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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO (POP)


DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DA UNIDADE BÁSICA
DE SAÚDE ARCO ÍRIS

Anápolis-GO
2023

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
Apresentação
A instrução de trabalho conhecida como Norma Operacional Padrão (NOP) ou
Procedimento Operacional Padrão (POP), é uma ferramenta simples, mas de grande
importância para o alcance dos objetivos de uma instituição. Na saúde a padronização é um
dos componentes de maior relevância na perspectiva de alcançar os resultados
pretendidos, otimizando o atendimento nos serviços e contribuindo para a qualidade da
atenção no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Procedimento Operacional Padrão (POP) é a descrição sistematizada e


padronizada de uma atividade técnica-assistencial com o intuito de garantir e atingir o
resultado esperado por ocasião da sua realização, livre de variações indesejáveis.

A construção do POP da Unidade Básica de Saúde Arco Irís se faz necessária pela
finalidade de padronizar e minimizar a ocorrência de desvios na execução de procedimentos
fundamentais da nossa prática diária, buscando melhorar a qualidade da assistência, e
servir como um instrumento para a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE).
Eles foram desenvolvidos para descrever cada passo crítico e sequencial, de modo a
garantir o resultado esperado de um mesmo cuidado realizado por pessoas diferentes. Os
padrões de enfermagem definem seu campo de prática e proporcionam orientação para seu
desempenho, projetam as competências desejadas e as exigências educacionais do
enfermeiro.

A expectativa maior é de que ele seja utilizado como material de consulta para o dia-
dia, apoiando os profissionais no seu fazer, dirimindo dúvidas e subsidiando a tomada de
decisão na prática dos serviços. Outra expectativa, também de relevância, é de que seja
utilizado como material de base para capacitações da equipe de enfermagem no âmbito do
processo de educação permanente em saúde.

Elaboração do POP 2023


Enfª. Talita Rocha

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Sumário
SESSÃO I - PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
A. Procedimento Operacional Padrão (POP): Recepção pág.8
B. Procedimento Operacional Padrão (POP): Acolhimento pág. 9
C. Procedimento Operacional Padrão (POP): Encaminhamento para unidades de
referência pág.10
SESSÃO II – CONTROLES DE SINAIS VITAIS
A. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição de temperatura corporal pág. 12
B. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição de pulso arterial pág. 13
C. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição de frequência respiratória pág. 14
D. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição de pressão arterial. pág. 15
E. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição de glicemia capilar pág. 17
F. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição de frequência cardíaca pág. 19

SESSÃO III – MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS


A. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição do peso corporal pág. 21
B. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição da altura pág. 23
C. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição do perímetro cefálico pág. 26
D. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição do perímetro torácico pág. 27
E. Procedimento Operacional Padrão (POP): Aferição do perímetro abdominal pág. 28
SESSÃO IV – PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
A. Procedimento Operacional Padrão (POP): Nove certezas na administração de
medicamentos pág. 30
B. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de
medicamentos por via oral pág. 33
C. Procedimento Operacional Padrão (POP) Preparo e administração de medicamentos
por via sublingual pág. 35
D. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de medicamentos
por via intramuscular pág. 36
E. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de medicamentos
por via subcutânea pág. 39
F. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de medicamentos
por via intradérmica pág. 41
G. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de medicamentos
por via intravenosa pág. 43
H. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de medicamentos
por via ocular pág. 46
I. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de medicamentos
por via auricular pág. 48

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J. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de
medicamentos por via nasal pág. 49
K. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de medicamentos
por via vaginal pág. 50
L. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de medicamentos
por via tópico pág. 52
M. Procedimento Operacional Padrão (POP): Preparo e administração de medicamentos
por via pulmonar/ nebulização pág. 53
SESSÃO V– INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS
A. Procedimento Operacional Padrão (POP): Cateterismo gástrico, nasogástrico e
nasoenteral pág. 55
B. Procedimento Operacional Padrão (POP): Cateterismo vesical alívio pág. 57
C. Procedimento Operacional Padrão (POP): Cateterismo vesical demora pág. 59
D. Procedimento Operacional Padrão (POP): Assistência de enfermagem ao paciente
ostomizado pág. 62
E. Procedimento Operacional Padrão (POP): Lavagem retal/ intestinal pág. 64
SESSÃO VI – CURATIVOS
A. Procedimento Operacional Padrão: Prevenção de úlceras de pressão pág. 67
B. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de realização de curativo em
ferida aberta pág. 68
C. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de realização de curativo em
ferida com miíase pág. 70
D. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de realização de curativo em
ferida cirúrgica limpa pág. 72
E. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de realização de curativo em
úlcera venosa e arterial pág. 73
F. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de realização de curativo de
sistemas de drenos abertos pág. 76
G. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de realização de curativo de
sistemas de drenos fechados pág. 78
H. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de realização de curativo em
ferida aberta contaminada pág. 79
I. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de realização de curativo em
ferida com deiscência de parede ou fístula pág. 81
J. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de curativo com debridamento
pág. 82

1. Produtos Indicados para Curativos


2. Produtos Contraindicados para Curativo

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SESSÃO VII – ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS
A. Procedimento Operacional Padrão (POP): Trabalho para Área do Expurgo: Limpeza
de Artigos Críticos, semicríticos, e Não Críticos. pág. 86
B. Procedimento Operacional Padrão (POP): Desinfecção de artigos semicríticos e não
críticos. pág. 89
C. Procedimento Operacional Padrão (POP): Processo de esterilização em autoclave
pág. 91
D. Procedimento Operacional Padrão (POP): Processo de limpeza e desinfecção da
autoclave pag.92

SESSÃO VIII – COLETA DE MATERIAIS PARA EXAMES


A. Procedimento Operacional Padrão (POP): Coleta de escarro pág. 94
B. Procedimento Operacional Padrão (POP): Coleta de exame citopatológico do colo do
útero pág. 95
C. Procedimento Operacional Padrão (POP): Coleta de sangue para triagem neonatal
(Teste do Pezinho) pág.99
D. Procedimento Operacional Padrão (POP) Coleta de amostra de sangue venoso
periférico pág. 102
SESSÃO IX – LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE
A. Procedimento Operacional Padrão (POP): Descontaminação em local com respingos
ou deposição de matéria orgânica) sangue, secreções, excretas e exsudato). Pag106
B. Procedimento Operacional Padrão (POP): Limpeza de superfícies pág. 108
C. Procedimento Operacional Padrão (POP): Limpeza de mobiliários, bancadas e
equipamentos.pág. 109
D. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de varredura úmida. Pág. 110
E. Procedimento Operacional Padrão (POP): Limpeza de pisos pag111
F. Procedimento Operacional Padrão (POP): Limpeza de janelas e portas. pag112
G. Procedimento Operacional Padrão (POP): Limpeza de banheiros. Pág. 113
H. Procedimento Operacional Padrão (POP): Limpeza de tetos e paredes pág. 116
I. Procedimento Operacional Padrão (POP): Limpeza de aparelho de ar-condicionado
pág. 117
J. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de limpeza e desinfecção de
bebedouro. Pag118
K. Procedimento Operacional Padrão (POP): Recolhimento dos Resíduos pág. 119
L. Procedimento Operacional Padrão (POP): Segregação, acondicionamento e
identificação dos resíduos pág. 120

SESSÃO X – ORIENTAÇÕES BÁSICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE


A. Procedimento Operacional Padrão (POP) Higiene pessoal pág. 123
B. Procedimento Operacional Padrão (POP): Técnica de lavagem das mãos pag125
C. Procedimento Operacional Padrão (POP): Uso de EPIS e EPI pag130

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SESSÃO XI – TESTES RÁPIDOS PARA INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
(ISTs)
A.Procedimento Operacional Padrão (POP): Teste rápido para a detecção de HIV 1 e 2 pág.
133
B.Procedimento Operacional Padrão (POP): Teste rápido para a detecção de hepatite B
pág. 135
C.Procedimento Operacional Padrão (POP): Teste rápido para detecção de hepatite C pag.
138
D.Procedimento Operacional Padrão (POP): Teste rápido para a detecção de sífilis pág. 140

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Sessão I – Procedimentos Administrativos


A. Recepção
B. Acolhimento
C. Encaminhamento para unidade de referência

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A-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO -RECEPÇÃO


EXECUTANTE: ADMINISTRATIVO/RECEPCIONISTA

SESSAO I: PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

OBJETIVO: Recepcionar, acolher, orientar e direcionar o paciente de acordo com suas


respectivas necessidades.

COMO FAZER: Com a chegada do paciente na unidade de saúde, o recepcionista


administrativo deverá abordá-lo cordialmente, cumprimentando-o e solicitando o que deseja.
De acordo com a solicitação do paciente, o recepcionista lançará no sistema para o
respectivo profissional e procedimento. Sempre solicitar documento oficial e o cartão SUS,
caso o paciente não estiver cadastrado no sistema municipal de saúde, ou este estiver
desatualizado, realizar o cadastro e/ou atualização com todas as informações necessárias.
Não realizar cadastros sem documentos e/ou comprovantes. Em caso de urgências/
emergências, chamar a equipe, e só após realizar o cadastro ou lançar no sistema.

O RECEPCIONISTA poderá encaminhar para:

• Vacinas; • Verificar pressão Arterial; • Curativos; • Glicemia capilar; • Exame preventivo


(citopatológico); •Retirada de pontos; • Realização de teste do pezinho; • Administração de
medicação; • Acolhimento; • Agendamento de consulta médica; • Agendamento de consulta
de enfermagem; • Agendamento de consulta odontológica.

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B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO-ACOLHIMENTO E ACESSO AVANÇADO


EXECUTANTE: Toda equipe multiprofissional de saúde

SESSÃO I: PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

OBJETIVO: Acolher o usuário com escuta ativa, visando atender suas necessidades
básicas.

COMO FAZER:
• Utilizar uma escuta ampliada do motivo da procura do serviço, levando em consideração o
contexto em que o usuário está inserido;
• Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas ao nível da sua qualificação;
• Comunicar ao enfermeiro, médico e odontologista quando o motivo for uma queixa, sinal
ou sintoma para que, junto com a equipe responsável, o atendimento seja direcionado no
sentido de responder as necessidades humanas básicas afetadas;
• Referenciar o paciente a equipe responsável por ele;
• Agendar retornos a partir de solicitação da equipe de saúde e/ou de acordo com o
atendimento programático. Responder as demandas de vigilância à saúde e encaminhar
queixas ou denúncias de cunho ambiental/social as instâncias pertinentes (Departamento
de Vigilância à Saúde) e realizar as orientações de saneamento;
• Cabe ao enfermeiro da UBS: Supervisionar o acolhimento realizado pelo técnico de
enfermagem; participar do acolhimento e, quando necessário, realizar consulta de
enfermagem, assim como proceder aos encaminhamentos necessários.

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C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO-Encaminhamento para unidades de


referências
EXECUTANTE: Médico, enfermeiro e técnico de enfermagem.
SESSÃO I: PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
OBJETIVO: Consiste no encaminhamento do paciente para a unidade de referência, UPA,
na indisponibilidade de atendimento médico e/ou na necessidade de atendimento de maior
complexidade.
COMO FAZER: O enfermeiro e o médico deverão fazer encaminhamento via sistema selk e
via encaminhamento impresso por escrito com todos os dados dos pacientes, incluindo
sinais vitais.

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Sessão II – Controle dos Sinais Vitais


A. Aferição de temperatura corporal
B. Aferição de pulso arterial
C. Aferição de frequência respiratória
D. Aferição de pressão arterial
E. Aferição de glicemia capilar
F. Aferição de frequência cardíaca

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A-PROCEDIMENTO Aferição de temperatura corporal


OPERACIONAL PADRÃO

EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e médica


SESSÃOII: CONTROLES
OBJETIVO: Consiste na mensuração e registro da temperatura corporal.
COMO FAZER:
Terminologias:
Hipotermia Abaixo de 35ºC
Afebril De 35,8 a 37ºC
Febril De 37,2 a 37,8ºC
Febre De 37,9 a 38,9º C
Pirexia De 39 a 40º C
Material
• Termômetro clínico digital e/ou infravermelho;
• Álcool 70%
• Bolas de algodão.
Procedimento
Na utilização do termômetro clínico digital
• Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante;
• Lavar as mãos; • Realizar a desinfecção do termômetro digital friccionando-o 3 vezes com
algodão embebido em álcool 70%; • Secar a região axilar do paciente, se necessário; •
Colocar o termômetro com o reservatório de mercúrio no côncavo da axila e comprimir o
braço do paciente contra o próprio corpo; Manter o termômetro nesta posição até aviso
sonoro; • Retirar o termômetro segurando pelo lado oposto da coluna de mercúrio,
procedendo a leitura; • Realizar desinfecção do termômetro com álcool a 70% e guarda-lo; •
Lavar as mãos; • Registrar o procedimento no prontuário eletrônico, comunicando ao
enfermeiro ou médico eventuais anormalidades.
Na utilização do termômetro infravermelho:
• Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante;
• Lavar as mãos;
• Colocar o termômetro há aproximadamente 5 cm da fronte até aviso sonoro, procedendo a
leitura;
• Lavar as mãos;
• Registrar o procedimento no prontuário eletrônico, comunicando ao enfermeiro ou médico
eventuais anormalidades.

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B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Aferição do pulso arterial


PADRÃO

EXECUTANTE: EQUIPE DE ENFERMAGEM E MÉDICA


SESSÃO II: CONTROLES
OBJETIVO: Avaliar e monitorar as condições hemodinâmicas do paciente; detectar e
monitorar arritmias cardíacas; avaliar efeitos de medicamentos que alterem a frequência
cardíaca e; verificar a frequência, ritmo e amplitude do pulso.
COMO FAZER:
Parâmetros:
LACTENTES
• Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante;
• Lavar as mãos;
• Limpar o estetoscópio (olivas e bulbo) friccionando, no mínimo, três vezes com algodão
embebido em álcool a 70%;
• Posicionar o estetoscópio no quinto espaço intercostal esquerdo na linha do mamilo
durante um minuto e contar o número de batimentos;
• Lavar as mãos;
• Registrar o procedimento no prontuário eletrônico, comunicando eventuais anormalidades.
PRÉ-ESCOLARES, ESCOLARES, ADOLESCENTES E ADULTOS
• Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante;
• Higienizar as mãos;
• Com os dois dedos médios da mão, localizar a artéria radial na face externa do punho. Ao
sentir a pulsação, pressionar levemente a artéria radial, contando assim a frequência
cardíaca durante 1 minuto, observando outras características como amplitude e ritmo;
• Registrar o procedimento no prontuário eletrônico, comunicando eventuais anormalidades.
• Obs.: Não verificar o pulso no braço onde se fez cateterismo cardíaco.

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C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Aferição de Frequência Respiratória


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem e Médica
SESSÃO II: CONTROLES
OBJETIVO: Verificar alteração na frequência respiratória e monitorar a frequência das vias
aéreas superiores e inferiores.
COMO FAZER:
Terminologias
RN 30 a 60 irpm
CRIANÇAS 20 a 25 irpm
ADULTOS 16 a 20 irpm
Eupneico 12 a 22 irpm
Taquipneico > 22 irpm
Bradipneico < 12 irpm
● Realizar a higienização das mãos;
• Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante;
• Posicionar o paciente de forma confortável;
• Colocar a mão no pulso radial do paciente como se fosse controlar o pulso e disfarçar,
observando os movimentos respiratórios durante um minuto;
• Realizar a higienização das mãos;
• Registrar o procedimento no prontuário eletrônico, comunicando eventuais anormalidades.

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D-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Aferição de Pressão Arterial


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e médica
SESSÃO II: CONTROLES
OBJETIVO: Consiste em mensurar a pressão exercida pelo sangue nas paredes das
artérias, quando é lançado na corrente sanguínea pelo ventrículo. Pressão arterial máxima
ou sistólica: é a maior força exercida pelos batimentos cardíacos. Pressão arterial mínima
ou diastólica: é a menor força exercida pelos batimentos cardíacos.
COMO FAZER:
Terminologias
Classificação Pressão Sistólica (mmHg) Pressão Diastólica (mmHg)
Normal < ou =120 < ou =80
Pré-hipertensão 120 - 139 81 - 89
Hipertensão estágio I 140 - 159 90 - 99
Hipertensão estágio II 160 - 179 100- 109
Hipertensão estágio III > ou = 180 > ou = 110
Hipertensão sistólica isolada > ou = 140 <90
Procedimento:
• Explicar o procedimento ao cliente e ao acompanhante;
• Lavar as mãos;
• Limpar o estetoscópio (as olivas e o bulbo) friccionado três vezes com algodão embebido
em álcool 70%;
• Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente;
• Posicionar o braço do paciente apoiando em superfície, de forma confortável, livre de
roupas, com a palma da mão voltada para cima;
• Colocar o manguito a 4 cm acima da prega do cotovelo, ajustando-o ao braço sem apertar;
• Localizar com os dedos a artéria braquial na dobra do cotovelo, colocar o estetoscópio no
ouvido e segurar o diafragma do estetoscópio sobre a artéria evitando pressão muito forte;
• Fechar a válvula da pera do manguito e insuflar o manguito até sentir cessar os batimentos
da artéria (ir até mais ou menos 200 mm/Hg);
• Soltar lentamente a válvula da pêra até auscultar o primeiro batimento, (que equivale à
pressão sistólica), observando a equivalência no manômetro;
• Continuar a descompressão considerando a pressão diastólica quando houver um
abafamento do som, ou seu desaparecimento, observar sua equivalência no manômetro;
• Abrir a válvula a após a saída de todo o ar retirar o manguito;
• Informar os valores da pressão arterial obtidos para o paciente;
• Fazer a desinfecção do estetoscópio com álcool 70%;
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• Registrar o procedimento no prontuário eletrônico informando ao enfermeiro ou médico
eventuais anormalidades.
Observações: • Repouso de ao menos 15 minutos em ambiente calmo;
• Evitar bexiga cheia;
• Não praticar exercícios físicos 60 minutos antes;
• Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30 minutos antes;
• Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e
relaxado;
• Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço
intercostal), apoiado com a palma da mão e cotovelo ligeiramente fletido;
• Solicitar para que não fale durante a medida.

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E-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Aferição de Glicemia Capilar
PADRÃO

EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e médica


SESSÃO II: CONTROLES
OBJETIVO: Consiste na verificação da glicemia capilar através de punção puntiforme nas
polpas digitais dos membros superiores, com equipamento apropriado (lanceta ou agulha
13x4,5).
COMO FAZER:
Terminologias
JEJUM 2 H POS
PRANDIAL
NORMOGLICEMIA <100 mg/dl <140 mg/dl
PRÉ-DIABETES > ou =100 e < 126 > ou = 140 e < 200
mg/dl mg/dl
DIABETES > ou = 126 mg/dl > ou =200 mg/dl

Material
• Cuba rim com:
• Luva de Procedimento
• Lanceta específica ou agulha 13X 4,5
• Dispositivo de leitura glicêmica
• Caixa de fita reagente para glicose
• Bolas de algodão
Procedimento
• Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante;
• Lavar as mãos;
• Reunir o material dentro da cuba rim;
• Verificar se o aparelho de leitura está calibrado e pronto para o procedimento;
• Colocar luvas de procedimento;
• Limpar a polpa digital de eleição do paciente com algodão seco;
• Colocar a fita reagente no aparelho e aguardar o surgimento da figura da gota de sangue;
• Lancetar a polpa digital e coletar material na fita reagente, para a leitura glicêmica;
• Aguardar o tempo necessário para que o aparelho realize a leitura;
• Pressionar o local da punção o suficiente para suspender o sangramento;
• Realizar a leitura do índice glicêmico;
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• Certificar-se de que não há prolongamento do período de sangramento;
• Desprezar o material utilizado na caixa coletora de material perfurocortante;
• Retirar luva de procedimentos e desprezá-la no lixo;
• Lavar as mãos;
• Registrar a taxa de glicemia capilar do paciente no prontuário eletrônico informando ao
enfermeiro ou médico eventuais anormalidades.

