Terra terá
girado 29 vezes e um terço. O terço adicional de uma rotação
significa que, na segunda ocasião, Paris não mais estaria na
posição certa, mas teria rotacionado para uma posição em que a
Lua nem seria mais visível. Além disso, se a segunda Lua Cheia
ocorre às 11h44min, o Sol também não será visível sobre Paris?
Como isto é possível, dado que a Lua Cheia depende do
alinhamento do Sol, da Lua e da Terra?

Quando o diagrama deixou de responder às minhas muitas


questões, tentei duplicar os movimentos relativos dos três
corpos celestes no piso do meu quarto de estudos. De modo a
fazer isso, tive de levar em conta os fatos conhecidos do
movimento lunar, baseados no Modelo Heliocêntrico:

1. A Lua está em rotação síncrona em torno da Terra. Isto


significa que o tempo que ela leva para girar uma vez em
seu próprio eixo é exatamente igual ao tempo que ela
leva para completar uma órbita em torno da Terra. Por
esta razão, o mesmo lado da Lua está permanentemente
diante da Terra.
2. Toda localidade na Terra tem a visão de uma Lua Cheia
todo mês, se as nuvens não atrapalharem.
3. Uma metade da Lua sempre está iluminada pelo Sol. A
única exceção é quando a Terra se interpôe
momentaneamente entre os dois e produz um eclipse lunar.
(Um eclipse lunar somente pode ocorrer durante uma Lua
Cheia, pois todos os três precisam estar alinhados e
temporariamente no mesmo plano para isto acontecer. A
Lua normalmente orbita a um pequeno ângulo em relação ao
plano da rotação da Terra em torno do Sol, de modo que
um eclipse não ocorre muito frequentemente.).
4. O intervalo sinódico médio nunca é menor que 29,18 dias
e nunca maior que 29,93 dias, com uma média em todo o
ano de 29,53 dias (29 dias, 12 horas e 44 minutos).

Por mais que eu tentasse, não havia um modo de eu conseguir


alinhar as três esferas no chão do meu quarto de estudos para
reproduzir as fases da Lua corretamente, respeitamendo ao
mesmo tempo as quatro regras definidas acima. Não funcionava,
independente se o Sol estivesse em movimento ou parado, ou se
a Terra ou a Lua, respectivamente, estivesse girando,
rotacionando, ou parada. Mas, sei a partir da experiência e da
observação, que isto acontece! Como este é o caso, parecia
necessário descartar uma suposição fundamental da Astronomia
moderna, isto é, a de que a Terra é um globo.

O Que a Bíblia Diz?


Para obter uma perspectiva correta sobre tudo isto, precisamos
retornar à Bíblia e considerar mais plenamente aquilo que ela
diz sobre a Terra, a Lua, o Sol e as estrelas. Isto algumas
vezes é chamado de Cosmologia, o estudo do cosmos e sua
estrutura subjacente. A não ser que tenhamos uma clara
compreensão da cosmologia bíblica, estamos susceptíveis a
cometer o tipo de erro que os outros — é o que parece —
cometeram antes de nós.
• A Terra

Quando Deus criou os céus e a Terra, Ele separou as “águas que


estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a
expansão”. O espaço entre as duas águas é chamado de “o
firmamento”. Compreendemos que as “águas debaixo da expansão”
referem-se aos oceanos e a qualquer água abaixo da superfície,
como os enormes aquíferos e lagos subterrâneos. Alguns
eruditos bíblicos acreditam que as “águas que estavam sobre a
expansão” possam se referir à totalidade de umidade na
atmosfera, enquanto que o comentarista Henry Morris especulou
que poderia ter existido um dossel contíguo de umidade na
parte alta da atmosfera antes do Dilúvio, que, devido às
maciças perturbações vulcânicas que ocorreram na Terra durante
o tempo do Dilúvio, desceu sobre a Terra na forma de uma chuva
abundante. Entretanto, se ficarmos o mais perto possível do
significado literal do texto, é difícil deixar de concluir que
as “águas acima” são na verdade acima do “firmamento” e,
portanto, localizadas a uma grande distância, naquilo que
pensamos hoje como o espaço profundo.

O “firmamento” é formado pelos “céus”. A Bíblia na tradução de


Almeida, Corrigida e Fiel (ACF), diz “céu” em Gênesis 1:1: “No
princípio criou Deus o céu e a terra”, mas isto deveria ter
sido traduzido como “céus” (plural, como no original em
hebraico). A Bíblia fala a respeito de três céus.
Compreendemos o primeiro céu com sendo a própria atmosfera da
Terra. O segundo é a região além da nossa atmosfera, que
contém o Sol e Lua. Finalmente, o terceiro é o céu ao qual
Paulo foi “levado” na experiência registrada em 2 Coríntios
12:2. O céu em particular que está sendo referenciado em
qualquer passagem das Escrituras precisa ser inferido a partir
do contexto. Quando a referência é aos “céus”, é necessário
determinar se somente dois céus estão implícitos, ou todos os
três.

A Bíblia indica claramente que a Terra é plana, pois no


processo de criar a Terra e de estabelecê-la, o Senhor
realizou o ato de estender, uma operação que não pode ser
realizada em uma esfera.

“Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e


espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração
ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela.”
[Isaías 42:5].

“Aquele que estendeu a terra sobre as águas; porque a sua


benignidade dura para sempre.” [Salmos 136:6].

A palavra hebraica para “estender” é até mais enfática — raqa


[H7554 na Concordância de Strong], que significa estender
batendo na superfície dela, como uma chapa fina. (Gesenius).

Os versos seguintes também implicam uma Terra plana e que foi


estendida:

“Pois assim como o céu está elevado acima da terra, assim é


grande a sua misericórdia para com os que o temem. Assim como
está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as
nossas transgressões.” [Salmos 103:11,12].

Para fazer sentido, esta símile não pode se aplicar a uma


Terra esférica, em que o oriente e o ocidente não estão
realmente separados, mas na verdade se encontram novamente no
outro lado. Entretanto, em uma Terra plana, o oriente e o
ocidente estão tão distantes quanto podem estar. Isto até
sugere que, como a símile se refere ao oriente e ocidente, e
não ao norte e ao sul, que a Terra está estendida ou
“alargada” a uma extensão maior na direção oriente-ocidente do
que na direção norte-sul.

Quando Satanás veio diante do trono de Deus, conforme


registrado no segundo capítulo do livro de Jó, ele foi
perguntado sobre de onde vinha:

“Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E respondeu


Satanás ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por
ela.” [Jó 2:2].

O relato que Satanás faz de sua atividade é muito mais


aplicável a uma superfície plana — ir de lá para cá e de cima
para baixo — do que a uma superfície esférica. Até mesmo no
idioma hebraico esses termos não carregam a sugestão de
curvatura. Dado que Satanás foi capaz de percorrer toda a
Terra — como a resposta dele implica (ele não pode mentir
diante de Deus) — é notável que ele use termos que são
aplicáveis a um plano, em vez de a uma esfera.

Além disso, quando Satanás tentou Jesus e o levou a um monte


alto, ele lhe mostrou todos os reinos do mundo:

“E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento


de tempo todos os reinos do mundo.” [Lucas 4:5].

A adição das palavras “num momento de tempo” sugere que toda a


Terra tornou-se imediatamente visível a partir daquele ponto.
Em caso afirmativo, então a Terra era plana.

O profeta Daniel faz uma referência similar à totalidade da


Terra quando ele se refere à grande árvore que Nabucodonosor
tinha visto em seu sonho: “Crescia esta árvore, e se fazia
forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e era
vista até aos confins da terra.” [Daniel 4:11].

A grande árvore, que chegava ao céu, somente poderia ter sido


visível até aos confins da terra” se a Terra fosse plana.

Apocalipse 1:7 também diz que, quando Cristo retornar (como


Rei sobre toda a Terra), todos poderão vê-lo: “Eis que vem com
as nuvens, e todo o olho o verá…” Isto também, como a tentação
no monte alto, é indicativo de um evento que ocorre acima de
uma Terra plana.

Alguns comentaristas citam Isaías 40:22 como evidência que a


Bíblia ensina que a Terra tem o formato esférico: “Ele é o que
está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são
para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como
cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar.”

