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A UTILIZAÇÃO DE DESAFIOS PARA ESTIMULAR O RACIOCÍNIO LÓGICO DOS

ALUNOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA

Josiane Davibida1
José Roberto Costa2

RESUMO: O presente artigo apresenta aspectos relacionados ao projeto de


intervenção pedagógica realizado na disciplina de Matemática, tendo como foco a
utilização de desafios no ensino de Matemática com a intenção de contribuir no
aprimoramento do raciocínio lógico dos alunos do 7º ano do Ensino Fundamental.
Justifica-se o seu desenvolvimento em virtude de propiciar, no ensino de
Matemática, a utilização de um recurso diferenciado que, devido ao seu caráter
lúdico e desafiador, propicia maior motivação para os alunos participarem das aulas,
bem como aprender os conteúdos abordados. No seu desenvolvimento foi
empregado o método de Estudo de Caso, em uma turma do 7º ano do Ensino
Fundamental. Ao término do seu desenvolvimento, foi possível constatar que os
alunos demonstraram um maior interesse em participar das aulas de Matemática,
apresentando um bom desempenho na resolução dos desafios propostos, que é
fruto da maior participação em sala, o que indica que este recurso motiva o
aprendizado e contribui no aprimoramento do raciocínio lógico dos estudantes.

Palavras-Chave: Desafio. Ensino. Matemática. Raciocínio Lógico.

1 INTRODUÇÃO

O ensino de Matemática, a partir da década de 1990, passou por importantes


mudanças, destacadas em documentos como as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica (PARANÁ, 2008), propondo aos docentes a condição de tornar os
alunos mais participativos e descobrirem a importância do conhecimento matemático
para sua educação e para sua vida.
Nesse contexto, a intenção maior é a superação do modelo tradicional da
prática docente empregado nessa disciplina, baseado na memorização e
mecanização, sem haver um aprofundamento maior no significado e no sentido do
conteúdo assimilado.


1
Professora graduada em Matemática com especialização em Educação Especial pelo ESAP e
Educação de Jovens e Adultos pela Universidade São Braz.
2
Orientador: Prof. Dr. José Roberto Costa, docente efetivo do Departamento de Matemática da
Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO.
Essa prática tradicional não torna favorável a percepção da relevância do
conhecimento matemático, fazendo com que um número significativo de educandos
passassem a considerá-la como difícil, sem qualquer conexão com a realidade que
vivenciavam.
Mediante essa situação, o professor dessa disciplina passou a ter a
incumbência de estabelecer novas práticas educativas, com a intenção de tornar o
conteúdo mais acessível, propiciando a aprendizagem e despertando um interesse
maior em relação a esse conhecimento.
O ensino de Matemática não pode mais se centrar no uso das atividades
propostas nos livros didáticos, mas incorporar novos elementos que realcem sua
contribuição no desenvolvimento do estudante.
O uso desses novos elementos tem, entre outros objetivos, a intenção de
estimular o raciocínio lógico, que é a capacidade do aluno estabelecer uma
determinada conclusão ou resolver algum problema de forma coerente, empregando
os recursos mais adequados para encontrar a solução ou uma explicação razoável
para o resultado encontrado.
A disciplina de Matemática, em função de seus conteúdos e de suas
atividades, tem a condição de colaborar para que o estudante desenvolva essa
capacidade, indicando a condição de estruturar seu pensamento e agilidade de
raciocínio para resolver o que é proposto pelo docente.
Um fator que colabora para desenvolver o raciocínio lógico nas aulas de
Matemática é a utilização de desafios, como charadas e problemas que “desafiam” o
educando, proporcionando uma motivação maior para participar das aulas e para ter
uma compreensão mais relevante do conteúdo abordado.
Nesse sentido, as aulas de Matemática se tornam mais dinâmicas,
favorecendo interações entre os educandos e o professor, que resultam em
compartilhamento de experiências e conhecimentos, o que contribui para a
compreensão e assimilação do conteúdo.
Outro aspecto a ser considerado é que os desafios possibilitam o emprego da
dimensão lúdica no ensino da Matemática, propiciando aos educandos terem maior
interesse em realizar as atividades propostas.
Considerando essa abordagem, o presente artigo apresenta os principais
resultados relacionados a uma intervenção pedagógica desenvolvida no ensino de
Matemática, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, com a
intenção de contribuir para que a prática docente incorpore novos instrumentos que
tornem a aprendizagem mais motivadora e favoreçam o desenvolvimento do
raciocínio lógico dos alunos.
O projeto foi implementado em uma turma do 7º ano do Ensino Fundamental
do Colégio Estadual Vereador Heitor Rocha Kramer – EFM, situado no município de
Guarapuava – Pr.
A problematização que orientou a realização do projeto de intervenção
envolveu o seguinte questionamento: De que forma o uso de desafios colabora para
o desenvolvimento do raciocínio lógico do aluno e do seu aprendizado dos
conteúdos de Matemática?

