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ZACARIAS
ESBOÇO
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Versão Restauração - Zacarias
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Versão Restauração - Zacarias
ZACARIAS
Autor: Zacarias (1:1)
Tempo de seu ministério: De aproximadamente 520 A.C., o segundo ano De Dario
Histapes (1:1; Esdras 4 – 6; diferente tanto do Dario em Daniel 9:1; 11:1 quanto
daquele em Neemias 12:22), até cerca de 518 A.C., o quarto ano de Dario (7:1).
Local de seu ministério: Jerusalém (7:2-4).
Objeto de seu ministério: Os cativos que retornaram para Jerusalém.
Assunto:
A Consolação Amável de Jeová e a Promessa a Seu Povo Escolhido Castigado
mediante a Redenção de Cristo, Que em Sua Humilhação Tornou-Se
Companheiro Sofredor Deles em Seu Cativeiro
CAPÍTULO 1
I. Palavra Introdutória
1:1-6
11 Isto é, Dario Histapes que governou o Império Medo-Persa de 521 a 486 A.C. Veja Esdras 4:5,24; 5:3 –
6:12. Este Dario é diferente tanto do Dario em Dn 9:1 e 11:1 quanto daquele em Ne 12:22.
12 Significa Jeová Se lembra. Zacarias nasceu em uma família sacerdotal no cativeiro (Ne 12:1,4,12,16). Ele
foi primeiro um sacerdote, e então se tornou um profeta. Ele retornou a Judá com Zorobabel no tempo do
profeta Ageu em cerca de 520 A.C. (Esdras 5:1). Zacarias e Ageu encorajaram a edificação do templo de
Deus sob as mãos de Zorobabel e Josué. Josué era o sumo sacerdote, representando o sacerdócio, e
Zorobabel, um descendente da família real, era o governador de Judá, representando a realeza. Assim, o
templo de Deus foi edificado por meio da realeza com o sacerdócio. Da mesma forma, na edificação da igreja
como o Corpo de Cristo, tanto o sacerdócio quanto a realeza são necessárias (1 Pe 2:5,9). Ver nota 11 em
Esdras 5.
O pensamento central da profecia de Zacarias é que Jeová Se lembra de Seu povo castigado e simpatiza com
eles em seu sofrimento da ação excessiva das nações, no levar a cabo a punição de Israel por Jeová. Deus
usou as nações para punir Israel, porém as nações foram muito longe no levar a cabo a punição de Deus de
Seus eleitos. Para o sofrimento de Israel pela Sua punição, Deus enviou Cristo como Seu Anjo para estar com
eles e ir com eles por meio de seu cativeiro (vv. 7-11). Ele também levantou “ferreiros” para tratar com as
nações que haviam tratado excessivamente com Israel (vv. 20-21). Por meio de Zacarias, um profeta da
restauração, Deus deu a Seu povo castigado uma palavra amável de consolação e promessa, dizendo que Ele
traria de volta, para seu próprio país, o Israel disperso, com a expectativa de um tempo de restauração e
prosperidade (vv. 12-17; 2:1 – 4:14; 6:9-15; 8:1-23).
Na profecia de Zacarias, Cristo foi enviado para Israel como seu Rei, de uma forma humilde (9:9-10), e como
seu Pastor para alimentá-los (11:7), todavia Ele foi detestado (11:8), vendido (11:2-13), ferido (13:7), e
traspassado (12:10) e, por meio disso, realizou a redenção para eles (13:1a; 1:8; 3:9). Finalmente, Cristo
lutará por Israel para libertá-los da mão do Anticristo para a salvação de sua casa (12:1 – 14:21). Na
restauração, Cristo será o Rei sobre toda a terra (14:8-11, 16, 20-21).
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Versão Restauração - Zacarias
A. A Visão de um Homem como o Anjo de Jeová Montado num Cavalo Vermelho E Parado entre as Murteiras
1:7-17
7 Aos vinte e quatro dias do undécimo mês, que é o mês Sebate, no segundo ano de
Dario, veio a palavra de Jeová ao profeta Zacarias, filho de Berequias, filho de Ido,
dizendo:
8 Tive de noite uma visão, e eis um 1homem montado num cavalo 2vermelho. Ele estava
parado entre as 3murteiras que estavam no vale; atrás dele estavam cavalos
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vermelhos, baios e brancos.
14 Significa em um tempo designado. O significado total dos três nomes Zacarias, Berequias e Ido é que num
tempo designado Jeová abençoará e Jeová Se lembrará.
32 A exortação aos filhos de Israel, nos vv. 2-6, para tornar para Jeová, com a promessa que Jeová tornará
para eles, indica que embora os filhos de Israel tenham tornado da Babilônia para Jerusalém, muitos deles
provavelmente não tinham tornado para o Senhor. Isto estabelece o princípio que devemos tornar para o
Senhor primeiro, e então o Senhor tornará para nós.
81 Este homem é o Anjo de Jeová (v. 11), Cristo em Sua humanidade. O Anjo de Jeová é o próprio Jeová
como o Deus Triúno (Ex 3:2aa, 4-6, 13-15). Ele é também Cristo como a corporificação do Deus Triúno (Cl
2:9) e como o Enviado de Deus (Jo 5:36-38; 6:38-39). O Anjo de Jeová é também o Anjo de Deus que
escoltou e protegeu Israel em seu caminho do Egito à terra prometida (Ex 23:20; 32:34; Jz 6:19-24; Is 63:9).
82 Aqui o cavalo vermelho significa o mover rápido de Cristo em Sua redenção, realizada mediante o
derramar de Seu sangue (Ef 1:7; 1 Pe 1:18-19).
83 As murteiras significam o povo de Israel humilhado contudo precioso em seu cativeiro. O Cristo redentor,
como um homem e como o Anjo de Jeová, a corporificação do Deus Triúno, foi enviado por Deus para estar
com o povo de Israel humilhado em seu cativeiro. O estar parado de Cristo entre as murteiras que estavam no
vale significa que Ele permaneceu fortemente entre o Israel capturado na parte mais baixa do Vale em sua
humilhação. Como Aquele sobre o cavalo vermelho, Cristo, o Redentor, era o Protetor de Israel, pronto para
fazer qualquer coisa por eles rapidamente de modo a cuidar deles em seu cativeiro. Cristo manteve Israel em
seu cativeiro para que Ele pudesse finalmente nascer dentro de Sua humanidade por meio de Israel para
cumprir a economia eterna de Deus.
84 Os cavalos de três cores diferentes indicam que a redenção de Cristo (o cavalo vermelho) conduz o Israel
arrependido (os cavalos baios) para ser justificado e aceito rapidamente por Deus (os cavalos brancos). Esta
visão dos cavalos retrata a situação de Israel em seu cativeiro. Aos olhos de Deus, Cristo o Redentor estava
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Versão Restauração - Zacarias
9 Então perguntei: Meu senhor, quem são estes? Respondeu-me o anjo que falava
comigo: Mostrar-te-ei quem são estes.
10 Respondeu o homem que estava parado entre as murteiras e disse: Estes são os que
Jeová tem 1enviado para correrem a terra.
11 Eles responderam ao anjo de Jeová que estava parado entre as murteiras, e
disseram: Nós temos corrido a terra e eis que a terra toda está quieta e em descanso.
12 Então respondeu o anjo de Jeová: Até quando, Jeová dos exércitos, não terás tu
compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais tens alimentado
indignação estes setenta anos?
13 Jeová respondeu ao anjo que falava comigo com palavras boas, palavras
consoladoras.
14 Assim o anjo que falava comigo me disse: Clama, dizendo: Assim diz Jeová dos
exércitos: Zelo a Jerusalém e a Sião com grande 1zelo.
15 Eu com grande indignação estou indignado com as nações que estão em descanso;
porque eu estava um pouco indignado, mas eles auxiliaram o mal.
16 Portanto assim diz Jeová: Acabo de voltar para Jerusalém com misericórdia; nela será
edificada a minha casa, diz Jeová dos exércitos, e o 1cordel será estendido sobre
Jerusalém.
17 Torna a clamar, dizendo: Assim diz Jeová dos exércitos: As minhas cidades ainda se
trasbordarão de bens; Jeová ainda confortará a Sião, e ainda escolherá a Jerusalém.
com eles tomando a liderança, e eles, o povo redimido de Deus, estavam seguindo-O. Visto que eles eram o
povo redimido de Deus, eles aparecem, à primeira vista, como cavalos vermelhos. Todavia, visto que eles
não eram puros, eles são retratados também pelos cavalos baios (a cor baia indica mistura). Eles precisam
contatar Deus e serem tratados por Ele de modo a ganhar Deus e serem justificados por Ele, e assim tornarem-
se aqueles retratados pelos cavalos brancos. Uma vez que eles se arrependam, serão prontamente aceitos por
Deus e justificados por Ele.
101 Os cavalos vermelhos, baios e brancos foram enviados por Jeová para percorrerem a terra para observar a
situação das nações. Como indicado pelo movimento dos cavalos, o povo de Deus capturado ficou
desestruturado e sem paz, sem descanso e sem o desfrute da vida. As nações, pelo contrário, estavam quietas
e em descanso (v. 11). Isto indica que, aos olhos de Deus, todas as nações ao redor de Israel, naquele tempo,
estavam sentadas e desfrutando sua vida em paz e quietude ao passo que os eleitos de Deus estavam sofrendo.
141 Porque as nações estavam sentadas pacificamente enquanto Jerusalém estavam atormentada, Jeová estava
muito zeloso por Jerusalém. Ele estava extremamente indignado com as nações, que estavam sossegadas,
quietas e em descanso (vv. 15a, 11). Deus estava um pouco indignado com Israel, porém as nações, em seu
levar a cabo a punição de Deus sobre Israel, tratou com Israel excessivamente (v. 15b).
161 Medir para o propósito de posse. Por setenta anos, Jerusalém foi abandonada por Deus (v. 12; Jr 25:11).
Agora, Ele estava voltando para repossuir a cidade; assim, Ele levou um cordel de medir para estendê-lo
sobre ela (2:1).