Entretanto, o profeta está claramente falando de um círculo,


ou um disco, não de uma esfera. A palavra hebraica para
“círculo” neste verso é chuwg, significando um círculo, ou
circuito ou compasso. Tivesse Isaías objetivado se referir a
uma esfera, ele teria usado a palavra duwr, significando uma
bola, que ele já tinha usado em outro capítulo:

“Certamente com violência te fará rolar, como se faz rolar uma


bola num país espaçoso; ali morrerás, e ali acabarão os carros
da tua glória, ó opróbrio da casa do teu senhor.” [Isaías
22:18].

Voltaremos a esta questão posteriormente.

• O Sol

Já citamos a passagem de Salmos 19 que descreve o sol como um


noivo. Sabemos também que, a partir dos episódios com relação
ao rei Ezequias e a planície de Gibeão (perto de Jerusalém),
respectivamente, que Deus reverteu o movimento do sol para
Ezequias e o parou para Josué.

Existem também dezenas de passagem que referenciam o


nascimento e pôr do sol. Por exemplo, Salmos 113:3 diz: “Desde
o nascimento do sol até ao ocaso, seja louvado o nome do
SENHOR”. [Salmos 113:3]. O Salmo 104:19 diz: “Designou a lua
para as estações; o sol conhece o seu ocaso”, enquanto que
Eclesiastes 1:5 diz: “Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-
se e volta ao seu lugar de onde nasceu.”

O livro de Jó também observa que o Senhor “fala ao sol, e ele


não nasce, e sela as estrelas” [Jó 9:7]. Isto pode se referir
a um incidente histórico real, similar ao que envolveu
Ezequias e Josué, mas que não foi registrado na Bíblia, ou se
refere simplesmente a um poder que será exercido, se Deus
assim decidir. De qualquer forma, a implicação é muito clara,
isto é, que tudo no universo está sujeito o tempo todo à
vontade permissiva de Deus. A ideia que Deus colocou tudo em
movimento no início e que depois saiu de cena é totalmente
falsa. Ele está tão próximo de Sua criação hoje quanto quando
a trouxe à existência.

• A Lua

Ao mesmo tempo que o Senhor fez o sol se deter sobre a


localidade de Gibeão por solicitação de Josué, Ele fez a Lua
parar sobre o vale de Aijalon (possivelmentente uma
cidadezinha com aquele mesmo nome). Esse incidente também é
referido pelo profeta Habacuque: “O sol e a lua pararam nas
suas moradas; andaram à luz das tuas flechas, ao resplendor do
relâmpago da tua lança.” [Hq 3:11]. As “moradas” às quais o
profeta se refere podem ser equivalentes ao “tabernáculo” do
sol, em Salmos 19:4, embora as palavras no hebraico sejam
diferentes.

A Lua, com sua sequência rígida de fases, parece ter sido


criada como um modo universalmente reconhecível de dividir os
mês em segmentos e o ano em estações: “Designou a lua para as
estações; o sol conhece o seu ocaso.” [Salmos 104:19]. Isto
era especialmente importante quando a definição de datas para
as sete festas de Israel, todas as quais eram calculadas por
referência à data da Lua Nova. Essas festas não eram somente
centrais na vida espiritual de Israel, mas serviam para
destacar os estágios centrais ou “estações” no maravilhoso
programa do Senhor de redenção da humanidade.

Há vários séculos que a ciência ensina que a Lua reflete a luz


do Sol e que, ao contrário dos outros corpos celestes
mencionados na Bíblia, ela não possui luminosidade própria.
Entretanto, há muito tempo que já foi observado que a
“qualidade” da luz da Lua é muito diferente da luz solar. O
livro de Deuteronômio faz uma afirmação surpreendente sobre
isto: “E com os mais excelentes frutos do sol, e com as mais
excelentes produções das luas.” [Dt. 33:14]. Isto parece
sugerir que a luz da Lua possui certas características físicas
que não são encontradas na luz solar.

Isaías dá apoio a essa interpretação quando afirma que a Lua


“faz” sua luz brilhar, exatamente como as estrelas:

“Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão


a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não
resplandecerá com a sua luz.” [Isaías 13:10].

Posteriormente, Isaías faz outra referência ao aspecto da Lua


no período da Tribulação:

“E a luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol sete


vezes maior, como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor
ligar a quebradura do seu povo, e curar a chaga da sua
ferida.” [Is. 30:26].

Em circunstâncias normais, o sol é muito mais do que sete


vezes mais brilhante do que a lua. Claramente, se a luz da lua
for aumentada em intensidade até que ela se equipare à luz do
sol, enquanto que a intensidade do sol for aumentada sete
vezes mais, então o sol não pode ser a fonte da luz da lua.

Ezequiel parece também distinguir entre o sol e a lua com sua


própria luminosidade no seguinte verso:

“E, apagando-te eu, cobrirei os céus, e enegrecerei as suas


estrelas; ao sol encobrirei com uma nuvem, e a lua não fará
resplandecer a sua luz.” [Ez. 32:7].

O conceito de domínio, jurisdição ou autoridade de governar é


importante na Bíblia, de modo que quando se diz que a lua foi
feita para “presidir” a noite”, em conjunção com as estrelas,
podemos esperar que ela disponha do mesmo status de
luminosidade própria:

“A lua e as estrelas para presidirem à noite; porque a sua


benignidade dura para sempre.” [Salmos 136:9].
O livro do Apocalipse também parece se referir a uma lua com
luminosidade própria quando diz:

“E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela


resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o
Cordeiro é a sua lâmpada.” [Ap. 21:23].

Se a lua necessitasse do sol para poder “brilhar’, então a


referência à lua nesse verso não apenas seria supérflua, mas
um tanto confusa. Grande parte da mesma dificuldade apareceria
no seguinte verso de Isaías:

“E a lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o


SENHOR dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém, e
perante os seus anciãos gloriosamente.” [Is. 24:23].

Outro verso do livro do Apocalipse é sugere ainda mais que a


lua possui luminosidade própria:

“E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um


grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de
cilício, e a lua tornou-se como sangue.” [Ap. 6:12].

Se o sol se tornou preto, então ele não está emitindo luz


alguma; se este for o caso, então a lua (que depende da luz do
sol para brilhar) não seria mais visível e não poderia ter o
aspecto avermelhado, como sangue.

No verso seguinte, o apóstolo Paulo também parece implicar que


a lua tem uma “glória” própria, um atributo de luminosidade
própria, similar ao sol e as estrelas: “Uma é a glória do sol,
e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque
uma estrela difere em glória de outra estrela.” [1 Coríntios
15:41].

Embora estas passagens possam não convencer a todos, o


significado delas é bastante claro.

É também interessante observar que, dos três corpos examinados


até aqui, a Bíblia não implica que eles necessariamente têm
uma forma tridimensional. Como tanto o sol quanto a lua são
observáveis — e são descritos como tais — parecemos
justificados em assumir que eles têm a forma esférica ou de um
disco. Naturalmente, a visão moderna é que ambos são
definitivamente esféricos, mas por enquanto simplesmente
queremos estabelecer a posição bíblica.

• As Estrelas

No primeiro capítulo de Gênesis, Deus diz que criou as


estrelas no quarto dia, junto com o sol e a lua:

“E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver


separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e
para tempos determinados e para dias e anos. E sejam para
luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim
foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior
para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite;
e fez as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para
iluminar a terra, e para governar o dia e a noite, e para
fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era
bom. E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.” [Gn. 1:14-19].

O propósito também é declarado: “e sejam eles para sinais e


para tempos determinados e para dias e anos”.

Se a Lua é “para as estações” e o Sol nos permite manter o


controle da passagem dos dias e dos anos, então podemos
inferir que as estrelas são “para sinais”. Isto pode
referenciar o papel delas na navegação marítima ou na viagem
por grandes extensões territoriais. Até muito recentemente, a
maioria das pessoas conseguia ver o brilho do céu noturno e
conhecia perfeitamente os padrões das estrelas em sua região
ou país. Portanto, as estrelas constituíam um padrão
acessível, sempre presente e seguramente familiar dos sinais
noturnos.

Débora, em seu cântico, diz o seguinte: “Desde os céus


pelejaram; até as estrelas desde os lugares dos seus cursos
pelejaram contra Sísera.” [Juízes 5:20].