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O ensino de Matemática, na atualidade, demanda que o professor estabeleça


uma prática diferenciada, evitando a reprodução de uma atuação pautada apenas no
repasse dos conhecimentos matemáticos. Costa (2013, p. 16) indica que o docente
precisa “[...] dar conta de um ensino mais eficiente e uma aprendizagem de
Matemática de melhor qualidade”.
Os fatores destacados por Costa (2013) realçam que o ensino de Matemática
precisa se tornar mais dinâmico, considerando novos referenciais na abordagem dos
conteúdos, como o saber matemático que o aluno constrói empiricamente no seu dia
a dia e situações cotidianas, onde o conhecimento matemático é empregado
naturalmente, como o controle dos gastos nas residências ou o uso de sua mesada
durante a semana, por exemplo. Nesse cenário, o educando perceberá o valor do
saber matemático em sua vida, podendo estabelecer uma nova relação com a
disciplina que, na maioria das vezes, é temida, conforme indica Tokarnia (2014, p.
3): “Temida por muitos estudantes, a Matemática é considerada uma das disciplinas
mais difíceis da fase escolar”.
Considerando a intenção de favorecer a formação de um aluno melhor
preparado para intervir na realidade social, é importante que este compreenda o
significado do saber que está assimilando, representando um importante avanço
quando se considera que, anteriormente, o principal indicativo da aprendizagem em
Matemática era a memorização do conteúdo.
A perspectiva de intervenção na realidade social decorre do fato da
Matemática ser considerada como tendo um:

[...] papel decisivo, pois permite resolver problemas da vida cotidiana, tem
muitas aplicações no mundo do trabalho e funciona como instrumento
essencial para a construção de conhecimentos em outras áreas
curriculares. Do mesmo modo, interfere fortemente na formação de
capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e na agilização do
raciocínio dedutivo do aluno (BRASIL, 1997, p. 15).

A percepção desse potencial do conhecimento matemático pelo aluno


demanda uma prática docente diferenciada, que permita uma participação mais
significativa, principalmente quando se considera que a prática tradicional fazia com
que este mantivesse uma postura passiva, sendo um mero receptor dos saberes
abordados pelo professor.
Agindo dessa forma, o docente contribui para que dificilmente seja
concretizado um aprendizado matemático relevante, fazendo com que, muitas
vezes, o estudante mantenha uma postura desfavorável para essa disciplina,
condição que faz com que ela apresente um nível elevado de reprovações no Ensino
Fundamental. Segundo Soares e Scheide (2004, p. 8-9):

A análise da realidade leva à constatação de que o ensino de matemática é


responsável, em grande medida, pela retenção e evasão escolar, e
conseqüentemente, pela reprodução das desigualdades sociais na escola
pública. Esse fato justifica a busca de novos paradigmas para o fazer
matemático.

