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HISTÓRICO:1
O conhecimento dos ritmos e ciclos vitais, tanto em seres humanos quanto em animais e plantas,
se perde na esteira do tempo.
É evidente, quando se estudam esses conceitos, que, desde a mais remota antigüidade, as chama-
das Escolas INICIÁTICAS já possuíam um acurado conhecimento dos ciclos e ritmos nos seres vivos e na
Natureza em geral.
Ocorre que, como os demais conhecimentos ancestrais, que eram patrimônio das castas sacerdo-
tais, notadamente egípcias, somente nos chegaram às mãos fragmentos dos conceitos de ciclos e ritmos
universais.
No Antigo Egito os ritmos da natureza já eram bem estudados desde que são manifestações gru-
padas e estudadas como dos PRINCÍPIOS DE HERMES, como o PRINCIPIO DO RITMO.
Sabemos que a destruição da Biblioteca de Alexandria, ordenada pelo califa Omar, ou a queima
dos documentos antigos executada na Europa por exigência do Papa Gregório XIIII, ou ainda pela destrui-
ção dos manuscritos Maias por Diego de Landa, privou a humanidade de mais de dois milhões de papiros
e manuscritos antigos.
Felizmente algumas Ordens Iniciáticas conservaram muitos daqueles documentos e conhecimen-
tos considerados perdidos.
Assim pouco sabemos, mas o suficiente para o nosso propósito, sobre uma casta de sacerdotes-
médicos, denominados de “PERIODÊUTAS”, que viveram suas Escolas na Pérsia, Síria, Egito, Macedô-
nia, Grécia etc. Eram médicos que tratavam baseado nos ciclos biológicos e da natureza. Estudavam e
empregavam as interelações entre o organismos e os ciclos.
Herodoto nos deixou, muitas informações sobre os periodeutas, seus sistemas e terapias de cura,
ainda que fragmentariamente.
Na Grécia, o mais famoso periodeuta foi o denominado Pai da Medicina, Hipócrates.
Temos ainda periodeutas entre os Pitagóricos e Gnósticos, que exerciam a medicina em caráter
sacerdotal.
Aqueles notáveis médico-sacerdotes tinham um conhecimento profundo de certos ritmos e perío-
dos que se manifestavam no decorrer de algumas doenças, o que lhes facultava prever o seu curso e as
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- Este tema é um extrato de um curso de Bioritmologia realizado por José Laércio do Egito e o Dr. João Pires, em Umuarama, Paraná ,
em 1977.
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medidas adequadas para a cura. Eles davam, como se sabe, maior valor à observação da periodicidade dos
sintomas das doenças do que às próprias drogas.
Sabemos que os médicos atuais conhecem uma periodicidade notável de determinadas doenças,
como a malária, a febre tifóide, escarlatina, o sarampo, a gripe, etc., bem como aos seus períodos de incu-
bação, etc.
Podemos citar, igualmente, muitos ciclos existentes diante de nós, como as fases da lua, as esta-
ções do ano, os ciclos menstruais da mulher, a ovulação, a precessão dos equinócios, o aparecimento de
determinados cometas, as marés, a maturação dos frutos ou ciclos vegetativos na natureza, a migração de
aves e peixes, etc.
Splenger em “A decadência do Ocidente” defente a idéia de até mesmo que os fatos históricos,
assim como os biológicos, fluem em ciclos determinando o nascimento, crescimento, desenvolvimento, e,
por fim, o declínio e desaparecimento das civilizações.
Podemos ver que a pessoa deve procurar entender e se conformar diante de certas ocorrências
que, por serem ciclos inexoráveis não podem ser modificados segundo o desejo pessoal. Mas, conhecen-
do-se as leis ocultas, as leis de Deus, pode-se transformar situações, mas jamais elimina-las. Aquilo que é
cíclico sempre se cumpre, de uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde. Por isso quem tem o devido
conhecimento pode melhor viver, sem amarguras e revoltas, diante de determinadas situações. Tudo nas-
ce, existe, morre, e renasce. Este é um ciclo inexorável que sempre se cumpre até quando o imenso ciclo
cósmico absorver os demais.
Tudo na natureza flui, compassivamente, em ritmos, como na música, na arte, na poesia, na vida
orgânica, nos fenômenos físicos, e em tudo o que existe.