A palavra hebraica para “cursos” neste verso é mecillah que


também significa estrada, ou caminho. A ciência moderna
rejeita a noção que as estrelas giram diariamente em torno da
Terra, como este verso parece implicar. Ao revés, a ciência
ensina que o movimento observável das estrelas é devido
inteiramente à rotação diária da Terra sobre seu próprio eixo.
Em outras palavras, a ciência ensina que o observador na Terra
está se movendo, não o dossel de estrelas. Entretanto, o fato
de o verso ser expresso na voz ativa — “as estrelas desde os
lugares dos seus cursos pelejaram contra Sísera” — sugere que
as próprias estrelas estão na verdade em movimento.

• Os Céus

Já observamos algumas das características dos “céus” na seção


sobre a Terra. Gostaríamos de observar aqui uma característica
adicional que os céus compartilham com a Terra:

“Eu fiz a terra, e criei nela o homem; eu o fiz; as minhas


mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos dei as
minhas ordens.” [Isaías 45:12].

“Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e


espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração
ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela.”
[Isaías 42:5].

Estes versos de Isaías mostram que os céus também foram


“estendidos”, da mesma forma que a Terra. Outro verso de
Isaías, bem como um do livro de Apocalipse, referenciam que os
céus serão enrolados como um pergaminho no fim dos tempos:

“E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se


enrolarão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai
a folha da vide e como cai o figo da figueira.” [Isaías 34:4].

“E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os


montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.” [Apocalipse
6:14].

A figura aqui é a de um rolo de pergaminho que, tendo sido


estendido para poder ser lido, é enrolado novamente e não se
torna mais visível. Como Apocalipse 6:12 já tinha se referido
ao Sol e à Lua (que estão situados no segundo céu), podemos
inferir que Ap. 6:14 refere-se ao céu em que as estrelas estão
situadas, que é o terceiro céu. Isto implicaria que o segundo
céu não será enrolado como um pergaminho. Ao contrário, o Sol
e a Lua permanecerão no segundo céu durante a Tribulação,
porém o Sol se tornará negro e a Lua se tornará avermelhada
como sangue (presumivelmente durante uma parte significativa
do período da Tribulação).

O livro de Jó também nos diz que o próprio Deus “está na


altura do céu”: “Porventura Deus não está na altura dos céus?
Olha para a altura das estrelas; quão elevadas estão.” [Jó
22:12].

Isto somente pode se referir ao terceiro céu. Como existem


somente três céus, então Deus precisa residir (em algum
sentido) no mesmo céu que as estrelas. O restante do verso
parece sugerir que as estrelas estão na parte inferior do
terceiro céu, enquanto que Deus está na parte superior.

Ao interpretarmos esse verso de Jó, precisamos considerar 1


Reis 8:27:

“Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e


até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta
casa que eu tenho edificado.”

Assim, embora Deus esteja presente na parte superior do


terceiro céu, esse céu não o delimita. A vastidão de Deus não
pode ser compreendida por algo que ele criou, por mais
exaltado que aquilo possa ser.

• Os Fundamentos da Terra
Vamos agora tratar de um tópico que, aparentemente, recebeu
até aqui pouca atenção nos anais do estudo bíblico erudito.
Ele é raramente mencionado pelos pregadores e é duvidoso que
alguém que esteja lendo este ensaio já tenha ouvido um sermão
sobre o assunto. Por exemplo, em seu importante estudo sobre a
geologia bíblica, The Genesis Flood (1961) de John Whitcomb e
Henry Morris, os autores referenciam apenas uma vez os
“fundamentos da terra” e não chegam a uma conclusão
satisfatória sobre o que o termo possa significar:

“Por outro lado, é igualmente sensato dizer que o núcleo e o


manto (da Terra] simplesmente foram criados, essencialmente em
sua forma presente. Talvez esses sejam os ‘fundamentos da
terra’, sobre os quais a Bíblia fala com frequência (por
exemplo, em Jeremias 31:37, Isaías 48:13, etc.). É
questionável se o homem poderá algum dia observar diretamente
a natureza desses fundamentos ou os processos que ocorrem ali,
mas é provável que eles possam exercer grande influência sobre
muitos dos fenômenos geológicos na superfície…” [pág. 221].

Como Whitcomb e Morris estavam assumindo uma Terra esférica —


sem ter examinado os versos das Escrituras que tratam dessa
questão — não é supreendente que ele tiveram dificuldade em
interpretar o termo “os fundamentos da Terra”. Existem
diversos versos nas Escrituras que pulverizam virtualmente o
Modelo Heliocêntrico; o principal deles é o seguinte:

“O SENHOR reina; está vestido de majestade. O SENHOR se


revestiu e cingiu de poder; o mundo também está firmado, e não
poderá vacilar.” [Salmos 93:1].

A palavra “firmado” é equivalente a estabelecido. Para que o


leitor não tenha qualquer dúvida, a Bíblia continua e define
que: “não poderá vacilar”.

A Palavra de Deus diz clara e categoricamente que a Terra não


pode ser movida, a não ser que o próprio Deus decida movê-la.
Todavia, praticamente todos os principais comentaristas tratam
essa passagem de forma figurada. Por exemplo: “O salmista se
consola com o pensamento que o mundo estava firmemente
estabelecido; que nenhuma tempestade poderia ser tão violenta
ao ponto de removê-lo de seu lugar.” (Barnes); “A igreja tem
sido revirada com as tempestades e tem se transferido de um
lugar para outro e obrigada a fugir para as regiões
desérticas; todavia, nos dias finais, ela será estabelecida no
topo das montanhas.” (Gill); “… até o próprio globo poderia
voar pelo espaço… se o Senhor não o mantivesse em sua órbita
estabelecida.” (Spurgeon).

De modo a vermos o quão literal é esta passagem, precisamos


comparar escritura com escritura:

“Trema perante ele, trema toda a terra; pois o mundo se


firmará, para que não se abale.” [1 Coríntios 16:30].

“Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo


algum.” [Salmos 104:5].

“Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se


tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes?
Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas
as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando
as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os
filhos de Deus jubilavam?” [Jó 38:4-7].

“Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que
formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia,
mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o SENHOR e não há
outro.” [Isaías 45:18].

Novamente o mesmo pensamento é reforçado — a Terra é estável;


ela não pode ser movida, nem agora, nem no futuro; ela está
fixada ou amarrada aos fundamentos que são eles mesmos presos
de um modo que o homem aparentemente não consegue compreender.
É difícil interpretar essas passagens de algum modo diferente
do que o significado mais simples. De fato, se a Terra está
fixada e o Senhor quis confirmar o fato para nosso benefício,
é difícil ver como o texto da Escritura diferiria das palavras
já usadas.

É notável que o livro de Jó se refira à “pedra de esquina”


sobre a qual os fundamentos do mundo estão presos. Esta é uma
palavra especial nas Escrituras, uma palavra que é aplicada
quase que exclusivamente a Cristo.

Os fundamentos da Terra também são comparados a “colunas” em


Jó 9:6: “O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas
estremecem.”

Isto parece sugerir que os fundamentos da Terra são


consideravelmente mais profundos do que a própria Terra. A
imagem parece ser a de um grande disco apoiado por uma
fundação de pilares, que estão eles mesmos inseridos em uma
grande “rocha”, a natureza da qual excede a nossa compreensão.

Se este for o caso, então a Terra e seus fundamentos estão


supensos no espaço. Jó 26:7 parece confirmar isto: “O norte
estende sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada.” [Jó
26:7].

O conceito do “norte”, como ele é empregado neste verso,


sugere que o polo norte constitui o centro do disco da Terra,
em torno do qual a Terra está “estendida”. A Terra (incluindo
seus fundamentos) então “fica pendurada” como se estivesse, a
partir desse ponto central, suspensa acima do nada.

Se este for o caso, então as estrelas em seu “circuito” estão


girando como um rolo em torno desse ponto central. Sabemos
também que esse ponto, o polo norte, está ele mesmo
permanentemente alinhado com uma estrela conhecida como
Polaris, em torno da qual gira o dossel radiante das
constelações.