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F-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Aferição de frequência cardíaca


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem e médica
SESSÃO II: CONTROLES
OBJETIVO: Consiste na verificação da frequência cardíaca, que é aferida no pulso apical,
que está encontra – se localizado no 4° e 5° espaço intercostal, na linha “M” clavicular do
lado esquerdo do tórax, tanto no neonato, lactente, criança, adolescente e adultos.
COMO FAZER:
TERMINOLOGIAS NEONATO CRIANÇAS ADOLESCENTES ADULTOS
NORMOCARDICO 120 a 160 bpm 75 a 100 bpm 60 a 90 bpm 60 a 100 bpm
TAQUICARDICO > 160 bpm > 100 bpm > 90 bpm > 100 bpm
BRADICARDICO < 120 BPM < 75 bpm < 60 bpm < 60 bpm
Fonte: POTTER et al. 2018
Material
• Álcool a 70% gel ou líquido:
• Bolas de algodão;
• Relógio de pulso ou digital;
• Caneta preta ou azul;
• Bloco de anotação;
• Estetoscópio adulto ou infantil dependendo do paciente (Ex: neonato, lactente e
adulto);
• Bolas de algodão;
• Luvas de procedimentos e capotes em caso de paciente com precauções de contato.
Procedimento
• Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante;
• Desligar o ar-condicionado da sala de triagem, consultório de Enfermagem ou
Médico, onde for realizado o procedimento;
• Lavar as mãos com água e sabão;
• Reunir o material na bancada;
• Fazer a desinfecção das olivas do aparelho de estetoscópio com bolas de algodão
embebidos em álcool a 70% gel ou líquido;
• Verificar se o aparelho de estetoscópio está pronto para o procedimento;
• Aguardar o tempo de 01 a 05 minutos para fazer a leitura;
• Registrar a anotação do valor do pulso apical do paciente (bpm) após a verificação no
prontuário eletrônico do cliente; e ao término do procedimento realizar a lavagem das mãos.
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Sessão III – Medidas Antropométricas


A Aferição do peso corporal
B. Aferição de altura
C.Aferição do perímetro cefálico
D.Aferição de perímetro torácico
E.Aferição de perímetro abdominal

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

A-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Aferição do Peso Corporal


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem e Médica
SESSÃO III: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
OBJETIVO: Avaliar a evolução ponderal do indivíduo
COMO FAZER:
Material
• Balança mecânica/ digital / balança mecânica de plataforma ou balança pediátrica
(tipo bebê)
• Papel toalha;
• Álcool 70%;
• Bolas de algodão;
Procedimento
LACTENTES
• Lavar as mãos
• Fazer limpeza prévia do prato da balança com álcool 70%;
• Verificar se a balança está calibrada. Caso contrário calibrá-la;
• Forrar o prato da balança com folhas de papel;
• Despir a criança;
• Colocar o RN por sobre o prato da balança;
• Aguardar a estabilização do peso;
• Realizar a leitura;
• Retirar a criança da balança;
• Vestir a criança;
• Desprezar as folhas de papel toalha no lixo;
• Fazer a limpeza do prato da balança com álcool 70%;
• Lavar as mãos;
• Registrar o peso no prontuário eletrônico.
PRÉ-ESCOLARES, ESCOLARES E ADULTOS
• Lavar as mãos;
• Verificar se a balança está calibrada, caso contrário calibrá-la;
• Forrar a base da balança com papel toalha;
• Posicionar o paciente de costas para a balança, no centro do equipamento, descalça, com
o mínimo de roupa possível, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo.
• No caso de ser usada balança digital, verificar se a mesma encontra-se ligada;
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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Realizar a leitura do peso;
• Solicitar que o paciente desça do equipamento, auxiliando-o;
• Desprezar as folhas de papel toalha;
• Lavar as mãos;
• Registrar o peso no prontuário eletrônico.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Aferição do Peso Corporal


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem e Médica
SESSÃOIII: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
OBJETIVO: Avaliar a evolução ponderal do indivíduo
COMO FAZER:
Material
• Balança mecânica/ digital / balança mecânica de plataforma ou balança pediátrica
(tipo bebê)
• Papel toalha;
• Álcool 70%;
• Bolas de algodão;
Procedimento
LACTENTES
• Lavar as mãos
• Fazer limpeza prévia do prato da balança com álcool 70%;
• Verificar se a balança está calibrada. Caso contrário calibrá-la;
• Forrar o prato da balança com folhas de papel;
• Despir a criança;
• Colocar o RN por sobre o prato da balança;
• Aguardar a estabilização do peso;
• Realizar a leitura;
• Retirar a criança da balança;
• Vestir a criança;
• Desprezar as folhas de papel toalha no lixo;
• Fazer a limpeza do prato da balança com álcool 70%;
• Lavar as mãos;
• Registrar o peso no prontuário eletrônico.
PRÉ-ESCOLARES, ESCOLARES E ADULTOS
• Lavar as mãos;
• Verificar se a balança está calibrada, caso contrário calibrá-la;
• Forrar a base da balança com papel toalha;
• Posicionar o paciente de costas para a balança, no centro do equipamento, descalça, com
o mínimo de roupa possível, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo;
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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• No caso de ser usada balança digital, verificar se a mesma encontra-se ligada;
• Realizar a leitura do peso;
• Solicitar que o paciente desça do equipamento, auxiliando-o;
• Desprezar as folhas de papel toalha;
• Lavar as mãos;
• Registrar o peso no prontuário eletrônico.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Aferição de Altura
PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e médica
SESSÃO III: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
OBJETIVO: Consiste em mensurar o comprimento corporal.
COMO FAZER:
LACTENTES
• Lavar as mãos;
• Fazer limpeza prévia da régua antropométrica com álcool 70%;
• Posicionar a parte fixa da régua na cabeça e ajustar a parte móvel na planta dos pés
da criança, mantendo-a em decúbito dorsal e os membros inferiores alinhados;
• Realizar a leitura;
• Retirar a régua;
• Fazer a limpeza da régua com álcool 70%;
• Lavar as mãos;
• Registrar a altura no prontuário eletrônico.
PRÉ-ESCOLARES, ESCOLARES E ADULTOS
• Lavar as mãos;
• Forrar a base da balança com papel toalha;
• Posicionar o paciente de costas para a balança, no centro do equipamento, descalça,
com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo;
• Posicionar a régua milimetrada sobre a cabeça do paciente, ajustando-a;
• Realizar a leitura da altura;
• Solicitar que o paciente desça do equipamento, auxiliando-o;
• Desprezar as folhas de papel toalha;
• Lavar as mãos;
• Registrar a altura no prontuário eletrônico.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
D-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO-Aferição do Perímetro Cefálico
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e médica
SESSÃO III: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
OBJETIVO: Consiste na aferição da circunferência do crânio. É responsável por monitorar o
desenvolvimento do tamanho cerebral.
MATERIAIS UTILIZADOS:
• Caderneta da saúde da Criança e Adolescente (masculina ou feminina);
• Caneta esferográfica de cor preta ou azul;
• Fita antropométrica;
• Bancada ou maca para poder mensurar o neonato, lactente e criança.
COMO FAZER:
• Deitar a criança; crianças maiores de 1 ano poderão ser medidas sentadas;
• Posicionar a fita métrica na proeminência óssea occipital e a curvatura superior das
sobrancelhas e verificar a medida;
• Anotar as medidas no cartão da criança e no prontuário eletrônico;
• Comunicar a enfermeira ou médico em caso de anormalidades.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
E-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO-Aferição do Perímetro Torácico
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e médica
SESSÃO III: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
OBJETIVO: Consiste na aferição da circunferência do tórax. É responsável por monitorar o
desenvolvimento dos órgãos torácicos como coração e pulmão.
MATERIAIS UTILIZADOS:
• Caderneta da saúde da Criança e Adolescente (masculina ou feminina);
• Caneta esferográfica de cor preta ou azul;
• Fita antropométrica;
• Bancada ou maca para poder mensurar o neonato, lactente e criança.
COMO FAZER:
• Circundar o tórax na altura dos mamilos com a fita métrica e verificar a medida;
• Anotar a medida no cartão da criança e no prontuário eletrônico;
• Comunicar a Enfermeira (o) ou médica (o), fazer a avaliação no gráfico e se houver
anormalidades, encaminhar para atendimento com especialista.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

F-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Aferição do Perímetro Abdominal


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e médica
SESSÃOIII: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
OBJETIVO: Consiste na aferição da circunferência do abdome. É responsável por monitorar
o desenvolvimento dos órgãos abdominais e investigar acúmulo de líquidos.
MATERIAIS UTILIZADOS:
• Caderneta da saúde da Criança e Adolescente (masculina ou feminina);
• Caneta esferográfica de cor preta ou azul;
• Fita antropométrica;
• Bancada ou maca para poder mensurar o neonato, lactente e criança.
COMO FAZER:
• Circundar o abdome na altura do umbigo com a fita métrica e verificar a medida
• Anotar a medida no cartão da criança e no prontuário eletrônico;
• Comunicar a enfermeira ou médico em caso de anormalidades.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

Sessão IV – Preparo e administração de medicamentos


• A Nove certezas na administração dos medicamentos
• B Preparo e administração de medicamentos por via oral
• C Preparo e administração de medicamentos por via sublingual
• D Preparo e administração de medicamentos por via intramuscular
• E Preparo e administração de medicamentos por via subcutânea
• F Preparo e administração de medicamentos por via intradérmica
• G Preparo e administração de medicamentos por via intravenosa
• H Preparo e administração de medicamentos por via ocular
• I Preparo e administração de medicamentos por via auricular
• J Preparo e administração de medicamentos por via nasal
• K Preparo e administração de medicamentos por via vaginal
• L Preparo e administração de medicamentos por via tópica
• M Preparo e administração de medicamentos por via pulmonar/ nebulização.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

A-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Nove certezas na administração de


PADRÃO medicamentos
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e médica (o).
SESSÃOIV: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVOS: Prevenir os eventos adversos decorrentes da administração de medicamentos
potencialmente perigosos;
Padronizar os procedimentos de administração de medicamentos, a fim de reduzir a
ocorrência de eventos adversos que possam comprometer a saúde e a vida dos pacientes
atendidos;
Reduzir o risco de dano associado ao cuidado de saúde ao usuário.
MATERIAIS UTILIZADOS:
• Recursos humanos;
• Conhecimento científico;
• Caneta esferográfica de cor preta ou azul;
• Prescrição médica.
ETAPAS DO PROCEDIMENTO: inicialmente certifique-se de que o usuário não tenha
alergia ao medicamento prescrito.
Itens de verificação para a administração segura de medicamentos nos noves certos:
• Paciente certo;
• Medicamento certo;
• Via certa;
• Hora certa;
• Dose certa;
• Registro certo;
• Ação certa;
• Forma certa;
• Resposta certa.
COMO FAZER:
1. PACIENTE CERTO: conferir nome e sobrenome do usuário, solicitando ao mesmo que
confirme a informação);
2.MEDICAMENTO CERTO: antes de preparar o medicamento, certificar-se mediante a
prescrição qual é o medicamento, lendo mais de uma vez, o rótulo do mesmo);
3.DOSE CERTA: antes de preparar e administrar o medicamento e certificar-se da dose e
apresentação do medicamento na prescrição, comparando com o preparado);

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
4.VIA CERTA: antes de aplicar o medicamento, certificar-se da via mediante prescrição,
lendo mais de uma vez antes de aplicar);
5.HORA CERTA: aplicar no horário previsto na prescrição, e no espaço de tempo
determinado, 6/6 horas, 8/8 horas, 12/12 horas, atenção especial à administração de
antibióticos e broncodilatadores;
6.TEMPO CERTO: na aplicação de medicamentos, respeitar o tempo previsto na
prescrição, por exemplo, se for em 30 minutos, ou em quatro horas, controlar
adequadamente o gotejamento ou programar corretamente as bombas de infusão contínua
ou bombas de seringa, controlando, dessa forma, a infusão conforme prescrição);
7.VALIDADE CERTA: antes de preparar o medicamento sempre conferir a data de validade,
NUNCA aplicar medicamento vencido. Seguir rotina de verificação e controle de validade
nos serviços;
8.ABORDAGEM E RESPOSTA CERTA: antes de administrar o medicamento deve-se
esclarecer ao paciente qualquer dúvida existente referente ao mesmo e deve-se levar em
consideração o direito de recusa do medicamento pelo usuário. O primeiro passo sempre é
dizer ao usuário qual medicamento será administrado, qual é a via, principal ação do
medicamento e como será feita a administração. ATENÇÃO: aos medicamentos que
necessitem de colaboração e ação do usuário, como os sublinguais, certifique-se que o
usuário entendeu a orientação. Além disso, certifique-se de que o usuário não tenha alergia
ao medicamento prescrito);
9.REGISTRO CERTO: após aplicar o medicamento registrar no prontuário anotando
queixas, efeitos, suspensão ou não aceitação do medicamento (MALCOLM; YISI, 2010).
ATENÇÃO: Considerando as principais literaturas envolvendo a temática da segurança do
paciente e a ampliação das cinco certezas foi adaptado nesse instrumento as nove certezas
para a realidade da saúde coletiva.

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B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO-Preparo e administração de


medicamentos por Via Oral
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste na administração por via oral, de um fármaco que após a deglutição
será absorvido no trato digestivo, proporcionando o efeito de acordo com a indicação.
Formas farmacêuticas utilizadas: Comprimidos, cápsulas, drágeas, suspensões, emulsões,
elixires, xaropes, granulados etc.
COMO FAZER:
Material
• Bandeja (cuba rim)
• Medicação prescrita
• Copo descartável
• Luva de procedimento
Procedimento
• Ler a prescrição: Data, nome do paciente, medicação, dose, via de administração,
apresentação e validade do medicamento;
• Lavar as mãos;
• Separar a medicação evitando tocar as mãos no medicamento. Manter a medicação
no invólucro próprio ou usar gaze 7,5X 7,5 para auxiliar no acondicionamento (no caso da
medicação sólida);
• Identificar a medicação, o volume, a via de administração, nome do paciente e leito;
• Em caso de líquido, agitar o frasco suavemente e colocar a dose prescrita em um copo
graduado ou em um copo descartável;
• Levar a medicação na bandeja (cuba rim) até o paciente;
• Informar a medicação que será administrada, assim como sua função;
• Oferecer a medicação;
• Oferecer água para facilitar a deglutição;
• Certificar-se que o medicamento foi deglutido;
• Lavar as mãos;
• Checar a medicação prescrita em ficha única ou na receita, logo após sua administração.
• Realizar anotações em sistema eletrônico.
Observações:
• A administração de algumas medicações deve ser precedida da verificação dos sinais
vitais, pois podem causar alterações na respiração e pressão arterial;
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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Na administração de digitálicos, o pulso radial ou apical deve ser verificado antes da
administração, pois está contraindicada a administração em pacientes que
apresentem pulso menor que 60 bpm, bem como naqueles com pulso maior que 120 bpm.
Este último sendo um sinal sugestivo de intoxicação digitálica;
• Pacientes inconscientes não devem tomar medicação por via oral;
• Os medicamentos em pó liofilizado ou grânulos devem ser dissolvidos em líquido
recomendado pelo fabricante e na quantidade sugerida.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO-Preparo e administração de


medicamentos por via sublingual
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste em colocar o medicamento na região sublingual e deixar que seja
absorvido pela mucosa bucal. O mecanismo de ação se dá através das veias linguais,
jugular
interna, maxilar interna, jugular externa e circulação sistêmica, evitando-se assim o
metabolismo de primeira passagem.
COMO FAZER:
Material
• Bandeja (cuba rim)
• Medicação prescrita
• Copo descartável
• Luva de procedimento
Procedimento
• Ler a prescrição: Data, nome do paciente, medicação, dose, via de administração,
apresentação e validade;
• Lavar as mãos;
• Separar a medicação evitando tocar as mãos nos comprimidos. Manter a medicação no
invólucro próprio ou usar gaze 7,5X 7,5 para auxiliar no acondicionamento;
• Levar a medicação na bandeja (cuba rim) até ao leito do paciente;
• Informá-lo da medicação que será administrada, assim como sua indicação;
• Ajudar o paciente a sentar ou ficar em posição confortável;
• Oferecer água para o paciente enxaguar a boca;
• Colocar o medicamento sob a língua e pedir para abster-se de engolir a saliva por alguns
minutos, a fim que a droga seja absorvida;
• Lavar as mãos;
• Checar a medicação prescrita na receita.
• Realizar anotações em sistema eletrônico.

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D-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO-Preparo e administração de


medicamentos por via intramuscular
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste na introdução de medicamento no tecido muscular.
COMO FAZER:
Material
• Seringa – conforme volume a ser injetado (máximo 5 ml)
• Agulha – comprimento/ calibre compatível com a massa muscular e solubilidade do
líquido a ser injetado.
• Algodão
• Álcool 70%
• Bandeja
• Luva de procedimento
• Medicação prescrita
Procedimento
• Checar prescrição medicamentosa (data, dose, via, nome paciente).
• Lavar as mãos com técnica adequada.
• Preparar injeção, conforme técnica já descrita.
• Orientar o paciente sobre o procedimento.
• Escolher local da administração.
• Fazer antissepsia da pele com algodão/ álcool.
• Firmar o músculo, utilizando o dedo indicador e o polegar.
• Introduzir a agulha com ângulo adequado à escolha do músculo e com bisel lateralizado.
• Aspirar observando se atingiu algum vaso sanguíneo (caso aconteça, retirar agulha do
local, desprezar todo material e reiniciar o procedimento).
• Injetar o líquido lentamente.
• Retirar a seringa/agulha em movimento único e firme.
• Fazer leve compressão no local.
• Desprezar o material perfurocortante em recipiente apropriado (caixa resíduo
perfurocortante).
• Lavar as mãos.
• Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar
• Realizar anotações em sistema eletrônico.
• Manter ambiente de trabalho em ordem.
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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
OBSERVAÇÕES:
A. Locais de aplicação:
O local apropriado para aplicação da injeção intramuscular é fundamental para uma
administração segura. Na seleção do local deve-se considerar o seguinte:
• Distância em relação a vasos e nervos importantes;
• Musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento;
Espessura do tecido adiposo;
• Idade do paciente;
• Irritabilidade da droga;
• Atividade do paciente.
Dorsoglútea (DG):
• Colocar o paciente em decúbito ventral ou lateral, com os pés voltados para dentro, para
um bom relaxamento. A posição de pé é contraindicada, pois há completa contração dos
músculos glúteos, mas, quando for necessário, pedir para o paciente ficar com os pés
virados para dentro, pois ajudará no relaxamento.
• Localizar o músculo grande glúteo e traçar uma cruz imaginária, a partir da espinha ilíaca
póstero-superior até o trocânter do fêmur.
• Administrar a injeção no quadrante superior externo da cruz imaginária.
• Indicada para adolescentes e adultos com bom desenvolvimento muscular e
excepcionalmente em crianças com mais de 2 anos, com no mínimo 1 ano de deambulação.
Ventroglútea (VG):
• Paciente pode estar em decúbito sentado lateral, ventral ou dorsal.
• Colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente.
• Localizar com a falange distal do dedo indicador a espinha ilíaca anterossuperior direita.
• Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca.
• Espalmar a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o indicador em
triângulo.
• Indicada para crianças acima de 03 anos, pacientes magros, idosos ou caquéticos.
Face Vasto Lateral da Coxa:
• Colocar o paciente em decúbito dorsal, lateral ou sentado.
• Traçar um retângulo delimitado pela linha média na anterior da coxa, na frente da perna e
na linha média lateral da coxa do lado da perna, 12-15 cm do grande trocânter do fêmur e
de 9-12 cm acima do joelho, numa faixa de 7-10 cm de largura.
• Indicado para lactantes e crianças acima de 1 mês, e adultos.
Deltóide:

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Localizar músculo deltóide que fica 2 ou 3 dedos abaixo do acrômio. Traçar um triângulo
imaginário com a base voltada para cima e administrar a medicação no
centro do triângulo imaginário
• Paciente poderá ficar sentado ou decúbito lateral.

B – Escolha correta do ângulo:


• Vasto lateral da coxa – ângulo 90º.
• Deltóide – ângulo 90º.
• Ventroglúteo – ângulo 90º dirigida ligeiramente à crista ilíaca.
• Dorso glúteo – ângulo 90

C – Escolha correta da agulha:


FAIXA ESPESSURA SOLUÇÃO SOLUÇÃO
ETÁRIA SUBCUTÂNEA AQUOSA OLEOSA OU
SUSPENSÃO
ADULTO • MAGRO • 25X6/7 • 25X8
• NORMAL • 30X6/7 • 30X8
• OBESO • 30X8 • 30X8
CRIANÇA • MAGRA • 20X6 • 20X6
• NORMAL • 25X6/7 • 25X8
• OBESA • 30X8 • 30X8

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
E-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Preparo e administração de
PADRÃO medicamentos por via subcutânea
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem
SESSÃO III: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste na introdução de medicamento no tecido subcutâneo
COMO FAZER:
Material
• Prescrição médica;
• Bandeja;
• Medicamento conforme prescrito;
• 1 seringa de 1ml com agulha acoplada ou 1 seringa (em tamanho a ser definido conforme
o volume da medicação a ser ministrada);
• 1 agulha para aspirar medicação (40mm x 12mm ou 30mm x 10mm);
• 1 agulha para administrar medicação subcutânea (para soluções aquosas 20mm x 6mm,
• 20mm x 7mm, 13mm x 4mm, 10mm x 6mm ou 10mm x 7mm e para soluções oleosas
• 20mm x 8mm ou 10mm x 8mm e para obesos 25mm x 6mm ou 25mm x 8mm);
• algodão;
• Compressa não estéril;
• Álcool 70%;
• Fita adesiva e luvas de procedimentos.
Procedimento
Locais de Aplicação:
• Face superior externa do braço;
• Região anterior da coxa;
• Face externa da coxa;
• Região abdominal (entre os rebordos costais e as cristas ilíacas);
• Região superior do dorso.
• Checar prescrição medicamentosa (data, dose, via, nome paciente).
• Lavar as mãos com técnica adequada.
• Preparar injeção, conforme técnica já descrita.
• Orientar o paciente sobre o procedimento.
• Escolher local da administração.
• Fazer antissepsia da pele com algodão/ álcool.
• Expor o local de aplicação;
• Calçar luvas de procedimento;

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Retirar o conjunto de seringa e agulha da embalagem;
• Fazer a antissepsia da região utilizando algodão com álcool 70%, fazer movimento
em espiral com bola de algodão, iniciando pelo ponto onde será feita a aplicação,
desprezando o algodão,
• Pressionar a pele segurando-a e mantendo-a suspensa entre os dedos indicador e polegar,
formando uma prega (Coxim). Em indivíduos caquéticos além de fazer a prega com a pele deve-se
introduzir a agulha em posição paralela à pele; introduzir a agulha rapidamente na área escolhida,
com ângulo indicado para a espessura da tela subcutânea, que pode ser: indivíduos magros –
ângulo de 30°, indivíduos com pesos normais – ângulo de 45°, indivíduos obesos – ângulo de 90°,
se a agulha for 10mm x 5mm ou menor – ângulo de 90°, independente da espessura da tela
subcutânea;
• Soltar a prega e puxar o êmbolo (aspirar), caso não haja retorno de sangue injetar
lentamente a medicação. Caso, acidentalmente, tenha atingido um vaso sanguíneo, trocar a
agulha e reiniciar o procedimento, pois as soluções oleosas ou em suspensão, se
administradas por via EV, podem causar embolia. Na administração de heparina ou
qualquer outro anticoagulante, não se traciona o êmbolo da seringa, para evitar lesão
tecidual;
• Retirar a agulha em movimento rápido e único;
• Acionar o dispositivo de segurança da agulha;
• Comprimir levemente o local com algodão para facilitar a hemostasia;
• Não massagear o local quando da aplicação de heparina e da insulina, o que pode
acelerar a absorção da droga;
• Observar as reações do cliente;
• Deixar o cliente em posição confortável e a mesa de cabeceira do paciente em ordem;
• Desprezar o conjunto de seringa e agulha (sem encapá-la) na caixa de descarte de
material perfurocortante;
• Recolher o que deve ser guardado, desprezar o restante do material utilizado no lixo
apropriado;
• Retirar as luvas de procedimento;
• Higienizar as mãos;
• Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar
• Realizar anotações em sistema eletrônico.
• Manter ambiente de trabalho em ordem
• Checar a prescrição médica conforme normativa.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

F-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Preparo e administração de


PADRÃO medicamentos por via intradérmica
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste na administração dos medicamentos na pele entre a derme e a
epiderme. O volume injetado é sempre muito pequeno, na ordem dos 0,06 a 0,5 ml.
COMO FAZER:
Material
• Seringa 1 ml.
• Agulha 10 x 5 ou 13 x 4,5.
• Solução prescrita.
• Bandeja.
• Luva de procedimento
Procedimento
• Checar medicação prescrita: data, dose, via e nome do paciente.
• Lavar as mãos
• Preparar medicação conforme técnica já descrita.
• Orientar o paciente sobre procedimento.
• Escolher o local da administração (pouca pigmentação, pouco pelo, pouca vascularização,
fácil acesso para leitura): a face anterior do antebraço, deltóide e região escapular são os
locais mais utilizados.
• Fazer a antissepsia da pele com água e sabão caso seja necessário. O álcool 70% não é
indicado, para não interferir na reação da droga.
• Segurar firmemente com a mão o local, distendendo a pele com o polegar e o indicador.
• Introduzir a agulha paralelamente à pele, com o bisel voltado para cima, até que o mesmo
desapareça.
• Injetar a solução lentamente, com o polegar na extremidade do êmbolo, até introduzir toda
a dose.
• Retirar o polegar da extremidade do êmbolo e a agulha da pele.
• Não friccionar o local.
• Desprezar os materiais perfurocortantes em recipiente adequado.
• Lavar as mãos.
• Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar.
• Registrar procedimento em sistema eletrônico.
• Manter ambiente de trabalho em ordem.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Imediatamente após a injeção, aparecerá no local uma pápula de aspecto esbranquiçado
e poroso (tipo casca de laranja), com bordas bem nítidas e delimitadas, desaparecendo
posteriormente.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

