Questão 1:

Menor abandonado
De onde vens, criança?
Que mensagem trazes do futuro?
Por que tão cedo esse batismo impuro
que mudou teu nome?
Em que galpão, casebre, invasão, favela,

ficou esquecida tua mãe?

E teu pai, em que selva escura
se perdeu, perdendo o caminho
do barraco humilde?

Criança periférica rejeitada

Teu mundo é um submundo.
Mão nenhuma te valeu na derrapada.
Ao acaso das ruas – nosso encontro.
És tão pequeno... eu tenho medo.
Medo de você crescer, ser homem.
Medo da espada de teus olhos
Medo da tua rebeldia antecipada.
Nego a esmola que me pedes.
Culpa-me tua indigência inconsciente.
Revolta-me tua infância desvalida.

Quisera escrever versos de fogo

e sou mesquinha.

Pudesse eu te ajudar, criança-estigma.

Defender tua casa, cortar tua raiz
chegada
(...)
CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias
mais. Goiânia, Editora UFG, 1980, p. 61/62.
O estudo do substantivo oferece variados ângulos, que envolvem, por exemplo, sua
natureza e suas flexões. A esse respeito, examinados alguns substantivos que
compõem o poema de Cora Coralina, é possível reconhecer que
A) a palavra “criança“ refere-se a meninos e meninas, já que é considerada
sobrecomum quanto ao gênero.
B) os substantivos “galpão”, “casebre”, “invasão”, “favela”, embora reunidos em
enumeração, não compõem um mesmo campo semântico.
C) “galpão” e “mão” são dois dos substantivos do léxico português que formam o seu
plural com o simples acréscimo do “s”.
D) “homem”, “espada”, “rebeldia”, “esmola” são todos substantivos abstratos,
primitivos, comuns e simples.
E) “casa“, “raiz“ e “fogo“ são substantivos epicenos.

Questão 2:

O humor presente na tirinha é construído, obviamente, pela interação entre os

elementos verbais e não verbais. Com relação aos elementos verbais, o efeito
humorístico é obtido por meio do uso
A) da palavra “um”, enfatizada na sua condição de numeral, no terceiro quadrinho.
B) da repetição da expressão “nós, empresários”, com objetivos irônicos.
C) da palavra “obrigada”, considerado o seu valor ambíguo.
D) do adjetivo “delicioso”, atribuído ao caramelo oferecido.
E) Nenhuma das alternativas anteriores.

Questão 3:
Na frase acima, a palavra “costas” apresenta, na sua forma plural, o valor semântico
relativo à parte posterior do corpo humano e do corpo de animais ou dos objetos. No
singular, o vocábulo se refere ao litoral, à margem, à parte da terra que se encontra
em contato com o mar. Muitos outros vocábulos existem em nossa língua que
apresentam diferenciação semântica conforme o número em que se empregam.
Indique, a propósito, a alternativa em que se aponta, entre parênteses, o efetivo
significado da palavra:

A)copa (naipe de cartas).

B) bens (propriedades).

C) vencimento (salário).

D) férias (renda diária).

E) letra (curso voltado para a literatura).

Questão 4:

Menor abandonado
De onde vens, criança?
Que mensagem trazes do futuro?
Por que tão cedo esse batismo impuro
que mudou teu nome?
Em que galpão, casebre, invasão, favela,

ficou esquecida tua mãe?

E teu pai, em que selva escura
se perdeu, perdendo o caminho
do barraco humilde?

Criança periférica rejeitada

Teu mundo é um submundo.
Mão nenhuma te valeu na derrapada.
Ao acaso das ruas – nosso encontro.
És tão pequeno... eu tenho medo.
Medo de você crescer, ser homem.
Medo da espada de teus olhos
Medo da tua rebeldia antecipada.
Nego a esmola que me pedes.
Culpa-me tua indigência inconsciente.
Revolta-me tua infância desvalida.

Quisera escrever versos de fogo

e sou mesquinha.

Pudesse eu te ajudar, criança-estigma.

Defender tua casa, cortar tua raiz
chegada
(...)
CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias
mais. Goiânia, Editora UFG, 1980, p. 61/62.

O estudo do substantivo oferece variados ângulos, que envolvem, por exemplo, sua
natureza e suas flexões. A esse respeito, examinados alguns substantivos que
compõem o poema de Cora Coralina, é possível reconhecer que
A) a palavra “criança“ refere-se a meninos e meninas, já que é considerada
sobrecomum quanto ao gênero.
B) os substantivos “galpão”, “casebre”, “invasão”, “favela”, embora reunidos em
enumeração, não compõem um mesmo campo semântico.
C) “galpão” e “mão” são dois dos substantivos do léxico português que formam o seu
plural com o simples acréscimo do “s”.
D) “homem”, “espada”, “rebeldia”, “esmola” são todos substantivos abstratos,
primitivos, comuns e simples.
E) “casa“, “raiz“ e “fogo“ são substantivos epicenos.