A permanência dos fundamentos da Terra e, assim, a natureza


inamovível da própria Terra, é destacada de forma dramática no
livro de Jeremias. O profeta passou a maior parte de sua vida
advertindo os filhos de Israel que a nação seria destruída se
eles não se arrependessem de suas idolatrias e retornassem
para os caminhos do Senhor. Essa mensagem terrível foi
suavizada de tempos em tempos por uma promessa de Deus que Ele
mais tarde os traria de volta para sua própria terra. Após a
primeira dispersão deles — que teve início em 606 AC — um
remanescente eventualmente retornou a Israel, vindo de
Babilônia, em 536 AC. Isto foi 70 anos mais tarde, como o
profeta tinha predito. Entretanto, Jeremias também se referiu
a uma dispersão mundial posterior e a um reajuntamento, que
envolveria não apenas Judá, mas também Efraim (isto é, tanto o
Reino do Norte quanto o Reino do Sul, “a casa de Israel e a
casa de Judá”). Esse reajuntamento teve início no século 19 e
continua até hoje. Quando Cristo retornar, em resposta ao
chamado de seu povo, que estará em uma situação totalmente
desesperadora, ele derrotará o Anticristo e estabelecerá
Israel como um reino que continuará na eternidade — “E todo o
vale dos cadáveres e da cinza, e todos os campos até ao
ribeiro de Cedrom, até à esquina da porta dos cavalos para o
oriente, serão consagrados ao SENHOR; não se arrancará nem se
derrubará mais eternamente.”[Jeremias 31:40].

Como um sinal de Seu comprometimento em cumprir essa promessa,


independente de quais dúvidas possam entrar nas mentes e
corações dos homens, Deus disse que a promessa seria quebrada
— isto é, que Israel cessaria de existir como uma nação —
SOMENTE se a sequência estabelecida de dias e noites pudesse
ser interrompida. Como isto é inconcebível, a possibilidade
que Deus possa renegar Sua promessa também é inconcebível:

“Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia, e as


ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita
o mar, bramando as suas ondas; o SENHOR dos Exércitos é o seu
nome. Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o
SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma
nação diante de mim para sempre. Assim disse o SENHOR: Se
puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os
fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a
descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o
SENHOR.” [Jeremias 31:35-37].

A seriedade do comprometimento de Deus em cumprir Sua promessa


inclui uma referência à medição dos “céus lá em cima” e a
sondagem dos fundamentos da Terra “cá em baixo”. Como a
continuação ordeira de noites e dias é declarada como uma
certeza, então a impossibilidade que a humanidade possa algum
tempo no futuro medir a profundidade do espaço interestrelar,
ou os fundamentos da Terra, é igualmente certa!

Medite por alguns instantes nesta passagem acima, pois ela é


extremamente importante. Deus está dizendo que, apesar das
orgulhosas afirmações dos cientistas modernos de terem feito
as duas coisas — isto é, ter determinado a extensão externa do
universo e o diâmetro da esfera da Terra, eles na verdade não
fizeram nem uma das duas coisas! Isto significa que a Terra
não pode ser uma esfera, pois o diâmetro de uma esfera poderia
ser medido. Isto também significa, admiravelmente, que a
viagem espacial (incluindo em veículos não tripulados) é algo
impossível, pois se fosse possível, então a humanidade poderia
ser capaz de enviar veículos para bem longe no espaço e
conseguir realizar as necessárias medições científicas.

Esta é uma descoberta espetacular, pois é a prova bíblica que


muitas das afirmações feitas pela NASA são falsas.

Aparentes Anomalias
Antes de examinarmos as implicações desta descoberta, daremos
primeiro uma olhada rápida em algumas anomalias aparentes que
podemos prontamente observar no mundo ao nosso redor. Em vez
de passar tempo analisando cada uma delas, deixaremos para o
leitor refletir sobre a verdade (ou não) de cada anomalia, com
base em sua própria experiência. (Informações adicionais sobre
essas anomalias podem ser encontradas fazendo uma pesquisa na
Internet.)
1. Por que a Lua sempre mostra a mesma face para a Terra?

Os cientistas dizem que, embora a Lua gire em seu próprio


eixo, nunca vemos seu lado oposto por que o período de rotação
da Lua é exatamente igual ao tempo que ela leva para percorrer
a órbita em torno da Terra. Como esta não é uma necessidade
física sob a Leis de Newton, é uma coincidência muito
conveniente para os apoiadores da esfericidade da Terra. Além
disso, apesar de tentar explicar a congruência dos dois
ciclos, isto não explica a variação muito significativa no
comprimento do ciclo lunar, que pode ter no mínimo 29,18 dias,
ou no máximo 29,93 dias.

2. Por que a Lua sempre lumina uniformemente?

Se a Lua é uma esfera e é iluminada quase que exclusivamente


pela luz do Sol, então poderíamos esperar que a região da Lua
que está diretamente diante do Sol fosse tivesse uma
iluminação mais brilhante que as regiões próximas das bordas
da Lua, ao serem vistas a partir da Terra. A luz refletida em
um ângulo nunca é tão intensa quanto a luz refletida
diretamente. Todavia, durante uma Lua Cheia, todas as partes
da Lua são iluminadas com a mesma intensidade, mesmo as
regiões muito próximas das bordas. Ou a Lua não é uma esfera,
ou ela não é iluminada pelo Sol.
3. Como uma Lua Nova pode ser visível durante o dia?

Se a Lua é uma esfera e é iluminada quase que exclusivamente


pela luz do Sol, então uma Lua Cheia pode ser observada
somente quando o Sol está atrás da Terra e todos os três estão
em alinhamento. (A Terra não obstrui a luz do Sol nesse
modelo, pois o plano em que a Lua está orbitando está em
ângulo de 8 graus em relação ao plano orbital da Terra em
relação ao Sol.) Se isso for verdade, como os cientistas
alegam, então como pode a Lua Cheia ser vista durante o dia,
como acontece às vezes? Não deveria ser possível ver ambos o
Sol e a Lua Cheia se todos os três estão em alinhamento!

4. Como os detalhes da superfície da Lua podem ser vistos tão


claramente a olho nu?

A montanha mais alta na Lua é Mons Huygens, com 5.500 metros.


O quão distinto um objeto assim seria, ou até mesmo uma longa
linha de objetos assim, a uma distância de 380.000
quilômetros? Algumas pessoas afirmam terem visto um avião se
aproximar a uma distância de 240 km. Isto pode parecer um
exagero, mas vamos assumir que elas estejam corretas.
Assumiremos também que o avião tem um comprimento de 45 metros
(um pouco maior do que um Boeing 737). Isto dá uma relação
“comprimento/distância” de 1:5280. Se realizarmos um cálculo
similar para Mons Huygens, obtemos uma relação
“altura/distância” de 1:70400. É difícil acreditar que objetos
na Lua sejam mais fáceis de ver por um fator de 14,
especialmente quando a maioria dos detalhes da superfície
lunar que vemos varia em elevação em não mais do que 300
metros, aproximadamente. Portanto, a Lua precisa estar a uma
distância muito menor da Terra do que supomos.

5. Por que a lua ilumina somente as nuvens que estão mais


próximas a ela?

Todos nós já vimos dezenas de fotos como a que é mostrada


abaixo. Se a Lua estivesse a 380.000 km de distância da Terra,
sua luz iluminaria a Terra com feixes paralelos. Se esse fosse
o caso, então nenhuma parte do céu noturno seria mais
brilhantemente iluminado que qualquer outro. Mas, essa foto (e
milhares de outras como ela) mostram que a região do céu que
está mais próxima da lua é mais brilhantemente iluminada.
Novamente, concluímos que a Lua está muito mais próxima da
Terra do que comumente supomos.
6. Como é possível observar uma Lua Cheia todo mês?

A Lua sempre leva mais de 29 dias para completar seu ciclo


sinódico. De modo a observar duas luas cheias sucessivas a
partir do mesmo local na Terra, o local precisa estar em cada
caso diretamente diante da Lua. Entretanto, a Terra terá
completado mais de 29 rotações ao tempo que a Lua tenha
completado seu ciclo sinódico e a local-alvo terá rotacionado
para longe da posição necessária. (Veja o diagrama na pág. 3).
Concluímos que somente é possível ver uma Lua Cheia todo mês a
partir da mesma localidade se a Terra não estiver em rotação.

