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ESTUDO-VIDA

DE

MALAQUIAS

Witness Lee

ESTUDO-VIDA DE MALAQUIAS
MENSAGEM UM

A PALAVRA INTRODUTÓRIA
E
O AMOR DE JEOVÁ DE JACÓ E O SEU TRATAMENTO
PARA COM OS FILHOS DE LEVI

Leitura bíblica: Malaquias 1:1-3:4

Nesta mensagem começaremos a considerar a profecia de Mala-


quias. O livro de Malaquias é a palavra final do Antigo Testamento.

I. A PALAVRA INTRODUTÓRIA

Malaquias 1:1 é a palavra introdutória.

A. O Significado do Nome Malaquias

O nome Malaquias em hebraico significa “Meu mensageiro”,


significando que Malaquias era mensageiro de Deus para ministrar a
palavra de Jeová ao Seu povo Israel.

B. O Tempo do Ministério de Malaquias

O tempo do ministério de Malaquias foi aproximadamente 400 a.C.,


na época de Neemias.

C. O Lugar do Seu Ministério

O lugar do seu ministério foi Jerusalém.

D. O Propósito do Seu Ministério

O propósito do seu ministério era os Israelitas que retornaram.

E. O Tema

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O tema do seu ministério é o lidar de Jeová com os filhos de Levi
(os sacerdotes no meio de Israel) e com os filhos de Jacó (o povo de Israel).

F. O Pensamento Central

O pensamento central da profecia de Malaquias é a correção dos


sacerdotes no meio de Israel para a vinda de Cristo como o Mensageiro de
Deus e a advertência do povo de Israel para o surgimento de Cristo como
o Sol da justiça.

G. A Revelação a Respeito de Cristo

Em Malaquias Cristo é revelado na Sua primeira vinda como o


Mensageiro de Deus (3:1-3) e na Sua segunda vinda como o Anjo da
aliança (3:1) e como o Sol da justiça (4:1-3).

H. As Seções

O livro de Malaquias tem quatro seções: a palavra introdutória


(1:1); o amor de Jeová por Jacó (1:2-5); o lidar de Jeová com os filhos de
Levi (1:6-3:4); e o lidar de Jeová com os filhos de Jacó (3:5-4:6).

II. O AMOR DE JEOVÁ POR JACÓ

Malaquias 1:2-5 fala do amor de Jeová por Jacó.

A. Jeová Ama a Jacó, mas Odeia Esaú

Nos versículos 2b e 3a Jeová profere uma palavra muito franca em


relação a Jacó e Esaú. Ele diz, “Amei a Jacó; porém aborreci a Esaú.”

B. Edom é Chamado de Terra de Perversidade

Jeová continua a dizer que Edom (o país de Esaú) seria chamado de


terra de perversidade e o povo com quem Jeová estaria indignado para
sempre (vv. 3b-4). Tanto o lugar quanto as pessoas estavam desagradando
a Deus.

C. Jeová é Engrandecido Fora dos


Limites de Israel (em Edom)

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O versículo 5 diz, “Os vossos olhos o verão, e vós direis: Grande é
Jeová também fora dos limites de Israel.” Aqui “fora dos limites de Israel”
significa fora deste território. Embora a nação de Edom estivesse conde-
nada e o povo de Edom fosse o objeto da indignação de Deus, contudo até
mesmo em Edom, fora de Israel, Jeová seria engrandecido.

III. O LIDAR DE JEOVÁ COM OS FILHOS


DE LEVI (OS SACERDOTES)

Em 1:6-3:4 temos o lidar de Jeová com os filhos de Levi, isto é, o Seu


lidar com os sacerdotes.

A. A Degradação dos Sacerdotes

Malaquias 1:6-14 é uma palavra concernente à degradação dos


sacerdotes.

1. O Desprezo pelo Nome de Jeová e Sua Mesa

A degradação dos sacerdotes foi vista primeiro em seu desprezo


pelo nome do Jeová e da Sua mesa (vv. 6-7, 12-13a). Eles não se impor-
tavam pelo nome de Jeová nem para o desfrute da Sua mesa.

2. Apresentam a Jeová Ofertas Maculadas

Os sacerdotes apresentavam a Jeová ofertas maculadas, ofertas de


animais que eram cegos, coxos ou doentes (v. 8). Eles traziam o que era
roubado, coxo e doente e o ofereciam como um sacrifício (v. 13b). Assim,
Jeová disse, “Pois maldito seja o enganador, que, tendo um animal sadio
no seu rebanho, promete e oferece a Jeová um defeituoso” (v. 14a).

3. Jeová Detesta as Suas Ofertas

Jeová não se alegrou em receber suas ofertas maculadas. Pelo


contrário, Ele as detestou (vv. 9-10).

4. A Grandeza do Nome de Jeová entre as Nações

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Nos versículos 11 e 14b nós temos uma palavra a respeito da
grandeza do nome de Jeová entre as nações. No versículo 11 Ele disse que
o Seu nome seria grande entre as nações, e no versículo 14b Ele declarou
que o Seu nome era temido entre as nações.

B. A Transgressão dos Sacerdotes dos Mandamentos


de Jeová e a Violação Deles da Aliança de Jeová

Os sacerdotes transgrediram os mandamentos de Jeová e violaram


a Sua aliança. Isso trouxe a maldição de Jeová a eles (2:1-9).