Questão 5:
Os numerais, em muitas situações, são utilizados com valores significativos que
transcendem o sentido numérico original, em função de outros elementos da realidade
que promovem essa transcendência. É assim quando nos referimos a alguém como
“um zero à esquerda”, ou quando dizemos que temos “mil coisas” a fazer.
A charge anterior se apropria de um valor expressivo que a centena “171” assume, e
os elementos não verbais que a compõem ajudam na tarefa de elucidação de que o
chargista pretende denunciar
A) a despreocupação dos políticos com a limpeza dos lugares.
B) a hipocrisia que predomina nas campanhas eleitorais.
C) a ocultação, pelas autoridades, das populações marginais.
D) a ausência de recursos para a produção de peças de propaganda política.
E) Nenhuma das respostas anteriores.

Questão 6:

http://educacao.estadao.com.br/blogs/colegio-playpen/bullying-nao-e-brincadeira-de-
crianca/
A palavra crianças, na tira , é considerada, quanto ao gênero, um substantivo do
mesmo tipo que
A) vítima
B) gerente
C) camarada
D) colega
E) pianista

Questão 7:

Sobre a palavra “vítima” , componente verbal da charge acima, pode-se afirmar que
A) apresenta natureza adjetiva e pertence ao gênero feminino, tendo sido, pois, usada
incorretamente pelo mendigo.
B) é um substantivo considerado comum de dois, razão pela qual o seu emprego pelo
mendigo está correto.
C) é um adjetivo sobrecomum e, assim, adequado à situação de que trata a charge em
questão.
D) é um substantivo do gênero feminino, mas aplicável a pessoas de ambos os sexos,
e por isso chamado “sobrecomum”.
E) é um substantivo considerado epiceno ou promíscuo, já que possui os dois
gêneros.

Questão 8:

O Rancho da Goiabada
Os boias-frias quando tomam umas biritas
Espantando a tristeza
Sonham, com bife a cavalo, batata frita
E a sobremesa
É goiabada cascão, com muito queijo, depois café
Cigarro e o beijo de uma mulata chamada
Leonor, ou Dagmar
Amar, um rádio de pilha um fogão jacaré a marmita
O domingo no bar, onde tantos iguais se reúnem
Contando mentiras prá poder suportar aí,
São pais de santo, paus de arara, são passistas
São flagelados, são pingentes, balconistas
Palhaços, marcianos, canibais, lírios pirados
Dançando, dormindo de olhos abertos
À sombra da alegoria
Dos faraós embalsamados
(João Bosco)
Nessa composição de João Bosco, há diversas palavras de natureza substantiva
formadas por composição.
Os substantivos compostos, dependendo dos elementos que os constituam,
obedecem a diferentes regras no tocante à flexão de número.
A partir de substantivos desse tipo presentes no texto, pode-se afirmar que:
A) o plural “boias-frias” é construído segundo a mesma norma que determina o plural
de “guarda-chuva”.
B) a expressão “bife a cavalo” faz o seu plural da mesma forma que “pé de moleque”.
C) “batata frita” é um composto em que, no plural, flexiona-se apenas o primeiro
elemento, como em “arranha-céu”.
D) “pais de santo” e “paus de arara” têm esse tipo de flexão plural pela mesma razão
que motiva a forma “salários-família”.
E) a expressão “rádio de pilha” , no plural, flexiona seus dois nomes, já que ambos são
substantivos.

Questão 9:

No texto , a palavra “vítima”, quanto ao gênero, é considerada um substantivo do

mesmo tipo que:
A) pessoa
B) senador
C) cliente
D) usuário
E) gravador

Questão 10:

Os substantivos constituem importantes elementos nas tiras acima, como palavras em

torno das quais se constroem as mensagens que, com humor, seus autores
pretendem transmitir.
A propósito desses vocábulos presentes nas tiras , pode-se afirmar que
A) “astronauta” e “computador” são substantivos de um único gênero.
B) “guarda” e “funcionário” são sobrecomuns.
C) “jornalista” e “cobra” são epicenos ou promíscuos.
D) “reportagem” e “plateia” são substantivos coletivos.
E) “palestrante” e “fiscal” são substantivos comuns de dois