7. Como os raios do sol podem passar pelas nuvens em ângulos


diferentes?

Se o Sol estivesse a 150 milhões de quilômetros de distância,


seus raios atingiriam a Terra em paralelo. Isso poderia
significar que toda a luz que cai na mesma região faria isso a
partir da mesma direção. Entretanto, muitas e muitas fotos
mostram claramente que este não é o caso. Uma análise de
muitas dessas fotos confirma que esse efeito dos múltiplos
raios não é causado pelas propriedades óticas da atmosfera
(embora este seja um fator), mas pela proximidade relativa do
Sol com a Terra.

8. Por que Polaris nunca muda sua posição no hemisfério norte?

A estrela conhecida como Polaris (também chamada de Estrela do


Norte, ou Estrela do Polo) está permanentemente situada sobre
o Polo Norte. Por esta razão, todas as outras estrelas são
vistas rotacionando em torno dela a cada 24 horas. Os
cientistas afirmam que essa rotação aparente é devida
inteiramente à rotação diária da Terra e que as estrelas não
estão em movimento. Entretanto, essa proposição é difícil de
reconciliar com as fotos de longa exposição de trilhas
circumpolares das estrelas — veja a foto na próxima página.

Grande parte da mesma foto pode ser tirada a partir de muitos


outros lugares na Terra (veja os exemplos na Internet). Se a
Terra estiver em rotação, então deveriam haver algumas
diferenças significativas entre essas fotos devido à assim-
chamada oscilação e inclinação do eixo da Terra, mas isto não
parece ser o caso. Por outro lado, se o dossel de estrelas
estiver girando em torno de uma Terra plana e estacionária,
então todas as fotos devem ser — e são — quase idênticas.

Ademais, se o dossel de estrelas estiver girando uma vez a


cada dia, ele precisa estar muito mais próximo da Terra do que
os astrônomos modernos querem que acreditemos. Certamente não
são milhões de anos-luz de distância!
9. Como os foguetes funcionam no vácuo do espaço?

Os foguetes funcionam no vácuo do espaço ejetando propelente


com força explosiva por meio de um estreito escapamento de
propulsão. De acordo com a Terceira Lei de Newton, a força
(ação) ejetada exerce uma força igual e oposta (uma reação)
sobre o foguete, fazendo-o se deslocar para frente. Mesmo se
essa explicação for válida, ele oculta uma grande dificuldade.
A partir de um ponto de vista puramente mecânico, é
virtualmente impossível garantir que os vetores agregados
exercidos por milhões de moléculas individuais no propelente
explosivo estejam perfeitamente em paralelo e uniformes. A
natureza aleatória do movimento no nível molecular significará
que qualquer desequilíbrio, por menor que seja, resultará em
um correspondente desequilíbrio na força contrária, fazendo a
nave espacial girar.

Em resumo, o movimento caótico no nível molecular resultará em


movimento caótico em um nível macro. Este problema não pode
ser solucionado acrescentando-se mais escapamentos ao foguete,
pois o agregado de todos os vetores de força ainda será
caótico e, portanto, imprevisível.

10. Por que os satélites artificiais não se derretem sob o


calor do sol?

A temperatura no vácuo do espaço é muito próxima de 0 grau


Kelvin. Se esse for o caso, então deve haver um pequeno risco
de sobreaquecimento no satélite. Todavia, as coisas não são
simples assim. Quando os raios do sol atingem a superfície do
metal, eles fazem sua temperatura subir. De modo a permanecer
resfriado, o metal precisa peder calor. Existem somente três
modos como isto pode ser feito — por meio da convecção,
condução ou radiação. Como a convecção e a condução requerem
contato com a matéria (seja sólida, líquida ou gasosa), esses
métodos não funcionarão no vácuo do espaço. Isto deixa a
radiação como o único modo como o satélite como um todo pode
perder calor. Até mesmo se o metal fosse capaz de radiar o
calor o tão depressa quanto ele chega do sol — o que é
duvidoso — parte desse calor ainda iria passar pelo casco do
equipamento via condução. Esse aquecimento iria se acumular
dentro do satélite e fazer seus componentes internos
apresentarem defeito.

11. Por que o horizonte nunca é menor do que o nível do olho,


independente da altura em que se vá?

Se a Terra fosse plana ou um plano estendido em todas as


direções, o horizonte nunca desceria abaixo do nível do olho.
Por outro lado, se a Terra fosse uma esfera, o horizonte iria
descer abaixo do nível de visão à medida que nos elevássemos
em níveis mais altos de altura (em um balão, por exemplo). A
suposta curvatura da Terra esconderia tudo além do nosso
horizonte e, assim, o horizonte pareceria afundar no nosso
campo de visão à medida que subíssemos para um nível mais
alto. Mas, isto não acontece. Mesmo em um avião em um dia
claro, o horizonte permance no nível da visão quando olhamos
diretamente pela janela.

12. Viagem Aérea

O tempo de voo direto de Dublin a Nova York é de


aproximadamente 7,5 horas, enquanto que o tempo de voo de Nova
York a Dublin é de 6,8 horas. A diferença é devido aos ventos
prevalecentes naquela linha de altitude, que vão do oeste para
o leste. Isto tende a tornar mais comprido o tempo de voo para
o oeste e reduzir os voos com destino ao leste.

Entretanto, se a Terra estiver girando em direção ao leste, a


800 km por hora (na mesma latitude), um avião que viaje a 800
km/h nunca chegaria a Irlanda.

A explicação científica tenta contornar isso dizendo que o


avião viaja na mesma estrutura de referência que a Terra — mas
isto é uma tolice. Isto assume que a atmosfera também está
girando a 800 km/h. Se estivesse, a superfície inteira da
Terra seria destruída pela turbulência da força de um furacão.
Qual é a verdadeira explicação? Os aviões trafegam acima de
uma Terra estacionária.

13. Eclusas do Canal

Com 219 km, o canal Grand Union é o mais extenso da Grã-


Bretanha. Ele vai de Londres até Birmingham e tem 166 eclusas.
Essas eclusas separam o canal em compartimentos, que variam em
comprimento e elevação para acomodar os contornos do terreno
nas imediações.

O que aconteceria se todas as eclusas fossem abertas ao mesmo


tempo? A água buscaria seu próprio nível ao longo de todo o
comprimento do canal. Nenhuma quantidade de “curvatura” ou
“gravidade” iria impedir isso. O argumento que os oceanos do
mundo são de algum modo diferentes e, portanto, capazes de
resistir à suposta curvatura da Terra é algo que não faz
sentido.
A água sempre buscará seu próprio nível, independente do
volume da água envolvido. Até mesmo volumes muito grandes de
água são agregações não-rígidas das moléculas e, como tal,
sempre se comportarão no mesmo modo que agregações menores. As
propriedades dinâmicas delas são idênticas.

14. Por que o horizonte no nível do mar não está restringido


pela alegada curvatura da Terra?

Até que distância você consegue ver o mar quando está de pé em


uma praia? A resposta, é lógico, é “até a distância do
horizonte”. Mas quão longe é isto?

Bem, se a Terra é curva e tem um raio de 6.378 km (conforme


informado nos livros-textos de Ciências), então ela deveria se
“encurvar” para baixo em 20 cm (8 polegadas) a cada 1,6 km
(uma milha) de distância. Entretanto, a “curva”, ou declive, é
até mais acentuada após a segunda milha, por referência à
nossa linha de visão. A razão para isto é ilustrada no
diagrama a seguir.

Podemos ver a partir desse diagrama que o “declive” aumenta


pelo quadrado da distância a partir do observador. Os cálculos
são, portanto, como seguem:

Após a primeira milha:(12) x 8″ = 8″ (20 cm)


Após a segunda milha: (22) x 8″ = 32″ (81 cm)
Após a terceira milha:(32) x 8″ = 72″ (183 cm)

De acordo com os livros-texto de Ciências, isto significa que


um homem de 1,90 metro de altura em pé sobre a praia e tenha,
portanto, seus olhos a cerca de 72 polegadas de altura do
solo), não pode ver além de 3 milhas! Mas, sabemos que este
não é o caso. É possível no nível da praia ver muito mais
longe do que isto. Além disso, com binóculos é possível ver
ainda mais longe. Como os binóculos também são restritos à
nossa linha de visão — eles não podem ver em torno de uma
curvatura — então eles também não deveriam detectar nada além
das três milhas de mar, mas sabemos pela experiência que os
binóculos nos permitem ver muito mais longe do que isto.

