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Em 2022, durante a Copa do Mundo do Catar, o ativista Mario Ferri, protestando contra

a posição homofóbica do país sede, invadiu o campo segurando uma bandeira de arco-íris (eu
botaria lgbt só). A ação de Mario representou a legislação de vários países democráticos que
condenam práticas homofóbicas tanto na sociedade quanto no futebol, como o Brasil. Nessa
perspectiva, ainda que casos de discriminação aconteçam no contexto futebolístico brasileiro,
seja por causa da tradição de respeito do esporte, seja pelas rígidas leis que envolvem o
esporte, a homofobia no futebol nacional tem solução.
As práticas discriminantes presentes no esporte podem ser controladas pelo seu caráter
unitivo. Nas olimpíadas de 2021, o jogador de vôlei Douglas Souza, sofreu homofobia de seu
colega de equipe, o que resultou em manifestações contrárias ao ato por muitas
personalidades influentes do país. Apesar de se tratar de outro esporte, a atitude dos
brasileiros pode se refletir no futebol, visto que, além de ser a prática mais popular do nicho
esportivo, também tem histórico de unir torcidas e pessoas em prol de causas importantes.
Exemplo disso foi o movimento “Somos todos macacos” que ocorreu após casos de racismo
contra a seleção brasileira e desencadeou uma onda de protestos nas redes sociais. Dessa
forma, se a união dos torcedores faz com que haja mobilização contra formas de preconceito
como o étnico, é possível inferir, do mesmo modo que haverá protestos contrários à
discriminação contra certas orientações sexuais. Logo, no futebol do país, a homofobia não se
perpetua.
Além disso, o preconceito também não encontra espaço dentro à legislação existente no
país. Isso porque, segundo a Declaração de Direitos Humanos da ONU, todas as pessoas
precisam ser capazes de expressar suas singularidades, e práticas que censuram a liberdade,
como a homofobia, precisam ser punidas. Nesse contexto, insere-se o direito nacional de 2019,
o qual determinou que intolerância contra a orientação sexual de outrem é um crime
inafiançável que prevê anos de reclusão. Dessa maneira, atitudes discriminatórias no contexto
futebolístico também recebem atenção e são passíveis de receberem punição, o que contribui
para cessar a homofobia. Logo, no futebol, a homofobia tem solução.

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