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TEMA DA SEMANA

02 de novembro de 2016

Os desafios dos indígenas brasileiros na


contemporaneidade

PROPOSTA

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos


conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre
o tema: Os desafios dos indígenas brasileiros na contemporaneidade.
Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO 1

A diversidade étnica brasileira é uma característica peculiar que faz do Brasil um país multicultural, graças ao
patrimônio cultural dos diversos grupos sociais formadores da sociedade nacional. Dentre as contribuições desses
grupos destacam-se as das nações indígenas, povos considerados nativos uma vez que originariamente constituíram
comunidades locais nas terras brasileiras, pelas quais lutaram arduamente contra a ação arrebatadora dos
colonizadores europeus.

Apesar do extermínio sofrido muitas populações indígenas resistiram e atualmente seus integrantes são reconhecidos
como sujeitos de direitos, que devem ser promovidos e protegidos pela ordem jurídica nacional, em razão da tutela do
patrimônio cultural da humanidade, da qual faz parte a identidade indígena.

http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8978&revista_caderno=9

TEXTO 2
O desaparecimento dos povos indígenas passou a ser visto como uma contingência histórica, algo a ser lamentado,
porém inevitável. No entanto, este quadro começou a dar sinais de mudança nas últimas décadas do século passado. A
partir de 1991, o IBGE incluiu os indígenas no censo demográfico nacional. O contingente de brasileiros que se
considerava indígena cresceu 150% na década de 90. O ritmo de crescimento foi quase seis vezes maior que o da
população em geral. O percentual de indígenas em relação à população total brasileira saltou de 0,2% em 1991 para
0,4% em 2000, totalizando 734 mil pessoas. Houve um aumento anual de 10,8% da população, a maior taxa de
crescimento dentre todas as categorias, quando a média total de crescimento foi de 1,6%.

A atual população indígena brasileira, segundo resultados preliminares do Censo Demográfico realizado pelo IBGE em
2010, é de 817.963 indígenas, dos quais 502.783 vivem na zona rural e 315.180 habitam as zonas urbanas
brasileiras. Este Censo revelou que em todos os Estados da Federação, inclusive do Distrito Federal, há populações
indígenas. A Funai também registra 69 referências de índios ainda não contatados, além de existirem grupos que estão
requerendo o reconhecimento de sua condição indígena junto ao órgão federal indigenista.Com relação às 274 línguas
faladas, o censo demonstrou que cerca de 17,5% da população indígena não fala a língua portuguesa.
Esta população, em sua grande maioria, vem enfrentando uma acelerada e complexa transformação social,
necessitando buscar novas respostas para a sua sobrevivência física e cultural e garantir às próximas gerações melhor
qualidade de vida. As comunidades indígenas vêm enfrentando problemas concretos, tais como invasões e degradações

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territoriais e ambientais, exploração sexual, aliciamento e uso de drogas, exploração de trabalho, inclusive infantil,
mendicância, êxodo desordenado causando grande concentração de indígenas nas cidades.

http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no- brasil/quem-sao

TEXTO 3

Segundo o Estatuto do Índio, em vigor desde 1973, o reconhecimento de terras para uso exclusivo dos índios é
homologado por decreto do presidente da República. Ao Executivo, também cabe proteger essas populações. O
processo de demarcação depende de estudos técnicos realizados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e de
aprovação do Ministério da Justiça. A pasta também determina a desapropriação de fazendas na área demarcada, e os
proprietários são ressarcidos pelas benfeitorias realizadas no local. Já o pagamento pela terra não está previsto em lei.

De acordo com a Funai, 125 estudos estão em andamento para a homologação de novas terras. Desde 1973, foram
feitas 434 demarcações de terras indígenas, que correspondem a quase 105 milhões de hectares, quantidade ainda
insuficiente para atender a demanda.Os povos indígenas, que somam 817 mil pessoas, representam 0,4% da
população brasileira, de acordo com o IBGE.

O que muda com a PEC 215

A PEC 215, criada em 2000, tramitou na Câmara por 15 anos, sem consenso entre os parlamentares. Neste ano, os
ruralistas conseguiram colocar a proposta novamente em pauta com apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ).

O substitutivo apresentado por Serraglio, que reúne outras propostas apensadas, proíbe a ampliação de áreas
demarcadas e dificulta o reconhecimento de novos territórios. O texto também inclui um marco temporal, em que os
povos indígenas e quilombolas somente teriam direito à terra se já a estivessem ocupando em 5 de outubro de 1988.

“É evidente que muitos povos indígenas não estavam em posse de suas terras nessa data, como ainda hoje muitos não
conseguem”, diz Buzatto, do Cimi. “O povo guarani-kaiowá, por exemplo, que vive praticamente uma situação de
genocídio no Mato Grosso do Sul, não estava de posse de suas terras porque foi violentado e expulso por fazendeiros
antes dessa data.”

A proposta também prevê indenização em dinheiro aos proprietários das áreas demarcadas, de forma retroativa.
“Todos os que já perderam suas propriedades deverão ser indenizados, mesmo os que já foram compensados pelas
benfeitorias. Isso cria um buraco orçamentário num momento de crise econômica”, opina o indigenista.

Outra possibilidade prevista na PEC 2015 é o arrendamento de terras indígenas. Segundo a Funai, esses bens da União
“seriam passíveis de serem usadas para lucros de terceiros, desrespeitando os direitos de todos os brasileiros”, diz o
órgão em nota. De acordo com a Funai, a proposta é inconstitucional. De acordo com o Cimi, o povo indígena mais
prejudicado com as alterações será o guarani-kaiowá, que enfrenta sérios conflitos com fazendeiros no Mato Grosso do
Sul. A maioria dos índios vive em acampamentos improvisados à beira de rodovias. (…) Na semana passada, o índio
Lindomar Terena e outras lideranças indígenas estiveram na Organização dos Estados Americanos (OEA), em
Washington, para denunciar o “descaso” do governo com a situação dos indígenas no Brasil. “Se não houver um maior
envolvimento da sociedade brasileira e de governos de outros países, a tendência é que a violência no campo aumente
ainda mais, com mais mortes de indígenas, camponeses, ambientalistas e quilombolas”, alerta Buzatto.
Fonte: http://www.dw.com/pt-br/entenda- por-que- os-ind%C3%ADgenas- est%C3%A3o-revoltados-com- a-pec-
215/a-18815807

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TEXTO 4

ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO TEXTO SOBRE O PROJETO REDAÇÃO

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: O Projeto Redação cá está para ajudá-lo a
realizar o seu sonho. Acreditamos na
- Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”. colaboração mútua como meio de evolução
- A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo e nossa proposta é trabalhamos de forma a
dissertativo-argumentativo. orientar sua experiência com temas e
- Apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. avaliações que sejam as mais próximas
possíveis do Enem.

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