Deve ser óbvio a partir dessa simples demonstração — baseada


em algo que é provavelmente familiar aos nossos leitores — que
a Terra simplesmente não pode ser esférica.

Por Que o Público Está Sendo Enganado Há Tanto Tempo?


Certamente, com o advento das câmeras digitais equipadas com
lentes telescópicas, o engano da Terra redonda já teria sido
exposto muito tempo antes. Parece haver diversas razões para
isto não ter acontecido:

1. Nossos cérebros estão condicionados pela experiência a


processar as informações visuais por referência àquilo
que esperamos ver. Se acreditamos que a Terra é redonda,
tendemos a desconsiderar qualquer evidência visual em
contrário.
2. A crença em uma Terra plana já foi ridicularizada em um
nível tão grande que é quase o equivalente à loucura.
Portanto, mesmo naquelas raras ocasiões em que uma
pessoa racional consulta sua veracidade, ela tem pouco
incentivo para divulgar aquilo que os outros tomarão
como provas de sua capacidade mental abaixo do normal.
3. A Teoria da Terra Redonda é um dogma central da
propaganda globalista há séculos. (Até mesmo a palavra
“globalista” assume que a Terra é esférica.) A mídia
doutrina continuamente as massas com diversas mentiras
monumentais e fixa-as em nossa imaginação. A
pseudociência do aquecimento global criado pelo homem é
outro exemplo disso.
4. Se um indivíduo inquiridor decidir medir realmente a
alegada curvatura da Terra e testar se a teoria é
válida, ele cairá em problemas. A maioria das
explicações na Internet calcula a curvatura como um
declive de 8 polegadas (cerca de 20 cm) para cada milha
(1,6 km), mas este é um erro elementar. (Algumas dessas
falsas explicações são encontradas em sites de
desinformação na Internet.) O declive de 8 polegadas
aplica-se somente à primeira milha. A razão para isto
deve ser aparente a partir do diagama anterior. Todos os
cálculos precisam ser feitos por referência à mesma
linha de visão. O “declive” aumenta exponencialmente com
a distância a partir do observador (que permanece onde
está).
5. Mesmo se alguém tiver dúvidas sobre a esfericidade da
Terra, pode ser difícil visualizar certas propriedades
físicas de uma Terra plana. Por exemplo, por que os
oceanos não desabam? Resposta: Os oceanos estão cercados
por terra, exatamente como os lagos. Ou, por que
marinheiros não retornaram com descrições incríveis
sobre a borda do mundo? Resposta: Por que todas as
viagens pelos mares do sul terminam na Antártida, que
envolve completamente a massa de terra seca conhecida da
Terra. Isto explica por que os primeiros relatos da
geografia costeira da Antártida eram tão grandemente
inconsistentes. Isto explica também por que as potências
mundiais, via ONU, proibíram completamente a exploração
da Antártida.

É interessante que a ONU usa uma bandeira que na verdade


mostra uma Terra plana.
A Realidade Alternativa de Satanás
O relato bíblico da Criação, incluindo todas as referências à
estrutura do universo, deveria ser estudado diligentemente por
todos os cristãos. O Inimigo tem trabalhado com afinco nos
últimos quinhentos anos, construindo uma “realidade
alternativa” para a humanidade, em que o universo supostamente
apareceu espontaneamente do nada (a assim-chamada Teoria da
Grande Explosão, ou Big Bang); onde toda a vida, incluindo o
homem, “evoluiu” a partir do pó; onde a alma do homem é uma
entidade fictícia (segundo Freud), porém o próprio homem é
intrinsecamente divino (paganismo da Nova Era); onde a Terra é
um minúsculo grão de poeira na borda do cosmos; onde a matança
de milhões de bebês nascituros por meio do aborto é moralmente
neutra; onde civilizações extraterrestres habitam galáxias
distantes; onde “Deus está morto” e o homem precisa salvar a
si mesmo; onde todos os caminhos levam ao céu, ou à
Autorrealização, ou à Consciência Cósmica; e onde a humanidade
é uma ameaça à “sobrevivência” da Terra, sua “mãe” original. A
lista poderia ser estendida ainda mais.

O Mestre da Mentira Conta Mentiras Magistrais

Em Sua santa Palavra, o Senhor Deus nos disse muitas verdades


importantes sobre o mundo em que vivemos. Ele criou a Terra
antes de qualquer outro corpo celestial. Acima da Terra, Ele
colocou dois grandes corpos celestes para sinais e estações: o
Sol e a Lua. Ele também criou as estrelas. Esses corpos foram
colocados no firmamento, a grande área de espaço acima da
Terra. O firmamento é formado por três céus — (1) a atmosfera
da Terra; (2) a região em que o Sol e a Lua existem; e (3) o
terceiro céu, que parece ser composto de duas partes: na parte
inferior estão as estrelas e na superior está o trono de Deus
(que não sequer começa a esgotar Sua grandeza). Assim, o
Senhor se assenta em Seu trono no terceiro céu, enquanto,
figurativamente falando, a Terra é o escabelo para seus pés —
“Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo
dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o
lugar do meu descanso?” [Isaías 66:1].

A Terra, que é plana (como um escabelo), é o centro do


universo. Em torno dela está em movimento o dossel de
estrelas. O Sol e a Lua seguem ambos um percurso celestial
acima da Terra, o Sol de forma diária e a Lua a cada 29,5
dias, em média. A Lua produz sua própria luminosidade. (É
difícil encontrar uma declaração na Bíblia que possa explicar
as fases da Lua.) A Palavra também nos diz que o homem nunca
medirá os fundamentos da Terra, ou a profundidade do espaço.
Isto parece sugerir fortemente que a viagem espacial é
impossível.

Pode ser útil listar o relato bíblico da criação do universo,


ponto por ponto, ao lado da Realidade Alternativa de Satanás —
veja a tabela abaixo:

Realidade Alternativa de
Realidade de Deus
Satanás
A Terra é plana. A Terra é uma esfera.
O Sol segue um caminho A Terra orbita em volta do
acima da Terra. Sol.
A Terra está no centro do A Terra está nas
universo. extremidades do universo.
A Terra é uma criação A Terra é um minúsculo e
especial. trivial grão de poeira.
A Terra foi criada para o O homem é um acidente
homem. cósmico esquisito.
A Terra é totalmente A Terra está se movendo em
estacionária. várias direções.
As leis do universo foram As leis do universo são
estabelecidas por Deus. acidentais.
As estrelas apenas parecem
As estrelas estão em
estar em rotação em torno da
rotação em torno da Terra.
Terra.
O Sol está razoavelmente O Sol está a 150 milhões de
próximo da Terra. quilômetros de distância.
As estrelas não estão a As estrelas estão a milhões
anos-luz de distância. de anos-luz de distância.
Nâo existe vida em outros É certo que a vida “evoluiu”
planetas ou estrelas. em outros locais.
A Terra tem apenas alguns O universo tem 14 bilhões de
milhares de anos de idade. anos de idade.
As estrelas estão se
As estrelas são fixas.
distanciando.
O universo está se
O volume do espaço é fixo.
expandindo continuamente.
O universo foi danificado
Não existe pecado.
pelo pecado.
Deus sustenta o universo O universo não precisa de
pela sua misericórdia. Deus.
Cristo redimiu o universo. O universo está evoluindo.
Cristo voltará outra vez e Um homem perfeitamente
reivindicará a Terra. evoluído governará a Terra.
A grande tragédia para o Cristianismo hoje é que muitos que
professam crer na Palavra de Deus rejeitaram a maior parte das
verdades mostradas na coluna esquerda da tabela. De fato, é
provavelmente justo dizer que menos de 1% acredita em todas
elas.

Por que isto deveria ser assim? Novamente, precisamos levar em


conta o tremendo poder do Maligno para enganar. Ele sabe que
somente pode se salvar do Lago de Fogo se garantir o controle
absoluto sobre as mentes e corações dos homens. Se conseguir
fazer isso, ele pode fazer com que eles cooperem em repudiar
pelo menos uma das promessas proféticas de Deus. Quanto mais
ele possa controlar as mentes dos homens, o mais ele pode
expressar a si mesmo por meio deles. À medida que avançamos
rapidamente para o fim dos tempos, o Maligno conseguiu
adicionar em sua equipe um grande número de indivíduos
talentosos e muito influentes que, em troca de riqueza e
prestígio, estão preparados para fazer sua vontade e propagar
suas mentiras.