181 A visão dos quatro chifres e dos quatro ferreiros (vv. 18-21) era uma palavra consoladora e encorajadora,
de promessa para Israel, como resposta de Deus à intercessão de Cristo por Sião e Jerusalém no v. 12. Os
quatro chifres são os quatro reinos com seus reis - O Império Babilônico, Medo-Persa, Grego, e Romano –
também retratados pela grande imagem humana em Dn 2:31-33 e pela quatro bestas em Dn 7:3-8, que
danificaram e destruíram o povo escolhido de Deus. Os quatro ferreiros (v. 20) são as habilidades usadas por
Deus para destruir estes quatro reinos com seus reis. Cada um dos três primeiros reinos – Babilônico, Medo-
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Versão Restauração - Zacarias
19 Eu perguntei ao anjo que falava comigo: Que são estes? Ele me respondeu: Estes
são os chifres que espalharam a Judá, a Israel e a Jerusalém.
20 Jeová mostrou-me 1quatro ferreiros.
21 Então perguntei: Que vêm estes a fazer? Ele respondeu: Esses são os chifres que
espalharam a Judá, de tal sorte que ninguém levantou a sua cabeça; mas estes são
vindos para lhes meterem medo, para abaterem os chifres das nações que levantaram
o seu chifre contra a terra de Judá a fim de a espalhar.
CAPÍTULO 2
1 Levantei os meus olhos, e vi, e eis um 1homem que tinha na mão um cordel de 2medir.
2 Então perguntei: Para onde vais tu? Respondeu-me ele: Para medir a 1Jerusalém, a fim
de ver qual é a sua largura, e qual o seu comprimento.
3 Eis que saiu para fora o anjo que falava comigo, e outro anjo saiu-lhe ao encontro
4 e disse-lhe: Corre, fala a este mancebo: Jerusalém será habitada como aldeias não
muradas por causa da multidão de homens e de animais que haverá nela.
5 Pois eu, diz Jeová, lhe serei um 1muro de fogo ao redor, e serei a glória no meio dela.
6 Ah, ah! fugi da terra do norte, diz Jeová, porque vos tenho 1espalhado como os quatro
ventos do céu, diz Jeová.
Persa e Grego – foi assumido de uma maneira hábil pelo reino que o seguiu (cf. Dn 5; 8:3-7). O quarto
ferreiro será Cristo, como a pedra cortada sem o auxílio de mãos, que esmagará o Império Romano restaurado
e, por meio disso, esmagará a grande imagem humana como a totalidade do governo humano em Sua volta
(Dn 2:31-35).
11 Este homem é Cristo em Sua humanidade como o Anjo de Jeová, Aquele que fala com Zacarias (vv. 1a, 2;
cf. Ez 40:3).
12 Ver nota 161 no cap 1. O homem com o cordel de medir tencionava medir Jerusalém de maneira que
Jeová pudesse repossuí-la depois de setenta anos do cativeiro de Israel (vv. 2, 4b). Esta medição não era
somente para saber a dimensão, mas também para saber a condição e a situação. A medição foi feita por um
homem, não por um anjo. Um anjo não está qualificado para medir qualquer coisa humana, pois ele não tem
a natureza humana. Somente Jesus, que tem tanto a natureza humana quanto a natureza divina, está
qualificado para medir Jerusalém.
21 Enquanto o templo é o sinal da casa de Deus, a cidade de Jerusalém é um sinal do reino de Deus para Sua
administração. A cidade de Jerusalém foi medida e foi achada ser aldeias não muradas (v. 4), isto é, sem
limite. Isto indica que o reino de Deus é ilimitado, a dimensão do próprio Deus, e que Deus mesmo é a
dimensão de Seu reino.
51 Que o muro da cidade de Jerusalém e a glória dentro dela serão o próprio Jeová indicam que Jeová como
Cristo será a proteção de Jerusalém em sua circunferência, e sua glória em seu centro. Isto mostra a
centralidade e universalidade de Cristo na economia de Deus. Hoje, Cristo é a glória no centro da igreja, e é
também o fogo ardente em redor da circunferência da igreja para sua proteção. Na Nova Jerusalém, o Deus
Triúno em Cristo será a glória em seu centro (Ap 21:23; 22:1,5), e esta glória brilhará mediante a muralha
transparente da cidade (Ap 21:11,18a,24) para ser sua proteção de fogo.
61 A palavra espalhado indica que Deus espalhar o povo de Israel quando eles foram levados em cativeiro,
foi Seu espalhá-los para o espalhar de Seu testemunho. Quando os filhos de Israel foram espalhados para a
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Versão Restauração - Zacarias
CAPÍTULO 3
D. A Visão de Josué o Sumo Sacerdote, Estabelecido e Fortalecido pelo Anjo de Jeová com Zorobabel o
Governador de Judá
3:1-10
1 Ele me mostrou o sumo sacerdote 1Josué que estava diante do anjo de Jeová, e
2
Satanás que estava à mão direita dele para ser o seu adversário.
Babilônia, quatro jovens tornaram-se testemunhas de Deus e um testemunho para Ele (Dn 1:6). Desta
maneira, o testemunho de Deus foi espalhado para a Babilônia. Deus é grande e soberano e Ele tem um
coração amplo. Portanto, Ele quis que Seu testemunho fosse espalhado para lugares longínquos. Cf. At 1:8;
8:1,4; 11:19.
81 A expressão depois da glória significa depois do retorno dos cativos. Nos setenta anos do cativeiro de
Israel, a glória esteve ausente do centro de Jerusalém (Ez 11:23 e nota 1). Porém, quando os filhos de Israel
retornaram a Jerusalém, a glória também retornou. À vista de Deus, o retorno dos cativos foi uma glória.
82 Tanto Ele quanto Me se referem a Jeová dos Exércitos. Isto significa que Jeová dos Exércitos é o Emissor
(vv. 9,11) e o Enviado. Jeová é o Deus Triúno (Ex 3:15 e nota). Neste verso, Um dos três na Deidade,
referido como Ele, enviou outro dos três, referido como Me. O Emissor é certamente o Pai, e o Enviado é o
Filho (Jo 5:36b; 6:57a; 8:16). Depois da glória, o Deus Triúno decidiu que o Pai enviaria o Filho contra
nações que despojaram Israel. Tanto o Pai como o Filho são Jeová.
83 Cristo como o Enviado por Jeová dos Exércitos e como o Emissor, Jeová dos Exércitos, será contra as
nações que despojaram o povo de Sião e tocou-lhe como a menina do Seu olho. O povo de Deus Lhe é muito
querido, e quem quer que os toque toca a menina do Seu olho. Esta foi uma palavra de conforto,
encorajamento e consolação a Zorobabel, Josué e todos os outros que retornaram.
101 O Eu neste verso e o Eu e Me no verso 11 referem-se a Jeová, o mesmo que o Eu e Me nos versos 8-9.
131 Antes que a glória retornasse para Jerusalém, Jeová estava silente, mas, depois da glória, Ele Se levantou
de Sua santa habitação. Toda a carne – incluindo a carne dos babilônios, persas, gregos e romanos – deve
estar silente. Somente Jeová tem o direito de falar, e somente Ele é o fator decisivo.
11 Josué, o sumo sacerdote, tipifica Cristo como o Sumo Sacerdote enviado por Deus a Seu povo (Hb 3:1;
4:14-15; 7:26). Josué também representa e significa Israel como uma nação de sacerdotes (Ex 19:6; Zc 8:20-
23; Is 2:2-4a).
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Versão Restauração - Zacarias
2 Jeová disse a Satanás: Que Jeová te repreenda, ó Satanás; sim, repreenda-te Jeová
que escolheu a Jerusalém: acaso não é este um tição tirado do fogo?
3 Ora Josué estava vestido de vestes 1sujas, e posto em pé diante do anjo.
4 Este começou a falar e disse aos que estavam diante dele: 1Tirai-lhe estas vestes
sujas. A Josué disse: Eis que hei feito passar de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de
ricos trajos.
5 Eu disse: Ponham-lhe sobre a cabeça uma mitra 1limpa. Puseram-lhe, pois, sobre a
cabeça uma mitra limpa, e vestiram-no de vestidos; e o anjo de Jeová estava perto, de
pé.
6 O anjo de Jeová protestou a Josué, dizendo:
7 Assim diz Jeová dos exércitos: Se andares nos meus caminhos, e observares o que
tenho prescrito, também tu julgarás a minha casa, e bem assim guardarás os meus
átrios, e te permitirei entrar e sair entre os que estão aqui.
8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e teus colegas que se assentam diante de ti;
porque são homens de presságio; porquanto eis que farei vir o 1meu servo, o Renovo.
9 Eis a 1pedra que tenho posto diante de Josué; sobre uma só pedra estão 2sete olhos.
Eis que eu 3esculpirei a sua escultura, diz Jeová dos exércitos, e 4tirarei a iniqüidade
desta terra num só dia.
Josué estava diante do Anjo de Jeová para ser aperfeiçoado, estabelecido e fortalecido no sacerdócio (vv. 1-
10). O Anjo de Jeová quis fazer isto medindo Josué. O cuidado de Cristo por Josué neste capítulo é uma
continuação do Seu medir em 2:1-2.
12 Ou, o acusador, o adversário. Ver notas 101 em Mt 4 e 102 em Ap 12. Como o adversário, a intenção de
Satanás era depreciar Josué na frente de seus colegas (v. 8) e frustrar a reedificação do templo de Deus.
Nos versos 1-2, há três participantes: Josué, o Anjo de Jeová e Satanás. Isto é uma repetição da cena no
jardim do Éden, onde Deus pôs o homem que Ele tinha criado em frente da árvore da vida, denotando Deus, e
a árvore do conhecimento, denotando Satanás (Gn 2:8-9).
31 Em tipo, vestes significam a conduta de alguém como expressão de alguém (Is 64:6; Ap 19:8). O fato que
Josué o sumo sacerdote estava vestido com vestes sujas indica que nossa conduta pode ainda ser impura, pois
ainda estamos na carne, que é totalmente suja (Rm 7:18; 2 Co 7:1). As vestes sujas de Josué foram a base da
acusação de Satanás.