A mudança desse cenário perpassa pela iniciativa do professor em rever sua


prática docente, procurando estabelecer ações que permitam ao aluno ter uma
participação ativa na compreensão e assimilação dos conteúdos matemáticos, como
também pelo reconhecimento de sua importância, tanto na sua formação escolar
como no seu preparo social. A partir dessa perspectiva, torna-se possível atender
aos fatores de eficiência e qualidade no ensino e na aprendizagem da Matemática
propostos por Costa (2013).
Cabe ressaltar, conforme indica Alarcão (2003), que a prática docente não é
um fator pronto, que não possa ser modificado, mas apresenta uma natureza flexível
e dinâmica, pelo fato de incorporar novos referenciais que permitam o seu
aprimoramento, fazendo com que tenha melhor condição de atender aos anseios e
necessidades dos alunos no ensino de Matemática.
O atendimento desses fatores envolve o desenvolvimento de novos
elementos que propiciem uma interação maior com os conteúdos, fazendo com que
as aulas se tornem mais dinâmicas e haja maior motivação e interação visando o
aprendizado.
Entre esses elementos se destacam os desafios, que tem como intenção
proporcionar o desenvolvimento do raciocínio lógico do educando, possibilitando que
o aprendizado do conhecimento matemático não seja apenas aquele que envolve a
memorização, mas sim aquele que é compreendido e assimilado pelos alunos.
Scolari, Bernardi e Cordenonsi (2007, p. 7) indicam que o raciocínio lógico
representa:

[...] uma capacidade que define como pensar de forma mais crítica no que
diz respeito a opiniões, inferências e argumentos, dando sentido ao
pensamento. O raciocínio lógico auxilia os estudantes no entendimento, na
compreensão de conceitos básicos, na verificação formal de programas e
melhor os prepara para o entendimento do conteúdo de tópicos mais
avançados.

Por meio do raciocínio lógico, o estudante permite estruturar o pensamento


que, quando engloba a resolução de uma atividade, envolve o emprego de normas
para que o resultado alcançado tenha uma explicação plausível, capaz de
comprovação.
Nesse sentido, quando envolve o conhecimento matemático, emprega-se o
raciocínio lógico-matemático, cuja intenção maior é propiciar que o estudante possa
compreender e assimilar saberes que permitem a resolução das mais variadas
atividades relacionadas à Matemática.
No seu desenvolvimento, o emprego de desafios é de grande valia, por se
constituírem, segundo Moser (2008, p. 19) em:

[...] atividades diferenciadas nas aulas de Matemática, podendo aparecer


sob a forma de charadas (qual o próximo número, quadrado mágico, quem
é o mais velho, etc.) e também sob a forma de problemas. O nome desafio
é utilizado para chamar a atenção do aluno, como o próprio nome diz, para
desafiá-lo. Essas atividades são realizadas com o objetivo de motivar os
alunos à aprendizagem, bem como incentivar a criatividade e a diversidade
de estratégias de solução, podendo haver vários acertadores e é valorizada
a competição saudável entre os alunos.

O emprego de desafios representa uma mudança na rotina das aulas de


Matemática, estimulando os estudantes a utilizarem seu raciocínio lógico para
conseguirem resolvê-los, o que tende a ser motivador, por estes se sentirem
desafiados. Outro aspecto a ser considerado é a possibilidade de trabalho em
duplas ou em pequenos grupos, o que, quando bem planejado pelo docente, pode
resultar em uma interação interessante para o aprendizado.
Há também, na percepção de Pyziak, Soares e Santos (2013), a possibilidade
da exploração da dimensão lúdica que, sobretudo nas séries iniciais do Ensino
Fundamental, torna-se relevante para que o envolvimento com o conhecimento
matemático seja mais prazeroso, propiciando a aprendizagem.
Seu emprego também é recomendado nas séries finais do Ensino
Fundamental, pois, conforme relatam Ribeiro e Paz (2012, p. 6), o lúdico é de:

Extrema relevância para a Matemática, porque os alunos são levados às
experiências que envolvem erros, incertezas, construções de hipóteses,
entre outras, o que contribui para o desenvolvimento e o aprimoramento do
raciocínio lógico do educando.

Nesse sentido, o professor encontra condições de estabelecer uma prática
mais dinâmica, com condições de estimular a participação do aluno, como também
desmistificando a imagem de “difícil” que a Matemática ainda possui, contribuindo
para que, de forma lúdica, por meio dos desafios, consiga compreender e aprender
o conteúdo abordado.
Strapason (2011, p. 19) relata que: “É sabido que o objetivo principal do
ensino da Matemática é desenvolver o raciocínio lógico, o pensamento
independente e a criatividade”, aspectos que podem ser contemplados pelo uso dos
desafios pelo professor em sala de aula, rompendo com as metodologias
tradicionais, que empregam apenas a exposição dos conteúdos e a memorização, o
que torna o processo de ensino pouco atrativo.
Nesse contexto, o educando vai desenvolvendo sua capacidade de dedução,
adquirindo e aprimorando seu raciocínio lógico conforme o nível de dificuldade dos
desafios apresentados ao longo do processo de ensino de Matemática, contribuindo
também para sua atenção e concentração, o que favorece o aprendizado do
conteúdo abordado.
Diante do exposto, Seara (2009, p. 16) salienta que, com a utilização dos
desafios no ensino de Matemática, torna-se possível:

