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ERA UMA VEZ 1

Prova Projetiva “Era Uma Vez”

junho de 2013

Aspetos teóricos da prova


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A prova “era uma vez” trata-se de uma técnica projetiva que consiste em completar

histórias, no formato de banda desenhada. A prova é dirigida a crianças numa faixa etária

entre os 5 e os 12 anos (Fagulha, 2002).

Os primeiros estudos realizados acerca da prova destinaram-se a crianças entre os 6 e os 8

anos (Fagulha, 1992, 1993, citado por Fagulha, 2002), tendo posteriormente abrangido

crianças com 5, 9, 10 e 11 anos (Fagulha, 1996, citado por Fagulha, 2002). Ao ser aplicada a

crianças com 4 anos foi possível verificar que se tratava de uma tarefa complexa para estas

idades, devido ao facto de se tratar de uma tarefa de completar uma história, organizando as

cenas em sequência. Assim, a sua aplicação é aconselhável a partir dos 5 anos de idade

(Fagulha, 2002).

O objetivo da prova passa por descrever a forma como as crianças elaboram as emoções,

nomeadamente em termos de ansiedade e prazer, por se tratar de estados afetivos que vão ter

especial relevância no desenvolvimento psicológico das crianças. A conceção da prova visou

criar uma situação através da atividade lúdica, que permitisse a leitura dos significados

expressos pela criança (Fagulha, 2002).

Uma vez que ouvir e contar histórias se trata de uma tarefa atrativa para crianças, tal tarefa

vai constituir um papel fundamental no desenvolvimento infantil, uma vez que permite que as

crianças descubram determinados aspetos relativos à vida e sentimentos e fornece-lhes

capacidade para lidarem com os mesmos, confrontando-se com a realidade (Fagulha, 2002).

Dada a importância de desempenhar tal tarefa, na prova são apresentadas às crianças

histórias incompletas relativas a variados episódios da vida de uma personagem infantil,

sendo solicitado que as crianças dêem continuação a esses mesmos episódios. Uma vez que a

banda desenhada constitui atratividade para as crianças de diferentes idades tornou-se, então,

a forma de representação da prova. (Fagulha, 2002).


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As várias cenas desenhadas vão possibilitar a continuação de cada episódio, sendo que

parte da escolha da criança a cena que vai constituir o desenrolar da história apresentada.

Assim, tais cenas devem representar situações de fantasia, de realidade e de representação

emocional (Fagulha, 2002).

Vão ser apresentadas às crianças situações presentes num cartão com três episódios de

banda desenhada. O psicólogo faz a descrição do cartão baseando-se num procedimento

padronizado, pedindo à criança que continue a história, escolhendo três cenas entre as nove

que encontra à disposição (Fagulha, 2002).

Relativamente às nove cenas postas à disposição da criança para continuar a história

representada em cada cartão, estas foram concebidas da forma seguidamente descrita. Três

cenas vão corresponder a acontecimentos relativos a diferente3s modos de aceitação ou

estratégia de resolução, sendo designadas por cenas de realidade. Três cenas correspondem a

acontecimentos que constituem diferentes formas de fugir ao aspeto crítico proposto no

cartão, pelo recurso da fantasia; designadas, então, por cenas de fantasia. Por último, três

cenas que refletem aflição desencadeada pelo aspeto crítico da situação proposta (Fagulha,

2002).

Ao escolher as três cenas admite-se que a criança se poderá projetar no momento presente,

revelando o momento interno na elaboração de emoções evocadas pela situação representada

no cartão. A criança ao dar continuação aos diferentes episódios, vai descrever os seus

mecanismos de regulação da vida afetiva (Fagulha, 2002).

Uma vez organizada a sequência da história, o próximo passo é conta-la, dispondo de

outra oportunidade para elaborar a experiência emocional, revelando-se através da colocação

de novos elementos ou alguma alteração relativamente ao tema (Fagulha, 2002).


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Na prova “Era uma vez” é possibilitada à criança – através da escolha das cenas – a

revelação e elaboração de sentimentos, medos e fantasias, com recurso à utilização de objetos

e encenação de situações, permitindo-lhe exteriorizar tais vivências internas (Fagulha, 2002).

Apresentação do material

Normas de aplicação

Estudo de Caso

Referência

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