41 A perfeição de Cristo como o Anjo de Jeová foi estendida a Josué pela remoção das suas vestes sujas,
fazendo assim sua iniqüidade passar dele. Josué também foi vestido com ricos trajos, com vestes apropriadas
a seu ofício e status como sumo sacerdote. Estas vestes significam a expressão de Cristo em Sua glória
divina e Sua beleza humana (Ex 28:2 e notas).
51 A mitra limpa significa que Josué tinha sido plenamente purificado e estava, agora, limpo na presença de
Cristo como o Anjo de Jeová.
81 Isto se refere a Zorobabel, que é um tipo de Cristo como o Servo de Jeová, o Renovo de Davi (Jr 23:5), em
Sua humanidade e fidelidade régia (6:12). Embora ele não fosse um rei mas fosse um governador na posição
de um rei (Ag 1:1), Zorobabel era, não obstante, um descendente, um renovo, da família real de Davi. Como
tal, ele tipifica Cristo.
91 Esta pedra (Zorobabel) posta diante de Josué também tipifica Cristo como a pedra para a edificação de
Deus (Sl 118:22; Is 28:16; Mt 21:42; 1 Pe 2:4). Zorobabel era uma pedra posta diante de Josué para levar a
cabo a economia de Deus.
92 Os sete olhos da pedra (Cristo) são os sete olhos de Jeová e os sete olhos do Cordeiro, Cristo, que são os
sete Espíritos de Deus, o Espírito sete vezes intensificado (4:10; Ap 5:6). Ver nota 101 no cap. 4.
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Versão Restauração - Zacarias
10 Naquele dia, diz Jeová dos exércitos, chamareis, cada um de vós ao seu próximo para
debaixo da 1videira e para debaixo da figueira.
CAPÍTULO 4
1
1 O anjo que falava comigo voltou, e me despertou a mim, como a um homem que é
despertado do seu sono.
2 Perguntou-me: Que vês tu? Respondi: Vi, e eis um 1candeeiro todo de ouro, que tem o
seu vaso em cima, e sobre si as suas sete lâmpadas; há sete 2canudos, e cada um
deles vai unir-se a uma das lâmpadas que estão em cima do candeeiro.
3 Vi junto a ele 1duas oliveiras, uma à direita do vaso e a outra à sua esquerda.
93 Jeová esculpir a pedra indica que Deus trabalhará em Cristo, como a pedra, para a realização da redenção,
salvação e edificação de Deus. Esculpir é cortar. Quando Cristo foi morto sobre a cruz, Ele foi esculpido,
cortado, por Deus.
94 Isto indica que o Cristo no qual Deus trabalhou tirará o pecado da terra de Israel em um dia, o dia de Sua
crucificação (1 Pe 2:24). Por meio de Sua morte na cruz, Cristo, o Cordeiro de Deus, tirou o pecado do
mundo (Jo 1:29).
101 Depois que nosso pecado foi tirado (v. 9) e nossa situação com Deus foi apaziguada, há paz entre nós e
Deus, e podemos vir juntos para desfrutar Cristo como a videira (Jo 15:1,5), a árvore da vida (ver nota 92 em
Gn 2 e notas 21 e 22 em Ap 22), e como a figueira cheia de fruto da vida (Jz 9:10-11). Cristo veio para
realizar a redenção, portando o Espírito e sendo cortado por Deus na cruz (ver notas 92 e 93). Isto resultou em
nosso desfrute dEle como a videira e como a figueira. A medição levada a cabo por Cristo como o Anjo de
Jeová resulta em tal maravilhosa situação.
11 As visões nos caps. 3 e 4 dizem respeito respectivamente, ao sacerdócio e ao reinado, os quais estão
relacionados à edificação do templo (ver nota 11 em Esdras 5). A visão no cap. 3 concernente a Josué foi para
fortalecer Josué, o sumo sacerdote, no sacerdócio, ao passo que a visão do candeeiro de ouro e das duas
oliveiras, neste capítulo, foi para fortalecer Zorobabel, o governador de Judá, no reinado. No cap. 3, Josué
foi medido (ver nota 11, parte 2, ali), resultando em seu ser fortalecido e estabelecido por meio do limpar. No
cap. 4, Zorobabel foi medido de modo que ele pudesse ser fortalecido e estabelecido para continuar e
completar a reedificação do templo.
21 O sacerdócio de Josué significa o sacerdócio da nação de Israel para com as nações para Deus. O
candeeiro de ouro significa o testemunho brilhante da nação de Israel para com as nações para Deus. Deus
escolheu Israel para ser uma nação de sacerdotes (Ex 19:6). Sua intenção era usar a nação de Israel como um
sacerdócio para levar as nações a Deus para que elas pudessem entrar na presença de Deus para serem
iluminadas, expostas, tratadas e transfundidas por Deus com as riquezas divinas. Ademais, os sacerdotes
deviam ensinar as nações como adorar a Deus e servir a Deus (cf. 8:20-23). Em adição a ser uma nação de
sacerdotes, Israel era para ser um testemunho estável para Deus.
Intrinsecamente, o candeeiro significa o Deus Triúno corporificado e expresso. Em Ex 25 o candeeiro
significa Cristo como a corporificação e expressão do Deus Triúno. Aqui, o candeeiro siginifica a nação de
Israel como o testemunho coletivo de Deus, irradiando todas as Suas virtudes. Para os detalhes concernentes
ao candeeiro, ver notas em Ex 25:31-40.
22 O suprimento do candeeiro são os sete canudos para cada uma das sete lâmpadas, que significam o
Espírito de Deus sete vezes intensificado como o suprimento abundante (Fl 1:19b). Ver notas 51 em Ap 4 e
45, parte 1, em Ap 1.
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Versão Restauração - Zacarias
4 Respondi e perguntei ao anjo que falava comigo: Que são estas coisas, meu senhor?
5 Respondeu-me o anjo que falava comigo: Não sabes o que são elas? Respondi: Não,
meu senhor.
6 Ele prosseguiu e me disse: 1Esta é a palavra de Jeová a Zorobabel, a qual diz: Não por
força nem por poder, mas por Meu 2Espírito, diz Jeová dos exércitos.
7 Quem és tu, ó grande monte? diante de Zorobabel tornar-te-ás uma campina; ele
1
produzirá a pedra angular, dizendo com aclamações: Graça, graça a ela.
8 Demais veio a mim a palavra de Jeová, dizendo:
9 As mãos de Zorobabel têm posto os alicerces desta casa; também as suas mãos a
acabarão; e saberás que Jeová dos exércitos me enviou a vós.
10 Quem desprezou o dia das coisas pequenas? Pois se regozijarão, e verão o prumo na
mão de Zorobabel, estes 1sete, que são os olhos de Jeová; eles percorrem toda a
terra.
11 Então prossegui e lhe perguntei: Que são estas duas oliveiras à direita do candeeiro,
e à sua esquerda?
31 Ver nota 201 em Ex 27. As duas oliveiras aqui significam Josué, o sumo sacerdote, e Zorobabel o
governador, no tempo, os quais eram os dois filhos do óleo, enchidos com o Espírito de Jeová para a
reedificação do templo de Deus (vv. 3-6, 12-14; cf. Ex 31:3 e nota). Os dois filhos do óleo também tipificam
as duas testemunhas, Moisés e Elias, nos últimos três anos e meio da presente era, que serão testemunhas de
Deus na grande tribulação para o fortalecimento dos povos de Deus – os israelitas e os crentes em Cristo (Ap
11:3-12; 12:17).
61 A palavra nos vv. 5-7 e 9a indica que Zorobabel, o governador de Judá, que lançou o fundamento para a
reedificação do templo, produziria a pedra angular, que significa que ele finalizaria a reedificação do templo
de Deus pelo Espírito de Jeová, não por força nem por poder. O profeta Zacarias falou esta palavra a
Zorobabel de maneira a sustentar, encorajar, fortalecer e estabelecer a mão de Zorobabel para que ele pudesse
continuar a edificação do templo para sua consumação.
62 Enquanto o cap. 3 refere-se à morte de Cristo, a qual é para redenção (3:9), o cap. 4 fala do Espírito, que é
para o levar a cabo a economia de Deus. Conforme o Novo Testamento, Cristo é Aquele que foi crucificado
para nossa redenção, que ressuscitou dentre os mortos, e que, em ressurreição, tornou-Se o Espírito vivificante
(1 Co 15:3-4, 45b). Como resultado da redenção de Cristo, o povo de Deus pode, agora, desfrutar Cristo
como o Espírito (Gl 3:13-14), até mesmo como o Espírito sete vezes intensificado (Ap 1:4; 4:5; 5:6). Depois
que cremos no Cristo crucificado, Deus nos supre com o Espírito todo-inclusivo para a realização de Sua
edificação (Gl 3:1-2, 5). Por este Espírito, a edificação da igreja será consumada.
71 Produzir a pedra angular é completar a edificação. As aclamações: “Graça, graça a ela!” indicam que a
própria pedra angular é graça. A pedra angular tipifica Cristo, que é a graça de Deus para nós para ser a
cobertura do edifício de Deus (ver nota 101 em 1 Co 15). Cristo é a pedra de fundação para suster o edifício
de Deus (Is 28:16; 1 Co 3:11), a pedra de esquina para juntar os membros gentios e judeus do Seu Corpo (Ef
2:20; 1 Pe 2:6), e a pedra angular para consumar o edifício de Deus.
101 “Estes sete” que são os sete olhos de Jeová, são os sete olhos na pedra em 3:9. Os sete olhos da pedra
são os sete olhos de Jeová e também os sete olhos do Cordeiro, Cristo (Ap 5:6). Portanto, a pedra, Jeová, e o
Cordeiro são um. Cristo é o Cordeiro remidor e a pedra de edificação, e Ele é também Jeová. Os sete olhos
de Cristo são os sete Espíritos de Deus (ver notas 65 em Ap 5 e 45 em Ap 1), indicando que Cristo e o Espírito
Santo, embora distintos, não são separados. Da mesma forma que os olhos de uma pessoa são essencialmente
um com a pessoa, assim o Espírito Santo é essencialmente um com Cristo (Rm 8:9-10; 2 Co 3:17). A função
dos sete olhos de Cristo é observar e perscrutar a fim de executar o juízo de Deus sobre o universo, e
transfundir e infundir tudo que Deus é para dentro do Seu povo escolhido. Em Sua ressurreição, Cristo, como
o último Adão, tornou-Se o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b; Jo 6:63a; 2 Co 3:6b), que é também o Espírito
sete vezes intensificado. Este Espírito é o Espírito de vida (Rm 8:2). Daí, a função dos sete Espíritos é
impartir a vida divina no povo de Deus para a edificação da habitação eterna de Deus, a Nova Jerusalém.