C. A Deslealdade de Judá entre os Irmãos


e a Profanação Deles para com Jeová

Os versículos de 10 a 12 falam da deslealdade de Judá (na verdade,


os sacerdotes que viviam em Judá e serviam em Jerusalém) entre os
irmãos e a profanação deles para com Jeová.

D. O Ódio de Jeová por causa da


Deslealdade do Homem para com Sua
Esposa

Nos versículos 13 a 17 nós vemos o ódio de Jeová por causa da


deslealdade do homem (se referindo principalmente aos sacerdotes) para
com sua esposa.

1. A Deslealdade de um Sacerdote para com Sua


Esposa Danifica o Seu Sacerdócio

Os versículos 13 e 14 indicam que a deslealdade de um sacerdote


para com sua esposa danifica o seu sacerdócio. Provavelmente algumas
das esposas maltratadas vinham e choravam no altar (vv. 13a, 14). Por
causa disso, Jeová já não considerava os sacrifícios ou os recebia com
prazer das mãos dos sacerdotes (v. 13b). Aqui vemos um assunto muito
importante. Se um servo do Senhor não puder ter uma vida adequada com
sua esposa, seu serviço será anulado.

Todo jovem deve considerar seu casamento muito cuidadosa-


mente. Todos os irmãos e irmãs são sacerdotes. Se nós não pudermos
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viver bem com nosso cônjuge, como poderemos servir a igreja? Se nossa
vida matrimonial for inadequada, nosso sacerdócio estará terminado; ele
não servirá para nada.

2. Jeová Faz do Sacerdote e Sua Esposa Um


para Produzir a Semente de Deus

No versículo 15 Malaquias continua a dizer que no casamento Deus


fez do marido e esposa um para produzir “a semente de Deus”, isto é,
filhos piedosos.

3. Jeová Odeia o Divórcio

Jeová odeia divórcio; e o que se divorcia da sua esposa se comporta


com violência (v. 16). Aos olhos de Deus, o divórcio é um ato violento.

4. Jeová Está Enfadado com as Palavras dos Sacerdotes

De acordo com o versículo 17, os sacerdotes enfadaram Jeová com


suas palavras. Eles O enfadaram dizendo, “Qualquer que faz o mal passa
por bom aos olhos de Jeová, e desses é que ele se agrada; ou: Onde está o
Deus do juízo?” Tais palavras eram acusações injustas.

E. Para Refinar e Purificar os Sacerdotes pela


Sua Vinda como o Mensageiro de Jeová

O lidar de Jeová com os filhos de Levi é para refinar e purificar os


sacerdotes pela Sua vinda como o Mensageiro de Jeová (3:1-4).

1. Esta Profecia Tem um Cumprimento Triplo

Esta profecia tem um cumprimento triplo.

a. Na Vinda do Profeta Malaquias

Primeiro, esta profecia foi cumprida na vinda do profeta Malaquias,


o tipo de Cristo como o Prometido.

b. Na Primeira Vinda de Cristo com


João Batista como Seu Precursor

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Segundo, esta profecia foi cumprida na primeira vinda de Cristo
com João Batista como o Seu precursor (Mt 11:7-13). Na Sua primeira
vinda, Cristo veio como um Mensageiro e até mesmo como a mensagem
enviada por Deus para ajustar, refinar e purificar os sacerdotes. Nos
Evangelhos o Senhor Jesus frequentemente reprovava os sacerdotes.

c. Na Segunda Vinda de Cristo com


Elias como o Seu Precursor

Terceiro, esta profecia será cumprida na segunda vinda de Cristo


com Elias como o Seu precursor (Is 40:3-5, 9-11; Mt 17:11; Ap 11:3-4).

2. Cristo Virá Repentinamente como o Anjo da Aliança

Cristo virá repentinamente como o Anjo da aliança, a quem o povo


de Israel busca e deseja (Ml 3:1; Ag 2:7a).

a. Para Executar sobre Israel a Aliança Que


Ele Estabeleceu pela Sua Morte

A vinda de Cristo repentinamente como o Anjo da aliança será para


executar sobre Israel a aliança que Ele estabeleceu pela Sua morte (Mt
26:28). Ele de certo modo, veio como um Anjo para servir a Deus para
formar o novo testamento. Quando Ele estabeleceu Sua mesa na noite na
qual foi traído, o Senhor Jesus disse-nos que Ele estava estabelecendo a
nova aliança: “Este calice é a nova aliança estabelecida no Meu sangue”
(Lc 22:20). Assim Ele formou o novo testamento no qual Deus é obrigado a
se dispensar em nosso ser para ser nossa vida, nossa lei da vida, e nosso
tudo como nosso conteúdo. Embora o Senhor Jesus tenha estabelecido a
nova aliança há quase dois mil anos, em geral o povo judeu não foi
beneficiado por ela. Em vez disso, o benefício foi para os gentios. Porém,
quando Cristo voltar, Ele virá como o Anjo da aliança para estabelecer a
Sua aliança sobre os judeus que crerem e se arrependerem. Naquele
momento eles se tornarão os beneficiários da nova aliança.

b. Para Refinar e Purificar os Filhos de Levi

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Cristo também virá para refinar e purificar os filhos de Levi,
principalmente os sacerdotes, como o fogo de um ourives e como a
potassa dos lavandeiros para que eles possam oferecer a Deus o sacrifício
justo (Ml 3:2-4). No milênio os judeus arrependidos que são regenerados
por meio da nova aliança serão os sacerdotes para cuidar de todas as
nações. Para isto eles precisarão de muito refino e purificação. Então, na
Sua segunda vinda, Cristo renovará, santificará e transformará Israel para
ser Seus sacerdotes refinados e purificados.