G-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Preparo e administração de


PADRÃO medicamentos por via intravenosa
EXECUTANTE: Profissionais de Enfermagem
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste na administração de medicação na rede venosa periférica.
COMO FAZER:
Material
• Bandeja (cuba rim)
• Luva de procedimentos
• Seringa de 10ml ou 20ml
• Agulhas 25x7 ou 30x7 ou dispositivo venoso (cateter endovenoso ou scalp®) de
numeração variada
• Garrote
• Algodão
• Extensor de 1,2 ou mais vias (se houver necessidade).
• Esparadrapo ou fita adesiva para fixação
Procedimento
• Ler a prescrição: Data, nome do paciente, tipo da solução a ser infundida, medicação,
dose, via de administração e o horário da medicação;
• Lavar as mãos;
• Levar a bandeja (cuba rim) para perto do paciente, colocando a bandeja sobre a mesinha
de cabeceira;
• Orientar o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Calçar luvas de procedimentos;
• Avaliar a rede venosa;
• Escolher uma veia de bom calibre. A preferência para punção inicial é sempre nos
membros superiores, da parte distal para a proximal, evitando-se articulações. O melhor
local é a face anterior do antebraço “não dominante”. As veias mais utilizadas para
manutenção de via venosa contínua são a cefálica e basílica distal. A veia mediana do
antebraço é muito utilizada para coletas de sangue e para administração única de
medicamentos, em situações emergenciais. Os acessos venosos da região cefálica
comumente são utilizados em recém-natos e lactentes. A veia jugular, na região cervical, é
utilizada em pacientes que apresentem dificuldade na rede venosa periférica, principalmente
nas grandes emergências, onde um acesso calibroso se faz necessário. Nos membros
inferiores a veia safena magna, a tibial anterior e as veias da rede dorsal do pé podem ser

43
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
puncionadas, caso não seja encontrado acesso nos membros superiores, no entanto,
devem ser evitados devido ao risco de flebites e embolia.
• Colocar o garrote acima do local escolhido, mais ou menos 10 cm;
• Pedir para o paciente manter a mão fechada;
• Fazer antissepsia do local com álcool a 70%, em sentido único, de dentro para fora;
• Tracionar a pele do paciente, fixando a veia com a mão não dominante, utilizando os
dedos polegar e indicador;
• Proceder à punção e à introdução do dispositivo na veia, com bisel do dispositivo voltado
para cima;
• Observar o refluxo de sangue para o cateter (canhão); no caso de punção com cateter
endovenoso, introduzir a parte externa do dispositivo com o mandril (agulha);
• Retirar o garrote e solicitar que o paciente abra a mão;
• Pressionar com o polegar a pele onde está a ponta do dispositivo e retirar o mandril;
• Conectar o extensor ou o equipo de soro, devidamente preenchido com soro, ou a seringa
no dispositivo intravenoso;
• Abrir o clamp do equipo para iniciar a infusão;
• Verificar se a solução flui facilmente, observando se não há infiltração no local;
• Realizar a fixação com esparadrapo ou micropore® (tira microporosa);
• Anotar a data da punção, número do dispositivo e responsável no esparadrapo, após
realização da fixação;
• Manter a unidade organizada;
• Desprezar o material utilizado em local apropriado;
• Retirar as luvas;
• Lavar as mãos;
• Registrar o procedimento na receita especificando tipo do dispositivo e calibre que foram
utilizados.
• Realizar anotações em sistema eletrônico.
Observações
• Comprimir o vaso (veia) após a punção com algodão seco;
• Solicitar ao paciente para permanecer com braço estendido; NÃO flexionar o braço
quando a punção ocorrer na dobra do cotovelo, pois esse gesto logo após a punção
provoca lesão e hematoma no local;
• Se ocorrer hematoma no local de aplicação, aplicar gelo nas primeiras 24 horas e calor
após;
• Fazer limpeza dos garrotes com água e sabão e depois desinfecção com álcool a 70%,
antes de cada procedimento;

44
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• A presença de hematoma ou dor indica que a veia foi transfixada ou a agulha está fora da
veia: Retirar a agulha, dispositivo intravenoso scalp® ou cateter endovenoso;
• Pressionar o local com algodão;
• Fazer massagem local com suavidade, SEM bater. Os tapinhas sobre a veia devem ser
evitados, pois além de dolorosos podem lesar o vaso e nas pessoas com ateroma, pode
haver seu desprendimento, causando sérias complicações;
• Pedir ao paciente que, com o braço voltado para baixo, movimente a mão (abrir e fechar) e
o braço (fletir e estender) várias vezes;
• Em adulto, trocar o cateter endovenoso ou scalp® do local de inserção a cada 72 horas ou
no máximo 96 horas na ausência de intercorrências. Em crianças manter o cateter venoso
periférico enquanto durar a terapia, exceto na ocorrência de complicações (flebite e
infiltrações).

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

H-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Preparo e administração de


PADRÃO medicamentos por via ocular
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem.
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste na aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular (saco
conjuntival inferior).
COMO FAZER:
Materiais:
• Bandeja (cuba rim)
• Gaze ou lenço de papel
• Algodão
• Frasco de medicação prescrita, colírio ou pomada.
Procedimento
• Ler a prescrição: data, nome do paciente, medicação, dose, via de administração e o
horário da medicação;
• Lavar as mãos;
• Separar a medicação prescrita;
• Preparar o medicamento conforme técnica;
• Levar a bandeja (cuba rim) para perto do paciente, colocando a bandeja sobre a mesinha
de cabeceira ou balcão do ambulatório;
• Orientar o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Preparar o paciente colocando-o em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça inclinada
para trás;
• Antes da aplicação do medicamento, remover secreções e crostas com água ou soro
fisiológico, se necessário;
• Pedir para o paciente olhar para cima e pingar a medicação no centro da membrana
conjuntiva, sem tocar o conta-gotas ou o tubo de pomada no paciente;
• Orientar o paciente a fechar a pálpebra;
• Enxugar o excesso de líquido com gaze ou lenço de papel;
• Oferecer a gaze ou lenço de papel, caso necessário;
• Deixar o ambiente em ordem;
• Lavar as mãos;
• Checar na prescrição, o horário correspondente ao procedimento realizado.
• Realizar anotações em sistema eletrônico.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
Aplicação de Pomada
• Afastar a pálpebra inferior com o polegar;
• Colocar cerca de 2 cm de pomada;
• Ao aplicar a pomada, depositá-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival inferior;
• Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios do globo ocular,
a fim de dispersar o medicamento;
• Remover o excedente do medicamento com a gaze;
• Colocar um “tampão” com gaze para proteger o globo ocular.
• Realizar anotações em sistema eletrônico.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

I-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Preparo e administração de


PADRÃO medicamentos por via auricular
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem.
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste em introduzir medicamentos no canal auditivo externo (ouvido).
COMO FAZER:
Material
• Bandeja (cuba rim)
• Gaze ou lenço de papel
• Algodão
• Frasco de medicação prescrita
Procedimento
• Ler a prescrição: Data, nome do paciente, medicação, dose, via de administração e o
horário da medicação;
• Lavar as mãos;
• Separar a medicação prescrita;
• Preparar o medicamento conforme técnica;
• Orientar o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Inclinar a cabeça do paciente lateralmente (sentado ou deitado);
• Deixar o paciente em decúbito lateral (com o ouvido a ser medicado para cima);
• Instilar o medicamento no canal auditivo sem contaminar o conta-gotas;
• Orientar o paciente quanto à manutenção da posição inicial por alguns minutos;
• Proteger o orifício com gaze ou algodão;
• Limpar com gaze a região auricular externa, se necessário;
• Deixar o ambiente em ordem;
• Lavar as mãos;
• Checar na prescrição, o horário correspondente ao procedimento realizado na receita.
• Realizar anotações em sistema eletrônico.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

J-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Preparo e administração de


PADRÃO medicamentos por via nasal
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e o próprio paciente
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste na aplicação de medicamento líquido na mucosa nasal.
COMO FAZER:
Material
• Bandeja (cuba rim)
• Gaze ou lenço de papel
• Algodão ou cotonete
• Frasco de medicação prescrita
Procedimento
• Ler a prescrição: Data, nome do paciente, medicação, dose, via de administração e o
horário da medicação;
• Lavar as mãos;
• Separar a medicação prescrita;
• Preparar o medicamento conforme técnica;
• Orientar o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Posicionar o paciente deitado. Colocar o travesseiro sob o ombro, de modo que a cabeça
fique inclinada pra trás;
• Instilar a medicação na parte superior da cavidade nasal, com auxílio da gaze, algodão ou
cotonete, evitando que o conta-gotas toque a mucosa;
• Solicitar ao paciente que permaneça nesta posição por mais alguns minutos, a fim de que
a medicação penetre profundamente na cavidade nasal;
• Oferecer a gaze ou lenço de papel, caso necessário;
• Deixar o ambiente em ordem;
• Lavar as mãos;
• Checar na prescrição, o horário correspondente ao procedimento realizado.
• Realizar anotações em sistema eletrônico.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

K-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Preparo e administração de


PADRÃO medicamentos por via vaginal
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e a própria paciente
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste na administração de medicamento no canal vaginal. O medicamento
pode ser feito sob a forma de tampões, comprimidos, óvulos, cremes ou gel, lavagens e
irrigações.
COMO FAZER:
Material
• Bandeja (cuba rim)
• Aplicador vaginal
• Gaze
• Comadre, se necessário
• Medicação prescrita
Procedimento
• Ler a prescrição: Data, nome do paciente, medicação, dose, via de administração e o
horário da medicação;
• Lavar as mãos;
• Separar a medicação prescrita;
• Preparar o medicamento conforme técnica;
• Levar a bandeja (cuba rim) para perto do paciente, colocando a bandeja sobre a mesinha
de cabeceira;
• Orientar o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Calçar luvas de procedimentos;
• Cercar o leito da paciente com biombos, respeitando a privacidade da mesma ou colocá-la
em sala isolada;
• Fazer higiene íntima da paciente (se necessário);
• Colocar a medicação no aplicador;
• Colocar a paciente em posição ginecológica;
• Abrir os pequenos lábios, expor o orifício vaginal e introduzir o aplicador;
• Pressionar o êmbolo até que todo o conteúdo do aplicador seja introduzido;
• Retirar o aplicador e pedir à paciente para que permaneça no leito;
• Solicitar para que a paciente permaneça em decúbito dorsal, aproximadamente 15min;
• Colocar um absorvente, se necessário;
• Retirar o material, deixar o ambiente em ordem;

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Retirar a luva de procedimento;
• Retirar os biombos;
• Lavar as mãos;
• Checar na prescrição, o horário correspondente ao procedimento realizado. Realizar
anotações em sistema eletrônico.
Observações:
Quando for prescrito medicação de uso vaginal para a paciente, orientá-la como usar.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

L-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Preparo e administração de


PADRÃO medicamentos por via tópica
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e o próprio paciente
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste na aplicação de medicamento por fricção na pele. Sua ação pode ser
local ou geral. Exemplo: pomadas, antisséptico.
COMO FAZER:
Material
• Bandeja (cuba rim)
• Gaze
• Espátula
• Luvas de procedimento
Procedimento
• Ler a prescrição: Data, nome do paciente, medicação, dose, via de administração e o
horário da medicação;
• Lavar as mãos;
• Separar a medicação prescrita;
• Levar a bandeja (cuba rim) para perto do paciente, colocando a bandeja sobre a mesinha
de cabeceira;
• Orientar o paciente sobre o procedimento;
• Calçar luvas de procedimentos;
• Fazer limpeza da pele com água e sabão antes da aplicação do medicamento, se
necessário, (pele oleosa e com sujidade);
• Desprezar a primeira porção da pomada;
• Colocar o medicamento sobre a gaze, com espátula;
• Aplicar o medicamento massageando a pele delicadamente;
• Observar qualquer alteração na pele: erupções, prurido, edema, eritema etc.
• Retirar as luvas;
• Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem;
• Lavar as mãos;
• Checar na prescrição, o horário correspondente ao procedimento realizado.
• Realizar anotações em sistema eletrônico.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

M-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Preparo e administração de


PADRÃO medicamentos por via pulmonar /
nebulização
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem e o próprio paciente
SESSÃOIII: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OBJETIVO: Consiste em transformar um líquido em um inalável. Isso é feito através de um
inalador, onde a pressão do oxigênio faz com que as moléculas se transformem em
pequeníssimas gotas suspensas no ar, fazendo desse modo com que cheguem aos
pulmões. Geralmente são acrescidos alguns medicamentos, além do soro fisiológico.
COMO FAZER:
Material
• máscara para nebulização;
• câmara (copinho);
• manguito;
• nebulizador (motor);
• medicação prescrita.
Procedimento
• Reunir o material;
• Lavar as mãos;
• Dispor a medicação prescrita no copinho;
• Conectar ao copinho o manguito e a máscara;
• Conectar o manguito ao motor;
• Orientar o paciente sobre o procedimento que será feito e como ele deve proceder;
• Posicionar a máscara de maneira que cubra a boca e o nariz do paciente;
• Deixar a nebulização ocorrer durante o tempo prescrito, ou até secar o conteúdo do
copinho;
• Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem;
• Lavar as mãos;
• Checar na prescrição, o horário correspondente ao procedimento realizado.
• Realizar anotações em sistema eletrônico.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

Sessão IV – Intervenções terapêuticas

• A Cateterismo gástrico/ nasogástrico


• B Cateterismo vesical
• C Assistência de enfermagem ao paciente ostomizado
• D Lavagem intestinal/ retal

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

A-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Cateterismo gástrico, nasogástrico


PADRÃO (SNG) e nasoenteral (SNE)
EXECUTANTE: Enfermeiro (a)
SESSÃOIV: INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS
OBJETIVO: Consiste em inserir um cateter (sonda) de silicone ou de poliuretano através de
uma narina ou cavidade oral, passando através do esôfago para o interior do estômago. Os
cateteres para alimentação são utilizados para atender às necessidades nutricionais quando
a ingesta oral é insuficiente ou contraindicada, desde que o trato gastrointestinal funcione
adequadamente. Os cateteres gástricos também podem ser utilizados para a administração
de medicamentos.
COMO FAZER:
Material
• Cateter gástrico;
• Gaze compressa 7,5 X 7,5
• Seringa de 20 ml
• Compressa ou papel toalha
• Luva de procedimento
• Gel anestésico e lubrificante
• Estetoscópio
• Fita adesiva antialérgica
Procedimento
• Instruir o paciente sobre a finalidade do cateter e o procedimento necessário para inseri-lo
e avançá-lo;
• Pesar o paciente (se possível);
• Posicionar o paciente: Fowler ou sentado;
• Lavar as mãos;
• Calçar as luvas de procedimento;
• Abrir embalagem do cateter gástrico;
• Mensurar comprimento do cateter: Medir a distância desde a extremidade do nariz até o
lobo da orelha e do lobo da orelha até o apêndice xifoide. Marcar no cateter, com fita de
esparadrapo antialérgico, o ponto que indicará o comprimento desejado;
• Inspecionar permeabilidade das narinas;
• Colocar gel anestésico e lubrificante em gaze compressa 7,5 X 7,5;
• Colocar compressa ou toalha de papel no tórax do paciente;

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Inserir o cateter na cavidade nasal;
• Orientar o cliente para deglutir (caso esteja cooperativo) quando o cateter passar pela
cavidade orofaríngea;
• Avançar a inserção do cateter até a marca mensurada;
• Observar agitação, ansiedade, tosse e cianose. Neste caso, retirar o cateter
imediatamente;
• Realizar a ausculta gástrica: posicionar o estetoscópio em área epigástrica; injetar 20ml de
ar através do cateter, detectando insuflação do ar;
Aspirar conteúdo gástrico: adaptar seringa de 20ml na extremidade do cateter, aspirar e
avaliar presença de conteúdo gástrico;
• Fixação do cateter: desengordurar o ponto de fixação do cateter na pele com álcool 70%;
aderir fita adesiva antialérgica na fronte ou bochecha do cliente; fixar o cateter neste ponto
com o mesmo material;
• Avaliar o conforto do paciente;
• Lavar as mãos;
• Registrar o procedimento em sistema eletrônico.
Observações
• Posicionar o paciente em decúbito lateral direito para auxiliar na progressão do cateter
através do piloro;
• A fixação do cateter deve ser segura, sem compressão para evitar ulcerações, deve ser
feita apenas por fitas adesivas, não sendo indicados quaisquer outros recursos, como:
cateteres, canudos, fios, barbantes, pois propicia maior difusão de micro-organismos;
• Testar presença de conteúdo gástrico na primeira instalação antes de administrar a dieta;
• Observar na administração das próximas dietas a tolerância ao conteúdo administrado
e/ou a velocidade de infusão;
• Os pacientes que necessitam de avaliação e troca da sonda nasoenteral (SNE), deverão
ser encaminhados para avaliação e conduta médica.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Cateterismo Vesical de Alívio


PADRÃO

EXECUTANTE: Equipe de enfermagem


SESSÃOIV: INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS
OBJETIVO: Consiste na introdução de um cateter estéril através da uretra até a bexiga,
utilizando-se técnica asséptica. Tem função de drenar urina, promover esvaziamento da
bexiga em casos de retenção urinária ou instilar medicamentos e líquidos com finalidade
terapêutica.
COMO FAZER:
Material
• Luvas estéreis.
• Sonda uretral estéril descartável.
• Clorexidina aquosa ou degermante
• Compressas de gaze estéril.
• Bandeja de materiais estéreis para cateterismo (cuba rim, cúpula, pinça cheron).
• Frasco para coleta de urina se necessário.
• Lidocaína gel.
Procedimento
• Instruir o paciente sobre a finalidade do cateter e o procedimento necessário para inseri-lo
e avançá-lo;
Paciente do sexo feminino
• Posicionar a paciente confortavelmente.
• Lavar as mãos.
• Abrir a bandeja de cateterismo usando a técnica asséptica.
• Colocar o recipiente para os resíduos em local acessível.
• Colocar a paciente em posição de decúbito dorsal com os joelhos flexionados, os pés
sobre o leito mantendo os joelhos afastados.
• Calçar as luvas estéreis.
• Separar, com uma das mãos, os pequenos lábios de modo que o meato uretral seja
visualizado; mantendo-os afastados até que o cateterismo termine.
• Realizar antissepsia da região perineal com clorexidina degermante e gaze estéril com
movimentos únicos.
• Lubrificar bem a sonda com lubrificante ou anestésico tópico prescrito.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Realizar o esvaziamento da bexiga totalmente ou coletar a urina caso seja para exame
laboratorial.
• Remover a sonda suavemente, quando a urina parar de fluir.
• Secar a área, tornar o paciente confortável.
• Lavar as mãos.
• Registrar procedimento em sistema eletrônico.
• Manter ambiente de trabalho em ordem.
Paciente do sexo masculino
• Posicionar a paciente confortavelmente.
• Lavar as mãos.
• Abrir a bandeja de cateterismo usando a técnica asséptica
• Colocar o recipiente para os resíduos em local acessível
Colocar a paciente em posição de decúbito dorsal
Calçar as luvas estéreis
• Realizar a assepsia com clorexidina, degermante e gaze estéril em movimentos únicos da
base do pênis até o púbis, e após da base do pênis até raiz da coxa, bilateralmente. Após,
da glande até a base, e por último em movimentos circulares sobre o meato, de dentro para
fora.
• Lubrificar bem a sonda com lubrificante ou anestésico tópico prescrito.
• Realizar o esvaziamento da bexiga totalmente ou coletar a urina caso seja para exame
laboratorial.
• Remover a sonda suavemente, quando a urina parar de fluir.
• Secar a área, tornar o paciente confortável.
• Lavar as mãos.
• Registrar procedimento em sistema eletrônico.
• Manter ambiente de trabalho em ordem.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Cateterismo Vesical de Demora


PADRÃO

EXECUTANTE: Enfermeiro
SESSÃOIV: INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS
OBJETIVO: Consiste na introdução de um cateter estéril através da uretra até a bexiga,
utilizando-se técnica asséptica. Tem função de drenar urina, promover esvaziamento da
bexiga em casos de retenção urinária ou instilar medicamentos e líquidos com finalidade
terapêutica.
COMO FAZER:
Materiais:
• Pacote de cateterismo vesical (cuba rim, cuba redonda pequena, pinça pean, gaze estéril,
campo fenestrado);
• Sonda de Foley duas vias de tamanho compatível com a estrutura do paciente
• Lubrificante estéril: xilocaína geleia a 2% ou vaselina estéril (tubo);
• Um par de Luvas estéreis;
• Um par de luvas de procedimento;
• Uma seringa estéril de 20 ml;
• Uma agulha 40x12;
• Bolsa coletora de urina de sistema fechado para cateterismo vesical de demora;
• Cuba rim;
• Biombo (ou sala isolada);
• Foco (se necessário);
• Gaze estéril;
• Ampola de água destilada para encher o balão da sonda;
Procedimentos:
• Lavar as mãos;
• Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante;
• Reunir o material e colocar sobre a mesa de cabeceira;
• Colocar biombos ao redor do leito do paciente;
• Colocar a paciente em posição ginecológica, resguardando a exposição da genitália,
colocando um lençol como proteção;
• Colocar a comadre sob a região glútea da paciente;
• Colocar luvas de procedimento;

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Fazer higiene íntima no paciente ou encaminhá-lo ao banheiro para que o mesmo proceda
a higiene antes do início do procedimento;
• Retirar luvas de procedimentos;
• Lavar as mãos ou friccionar álcool glicerinado;
• Preparar o sistema de drenagem fechado, colocando a bolsa coletora sobre a parte baixa
da armação da cama, e trazendo o tubo de drenagem que será conectado à sonda, para
cima da cama;
• Fechar o clamp da bolsa coletora, na parte inferior;
• Abrir a cuba de cateterismo estéril;
• Calçar luva estéril;
• Dispor os materiais sobre o campo estéril;
Colocar solução antisséptica (clorexidina aquosa ou degermante) na cuba redonda;
• Abrir o invólucro da sonda vesical, mantendo-a dentro do mesmo;
• Conectar a sonda ao coletor estéril, segurando a sonda pela parte externa do invólucro;
• Colocar uma quantidade de xilocaína ou vaselina estéril em gaze estéril e passar na
extensão da sonda ou lubrificar a ponta da sonda com xilocaína ou vaselina estéril sem
contaminar a mesma;
• Testar o “cuff” da sonda (fazer o balão inflar);
• Aspirar 10 ml de água destilada, em seringa, e reservar para o enchimento do balão da
sonda;
• Colocar campo fenestrado estéril sobre a região genital do paciente.
Cateterismo Vesical Masculino:
• Segurar o pênis com gaze, mantendo-o em posição perpendicular ao abdome;
• Afastar o prepúcio e expor a glande, fazer antissepsia em movimentos circular do
meato para a glande, com as gazes embebidas em clorexidina aquosa ou degermante;
• Retirar o excesso de clorexidina utilizando uma gaze seca;
• Injetar a xilocaína na uretra e pressionar a glande por 5 minutos para efetivar a anestesia
local;
• Introduzir delicadamente no meato urinário, 18 a 20 cm da sonda já lubrificada;
• Observar o retorno da diurese, seu aspecto e coloração;
• Insuflar o cuff com água destilada que se encontra na seringa;
• Tracionar delicadamente a sonda até encontrar resistência;
• Retirar o campo estéril;
• Retirar as luvas;
• Lavar as mãos;
• Fixar a sonda na coxa do paciente, de forma que não fique tracionada;

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Registrar e realizar anotações em sistema eletrônico.
Cateterismo Vesical Feminino:
• Realizar antissepsia em meato urinário de forma circular, utilizando gazes embebidas
em clorexidina aquosa ou degermante, por 3 vezes consecutivas, desprezando-as em
seguida;
• Retirar o excesso de clorexidina utilizando uma gaze seca;
• Introduzir delicadamente no meato urinário, 18 a 20 cm da sonda já lubrificada;
• Observar o retorno da diurese, seu aspecto e coloração;
• Insuflar o “cuff” com água destilada que se encontra na seringa;
• Tracionar delicadamente a sonda até encontrar resistência;
• Retirar o campo estéril;
• Retirar as luvas;
• Lavar as mãos;
• Fixar a sonda na coxa do paciente, de forma que não fique tracionada;
• Registrar e realizar anotações em sistema eletrônico.
Observações:
• Desprezar a diurese do coletor quando a capacidade do coletor exceder 3⁄4 da capacidade
do mesmo;
• Utilizar EPI Precaução Padrão para desprezar a diurese;
• A bolsa coletora deverá permanecer abaixo do nível da bexiga;
• Não deixar a bolsa coletora tocar no chão;
• No caso de haver desconexão em qualquer parte do sistema fechado, a recomendação é
para que todo material seja desprezado e um outro cateterismo seja realizado .