10
Versão Restauração - Zacarias
12 Segunda vez falei, e perguntei-lhe: Que são estes dois 1ramos de oliveira, que se
acham junto às duas bicas de ouro, e 2que vertem de si 3ouro?
13 Respondeu-me ele: Não sabes o que são eles? Tornei-lhe: Não, meu senhor.
14 Disse ele: São os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra.
CAPÍTULO 5
121 Nos caps. 3 e 4, a mesma pessoa, Zorobabel, é retratado por um renovo (3:8), uma árvore (vv. 3,11), e
um ramo (v. 12). Isto indica que Zorobabel mesmo não é a fonte. Ele não é uma árvore completa em si
mesmo; antes, ele é uma árvore que é, na verdade, um ramo de uma outra árvore, e esta árvore é a fonte.
Além do mais, Zorobabel é também um renovo de outra árvore, árvore que é Cristo. Cristo é a única oliveira
(Rm 11:17 e nota 2); e Zorobabel e todos os crentes de Cristo são ramos, renovos, de Cristo (Jo 15:5a).
Assim, todos os crentes são as muitas oliveiras, não no sentido de serem árvores separadas, mas no sentido de
serem ramos de Cristo, a única oliveira.
122 Que aqui refere-se não às bicas, mas aos ramos. Para o iluminar do candeeiro, é necessário óleo. As
duas oliveiras suprem o óleo de oliva pelo fluir do óleo através dos ramos para dentro das bicas, que, em
troca, dirigem o óleo para dentro do vaso, o qual supre o candeeiro por meio dos tubos (v. 2).
123 Referindo-se ao óleo. O óleo denota o Espírito, e o Espírito é Deus, que em tipologia é retratado pelo
ouro. Assim, suprir o óleo para o iluminar do candeeiro é fluir Deus para suprir outros com o Espírito sete
vezes intensificado, para que eles possam ser vivificados para o testemunho de Deus por meio da igreja.
11 As cinco primeiras visões neste livro (1:7 – 4:14) são positivas, como uma palavra confortadora,
consoladora e encorajadora de Deus a Josué, Zorobabel e o povo. Em contraste, as últimas três visões (5:1 –
6:8) são negativas, no que diz respeito ao juízo universal de Deus sobre o povo mau e o mal sobre a terra.
12 O rolo volante significa a justa lei de Deus e sua justiça (justo juízo). Este rolo será a base do completo
juízo de Deus sobre todo pecado na terra (cf. Rm 3:19).
21 O comprimento do rolo volante sendo de vinte côvados e a largura de dez côvados significam o
testemunho da lei por dois quadrados de dez côvados por dez côvados. O número dois é o número para
testemunho (Dt 17:6), e o número dez significa completação em plenitude (Ap 2:10 e nota 2). Portanto, a lei
de Deus é um testemunho ao mundo inteiro, e os dois quadrados de dez côvados por dez côvados apontam
para a completação em plenitude da lei.
31 A maldição significa a punição de Deus no julgar os pecados conforme Sua lei justa (Gl 3:13a). O fato
que o juízo de Deus é uma maldição indica que isto é um assunto muito sério.
32 Furtar significa pecados para com o homem, que são o resultado de ganância e cobiça, ao passo que jurar
falsamente pelo nome de Jeová significa pecados para com Deus, os quais são o resultado de um
relacionamento errado com Deus. A lei de Deus dada a Moisés tem duas seções: a primeira concernente ao
relacionamento entre o homem e Deus, e a segunda concernente aos relacionamentos entre homens (ver nota
21 em Ex 20). Ser reto com Deus e com o homem é ser justo. Aqueles que não são retos com ambos, Deus e
o homem, sofrerão o juízo de Deus.
11
Versão Restauração - Zacarias
1
4 Fa-lo-ei sair, diz Jeová dos exércitos, e entrará ele na casa do ladrão, e na casa
daquele que jurar falsamente pelo meu nome; ficará no meio da casa do tal e a
consumirá juntamente com a sua madeira e com as suas pedras.
5 Então saiu o anjo que falava comigo e me disse: Levanta os teus olhos, e vê que é o
que sai.
6 Eu perguntei: Que é isto? Ele disse: 1É o vaso de efa que sai. Disse ele mais: Esta é a
sua 2semelhança em toda a terra.
7 Eis que foi levantada a tampa de chumbo, e uma 1mulher estava sentada dentro do
vaso de efa.
8 Prosseguiu o anjo: Esta é a impiedade. Ele a lançou no fundo do vaso de efa e sobre a
boca do efa pôs o peso de 1chumbo.
9 Então levantei os meus olhos, e vi: eis que saíram 1duas mulheres, e o vento estava
nas suas asas (ora tinham elas asas como as asas da cegonha) e elevaram o efa
entre a terra e o céu.
10 Perguntei ao anjo que falava comigo: Para onde levam elas o efa?
11 Respondeu-me: 1Para lhe edificar uma casa na terra de Sinear; quando a casa tiver
sido preparada, ela será estabelecida no seu lugar.
CAPÍTULO 6
H. A Visão dos Quatro Carros
6:1-8
41 Referindo-se ao juízo de Deus. A descrição neste verso indica que o exercício do juízo de Deus sobre os
pecados será extremamente sério e também assaz completo.
61 Um vaso de efa é um vaso de medir, um recipiente capaz de conter um efa, usado para compra e venda em
negócio. A visão do vaso de efa significa a iniqüidade do negócio, ou comércio, na terra.
62 O comércio parece ter uma semelhança apropriada; verdadeiramente, ele é mau, cheio de iniqüidade (vv.
7-8).
71 A mulher sentada dentro do vaso de efa significa a iniqüidade contida no comércio (v. 8a), tal como a
cobiça, o engano e o amor ao dinheiro. A visão aqui corresponde àquela de Babilônia, a Grande, em Ap 18.
As duas visões mostram que, à vista de Deus, a iniqüidade contida no comércio é uma forma de idolatria e
fornicação. Negócio é uma mulher adúltera desejosa por ganhar dinheiro.
81 Uma tampa de chumbo (v. 7), um peso de chumbo, sendo lançados sobre a boca do vaso de efa significam
a restrição da iniqüidade no comércio pela soberania de Deus.
91 A mulher (v. 7) tornando-se duas mulheres significa o duplo efeito do comércio uma vez que ele se torna
livre de restrição. A visão, neste verso, de duas mulheres saindo significa a rápida difusão do comércio
iníquo.
111 Isto significa que a soberania de Deus fará a iniqüidade no negócio, a qual o povo de Israel aprendeu dos
babilônios em seu cativeiro, voltar para a Babilônia (a terra de Sinear – Gn 11:2,9; 2 Cr 36:7; cf. Dn 1:2).
12
Versão Restauração - Zacarias
1 De novo levantei os meus olhos, e vi: eis que 1quatro carros saíam dentre 2dois montes,
e os montes eram de 3bronze.
2 No primeiro carro eram 1cavalos vermelhos, no segundo carro cavalos pretos,
3 no terceiro carro cavalos brancos, e no quarto carro cavalos baios com malhas.
4 Então falei e perguntei ao anjo que falava comigo: Que são estes, meu senhor?
5 Respondeu-me o anjo: Estes são os quatro ventos do céu, que saem de assistirem
diante do Senhor de toda a terra.
6 O carro em que estão os cavalos pretos sai para a terra do norte, e os brancos saíram
atrás deles, e os malhados saíram para a terra do sul.
7 Saíram os baios, e procuravam andar para percorrer a terra. Ele disse: Ide, andai pela
terra. Andaram, pois, pela terra.
8 E me chamou e me disse: Eis que aqueles que saíram para a terra do Norte fazem
1
repousar o meu Espírito na terra do Norte.
11 Os quatro carros significam os quatro ventos (vv. 4-8) dos quatro cantos da terra (Ap 7:1-3) para o
julgamento de Deus dos pecados sobre a terra. Estes quatro ventos são usados por Deus para levar a cabo Sua
administração em todo o universo. Em particular, eles são usados por Deus para levar a cabo Seu juízo, não
principalmente sobre pessoas individuais, mas sobre nações, governos e reinos. O “soprar do vento” soberano
de Deus traz os ferreiros diferentes para julgar as nações que prejudicam e destroem Israel (1:20-21). Ver
nota 181 no cap. 1.
12 Os dois montes significam um testemunho do juízo de Deus na terra. Dentre os dois montes, os quatro
ventos vêm para testificar a toda à terra que Deus está no trono e que a terra está sob Sua administração (Dn
7:9-10; Ap 4:2 e nota 2).
13 Bronze significa o juízo de Deus (Nm 21:8-9). Portanto, os dois montes de bronze significam montes de
juízo. Embora os dois montes de bronze não signifiquem Cristo, eles estão, não obstante, intimamente
relacionados a Cristo, pois Ele foi ungido por Deus para levar a cabo o juízo sobre os vivos e os mortos (Jo
5:22; At 10:42; 17:31; 2 Tm 4:1). Por um lado, Cristo é o Redentor e Salvador; por outro lado, Ele é o Juiz.
Como o Juiz, Ele levará a cabo o juízo de Deus. O juízo de Deus é para o levar a cabo Seu testemunho.
21 Que cada carro foi equipado com cavalos significa o rápido movimento do juízo de Deus. Os cavalos de
cores diferentes: vermelho, preto, branco e baio significam as diferentes maneiras do juízo de Deus.
81 Isto significa que os juízos sobre os países do norte, Assíria e Babilônia (Jr 1:13-15), fazem repousar o
Espírito de Deus. O juízo sobre estes países foi um consolo para Deus.
111 As oito visões anteriores de conforto, consolação e encorajamento são confirmadas pela coroação de
Josué o sumo sacerdote – tipificando Cristo em Seu sacerdócio – unido a Zorobabel o governador de Judá (vv.