Os cristãos se esqueceram disto. Eles se esqueceram que, até o


tempo em que Cristo retornar à Terra, Satanás é o deus deste
mundo. Isto significa que ele pode utilizar sua vasta riqueza
para sua própria vantagem e dispor dela de acordo com sua
vontade. As linhagens sanguíneas dinásticas e super-ricas que
controlam este mundo estão ativamente ajudando o Maligno a
implementar seu plano e a perpetrar sua enganação.

O Engodo do Heliocentrismo

Para Satanás, as enganações mais importantes são aquelas que


solapam a fé que os homens colocam na veracidade do livro do
Gênesis, notavelmente os primeiros onze capítulos, e os
eventos delineados no livro do Apocalipse. Usando seus servos
na Roma no século 16 e em Londres no século 17, ele foi bem-
sucedido em criar uma realidade alternativa que a maior parte
da humanidade acredita que seja verdadeira.
Seu primeiro grande avanço aconteceu quando ele conseguiu
fazer os homens acreditarem que a Terra gira em torno do Sol.
A “oposição” que a Igreja Católica expressou a essa ideia foi
apenas um fingimento, um ato deliberado de lenta capitulação.
Afinal, os homens que estavam fazendo avançar a Teoria do
Heliocentrismo eram eles mesmos agentes de Roma. Entre eles
estavam Nicolau Copérnico, cujo importante tratado sobre o
Heliocentrismo — Sobre as Revoluções das Esferas Celestes —
foi publicado em 1543, mas que, incrivelmente, não foi
condenado pela Igreja Católica por mais de 60 anos! Isto deu
muito tempo para a ideia ganhar aceitação não-oficial nos
círculos acadêmicos em toda a Europa. Sem dúvida, muitos
assumiram que, se a mentalidade extremista que prevaleceu no
Concílio de Trento (1545-1563) não a tinha condenado, então
ela precisava ser admissível, pelo menos de forma não-oficial.

Deve ser observado que Copérnico era um católico-romano leal,


que provavelmente foi ordenado para o sacerdócio
posteriormente em sua vida. Como diz a Catholic Encyclopedia:
“Não existe documento para mostrar que Copérnico recebeu as
ordens superiores… [mas] … o fato que em 1537 o rei
Sigismundo, da Polônia, colocou o nome dele na lista de quatro
candidatos para o assento episcopal vago de Ermland, torna
provável que, pelo menos mais tarde em sua vida, ele tinha
ingressado no sacerdócio.” Galileu também se referiu ao
“sacerdote Copérnico”.

Por volta do tempo em que Galileu começou a fazer lóbi a favor


da Teoria do Heliocentrismo, ela já estava bem estabelecida em
muitas universidades. A oposição papal foi somente uma sombra
da resposta que uma heresia dessa magnitude normalmente teria
encontrado. Em resumo, Roma e, especificamente, a Ordem dos
Jesuítas — que estava dirigindo toda a questão — estava
enganosamente solapando a verdade bíblica, ao mesmo tempo que
fingia defendê-la. Como era de se esperar, a única oposição
séria veio dos teólogos protestantes — que estavam mais do que
familiarizados com a agenda que Roma estava seguindo.
Johannes Kepler, outro bem-conhecido defensor da Teoria do
Heliocentrismo, era um astrólogo profissional que elaborava
horóscopos para seus ricos patrocinadores. Embora professasse
ser um luterano, ele rejeitava o relato bíblico do cosmos. Ele
também se apropriou do mais valioso arquivo de observações
astronômicas na Europa, quando Tycho Brahe, o astrônomo real,
morreu subitamente aos 55 anos. Tivesse ele vivido, Brahe
tinha planejado publicar uma tese científica, usando os mesmos
dados, em suporte a um sistema celeste centrado na Terra (ou
Geocêntrico). Esse evento “fortuíto”, que pode ter envolvido
jogo sujo, permitiu que Kepler reinterpretasse extensivamente
os dados em suporte à sua Teoria do Heliocentrismo.

Satanás tinha tudo a ganhar com a promoção do sistema


Heliocêntrico, e nada a perder. Aqui está uma lista de apenas
alguns dos benefícios a partir do ponto de vista dele:

1. Fica provado que a Bíblia está errada em uma matéria de


grande importância. Portanto, os homens começariam a
duvidar das outras verdades bíblicas.
2. Os homens também começarão a duvidar de seus próprios
sentidos. Em vez disso, aceitarão a autoridade da
Ciência. Se a Ciência disser “É assim que as coisas
são”, então os homens colocarão de lado seu bom senso e
acreditarão em qualquer coisa que as autoridades
científicas estejam dizendo.
3. A ascensão da Ciência permitirá que Satanás desenvolva
mais mentiras — como o Aquecimento Global criado pelo
homem, viagens espaciais, Teoria da Evolução, Teoria da
Grande Explosão, milhões de anos-luz, ou o
Transumanismo. De fato, a suposta existência de
dispositivos que podem causar explosões nucleares pode
ser uma das muitas enganações de Satanás.
4. Como muitos sistemas ocultistas identificam deus com o
Sol, o Modelo Heliocêntrico dá lugar de honra à grande
divindade solar, o próprio Satanás.
5. A Terra pode ser trivializada, relegando-a a uma das
bordas do universo. Ela não é apenas “a terceiro rochedo
a partir do Sol”, mas um minúsculo e irrelevante grão de
poeira nas vastas profundezas do espaço.
6. Se a Terra for um grão de poeira irrelevante, então o
próprio homem não pode ter sido feito à imagem e
semelhança de Deus. Hoje, ele é retratado pela Ciência
como um primata mais evoluído, cujos números precisam
ser drasticamente reduzidos, via alguma forma de
seleção, de modo a “salvar o planeta”.
7. Se a Bíblia estiver errada, ela pode ser retratada como
um artefato criado pelo homem. Como tal, ela não é
diferente das “escrituras” das outras religiões.
Qualquer um que insistir de forma contrária poderá ser
acusado de preconceito, discriminação, provocação e ser
punido de forma apropriada.

A Bíblia Adverte Sobre a Adoração ao Sol


A Bíblia nos adverte sobre a extensão em que Satanás quer ser
adorado na forma do sol. Muitas passagens mostram isto, mas
talvez a mais gráfica seja encontrada em Ezequiel 8. O profeta
foi levado por Deus, a partir de sua base em Babilônia, e
trazido “em visões de Deus” até o Templo em Jerusalém. Os
cristãos precisam compreender plenamente o que ocorreu em
seguida, pois revela o esquema mortalmente tenebroso que
Satanás ainda está operando hoje:

“E estendeu a forma de uma mão, e tomou-me pelos cabelos da


minha cabeça; e o Espírito me levantou entre a terra e o céu,
e levou-me a Jerusalém em visões de Deus, até à entrada da
porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava o
assento da imagem do ciúmes, que provoca ciúmes.” [Ezequiel
8:3].

A imagem em questão era uma estátua de Satanás, ou seu


equivalente. Como o Maligno diz em Isaías 14:13: “Eu subirei
ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no
monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.”.
“E disse-me: Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo?
As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que
me afaste do meu santuário? Mas ainda tornarás a ver maiores
abominações.” [Ezequiel 8:6].

O Senhor diz que essa imagem vil provoca ciúmes nele (esta é a
razão por que ela é chamada “imagem de ciúmes”). É intenção de
Satanás, profanando o Templo, compelir o Senhor a remover Sua
santa presença. (Deus fez isso logo depois, mas somente por
causa das persistentes idolatrias e iniquidades do homem, não
por que não era capaz de derrotar o Maligno. Deus poderia ter
destruído Satanás instantaneamente a qualquer tempo.

“E entrei, e olhei, e eis que toda a forma de répteis, e


animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de Israel,
estavam pintados na parede em todo o redor.” [Ezequiel 8:10].