[...] a construção e organização do pensamento lógico-matemático; o


desenvolvimento da capacidade de leitura e análise crítica; o auxílio na
interpretação de outros tipos de textos; e colabora para desmistificar a
matemática, tornando-a prazerosa para o aluno.
Tais indicativos denotam que a prática docente no ensino de Matemática
busca conduzir o aluno a desenvolver sua capacidade de raciocínio lógico e obter as
aprendizagens esperadas em relação ao conteúdo.

3 RELATO DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Na aula inicial da intervenção pedagógica, houve a apresentação do projeto


para os alunos, sendo realçada a importância do desenvolvimento do raciocínio
lógico para a aprendizagem de Matemática. Foi destacado que as atividades iriam
apresentar níveis diferentes de dificuldade, sendo iniciado com o Nível I, em que os
desafios, charadas, enigmas, problemas de raciocínio, entre outros são
considerados de baixa dificuldade.
A primeira reação dos estudantes foi de cautela, sendo que uma aluna
pontuou que não estavam acostumados com o uso de desafios e, como o nome
sugere, deveria ser muito difícil a sua resolução.
Procurei, então, destacar que os desafios exigiam maior concentração, como
também envolvimento no que estava sendo proposto, para que o resultado final
fosse obtido. Mas era importante também considerar todo o processo que envolvia a
resolução, como forma de estimular o uso do raciocínio.
Ressaltei também que os desafios possuíam uma relação com o lúdico, o que
propiciaria maior motivação para a sua resolução, por representar uma nova forma
de abordagem do saber matemático, o que tende a propiciar, considerando o
posicionamento de Pyazik, Soares e Santos (2013), um ambiente mais dinâmico,
com condições de motivar a aprendizagem, aspecto que favorece sua ocorrência.
Esse esclarecimento conseguiu minimizar as desconfianças que poderiam
existir. Com o desenvolvimento das atividades, os alunos passaram a ter uma
perspectiva positiva dos desafios e charadas, tanto que adotaram uma postura
favorável a participação, o que resultou em um clima positivo à interação e à
cooperação na resolução do que era proposto.
Foi possível verificar, já na primeira aula, que os desafios, conforme indicam
Scolari, Bernardi e Cordenonsi (2007, p 15), estimulam “[...] a curiosidade para
resolver as atividades propostas, ampliam conhecimentos e despertam interesses”.
Na segunda aula, constatei que os estudantes demostravam maior interesse
em relação aos desafios que seriam propostos, sendo que um aluno expôs que
deveriam ser bem difíceis, para poder demonstrar que tinha plenas condições de
resolvê-los sem o auxílio do professor.
Asseverei que minha função era de prestar auxílio para que eles pudessem
realizar da melhor maneira possível as atividades indicadas e que, mais do que
resolver o desafio, era importante estimular o raciocínio lógico, por ser um
componente pertinente para o aprendizado de Matemática.
Entre as atividades propostas, a primeira envolveu a apresentação de dez
charadas, sendo que os alunos conseguiram acertar nove, o que representa um
índice satisfatório de acerto. Nas demais charadas, o nível de acerto variou de seis a
nove. O número de alunos participantes dessa atividade foi de trinta e cinco.
Constatei, nesse segundo dia, que os desafios propiciam uma inovação salutar ao
ensino de Matemática, pois, conforme indica Moser (2008, p. 31), é “[...] possível
ensinar e aprender Matemática misturada com a diversão, mantendo o aluno
interessado e propiciando novas ideias e pensamentos criativos”.
Não se trata de uma percepção constituída de forma prematura, em função de
terem sido realizadas duas aulas apenas, mas sim a constatação de que, ao ser
desafiado, o estudante passa a ter uma motivação maior para resolver o que é
proposto, o que estimula seu raciocínio lógico.
Percebi que, conforme expõem Santos, Oliveira e Carvalho (2009, p. 16), que
o emprego de “[...] um novo modo de ensinar e valorizar a Matemática, tornando seu
aprendizado interessante e significativo”, exige uma postura mais flexível por parte
do docente, como também o estabelecimento de uma forma mais dinâmica para o
aluno interagir com o conhecimento matemático.
Na terceira aula, os alunos demonstraram maior autonomia da resolução dos
desafios, sendo que dezoito estudantes conseguiram resolver as atividades
propostas sem auxílio e os demais necessitaram de apoio docente. Os educandos
que necessitaram desse apoio evidenciaram dificuldade de interpretação, que foram
superadas com as explicações da professora, o que lhes propiciou concluírem os
desafios.
No decurso dessas aulas foi possível constatar que houve uma aproximação
maior com os alunos, sendo que estes buscavam meu auxílio para tentar resolver os
desafios por conta própria, condição percebida no fato destes pedirem explicações
para compreender melhor o que a atividade pedia. Diante dessa situação, foi
possível atingir a sugestão de Becker (2005, p. 31), em que “[...] o mestre precisa
manter bom vínculo com os escolares, pois poderá influenciar os sentimentos
pessoais e a relação com a disciplina matemática, bem como favorecer melhores
resultados cognitivos”.
Na quarta aula, os estudantes encontraram maior dificuldade para resolver as
atividades, que se constituíam de desafios de Domix3. Essas dificuldades eram
esperadas, pois houve um avanço no que se refere ao nível dos desafios propostos,
exigindo mais do raciocínio lógico dos alunos.
Nesse cenário, doze alunos conseguiram resolver o desafio sem auxílio. Os
demais, ao longo do tempo, conseguiram resolvê-lo, sendo possível constatar que,
mesmo apresentando um nível maior de dificuldade, os estudantes não desistiam da
realização do Domix.
Como forma de propiciar um ambiente mais tranquilo, foram apresentadas
piadas matemáticas e curiosidades, o que resultou em momentos de descontração.
Considerando essa perspectiva, é possível destacar o posicionamento de Cunha e
Silva (2012, p. 8), em que o uso de desafios, pela sua dimensão lúdica, representa
“[...] uma arma extremamente relevante para tornar a aula mais descontraída e
eficaz facilitando a participação e o aprendizado do aluno em Matemática”.
O ambiente descontraído não afetou a atenção dos alunos na realização das
atividades, o que revela que a abordagem da Matemática, de forma lúdica, é uma
importante forma de propiciar uma aula mais atrativa, o que favorece a abordagem
dos conteúdos.
Na quinta aula, os alunos demonstraram maior facilidade para responder os
desafios, atingindo um patamar superior a 90% para os que conseguiram solucionar
o que foi apresentado. Contudo, as charadas matemáticas propiciaram um desafio
maior para os estudantes que, mesmo já empregando com maior segurança o
raciocínio lógico, encontraram dificuldades para apresentar a resposta.
Diante dessa situação, tornou-se perceptível a importância que os desafios
podem ter no ensino de Matemática, por representarem, segundo Strapason (2011),