ESTUDO-VIDA DE MALAQUIAS
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MENSAGEM DOIS

CRISTO EM SUAS DUAS VINDAS COMO


REVELADO EM MALAQUIAS

Leitura bíblica: Malaquias 3:1-3; 4:1-3

O livro de Malaquias é sobre Cristo diretamente. Nesta mensagem


tenho o encargo de dar uma palavra adicional sobre a revelação de Cristo
em Malaquias.

CRISTO VEIO COMO O MENSAGEIRO DE DEUS

O livro de Malaquias revela Cristo na Sua primeira e segunda


vinda. Na Sua primeira vinda Ele é o Mensageiro de Deus. Como o
Mensageiro de Deus, Cristo traz não somente é uma palavra ou uma
mensagem de Deus ao povo de Deus; Ele é a mensagem viva. Isto é
completamente provado pelos quatro Evangelhos que são um registro
completo e perfeito de Cristo como a mensagem viva enviada por Deus ao
Seu povo escolhido. Enquanto o Senhor Jesus estava vivendo na terra,
enquanto Ele viajava pelas cidades e enquanto Ele falava às pessoas,
ministrando a Si mesmo para dentro da parte intrínseca do ser deles, Ele
era a mensagem.

CRISTO VEIO COMO O ANJO DA ALIANÇA

Estabelece a Nova aliança

Na Sua segunda vinda, Cristo será o Anjo da aliança, o Desejado


das nações (3:1), e o Sol da justiça (4:2). De fato, Cristo era o Anjo da
aliança até mesmo na Sua primeira vinda. Como o Anjo da aliança, Cristo
estabeleceu a nova aliança. Antes de ir para a cruz, a última coisa que Ele
fez foi estabelecer a nova aliança em Sua mesa (Mt 26:26-30).

Os Crentes, como Filhos de Deus, São Um


com Deus em Sua Vida e Natureza

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Baseado nessa nova aliança (Hb 8:10-12), nós somos perdoados por
Deus que até mesmo esquece de nossas falhas. Deus então pode se
dispensar em nosso ser intrínseco para ser nossa vida, para ser a lei da
vida, e ser tudo para nós como nosso conteúdo interior para que possamos
vivê-Lo. Isso significa que a nova aliança é para nos fazer absolutamente
um com Deus. Ele se torna nós, e nós, sendo constituído com Ele, somos
um com Ele em Sua vida e natureza. O Novo Testamento revela que Ele e
nós formamos uma mútua habitação (Jo 14:20, 23). Isto é um milagre!

Precisamos ter uma compreensão adequada do que significa dizer


que Deus foi constituído em nós para se tornar nós e que nós nos
tornamos um com Deus em Sua vida e natureza. O Novo Testamento
revela que Deus é nosso Pai e que nós somos Seus filhos. Nós não somos
filhos que foram adotados por Deus, mas filhos que nasceram de Deus.
Deus é nosso Pai porque Ele nos gerou, e nós somos Seus filhos porque
nascemos Dele. Da mesma maneira que uma criança compartilha a vida e
natureza do seu pai, mas não a paternidade, assim nós como filhos
nascidos de Deus partilhamos a vida e a natureza de Deus, mas não a Sua
paternidade nem a Sua Deidade. Nós somos iguais a Deus nosso Pai em
vida e natureza, mas seguramente não somos Deus em sua Deidade ou o
Pai em Sua paternidade. Esta é a revelação intrínseca da Bíblia,
especialmente do Novo Testamento.

Em nosso viver diário, precisamos nos lembrar de nosso status


como filhos de Deus que possui a vida e natureza de Deus. Por exemplo,
se um irmão e a sua esposa ambos perceberem isso, sabendo que eles não
são apenas humanos, mas também divinos, eles respeitarão um ao outro
ao máximo. Em vez de discutir, eles honrarão um ao outro e serão amáveis
um com o outro. Além disso, esta percepção os impedirá de perder a
paciência deles. Quando somos tentados a perder nossa paciência,
precisamos nos lembrar de que somos filhos de Deus. Até mesmo em tal
questão como fazer compras numa loja de departamentos, não devemos
esquecer-nos de nosso status como filhos de Deus.

CRISTO VEIO COMO O DESEJOSADO DAS NAÇÕES

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Na Sua segunda vinda, Cristo será também o Desejado das nações
(Ml 3:1; Ag 2:7). Cristo é Aquele a quem desejamos. Dia a dia desejamos
que Ele seja nosso amor, nossa humildade, nossa mansidão e nossa
alegria. Nada é melhor que alegria. Esta alegria se torna nossa força, nossa
cura, nossa alimentação, e nossa nutrição. A verdadeira alegria vem de
Cristo que é nossa vida, nossas virtudes, e nosso tudo. Posso testificar que
tenho amado essa Pessoa por mais de setenta anos, e eu O amo hoje muito
mais do que nunca. Diariamente eu O desejo, O amo, e O considero. Ele
seguramente é nosso Desejo.