Os alquimistas da Idade Média, como o Abade Beneditino Trithemius, foram notáveis periodeu-
tas.
Agripa e Paracelso foram discípulos de Trithemius e, como este, versados em ciclos e ritmos
biológicos em geral.
Essas idéias, contudo, eram conservadas mais ou menos ocultas até o aparecimento no final do
século XIX do místico e ator teatral Leisner-Ellerbeck, que, por pura intuição, determinou os biorritmos
primários de 23 e de 18 dias.
Mas o desenvolvimento científico da teoria dos biorritmos somente se tornou efetivo a partir do
ano de 1904 quando o austríaco Swoboda relacionou os biorritmos físico (masculino) e o emocional (fe-
minino) com os compartimentos físicos e emocional do ser humano.
No ano de l906 o Prof. Dr. Wilhelm Fliesse, catedrático da Universidade de Berlim, publicou um
alentado estudo sobre os níveis hormonais sangüíneos, relacionados com os biorritmos, corroborando as
afirmações de H. Swoboda.
Em 1020 A. Teltsher, de Insbruck, descobriu o biorritmo de 33 dias, que denominou intelectual (
espiritual)
Em 1929 o Eng. Alfred Judt estabeleceu, com rigor cientifico, o biorritmo de 33 dias, tendo como
colaborador o ilustre Mestre Rosacruz KRUMM HELLER.
Nos Estados Unidos, em 1933, Hersey e Bannett publicaram trabalho eminentemente científico
comprovando a teoria dos biorritmos.
Posteriormente, em 1939, o Dr. Früe , descobriu os biorritmos secundários demonstrados através
de fascinantes e numerosas experiências científicas.
Em 1939, pela primeira vez a na história, H. Schwing, de Zuric, defende uma tese de doutoramen-
to baseada nos biorritmos humanos.
Na época atual podemos citar notáveis estudiosos dos biorritmos, como os Drs. Tatai e Krauxe-
Poray ( 1954 ) , George Tomenn ( 1959 ) , Prof. Livio Vinardi ( 1971 ).
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Alem destes notáveis estudiosos podemos citar, ainda Appel, Barlow, Costin, Coguelin, Giltelson,
Kaercher, Kinakawa, Wirz e Vood, que, com o ilustre Prof. Livio Vinardi, fundaram a Associação Interna-
cional para a Investigação dos Biorritmos, em Atlanta, Georgia, Estados Unidos, em 1977.
CONCEITOS:
Os biorritmos são aplicados hoje nos mais diversos campos de atividade humana, como na medi-
cina, nos esportes, na educação, na prevenção de acidentes, psicologia, relações humanas, etc.
Os biorritmos são energias que atuam não só no campo físico, como também no campo bioplas-
mático do ser humano e dos animais.
Essa afirmação é comprovada através da Kirliangrafia e de outros processos científicos.
Como diz o Prof. Vinardi: “Os biorritmos são causas, veículos ou ferramentas da manifestação do
EU em seu duplo aspecto, consciente e inconsciente”.
Krause-Pouray denomina, muito acertadamente, os biorritmos de 23, 28 e 33 dias, de biorritmos
primários ou básicos.
Esses três biorritmos são conhecidos também por biorritmo físico ( masculino), biorritmo emoci-
onal ( feminino) e biorritmo intelectual ( espiritual).
Cada biorritmo permite a expressão de determinada e específica modalidade de nossa totalidade
bio-psico-energética.
Os biorritmos, como fartamente demonstrado, estão intimamente ligados às glândulas endócrinas,
determinando maior ou menor nível sangüíneo de hormônios na corrente circulatória conforme as fase alta
e baixa ( recuperação ) dos biorritmos.
Fig. 1
No sentido gráfico os biorritmos podem ser representados por uma curva que se repete, cumprin-
do um determinado ciclo.
Apesar de agirem entrelaçamento não há interdependência entre os ciclos biorrítmicos, em que
pese a simultaneidade.
Os ciclos, naturalmente, são compostos de semi-ciclos de igual duração sendo conhecidos por
positivos ou plus e negativos ou minus.
Os semi ciclos são também denominados fases, o que implica em que cada um tem uma fase alta (
ou “plus”) e uma fase baixa ( ou “minus” ) .
Os valores de 23, 28, e 33 dias são primos entre si, donde resulta matematicamente um produto
que nada mais é do que o número de recorrências.
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