3
Modelo de palavras-cruzadas com números, em que os espaços são preenchidos com dezenas,
centenas e milhares, o que demanda atenção para a disposição correta nos quadrinhos para
completar o desafio.
uma forma de estimular o educando a empregar seu raciocínio lógico, o que nem
sempre ocorre quando há uma abordagem tradicional do saber matemático.
Na sexta aula, foi possível desenvolver uma atividade com material concreto
(triângulos confeccionados em MDF), o que permitiu visualizar melhor a sistemática
de resolução do desafio proposto. Novello et al. (2009, p. 15), em relação a esse
material, destaca: “O uso de material concreto propicia aulas mais dinâmicas e
amplia o pensamento abstrato por um processo de retificações sucessivas que
possibilita a construção de diferentes níveis de elaboração do conceito”.
Os desafios, conforme identifiquei ao longo da intervenção, propiciam o
emprego de outros materiais, expandindo a forma do aluno interagir com o saber
matemático que é inerente aos desafios e charadas selecionados para as aulas.
Nesse cenário, as aulas se tornaram mais atrativas, em especial, pelo fato de
apresentarem novas formas de interação no processo de ensino.
Houve também a realização de atividades envolvendo o emprego específico
do raciocínio lógico e o desempenho dos alunos foi positivo, pois demonstraram uma
capacidade maior de análise, como também de troca de informações com os
colegas, para conseguirem resolver o que foi proposto.
A sétima aula foi realizada em contraturno, que consistiu em uma Oficina de
Desafios com Palitos de Fósforos, envolvendo os desafios propostos nas apostilas,
englobando os níveis fácil, médio e elevado. A oficina propiciou dinamizar ainda
mais as aulas, permitindo uma boa interação com as atividades realizadas com
palitos, estimulando, em algumas situações, o trabalho em grupo. Parmegiani (2013,
p. 7) reconhece que:

