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UFSCar / CECH / Departamento de Letras

Disciplina: Direitos Linguísticos


Código: 060410-A
Créditos: 04 (5as – 19h-21h, Sala de Reuniões/DL + Horário livre)
Profa. Fernanda Castelano Rodrigues – fscr@ufscar.br

Objetivos gerais
Apresentar e refletir sobre conceitos fundamentais da glotopolítica: língua e dialeto;
glotopolítica/política linguística, planejamento linguístico, ideologia linguística, norma, preconceito
linguístico, nacionalismo linguístico e conflito linguístico. Reconhecer o lugar dos processos de
normalização e normatização/gramatização das línguas e da produção de instrumentos linguísticos.
Apresentar documentos jurídicos e legislativos sobre os Direitos Linguísticos no Brasil e no mundo.

Ementa
Relações entre Direitos Humanos e Direitos Linguísticos. Glotopolítica. Ideologia linguística.
Colonialismo linguístico. Nacionalismo linguístico. Conflito linguístico. Normalização, gramatização e
instrumentos linguísticos. Norma e preconceito linguístico. Documentos jurídicos e legislativos.

Tópicos/Duração
1. Conceitos fundamentais: língua e dialeto; política linguística e planejamento linguístico;
glotopolítica (16 horas)
2. Diversidade linguística no Brasil e no mundo (8 horas)
3. Direitos linguísticos como direitos humanos (8 horas)
4. Direitos linguísticos no Brasil: reconhecimento e promoção da diversidade linguística (8
horas)
5. Ideologia e ativismo linguístico (12 horas)
6. Apresentação de seminários (8 horas)

Estratégias de ensino
1. Aulas expositivas e discussão de textos e documentos da bibliografia;
2. Assistência a vídeos e filmes de longa e curta metragem sobre os temas a serem discutidos;
3. Apresentação de seminários pelos alunos.

Atividades dos alunos


1. Leitura e discussão da bibliografia indicada;
2. Apresentação de seminários em grupos;
3. Realização de trabalhos escritos sobre temas indicados pela professora.

Recursos a serem utilizados


1. Sala de aula com lousa, giz e Datashow
2. Livros, periódicos e fotocópias
3. DVD’s e CD’s

Procedimento de avaliação do aprendizado dos alunos


1. Apresentação e discussão de textos lidos (30% da média final): ao longo do semestre
2. Trabalho escrito em grupo (40% da média final): entrega em 16/02/2023
3. Seminário em grupo (30% da média final): em 30/03/2023

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Diversidade linguística no Brasil e no mundo


1. UNESCO. Atlas de las lenguas del mundo en peligro. Paris: UNESCO, 2010 [1996], 2ª ed.
2. MORELLO, R. Leis e línguas no Brasil. O processo de cooficialização e suas potencialidades.
Florianópolis: IPOL, 2015.
3. CASTELANO RODRIGUES, F. Dia Internacional da Língua Materna. Do direito à língua materna à
celebração do multilinguismo. No prelo.

Conceitos fundamentais: política linguística, planejamento linguístico e perspectiva glotopolítica


1. SEVERO, Cristine Gorski. Políticas linguísticas e direitos linguísticos: revisão teórica e desafios
contemporâneos. In: _____ (org.). Políticas e direitos linguísticos: revisões teóricas, temas atuais
e propostas didáticas. Campinas: Pontes, 2022, pp. 25-60/
2. CALVET, Louis-Jean. As políticas linguísticas. São Paulo: Parábola/IPOL, 2007.

Conceitos fundamentais: língua e dialeto; norma


1. HAUGEN, Einar. Língua, dialeto, nação. IN: BAGNO, M. (org.). A norma linguística. São Paulo:
Edições Loyola, pp. 95-112, 2001.
2. BAGNO, Marcos. Por que norma? Por que culta? In: A norma oculta. Língua e poder na sociedade
brasileira. São Paulo: Parábola, 2003, pp. 39-70.
3. BAGNO, Marcos. O que é uma língua? Imaginário, ciência e hipóstase. IN: LAGARES, X. C. e
BAGNO, Marcos & LAGARES, Xoán Carlos. (orgs.). Políticas da norma e conflitos linguísticos. São
Paulo: Parábola, pp. 355-387, 2011.

Direitos linguísticos como direitos humanos


1. Declaração Universal dos Direitos Linguísticos. Barcelona, 1996.
2. MAY, Stephen. Derechos linguísticos como derechos humanos. IN: Revista de Antropología Social,
19, p. 131–159, 2015.

Direitos linguísticos no Brasil: reconhecimento e promoção da diversidade linguística


1. CASTELANO RODRIGUES, F. La cooficialización de lenguas en municipios de Brasil: el caso de São
Gabriel da Cachoeira y los efectos de lo jurídico sobre las subjetividades. IN: Chuy – Revista de
estudios literarios latino-americanos, num. 6. Buenos Aires: jul, 2019, pp. 107-132.

