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RESUMO
Dadas as mais diversas nuances da questão do processo de ensino e aprendizagem da matemática, vários aspectos
teóricos, baseados em posições metodológicas e diferentes concepções, têm servido de base para a discussão de
importantes tendências desenvolvimentistas na educação matemática, como a educação financeira (EF ),
recentemente adotada como política pública no Brasil. Ponte (2019) considera as dificuldades de aprendizagem
matemática como dificuldades significativas no desenvolvimento de habilidades relacionadas à matemática,
esclarecendo que essas dificuldades podem estar relacionadas a deficiências intelectuais, escolaridade ruim ou
insuficiente, déficits visuais ou auditivos. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica. Os desafios
matemáticos aumentam a autoconfiança do aluno desafiado para concluir a atividade proposta com pleno sucesso,
sempre acompanhado de um instrutor, professor e facilitador do processo. Ao resolver tarefas matemáticas, é
preciso desmistificar que a incompreensão do problema é causada por dificuldades no domínio da língua
portuguesa. Um professor geralmente precisa pensar em estratégias para selecionar problemas para os alunos
resolverem em sala de aula.
ABSTRACT
Given the most diverse nuances of the question of the teaching and learning process of mathematics, several
theoretical aspects, based on methodological positions and different conceptions, have served as a basis for the
discussion of important developmental trends in mathematics education, such as financial education (EF ) ,
recently adopted as a public policy in Brazil. Ponte (2019) considers mathematical learning difficulties as
significant difficulties in developing skills related to mathematics, clarifying that these difficulties may be related
to intellectual disabilities, poor or insufficient schooling, visual or hearing deficits. The methodology used was
the literature review. Mathematical challenges increase the self-confidence of the challenged student to complete
the proposed activity with full success, always accompanied by an instructor, teacher and facilitator of the
process. When solving mathematical tasks, it is necessary to demystify that the misunderstanding of the problem
is caused by difficulties in mastering the Portuguese language. A teacher often needs to think of strategies for
selecting problems for students to solve in the classroom.
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Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de
TCC.
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Discente do curso de pós-graduação em Educação Matemática.
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1 INTRODUÇÃO
A educação matemática (EM) emergiu como uma rica área de pesquisa acadêmica. A
utilidade desta área do conhecimento – uma área de pesquisa relativamente recente – depende
em grande parte dos esforços interdisciplinares que a fundamentam. Dadas as mais diversas
nuances da questão do processo de ensino e aprendizagem da matemática, vários aspectos
teóricos, baseados em posições metodológicas e diferentes concepções, têm servido de base
para a discussão de importantes tendências desenvolvimentistas na educação matemática, como
a educação financeira (EF ), recentemente adotada como política pública no Brasil.
Como isso não poderia deixar de ocorrer no campo dinâmico da atividade de pesquisa,
prevalece na RS a heterogeneidade de posições inerentes às próprias disciplinas-mãe. A posição
ou adesão teórico-metodológica dos profissionais pedagógicos e matemáticos nos seus
respectivos campos de formação reflecte-se directa ou indirectamente nas suas concepções de
educação matemática, alimenta e sustenta as tendências que se definem neste contexto.
superado muitas vezes e deixa de despertar o interesse do aluno pelos conteúdos recomendados
porque faltam analogias com atividades que satisfaçam as necessidades dos alunos.
2 DESENVOLVIMENTO
Para ampliar o entendimento, eles apontam que o principal critério para identificar um
aluno com dificuldade de aprendizagem é a "discrepância entre a capacidade potencial e o nível
real de desempenho". Da mesma forma, seu nível de inteligência deve estar dentro da faixa
normal de seus colegas ou pode estar acima da média. As dificuldades de aprendizagem
apresentam sintomatologia heterogênea e características diversas que podem afetar o
desenvolvimento ocupacional, o autoconceito, as relações interpessoais e a esfera do trabalho
(COSTA et, 2018).
O termo discalculia difere do termo acalculia, que é reservado para deficiências nas
habilidades matemáticas devido a danos cerebrais. A discalculia refere-se a distúrbios do
desenvolvimento associados à incapacidade de adquirir e desenvolver a competência aritmética,
ocorrendo em alunos que apresentam dificuldade para entender números, dominar combinações
numéricas básicas e resolver exercícios e problemas matemáticos (PIMENTEL, 2015). Por
outro lado, a AMD pode se manifestar desde a educação infantil e se estender até a idade adulta,
afetando o raciocínio matemático, as habilidades aritméticas e algébricas.