12-13), tipificando Cristo como o renovo de Davi em Seu reinado (ver notas 11 e 81 no cap. 3). Cristo,
tipificado nos vv. 11-13 por duas pessoas, Josué e Zorobabel, é Aquele único a manter os dois ofícios do
sacerdócio e do reinado. Em toda história, Ele é a única pessoa qualificada para conduzir os encargos destes
dois ofícios na administração de Deus. Por conseguinte, em Hebreus 7, Cristo é tanto o Sumo Sacerdote
quanto o Rei, como tipificado por Melquisedeque (cf. Gn 14:18). Visto que Melquisedeque carregava os dois
13
Versão Restauração - Zacarias
12 Fala-lhe: Assim diz Jeová dos exércitos: Eis o homem cujo nome é o Renovo; brotará
do seu lugar, e 1edificará o templo de Jeová.
13 Ele edificará o templo de Jeová; levará a glória, e se assentará e dominará no seu
trono; será sacerdote sobre o seu trono: e haverá 1entre os dois o conselho de paz.
14 As coroas servirão a Helém, e a Tobias, e a Jedaías, e a Hem, filho de Sofonias, de
1
memorial no templo de Jeová.
15 Aqueles que estão longe virão, e edificarão no templo de Jeová, e sabereis que Jeová
dos exércitos me enviou a vós. Isto sucederá, se diligentemente obedecerdes à voz de
Jeová vosso Deus.
CAPÍTULO 7
III. A Advertência a Israel para Se Voltar da Vaidade de Sua Religião Ritualística para a
Realidade de uma Vida Piedosa, e o Desejo de Jeová de Restaurar Israel
7:1 – 8:23
1 No quarto ano do rei Dario veio a palavra de Jeová a Zacarias no quarto dia do nono
mês, que é quisleu.
2 Ora os de Betel tinham enviado Sarezer e Régem-Meleque, e seus homens, a suplicar
o favor de Jeová,
3 e a fazer aos sacerdotes da casa de Jeová dos exércitos, e aos profetas esta pergunta:
Hei de eu 1chorar com jejum no quinto mês, como o tenho feito por tantos anos?
4 Então veio a mim a palavra de Jeová dos exércitos, dizendo:
ofícios, do sacerdócio e do reinado, ele foi um tipo de Cristo como Aquele que carregaria tanto o sacerdócio
quanto o reinado na administração de Deus.
121 Isto indica que a palavra conclusiva neste capítulo, concernente à coroação de Josué, foi uma garantia
para o o povo de que Deus faria algo para completar a reedificação do templo (v. 15; Ed 5:1 – 6:15).
131 Entre os dois significa entre o sacerdócio e o reinado. No Velho Testamento, nenhum rei podia ser um
sacerdote, mas no milênio, tanto Cristo quanto os vencedores serão reis para reinar e sacerdotes para servir a
Deus. Estes dois encargos serão reconciliados tanto em Cristo quanto nos vencedores. No milênio, os
vencedores serão sacerdotes, próximos a Deus e a Cristo, e serão reis, reinando sobre as nações com Cristo
(Ap 2:26-27; 20:4,6). Isto será um galardão para os vencedores. Os crentes que são derrotados nesta era
serão privados deste galardão. Entretanto, depois de serem tratados no milênio, estes derrotados participarão
da bênção deste galardão de tal modo que servirão a Deus no sacerdócio e representarão Deus no reinado, no
novo céu e na nova terra, pela eternidade (Ap 22:3,5).
141 A coroa com a qual Josué foi coroado foi removida de sua cabeça e posta no templo. Ela devia ser um
memorial para os filhos de Israel a fim de lembrar o Messias vindouro, Aquele que viria para ser o Rei e o
Sacerdote, a fim de executar a administração de Deus, para o cumprimento da economia de Deus.
31 Conforme os vv. 3-6 e 8:19a, em sua religião ritualística, o povo de Israel chorava, jejuava, e separava a si
mesmos, no décimo mês, para expressar sua dor pelo ataque e sítio a Jerusalém pelos babilônios (Jr 52:4), no
quarto mês, para expressar sua dor pela demolição da cidade de Jerusalém (2 Rs 25:3-4), no quinto mês, para
expressar sua dor pela queima do templo de Deus e da cidade de Jerusalém (Jr 52:12-13), e no sétimo mês
para expressar sua dor pelo assassinato de Gedalias (2 Rs 25:22-26). Nos vv. 7-14 e em 8:16-17, 19b, Jeová
advertiu Israel para tornar da vaidade de sua religião ritualística para Jeová e para a realidade de uma vida pia,
uma vida plena de justiça, bondade, compaixão, verdade e paz. Isto traria os tempos de restauração
mencionados em 8:2-23.
14
Versão Restauração - Zacarias
CAPÍTULO 8
11 Este capítulo revela o desejo de Jeová de restaurar Israel. Esta restauração acontecerá no milênio (Mt
19:28; At 3:21).
61 A situação de Jerusalém, na restauração, será tão agradável, que será maravilhosa tanto aos olhos do resto
de Israel quanto aos olhos de Jeová.
91 Esta é uma palavra encorajando os filhos de Israel a serem fortes e valentes e finalizar a obra de
reedificação da casa de Deus. Deus queria que Seu povo visse que Seu interesse, desejo e encargo fossem
15
Versão Restauração - Zacarias
fundamento da casa de Jeová dos exércitos, isto é, do templo, a fim de que fosse
edificado.
10 Pois antes daqueles dias não tinham jornal os homens, nem tinham jornal os animais;
nem havia paz para o que saía, nem para o que entrava por causa do adversário;
porque incitei todos os homens, cada um contra o seu próximo.
11 Agora, porém, não me haverei para com o resto deste povo como nos dias passados,
diz Jeová dos exércitos.
12 Pois haverá a semente da paz: a vide dará o seu fruto, e a terra produzirá a sua
novidade, e os céus darão o seu orvalho; e farei que o resto deste povo herde todas
estas coisas.
13 Como vós éreis uma maldição entre as nações, ó casa de Judá e ó casa de Israel,
assim eu vos salvarei, e sereis uma bênção; não tenhais medo, mas sejam fortes as
vossas mãos.
14 Pois assim diz Jeová dos exércitos: Como resolvi fazer-vos o mal, quando vossos pais
me provocaram à ira, diz Jeová dos exércitos, e não me arrependi;
15 assim tornei a resolver nestes dias fazer o bem a Jerusalém e à casa de Judá; não
tenhais medo.
16 Estas são as coisas que fareis: falai a verdade, cada um com o seu próximo; julgai
nas vossas portas juízo de verdade e de paz;
17 nenhum de vós intente no seu coração o mal contra o seu próximo; e não ameis o
juramento falso; porque todas estas são coisas que aborreço, diz Jeová.
18 A palavra de Jeová dos exércitos veio a mim, dizendo:
19 Assim diz Jeová dos exércitos: O jejum do quarto, e o jejum do quinto, e o jejum do
sétimo, e o jejum do décimo mês se tornará para a casa de Judá em gozo e em
alegria, e em festas alegres; portanto amai a verdade e a paz.
20 Assim diz Jeová dos exércitos: Ainda sucederá que virão 1povos, e os habitantes de
muitas cidades.
21 Os habitantes de uma cidade irão a outra cidade, dizendo: Vamos apressadamente
para suplicar o favor de Jeová, e para buscar a Jeová dos exércitos; eu também irei.
22 Muitos povos e poderosas nações virão a buscar em Jerusalém a Jeová dos exércitos
e a suplicar o favor de Jeová.
23 Assim diz Jeová dos exércitos: Naqueles dias pegarão dez homens de todas as
1
línguas das nações, sim, pegarão da orla do vestido daquele que é judeu, dizendo:
Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus é convosco.
finalizar a reedificação do templo como o centro de Seus interesses na terra. Semelhantemente, o encargo de
Deus nesta era é ganhar um povo para conhecer Seu coração, realizar Seu desejo e ser um com Ele para
edificar o Corpo de Cristo.
201 Na restauração, os gentios virão a Israel para suplicar o favor, a graça, de Jeová, e os filhos de Israel
serão sacerdotes para eles (vv. 20-23; Is 2:2-3; 61:6). Depois que os judeus forem salvos na volta do Senhor
(12:10; Rm 11:26-27, eles se tornarão os sacerdotes a fim de ensinar a todas as nações arrependidas. Por este
tempo, toda a nação de Israel será um sacerdócio, cumprindo assim, a intenção original de Deus expressa em
Ex 19:6. Eles ensinarão os gentios, as nações, a conhecer o caminho de Deus e a pessoa de Deus, e ensinar-
lhes-ão a adorar e servir a Deus. Como sacerdotes, eles trarão as nações à presença de Deus para que elas
possam ser iluminadas, corrigidas, e favorecidas com todas as riquezas de Deus. A profecia nos vv. 20-23 foi
uma palavra encorajadora falada aos filhos de Israel. Ver nota 32 em Is 2.
231 No milênio, Deus revogará o julgamento de Babel (Gn 11:7-9) e tratará com o problema causado pelas
diferentes línguas entre as nações. O que aconteceu em Pentecostes (At 2:4-11) é uma prefiguração do que
ocorrerá durante a era do reino milenial.
16
Versão Restauração - Zacarias
CAPÍTULO 9
1. Concernente à Destruição Realizada sobre as Nações ao redor de Judá por Alexandre o Grande, o Rei do
Império Grego (336-323 A.C., com a Influência de Seus Quatro Sucessores Estendendo-se até 44 A.C.)
vv. 1-7
1
1 Oráculo da palavra de Jeová contra a 2terra de Hadraque, e Damasco será o seu
lugar de descanso; pois os olhos do homem e de todas as tribos de Israel estão
voltados para Jeová;
2 também Hamate que confina com ela, Tiro juntamente com Sidom, porque é muito
sábio.
3 Tiro edificou para si um lugar forte, e amontoou prata como o pó, e ouro fino como a
lama das ruas.
4 Eis que o Senhor a desapossará, e ferirá o seu poder no mar; e ela será devorada pelo
fogo.
5 Ascalom o verá, e terá medo; também Gaza, e ficará passada de dor; e Ecrom, porque
a sua esperança será envergonhada; de Gaza perecerá o rei, e Ascalom não será
habitada.