CRISTO VEM COMO O SOL DA JUSTIÇA


COM CURA EM SUAS ASAS

Como o Sol da justiça, Cristo virá com cura em Suas asas (Ml 4:2).
Hoje o povo Pentecostal pratica o que é chamado de cura divina. De fato, o
próprio Cristo é nossa cura. Ele é o Sol que nos cura quando brilha sobre
nós.

Na Sua primeira vinda, a terra rejeitou Cristo; portanto, a terra


carece da Sua cura. Mas porque O temos recebido de maneira secreta,
oculta, nós recebemos a Sua cura diariamente. A Sua cura nos faz ter
alegria de forma que nos esqueçamos de nossa raiva e ansiedade. Estamos
doentes por causa do pecado, morte, e muitas deficiências e imperfeições.
Somente este Cristo curativo pode nos tornar completos. Ser curado é ser
salvo. Ser curado, ser salvo, é se tornar completo. Ele nos curará, mas
temos que dar a Ele a liberdade para usar Suas asas para voar sobre nós,
ao redor de nós, e dentro de nós.

Na sua primeira vinda, Cristo curou o sacerdócio degradado, mas


na Sua segunda vinda, Ele curará o restante do povo de Israel. Então Ele
será tudo para a terra e para nós. Este Cristo curativo virá repentinamente.
Por isso, precisamos ficar alertas, prontos para recebê-Lo.

O CENTRO DO LIVRO DE MALAQUIAS

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O centro do livro de Malaquias é o Cristo curativo. Este Cristo
curativo é o Mensageiro de Deus, o Anjo da aliança, e o Desejado das
nações. Cristo ser nossa cura é baseado Nele ser o Sol da justiça. A palavra
“Sol” indica vida, e a palavra “retidão” indica justiça. Toda a terra está
saturada com morte e injustiça, mas com o Cristo curativo nós temos vida
e justiça. Estamos esperando por Ele vir como o Sol da justiça com cura em
Suas asas.

ESTUDO-VIDA DE MALAQUIAS
MENSAGEM TRÊS

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O LIDAR DE JEOVÁ COM OS FILHOS DE JACÓ

Leitura bíblica: Malaquias 3:5-4:6

Nesta mensagem consideraremos Malaquias 3:5-4:6.

IV. O LIDAR DE JEOVÁ COM OS FILHOS DE JACÓ

A. O Julgamento de Jeová pela Sua Aproximação

Malaquias 3:5 e 6 falam do julgamento de Jeová pela Sua aproximação.


Em nossa experiência, toda vez que o Senhor aparece a nós, Ele nos
reprova. O Seu reprovar é o Seu julgamento.

1. Sobre Aqueles Que não Temem a Jeová

O versículo 5 nos diz que Jeová será uma testemunha veloz contra
os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra
os que oprimem os assalariados, a viúva, e o órfão, contra os que torcem o
direito do estrangeiro, e contra os que não temem Jeová. A preocupação
de Jeová a respeito do estrangeiro indica que Ele é muito humano e que
não fica contente quando o Seu povo maltrata um estranho em vez de lhe
dar hospitalidade.

2. Pelo Fato de Jeová não Mudar, os Filhos


de Jacó não São Consumidos

O versículo 6 diz que Jeová não muda; por isso, os filhos de Jacó
não são consumidos.

B. O Conselho de Jeová aos Filhos de Jacó

Nos versículos de 7 a 12 nós temos o conselho de Jeová aos filhos de


Jacó.

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1. Instruindo-Os a Voltarem a Ele para que Ele Voltasse
a Eles Para Que Pudessem Ser Abençoados por Ele

“Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e


não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu tornarei para vós, diz o
Senhor dos Exércitos” (v. 7). Aqui Jeová instruiu os filhos de Jacó a
voltarem a Ele para que Ele voltasse para eles para que pudessem ser
abençoados por Ele (vv. 10, 12). Ser abençoado por Deus é ser curado (4:2),
e ser curado é se tornar completo.

a. Não Roubar a Deus nos Dízimos e Ofertas

Considerando que Ageu toca a preguiça do povo de Deus em não


trabalhar para edificar a casa de Deus, Malaquias fala a respeito de eles
roubarem a Deus nos dízimos e ofertas. “Roubará o homem a Deus?
Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas
ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, por que a mim me roubais, vós,
a nação toda (3:8-9). Aqui vemos que depois de instruir os filhos de Jacó
para que voltassem a Ele, Jeová lhes ordenou a não roubar Deus nos
dízimos e ofertas para que a maldição não fosse trazida para eles. Roubar
a Deus é não dar a Ele o que Lhe é devido. Ele estabeleceu o princípio que
de todo o produto da terra, um décimo deveria ir para Ele (Lv 27:30). A
décima parte deve ir para Ele.

b. Trazendo Todo o Dízimo para a Casa do


Tesouro Para Que Haja Mantimento na Casa de
Deus

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja


mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz Jeová dos Exércitos, se
eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem
medida.” (Ml 3:10). Aqui temos dito que quando o primeiro décimo é
trazido para a casa do tesouro, Deus abre as janelas do céu e derrama uma
bênção até que não haja nenhum lugar para ela.