As aulas sob forma de oficina contam com muitos pontos favoráveis, pois
além de servirem de suporte para o professor “ensinar a ensinar”
desmistificam e desconstroem medos e traumas provocados no passado.
As aulas são o espaço em que ocorrem experiências bem sucedidas, visto
que o trabalho desenvolve o gosto pela descoberta, autonomia e coragem
para enfrentar desafios.

As atividades realizadas na oficina evidenciaram que, neste primeiro nível


proposto na intervenção pedagógica, as expectativas foram atingidas, sobretudo no
que se refere a uma dedicação maior na análise da situação apresentada, o que
representou um importante estímulo ao raciocínio lógico.
Houve ainda mais duas aulas no Nível I, em que foram intercalados desafios,
charadas e momentos de humor, sendo que, em uma primeira análise, houve um
avanço importante na interação com as atividades, sobretudo no tocante à reflexão
em relação ao que era pedido, o que é um indício do uso do raciocínio lógico.
No Nível II, na primeira aula, foi realizada, inicialmente, uma atividade
relacionada a problema de lógica, na qual os alunos conseguiram um desempenho
satisfatório, mesmo apresentando um grau de dificuldade maior. Mesmo os
educandos que apresentavam uma dificuldade maior em interagir com os desafios,
no começo da intervenção, já demonstraram avanços, sobretudo em relação ao
reconhecimento da sua capacidade de resolver as atividades propostas, o que indica
um importante ganho na sua autoestima.
A autoestima, no entender de Santos et al. (2013) é uma importante aliada no
processo de aprendizagem matemática, por permitir que o aluno reconheça sua
capacidade para resolver as atividades propostas, empregando seu raciocínio
lógico, o que lhe confere maior confiança para enfrentar níveis elevados de
dificuldades ao longo deste processo.
Diante dessa perspectiva, o educando pode superar concepções errôneas
advindas do estudo da Matemática, sobretudo em relação à sua dificuldade de
aprender o conteúdo, o que reforça a ideia de que os desafios, quando trabalhados
em uma perspectiva pedagógica do desenvolvimento do raciocínio lógico do
educando apresenta resultados satisfatórios, não somente no que se refere ao
aprendizado, mas também no surgimento de uma autoimagem favorável.
Em algumas atividades, como o Numerix4, alguns erros na resolução ocorriam
em função da distração de um número pequeno de alunos. Foi possível pontuar aos
estudantes que a concentração é um importante requisito para a aprendizagem
matemática, pois só se consegue compreender a atividade quando o raciocínio
lógico é focado na sua resolução.
Na segunda aula, dentre as atividades desenvolvidas, destacou-se o Sudoku5,
em que os alunos demonstraram uma desenvoltura inesperada na sua resolução, o
que indica uma evolução em relação aos primeiros dias no que se refere ao uso do
raciocínio.
Nina (2013, p. 9) defende a utilização do Sudoku e destaca que:


4
Espécie de palavras-cruzadas com números, idêntico ao Domix, sendo que foi empregado outro
termo pelo fato de ter sido selecionado de uma revista de desafios publicado por outra editora.
5
Jogo composto de uma matriz quadrada em que são distribuídos números de 1 a n, cabendo ao
praticante preenchê-la sem que haja repetição em cada linha e coluna. Propicia a utilização do
raciocínio e lógica.
Jogar Sudoku contribui efetivamente para desenvolver competências
importantes tais como analisar, raciocinar, além de desenvolver a
capacidade de concentração e persistência. [...] acredito que o Sudoku pode
ser utilizado nas aulas de Matemática com resultados surpreendentes, pois
os alunos gostam de desafios e logo a competitividade se faz presente. Se
dá a oportunidade de cada estudante criar suas próprias estratégias e
descobrir métodos de solução, desenvolvendo assim a concentração,
raciocínio lógico, memória, paciência e treino.

