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Aula 05

by Babá Léo D’Ogun


Quimbanda
O termo "quimbanda" (da mesma forma que o termo "umbanda") tem origem na
língua Banto, e dentro do Candomblé de Angola designa, desde o período pré-
colonial, um rito próprio, cujo sacerdote que o pratica é chamado de "Tata
Quimbanda".
No Brasil, com a fundação da Umbanda, o termo quimbanda passou a ser usado para
descrever trabalhos espirituais que, dentro da cosmologia da Umbanda, não
obedeceriam seus preceitos fundamentais não sendo, no entanto,
necessariamente malignos.

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Quimbanda
O termo Quimbanda começou a ser cunhado à partir de
meados da primeira metade do século XX para se referir a
prática exclusiva de trabalhos, em sua grande maioria para o
mal, realizadas por espíritos que se identificavam como Exús

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Quimbanda
Em 1932 Leal de Souza escrece o livro “O Espiritismo
a Magia e as 7 Linhas de Umbanda” onde estabelece
haver um culto de magia negra realizada por entidade que
se denominam Exus se contrapondo aos trabalhos de
magia branca realizados por entidades denominadas como
caboclos, eres e pretos velhos dentro dos Centros
Espiritas de Umbanda”.
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Quimbanda
Este livro demonstra que, neste período a Umbanda era vista
como uma modalidade “espúria” do Espiritísmo Kardecista
de origem Européia.
Como era comum a prática de trabalhos voltados para o mal,
realizados nos Terreiros de Macumbas por entidades
denomindas Exús, Leal de Souza estabelece que o papel da
Umbanda considerada magia branca, era combater estas
práticas consideradas como magia negra ou baixo.
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Quimbanda
É importante salientar que a sociedade Espírita
(Kardeista) consideravam ambas as práticas como baixo
espiritismo onde se manifestam espíritos involuídos e
muitas vezes malígnos.

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Quimbanda
Estas práticas de mágia negra, ficou popularmente
conhecidas pelo nome de Kimbanda, se contrapondo a
Umbanda. Assim o propósito da Umbanda era o
combate a Quimbanda.

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Quimbanda
Esta ideia foi solidificada no trabalho de Lourenço Braga no
final da década de 30 e início da década de 40, apresentado em
1941, no “I Congresso Brasileiro do Espiritismo de
Umbanda”.
Neste trabalho, intitulado “Umbanda (magia branca) e
Quimbanda (magia negra)”, depois publicado na forma de
livro, estabeleceu formalmente esta divisão, criando uma uma
contraparte a Umbanda chamada “Quimbanda”.
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Quimbanda – Esrutura segundo Lourenço Braga

Mioral da
Lei de
Quimbanda

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7 Linhas da Quimbanda
Segundo Lourenço Braga, a Quimbanda se divide em 7
linhas assim como a Umbanda, sendo cada uma chefiada
por uma entidade.
Maioral da
Lei de
kimbanda
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S

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Quimbanda
Ainda segundo Lourenço Bragas, vários espíritos
militam na Quimbanda, sendo os principais deles os
Exus que trabalhavam indistintamente tanto para o bém
quanto para o mal em troca de pagas.

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Quimbanda
Dadas as características dos trabalhos realizados, sua procura
se dava praticamente e quase que exclusivamente para pedidos
de morte, amarrações, problemas materiais... Etc.
É importante ressaltar, que ao contrário do Espiritismo, que
era uma doutrina intelectualizada, frequentada basicamente
por uma elite mais abastada, o Médiuns e Dirigentes dos
Terreiros de Umbanda eram quase sempre miseráveis, e quase
todos analfabetos.
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Quimbanda
Esse grande número de pessoas, muitas vezes de evolução
moral duvidosa, agravados pelo seu baixo grau de instrução e
inabilidade com a leitura de obras de engrandecimento moral,
promoveu uma separação distinta, onde muitos tinham giras
destinadas a pratica da caridade através da Umbanda, ora
destinada a satisfazer os caprichos de uma clientela disposta a
pagar qualquer valor por um benefício.
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Quimbanda
Assim, com o passar dos anos, a pratica dos trabalhos
com Exus, sem um crivo moral impeditivo, foi se
alargando se tornando um culto específico e estruturado.

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Quimbanda
Apesar de não ser comum o trabalho com Exus,
principalmente nos tronco derivado do modelo difundido
por Zélio, existiam diversos terreiros que possuíam giras
específicas a estas entidas.

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