Este versículo fala de mantimento na casa de Deus. Esta comida não


é para nós — ela é para Deus. Deus tem fome e precisa comer. Qual é a

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comida de Deus? A comida de Deus, a comida divina, são as ofertas,
especialmente a oferta queimada, a oferta de manjares e a oferta pacífica.
A oferta pacífica é desfrutada mutuamente por Deus e o Seu povo. Nós
desfrutamos dessa oferta diante Dele e com Ele.

c. Jeová Repreende o Devorador por Causa Deles

No versículo 11 Jeová continua a dizer que Ele repreenderia o


devorador por causa deles, não permitindo o devorador destruir o fruto
da terra nem permitiria que a videira perdesse seu fruto no campo antes
de amadurecer.

2. Todas as Nações Os Chamarão Benditos,


e Eles Serão uma Terra de Deleites

De acordo com o versículo 12, todas as nações os chamarão


benditos, e eles serão uma terra de deleites.

C. O Encorajamento de Jeová para Aqueles


Que O Temem e O Servem

Nos versículos de 13 a 18 nós vemos o encorajamento de Jeová para


aqueles que O temem e O servem.

1. As Palavras de Alguns dos Filhos de


Jacó São Fortemente contra Jeová

As palavras de alguns dos filhos de Jacó são fortemente contra


Jeová (v. 13a).

a. Diziam Que Era Inútil Servir a Deus

Eles disseram, “É inútil servir a Deus”, e eles perguntaram, “Que


nos aproveitou termos cuidado de guardar os seus preceitos, e andar de
luto diante de Jeová dos Exércitos?“ (v. 14). Eles adoravam e serviam a
Deus, mas faziam isso pesarosamente, nem todos ficavam felizes quando
lhes exigiam que fizessem essas coisas.

b. Reputam por Felizes os Soberbos

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Aqueles que falaram fortemente contra Jeová também disseram,
“Ora, pois, nós reputamos por felizes o soberbo; também os que cometem
impiedade prosperam, sim eles tentam o Senhor, e escapam” (v. 15). Isto
indica que esses opositores de Deus pareciam estar dizendo, “a maneira
de ser abençoado não é ser humilde, mas ser arrogante. Aqueles que agem
impiamente não somente são prósperos, mas eles tentam a Deus, não
creem Nele nem Lhe dão o dízimo, e eles escapam de qualquer tipo de
calamidade. Em vez de sofrer, eles escapam da tribulação.”

2. A Palavra de Encorajamento de Jeová

Os versículos de 16 a 18 são a palavra de encorajamento de Jeová.

a. Aqueles Que Temem a Jeová Falam Uns aos Outros

Aqueles que temiam a Jeová falavam uns aos outros, cada um para
o seu vizinho, e Jeová lhes dava atenção e os ouvia (v. 16a).

b. Um Livro de Recordação É Escrito Diante de Jeová

O versículo 16b nos fala que um livro de recordação foi escrito


diante de Jeová daqueles que O temiam e consideraram o Seu nome. Nós
hoje consideramos, amamos, honramos, respeitamos e santificamos o
nome de Deus, e Ele mantém um registro disso. Nós podemos não nos
lembrar de nossa comunhão a respeito de Cristo e a igreja, mas Deus
mantém um registro dessa comunhão no Seu livro de recordação.

c. Os Filhos de Jacó São Tesouro Particular de Jeová

De acordo com o versículo 17, os filhos de Jacó serão filhos de


Jeová. Eles serão um tesouro particular no dia que Ele preparou (o dia da
Sua ira), e Ele os poupará, como um homem poupa o seu filho que o serve.

d. Os Filhos de Jacó Retornam e Discernem entre


Aquele Que É Justo e Aquele Que É Perverso

Finalmente, em Sua palavra de encorajamento para aqueles que O


temem e O servem, Jeová disse que eles retornariam e discerniriam entre o

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que é justo e o que é perverso, entre o que serve a Deus e o que não O
serve (v. 18).

D. A Advertência de Jeová antes do Dia de Jeová

Malaquias 4:1-6 é a advertência de Jeová antes do dia de Jeová.

1. O Dia Virá, Arderá como uma Fornalha

O dia de Jeová virá, arderá como uma fornalha, e todos os soberbos


e todos os perversos serão restolho. O dia que vem os abrasará, de forma
que não lhes deixará nem raiz ou ramos (v. 1).

2. Para Aqueles Que Temem O Nome de Jeová


o Sol da Justiça Surgirá com Cura em Suas
Asas

Para aqueles que temem o nome de Jeová o Sol da justiça — o


Cristo curativo surgirá com cura em Suas asas. Eles sairão e saltarão como
bezerros bem nutridos. Eles pisarão os perversos; pois os perversos serão
cinzas debaixo das plantas dos seus pés no dia que Jeová preparou (vv. 2-
3).