6 Um bastardo habitará em Asdode, e exterminarei a soberba dos filisteus.
7 Tirarei da sua boca o seu sangue, e dentre os seus dentes as suas abominações; ficará
também ele de resto para o nosso Deus: e será como chefe em Judá, e Ecrom como
jebuseu.
8 Ao redor da Minha 1casa acamparei contra o exército, para que ninguém passe nem
volte; e não passará mais por eles o exator: pois agora o tenho visto com os meus
olhos.
11 As visões nos caps. 1 – 6 são principalmente para a consolação dos filhos de Israel, ao passo que as
profecias nos caps. 9 – 14 são principalmente para seu encorajamento. Tanto a consolação quanto o
encorajamento são Cristo (Lc 2:25 e nota 2). Os capítulos 9 – 11 falam da primeira vinda humilde de Cristo,
enquanto os caps. 12 – 14 falam da segunda vinda vitoriosa de Cristo.
12 A profecia nos vv. 1-7 diz respeito à destruição levada a cabo sobre as nações ao redor de Judá por
Alexandre o Grande, rei do Império Grego (336-323 A.C., com a influência de seus quatro sucessores até 44
A. C.), profetizada por Daniel como o abdome e as pernas da grande imagem humana em Dn 2:32, como a
terceira besta em Dn 7:6, como o bode em Dn 8:5, e como um rei poderoso em Dn 11:3.
81 Este verso revela que durante o ataque de Alexandre o Grande, o Senhor protegeu Jerusalém com o
templo, que era Sua casa. Embora Alexandre, um rei poderoso, causasse estrago a muitas nações ao redor de
Judá, ele não causou muito estrago a Judá e Jerusalém, e ele não estragou o templo de forma alguma. Este era
um sinal da restauração que seria trazida pela vinda de Cristo nos vv. 9-10.
17
Versão Restauração - Zacarias
3. Cristo Bem Recebido Temporariamente como o Rei em Jerusalém de uma Forma Humilde
vv. 9-10
1
9 Regozija-te muito, filha de Sião; exulta, filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei.
Ele é justo, e trás a salvação; ele é pobre e vem montado sobre um jumento, sobre um
potrinho, filho de uma jumenta.
10 1E destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e o arco de guerra será
exterminado. Ele anunciará a paz às nações; o seu domínio se estenderá de mar a
mar, e desde o 2Rio até as extremidades da terra.
4. Concernente à Vitória dos Heróis Judeus Macabeus sobre Antíoco Epifânio o Rei da Síria (175 – 164 A.C.)
vv. 11-17
1
11 Quanto a ti, por causa do sangue da tua aliança, tenho feito aos teus presos sair da
cova em que não há água.
12 Voltai para o lugar forte, ó presos da esperança; também hoje anuncio que te pagarei
em dobro.
13 Pois para Mim tenho estendido a Judá, tenho enchido de Efraim o arco; incitarei teus
filhos, ó Sião, contra teus filhos, ó 1Grécia, e te farei a ti como a espada de um
valente.
91 A profecia nos vv. 9-10 é uma inserção; o v. 11 é a continuação do v. 8. A profecia no v. 9 revela que
Cristo viria de uma maneira justa com salvação para o povo de Deus e que Ele viria como um Rei, porém um
Rei humilde, um Rei humilhado, cavalgando não sobre um cavalo majestoso, mas sobre um jumento, mesmo
um filho de uma jumenta. Isto foi cumprido quando Jesus Cristo veio para Jerusalém a última vez (Mt 21:1-
11). Naquele tempo, Cristo foi temporariamente bem recebido pelo povo de Israel.
A profecia concernente à vinda de Cristo neste verso, e a profecia concernente ao reino milenial no v. 10 estão
inseridas entre a primeira parte do capítulo, relacionada a Alexandre o Grande, e a última parte, relacionada a
Antíoco Epifânio. Este livro inteiro indica que o Cristo todo-inclusivo, que é o centro e a circunferência, a
centralidade e a universalidade, do mover de Deus para cumprir Sua economia na terra, está intimamente
envolvido com a história humana e com os grandes impérios humanos, especialmente com os impérios da
Pérsia (caps. 1 – 6), e Grécia e Roma (caps. 7 – 14).
101 A profecia neste verso refere-se ao reino milenial, que será o tempo de restauração (Mt 19:28; At 3:21).
No milênio, Deus levará toda guerra a parar (Is 2:4) e trará paz e Seu reino eterno (Ap 11:15). Este verso,
vindo imediatamente após a profecia concernente à vinda de Cristo no v. 9, indica que, se o povo de Israel
tivesse recebido bem a Cristo em Sua primeira vinda, o reino dos céus teria sido estabelecido na terra, e a era
da restauração teria vindo naquele tempo. Entretanto, quando Cristo veio a primeira vez, Ele foi bem vindo
somente temporariamente e foi finalmente rejeitado, detestado ao máximo, e levado à morte ao ser
crucificado. Como resultado, a restauração foi suspensa e um tempo de julgamento sobre os filhos de Israel
entrou em cena (Mt 23:37 – 24:2), um tempo que tem durado aproximadamente vinte séculos. Portanto,
Cristo necessita vir uma segunda vez, desta vez não cavalgando um jumento, mas como relâmpago (Mt
24:27). Então a paz e o reino eterno, como o domínio de Deus, estarão na terra de mar a mar. Esta é a
seqüência conforme o significado espiritual.
111 A profecia nos vv. 11-17 diz respeito à vitória dos heróis Judeus Macabeus sobre Antíoco Epifânio, o rei
da Síria (175 – 164 A. C.), o reino do norte, profetizado por Daniel em Dn 8:9-14, 23-25 e 11:21-35 (ver
notas ali). Antíoco Epifânio foi um tipo do Anticristo vindouro.
131 Esta é a chave para entender os vv. 11-17. Os filhos da Grécia são Antíoco e aqueles com ele, e os filhos
de Sião são os Macabeus. Portanto, o v. 13 profetiza que no tempo de Antíoco Epifânio, Deus incitaria Seus
filhos, os filhos de Sião, contra os filhos da Grécia.
18
Versão Restauração - Zacarias
14 Por cima 1deles será visto Jeová, e as suas flechas sairão como o relâmpago; o
Senhor Jeová tocará a trombeta, e irá com redemoinho do sul.
15 Jeová dos exércitos os defenderá; eles devorarão, e pisarão aos pés as fundas;
beberão, e farão alvoroço como de vinho; e ficarão cheios como as bacias de
sacrifício, como os cantos do altar.
16 Jeová seu Deus os salvará 1naquele dia como o rebanho do seu povo; porque eles
serão como as pedras de uma coroa, elevadas sobre a terra dele.
17 Pois quão 1grande é a sua bondade, e quão grande é a sua formosura! O trigo fará
florescer os mancebos, e o mosto as donzelas.
CAPÍTULO 10
1 Pedi a Jeová 1chuva no tempo das chuvas serôdias, sim, a Jeová que faz sair
relâmpagos, e ele lhes dará chuvas copiosas, dará a cada um erva no campo.
2 Pois os 1terafins têm falado 2vaidade, e os adivinhadores têm visto mentira; têm
contado sonhos falsos, procuram consolar em vão: por isso seguem o seu caminho
como ovelhas, são aflitas, porque não há pastor.
3 Já se acendeu a minha ira contra os pastores, e castigarei os 1bodes; porque Jeová
dos exércitos tem 2visitado o seu rebanho, a casa de Judá, e os fará como o seu belo
3
cavalo na batalha.
4 De Judá sairá a pedra angular, dele o prego, dele o arco de guerra, dele todos os
exatores juntos.
5 Eles serão como uns valentes que na batalha pisam aos pés os seus inimigos na lama
das ruas; pelejarão, porque Jeová está com eles; e os que andam montados em
cavalos, serão confundidos.
141 Nos vv. 14-15 deles e eles referem-se aos Macabeus, que eram para ser defendidos por Deus.
161 Referindo-se a 25 de dezembro de 165 A.C., o dia quando os Macabeus purificaram o templo depois de
derrotar Antíoco Epifânio.
171 Esta palavra foi falada em congratulação aos Macabeus por sua vitória.
11 Chuva aqui significa bênção. Aqui, o Senhor encoraja Seu povo a pedir-Lhe por Sua bênção abundante no
tempo quando Ele fosse favorável para com eles.
22 Ou, iniqüidade.
31 Os bodes são os pastores impróprios. Os pastores apropriados são os profetas, as pessoas apropriadas que
falam por Deus.
32 A visita de Jeová a Seu povo foi Sua vinda a eles no homem Jesus (Mt 1:23), para ser o Pastor verdadeiro
de Seu rebanho (Mt 2:6; 9:36; Jo 10:2-4, 11, 14).
33 Depois de ser visitado pelo Senhor como o Pastor, cada ovelha fraca entre o povo de Deus torna-se um
cavalo de majestade. A situação do povo de Deus, nos vv. 3-12, é o resultado da visitação amorosa de Jeová.
19
Versão Restauração - Zacarias
CAPÍTULO 11
1 Abre as tuas portas, ó Líbano, para que o 1fogo devore os teus cedros.
2 Uiva, ó cipreste, porque já caiu o cedro, porque já foram destruídos os principais; uivai,
ó carvalhos de Basã, porque o forte bosque já foi abatido.
3 Voz do uivar dos pastores! Porque a sua glória está destruída, voz do rugir dos leões
novos! Porque a soberba do Jordão está destruída.
2. Os Filhos de Israel Caindo nas Mãos de Seus Vizinhos e nas Mãos do Rei de Seus vizinhos – Vivendo sob
a Tirania do Império Romano
vv. 4-6
4 Assim diz Jeová meu Deus: Apascenta tu as ovelhas destinadas para o matadouro,
5 as quais matam os que as possuem, e não se têm por culpados. Os que as vendem,
dizem: Bendito seja Jeová, porque eu sou rico; e os seus pastores não se
compadecem delas.
6 Pois não me compadecerei mais dos habitantes da terra, diz Jeová; eis que, porém,
entregarei os homens, cada um nas mãos do seu 1próximo, e nas mãos do seu rei;
eles ferirão a terra, e eu não os livrarei da mão deles.