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

D-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Assistência de Enfermagem ao Paciente


PADRÃO Ostomizado

EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem


SESSÃO IV: INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS
OBJETIVO: Consiste na assistência de enfermagem prestada ao paciente no período pré e
pós-operatório quando este será submetido a uma cirurgia de exteriorização do cólon, íleo,
jejuno, estômago e bexiga, através de um orifício na parede abdominal.
COMO FAZER:
Material
• Bolsa de ostomia de uma ou duas peças
• Cuba rim
• Gaze não estéril
• Tesoura
• Água morna ou soro fisiológico
• Luvas de procedimentos
• Papel higiênico e compressa não estéril
Procedimento
• Explicar ao paciente o procedimento;
• Colocar biombos ao redor do leito;
• Manter o material próximo do leito;
• Posicionar o paciente em decúbito dorsal;
• Antes de iniciar a limpeza da pele e a substituição da bolsa ou da placa deve-se recortar a
nova bolsa ou placa de acordo com o diâmetro do estoma (a bolsa ou a placa tem
habitualmente um papel protetor onde estão desenhados vários diâmetros possíveis). O
recorte deve corresponder à forma exata do estoma, não devendo ultrapassar mais de 3
mm do diâmetro real do estoma, para que o contato das fezes ou urina com a pele seja o
mínimo;
• Remover a bolsa ou a placa com movimentos delicados utilizando água
morna ou soro fisiológico;
• No caso de uma peça, iniciar pelo descolamento do adesivo microporoso na lateral, no
caso de duas peças, retirar a bolsa sem descolar a placa aderida à pele.
• Colocar uma compressa de gaze sobre o estoma, evitando assim a saída de
urina ou fezes;
• Limpar a pele com papel higiênico macio para retirar alguma mucosidade ou fezes;
62
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Limpar o estoma com água morna e sabão ou soro fisiológico utilizando gaze ou tecido
macio (compressa);
• Enxugar bem com gaze ou compressa, sem esfregar a pele e o estoma;
• Proceder à inspeção cuidadosa do estoma e da área peri-estomal, no sentido de detectar
qualquer sinal de complicação (dermatites, infecções);
• Remover o papel adesivo da bolsa ou placa já recortada;
• Aderir a bolsa ou a placa à pele do paciente fazendo uma massagem suave para obter
uma boa aderência;
• No caso da placa, após a aderência da mesma, aplicar a bolsa que adere a placa como se
fosse uma embalagem hermética;
Fechar a bolsa drenável, enrolando a parte final da bolsa três a quatro vezes e fechar com
clip (grampo) individualizado.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

E-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Lavagem retal intestinal


PADRÃO
EXECUTANTE: Enfermeiro ou Técnico de Enfermagem
SESSÃOIV: INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS
OBJETIVO: Consiste no processo de introdução no intestino de solução medicamentosa ou
não, por meio de sonda retal. Também é denominado enteroclisma. Quando a quantidade
de solução infundida é menor, entre 50 a 500 ml, é chamado de clister ou enema. Esse
procedimento auxilia no amolecimento do conteúdo fecal, viabilizando sua exteriorização.
Dentre as indicações destacam-se o esvaziamento do cólon nas condições em que o
organismo não consiga eliminar o conteúdo fecal por meios fisiológicos.
COMO FAZER: Materiais:
Solução prescrita;
Suporte de soro;
Equipo macrogotas;
Gaze;
Sonda retal;
Luvas de procedimento;
Comadre ou fralda descartável.
Procedimentos:
Pré-execução
Checar prescrição médica;
Checar prescrição de enfermagem;
Avaliar o paciente, verificar frequência cardíaca e pressão arterial;
Reunir o material;
Aquecer a solução prescrita a 37ºC.
Execução:
Orientar o paciente sobre o procedimento;
IMPORTANTE: observar lesões de pele e mucosas;
Paciente deve estar em ambiente privado (sala própria ou separar com biombo);
Colocar a máscara e higienizar as mãos;
Calçar luvas de procedimento;
Posicionar o paciente em decúbito lateral esquerdo com membro inferior esquerdo (MIE)
estendido e membro inferior direito (MID) fletido;
Conectar a solução à sonda retal;
Lubrificar a sonda com a própria solução que será utilizada;

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
Introduzir a sonda lentamente no ânus, cerca de 5 a 7 cm nas crianças e 10 a 13 cm no
adulto;
IMPORTANTE: nunca forçar a introdução da sonda, em caso de resistência, comunicar o
médico e realizar toque retal, se concedido pelo médico e paciente;
Infundir lentamente a solução aquecida de acordo com prescrição médica;
IMPORTANTE: na ocorrência de desconforto abdominal, suspender a infusão
imediatamente;
Retira a sonda retal e comprimir as nádegas;
Oferecer a comadre, colocar fralda ou encaminhar o paciente ao vaso sanitário, conforme
condições clínicas;
Anotar quantidade e características da eliminação intestinal;
Pós-execução
Organizar o material e ambiente e garantir conforto ao paciente;
Checar e anotar o procedimento;
Desprezar o material em lixo apropriado.

65
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

Sessão V – Curativos

• A Prevenção de Lesões por pressão


• B Técnica de realização de curativo em ferida aberta
• C Técnica de realização de curativo em ferida com miíase
• D Técnica de realização de curativo em ferida cirúrgica limpa
• E Técnica de realização de curativo em úlcera venosa e arterial
• F Técnica de realização de curativo em drenos abertos
• G Técnica de realização de curativo em drenos fechados
• H Técnica de realização de curativo em ferida aberta contaminada
• I Técnica de realização de curativo em ferida com deiscência por fistula
• J Técnica de realização de curativo com desbridamento

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
A-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Prevenção de úlceras de pressão
PADRÃO
EXECUTANTE: A avaliação do risco do cliente deverá ser realizada privativamente pelo
Enfermeiro. As ações preventivas são de responsabilidade de toda a equipe de saúde.
SESSÃO V: CURATIVOS
OBJETIVO: Evitar a formação de úlceras por pressão através da avaliação do risco do
cliente e de ações preventivas relacionadas à pressão, fricção, cisalhamento e maceração.
O desenvolvimento de úlceras por pressão, além da dor e desconforto, acarreta inúmeras
consequências emocionais e sociais para o cliente e família. A ocorrência desse tipo de
lesão pode deixá-lo vulnerável a complicações clínicas graves como, infecções ósseas e
sistêmicas, amputações e sequelas funcionais, podendo inclusive evoluir para óbito. Além
disso, gera elevado custo hospitalar, pelo aumento do tempo de internação, envolvimento
da equipe multidisciplinar no tratamento e custo social, especialmente nos casos de alta
para tratamento ambulatorial.
COMO FAZER:
Realizar medidas preventivas, de acordo com o risco apresentado, tais como:
• Observar integridade cutânea, inspecionando a pele diariamente;
• Mudança de decúbito (A cada 2 ou 3 horas, alternando o decúbito – Lateral D, lateral E e
decúbito dorsal), levando em consideração a patologia de base;
• Utilizar material auxiliar como colchão piramidal ou pneumático, coxins, aliviadores de
pressão, travesseiros;
• Secar bem a pele após higiene, principalmente as áreas de dobras e aplicar produtos
tópicos sempre que necessário como ácidos graxos essenciais ou creme de ureia,
mantendo-a adequadamente lubrificada e hidratada;
• Orientar o cliente sobre a importância da aceitação e participação durante os
procedimentos, incluindo o seu autocuidado;
• Manter posição anatômica confortável para o cliente;
• Proteger proeminência óssea com filme de poliuretano ou placa de hidrocoloide extrafino;
• Manter cabeceira elevada a 30º sempre que possível;
• Trocar fraldas sempre que necessário, realizando higiene íntima;
• Mobilizar o cliente cuidadosamente evitando fricção da pele com outras superfícies;
• Não massagear proeminências ósseas;
• Treinar os acompanhantes sempre que possível para manutenção dos cuidados
preventivos no domicílio;
• Registrar a avaliação do cliente e as ações realizadas.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de realização de curativo em
PADRÃO ferida aberta

EXECUTANTE: Enfermeiros (as), médicos (as), ou técnicos de enfermagem sob supervisão,


após avaliação e prescrição de produtos e/ou coberturas pelo enfermeiro/médico.
SESSÃO V: CURATIVOS
OBJETIVO: Na limpeza e manutenção da umidade do leito da ferida, com a finalidade de
evitar infecções, infestações e outras complicações, além de facilitar a epitelização e
restaurar a integridade da pele.
COMO FAZER:
Material
• Luvas de procedimento;
• Soro fisiológico a 0,9% (preferencialmente aquecido 37°);
• Agulha 40x12;
• Gaze 7,5x 7,5 ou apósito;
• Compressa/acolchoado estéril;
• Fita microporosa (micropore®) ou esparadrapo;
• Bacia Estéril;
• Máscara e jaleco
Procedimento
• Lavar as mãos;
• Comunicar ao cliente o que vai ser realizado;
• Colocar máscara;
• Calçar luvas;
• Retirar o curativo cuidadosamente, umedecendo a gaze ou cobertura primária com soro
fisiológico a 0,9 %;
• Realizar a desinfecção da parte superior do frasco de soro fisiológico a 0,9 com álcool a
70%;
• Perfurar o frasco de soro fisiológico antes da curvatura superior (somente um orifício) ou
utilizar seringa de 20ml com agulha 40x12;
• Realizar a limpeza do curativo, utilizando o soro fisiológico a 0,9% em jato mantendo uma
distância de aproximadamente de 10 cm da ferida ou utilizar a seringa com soro
fisiológico com agulha 40x12;
• Realizar limpeza e remoção de secreções, tecidos desvitalizados e corpos estranhos do
leito da ferida, evitando assim traumas mecânicos;
• Secar somente a pele ao redor da ferida com gaze 7,5 x 7,5;

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Não secar o leito da ferida;
• Aplicar curativo secundário (gaze estéril/compressa 7,5 x 7,5 ou apósito);
• Fixar preferencialmente com adesivos hipoalergênicos (micropore®) ou esparadrapo;
• Retirar as luvas;
• Observar as reações do cliente;
• Lavar as mãos;
Registrar o procedimento no prontuário.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de realização de curativo em ferida


PADRÃO com miíase
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem e Equipe Médica
SESSÃO V: CURATIVOS
OBJETIVO: Na retirada total das larvas e posterior reavaliação da lesão para estabelecer
conduta.
COMO FAZER: Material
• Álcool 70%;
• Luvas de procedimento;
• Soro fisiológico a 0,9% (preferencialmente aquecido 37°);
• Agulha 40x12;
• Gaze 7,5x 7,5;
• Fita microporosa (micropore®) ou esparadrapo;
• Atadura de Crepom;
• Bacia Estéril;
• EPI (Máscara, capote);
• Bisnaga Vaselina Sólida;
• pacote de Curativo (pinça anatômica ou dente de rato);
• Frasco para coleta de exames.
Procedimento
• Lavar as mãos;
• Apresentar-se para o paciente;
• Entrevistar o paciente;
• Realizar o exame físico;
• Registrar as informações adquiridas durante a entrevista e exame físico;
• Lavar as mãos novamente;
• Separar o material no carrinho de curativos após desinfecção do mesmo com álcool a
70%.
• Calçar luvas de procedimentos;
• Retirar o curativo do cliente cuidadosamente, umedecendo a gaze ou cobertura primária
com auxílio de soro fisiológico a 0,9%;
• Realizar a limpeza abundante da lesão com soro fisiológico a 0,9% em jato e avaliar a
presença de larvas, as características da lesão (localização, tamanho, profundidade, tipo de

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
tecido, quantidade de exsudato, cor, odor, estado da pele ao redor, quantidade e tamanho
das larvas); além da queixa de dor.
• Retirar a luva de procedimento;
• Colocar água e álcool no pote de coleta de exames (até a metade do pote);
• Higienizar as mãos;
• Retirar as larvas visíveis com auxílio de pinça, colocando-as no pote de exame contendo
álcool ou água para facilitar a morte das mesmas;
• Aplicar a vaselina sólida estéril em todo leito da lesão;
• Proteger a lesão com gaze 7,5 x 7,5 cm, acolchoado estéril e atadura de crepom;
• Retirar a luva;
• Lavar as mãos;
Orientar o cliente em relação à avaliação realizada e a necessidade de nova avaliação
para retirada do restante das larvas que possivelmente se encontram no interior das
cavidades, enfatizando que a mesma será feita de forma gradativa e cuidadosa, sem
utilização de produtos que causem dor;
• Registrar as características da lesão, a quantidade de larvas retiradas e a realização do
curativo com vaselina sólida;
• Após algumas horas ou no dia posterior, retirar novamente o curativo e avaliar se há a
presença de larvas;
• Repetir o procedimento até confirmação da retirada de todas as larvas;
• Reavaliar a lesão e indicar cuidados de acordo com a etiologia da lesão e avaliação do
cliente e da lesão.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

D-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de realização de curativo em


PADRÃO ferida cirúrgica limpa
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem e Equipe Médica
SESSÃO V: CURATIVOS
OBJETIVO: Na realização de curativo em ferida operatória limpa para prevenir
complicações e promover a cicatrização. Além disso, o curativo é realizado com a finalidade
de promover a cicatrização, manter a ferida protegida contra patógenos, observar e prevenir
possíveis complicações como infecções, hemorragia, deiscência e evisceração. A realização
do curativo é diária e conforme avaliação do enfermeiro. A ferida operatória poderá ficar
exposta após 48 h da cirurgia e/ou quando não apresentar complicações como deiscência,
secreções/exsudatos.
COMO FAZER:
Material
• Luva de procedimento;
• Soro fisiológico a 0,9% (preferencialmente aquecido 37°);
• Gaze 7,5x 7,5;
• Fita microporosa (micropore®) ou esparadrapo;
• Atadura de Crepom;
• EPI (Máscara)
Procedimento
• Lavar as mãos;
• Comunicar o que vai ser realizado ao cliente;
• Calçar luva de procedimento;
• Retirar o curativo;
• Higienizar as mãos;
• Colocar máscara;
• Calçar luvas estéreis;
• Aplicar a gaze umedecida com SF 0,9% na ferida em um único sentido, repetindo por três
vezes;
• Secar ferida operatória quando utilizar soro fisiológico a 0,9%;
• Colocar cobertura de gaze e fixar com adesivo hipoalergênico (micropore ou esparadrapo);
• Retirar a luva;
• Lavar as mãos;
Registrar o procedimento mencionando, o aspecto da ferida, secreção e odor.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

E-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de realização de curativo em


PADRÃO úlcera venosa e arterial

EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem e Equipe Médica


SESSÃO V: CURATIVOS
OBJETIVO: Na limpeza e desbridamento da área afetada, visando à manutenção de um
ambiente ideal que favoreça o processo de cicatrização. Promovendo uma avaliação
criteriosa da lesão, sendo fundamental para a indicação do tratamento e escolha de conduta
adequada. Tem a função de garantir a manutenção de condições favoráveis ao processo de
cicatrização, minimizando o tempo de reparo tecidual, reduzindo riscos de infecção, além de
monitorar e avaliar a evolução da lesão e a eficácia do tratamento, direcionando a escolha
da conduta tópica adequada.
COMO FAZER:
Material
• Luvas de procedimento;
• Soro fisiológico a 0,9% (preferencialmente aquecido 37°);
• Agulha 40x12;
• Gaze 7,5x 7,5;
• Compressa/acolchoado estéril;
• Fita Adesiva ou esparadrapo;
• Atadura de Crepom;
• Bacia Estéril;
• EPI (Máscara, capote)
Procedimento
• Explicar ao paciente, o procedimento que será realizado;
• Preparar o ambiente, fechar a porta ou utilizar biombo para respeitar a privacidade do
cliente;
• Separar e organizar o material que será utilizado;
• Posicionar o cliente confortavelmente, expondo somente a área a ser tratada;
• Lavar as mãos;
• Utilizar EPI;
• Calçar luva de procedimento;
• Proteger a roupa de cama com impermeável sob o local do curativo;
• Colocar bacia sob a área afetada;

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Fazer a desinfecção da parte superior do frasco de soro fisiológico 0,9% com álcool a 70%
e perfurar antes da curvatura superior, com agulha 40x12 (somente um orifício), ou utilizar
seringa de 20ml com agulha 40X12 para realizar a limpeza em jato;
• Remover o curativo anterior irrigando com SF 0,9%, sempre que houver aderência,
procedendo com delicadeza para evitar trauma e, portanto, retrocesso no processo
cicatricial;
• Desprezar o curativo retirado;
• Lavar as mãos;
• Colocar gaze 7,5 X 7,5 em quantidade suficiente sobre o campo
• Realizar a limpeza da pele adjacente à ferida com gaze umedecida com SF 0,9%. Em
caso de sujidade, pode-se usar um sabão líquido neutro ou solução antisséptica específica
para lesões cutâneas;
• Irrigar o leito da lesão com SF 0,9% morno em jato, obtido por pressão manual do frasco a
uma distância de cerca de 20 cm. Para úlceras com tecido necrótico infectadas, a irrigação
poderá ser feita com seringa de 20ml com agulha 40X12, para aumentar a efetividade da
remoção da população microbiana;
• Solicitar avaliação prévia da cirurgia plástica ou geral, nos casos em que haja indicação de
desbridamento cirúrgico;
• Secar a pele perilesional com gaze 7,5 x 7,5 cm, para evitar a maceração da pele íntegra;
• Aplicar o produto/cobertura escolhida conforme as características da lesão, tais como
tamanho, tipo de tecido, quantidade de exsudato, presença ou não de infecção, estado da
pele circundante e disponibilidade dos produtos na instituição;
• Aplicar um emoliente na pele íntegra adjacente à lesão, quando necessário;
• Aplicar acolchoado estéril como cobertura secundária para absorver o excesso de
exsudato e proporcionar proteção. As mesmas poderão ser trocadas com mais frequência,
dependendo da saturação (quantidade de exsudato da lesão);
• Enfaixar o membro com atadura de crepom no sentido distal-proximal, da esquerda para a
direita, com o rolo de atadura voltado para cima, sem exercer compressão;
• Observar sinais e sintomas de restrição circulatória: palidez, eritema, cianose,
formigamento, insensibilidade ou dor, edema e esfriamento da área;
• Aplicar algodão ortopédico, se possível, sobre o curativo, para aquecer os pés, diminuindo
a vasoconstrição;
• Retirar as luvas;
• Lavar as mãos;
• Registrar a característica da lesão quanto à localização, profundidade, aspecto dasbordas,
tipo de tecido presente no leito da lesão, presença ou não de exsudato, relatando aspecto e
odor do mesmo, medida bidimensional, presença ou não de dor e características da pele
peri lesional e o tipo de procedimento realizado;
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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Registrar conduta quanto ao procedimento realizado;
• Promover a limpeza e organização do ambiente onde o procedimento foi realizado.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

F-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de realização de curativo de


PADRÃO sistemas de drenos abertos
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem e Equipe Médica
SESSÃOV: CURATIVOS
OBJETIVO: O curativo do dreno deve ser realizado separado da incisão, e o primeiro a ser
realizado será sempre o do local menos contaminado. O curativo deve ser mantido limpo e
seco, isto significa que o número de trocas deve estar diretamente relacionado com
quantidade de drenagem. Feridas com drenagem superior a 50ml quando possível deve-se
aplicar uma bolsa para coletar o excesso de drenagem. Colocar bolsas em torno de feridas
permite medir com exatidão a quantidade de drenagem, restringe a disseminação de
contaminação e aumenta o conforto do paciente.
COMO FAZER:
Materiais:
Bandeja contendo:
pacote de curativos estéril (com 02 pinças),
gases estéreis,
esparadrapo (ou micropore),
soro fisiológico 0,9%,
luva de procedimento e bolsa para colostomia estéril se necessário.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos com água e sabão;
2. Reunir o material e levá-lo próximo ao paciente;
3. Explicar ao paciente o que será feito;
4. Fechar a porta para privacidade do paciente;
5. Colocar o paciente em posição adequada expondo apenas a área a ser tratada;
6. Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica;
7. Colocar gaze em quantidade suficiente sobre o campo estéril;
8. Calçar luvas;
9. Remover o curativo anterior com uma das pinças usando soro fisiológico;
10. Desprezar esta pinça;
11. Com a outra pinça pegar uma gaze e umedecê-la com soro fisiológico;
12. Limpar a incisão do dreno e depois o dreno;
13. Limpar as regiões laterais da incisão do dreno;
14. Ainda com a mesma pinça secar a incisão e as laterais;
15. Mobilizar dreno a critério médico;