Ideologia e ativismo linguístico: noção e estudos de casos


1. LAGARES, X. Linguagem, ideologia e ativismo linguístico. IN: _____. Qual política linguística?
Desafios glotopolíticos contemporâneos. São Paulo: Parábola, 2018, pp. 211-234.
2. O movimento #FicaEspanhol e as políticas de ensino de línguas no Brasil. Mesa redonda no Abralin
ao vivo realizada em 28.ago.2021. Disponível em https://aovivo.abralin.org/lives/o-movimento-
ficaespanhol/
3. BRITO, F.B.; NEVES. S. L. G. & XAVIER, A. N. O movimento surdo e sua luta pelo reconhecimento
da libras e pela construção de uma política linguística no Brasil. In: ALBRES, N. A. & NEVES, S. L. G.
(orgs.). Libras em estudo: Política linguística. São Paulo: FENEIS, 2013, pp. 67-103.
4. Linguagem inclusiva. Tempero Drag com Rita Von Hunty. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=WAzsxxMMlIM.
5. Manifesto ILE para uma comunicação radicalmente inclusiva. Disponível em
https://diversitybbox.com/manifesto-ile-para-uma-comunicacao-radicalmente-inclusiva/.

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CRONOGRAMA DE AULAS E CONTEÚDOS/LEITURAS

10/11 Apresentação do curso e da bibliografia; organização do calendário

17/11 Diversidade linguística no Brasil e no mundo [aula expositiva]

24/11 Sem aula: jogo do Brasil na Copa


Realização de tarefa assíncrona para discussão a ser realizada no “Mural” do Google Classroom a
partir da definição de “língua materna” e seu papel para os sujeitos.
• Atividades obrigatórias: Assistir ao vídeo da UNESCO com definições de “língua materna”
produzido no Dia Internacional da Língua Materna (IMLD) e responder ao fórum de discussão
no Mural da sala virtual;
• Leitura complementar: CASTELANO RODRIGUES, F. Dia Internacional da Língua Materna. Do
direito à língua materna à celebração do multilinguismo. No prelo.

01/12 Sem aula: leitura de bibliografia

08/12 Sem aula: leitura de bibliografia

15/12 Discussão de conceitos fundamentais: política linguística, planejamento linguístico,


glotopolítica
• SEVERO, Cristine Gorski. Políticas linguísticas e direitos linguísticos: revisão teórica e desafios
contemporâneos. In: _____ (org.). Políticas e direitos linguísticos: revisões teóricas, temas
atuais e propostas didáticas. Campinas: Pontes, 2022, pp. 25-60.
• CALVET, Louis-Jean. As políticas linguísticas. São Paulo: Parábola/IPOL, 2007.

12/01 Sem aula: leitura de bibliografia

19/01 Discussão de conceitos fundamentais: língua, dialeto, norma


• HAUGEN, Einar. Língua, dialeto, nação. IN: BAGNO, M. (org.). A norma linguística. São Paulo:
Edições Loyola, pp. 95-112, 2001.
• BAGNO, Marcos. O que é uma língua? Imaginário, ciência e hipóstase. IN: LAGARES, X. C. e
BAGNO, Marcos & LAGARES, Xoán Carlos. (orgs.). Políticas da norma e conflitos linguísticos.
São Paulo: Parábola, pp. 355-387, 2011.
• BAGNO, Marcos. Por que norma? Por que culta? In: A norma oculta. Língua e poder na
sociedade brasileira. São Paulo: Parábola, 2003, pp. 39-70.

26/01 Discussão sobre Linguagem inclusiva/neutra/não binária (participação de Raquel Noronha e


Jéssyca Camargo)
• Manifesto ILE para uma comunicação radicalmente inclusiva. Disponível em
https://diversitybbox.com/manifesto-ile-para-uma-comunicacao-radicalmente-inclusiva/.

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02/02 Direitos linguísticos como direitos humanos
• MAY, Stephen. Derechos linguísticos como derechos humanos. IN: Revista de Antropología
Social, 19, p. 131–159, 2015.

09/02 Declaração Universal dos Direitos Linguísticos (Barcelona, 1996)

16/02 Direitos linguísticos no Brasil: políticas públicas de reconhecimento e promoção da


diversidade; cooficialização de línguas em nível municipal
• CASTELANO RODRIGUES, F. La cooficialización de lenguas en municipios de Brasil: el caso de
São Gabriel da Cachoeira y los efectos de lo jurídico sobre las subjetividades. IN: Chuy –
Revista de estudios literarios latino-americanos, num. 6. Buenos Aires: jul, 2019, pp. 107-132.
➔ Entrega de trabalho escrito em grupo

02/03 Direitos linguísticos no Brasil: o movimento #FicaEspanhol


• O movimento #FicaEspanhol e as políticas de ensino de línguas no Brasil. Mesa redonda no
Abralin ao vivo realizada em 28.ago.2021. Disponível em https://aovivo.abralin.org/lives/o-
movimento-ficaespanhol/

09/03 Ideologia e ativismo linguístico


• LAGARES, X. Linguagem, ideologia e ativismo linguístico. IN: _____. Qual política linguística?
Desafios glotopolíticos contemporâneos. São Paulo: Parábola, 2018, pp. 211-234.

16/03 Movimento surdo e política linguística para libras


• BRITO, F.B.; NEVES. S. L. G. & XAVIER, A. N. O movimento surdo e sua luta pelo
reconhecimento da libras e pela construção de uma política linguística no Brasil. In: ALBRES,
N. A. & NEVES, S. L. G. (orgs.). Libras em estudo: Política linguística. São Paulo: FENEIS, 2013,
pp. 67-103.
• Lei 10.436 de 24 de abril de 2022. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm

23/03 Sem aula: professora em congresso internacional

30/03 Apresentação de seminários

06/03 Encerramento e avaliação do curso

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