121 Eu aqui se refere a Jeová, indicando que Jeová fortalecerá Seu povo em Si mesmo. Eles caminharão
então em Seu nome, isto é, em Sua pessoa como a realidade de Seu nome (Mt 28:19 e nota 5). Estar no nome
de Deus é ser um com Deus, em nosso caminhar diário, por nosso viver, caminhar, e ter nosso ser no nome de
Deus (cf. Cl 3:17).
11 Os versos 1-3 revelam a destruição realizada na vizinhança de Israel pelo Império Romano. O fogo aqui
se refere à vinda dos romanos para devastar o Líbano e o Jordão.
61 O próximo aqui se refere aos reis subordinados e governadores do Império Romano, tais como Herodes e
Pilatos, na região da Palestina, e o rei é César.
20
Versão Restauração - Zacarias
4. O Messias, como o Pastor Adequado de Israel, Detestado, Ferido, Rejeitado e Vendido pelo Preço de um
Escravo
vv. 12-13
12 Eu lhe disse: Se vos parecer bem, dai-me a minha paga; e se não, 1deixai-vos disso.
Pesaram, pois, por minha paga 2trinta moedas de prata.
13 Jeová disse-me: Arroja-as ao oleiro, esse belo preço em que fui apreçado por eles.
Tomei as trinta moedas de prata, e arrojei-as ao oleiro na casa de Jeová.
14 Então 1fiz em pedaços a minha segunda vara União, para dissolver a irmandade entre
Judá e Israel.
71 (Eu) aqui se refere a Jeová, como indicado pelo verso anterior. Jeová como Jesus veio para alimentar Seu
povo, que estava prestes a ser massacrado, os aflitos do rebanho.
72 Jeová como Jesus trouxe duas varas – Formosura e União. Formosura refere-se à graça, e União refere-se
a ser unido na unidade. Jesus veio como o Pastor para alimentar o rebanho de Deus com graça, de modo que
eles possam ter unidade.
81 Os três pastores aqui são os sacerdotes, os anciãos, e os escribas (Mt 16:21). Jeová, como Jesus, pôs à
parte os três pastores e destruiu-os, e suas almas O detestaram. O Senhor Jesus, como o Pastor apropriado, foi
rejeitado, deixando os filhos de Israel como um rebanho sem qualquer pastor (cf. Mt 9:36). Ver nota 151.
101 Isto indica que o Senhor anulou a aliança que Deus fez por meio de Moisés, deixando o povo sem uma
aliança para protegê-los. Ele assim tirou a graça (formosura).
122 Os versos 12-13 revelam que o Messias, como o Pastor apropriado de Israel, foi detestado, ferido,
rejeitado e vendido por trinta moedas de prata, o preço de um escravo (Ex 21:32). O que é profetizado aqui
foi cumprido nos evangelhos (Mt 26:14-15; 27:3-10).
21
Versão Restauração - Zacarias
CAPÍTULO 12
D. A Profecia concernente ao Destino de Israel na Grande Batalha do Armagedom, na Salvação de Sua Casa,
e no Milênio
12:1 – 14:21
141 Isto indica que o amor unidor entre o povo de Israel também foi tirado (ver nota 101). Como resultado, a
nação foi dividida e ficou cheia de guerra interiormente (v. 9). Desde o dia da crucificação de Cristo não tem
existido qualquer unidade entre os judeus. Embora aqueles no reino do norte, Israel, e no reino do sul, Judá,
fossem irmãos, a irmandade entre eles foi feita em pedaços por causa do amor unidor que foi feito em
pedaços. Isto aconteceu enquanto eles estavam vivendo sob a opressão do Império Romano.
151 Os sacerdotes, os anciãos, e os escribas como os pastores malignos foram exterminados (v. 8a), e Jesus
como o Pastor apropriado foi crucificado, rejeitado ao máximo (vv. 8b, 12-13). Portanto, os filhos de Israel
foram deixados aos cuidados de pastores insensatos e imprestáveis, que não quiseram cuidar deles (vv. 15-
17). Após a crucificação de Cristo, não houve liderança apropriada entre o povo de Israel, e eles foram
dispersos (Mt 26:31). Eles lutaram um com o outro, devorando um ao outro. Os pastores insensatos,
imprestáveis, que se levantaram entre eles, levaram-nos a mais sofrimento. Esta espécie de situação permitiu
a Tito, o príncipe romano, devastar todo o país de Judá em 70 D.C. (Mt 21:33-41 e nota 411).
O centro das profecias nos caps. 9 – 11 é Cristo como o Messias rejeitado. Como o Salvador e Redentor
vindouro, Cristo veio e entrou em Jerusalém como o Rei numa forma humilde (9:9-10). Inicialmente, Ele foi
bem recebido pelo povo, porém, mais tarde, sob a influência dos anciãos, sacerdotes e escribas, eles mudaram
sua opinião e O detestaram (v. 8b). O Senhor Jesus foi vendido, julgado, sentenciado, e posto na cruz para
morrer (vv. 12-13). Portanto, o Messias, que foi bem recebido temporariamente, foi totalmente rejeitado.
Como resultado, o povo de Israel foi dividido, perseguido pelo Império Romano e disperso por toda a terra
(vv. 14-17).
11 Os capítulos 12 – 14, deste livro, desvelam Cristo como o Messias retornando para ser entronizado como
Rei não somente sobre Israel, mas também sobre todo o mundo. Sua primeira vinda, descrita nos caps. 9 –
11, foi humilde e íntima; Sua volta, descrita nos caps. 12 – 14, será com poder e autoridade.
12 Em Sua criação, Deus fez três itens cruciais, igualmente importantes – os céus, a terra, e o espírito do
homem. Os céus são para a terra, a terra é para o homem, e o homem foi criado por Deus com um espírito
para que possa contatar Deus, receber Deus, adorar a Deus, viver Deus, cumprir o propósito de Deus para
Deus, e ser um com Deus. Em Sua economia, Deus planejou ter Cristo como a centralidade e universalidade
22
Versão Restauração - Zacarias
de Seu mover na terra. Para Seu povo escolhido, que se importou com Ele como o Criador e como o
Redentor, houve a necessidade, para Ele, de criar um órgão receptor, de modo que eles tivessem a capacidade
de receber tudo que Deus tinha planejado que Cristo fosse. Conseqüentemente, este livro nos encarrega de
prestar atenção plena a nosso espírito humano, para que possamos receber o Cristo revelado neste livro e
possamos entender tudo que é revelado nesse sentido concernente a Ele (Ef 1:17-18a; 3:5). Ver notas 75 em
Gn 2, 51 em Is 42, 244 em Jo 4, e 232 em Fp 4.
81 Aqui, Anjo de Jeová está em aposição a Deus anteriormente no verso (cf. Ex 3:2-6 e nota 21).
101 Em Atos 2, Deus derramou Seu Espírito sobre toda carne, e três mil foram salvos (At 2:17, 41). Porém,
quando Deus derrama o Espírito de graça sobre os habitantes de Jerusalém, muitos milhares de Israel, mesmo
toda a raça de Israel existente naquele tempo será salva (Rm 11:26-27). O Espírito de graça aqui está em
contraste com o Espírito de poder em At 1:8 e 2:1-4. O Espírito de poder é para fortalecer-nos, mas o Espírito
de graça é para levar-nos ao desfrute do Deus Triúno. Em At 2, no início da era da graça, a era da igreja, o
Espírito foi principalmente o Espírito de poder, contudo, neste verso, no fim, a consumação, da era da graça,
o Espírito será principalmente o Espírito de graça para o desfrute do Deus Triúno. Os judeus no dia de
Pentecostes estavam obstinados e endurecidos; conseqüentemente, o Espírito de poder foi derramado para
incitá-los a arrependerem-se. Todavia, a metade dos habitantes de Jerusalém que sobrevive ao ataque do
Anticristo e de seus exércitos (14:2) terá perdido seu gosto por qualquer outra coisa que não Deus e já terá se
arrependido. Portanto, o Espírito de graça será derramado sobre eles de modo que eles possam receber o
Deus Triúno como seu desfrute.
23
Versão Restauração - Zacarias
sobre mim, como quem pranteia seu filho 5único; serão amargurados por causa de
mim como quem o está por causa do seu primogênito.
11 Naquele dia haverá um grande pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadadrimom
no vale de Megido.
12 A terra pranteará, cada família à parte: a 1família da casa de Davi à parte, e suas
mulheres à parte; a família da casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte;
13 a família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família dos simeítas à
parte, e suas mulheres à parte;
14 todas as mais famílias, cada família à parte, e suas mulheres à parte.
CAPÍTULO 13
1 Naquele dia haverá uma fonte 1aberta para a casa de Davi e para os habitantes de
Jerusalém para remover o pecado e a imundícia.
2 Naquele dia, diz Jeová dos exércitos, cortarei da terra os nomes dos ídolos, e deles
não haverá mais memória; também farei cessar da terra os profetas e o espírito
imundo.
102 No fim da guerra do Armagedom, Cristo virá para a terra, e o remanescente de Israel olhará para Ele a
quem eles traspassaram (Jo 19:34, 37; Ap 1:7), se arrependerá e pranteará, e crerá em Cristo e recebê-lo-á.
Desta maneira, todo o Israel será salvo (Rm 11:26-27). Esta será a salvação da casa conferida a Israel por
Deus.
103 Embora fosse seus antepassados que traspassaram o Senhor Jesus, Deus conta isto como algo feito por
estes arrependidos.
104 O traspassar de Cristo é o fundamento da redenção (Jo 19:34). À parte do ser Cristo traspassado, não há
base para nossa redenção.
105 O Israel arrependido pranteará sobre Cristo como o único Filho de Deus (Jo 1:18; 3:16) e chorará
amargamente sobre Ele, como o Filho Primogênito de Deus (Rm 8:29; Hb 1:6a). O ser Cristo o único Filho
gerado é para nós sermos redimidos e recebermos vida eterna (Jo 3:14-16). O tornar-Se Cristo o Filho
Primogênito, por meio de Sua morte e ressurreição (Rm 1:3-4), é para nós nos tornarmos filhos de Deus como
herdeiros para herdarmos todas as riquezas do que Deus é, isto é, para receber, participar em, e desfrutar todas
as riquezas do Deus Triúno (Rm 8:14-17; Gl 3:26,29). Em seu arrependimento, Israel entenderá que, como o
único Filho gerado, Cristo os redimiu e lhes trouxe vida eterna, e que, como o Primogênito Filho, Ele os fez
herdeiros para herdar as riquezas do Deus Triúno como seu desfrute.