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
16. Ocluir o dreno mantendo uma camada de gaze entre o dreno e a pele ou quando ocorrer
hipersecreção colocar bolsa simples para colostomia;
17. Colocar o setor em ordem;
18. Fazer evolução em sistema eletrônico;
19. Fazer evolução da ferida e anotação de materiais.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

G-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de realização de curativo de


PADRÃO sistemas de drenos fechados
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem e Equipe Médica
SESSÃO V: CURATIVOS
OBJETIVO: Tratar feridas com sistema de drenos fechados: torácico, hemovácuo, cateter
venoso central (intracath, duplo lúmen). Antes de iniciar o curativo, inspecionar o local de
inserção do dreno por meio de palpação. Realizar troca de curativo a cada 24 horas ou
sempre que o mesmo se tornar úmido, solto ou sujo.
COMO FAZER:
Materiais:
Bandeja contendo:
Pacote de curativos estéril (com 02 pinças),
Gases estéreis,
Esparadrapo (ou micropore),
Álcool a 70% e luva de procedimento.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos com água e sabão;
2. Reunir o material e levá-lo próximo ao paciente;
3. Explicar ao paciente o que será feito;
4. Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser tratada;
5. Abrir o pacote com técnica asséptica;
6. Colocar gaze em quantidade suficiente sobre o campo estéril;
7. Colocar luvas;
8. Remover o curativo anterior com uma das pinças usando Soro fisiológico 0,9%;
9. Desprezar esta pinça;
10. Com outra pinça, pegar uma gaze e umedecê-la com soro fisiológico;
11. Limpar o local de inserção do dreno ou cateter, utilizando as duas faces da gaze;
12. Usando a mesma pinça secar o local de inserção do dreno ou cateter aplicar álcool a
70%;
13. Ocluir o local de inserção com gaze;
14. Colocar o setor em ordem;
15. Lavar as mãos;
16. Fazer evolução da ferida e anotações.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

H-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de realização de curativo em


PADRÃO ferida aberta contaminada
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem
SESSÃO V: CURATIVOS
OBJETIVO: Tratar a ferida contaminada para prevenir complicações e curá-la promovendo
cicatrização adequada. Estas feridas apresentam secreção purulenta, tecido necrosado ou
desvitalizado. O curativo deve ser mantido limpo e oclusivo, o número de trocas está
diretamente relacionado a quantidade de drenagem, devendo ser trocado sempre que
houver excesso de exsudato para evitar colonização e maceração das bordas. É necessária
uma limpeza meticulosa, pois o processo de cicatrização só será iniciado quando o agente
agressor for eliminado, e o exsudato e tecido desvitalizado retirado.
COMO FAZER:
Materiais:
• Bandeja contendo:
• 01 pacote de curativos estéril (com 02 pinças e gazes);
• Gazes estéreis,
• Esparadrapo (ou micropore),
• Soro fisiológico 0,9%,
• Coxim,
• Compressa (se necessário),
• Luva estéril,
• Colagenase se houver tecido desvitalizado ou necrosado,
• Lâmina de bisturi, se necessário desbridamento.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos com água e sabão;
2. Reunir o material e levá-lo próximo ao paciente;
3. Explicar ao paciente o que será feito;
4. Fechar a porta para privacidade do paciente;
5. Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser tratada;
6. Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica;
7. Colocar gaze em quantidade suficiente sobre o campo estéril, abrir todo o material a ser
utilizado no curativo;
9. Colocar gazes, compressas ou lençol próximos à ferida para reter a solução drenada;
10. Calçar luvas;
11. Remover o curativo anterior com uma das pinças usando soro fisiológico 0,9%;

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
12. Com a mesma pinça, pegar uma gaze e umedecê-la com soro fisiológico;
13. Começar a limpar a ferida da parte menos contaminada para a mais contaminada, ou
seja, neste momento limpar ao redor da ferida;
14. Limpar a ferida com gaze embebida com soro fisiológico;
15. Se necessário, remover os resíduos da fibrina ou tecidos desvitalizados (necrosados)
utilizando debridamento com instrumento de corte, remoção mecânica com gaze
embebecida em SF 0,9%, com o cuidado de executar o procedimento com movimentos
leves e lentos para não prejudicar o processo cicatricial. Também poderá ser utilizado o
debridamento enzimático;
16. Embeber a gaze com pomada desbridante atingindo toda a área com tecido
desvitalizado;
17. Ocluir a ferida com gaze estéril e coxim, se ferida muito exsudativa utilizar compressa;
18. Colocar o setor em ordem;
19. Lavar as mãos;
20. Fazer evolução da ferida e anotações de materiais.
IMPORTANTE: Para curativos contaminados com muita secreção, especialmente tratando-
se de membros inferiores ou superiores, colocar uma bacia sob a área a ser tratada,
lavando-a com SF 0,9%.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

I-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de realização de curativo em


PADRÃO ferida com deiscência de parede ou
fístula
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem
SESSÃO V: CURATIVOS
OBJETIVO: Tratar a ferida com deiscência ou fístula ou túnel para prevenir complicações e
curá-la promovendo cicatrização adequada. Estas feridas são difíceis de serem limpas,
portanto o ambiente torna-se ideal para proliferação de patógenos. O ideal é realizar a
limpeza em todo seu interior com jato de solução fisiológica.
COMO FAZER:
Materiais:
• Pacote de curativo com 02 pinças e gaze,
• Cuba pequena estéril,
• Cuba rim,
• Sonda uretral no 8 e 12,
• Seringa de 20ml,
• SF 0,9%,
• Ácido graxo essencial se a ferida não estiver contaminada e luva estéril.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos com água e sabão;
2. Reunir o material, e levá-lo próximo ao paciente;
3. Explicar ao paciente o que será feito;
4. Fechar a porta para privacidade do paciente;
5. Colocar o paciente em posição adequado expondo apenas a área a ser tratada;
6. Abrir todo o material com técnica asséptica sobre o campo estéril;
7. Colocar SF% na cuba;
8. Colocar luva estéril;
9. Conectar sonda a seringa, aspirar o SF% e introduzir no orifício da ferida;
10. Aspirar novamente e desprezar na cuba rim;
11. Repetir o procedimento até que a secreção aspirada saia limpa;
12. Secar as bordas da ferida;
13. Se não estiver contaminado aplicar ácidos graxos essenciais;
14. Ocluir a ferida com coxim ou compressa quando necessário;
15. Colocar o setor em ordem;
16. Lavar as mãos 17. Fazer evolução da ferida e anotações de materiais.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

J-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Técnica de curativo com desbridamento


EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem
SESSÃO V: CURATIVOS
OBJETIVO: O desbridamento envolve a remoção de tecido necrótico para permitir a
regeneração do tecido saudável subjacente. Na ferida infectada deve ser realizado um
desbridamento seletivo de tecido necrótico minimizando danos ao tecido de granulação
mais saudável. As feridas podem ser desbridadas mecanicamente, quimicamente ou por
uma combinação das duas técnicas dependendo do tipo de lesão.
COMO FAZER:
Materiais:
• Pacote de curativo:
• Com 02 pinças,
• Cabo de bisturi,
• Cuba pequena,
• Lâmina de bisturi,
• Soro fisiológico SF 0,9%.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos com água e sabão;
2. Reunir o material, e levá-lo próximo ao paciente;
3. Explicar ao paciente o que será feito;
4. Fechar a porta para privacidade do paciente;
5. Colocar o paciente em exposição adequado expondo apenas a área a ser tratada;
6. Abrir o pacote com técnica asséptica;
7. Colocar sobre o campo estéril, gaze em quantidade suficiente, a lâmina de bisturi (com
cabo de preferência);
8. Colocar gazes, compressas ou lençol próximos à ferida para reter a solução drenada;
9. Calçar luvas;
10. Remover o curativo anterior com uma das pinças usando Soro fisiológico 0,9%;
11. Com a mesma pinça, pegar uma gaze e umidecê-la com soro fisiológico;
12. Começar a lavar a ferida da parte menos contaminada para a mais contaminada;
13. Lavar o leito da ferida com grande quantidade de soro fisiológico 0,9%, através de pequenos
jatos com a seringa e agulha (a seringa com a agulha poderá ser substituída, se não tiver, fazer um
pequeno corte na abertura do frasco de SF % o invés de abri-lo totalmente, ou colocando a seringa
diretamente no frasco);
14. Iniciar o debridamento da área desvitalizada pela borda, com auxílio da outra pinça, fazendo
cortes superficiais ao redor do tecido desvitalizado. O debridamento deve ser interrompido na
presença de vascularização (sangramento é sinal de tecido vivo ou reação de sensibilidade à dor);
15. Limpar o local com SF 0,9% com auxílio da mesma pinça;
82
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
16. Embeber a gaze com pomada debridante quando a ferida apresentar pouca quantidade
de
exsudato, espalhado por toda a área que ainda apresentar necrose ou fibrina residual;
17. Ocluir a ferida ou gaze estéril e coxim, se a ferida for muito exsudativa utilizar
compressa e fixar
com esparadrapo ou atadura quando necessário;
18. Colocar o setor em ordem;
19. Lavar as mãos;
20. Fazer evolução da ferida e anotações de materiais na ficha clínica do paciente.

1-Produtos Indicados para Curativos:


PRODUTO TIPO DE FERIDA INDICAÇÃO
SF 0,9% todos Limpeza da ferida, mantém a
umidade
Alcool a 70% Sistema de drenos fechados, Promover antissepsia da ferida
cateter venoso central e coto remover a flora bacteriana-
umbilical. no local, diminuindo assim
colonização por bactérias.
TCM(dersani) Ferida em fase de granulação Protege, hidrata o leito da ferida,
restaura a pele na formação de
sem infecção. tecido de granulação.
Pomada desbridante. Feridas com crostas, tecido Promove a retirada do tecido
colagenase necrótico superficial por ação
necrosado, fibrina, pouco enzimática sem afetar o colá-
exsudato. geno de tecido sadio ou de
granulação.
Alginato de calcio Feridas moderadamente Absorve o excesso de exsu-
exsudativas. dato, estimula a agregação
plaquetária, promove
desbridamento, mantém a
umidade e, tem ação
bacteriostática podendo ser
trocado a cada
dois dias.
Carvão ativado Feridas com grande quanti- Tem ação de absorção
dade de exsudato e odor féti- bactericida e desodorizante pode
do. permanecer até 07 dias.

83
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

2-Produtos Contraindicados para Curativos


Produto Efeito na Ferida Contraindicação
Açúcar É esfoliante lesando o É considerada fonte de infecção,
produto de granulação atrai pragas (formigas e
insetos), exige várias trocas.
Permaganato de potássio Resseca os tecidos. Impossibilita que o leito da
(kmno4) ferida se torne úmido,
Povidine (PVPI) citotóxico para feridas, Pode causar dermatites;
destrói os fibroblastos existem relatos de absorção
pela mucosa e lesões, podendo
levar tardiamente a uma
tireoidite a até mesmo
insuficiência renal se usado por
tempo prolongado.
Antibiótico tópico Seleção de flora Predispõe a hipersensibilidade
bacteriana ao antibiótico e dermatites.
no local da lesão,
prejudicando a
cicatrização.
Corticoides Desfavorece o Retarda o processo de
processo inflamatório por cicatrização.
ação antiinflamatória
retardando o crescimento
tecidual.
Éter/benzina Ação irritante resfria oRetarda o processo de
tecido cicatrização e promove
perilesão, desidrata o ressecamento do tecido
mesmo. perilesão.
Violeta genciana É citotóxica para os Promove ressecamento da lesão,
fibroblastos e dificulta a
pode provocar machas
granulação normal na pele.
Lidocaína gel Não promove efeito Inibe a ação de outros produtos
anestésico comprovado que serão usados nas feridas.
Ex: pomada desbridante.
Vaselina Causa impermeabilização Dificulta a ação de outros
da produtos, não tem como garantir
pele. qualidade de esterilização o que
pode promover colonização por
microrganismos.

84
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

Sessão VII– Esterilização de materiais

• A.Técnica de limpeza de artigos críticos, semicríticos e não críticos


• B. Desinfecção de artigos semicríticos e não críticos
• C.Processo de esterilização em autoclave
• D.Processo de limpeza e desinfecção da autoclave
• E.Processo de realização de teste biológico

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

A-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de limpeza de artigos críticos,


PADRÃO semicríticos e não críticos
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem
Sessão VII: Esterilização de Materiais
OBJETIVO: Remoção de sujidade visível de material orgânico (sangue, secreções e
tecidos) e não orgânicos (esparadrapo, cimentos etc.) do material hospitalar de forma
manual. É uma etapa essencial e indispensável para o reprocessamento de todos os artigos
médicos hospitalares, sejam críticos, semicríticos ou não críticos. Deve ser feita para reduzir
a carga microbiana natural dos artigos, remover contaminantes orgânicos e inorgânicos e
sujidades visíveis. O emprego da ação mecânica e soluções adequadas aumentam a
eficiência da limpeza. Resíduos de matéria orgânica, óleo ou medicamentos, impedem a
ação eficaz dos procedimentos de esterilização ou desinfecção. E podem estimular pontos
de corrosão e favorecer reações cruzadas com soluções desinfetantes e ou esterilizantes,
reduzindo a vida útil dos artigos, bem como invalidar todo o processo de esterilização.
Soluções detergentes utilizadas:
• Detergente enzimático: Produto líquido, a base de proteinases, amilase e lípases
contendo álcool na formulação. A combinação balanceada desses elementos faz com que o
produto possa remover a matéria orgânica do material em curto período (em média 3
minutos), inclusive nos locais de difícil acesso ou em lumes estreitos.
• Detergente líquido neutro: São todos os produtos que contêm um tenso ativo, com
finalidade de reduzir a tensão superficial da água e promover a umectação, dispersão e
suspensão das partículas.
Desincrustante: São detergentes para limpeza de artigos, por imersão. Estes produtos são
indicados para artigos com presença de pouca matéria orgânica. Vale ressaltar que todo
desincrustante é detergente, porém nem todo detergente é desincrustante.
COMO FAZER:
ARTIGOS CRÍTICOS:
São aqueles que entram em contato direto por penetração em tecidos e líquidos corporais e,
portanto, possuem alto risco para disseminação de infecção. É necessária a esterilização
por meios físicos (autoclave), ou físico-químicos (óxido de etileno). São eles: Instrumental
cirúrgico, pinças, tesouras, cabos de bisturi, pontas de eletrocautério, fios guias,
videolaparoscopias, material para implante cirúrgico como próteses, placas parafusos.
• Lavar as mãos.
• Usar EPI;
• Após a utilização, imergir os artigos em solução de detergente enzimático, por tempo
determinado pelo fabricante;
• Retirar o artigo da solução detergente;

86
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Limpar com auxílio de escovas e ou esponjas macias, seguindo as linhas das serrilhas,
retirando todos os resíduos (crostas e secreções);
• Enxaguar abundantemente com água potável corrente;
• Secar os artigos com compressa limpa e seca e/ou ar comprimido (quando necessário);
• Fazer inspeção visual do artigo;
• Acondicionar em invólucro padronizado.
ARTIGOS SEMICRÍTICOS:
São aqueles que entram em contato com membrana, mucosa íntegra ou pele não íntegra,
requerem desinfecção de nível intermediário ou de alto nível ou esterilização. A esterilização
destes artigos não é obrigatória, porém desejável, pois eles podem se tornar críticos durante
os procedimentos. Requerem esterilização, desinfecção de alto nível.
São eles: Equipamentos de anestesia gasosa, circuitos, máscaras, cateteres de sucção,
conexões em Y, lâmina de laringoscopia (sem lâmpada), balão e válvula de ambu, traqueia,
conexões e acessórios de respiradores artificiais, endoscópios em geral, bicos e
mamadeiras, cânula de Guedel, macro nebulizadores e nebulizadores.
• Lavar as mãos;
• Usar EPI;
• Após a utilização dos artigos, imergi-los totalmente em solução de detergente enzimático,
por tempo determinado;
• Retirar o artigo da solução detergente;
• Limpar com auxílio de escovas e ou esponjas macias, seguindo as linhas das
serrilhas;
• Enxaguar abundantemente com água potável corrente;
• Secar os artigos com compressa limpa e seca e/ou ar comprimido (quando necessário);
• Fazer inspeção visual do artigo;
• Acondicionar em invólucro padronizado;
LIMPEZA ARTIGOS NÃO CRÍTICOS:
• São aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra, ou não entram em contato
com os pacientes e apresentam baixo risco de transmissão de infecção, pois a pele do
paciente é barreira efetiva a microrganismos. Entretanto, podem servir de disseminação de
microrganismos colonizantes entre os pacientes. Requerem limpeza com água e detergente
neutro ou enzimático complementada com desinfecção de baixo e médio nível. São eles:
termômetro, estetoscópio,esfigmomanômetro coberto com plástico ou brim, cabo de
laringoscópio, comadres, papagaios, bacias, cubas, jarros e baldes, recipientes para
guardar mamadeiras e chupetas já processadas e embaladas, Frasco de vidro do aspirador,
otoscópio, banheira infantil, suporte de soro, balanças, válvulas de vácuo, oxigênio e ar
comprimido.

87
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Lavar as mãos;
• Usar EPI necessário;
• Após a utilização dos artigos, papagaios, comadres e frascos de aspiração de vidro,
desprezar excretas no vaso sanitário;
• Lavar com água e detergente líquido, caso esses artigos contenham sangue e secreções,
colocar detergente enzimático dentro dos mesmos por tempo determinado pelo fabricante;
• Limpar com auxílio de escovas e ou esponjas macias;
• Enxaguar abundantemente com água potável corrente;
• Secar os artigos com compressa limpa e seca;
• Fazer inspeção visual do artigo;
• Fazer a desinfecção de médio e baixo nível de acordo com o artigo;
• Acondicionar, individualmente, em sacos plásticos em lugar apropriado;
Os materiais de aço inox, de uso do paciente, comadre e papagaio, após o uso (individual)
deverão sofrer desinfecção e a título de segurança, opcionalmente poderá ser autoclavado.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Desinfecção de artigos semicríticos e não


PADRÃO críticos
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem
Sessão VII – Esterilização de materiais
OBJETIVO: É o processo físico ou químico que consiste na destruição de microrganismos,
patogênicos ou não, na forma vegetativa, e presentes em artigos e objetos inanimados. A
desinfecção pode ser realizada pelos seguintes métodos:
• Processo físico: Compreende a exposição dos artigos a agentes físicos como temperatura,
pressão e radiação eletromagnética, calor úmido ou a utilização de sistemas mecânicos
automáticos, com pressão de jatos de água à temperatura entre 60 e 90 graus, por tempo
variável, a exemplo das máquinas lavadoras sanitizadoras, esterilizadoras de alta pressão,
termo desinfectadoras e similares.
• Processo químico: Compreende a utilização de produtos químicos registrados na
ANVISA, cujas substâncias ativas são indicadas através da Portaria MS 15/88. Os
produtos químicos são: Glutaraldeido, Ácido Peracético, Fenóis, quaternário de
Amônia, compostos orgânicos
liberadores de Cloro Ativo, compostos inorgânicos liberadores de Cloro Ativo (Hipoclorito de
Sódio), Álcoois e peróxidos.
COMO FAZER:
ARTIGOS SEMICRÍTICOS:
• Requerem desinfecção de nível intermediário;
• Destrói bactérias para formas vegetativas, inclusive contra o bacilo de tuberculose, não
destrói esporos. São eles: Macronebulizadores, Máscara de Ambu, nebulizadores, Cânula
de Guedel, inaladores, extensores plásticos, umidificadores de oxigênio, válvula de Ambu
com componentes metálicos, lâmina de laringoscopia, mamadeira e bico de mamadeira;
• Lavar as mãos;
• Utilizar EPI;
• Após a lavagem, proceder ao enxágue e secagem dos artigos (vide POP limpeza de
artigos críticos, semicríticos e não críticos);
• Imergir o artigo seco em solução para desinfecção de nível intermediário
(Glutaraldeido a 2%, ácido peracético ou hipoclorito de sódio a 1% ou 0,5%), de acordo com
a recomendação do fabricante em recipiente plástico leitoso com tampa ao abrigo da luz;
• Preencher o interior das tubulações dos artigos com solução desinfetante com auxílio de
uma seringa;
• Remover o artigo de solução desinfetante com pegador pinça ou luva desinfetada;
• Enxaguar os artigos com água corrente potável e depois fazer três enxagues com água
esterilizada;
89
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Secar os artigos com compressas esterilizadas ou ar comprimido;
• Acondicionar os artigos em recipientes desinfetados, ou invólucro padronizado;
• Estocar em lugar limpo.
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS:
• Lavar as mãos;
• Utilizar EPI;
• Após a lavagem, enxaguar e secar os artigos (vide POP limpeza de artigos críticos,
semicríticos e não críticos);
• Deixar imerso em solução de hipoclorito de sódio a 0,5 ou 1% (de acordo com o
material e orientação do fabricante, 15 ou 30 minutos) ou fazer fricção 3 vezes com álcool a
70%;
• Acondicionar os artigos em recipiente desinfetado;
• Estocar em lugar limpo.
Observações:
Desinfetante à base de hipoclorito de sódio: Estabilizado, com 1% de cloro ativo. Indicado
para desinfecção de nível médio de artigos, superfícies, equipamentos (não metálicos) e
utensílios alimentares de cozinhas profissionais, lactários (mamadeiras, bicos e chupetas) e
alimentos (legumes, verduras e frutas). Com ação contra bactérias, fungos, vírus.
Álcool 70%: Indicado para desinfecção de nível intermediário de artigos e superfícies. Com
ação contra bactérias, fungos e vírus. É contraindicado o uso e acrílico, material de
borracha, tubos plásticos e lentes de equipamentos.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Processo de esterilização em autoclave


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem
Sessão VII– Esterilização de materiais
OBJETIVO: Método processado pela autoclave, capaz de eliminar todas as formas de vida
microbiana. A atividade esterilizante da autoclave tem como princípio a morte celular pela
coagulação das proteínas bacterianas, por meio do calor, de modo que o microrganismo
perde suas funções vitais.
COMO FAZER
• Disposição dos pacotes dentro da autoclave
• Lavar as mãos;
• Utilizar EPI;
• Fazer o empilhamento vertical;
• Acomodar o material por carga;
• Não ultrapassar dois terços da capacidade da câmara e não encostar os pacotes nas
paredes das autoclaves (80% da capacidade);
• Dispor os pacotes de forma intercalada, com espaço de 2 cm entre eles e destes para as
paredes da câmara;
• Objetos côncavos devem ser colocados de boca para baixo;
• Remoção do ar do interior da câmara e dos pacotes através de vácuo;
• Admissão do vapor;
• Após a exaustão do ar, ocorre a admissão do vapor, iniciando-se a exposição dos
materiais à esterilização. Compreende três fases: Tempo de penetração, tempo de
esterilização e intervalo de confiança.
• Exaustão do vapor;
• Secagem da carga;
• Abrir autoclave (manter entreaberta);
• Aguardar 30 a 40 minutos;
• Não retirar da câmara os pacotes molhados;
• Os pacotes quentes não devem ser tocados ou colocados em superfícies frias;
• Encaminhar material esterilizado para a estocar em local adequado, limpo e seco.