Assim, a discalculia pode ser causada pelo uso incorreto de números ou pelo
desconhecimento dos algoritmos necessários para realizar operações aritméticas. Amorim
(2022) afirma que o termo discalculia não pode ser usado levianamente, o que seria uma
dificuldade específica em aprender matemática sem outros problemas relacionados. O
transtorno discalculico específico é frequentemente associado a dislexia, disgrafia, déficits de
atenção e/ou problemas de percepção.
Para ajudar os alunos com DMRI, Strick e Smith (2016) sugerem que é necessário ter
em conta as limitações que apresenta, a vontade de motivá-los no processo de aprendizagem,
de fazer os ajustes necessários ao currículo de acordo com o aluno, fortalecer as áreas
socioafetivas (autoestima e formação de valores), motoras, cognitivas (discriminação,
ordenação, compreensão e raciocínio lógico) e de comunicação e linguagem (verbal e escrita,
estruturação e organização).
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Nesse sentido, o trabalho do professor é um desafio ainda maior em relação aos saberes
escolares, ao conciliar as informações do cotidiano com as situações de formalização. As
dificuldades de aprendizagem geralmente surgem quando a formalização se intensifica
(COSTA, 2018)
Portanto, pode-se considerar de forma simplista que a acalculia pode acometer adultos,
jovens e crianças; no entanto, é de natureza lesional e ocorre após ter começado a ganhar função.
Por outro lado, a discalculia está relacionada a crianças, é evolutiva, pode afetar adultos, não é
uma lesão e está relacionada principalmente a dificuldades de aprendizagem em matemática.
As dificuldades dos alunos vêm de anos anteriores, é difícil para um aluno aprender a
dividir se não dominar as operações de adição, subtração, multiplicação. Essas dificuldades às
vezes ocorrem por causa de um método de ensino que não leva os alunos a compreender
determinadas disciplinas de matemática e principalmente porque os alunos têm uma rejeição
muito forte da disciplina conforme explicado nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio. (COSTA, 2018)
Nos últimos anos, muita pesquisa tem sido feita para encontrar algumas soluções para
essas dificuldades no ensino e aprendizagem da matemática, várias perguntas são feitas, como:
Os professores estão prontos para novos métodos de ensino? Isso está acontecendo por falta de
interesse dos alunos? Há algum problema no processo de ensino? Entre outras questões que nos
fazem pensar qual seria a melhor forma de ensinar matemática e tentar amenizar essas
dificuldades para os alunos.
interessante de colocar problemas, pois permitem que sejam apresentados de forma atrativa e
estimulam a criatividade no desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas e na
busca de soluções. Eles facilitam a simulação de problemas e a busca de soluções. Eles
fornecem simulação de situações-problema que exigem soluções rápidas e imediatas, o que dá
suporte ao planejamento de ações. (TUBINO, 2019)
Ainda mais interessantes são os resultados obtidos dez meses depois em um estudo de
acompanhamento. Enquanto as crianças sem dificuldades mostraram maior confiança na
recordação de eventos da memória e maior velocidade na execução das estratégias, o grupo de
crianças com dificuldades não apresentou muita mudança na escolha das estratégias.
Descobrimos que crianças com dificuldades cometem mais erros e usam estratégias
menos avançadas do que crianças sem dificuldades. Além disso, à medida que avançamos nos
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Crianças sem dificuldades mostram uma tendência prototípica de usar estratégias mais
desenvolvidas (taxas mais altas de descoberta de fatos) e mais eficientes. As crianças com
dificuldades, embora apresentem uma tendência evolutiva na utilização de estratégias, refletem-
se numa maior utilização de recovery, sendo a eficácia contrastada com a apresentada no grupo
sem dificuldades. Especificamente, nos níveis mais baixos, encontramos uma representação
anômala dos eventos na memória, e nos níveis mais altos (principalmente sexto ano), embora
possa haver alguma representação, o acesso a ela não é totalmente automatizado, como é o caso
dos alunos.
Outra iniciativa que pode ser citada diz respeito às universidades que incluem a
modelagem de ensino em seu plano de estudos como disciplina ou como disciplina optativa no
programa de estudos. Esta incorporação mostra como a modelagem está ganhando cada dia
mais espaço na educação matemática com o potencial de desenvolver mais conhecimentos e
habilidades matemáticas entre os jovens.
Uma característica importante do EMC é que o aluno se sinta acolhido por todos da
turma e que não haja exclusão de opiniões, assim o aluno não será o destinatário do conteúdo,
ele desenvolverá seu próprio aprendizado, pois poderá levantar hipóteses, tirar conclusões e,
finalmente, ser capaz de fazer uma conclusão sobre os tópicos discutidos.