A sala secreta dentro do Templo, que era conhecida somente dos


“iniciados” do culto solar, estava decorada com todos os tipos
de ídolos pagãos e imagens proibidas de animais. Novamente,
esta é uma provocação deliberada, um insulto profundamente
ofensivo ao Senhor Deus de Israel, pois aquela era a Sua Casa.

“E estavam em pé diante deles setenta homens dos anciãos da


casa de Israel, e Jaazanias, filho de Safã, em pé, no meio
deles, e cada um tinha na mão o seu incensário; e subia uma
espessa nuvem de incenso.” [Ezequiel 8:11].

Esta é a próxima abominação, ou ato de sacrilégio. Aqueles


homens, os anciãos, os líderes de Israel, eram na verdade
sacerdotes iniciados de um culto solar e adoradores secretos
do deus-sol.

“Então me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da


casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras
pintadas de imagens? Pois dizem: O SENHOR não nos vê; o SENHOR
abandonou a terra. E disse-me: Ainda tornarás a ver maiores
abominações, que estes fazem. E levou-me à entrada da porta da
casa do SENHOR, que está do lado norte, e eis que estavam ali
mulheres assentadas chorando a Tamuz. E disse-me: Vês isto,
filho do homem? Ainda tornarás a ver abominações maiores do
que estas.” [Ezequiel 8:12-15].

Até aqui, vimos uma série de abominações sendo praticadas no


Templo de Deus, cada uma pior do que a anterior. Elas eram
formadas por (i) uma estátua de Satanás, (ii) uma sala secreta
adornada com vis ídolos pagãos, (iii) uma reunião de setenta
anciãos para adorar Satanás com incenso, e (iv) uma reunião de
mulheres na porta do Templo, para chorar por Tamuz (um termo
babilônio para Satanás. Elas estavam pranteando a morte de
Ninrode (Tamuz), que iria renascer como o filho de Semíramis
(também conhecida como a deus Ísis, ou Astarte)]

“E levou-me para o átrio interior da casa do SENHOR, e eis que


estavam à entrada do templo do SENHOR, entre o pórtico e o
altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo
do SENHOR, e com os rostos para o oriente; e eles, virados
para o oriente adoravam o sol.” [Ezequiel 8:16].

O Senhor descreve esta cena como a mais abominável de todas —


a adoração aberta ao Sol.

Satanás faz todos os esforços para ser como Deus. Já que Deus
nunca muda, mas é o mesmo ontem, hoje e para sempre, Satanás
quer exibir a mesma característica. Mas, como um ser criado,
ele está continuamente aprendendo. Nesse sentido, ele não
consegue deixar de mudar. Mas, ele ainda quer ser adorado hoje
como era nos tempos antigos.

Os “anciãos da casa de Israel” — aqueles que exerciam controle


político total sobre Israel — eram adoradores secretos de
Satanás na forma do sol. Similarmente, a cabala da elite das
famílias antigas que controla o mundo hoje também adora
secretamente Hélios-Apolo (Satanás), o deus-sol. Como os
anciãos de Israel, eles também querem construir um muro de
separação permanente entre o Senhor e a humanidade. Eles até
fingem adorar o único Deus verdadeiro.
Como essas famílias são imensamente ricas, elas conseguem
financiar engodos globais dos tipos mais vis e desprezíveis.
Isto é demais para acreditar? Se você pensa que sim, então
sugiro que leia o capítulo 8 de Ezequiel repetidas vezes.
Permita que sua mensagem terrível entre em sua mente. Em
seguida, leia os Salmos 64 e 140, que descrevem o modo de
operação dos ímpios.

A Pedra Falsa da Lua

O embaixador norte-americano na Holanda presentou formalmente


o primeiro-ministro holandês com uma amostra da “pedra da
lua” durante uma visita dos três astronautas, Armstrong,
Aldrin e Collins, em 1969. A pedra foi posteriormente doada
ao Rijksmuseum, em Amsterdam, e colocada em exibição pública.
Em 2009, alguns cientistas visitantes expressaram a visão que
a “pedra da lua” era falsa. As autoridades do museu
encaminharam a amostra para um teste e descobriram que ela
era apenas madeira petrificada. De acordo com uma reportagem
de notícias da BBC, “as autoridades dos EUA disseram que não
tinham explicação para a descoberta holandesa.”
Conclusão
A Grande Enganação no Fim dos Tempos

O programa espacial da NASA é uma enganação? Sim. A NASA é


exatamente como Hollywood, Disney ou Dreamworks, uma fábrica
de fantasias para as massas humanas. Eles foram concebidos por
gnósticos, criados por gnósticos e administrados por
gnósticos, todos com o propósito principal de convencer o
mundo que Satanás é um deus verdadeiro. Como tal, eles são
todos parte do grande engodo do fim dos tempos.

Os cristãos precisam refletir atentamente sobre uma verdade


fundamental da teologia bíblica, uma verdade que
frequentemente é negligenciada, embora lance luz considerável
sobre as questões que tratamos aqui neste ensaio — Deus criou
a Terra para Seu Filho.

“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e


na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi
criado por ele e para ele.”[Colossenses 1:16].

Observe as palavras “e para ele”.

Veja também o Salmo 2, que descreve uma revolta mundial contra


o Senhor Deus de Israel. Acredito que todos os cristãos e,
especialmente os pastores, precisam memorizar esse salmo, pois
ele fala com clareza admirável do desafio que agora está
diante de cada um de nós:

“Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas


vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam
juntamente contra o SENHOR e contra o seu ungido, dizendo:
Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas.
Aquele que habita nos céus se rirá; o SENHOR zombará deles.
Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará. Eu,
porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião.
Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu
hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança,
e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com
uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de
oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos
instruir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor, e
alegrai-vos com tremor. Beijai o Filho, para que se não ire, e
pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira;
bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.” [Salmos
2:1-12].

Este Salmo proclama solenemente a soberania que Cristo


exercerá sobre todo o mundo! Ele terá “os fins da terra por
sua possessão”. Todas as nações gentias serão obrigadas a se
submeterem à Sua autoridade; aquelas que se opuserem serão
esmigalhadas, como um vaso de cerâmica que é quebrado.

Que Tipo de Terra Deus Criou para Seu Filho?

Como o único Filho de Deus, Cristo Jesus governará sobre toda


a Terra, a mesma Terra que Deus criou para Adão.

Se é assim, então precisamos perguntar se nosso Pai Celestial


teria criado a Terra como pouco mais do que um minúsculo grão
de poeira na borda do universo, sabendo que Seu Filho um dia
iria reinar sobre ela: Ele teria permitido ao Sol dominar o
universo, quando Sua Palavra coloca claramente a Terra no
centro? Ele teria criado civilizações extraterrestres, quando
Sua Palavra deixa perfeitamente claro que Ele não fez nada
desse tipo? Ele teria colocado as estrelas e galáxias tão
distantes que não podemos sequer compreender as distâncias
envolvidas?

É claro que não!

Nosso Pai Celestial criou a Terra verdadeiramente maravilhosa


descrita no livro de Gênesis para Seu Filho. Adão foi o
beneficiário e soberano inicial, mas fracassou, como Deus
sabia que ele iria fracassar. O último Adão — Cristo Jesus de
Nazaré — é agora o único proprietário legal e monarca-em-
espera de toda a criação.

A Terra foi criada por Cristo e para Cristo. Em seu estado


original, no tempo da criação, ela era um lugar de beleza
incomparável. Até hoje, mesmo tendo sido danificada pelo
estrago que o pecado inflingiu, ela ainda é admiravelmente
bonita. Como um presente adicional ao Seu Filho, o Pai
restaurará plenamente a Terra à sua perfeição original no fim
do Milênio.

Satanás odeia nosso Pai Celestial. Ele odeia a Cristo Jesus, o


Filho de Deus. Ele odeia a Terra e todos que vivem nela. Além
disso, ele dirá todas as mentiras que puder imaginar — e
matará o número de pessoas que considerar necessário — para
reinar aqui em lugar de Cristo. Algumas de suas mentiras são
absurdas, porém em seu estado caído, os homens e mulheres em
toda a parte estão dispostos a acreditar nelas.

Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu.


Data da publicação: 26/8/2015
Transferido para a área pública em 31/7/2017
A Espada do Espírito:
http://www.espada.eti.br/cosmologia-1.asp

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