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D-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Processo de limpeza e desinfecção da


PADRÃ0 autoclave
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem/Odontologia
Sessão VII – Esterilização de materiais
OBJETIVO: Manter o processo de esterilização
• Separar os materiais:
• Compressas, água, detergente e escova ou esponja de lavar;
• A autoclave deve estar fria e desligada;
• Usar luvas de látex e avental de plástico;
• Limpar a autoclave diariamente, antes do aquecimento, utilizando compressas embebidas
em água;
• Semanalmente, no período da manhã, as autoclaves deverão ser limpas com água e
detergente neutro, passar as compressas embebidas em água limpa, até onde o braço
alcançar, passando-as por todas as paredes da frente, laterais e portas,
• Abrir a porta das autoclaves e retirar os racks das mesmas;
• Retirar o trilho da autoclave 01 (local onde corre o rack dentro da autoclave);
• Embeber uma compressa em água e passar por toda a câmara (paredes laterais,
superior e inferior), molhando a compressa na água várias vezes, até que toda a
autoclave tenha sido limpa, lembrando que se a autoclave estiver quente, a água se
evaporará;
• Retirar o ralo do dreno e lavá-lo com água, sabão e escova;
• Enxaguar o trilho passando as compressas com água até que saiam limpas;
• Enxaguar bem a autoclave e secar com compressas e ligar novamente;
• Na parte externa passar diariamente um pano embebido em álcool 70%.

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Sessão VIII – Coleta de material para exames


• A.Coleta de escarro
• B.Coleta de exame citopatológico do colo do útero
• C.Coleta de secreção vaginal
• D.Coleta de sangue para Triagem Neonatal (Teste do Pezinho)
• E.Coleta de amostra de sangue venoso

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A-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Coleta de escarro


PADRÃO
EXECUTANTE: Técnicos de enfermagem
Sessão VIII – Coleta de material para exames
OBJETIVO: Consiste na coleta de secreção pulmonar escarrado. É um exame de
características micro e macroscópicas, que analisa alguns aspectos importantes, como
quantidade da secreção, aspecto, cor odor, presença de moldes ou cilindros brônquicos,
fibras elásticas, entre outros elementos, bem como microorganismos (bactérias, vírus,
fungos etc.). É indicado para auxiliar no diagnóstico da tuberculose e da pneumonia, entre
outras doenças pulmonares.
Como fazer:
• Material
• Coletor estéril
• Luva de procedimentos
• Gaze estéril
Procedimento:
• Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, PSF, data e hora;
• Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante;
• Lavar as mãos;
• Orientar o paciente para escovar os dentes e a língua, sem utilizar pasta de dente nem
enxágue com flúor, e enxaguar a boca com bastante água para reduzir a contaminação com
a flora bucal;
• Abrir o frasco tirando a tampa e colocando-a virada para cima, tossir profundamente e
coletar o escarro diretamente dentro do frasco;
• Tampar o frasco imediatamente após a coleta;
• Orientar o paciente para lavar as mãos logo após este procedimento;
• Manter o paciente confortável e a unidade organizada;
• Descartar o material usado em local apropriado;
• Lavar as mãos;
• 1ª amostra no momento da suspeita
• 2 ª amostra- no dia seguinte em jejum
• Preencher a fichas
• Comunicar Vigilância Epidemiológica .

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B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Coleta exame citopatológico do colo do


PADRÃO útero
EXECUTANTE: Enfermeira/médico(a)
Sessão VIII – Coleta de material para exames
OBJETIVO: Consiste na coleta de uma amostra da parte externa (ectocérvice) e outra da
parte interna (endocérvice). Para a coleta do material, é introduzido um espéculo vaginal e
procede-se à escamação ou esfoliação da superfície externa e interna do colo por meio de
uma espátula de madeira (de Ayres). Caso a junção escamo colunar não seja atingível pela
espátula, utilizar também a escova endocervical.
COMO FAZER
Importante!
• Ambiente acolhedor;
• Cortesia;
• Respeito à privacidade;
• Explicar o significado e os procedimentos que serão realizados;
• Lembrar a importância de receber o resultado do exame;
• Demonstrar abertura para esclarecer as dúvidas;
Etapas da Coleta:
• Preenchimento do formulário SISCAN
• Preencher a requisição com todos os dados solicitados.
• Identificação das lâminas
• As lâminas devem ter bordas lapidadas e extremidade fosca;
• Devem ser identificadas na extremidade fosca com lápis preto, informando:
• As iniciais do nome da paciente;
Data de nascimento
• PSF;
CPF
• Coleta:
➢ Condições para uma amostra de qualidade:
• Não estar menstruada - a presença de pequeno sangramento de origem não menstrual,
não é impeditivo para a coleta, principalmente em mulheres na pós-menopausa;
• Não usar creme ou ducha vaginal nem submeter-se a exames intravaginais
(ultrassonografia) por 2 dias antes do exame;
• Solicitar à paciente que esvazie a bexiga;
• Fornecer um avental e disponibilizar local reservado para troca de roupa;

95
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Solicitar que se deite na mesa, auxiliando-a a posicionar-se adequadamente para o
exame;
• Cobrir a paciente com o lençol;
• Calçar as luvas;
• Acomodar a lâmina, já identificada, na mesa de apoio para receber o material colhido
Verificar a existência de lesões suspeitas na vulva e vagina. Em caso positivo, lembrar de
fazer o encaminhamento adequado ao final do exame;
Introduzir o espéculo:
1. Não lubrifique o espéculo com qualquer tipo de óleo, glicerina, creme ou vaselina;
2. No caso de pessoas idosas, com vaginas extremamente ressecadas, recomenda-se
molhar o espéculo com soro fisiológico ou solução salina;
3. Introduza-o em posição vertical e ligeiramente inclinado;
4. Iniciada a introdução, faça uma rotação de 90º, deixando-o em posição transversa, de
modo que a fenda da abertura do espéculo fique na posição horizontal;
5. Durante a introdução do espéculo, procede-se à inspeção das paredes vaginais;
6. Uma vez introduzido totalmente na vagina, abra-o lentamente e com delicadeza;
7. Se tiver dificuldade para visualizar o colo peça que a paciente tussa e tente manobras
delicadas com o espéculo;
8. Se, ao visualizar o colo, houver grande quantidade de muco ou secreção, retire o excesso
delicadamente com uma gaze montada em uma pinça, sem esfregar, para não perder a
qualidade do material a ser colhido;
Coleta das amostras:
9. A coleta é dupla: da ectocérvice e do canal cervical;
10. As amostras são colhidas separadamente;
11. Proceda inicialmente a coleta da ectocérvice e depois a coleta da endocérvice:
• Utilize a espátula de madeira tipo Ayre, do lado que apresenta reentrância;
• Encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo, apoiando-a
firmemente, fazendo uma raspagem na mucosa ectocervical em movimento rotativo de
360º, em torno de todo o orifício, procurando exercer uma pressão firme, mas delicada, sem
agredir o colo, para não prejudicar a qualidade da amostra;
• Caso considere que a coleta não tenha sido representativa, faça mais uma vez o
movimento de rotação;
• Para a coleta no canal cervical utilize a escova apropriada para coleta endocervical;
• Recolha o material, introduzindo a escova delicadamente no canal cervical, girando-a 360º;
• Na lâmina, já devidamente identificada, estenda o material ectocervical dispondo-o no
sentido horizontal, ocupando 1/2 da parte transparente da lâmina, em movimentos de

96
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
sentido único, da direita para a esquerda, esfregando a espátula com suave pressão,
garantindo uma amostra uniforme;
• Ocupando a 1/2 restante da parte transparente da lâmina, estenda o material endocervical,
rolando a escova de cima para baixo, preferencialmente;
• Evite deixar espaço livre entre as duas amostras.
• Fixação do material
• A fixação do esfregaço deve ser procedida imediatamente após a coleta, sem nenhuma
espera. Visa conservar o material colhido, mantendo as características originais das células,
preservando-as do dessecamento que impossibilitará a leitura do exame.
• Borrifar a lâmina com fixador, spray ou aerosol, a uma distância de até 20cm.
Cobrir totalmente o esfregaço.
Importante!
• Observar sempre as instruções de uso e o prazo de validade do fixador;
• Manter sempre o frasco fechado. O responsável pela fixação é o álcool contido na
composição do produto, que evapora com facilidade;
• Agitar o frasco toda vez que for usá-lo para homogeneizar a solução;
• Quando usar spray, certificar-se de que o jato foi direcionado corretamente e que cobriu
todo o material a ser fixado;
• Ventilador pode interferir na direção do jato;
• Não deixar fixador exposto ao sol;
• Não deixar o foco de luz próximo à lâmina. Luz e vento podem facilitar a secagem da
secreção, antes desta ser coberta pelo fixador.
Conclusão do Procedimento:
• Fechar o espéculo;
• Retirar delicadamente;
• Inspecionar a vulva e o períneo;
• Retirar as luvas;
• Auxiliar a paciente a descer da mesa;
• Avisar a paciente que um pequeno sangramento poderá ocorrer após a coleta;
• Orientar a paciente para que venha receber o resultado do exame, conforme a rotina desta
unidade de saúde.
Envio das lâminas para secretaria de saúde semanalmente
• Acondicionar as lâminas em caixas específicas para transportá-las;
• Enviar toda sexta-feira.
Importante!

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
A identificação clara das lâminas (é obrigatório que a lâmina seja identificada antes de
iniciar os procedimentos da coleta);
• O esfregaço ocupando toda a superfície transparente da lâmina, sendo 1/2 da parte
transparente da lâmina ocupado com material do ectocérvice e 1/2 da parte transparente da
lâmina ocupado com material do canal endocervical;
• O acondicionamento apropriado das lâminas;
• Tipos de células presentes no esfregaço (ecto e endocervicais);
• Quantidade de células no esfregaço;
• Espessura e homogeneidade do esfregaço;
• Preservação das estruturas celulares (boa fixação);
• Verificar se a sala está devidamente montada, limpa e abastecida;
• Verificar se todos os materiais para a coleta estão disponíveis na quantidade
necessária;
• Testar os equipamentos;
• Preencher a requisição de exame citopatológico de preferência em local reservado, para
que a paciente se sinta à vontade ao responder às perguntas;
• Identificar a lâmina;
• Orientar a paciente sobre o exame, mostrando a ela o espéculo e demais materiais que
serão utilizados durante a coleta;
• Colocar a paciente em posição ginecológica, respeitando a sua privacidade, cobrindo-a
com lençol;
• Calçar as luvas;
• Proceder à coleta, começando pela inspeção da vagina e do colo do útero;
• Dispor o esfregaço na lâmina, fixando-o imediatamente;
• Fechar o espéculo e retirá-lo;
• Proceder à inspeção de vulva e períneo;
• Retirar as luvas e lavar as mãos;
• Orientar sobre o recebimento do resultado, prevista para tal;
• Organizar a sala para receber a próxima paciente.
Observação:
• As condutas diante dos diferentes resultados seguem protocolo do Instituto Nacional do
Câncer (INCA).

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Coleta de sangue para triagem neonatal (Teste


PADRÃO do Pezinho)
EXECUTANTE: Equipe de enfermagem
Sessão VIII – Coleta de material para exames
OBJETIVO: A Triagem Neonatal – Teste do Pezinho - foi incorporada ao SUS em
1992(Portaria GM/MS n.º 22, de 15/01/1992), e instituída em 2001 com o Programa
Nacional de Triagem Neonatal – PNTN (Portaria GM/MS n.º 822, de 06/06/2001). Realizada
na população de zero a 30 dias com fim de detectar doenças metabólicas como:
Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Anemia Falciforme e outras Hemoglobinopatias e
Fibrose Cística. (BRASIL, 2002).
• Consiste na coleta de sangue (em gotas) por meio de punção no calcanhar do recém-
nascido com lanceta própria e armazenada no papel-filtro própria do PNTN.
• Observação: o exame de triagem neonatal deve ser coletado, preferencialmente, entre o
3° e 5° dia de vida.
• Atenção: a recoleta ou coleta tardia, que é realizada após 30 dias de vida; devem ser
realizadas por punção venosa.
COMO FAZER
• IMPORTANTE: A sala de coleta deve ser um local aconchegante e tranquilo, adequado à
finalidade. O uso de ar refrigerado não é recomendado, pois o resfriamento dos pés
do bebê irá dificultar a obtenção de sangue.
• Materiais Necessários: luvas de procedimento, álcool 70%, lanceta estéril descartável com
ponta triangular de aproximadamente 2 mm, papel filtro do PNTN, algodão ou gaze,
esparadrapo, formulário específico.
• Procedimento de coleta (Etapas):
1. Orientar a mãe ou o responsável quanto ao procedimento a ser realizado;
3. Lavar as mãos;
4. Calçar as luvas de procedimento;
• ATENÇÃO: As mãos devem ser lavadas e as luvas trocadas a cada novo procedimento.
As luvas devem ser retiradas pelo avesso e desprezadas em recipientes apropriados.
Quando estiver portando luvas, não toque outras superfícies como maçanetas, telefones
etc. Não se esqueça, luvas são equipamentos de proteção individual de biossegurança.
5. Colocar a criança em posição: para que haja uma boa circulação de sangue nos pés da
criança, suficiente para a coleta, o calcanhar deve sempre estar abaixo do nível do coração.
A mãe, o pai ou o acompanhante da criança deverá ficar de pé, segurando a criança na
posição de arroto.

99
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
O profissional que vai executar a coleta deve estar sentado, ao lado da bancada, de frente
para o adulto que está segurando a criança. Identifique a área da punção (conforme figura
abaixo). Faça a punção dentro da área sombreada.
7. Massageie o calcanhar do bebê suavemente para ativar a circulação. Limpe a área a ser
puncionada com um algodão embebido em álcool, deixando evaporar o seu excesso.
CUIDADO: a mistura do álcool com sangue pode levar a hemólise.
8. Friccione a perna para produzir uma maior afluência de sangue no pé.
9. Puncione o calcanhar com um só movimento contínuo e firme, fazendo um leve
movimento da mão para direita e esquerda para garantir o corte.
ATENÇÃO: evite agulhas, pois podem atingir estruturas mais profundas como osso ou
vasos de maior calibre.
10. Permita a formação de uma grande gota de sangue. Aguarde a formação de uma
grande gota de sangue. Retire com algodão seco ou gaze esterilizada a primeira gota que
se formou. Não faça “ordenha”, pois esta libera plasma do tecido, diluindo o sangue.
11. Encoste a gota no centro do círculo do papel filtro e deixe o sangue preencher
completamente o círculo. Observe o verso do papel para ter certeza de que foi impregnado
até a parte posterior.
12. Espere uma nova gota e repita o mesmo procedimento até preencher os demais
círculos.
ATENÇÃO: Jamais retorne um círculo já coletado no sangramento para completar áreas
mal preenchidas. A superposição de camadas de sangue interfere nos resultados dos
testes.
Jamais vire o papel para fazer a coleta dos dois lados. É necessário que o sangue
atravesse toda a camada do papel até que todo o círculo esteja preenchido com sangue de
forma homogênea.
13. Uma vez concluída a coleta de sangue, pressione a área puncionada com um algodão
limpo ou gaze até cessar o sangramento.
14. Orientar o responsável quanto à retirada do resultado do exame e a importância de
apresentar o mesmo na consulta de seguimento da criança;
15. Anotar em prontuário eletrônico da produção diária;
16. A amostra, depois de seca, deve estar amarronzada. Se muito escurecida indica
excesso de sangue, portanto deve ser desprezada. Neste caso a criança deverá ser
localizada para nova coleta;
17. Ao coletar, o papel filtro deve ficar em temperatura ambiente, longe do sol por cerca de
3 horas, uma amostra isolada da outra, na posição horizontal, para manter a distribuição
homogênea do sangue;

100
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
18. Após secagem, devem ser envoltas em papel alumínio para evitar a umidade. Colocar
todas as amostras em um saquinho plástico na geladeira, preferencialmente protegido por
um recipiente plástico;
19. O encaminhamento da amostra deve ser feito no máximo em 5 dias para a realização
dos testes.

101
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

D-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Coleta de amostra de sangue venoso


PADRÃO periférico
EXECUTANTE: Equipe de Enfermagem e médica (o)

Sessão VIII – Coleta de material para exames biológicos.

OBJETIVOS: Realizar a coleta de sangue venoso no cliente, para a análise de exames


laboratoriais; melhorar a segurança do cliente, minimizando erros na coleta de sangue
venoso para análise laboratorial.

COMO FAZER:

Importante!

• Ambiente acolhedor;

• Cortesia;

• Respeito à privacidade;

• Explicar o significado e os procedimentos que serão realizados;

• Esclarecer as dúvidas do paciente antes e após a coleta do sangue; materiais:

• Água, sabão e papel toalha;

• Bandeja;

• Álcool a 70% gel ou líquido:

• Bolas de algodão;

• Etiqueta para identificação e caneta preta ou azul

• Luvas de procedimento no tamanho “P,M ou G”;

• Garrote;

• Esparadrapo;

• Seringa de 05 ml ou 10 ml;

• Scalps simples ou a vácuo nº 23 ou 21;


102
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Frasco coletor identificado, com o nome, data de nascimento;

• Pedido do exame;

• Capotes em caso de paciente com precauções de contato;

• Fazer o registro da coleta no livro de procedimento da unidade de saúde, com o nome do


cliente.

Procedimento:

1.Lavar as mãos com água e sabão e secar com papel toalha;

2.Reunir o material necessário numa bandeja;

3.Fazer o rótulo do frasco de coleta, com nome completo do paciente, número do prontuário
e a data;

4.Conferir o nome completo do paciente;

5.Explicar ao paciente e ao acompanhante o procedimento;

6.Levar a bandeja até o paciente;

7.Posicionar o paciente de modo a facilitar a localização da veia para punção;

8.Calçar as luvas de procedimento;

9.Solicitar que o paciente feche a mão;

10.Instalar o garrote, aproximadamente há 4 cm acima do local escolhido para coleta de


sangue;

11.Proceder a antissepsia da pele com álcool a 70% ;

12.Aplicar o antisséptico com algodão em sentido “caracol” do centro para periferia, trocar o
algodão a cada antissepsia do local, esperar secar;

13.Introduzir a agulha no local escolhido com o bisel posicionado para cima;

14.Aspirar a quantidade de sangue necessária para o (s) exame(s) a serem realizado(s) ou;

15.Introduzir a agulha do dispositivo a vácuo com o bisel posicionado para cima, ou o scalps
observar o preenchimento por sangue venoso e acoplar o frasco (tubos específicos para

103
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
coleta laboratorial) diretamente no dispositivo a vácuo e aguardar o preenchimento até a
linha específica da amostra desejada;

16.Soltar o garrote e solicitar ao cliente que abra a mão;

17.Comprimir o local da punção sem dobrar o braço do cliente, solicitando que o mesmo
continue a comprimir por mais dois ou três minutos;

18.Colocar o sangue nos frascos, deixando que o sangue escorra lentamente pelas paredes
dos mesmos;

19.Movimentar o tubo lentamente para homogenizar seu conteúdo, caso tenha


anticoagulante;

20.Recolher o material, desprezando a agulha e a seringa na caixa de descarte para


perfurocortante e os demais encaminhar ao expurgo e desprezar em saco de lixo branco;

21.Não reencapar a agulha;

22.Retirar as luvas de procedimento;

23.Deixar o paciente confortável e a mesa de cabeceira em ordem;

24.Higienizar as mãos com água e sabão e secar com papel toalha;

25.Realizar as anotações de enfermagem no prontuário;

26.Enviar o material ao laboratório juntamente com o pedido, o mais rápido possível;

27.Proceder a higienização da bandeja com água e sabão, secar e guardar em local


apropriado.

104
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

Sessão IX – Limpeza e desinfecção da unidade


• A Descontaminação em local com respingos ou deposição de matéria orgânica
(sangue, secreções, excretas e exsudato).

• B Cuidados a serem observados com materiais e produtos de limpeza.

• C Limpeza de superfícies.

• D Limpeza do mobiliário, bancadas e equipamentos.

• E Técnica de varredura úmida.

• F Técnica de limpeza de pisos.

• G Técnica de limpeza de janelas e portas.

• H Técnica de limpeza de banheiros.

• I Técnicas de limpeza de tetos e paredes.

• J Técnica de limpeza do aparelho de ar-condicionado.

• K Técnica de limpeza e desinfecção de bebedouro.

• L Recolhimento dos resíduos.

• M Segregação, acondicionamento e identificação de resíduos

105
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

A-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Descontaminação em local com


respingos ou deposição de matéria
orgânica (sangue, secreções, excretas e
exsudato).
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Realizar a retirada de sujidades e focos de contaminação de superfícies.

COMO FAZER:

Materiais:

• Pano ou Papel toalha; sabão ou detergente líquido, desinfetante, baldes, rodo, pá, material
de proteção individual

ORIENTAÇÕES / PROCEDIMENTO

• Descontaminação com pequena quantidade de matéria orgânica

• Nas superfícies onde ocorrer um pequeno derramamento de substâncias corporais ou


sangue, incluindo respingos, deve-se:

• Remover a matéria orgânica com papel toalha ou pano

• Proceder à limpeza, utilizando a técnica adequada,

• Realizar, primeiramente, a limpeza com sabão ou detergente na superfície a ser


desinfetada, com o auxílio do rodo.

• Enxaguar e secar.

• Após a limpeza, aplicar o desinfetante na área que foi retirada a matéria orgânica,
deixando o tempo necessário para ação do produto (seguir orientação do fabricante). Se
necessário, realizar enxágue e secagem.

• Mobiliário:

• Realizar limpeza com sabão ou detergente na superfície a ser desinfetada, com o auxílio
de panos de mobília.

• Após limpeza do mobiliário, realizar a fricção com álcool a 70% ou outro desinfetante.

Desinfecção com grande quantidade matéria orgânica:

106
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Remover a matéria orgânica com auxílio do rodo e da pá.

• Desprezar a matéria orgânica, líquida, no esgoto sanitário (tanque do expurgo ou vaso


sanitário) caso a matéria orgânica esteja no estado sólido, acondicionar em saco plástico,
conforme PGRSS. Utilizar EPI apropriado.