Também pode-se analisar que a visão dos professores que processaram essas atividades
relacionadas ao EMC trouxe mudanças. Os professores puderam analisar que proporcionariam
momentos de reflexão e produção de significados, e a análise feita por seus alunos concluiu que
a matemática está muito mais presente no cotidiano do que os alunos imaginavam. Nesse tipo
de trabalho é preciso perseverar, como afirma Costa 2016 “A semente foi plantada, agora é
preciso regar para colher os frutos”. Devem buscar constantemente a formação crítica dos
alunos por meio da matemática e de seus papéis sociais, políticos e culturais.
Logo após todos os processos terem sido desenvolvidos, os alunos apresentaram suas
conclusões, estas foram desenvolvidas durante o processo que realizam sem ter fórmulas ou
exemplos a seguir, elaboradas por meio de pesquisas e pesquisas, desenvolvendo a autonomia
do aluno.
Agora que os dispositivos digitais estão constantemente conectados, não temos apenas
mobilidade física e informacional, mas também temos mobilidade de pensamento (LEMOS,
2009), ou seja, a sala de aula não pode ser desconectada do mundo digital em que está inserida.
A circulação em diferentes espaços (físicos ou digitais) nos permite articular e produzir
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conhecimento, e a partir daí criar uma nova relação com o mundo, que permite a criação de
comunidades em rede (CASTELLS, 2017). As redes são uma estrutura formal ou informal
criada por pessoas e organizações que compartilham responsabilidades, conhecimentos,
trabalhos, projetos, recursos, documentos, produtos e serviços por meio de diversos canais de
comunicação para crescer em equipe e alcançar objetivos pré-determinados (CASTELLS,
2017). Isso facilita uma estrutura horizontal para as relações que são tecidas neles e permite
interação e colaboração na resolução e decisão sobre um problema compartilhado.
Pois bem, podemos considerar a sala de aula como um nó dentro dessa sociedade em
rede (CASTELLS, 2017), com potencial para desenvolver conhecimentos, trocar informações,
experiências, práticas colaborativas que criamos, remixamos (PRETTO, 2017) e
compartilhamos em rede. Nesse contexto, a experiência e a produção agregam à cultura digital
a necessidade de abraçar a iniciativa das pessoas e a capacidade de desenvolver formas próprias
de produção e reprodução do conhecimento, que passa por muitas transformações.
3 CONCLUSÃO
O objetivo do nosso estudo foi investigar uma metodologia para estimular o ensino e a
aprendizagem da matemática por meio de desafios matemáticos lógicos usando uma abordagem
educacional denominada resolução de problemas. Inúmeros pesquisadores desenvolveram
modificações em sala de aula para tentar resolver o problema de motivação e interesse dos
alunos e, posteriormente, melhorar o ensino e a aprendizagem da matemática.
Estimular o uso de desafios matemáticos em sala de aula foi proposital, o que estimulou
os alunos a pensarem matematicamente, não de forma convencional, mas com sua intensa
participação por meio de sua intuição, criatividade e raciocínio lógico. Ao final da atividade, os
alunos ficaram extremamente motivados a enfrentar novos projetos para a compreensão de
outros modelos e desafios matemáticos. Acredito que este trabalho pode contribuir muito para
o ensino de matemática e que novos alunos possam continuar pesquisando erros, raciocínio e
ensino crítico de matemática, pois ainda não existem muitos trabalhos sobre este tema.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTE, Nahum Isaque dos S. Educação matemática crítica: uma aplicação em sala
de aula utilizando-se de situações problematizadoras como recurso na proposição, formulação
e exploração de problemas matemáticos. UEPB – Universidade Estadual da Paraíba, 2013.
COSTA, Isabel Lara Lima da. Educação Matemática Crítica na Sala de Aula Contributo na
formação de jovens interventivos com a matemática. junho 2016.
GIL. Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. - 4. ed. - São Paulo: Atlas, 2018.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Ed. 21. São Paulo: Cortez, 2020.
NACARATO, Adair Mendes; MENGALI, Brenda Leme da Silva. A matemática nos anos
iniciais do ensino fundamental: tecendo fios do ensinar e do aprender. Belo Horizonte:
Autêntica, 2014.
PONTES, Edel Alexandre Silva. Método de polya para resolução de problemas matemáticos:
uma proposta metodológica para o ensino e aprendizagem de matemática na educação básica.
HOLOS, v. 3, p. 1-9, 2019.
PRETTO, Nelson De Luca. Educações, culturas e hackers: escritos e reflexões. 1. ed. Salvador:
EDUFBA, 2017.
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SASSAKI, R. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 6.ed. Rio de Janeiro: WVA,
2018