3. Encarrega os Filhos de Jacó a Se


Lembrarem da Lei de Moisés, os Estatutos
e os Juízos

No versículo 4 os filhos de Jacó foram encarregados de se lembra-


rem da lei de Moisés, isto é, os estatutos e os juízos. A lei é são os Dez
Mandamentos; os estatutos são itens detalhados da lei; e os julgamentos
são ordenanças. Quando um juízo é acrescentado a um estatuto, esse
estatuto se torna uma ordenança. Por exemplo, o mandamento para
guardar o Sábado sagrado e não profaná-lo, falta alguma menção de juízo,
é simplesmente um estatuto. Mas quando um juízo é adicionado, talvez a
sentença de morte por apedrejamento, o estatuto torna-se torna uma
ordenança.

4. Promete Enviar Elias o Profeta para Eles antes que


Venha o Grande e Terrível Dia de Jeová
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Finalmente, nos versículos 5 e 6, Deus prometeu enviar Elias o
profeta para eles antes que viesse o grande e terrível dia do Senhor (Mt
17:10-11; Ap 11:3-4). Elias converterá o coração dos pais aos filhos e o
coração dos filhos aos pais, para que Jeová não venha e fira a terra com
maldição. Esta é a palavra final de Malaquias e a última palavra do Antigo
Testamento.

ESTUDO-VIDA DE MALAQUIAS
MENSAGEM QUATRO

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O REAVIVAMENTO REVELADO
NOS PROFETAS MENORES

Leitura bíblica: Hc 3:2a; Os 6:2; Jl 2:28-29; Ag 1:14; Ml 3:1b; Ag 2:7a; Hb


7:22; At 26:18b; Cl 1:12; Ml 4:2a; Rm 8:20-22

Nesta mensagem final para o estudo-vida dos Profetas Menores,


tenho o encargo de falar uma palavra a respeito do reavivamento revelado
nos Profetas Menores. Podemos dizer que essa questão do reavivamento é
o “grão” dentro da “casca” dos livros dos Profetas Menores.

I. A ASPIRAÇÃO DO ELEITO DE DEUS

Habacuque 3:2a fala de reavivamento: “Ó Jeová, aviva a Tua obra,


no decorrer dos anos.” Entre o eleito de Deus sempre houve uma aspi-
ração para ser reavivado. Contanto que você seja uma pessoa salva, diária-
mente, consciente ou inconscientemente, há uma aspiração com uma
oração espontânea dentro de você: “Ó Senhor, reaviva-nos.” Embora
possamos não perceber isto, tal aspiração tem estado dentro de nós por
todos os anos da nossa vida cristã.

Podemos pensar que a oração de Habacuque por reavivamento era


boa para ele, mas não tem nada a ver conosco. Porém, a respeito da sua
oração, precisamos perceber que com Deus não há nenhum elemento de
tempo. Aos olhos de Deus, uma pessoa no meio dos Seus eleitos repre-
senta o todo. Deus sempre considera o Seu eleito como um Corpo corpo-
rativo. Isso significa que Habacuque e nós somos um na unidade do eleito
de Deus. Assim, quando Habacuque orou por reavivamento, nós também
oramos. Nós oramos por reavivamento vinte e seis séculos atrás. Tal
oração é uma oração perpétua.

Muitas vezes nos últimos seis anos eu encarreguei os santos a


praticar a maneira ordenada por Deus de maneira viva e prática, mas sem
um reavivamento, como poderemos ter qualquer coisa viva? Se nos
empenharmos a praticar apenas o primeiro passo da maneira ordenada
por Deus — visitar as pessoas para pregar o evangelho — sem sermos

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reavivados, este será um fardo pesado que ninguém poderá suportar.
Todos nós precisamos perceber que fomos salvos e somos mantidos na
terra para fazer uma coisa — ir para discipular as nações, começando de
“Jerusalém” e propagando para a “Judéia”, para “Samaria”, e para a maior
parte da terra (At 1:8). Se vivermos para nossa educação, uma carreira, um
bom casamento, ou uma casa agradável, isto será vaidade de vaidades.
Nós estamos vivendo aqui para a propagação do Senhor Jesus, não
somente para nossa vizinhança, mas para o mundo todo. Se quisermos
fazer isto, precisamos ser reavivados. É por isso que o Senhor nos levou a
praticar o reavivamento matinal.

Essa questão do reavivamento matinal é segundo a lei natural na


criação de Deus. Deus criou o universo de forma que haja um nascer do
sol a cada vinte e quatro horas. Nós os crentes devemos seguir o nascer do
sol para sermos reavivados todas as manhãs. Diariamente precisamos de
um “nascer do sol”, e este nascer do sol será um reavivamento. Se experi-
mentarmos um reavivamento diário, então estaremos vivos e qualificados
para praticar a maneira ordenada por Deus e ajudar a igreja a tomar este
caminho.

II. A DESOLAÇÃO DOS “DOIS DIAS” E A


RESSURREIÇÃO NO “TERCEIRO DIA”

Por um lado, Habacuque orou por reavivamento; por outro, Oséias


falou da desolação dos “dois dias” e a ressurreição no “terceiro dia”:
“Depois de dois dias nos revigorará; ao terceiro dia nos levantará (6:2).
Visto que para Deus mil anos são como um dia (2Pe 3:8), esses “dois dias”
podem se referir a um período de dois mil anos. Por quase dois mil anos,
desde o tempo em que Titus destruiu Jerusalém, 70 d.C., Israel, nosso
representante, tem estado desolado. Desde aquele ano Israel perdeu o
sacerdócio, os sacrifícios, os profetas, o rei, e o templo. Por fim, haverá o
“terceiro dia”— os mil anos do reino milenar — quando Israel será
levantado, isto é, restaurado.