• Seguir os mesmos passos indicados na desinfecção com pequena quantidade de matéria


orgânica.

107
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Limpeza de superfícies


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Manter a limpeza de superfícies das unidades de saúde.

TIPOS: Limpeza Concorrente e Limpeza Terminal.

ORIENTAÇÕES:

LIMPEZA CONCORRENTE

• É o procedimento de limpeza realizado, diariamente, em todas as unidades dos


estabelecimentos de saúde com a finalidade de limpar e organizar o ambiente, repor os
materiais de consumo diário (por exemplo, sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha
outros) e recolher os resíduos, de acordo com a sua classificação. Ainda, durante a
realização da limpeza concorrente é possível a detecção de materiais e equipamentos não
funcionantes, auxiliando as chefias na solicitação de consertos e reparos necessários.

• Nesse procedimento estão incluídas a limpeza de todas as superfícies horizontais, de


mobiliários e equipamentos, portas e maçanetas, parapeitos de janelas, e a limpeza do piso
e instalações sanitárias. Merece maior atenção, a limpeza das superfícies horizontais que
tenham maior contato com as mãos do paciente e das equipes, tais como maçanetas das
portas, telefones, interruptores de luz, grades de camas.

ATENÇÃO: Na limpeza concorrente de piso de corredores deve-se dar preferência aos


horários de menor movimento. Em caso de uso de máquinas, devem ser utilizados os
mesmos procedimentos da limpeza concorrente de piso.

LIMPEZA TERMINAL:

• Trata-se de uma limpeza mais completa, incluindo todas as superfícies horizontais e


verticais, internas e externas. O procedimento inclui a limpeza de paredes, pisos, teto,
painel de gases, equipamentos, todos os mobiliários como camas, colchões, macas, mesas
de cabeceira, armários, bancadas, janelas, vidros, portas, peitoris, luminárias, filtros e
grades de ar-condicionado (YAMAUSHI et al., 2000).

108
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Limpeza do mobiliário, bancadas e


PADRÃO equipamentos
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Manter a limpeza e organização dos mobiliários, bancadas e equipamentos.

ORIENTAÇÕES

1- Reunir o material necessário;

2- Colocar o EPI;

3- Encher metade dos baldes, um com água limpa e outro com água limpa e detergente
líquido;

4- Retirar os objetos de cima e, se possível, do interior do móvel ou equipamento a ser


limpo;

5- Retirar a poeira do móvel ou equipamento com o pano úmido dobrado, para obter várias
superfícies de limpeza;

6- Imergir o outro pano na solução detergente e retirar o excesso;

7- Limpar o móvel ou equipamento, esfregando o pano dobrado com

solução detergente; se necessário usar a escova;

8- Retirar toda a solução detergente com pano umedecido em água limpa;

9- Enxugar o móvel ou equipamento;

10- Limpar o material de trabalho e guardar em local apropriado.

109
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
D-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de varredura úmida
PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Manter a limpeza e organização dos serviços de saúde.

ORIENTAÇÕES

1. Reunir o material de limpeza:

2. Colocar o EPI.

3. Preparar o ambiente para limpeza e reunir mobiliário leve para deixar a área livre;

4. Encher os baldes até a metade, um com água limpa e o outro com água e detergente
líquido.

5. Imergir o pano no balde com solução detergente, retirar o excesso e enrolar na vassoura
ou rodo.

6. Passar o pano no piso, sem retirar o pano do chão, iniciando do fundo da sala e se
dirigindo para a porta, de forma que todas as áreas do piso sejam limpas.

7. Recolher a sujidade e jogar no lixo.

8. Imergir outro pano no balde de água limpa, torcer e enrolar na vassoura.

9. Retirar o sabão do piso, iniciando do fundo da sala e se dirigindo para a porta.

10. Secar o piso usando o pano bem torcido.

11. Limpar os rodapés.

12- Recolocar o mobiliário no local original.

13- Limpar o material de trabalho e guardar em local apropriado.

110
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

E-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de limpeza de pisos


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Manter a limpeza e organização dos serviços de saúde.

ORIENTAÇÕES

1- Reunir o material necessário

2- Colocar os EPIs;

3- Reparar o ambiente para a operação; afastar os móveis e os equipamentos das janelas e


portas;

4- Forrar o piso com pano de chão, colocando-o debaixo da janela ou porta;

5- Encher metade de dois baldes, um com água e outro com água e detergente líquido;

6- Imergir o pano no balde com água limpa e torcer;

7- Remover a poeira passando o pano de cima para baixo e da esquerda para a direita;

8- Imergir o outro pano no balde com solução detergente; retirar o excesso e passar no
vidro, moldura da janela ou porta, soleira da janela e maçanetas;

9- Imergir o outro pano de limpeza no balde com água limpa;

10- Passar o pano em toda a extensão da janela ou porta para remover a solução
detergente;

11- Secar a janela ou porta, com pano de limpeza seco;

12- Retirar o pano de chão colocado debaixo da janela ou porta;

13- Recolocar o mobiliário e equipamento no local original;

14- Limpar o material de trabalho e guardar em local apropriado.

111
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

F-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de limpeza de janelas e portas


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Manter a limpeza e organização dos serviços de saúde.

MATERIAL: escada, 2 baldes, água, detergente líquido, esponja de aço fina, panos de

limpeza, espátula, pano de chão, material de proteção individual.

ORIENTAÇÕES

1) Reunir o material necessário;

2) Colocar o EPI;

3) Preparar o ambiente para a operação; afastar os móveis e os equipamentos

das janelas e portas;

4) Forrar o piso com pano de chão, colocando-o debaixo da janela ou porta;

5) Encher metade de dois baldes, um com água e outro com água e detergente líquido;

6) Imergir o pano no balde com água limpa e torcer;

7) Remover a poeira passando o pano de cima para baixo e da esquerda para a direita;

8) Imergir o outro pano no balde com solução detergente; retirar o excesso e passar no
vidro, moldura da janela ou porta, soleira da janela e maçanetas;

9) Imergir o outro pano de limpeza no balde com água limpa;

10) Passar o pano em toda a extensão da janela ou porta para remover a solução
detergente;

11) Secar a janela ou porta, com pano de limpeza seco;

12) Retirar o pano de chão colocado debaixo da janela ou porta;

13) Recolocar o mobiliário e equipamento no local original;

14) Limpar o material de trabalho e guardar em local apropriado.

112
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

G-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de limpeza de banheiros


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Manter a limpeza e organização dos serviços de saúde.

MATERIAL: panos de limpeza, detergente líquido, saponáceo, esponja sintética, arame,


material de proteção individual, vassoura para vaso sanitário, baldes, hipoclorito de sódio a
1%.

ORIENTAÇÕES

1 - Recolher o lixo (conforme protocolo);

2 - Limpar tetos e paredes (conforme protocolo);

3- Limpar janelas e portas (conforme protocolo);

4 - Limpar pias;

5 - Separar o material necessário: panos de limpeza, detergente líquido, saponáceo,


esponja sintética, arame, material de proteção individual;

6 - Colocar o EPI;

7 - Umedecer a esponja de aço e espalhar o sapólio sobre ela;

8 - Esfregar a esponja sintética com sapólio na parte interna da pia; o Passar a esponja com
detergente líquido na torneira;

9 - Retirar os detritos localizados no interior da válvula, usando um gancho de arame;

10 - Esfregar a parte externa da pia, as torneiras e encanamentos sob a pia com pano
umedecido em água e detergente líquido;

11 - Enxaguar a parte interna e externa da pia com água limpa;

12 - Secar a pia com um pano seco, polindo a torneira;

13 - Limpar o material de trabalho e guardá-lo em local apropriado; 5- Limpar instalações


sanitárias:

113
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
14 - Separar o material necessário: panos de limpeza, vassoura para vaso sanitário, escova
sintética, 2 baldes, água - detergente líquido, sapólio, hipoclorito de sódio a 1%, material de
proteção individual

15 - Colocar EPI;

16 - Encher metade dos baldes, um com água limpa e outro com água e detergente líquido;

17 - Dar descarga no vaso sanitário;

18 - Esfregar o tampo do vaso por cima e por baixo, com a escova sintética, usando solução
detergente;

19 - Espalhar sapólio no pano embebido em solução detergente;

20 - Esfregar a parte externa do vaso com pano embebido em solução detergente e sapólio;

21 - Enxaguar o tampo, o assento, a borda e a parte externa do vaso com água limpa; o
jogar solução detergente e sapólio dentro do vaso, esfregando-o com vassoura de vaso,
iniciando pela borda interna do vaso e terminando na saída de água;

22 - Dar descarga no vaso sanitário continuando a esfregar a parte interna com vassoura de
vaso, até a água ficar limpa;

23 - Lavar a alavanca ou botão de descarga com pano umedecido em água e detergente;

24 - Retirar o detergente com pano umedecido em água limpa;

25 - Secar o tampo e o assento do vaso sanitário com pano limpo;

26 - Secar a parte externa do vaso e a alavanca ou botão de descarga com pano limpo; o
limpar o material de trabalho e guardá-lo no local apropriado.

27 - Lavar o piso.

114
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

H-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de limpeza de tetos e paredes


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Retirar a poeira e substâncias aderidas ao teto, paredes, luminárias e


interruptores.

MATERIAL: escada, 2 baldes, vassoura, 3 panos de chão, esponja de aço fina, escova,
espátula, água, detergente líquido, material de proteção individual.

ORIENTAÇÕES

Reunir o material de limpeza;

Colocar o EPI;

Preparar o local para limpeza;

Afastar os móveis e equipamentos das paredes;

Forrar os móveis e os equipamentos;

Encher metade dos baldes, um com água limpa e outro com água e detergente líquido;

Imergir um pano no balde com água limpa, retirar o excesso de água, enrolar na vassoura
ou rodo;

Retirar o pó do teto e paredes, com o pano úmido fazendo movimentos em um único


sentido;

Enxaguar delimitando pequenas áreas;

Imergir outro pano na solução detergente, torcer e enrolar o pano em uma vassoura;

Esfregar o pano no teto, sempre num mesmo sentido, iniciando de um dos cantos;

Imergir o pano limpo na água limpa, torcer e enrolar na vassoura;

Retirar toda solução detergente do teto; mergir o pano na solução detergente, torcer e
enrolar na vassoura;

Esfregar o pano na parede, sempre no mesmo sentido; enrolar na vassoura o pano com
água limpa e retirar toda solução detergente da parede;

115
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
Verificar se o teto e as paredes estão bem limpos, se necessário repetir a operação;

Retirar a forração dos móveis e equipamentos;

Recolocar o mobiliário e os equipamentos no local original;

Limpar o material de trabalho e guardar no local apropriado.

Deve-se dividir o local para limpeza em pequenas áreas para que seja feito o enxágue
antes de secar a solução detergente.

Paredes: iniciar na parte superior (próximo ao teto) até a metade da parede e deste ponto
até a parte inferior (próximo ao piso).

116
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

I-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de limpeza do aparelho de ar-


PADRÃO condicionado
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Retirar a poeira e substâncias aderidas ao teto, paredes, luminárias e


interruptores.

MATERIAL: Panos de limpeza, 2 baldes, água, detergente líquido, material de proteção


individual.

ORIENTAÇÕES

• Separar o material necessário;


• Colocar o EPI;
• Desligar o aparelho de ar-condicionado da tomada;
• Retirar a tampa externa do aparelho;
• Encher metade dos dois baldes, um com água e outro com água e detergente;
• Imergir o pano de limpeza no balde com solução detergente e torcer;
• Limpar a tampa externa do aparelho com o pano;
• Passar o outro pano com água limpa na tampa externa do aparelho e remover toda a
solução detergente;
• Secar com pano limpo;
• Retirar o filtro do aparelho;
• Proceder a limpeza do filtro conforme orientações do fabricante;
• Recolocar o filtro no aparelho.
• Recolocar a tampa externa do aparelho.
• Ligar o aparelho de ar-condicionado na tomada.
• Limpar o material de trabalho e guardar em local adequado.

117
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

J-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de limpeza e desinfecção de


PADRÃO bebedouro
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Remover poeira e substâncias aderidas no bebedouro, com o objetivo de evitar


a contaminação da água.

MATERIAL: 2 baldes, 3 panos de limpeza, escova para reentrâncias, água, detergente


líquido, álcool a 70%, material de proteção individual.

ORIENTAÇÕES

1.Separar o material necessário;


2.Colocar o EPI;
3.Desligar o bebedouro da tomada;
4.Encher metade dos dois baldes, um com água e outro com água e detergente;
5.Imergir o pano de limpeza no balde com solução detergente e torcer;
6.Passar o pano no bebedouro, fazendo movimentos retos, sempre de cima para
baixo;
7.Molhar a escova no balde com solução detergente;
8.Utilizar a escova para lavar ao redor do dispositivo de saída da água e o acionador
de água;
9.Passar o outro pano com água limpa no bebedouro e remover toda a solução
detergente;
10.Friccionar álcool a 70% ao redor do dispositivo de saída de água, acionador de
água e local de escoamento de água. Repetir o procedimento 3 vezes;
11.Ligar o bebedouro na tomada;
12.Limpar o material de trabalho e guardar em local adequado.

118
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

K-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Recolhimento dos resíduos


PADRÃO
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃOIX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Recolher todos os resíduos de uma Unidade, acondicionando-os de forma


adequada e manuseando-os o mínimo possível. É a operação que precede todas as rotinas
técnicas de limpeza e desinfecção. Deve ser iniciada, sempre, da área menos contaminada
para a mais contaminada.

MATERIAL: sacos de lixo de material plástico conforme classificação do material, material


de proteção individual.

ORIENTAÇÕES

1.Reunir o material para recolher o lixo


2.Colocar o EPI;
3.Recolher o saco de lixo que se encontra na lixeira, amarrando bem as bordas;
4.Colocar um saco de lixo novo na lixeira, fixando-o firmemente nas bordas;
5.Transportar o lixo recolhido até o depósito para a remoção pela coleta externa.
6.Acondicionar o lixo no depósito adequado a cada tipo de resíduo, comum
(doméstico), contaminado ou material reciclável.
As lixeiras devem ser esvaziadas uma vez ao dia ou sempre que atingirem 2/3 do
volume da embalagem;
As lixeiras devem ser lavadas com água e sabão, semanalmente e sempre que
necessário;
Verificar as regras básicas de acondicionamento do lixo de acordo com o tipo de
resíduos;
Para o transporte do lixo é recomendado a utilização de carrinho o ou recipiente
fechado, que deve ser de uso exclusivo e específico para cada grupo de resíduo.
Este carrinho ou recipiente deverá ser higienizado após sua utilização;
Deve-se evitar, durante o transporte de resíduos, o cruzamento com pessoas e/ou
material limpo nos corredores.
Os resíduos não devem ficar expostos na via pública e sim em contêineres e/ou
recintos exclusivos.

119
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

L-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Segregação, acondicionamento e


PADRÃO identificação dos resíduos
EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO IX: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Separar, acondicionar e identificar resíduos em embalagens adequadas para


coleta, transporte, armazenamento e disposição final seguros. Deve ser de acordo com o
tipo do resíduo e os limites de enchimento devem ser obedecidos.

Separar os resíduos de acordo com o grupo (RDC 306/2004 Anvisa)

1) Grupo A - Resíduos potencialmente infectantes;

2) Grupo B – Resíduos químicos;

3) Grupo D – Resíduos Comuns (semelhante ao domiciliar e reciclável);

4) Grupo E – Resíduos perfuro cortantes.

• Para resíduos do grupo A:

Acondicionar os resíduos em lixeira com sacos plásticos brancos leitosos especificados na


NBR 9190, de forma que os mesmos preencham até 2/3 do volume da embalagem,
possibilitando que esta seja amarrada acima do conteúdo, para evitar o transbordamento na
hora da coleta;

• Para resíduos do grupo B:

Acondicionar os resíduos em galões coletores específicos para o material, mantendo-o


sempre fechado.

• Para resíduos do grupo D:

Acondicionar os resíduos em lixeira com saco de lixo preto, provendo o seu descarte
adequado.

• Para resíduos do grupo E

Devem ser acondicionados em recipientes resistentes, reforçados impermeáveis e grandes


o suficiente para receber o material de uso diário do local. As agulhas não devem ser
destacadas das seringas ou manuseadas, a fim de evitar acidente de trabalho. Ao ser
descartado, o recipiente deve estar devidamente fechado, envolvido em saco plástico
branco leitoso identificado “material cortante”.

120
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Todos os resíduos devem estar corretamente acondicionados e identificados oferecendo
condições adequadas para manuseio.

ATENÇÃO: Os resíduos do grupo A gerados nos serviços de assistência domiciliar


devem ser condicionados e recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por
pessoa treinada para a atividade e encaminhados para o estabelecimento de saúde de
referência.

➢ Para o transporte do lixo é recomendado a utilização de carrinho o ou


recipiente fechado, que deve ser de uso exclusivo e específico para cada
grupo de resíduo. Este carrinho ou recipiente deverá ser higienizado após sua
utilização;
➢ Deve-se evitar, durante o transporte de resíduos, o cruzamento com
pessoas e/ou material limpo nos corredores.

Os resíduos não devem ficar expostos na via pública e sim em contêineres e/ou
recintos exclusivos.

121
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

Sessão X – Orientações básicas aos profissionais de saúde


A Orientações básicas de higiene pessoal dos profissionais de saúde.

B Higienização das mãos.


C Técnica de lavagem das mãos.
D Uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e equipamentos de proteção
coletiva (EPC).

122
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

A-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Orientações básicas de higiene pessoal


PADRÃO dos profissionais de saúde
EXECUTANTE: Todos os profissionais da Unidade Básica de Saúde e/ou Estratégia de
Saúde da Família.

SESSÃO X: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Garantir a higienização pessoal e o bem-estar do profissional, evitando a


transmissão de infecções.

Como fazer:

ORIENTAÇÕES:

HIGIENE PESSOAL:

• Deve o profissional de saúde manter a higiene corporal, que está diretamente ligada a
aparência pessoal.

Procedimentos:

CUIDADOS COM O CORPO:

• Através da execução do serviço de assepsia entra-se em contato com microrganismos que


ficam aderidos à pele, unhas e cabelos. Somente o banho poderá eliminar o suor, sujidades
e os microrganismos e tornar a aparência agradável.

• Não utilizar anéis, pulseiras, relógios e outros adornos.

CUIDADOS COM OS CABELOS:

• Os cabelos devem estar limpos e, presos, se compridos. o Manter cabelos penteados. No


caso de homens manter os cabelos cortados e alinhados. Manter barba e bigode aparados.

CUIDADOS COM AS VESTIMENTAS:

• Todo trabalho requer esforço físico, o suor é inevitável, portanto, a roupa deve ser trocada
diariamente.

• Deve-se observar na vestimenta a limpeza com ausência de manchas, odor e descostura.

123
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
É imprescindível o uso de jaleco, vestimentas próprias da unidade, scrubs (pijamas
cirúrgicos.

• Não utilizar roupas com decotes, transparências ou curtas.

• Os jalecos devem ser utilizados APENAS na Unidade de Básica de Saúde (UBS) ou


Estratégia de Saúde da Família (ESF), não deve ser utilizado em ruas, carros e ambientes
inapropriados.

CUIDADOS COM OS SAPATOS:

• Devem ser fechados e impermeáveis, para proteger os pés.

• Devem ser limpos

• Não devem ser utilizados sapatos abertos, sandálias, chinelos, rasteirinhas.

124
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Técnica de lavagem das mãos


PADRÃO
EXECUTANTE: Todos os profissionais da Unidade Básica de Saúde e/ou Estratégia de
Saúde da Família.

SESSÃO X: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde, visando à


segurança do paciente e dos profissionais de saúde.

DEFINIÇÕES:

• Higiene simples das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabão comum, sob a
forma líquida.

• Higiene antisséptica das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabão associado a
agente antisséptico.

• Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: Aplicação de preparação


alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de enxague
em água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos.

• Preparação alcoólica para higiene das mãos sob a forma líquida: preparação contendo
álcool, na concentração final entre 60% a 80% destinadas à aplicação nas mãos para
reduzir o número de micro- organismos. Recomenda-se que contenha emolientes em sua
formulação para evitar o ressecamento da pele.

• Preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras:
preparações contendo álcool, na concentração final mínima de 70% com atividade
antibacteriana comprovada por testes de laboratório in vitro (teste suspensão) ou in vivo,
destinadas a reduzir o número de micro-organismos. Recomenda-se que contenha
emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele.

• Antisséptico degermante: Sabão (detergente) contendo um agente antisséptico e sua


formulação; se destina à degermação da pele. Exemplo: Clorexidina degermante a 4%;
PVPI a 10%.

• Detergentes: São compostos que apresentam ação de limpeza (Exemplo:surfactantes). O


termo sabão é usado para se referir a estes detergentes.

Como fazer:

ORIENTAÇÕES:

USO DE ÁGUA E SABÃO

125
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Indicação: Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e
outros fluidos corporais.

• Ao iniciar o turno de trabalho.

• Após ir ao banheiro.

• Antes e depois das refeições.

• Antes de preparo de alimentos.

• Antes de preparo e manipulação de medicamentos.

• Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

Procedimentos:

USO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA

• Indicação: Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem
visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir:

• Antes de contato com o paciente.

• Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das


mãos do profissional de saúde.

• Exemplos: exames físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da temperatura.

corporal); contato físico direto (aplicação de massagem, realização de higiene corporal); e


gestos de cortesia e conforto.

• Após contato com o paciente.

• Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao


paciente, evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente.

• Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos

• Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos

• oriundos das mãos do profissional de saúde.

• Exemplos: contato com membranas mucosas (administração de medicamentos pelas vias


oftálmica e nasal); com pele não intacta (realização de curativos, aplicação de injeções); e
com dispositivos invasivos (cateteres intravasculares e urinários, tuboendotraqueal).

126
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo
cirúrgico

• Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos

• das mãos do profissional de saúde. Exemplo: inserção de cateteres vasculares periféricos.

• Após risco de exposição a fluidos corporais

• Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao

paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou


pacientes.

• Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao


paciente

• Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos de uma


determinada área para outras áreas de seu corpo. Exemplo: retirada de pontos

• para acesso venoso devem-se planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na


sequência: sítio menos contaminado para o mais contaminado.

• Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente

• Objetivo: proteção do profissional, das superfícies e dos objetos imediatamente próximos


ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais
ou pacientes.

Exemplos: manipulação de respiradores, troca de roupas de cama, ajuste da velocidade de


infusão de solução endovenosa.

• Antes e após remoção de luvas (sem talco)

• Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao


paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou
pacientes.

• As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a


reduzir a transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter micro furos ou perder sua
integridade sem que o profissional perceba, possibilitando a contaminação das mãos.
Exemplo: manipulação de invólucros de material estéril.