Nas duas aulas seguintes, foram utilizados desafios, charadas matemáticas,


problemas de lógica e desafios com triângulos e retângulos, sendo que o
desempenho dos alunos na resolução com triângulos e retângulos foi classificado
como acima da expectativa, considerando a dificuldade proposta, indicando que as
aulas do Nível I foram pertinentes para que estes pudessem ter uma familiaridade
maior com estas atividades, como também no emprego do raciocínio lógico.
Na sequência, foi realizada a aula inicial do Nível III, em que os desafios
propostos apresentaram um grau de dificuldade elevado. A atividade proposta se
constituiu em um problema de lógica, mobilizando a atenção dos alunos, que
encontraram algumas dificuldades para resolvê-lo. Houve necessidade da minha
intervenção junto a alguns educandos para esclarecer as dicas da atividade. Após
essa intervenção, os alunos conseguiram resolvê-lo.
Lupinacci e Botin (2004, p. 7) indicam que o problema de lógica se constitui
em:

Uma ferramenta importante para estimular o raciocínio, o pensamento ativo,


a reflexão e a descoberta pelo aluno. Estimula o raciocínio [...] É importante
salientar que o raciocínio refere-se a como se chegam a conclusões, com
base em informações, ou como se tiram inferências e a resposta a um
problema é aquilo que foi concluído ou inferido.

Os problemas de lógica foram utilizados em outros níveis, porém, as


dificuldades encontradas com uma variável maior de informações e de personagens
envolvidos na situação contextualizada na atividade demandaram um esforço extra
de concentração. Cabe salientar que os alunos, em nenhum momento, desistiram de
fazer a atividade, o que demonstra o estímulo que o desafio provoca.
Na segunda aula, foram desenvolvidas atividades envolvendo charadas e
curiosidades matemáticas, o que fez com que o ambiente em sala de aula ficasse
favorável às interações com o conteúdo. Esse conteúdo envolveu potências, em que
foram indicadas outras formas de calculá-las, como a técnica de Pitágoras. Em
relação a essa técnica, Horta (2017, p. 2) destaca:

Pitágoras, filósofo e matemático grego, que viveu no século VI antes de


Cristo, inventou uma regra diferente (e um pouco mais complicada,
convenhamos) para obter o resultado da potência de grau 2 de um número,
que consiste em: O quadrado de um número inteiro n é igual a soma
dos n primeiros números inteiros ímpares. Para indicar que a afirmação é
verdadeira, cabe citar os seguintes exemplos:
2
1 = 1 (n = 1)
2
2 = 1 + 3 = 2 x 2 = 4 (n = 2)
2
5 = 1 + 3 + 5 + 7 + 9 = 5 x 5 = 25 (n = 5)

Essa iniciativa revelou que, quando devidamente planejadas, as atividades


com desafios permitem que o docente estabeleça uma forma interessante de
abordar o conteúdo da disciplina.
Nas demais aulas (quatro no total) foram distribuídos desafios já realizados
anteriormente pelos estudantes, mas apresentando um nível de dificuldade maior.
Nesse cenário, alguns alunos demandaram uma atenção maior na resolução dos
desafios propostos, incluindo o apoio dos colegas que conseguiram resolvê-los em
um período de tempo menor.
No problema de lógica proposto, foi necessária a minha intervenção, o que
indica que, quando surgem diversas variáveis em uma situação, os educandos ainda
encontram dificuldades para resolvê-lo.
Mesmo diante das dificuldades, foi possível constatar a evolução dos alunos,
sobretudo no emprego do raciocínio lógico, buscando resolver os desafios,
procurando apoio dos colegas e da docente para poder avançar na realização da
atividade proposta.
Na última aula, houve uma pequena festa de confraternização, como forma de
socialização, além de serem entregues aos alunos as apostilas com os desafios.
Foram realizados alguns desafios para descontrair o ambiente, por apresentarem
um nível de dificuldade menor.