O princípio é o mesmo em nossa vida cristã. Num determinado


momento ficamos desolados. Depois dos dois dias de desolação, há o

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terceiro dia que significa o Cristo pneumático em ressurreição. Hoje nós
podemos receber o Cristo pneumático em ressurreição e assim podemos
desfrutar a realidade da Sua ressurreição. Se tivermos o Cristo ressurreto,
estaremos na manhã, o nascer do sol, e este será um verdadeiro
reavivamento para nós.

Em 1984 percebi que a restauração estava numa condição dormente,


como a desolação dos dois dias em Oséias 6:2. Porém, se experimentarmos
um verdadeiro reavivamento, estaremos no terceiro dia.

III. O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO

Joel 2:28 e 29 fala do derramamento do Espírito. Diariamente


precisamos do derramamento do Espírito todo-inclusivo, consumado,
composto, que dá vida como o Deus Triúno processado e consumado. Este
Espírito todo-inclusivo inclui a divindade e a humanidade de Cristo, a
eficácia da Sua morte, e o poder da Sua ressurreição. Este Espírito é nossa
porção, nossa herança.

IV. A RESPOSTA DO ELEITO DE DEUS

“Jeová despertou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, gover-


nador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jeozadaque, sumo sacerdote,
e o espírito do resto de todo o povo” (Ag 1:14a). Aqui vemos a resposta do
eleito de Deus que foi despertado pelo Senhor na ordem da autoridade de
Deus. Quando responderam ao serem despertados no seu espírito pelo
Senhor, todos nós fomos incluídos.

Nos Profetas Menores há ambos o Espírito divino, o Espírito consu-


mado de Deus, e o espírito humano, o espírito despertado do eleito de
Deus. O Espírito divino foi derramado, e nosso espírito humano (a chave
para experimentar e desfrutar Cristo) responde a tal Espírito ao ser
despertado.

Nós podemos sentir que nosso espírito foi despertado no inicio de


nossa vida cristã, mas que já não mais é despertado. Porém, isto não é
verdade. Inconscientemente, o espírito de todo crente regenerado é

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despertado. Se formos a um lugar de entretenimento mundano, nosso
espírito será despertado e nos dirá para deixarmos aquele lugar. Sempre
que entristecemos o Espírito (Ef 4:30), nós não temos paz. Esse é o
despertar de nosso espírito. Quando lemos a Bíblia, sentimos tranquilos e
calmos. Até mesmo nessa tranquilidade, nosso espírito está sob o
despertar do Espírito. Diariamente nós não podemos evitar o despertar de
nosso espírito. A Bíblia revela que uma vez que o Espírito consumado,
composto, que dá vida entra em nós, Ele nunca sairá. Como Ele habita em
nós, Ele frequentemente é um “causador de problemas”, nos despertando
quer negativa ou positivamente. Se dermos importância a este despertar
negativo ou positivo, nós seremos reavivados, seremos fortalecidos e
seremos encorajados a levar a cabo a maneira ordenada por Deus.

V. O DESFRUTE DO CRISTO DE DEUS

Os Profetas Menores também revelam que o Cristo de Deus é nosso


desfrute. O desfrute do Cristo de Deus é de fato o desfrute do próprio
Deus.

A. Como o Desejo do Eleito de Deus

Nós podemos desfrutar Cristo como o Desejo do eleito de Deus (Ml


3:1b; cf. Ag 2:7a). Quer sejamos frios ou quentes para o Senhor, nós
desejamos Cristo. Você pode dizer que não tem desejo por Cristo? Diária-
mente nós desejamos Cristo.

B. Como o Anjo da Aliança

Nós também podemos desfrutar Cristo como o Anjo da aliança (Ml


3:1b). Para Ele ser o Anjo significa que Ele é um servo. Em Sua vinda,
Cristo será o Anjo da aliança. Ele decretou a nova aliança com Seu sangue
na Sua mesa (Mt 26:26-29; Lc 22:20). Na nova aliança, Deus é transmitido
para dentro de nós como vida e como nossa provisão de vida, e nós temos
o perdão de pecados (Jr 31:31-34).

1. Executada como Garantia da Sua Nova


aliança Decretada por meio da Sua
Morte
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Cristo não somente decretou a nova aliança por intermédio da Sua
morte, mas em ressurreição Ele executa a nova aliança como Sua garantia
(Hb 7:22), tornando-a real para nós. Em particular, Ele nos assegura que
nossos pecados foram perdoados e que nós O temos como nossa vida e
provisão de vida tipificado pelo pão da mesa do Senhor. Diariamente
podemos desfrutá-Lo como a garantia da nova aliança.

2. Dispensar as Riquezas do Deus Triúno


Prometida aos Seus Eleitos

Como o Anjo da aliança, Cristo dispensa as riquezas do Deus


Triúno prometida aos Seus eleitos. De acordo com Atos 26:18b, nós
recebemos não só o perdão de pecados, mas também “uma herança entre
os que foram santificados.” Esta herança é o próprio Deus Triúno com
tudo o que Ele tem, tudo que Ele fez, e tudo que Ele fará para o Seu povo
redimido. O Deus Triúno é corporificado no Cristo todo-inclusivo que é “a
porção repartida dos santos” como sua herança (Cl 1:12).

