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“Eu lamento que nossos irmãos convivam com isso naturalmente”, essa frase da

canção “Voz ativa”, suprassumo musical do grupo Racionais MC’s, aborda o racismo
não como um preconceito crescente não só nacionalmente, mas sim em nível mundial.
Com isso, é visível no âmbito do futebol que a intolerância racial, infelizmente, persiste
cada vez mais no dia a dia do esporte. Nesse sentido, a discriminação estruturada na
população bem como a falta de leis para esses casos são desafios a serem superados.
Nesse contexto, há o preconceito racial está enraizado na população, acarretando um
desafio a ser superado. Sob esse viés, o filósofo francês Pierre Bourdeau, que em seu
livro “A Distinção”, cita a violência simbólica, argumento do autor para a dominação de
um grupo sobre outros de forma “invisível”. Desse modo, sempre existiu, desde o
período da escravidão mundial, uma discriminação contra a população preta, apenas
camuflada com estereótipos da população, e o futebol apenas revela isso com o
aumento dos casos de racismo na hodiernidade, e se concilia com todo o pensamento
do pensador citado. Em suma, a injúria racial no desporto será diminuída com a
redução da estruturação desse prejulgamento da sociedade.
Ademais, a falta de leis para combater o racismo no futebol é algo preocupante, visto
o aumento das ocorrências, divulgados pela mídia. Sob essa ótica, cita-se o caso do
goleiro com a alcunha de “Aranha”, que, pela falta de leis da época sofreu preconceito
racial de uma torcedora do time rival onde ele atuava. Dessa maneira, há sim a
existência de um projeto para a criação dessa medida, todavia, esse mesmo não houve
a presença dos deputados federais para a votação, dessa forma, impedindo a
continuidade da criação dessa norma no Brasil, consequentemente, não influenciando
outros países e a própria confederação do esporte mundial, FIFA, a adotar um sistema
para punir os jogadores e as equipes que praticarem tal ato. Assim, é de extrema
importância penalizar os indivíduos que cometerem essas ações para,
consequentemente, superar esse desafio presente na hodiernidade.
Portanto, cabe ao Ministério da Igualdade Racial, como principal órgão de combate
ao racismo, promover, em parceria com organizações esportivas, medidas de punição e
combate a discriminação. Essas medidas devem envolver a ampliação de regras contra
clubes e campeonatos que não punirem as agressões, como multas, bem como a
criação de uma lei para agilizar a condenação de racistas pelas entidades, promovendo
ações legais de combate a esse tipo de discriminação.

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