3.1 IMPRESSÕES ACERCA DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Constatei no decorrer da implementação que os alunos ficaram mais atentos


na resolução das atividades propostas, principalmente no que se refere às charadas
e pegadinhas matemáticas. Eles apresentaram bom desenvolvimento nos demais
desafios, à medida que se repetiam alguns que já haviam sido feitos, de modo que
os alunos sempre faziam o desafio seguinte mais rápido, tendo maior êxito no acerto
das respostas.
Os estudantes demostraram muito interesse pelas atividades, pois sempre
queriam fazer os desafios contidos na apostila, em vez de terem as suas aulas
normais com conteúdos. As aulas de implementação se tornaram divertidas para
eles, o que despertava o interesse em resolver os desafios.
Alguns alunos fotocopiaram as atividades para fazer em casa com seus
familiares. Considerei isto muito interessante, percebendo que esta atitude sempre
se repetia. Além disso, os alunos começaram a trazer novos desafios pesquisados
por eles na internet. Fizemos então uma competição entre eles de desafios
pesquisados.
A realização dessa competição foi muito divertida. Os alunos gostaram muito
e sempre pediam para que ela fosse feita novamente. Observei que eles ficaram
mais atentos nos conteúdos matemáticos, demostrando mais interesse e
participação nas aulas de Matemática. Um fato bem interessante também ocorreu: a
maior nota do colégio nas Olimpíadas de Matemática foi de um aluno do 7º ano A, o
que pode ser fruto das atividades de desafios que contribuíram no desenvolvimento
de seu raciocínio lógico.
A competição constituiu-se em um estímulo para a participação nas aulas de
Matemática, indicando que é necessário estabelecer novas situações de
aprendizagem para que os alunos se sintam motivados em aprender Matemática,
além de contribuir para que eles percebam o potencial que esta disciplina possui
para o desenvolvimento do raciocínio lógico.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto de intervenção pedagógica atendeu ao objetivo proposto,


colaborando para o desenvolvimento do raciocínio lógico dos estudantes, condição
detectada no decurso da realização das atividades envolvendo desafios.
Essa iniciativa representou uma novidade no âmbito do ensino de
Matemática, levando os alunos a terem um nível maior de participação, pelo fato das
atividades serem desafiadoras, tornando o processo de assimilação mais dinâmico,
advindo de uma interação maior com os conceitos abordados.
Essa condição é pertinente, em virtude do ensino de Matemática demandar o
emprego de recursos diferenciados, que possibilitem aos alunos terem uma conduta
participativa e apresentarem um nível significativo de motivação. Com isso, a
disciplina passa a ser percebida pela sua capacidade de desafiar os educandos,
motivando-os a ter uma postura mais atenta, com o emprego do raciocínio lógico,
afim de se obter as aprendizagens esperadas.
No que concerne ao Grupo de Trabalho em Rede (GTR)6, foi possível
identificar uma interação positiva, devido a ocorrência de um intercâmbio de ideias
em relação ao que havia sido proposto no projeto de intervenção, o que enriqueceu
o processo e contribuiu para que os envolvidos desenvolvessem uma noção mais
significativa no que se refere ao emprego de recursos diferenciados no ensino de
Matemática.
Ao longo do curso, o grupo julgou o projeto relevante, com grande potencial
de aplicabilidade em sala de aula. Foram feitas reflexões acerca da produção,
desenvolvimento, aplicabilidade e resultados da intervenção pedagógica, o que
resultou tanto no aprofundamento teórico como na percepção da relevância dos
desafios inerentes ao ensino de Matemática, com foco no aprimoramento do
raciocínio lógico do aluno.
A análise do projeto e do material feita sob a perspectiva de outros olhares,
bem como a experimentação ocorrida com outras mãos, permite ao professor PDE
ampliar, confirmar, reavaliar e revalidar sua proposta e o material produzido.
Ressalta-se que o programa PDE tem fundamental importância para a prática
pedagógica cotidiana, pelo fato de propiciar o emprego de recursos diferenciados no
ensino, particularmente no de Matemática, como também uma interação entre os
docentes, o que propicia o aprimoramento da intervenção, cujo maior beneficiado é
o aluno.

REFERÊNCIAS

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2003.


6
O GTR se constitui como uma das atividades do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE)
e se caracteriza pela interação a distância entre o professor PDE e os demais professores da rede
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