C. Como o Sol da Justiça

Finalmente, Malaquias 4:2 nos fala que nós podemos desfrutar


Cristo como o Sol da justiça com cura em Suas asas.

1. Para Crescer em Vida, no Dispersar das Trevas

Como o Sol da justiça, Cristo é nosso desfrute para crescermos em


vida, no dispersar das trevas. Da mesma maneira que o brilhar da luz
solar permite as plantas crescerem, o brilhar de Cristo como o Sol da
justiça é para nosso crescimento em vida.

2. Para Curar em Vida, no Anular da Injustiça

Como o Sol da justiça, Cristo é também nosso desfrute para a cura


em vida, no anular da injustiça. Antes de desfrutarmos desta cura em
vida, a injustiça prevalecia, mas por meio desta cura a injustiça é anulada e
é substituída pela justiça.

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UMA PALAVRA ADICIONAL

Nesta conjuntura, gostaria de dar uma palavra adicional sobre a


questão do reavivamento.

A Aspiração Universal para o Reavivamento

O reavivamento revelado nos Profetas Menores pode ser aplicado à


família, à igreja, às nações, a toda raça humana, e até mesmo a todo
universo. Em princípio, tudo e todos sobre a terra estão na desolação dos
dois dias falada em Oséias 6:2.

Desde a queda do homem, tem havido em toda a criação uma


aspiração para um reavivamento. Com respeito a isso, Romanos 8:20-22
diz, “Pois a criação foi submetida à vaidade, não voluntariamente, mas
por causa Daquele que a submeteu, na esperança de que a própria criação
também será libertada da escravidão da corrupção e levada à liberdade da
glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, juntamente,
geme e tem dores de parto até agora.” Como resultado da queda de Adão,
a corrupção, a escravidão e a morte entraram em toda a criação. Hoje tudo
está se deteriorando e está debaixo do cativeiro da corrupção. Todas as
coisas que estão debaixo dessa escravidão aspiram serem reavivadas.

Cristo — A Realidade do Terceiro Dia

A queda do homem introduziu a corrupção, e com a corrupção há


escravidão. Por causa desta corrupção e escravidão, há a necessidade em
todos os lugares de reavivamento, de restauração. Esta necessidade só
pode ser satisfeita por Cristo e em Cristo. Cristo foi ressuscitado no
terceiro dia, e como o Cristo pneumático em ressurreição, Ele é a realidade
do terceiro dia. Portanto, Cristo é o elemento do reavivamento para o qual
toda criação aspira. A corrupção e desolação só podem ser tragadas pela
ressurreição de Cristo.

Os incrédulos assim como os crentes aspiram ser reavivados, ter um


novo começo. Toda pessoa quer algo novo. Somente Cristo é o fator

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renovador. Somente Cristo, que se levantou no terceiro dia, é o poder
renovador. Para todo o universo e para toda a humanidade, Cristo é a
realidade do terceiro dia.

Quando recebemos Cristo, nós O recebemos como Aquele que é a


própria ressurreição (Jo 11:25). Imediatamente após recebê-Lo, nós tive-
mos um novo começo em nossa vida humana. Esse novo começo foi um
reavivamento. Porém, possivelmente entramos novamente num estado de
desolação e assim precisamos de um outro reavivamento. Este ciclo de
desolação e reavivamento, reavivamento e desolação, tem sido repetido
muitas vezes.

O caminho para termos o reavivamento que precisamos é contatar


Cristo, nos arrependendo e confessando nossos pecados, fracassos e
trevas. Ao fazermos isso somos trazidos da desolação dos dois dias à
ressurreição do terceiro dia. Sempre que estamos em desolação, preci-
samos de tal reavivamento. Precisamos chegar ao terceiro dia, e o terceiro
dia nada mais é que a pessoa do Cristo ressurreto como a realidade do
reavivamento. Além disso, nós temos o derramamento do Deus Triúno
como o Espírito consumado, todo-inclusivo, que dá vida, e nosso espírito
responde ao ser despertado.

Desfrutar Cristo como o Desejado pela Humanidade

Quando nosso espírito é despertado em resposta ao derramamento


do Espírito, nós não apenas desfrutamos Cristo como o Ressurreto, mas
também como o Desejado por toda a humanidade. Ele é a necessidade
única da humanidade. Cada um, os crentes e os incrédulos igualmente,
desejam Cristo.

O Cristo que desejamos estabeleceu a nova aliança e Ele, como sua


garantia, a está executando agora. Por meio dessa aliança Deus foi
repartido a nós como nossa porção legal em Cristo que é o Sol da justiça
com cura em Suas asas. Aparte Dele, nós temos trevas e injustiça, mas com
Ele tudo é luz e justiça.

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A Última Restauração

Quando nós temos tal Cristo, nós não somente temos reavivamento
— nós temos restauração. O reino milenar será um tempo de restauração.
Esta restauração se consumará no novo céu e nova terra com a Nova
Jerusalém como o centro. Esta será a última, a consumada, restauração
realizada pelo Cristo ressurreto.

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