USO DE ANTISSÉPTICOS:

• Estes produtos associam detergentes com antissépticos e se destinam à higienização


antisséptica das mãos e degermação da pele.

127
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
Indicação:

• Higienização antisséptica das mãos;

• Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de


microrganismos multirresistentes;

• Nos casos de surtos;

Degermação da pele:

• No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para todos que


participará do procedimento).

• Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: suturas, pequenos


procedimentos.

TÉCNICAS HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS:

• Finalidade: Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da

pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade

propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.

• Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

• Importante: No caso de torneiras com contato manual para fechamento, SEMPRE utilize
papel toalha. O uso coletivo de toalhas de tecido é contraindicado, pois permanecem
úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana.

HIGIENIZAÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS:

• Finalidade: Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga


microbiana das mãos, com auxílio de um antisséptico.

• Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

Técnica: A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para higienização


simples das mãos, substituindo-se o sabão por um antisséptico. Exemplo: antisséptico
degermante.

FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS (COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS):

• Finalidade: Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A


utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode
substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente
sujas.

128
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.

• As informações sobre as porcentagens e formulações encontram-se no rótulo do produto.

129
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Uso de equipamentos de proteção individual


PADRÃO (EPI) e equipamentos de proteção coletiva
(EPC).

EXECUTANTE: Equipe de Serviço de Limpeza

SESSÃO X: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA UNIDADE

OBJETIVO: Proporcionar a segurança dos profissionais da saúde.

COMO FAZER:

MATERIAIS

BOTAS DE PVC: Utilizadas para proteção dos pés e pernas durante as atividades de
limpeza e desinfecção onde há contato com umidade excessiva e produtos químicos. São
de uso individual, sendo aconselhável utilizar com os pés limpos e meias de algodão.
Devem ser de cano médio com solado reforçado antiderrapante.

• Limpeza e conservação:

• Lavar com água e detergente.

• Enxaguar.

• Colocar para secar em local ventilado.

GORROS OU TOCAS: Devem ser descartáveis, de uso individual, para proteção dos
cabelos nas atividades em que há possibilidade de respingo de líquidos diversos, proteção
contra contaminação em procedimentos e para limpeza de áreas acima do nível da cabeça,
onde há possibilidade de projeção de poeira (teto, parede, janela etc.). A touca deverá cobrir
todo cabelo.

LUVAS DE SEGURANÇA: Utilizadas para proteção das mãos e antebraços durante as


atividades de limpeza e desinfecção. Devem ser de látex natural, com forro, superfície
antiderrapante e de cano longo. São de uso individual.

• Limpeza e conservação:

• Lavar com água e detergente a parte externa das luvas, antes de serem retiradas.

• Enxaguar as mãos enluvadas com água corrente e secar com compressa ou pano de
limpeza.

130
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Retirar as luvas pelo avesso e limpar com compressa ou pano umedecido em água e
detergente. Remover o detergente com pano úmido e secar as luvas.

• Calçar luvas de procedimentos e imergir as luvas em Hipoclorito de Sódio 1% por 30


minutos.

• Enxaguar abundantemente em água corrente e secar com compressa ou pano de limpeza.

• Acondicionar em saco plástico ou recipiente fechado.

MÁSCARA DE PROTEÇÃO: Utilizadas nas tarefas onde há possibilidade de respingo de


líquidos diversos na boca e no nariz e para limpeza de áreas acima do nível da cabeça,
onde há possibilidade de projeção de poeira (teto, parede, janela etc.). São descartáveis e
de uso individual. As máscaras devem ser retangulares, com três camadas de falso tecido,
peça flexível para ajuste sobre o nariz e tiras para fixação à cabeça.

ÓCULOS DE PROTEÇÃO: Utilizados nas tarefas onde há possibilidade de respingo de


líquidos diversos no rosto e para limpeza de áreas acima do nível da cabeça, onde há
possibilidade de projeção de poeira (teto, parede, janela etc.). Os óculos devem ser
confeccionados com armação e visor em policarbonato, proteção lateral, lente transparente
com tratamento especial contra riscos, arranhões e embaçamento.

• Limpeza e conservação;

• Lavar com água e detergente neutro. Enxaguar abundantemente;

• Secar bem com compressa ou pano de limpeza;

• Desinfetar por meio de imersão em Hipoclorito de Sódio 1% por 30 minutos.

• Enxaguar abundantemente em água corrente;

• Secar com compressa ou pano;

• Acondicionar em saco plástico ou recipiente fechado.

SAPATO DE SEGURANÇA: Utilizados no uso diário, nas atividades em que não há contato
com umidade. Devem ser totalmente fechados e com sola antiderrapante. São de uso
individual, sendo aconselhável utilizar com os pés limpos e meias de algodão. Limpeza
conforme orientação do fabricante.

ATENÇÃO: Substituir o EPI quando estiverem em mau estado de conservação e higienizar


conforme rotina da unidade.

131
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

SESSÃO XI – Testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis


(ISTs)
•A Procedimento Operacional Padrão (POP): Teste rápido para a detecção de HIV 1 e 2.

• B Procedimento Operacional Padrão (POP): Teste rápido para a detecção de hepatite B.

• C Procedimento Operacional Padrão (POP): Teste rápido para a detecção de hepatite C.

• D Operacional Padrão (POP): Teste rápido para a detecção de sífilis.

➢ Todas as amostras devem ser consideradas potencialmente infectantes e


devem ser manipuladas e descartadas de acordo com as precauções de
utilização e descarte recomendadas pela RDC/ANVISA Nº 306/2004.

132
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

A-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Teste rápido para a detecção de HIV 1 e 2


PADRÃO
Modelo:bioclin

EXECUTANTE: Enfermeiros (as)

SESSÃO XI: Testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

OBJETIVO: Promover a identificação precoce da contaminação pelo vírus HIV 1 e 2, para a

adoção imediata de medidas de profilaxia contra a transmissão vertical em adolescentes,


adultos, mulheres, gestantes e idosos.

COMO FAZER: Orientar o paciente e separar os materiais para a realização do


procedimento.

MATERIAIS:

● Kit de testagem rápida para o HIV 1 e 2 disponíveis no estoque da UBS;

● Equipamentos de proteção individual (EPIs): luvas descartáveis, óculos de proteção ou


protetor facial, avental;

● Algodão;

● Álcool a 70%;

● Papel absorvente;

● Relógio de pulso;

● Caneta tipo marcador;

● Folha de trabalho de realização dos testes rápidos; impresso para emissão do laudo;

● Recipientes para descarte de lixo seco, de material biológico e perfurocortante;

● Em pacientes gestantes, registrar na Carteira de Gestante (pré-natal);

● Prontuário.

TÉCNICA PUNÇÃO DIGITAL / LANCETA

1- Retirar o cassete da embalagem protetora, colocá-la sobre uma superfície limpa e


nivelada e identificá-la de forma adequada.

133
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
2- Lavar e secar as mãos do paciente. Passar álcool 70% (p/p) na ponta do dedo para
assepsia da área utilizada.

3- Pressionar a ponta do dedo que será perfurada pela lanceta para acúmulo de sangue
nesta região.

4- Remover a tampa de proteção da lanceta.

5- Posicionar e pressionar a lanceta com firmeza sob a área a ser lancetada. Em seguida, o
sangue sairá pela área perfurada.

6- Coletar o sangue com auxílio da pipeta plástica descartável

que acompanha o kit. Aspire o sangue até o traço marcado na pipeta plástica descartável.

7- No poço A dispensar o sangue pressionando a mesma.

8-Segurar o frasco de diluente (Reagente) verticalmente e aplicar 2 gotas (70 ml) de


diluente no poço B.

9- Aguardar a formação das linhas. Interpretar os resultados entre 15 e 30 minutos. Não


interpretar após 30 minutos.

INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS:

• Teste Reagente: Formação de linha controle e mais uma ou duas linhas vermelhas
após 15 minutos na região de teste. Não interpretar após 30 minutos.

• HIV 1 Reagente: Além da linha vermelha na região do Controle(C), forma-se outra


linha na região de Teste 1 (T1).

• HIV 2 Reagente: Além da linha vermelha na região do Controle(C), forma-se outra


linha na região de Teste 2 (T2).

• HIV 1 e 2 Reagentes: Além da linha vermelha na região do Controle (C), formam-se


duas outras linhas nas regiões de Teste1 e 2 (T1 e T2).

• Se a intensidade da cor da linha T1 for maior que a linha T2 pode-se considerar o


resultado como HIV-1 reagente.

• Se a intensidade da cor da linha T2 for maior que a linha T1 pode-se considerar o


resultado como HIV-2 reagente.

• Teste Não Reagente: Formação de apenas uma linha vermelha, após 15 minutos, na
região do Controle. Não interpretar após 30minutos.

• Teste Inválido: A ausência de formação de linha na região do Controle (C), indica erro
no procedimento ou deterioração do cassete. Neste caso, repetir o teste.

134
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
B-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO-Teste rápido para a detecção de hepatite
B.

EXECUTANTE: Enfermeiros (as)

SESSÃO XI: Testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

OBJETIVO: Promover a identificação precoce da contaminação pelo vírus da hepatite B,


para a adoção imediata de medidas de profilaxia contra a transmissão vertical em
adolescentes, adultos, mulheres, gestantes e idosos.

COMO FAZER: Orientar o paciente e separar os materiais para a realização do


procedimento.

MATERIAIS:

● Kit de testagem rápida para a detecção de hepatite B disponíveis no estoque da UBS;

● Equipamentos de proteção individual (EPIs): luvas descartáveis, óculos de proteção ou


protetor facial, avental;

● Algodão;

● Álcool a 70%;

● Papel absorvente;

● Relógio de pulso;

● Caneta tipo marcador;

● Folha de trabalho de realização dos testes rápidos; impresso para emissão do laudo;

● Recipientes para descarte de lixo seco, de material biológico e perfuro cortante;

● Em pacientes gestantes, registrar na Carteira de Gestante (pré-natal);

● Prontuário.

TECNICA:

1. Para realização do teste é necessário que o Kit e as amostras estejam em temperatura


ambiente.

2. Informar ao usuário ou acompanhante sobre o procedimento;

3. Higienizar as mãos;

135
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
4. Verificar a data de validade do teste antes de abrir a embalagem.

5. Seguir orientações conforme a bula

6. Retirar o Dispositivo de Teste (cassete) da embalagem. Selecione um dos dedos


“Indicador, Médio ou Anelar” para fazer a punção.

8. Pressionar levemente a ponta do dedo, onde será feita a punção, para acúmulo de
sangue nesta região, colocá-lo sobre uma superfície limpa e nivelada, e identificá-lo de
forma adequada.

TECNICA:

1- Retirar o cassete (dispositivo de teste) da embalagem protetora, colocá-la sobre uma


superfície limpa e nivelada e identificá-la de forma adequada.

2- Lavar e secar as mãos do paciente. Passar álcool 70% (p/p) na ponta do dedo para
assepsia da área utilizada.

3- Pressionar a ponta do dedo que será perfurada pela lanceta para acúmulo de sangue
nesta região.

4- Remover a tampa de proteção da lanceta.

5- Posicionar e pressionar a lanceta com firmeza sob a área a ser lancetada. Em seguida, o
sangue sairá pela área perfurada.

6- Coletar o sangue com auxílio da pipeta plástica descartável que acompanha o kit.Encoste
a pipeta sobre a gota de sangue e deixe o sangue fluir por capilaridade, sem pressionar o
bulbo, até o traço marcado na pipeta plástica descartável (equivalente a75 μL de sangue).

7- No poço de amostra, dispensar o sangue pressionando o bulbo da pipeta.

8- Segurar o frasco de diluente (Reagente) verticalmente e aplicar 2 gotas (50 μL) de


diluente no poço da amostra.

9- Aguardar a formação das linhas. Interpretar os resultados entre 15 e 30 minutos. Não


interpretar após 30 minutos.

INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO

• Teste Reagente: Formação de duas linhas vermelhas, uma na região controle (C) e
uma na região teste (T) após 15 minutos. Não interpretar após 30 minutos.

136
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
• Teste Não Reagente: Formação de uma linha vermelha na região controle (C) e
ausência completa de linha na região teste(T) após 15 minutos. Não interpretar após
30 minutos.

• Teste Inválido: A ausência de formação de linha na região do controle (C), indica erro
no procedimento ou deterioração do cassete. Neste caso, repetir o teste utilizando
novo cassete.

137
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

C-PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO-Teste rápido para a detecção de hepatite


C.
EXECUTANTE: Enfermeiros (as)

SESSÃO XI: Testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

OBJETIVO: Promover a identificação precoce da contaminação pelo vírus da hepatite C,


para a adoção imediata de medidas de profilaxia contra a transmissão vertical em
adolescentes, adultos, mulheres, gestantes e idosos.

COMO FAZER: Orientar o paciente e separar os materiais para a realização do


procedimento.

MATERIAIS:

● Kit de testagem rápida para a detecção de hepatite C disponíveis no estoque da UBS;

● Equipamentos de proteção individual (EPIs): luvas descartáveis, óculos de proteção ou


protetor facial, avental;

● Algodão;

● Álcool a 70%;

● Papel absorvente;

● Relógio de pulso;

● Caneta tipo marcador;

● Folha de trabalho de realização dos testes rápidos; impresso para emissão do laudo;

● Recipientes para descarte de lixo seco, de material biológico e perfuro cortante;

● Em pacientes gestantes, registrar na Carteira de Gestante (pré-natal).

TECNICA:

1. Para realização do teste é necessário que o Kit e as amostras estejam em temperatura


ambiente.

2. Informar ao usuário ou acompanhante sobre o procedimento;

3. Higienizar as mãos;

4. Verificar a data de validade do teste antes de abrir a embalagem.

138
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
5. Seguir orientações conforme a bula.

6. Retirar o Dispositivo de Teste (cassete) da embalagem protetora, colocá-lo sobre uma


superfície limpa e nivelada, e identificá-lo de forma adequada;

7. Selecione um dos dedos “Indicador, Médio ou Anelar” para fazer a punção;

8. Pressionar levemente a ponta do dedo, onde será feita a punção, para acúmulo de
sangue nesta região;

9. Passar álcool 70% na ponta do dedo para assepsia da área a ser utilizada;

10. Remover a tampa de proteção da lanceta;

11. Posicionar e pressionar a lanceta com firmeza. Em seguida, uma gota de sangue sairá
pela área puncionada;

12. Coletar o sangue com auxílio da pipeta plástica descartável que acompanha o
Kit.Encoste a pipeta sobre a gota de sangue e deixe o sangue fluir por capilaridade, sem
pressionar o bulbo, até o traço marcado na pipeta plástica descartável;

13. No poço da amostra, dispensar o sangue, pressionando o bulbo da pipeta;

14. Segurar o frasco de diluente (Reagente) verticalmente e aplicar a quantidade de diluente


solicitada pelo fabricante no poço de amostra, evitando a formação de bolha;

15. Aguardar a formação das linhas. Interpretar o resultando conforme o tempo determinado
pelo Fabricante do Teste. Não ultrapassar o tempo máximo determinado pelo fabricante.

OBSERVAÇÕES:

Teste rápido realizado apenas para triagem. Em caso de resultado reagente para hepatite
C,fazer a notificação compulsória e encaminhar para avaliação médica;

Verificar se o paciente já foi imunizado com as 03 doses de hepatite B;

Verificar sempre o prazo de validade dos Kits;

O número de lote da embalagem externa deve ser utilizado no registro da sua rotina diária,
no protocolo de registro dos testes, para a identificação e controle de validade do kit;

Lançar o procedimento no prontuário eletrônico.

139
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

D-PROCEDIMENTO OPERACIONAL Teste rápido para a detecção de sífilis.


PADRÃO

EXECUTANTE: Enfermeiros (as)

SESSÃO XI: Testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

OBJETIVO: Realizar a triagem da infecção causada pelo Treponema pallidum,


fundamentada na tecnologia de imunocromatografia de fluxo lateral, que permite a detecção
dos anticorpos específicos anti-T pallidum no sangue total. Promover a adoção imediata de
medidas de profilaxia contra a transmissão vertical em neonatos, crianças, adolescentes,
adultos, mulheres, gestantes e idosos.

COMO FAZER: Orientar o paciente e separar os materiais para a realização do


procedimento.

MATERIAIS:

● Kit de testagem rápida para a detecção de sífilis disponíveis no estoque da UBS;

● Equipamentos de proteção individual (EPIs): luvas descartáveis, óculos de proteção ou


protetor facial, avental;

● Algodão;

● Álcool a 70%;

● Papel absorvente;

● Relógio de pulso;

● Caneta tipo marcador;

● Folha de trabalho de realização dos testes rápidos; impresso para emissão do laudo;

● Recipientes para descarte de lixo seco, de material biológico e perfuro cortante;

● Em pacientes gestantes, registrar na Carteira de Gestante (pré-natal);

● ProntuárioTÉCNICA:

1. Orientar o usuário referente ao procedimento que será realizado;

2. Reunir o material;

3. O teste deve estar na temperatura ambiente na hora da execução;


140
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
4. Preencher o laudo com informação do usuário e teste, deixando o registro do resultado

para o momento posterior a leitura do resultado;

5. Estar de jaleco, higienizar as mãos, colocar o óculo de proteção facial ou protetor fácil;

6. Calçar as luvas de procedimentos;

7. Abrir o kit e identificar com o nome da paciente o dispositivo e o frasco de diluição


(quando houver);

8. Forrar com papel absorvente o local onde será realizado o exame;

1.1 Plataforma de fluxo lateral:

9. Selecionar o dedo a ser puncionado, higienizando - o com algodão embebido em álcool a


70%;

10. Fazer a punção do dedo, quando estiver seco, com o auxílio de uma lanceta retrátil.

11. Colete a amostra de sangue total, preenchendo o capilar, conforme instruções do


fabricante;

12.Colocar o capilar na posição vertical e dispensar o volume coletado na área do


dispositivo de teste indicada com um “S” (do inglês sample, ou amostra, em português),
encostando levemente o capilar na cavidade (sempre sobrará um volume morto, que não se
deslocará do tubo capilar e deverá ser descartado);

13.Imediatamente após a aplicação da amostra, com o frasco na posição vertical, adicionar


o número de gotas do diluente na área em que foi colocada anteriormente a amostra,
conforme instrução do fabricante;

14.Após a colocação do diluente, aguardar o período indicado pelo fabricante e proceder à

leitura do resultado;

15.O resultado será considerado reagente quando a linha controle e a do teste ficarem
coloridas;

16. O resultado será considerado não reagente quando somente a linha controle ficar
colorida.;

Selecionar o dedo a ser puncionado, higienizando-o com algodão embebido em álcool a


70%;

3.Fazer a punção do dedo, quando estiver seco, com o auxílio de uma lanceta retrátil;

141
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
4.Coletar a amostra de sangue total, preenchendo a alça coletora, conforme instruções do
fabricante;

5.Inserira alça coletora com a amostra no frasco de eluição, de modo que a alça toque no
fundo do frasco;

6.Quebrar a alça coletora no ponto de quebra e, em seguida, recolocar a tampa;

7.Homogeneizar gentilmente o frasco, fazendo movimentos circulares sobre uma superfície

plana, por 10 segundos.

8.Desenroscar o frasco, colocá-lo em posição vertical e adicionar duas gotas da solução no


poço 1 do dispositivo de teste (evite a formação de bolhas de ar ao dispensar as gotas)

9.Marcar o horário e aguardar o tempo indicado nas instruções do fabricante;

10.Como frasco do tampão na posição vertical e, sem tocar o dispositivo do teste, adicionar
o número de gotas (de acordo com a orientaçã11. Após a colocação do diluente, aguardar o
tempo indicado pelo fabricante e proceder à leitura;

12. O resultado será considerado reagente quando a linha controle e a do teste ficarem
coloridas;

13. O resultado será considerado não reagente quando somente a linha controle ficar
colorida;

14. Inválido, quando não houver linha colorida na área de controle;

15. Descartar os materiais utilizados de forma adequada;

16. Higienizaras mãos;

17. Preencher o impresso de laudo e o formulário de controle de exame realizado;

18. Comunicar à paciente o resultado do exame, de forma privada. Se o resultado for


positivo, explicar como serão as etapas posteriores, esclarecer dúvidas e prestar o apoio
necessário;

Comunicar o resultado à equipe médica.

OBSERVAÇÕES:

Teste rápido realizado apenas para triagem, diagnóstico e início do tratamento. Em caso de

resultado reagente para sífilis, questionar o paciente se já fez tratamento para sífilis ou fez
algum tratamento por via parenteral, com a medicação benzetacil, IM.

142
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS
Verificar sempre o prazo de validade dos Kits;

O número de lote da embalagem externa deve ser utilizado no registro da sua rotina diária,
no protocolo de registro dos testes, para a identificação e controle de validade do kit;

Realizar o tratamento imediato e adequado da gestante, puérpera (e do seu parceiro sexual)


e do recém-nato portador do Treponema pallidum;

Lançar o procedimento no sistema eletrônico.

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ARCO ÍRIS

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ANVISA. Infecções do Trato Respiratório: orientações para prevenção de infecções
relacionadas à assistência à Saúde-ANVISA, 2009.
2. ANVISA. Manual de Segurança do Paciente – Higienização das mãos-ANVISA,2008.
Disponível em www.anvisa.gov.br
3. BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das Mãos em Serviços
de Saúde. Brasília: ANVISA, 2007.
4. BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Processamento de artigos e superfícies em
estabelecimentos de saúde. Brasília, 1994.
5. Carneiro, M, Prochnow, A G, Mazzorani, B.M. Curativos o que usar. Santa
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6. Couto, R.C et all. Infecção hospitalar: epidemiologia e controle. Rio de Janeiro:Medsi,
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7. Limpeza, Desinfecção e Esterilização de Artigos em Serviços de Saúde / Coordenação

Maria Clara Padoveze, kazuco Uchikawa Graziano: revisão técnica Vera Lúcia borrasca,
Silvia Alice Ferreira. São Paulo: APECIH-Associação Paulista de Estudos e
8.Controle de Infecção HospitalPOTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de
enfermagem: conceitos, processo e prática. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009
9.Práticas Recomendadas SOBECC / Sociedade Brasileira de Enfermeiros de
CentroCirúrgico, Recuperação Pós-anestésica, Centro de Material e Esterilização. 5ª
edição. São Paulo: 2009
10.Silva LD; Pereira SEM; Mesquita AMF. Procedimentos de Enfermagem –Semiotécnica
para o Cuidado. Rio de Janeiro: MEDSI, 2004.
11. Tannure MC; Pinheiro AM. SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem. 2ª.ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010ar, 2010
12.Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 / Organização José Egídio,
Paulo de Oliveira, Renan Magalhães Montenegro Junior, Sérgio Vencio. -- São Paulo
:Editora Clannad, 2017

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