121 Zacarias usa três espécies de famílias – a família real de Davi (Davi e Natã), a família do sacerdócio
(Levi), e a família de um homem maligno (Simei, que amaldiçoou Davi – 2 Sm 16:5-8) – como ilustrações.
Todos aqueles que olham para Cristo, O traspassado, com um espírito arrependido, prantearão sobre Ele.
11 Esta fonte aberta é o lado traspassado de Cristo (Jo 19:34, 37), que foi aberto para a realização da
redenção.
24
Versão Restauração - Zacarias
3 Se alguém ainda profetizar, seu pai e sua mãe que o geraram, lhe dirão: Não viverás;
porque falas mentiras em nome de Jeová. Seu pai e sua mãe que o geraram, o
traspassarão quando profetizar.
4 Naquele dia serão envergonhados os profetas, cada um da sua visão, quando
profetizar; e não se vestirão de manto de pêlos para enganarem;
5 mas dirá: 1Não sou profeta, sou lavrador da terra; porque tenho sido feito escravo
desde a minha mocidade.
6 Alguém lhe perguntará: Que são estas feridas entre os teus braços? Então responderá
ele: As com que fui ferido na casa dos que Me 1amam.
7 Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu 1companheiro,
diz Jeová dos exércitos;
51 Os versos 2-4 falam do levar Deus os falsos profetas a cessar da terra. Isto purificou o caminho para
Cristo vir como o Profeta verdadeiro. Entrementes, Cristo disse que Ele não era um profeta, mas um lavrador
da terra. Isto significa que Ele não era o tipo de profeta, um falso profeta, mencionado nos versos
precedentes. Cristo veio para ser o Profeta verdadeiro (Mt 13:57; Dt 18:15-19, cf. At 3:22), mas foi rejeitado
e ferido em Seu lado na casa de Israel, Seus parentes na carne (vv. 5-6; 12:10). Esta ferida tornou-se a base
da redenção deles, que Cristo cumpriu para eles em Sua morte.
61 Os filhos de Israel mataram Cristo, porém, nesta doce palavra, Cristo considera sua ação como as feridas
daqueles que O amam.
71 Cristo, o companheiro de Jeová, veio como o Pastor enviado por Deus aos filhos de Israel (11:7; Mt 9:36;
Jo 10:11), porém foi ferido até à morte por eles (v. 7a; Mt 26:31; At 2:23). Como um homem, Cristo foi tanto
um parente dos filhos de Israel quanto um Companheiro de Jeová. Quando Ele foi pendurado na cruz, Seus
parentes O feriram (v. 6), e Deus chamou a espada para feri-los.
72 Pequeninos aqui se refere ao povo de Israel. Isto indica que Deus reagiu à rejeição de Cristo pelos filhos
de Israel, e dirigiu Sua mão contra eles, como os pequeninos, por puni-los por intermédio de Tito, o príncipe
romano, e seu exército em 70 A. D. e dispersou-os entre as nações para ser desprezado, humilhado,
perseguido e destruído, por toda a era da graça, até hoje (Mt 21:41a; 23:38; 24:2). Esta é a preparação
soberana de Deus de um povo, para receber o Redentor com Sua redenção e Sua salvação. Ver notas 101 e
102 no cap. 12.
81 Na grande tribulação, na consumação da presente era, em toda a terra de Israel, dois terços das pessoas
serão exterminados, mortos, pelo Anticristo em sua perseguição aos judeus (Ap 11:2; 13:7). Um terço do
remanescente será deixado na terra, e passará pelo fogo, e será purificado como a prata, e provado como o
ouro pela perseguição do Anticristo (vv. 8b-9a). Estes serão aqueles que estã escritos no livro, como o
registro secreto (Dn 12:1b). Eles invocarão o nome do Senhor, e o Senhor lhes responderá. O Senhor dirá
que eles são Seu povo, e eles dirão que o Senhor é seu Deus (v. 9b). Eles serão salvos para dentro do desfrute
das riquezas do Deus Triúno, primeiro, no milênio, para serem os sacerdotes para ensinar as nações (8:20-23;
Is 2:3) e, então, na Nova Jerusalém, a fim de participar de todas as bênçãos que Deus ordenou na eternidade e
pela eternidade (ver Ap 21:12b e nota 4, parte 2). Esta é a salvação da casa de Israel (Rm 11:26-27). Ver
nota 13 em Dn 12.
25
Versão Restauração - Zacarias
CAPÍTULO 14
3. No Milênio
14:1-21
1 Eis que para Jeová vem um dia em que no meio de ti serão repartidos os teus
despojos.
2 Pois ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém. A cidade será tomada,
as casas serão saqueadas e as mulheres violadas; a 1metade da cidade sairá para o
cativeiro, e o resto do povo não será exterminado da cidade.
3 Então sairá Jeová, e pelejará contra essas nações, como quando pelejou no dia da
batalha.
4 Naquele dia estarão os seus 1pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de
Jerusalém para o oriente; o monte de Oliveiras será fendido pelo meio para o oriente e
para o ocidente, e haverá um vale mui grande; uma metade do monte se removerá
para o norte, e a outra metade para o sul.
5 Fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes se estenderá até Azel;
sim, fugireis, como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá: virá
Jeová meu Deus, e todos os santos contigo.
6 Acontecerá naquele dia que não haverá luz, as estrelas 1luzentes se retirarão;
7 porém será um dia, conhecido de Jeová, não dia nem noite; mas acontecerá que à
tarde haverá luz.
8 Naquele dia sairão de Jerusalém águas 1vivas, a metade delas para o mar 2oriental, e a
outra metade para o mar 3ocidental; no verão e no inverno sucederá isto.
9 Jeová será 1rei sobre toda a terra; naquele dia um só será Jeová, e um só o seu nome.
10 Toda a terra se tornará como a Arabá, desde Geba até Rimom ao sul de Jerusalém;
será exaltada e habitará no seu lugar desde a porta de Benjamim até o lugar da
21 Na grande tribulação, o Anticristo e seus exércitos matarão dois terços dos judeus (13:8 e nota). Do um
terço remanescente na terra, a maior parte, provavelmente, estará na área de Jerusalém. Deste um terço,
metade da cidade será capturada pelo Anticristo. Em Sua misericórdia, Deus preservará a metade do
remanescente. O Anticristo tentará destruí-los; entretanto, como revelado nos vv. 3-7, Jeová, como Cristo,
virá com Seus santos (vv. 3,5) e sairá para guerrear contra e derrotar o Anticristo e seus seguidores, as nações
(Jl 3:11; Ap 17:14; 19:11-21). Isto resultará na salvação da casa de Israel (Rm 11:26-27). Ver 12:8-10 e
notas.
41 No cumprimento de At 1:11, os pés de Jeová, como Cristo, permanecerão, naquele dia, no Monte das
Oliveiras.
61 As estrelas luzentes aqui são o sol, a lua e as estrelas. As coisas que acontecerão nos vv. 6-7 indicam que
Deus mudará várias coisas no universo, de modo a julgar os seres humanos malignos e salvar Seus eleitos.
81 No milênio, não haverá sede, pois águas vivas sairão de Jerusalém. Isto é similar ao registro em Ez 47:1-
2.
91 No milênio, Jeová, como Cristo, será Rei sobre toda a terra (9:10b; Sl 72:8), e Ele será o único Deus e Seu
nome, o único nome.
26
Versão Restauração - Zacarias
primeira porta, até a porta do ângulo, e desde a torre de Hananeel até os lagares do
rei.
11 Habitarão nela, e não haverá mais anátema; mas Jerusalém habitará em segurança.
12 Esta será a praga com que Jeová ferirá todos os povos que têm combatido contra
Jerusalém; consumir-se-á a carne deles, estando eles em pé, e os seus olhos se
consumirão nas suas covas, e a sua língua se consumirá na sua boca.
13 Naquele dia haverá da parte de Jeová um grande tumulto entre eles; pegarão cada
um na mão do seu próximo, e a sua mão se levantará contra a mão do seu próximo.
14 Também Judá pelejará contra Jerusalém; e ajuntar-se-ão as riquezas de todas as
nações circunvizinhas, ouro e prata e vestidos em grande abundância.
15 Como esta praga, assim será a praga dos cavalos, dos machos, dos camelos e dos
jumentos e de todos os animais que se acharem naqueles arraiais.
16 Todos os que restaram de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de
ano em ano para adorarem o Rei, Jeová dos exércitos, e para celebrarem a festa dos
tabernáculos.
17 Se qualquer das famílias da terra não subir a Jerusalém para adorarem o Rei, Jeová
dos exércitos, 1não cairá sobre eles a chuva.
18 Se a família do Egito não subir, nem vier, não virá sobre eles a chuva; virá a praga
com que Jeová ferirá as nações que não subirem para celebrar a festa dos
tabernáculos.
19 Este será o castigo do Egito, e o castigo de todas as nações que não subirem a
celebrar a festa dos tabernáculos.
20 Naquele dia será gravado nas campainhas dos cavalos: Santidade a Jeová; e as
1
panelas da casa de Jeová serão como as bacias diante do altar.
21 Todas as panelas em Jerusalém e em Judá serão santas a Jeová dos exércitos; todos
os que oferecerem sacrifícios virão e delas tomarão e nelas cozerão. Naquele dia não
haverá mais 1cananeu na casa de Jeová dos exércitos.
171 Em virtude da presente era ser a era da graça, Deus envia chuva sobre o justo e o injusto indiferentemente
(Mt 5:45). Entrementes, a era vindoura será a era da justiça. Aqueles que não subirem a Jerusalém para
adorar o Rei e para guardar a Festa dos Tabernáculos não receberão chuva.
201 Panelas são pequenas, enquanto as bacias são grandes; contudo, no milênio, as panelas serão tão grandes
quanto as bacias diante do altar.
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