EXPE

RIMEN
TA I S
HQs inspiradas nas obras de
Valêncio Xavier
Wilson Bueno
Jamil Snege
Manoel Carlos Karam

Por
Rafa Campos
Theo Szczepanski
Eloar Guazzelli
DW Ribatski
 I
Valêncio
Valêncio
sto não Xavier,
éXavier,
umolivro, mais
o mais “quadrinístico”
mas “quadrinístico”
uma festa. Valêncio Xavier, o mais “quadrinístico”
autorautor
brasileiro,
Pode brasileiro,
entrar, por fique por
causa
à causade de
vontade. suas suas
Ainda autor brasileiro, por causa de suas
narrativas
narrativas
temos nas poucosnas
quais quaistexto texto
convidados, e imagem
e imagem
apenas narrativas nas quais texto e imagem
ocupam
ocupam
quatro. hierarquia
hierarquia
Sim, sãosemelhante,
semelhante,
aqueles vibraria
ali no vibraria ocupam hierarquia semelhante, vibraria
de de
satisfação,
centro satisfação,
do salão: e logoeologo depois
bugre depois ameaçaria
moreno ameaçaria
de de satisfação, e logo depois ameaçaria
chamar
chamar
boné, oseus seusadvogados.
cabeludo advogados.
sorridente, o careca chamar seus advogados.
MarMar
macambúzio paraguayo,
paraguayo,
(ambos decom de
Wilson
Wilson Bueno,
barbas Bueno,é é Mar paraguayo, de Wilson Bueno, é
amouriscas)
matriz
a matriz literária
literáriade de
e o russo uma umainteira
grisalho inteira
devertente
vertente
olhar a matriz literária de uma inteira vertente
literária,
literária,
tresloucado. o portunhol,
o portunhol,
Estão meio lengua
lengua
sem “mater”
“mater”
jeito, pois literária, o portunhol, lengua “mater”
deo de
uma
lugaruma literatura
literatura
predileto sem sem
deles dicionário,
dicionário,
não semsem
é o centro e de uma literatura sem dicionário, sem
pátria
simpátria
aemargem.
portanto
e portanto semsem lei. lei.
Há Há muitos
muitos e e pátria e portanto sem lei. Há muitos e
injustos
injustos
Não anos anos
pense, forafora dosdos
porém, mapasmapas
que dasdas
esses edito-
aíedito- injustos anos fora dos mapas das edito-
ras, ras,
sejamo texto
oquatro
textode de Bueno Bueno
quaisquer: é usado
éseria
usado emumemsua sua
equí- ras, o texto de Bueno é usado em sua
versão
versão
voco. quase
Wilsonquase integral
integral
Bueno, por por
ManoelSzczepanski,
Szczepanski,
Carlos versão quase integral por Szczepanski,
oKaram,
que
o queconfigura
configura
Jamil verdadeiro
Snege verdadeiro
e Valêncio caso caso
de de
Xavier o que configura verdadeiro caso de
resgate
resgate
formam eo utilidade
eQuarteto
utilidade pública.
pública.
Fantástico “Que “Que
daterrorterror resgate e utilidade pública. “Que terror
puedepuede
ficção ser ser
la beleza!”
paranaense la beleza!” revelada nos anos puede ser la beleza!”
EmEm
1980. Etermos
nãotermos de de
existe adequação
adequação
meio mais de de
idên-
adequado idên- Em termos de adequação de idên-
ticasticas
para melancolias“Wilson Bueno, Manoel Carlos Karam,
melancolias
abrigar quatro poéticas,
poéticas, “Wilson
“Wilson
a parceria
fantásticos Jamil
Bueno,
a parceria
do que Bueno,
SnegeManoel
ManoelCarC ticas melancolias poéticas, a parceria
entre
osentreJamil Jamil
quadrinhos, e Guazzelli
e Guazzelli
não é mesmo?nãonão poderia
poderia entre Jamil e Guazzelli não poderia
ser ser
maismais
Eis que e Valêncio Xavier formam o Quarteto
acertada:
acertada:
chegam ambosambos
outros e eValêncio
autores Fantástico
ValêncioXavier
autores
quatro sãosão Xavier
da formam
formamo ser mais acertada: ambos autores são
marcados
marcados
convivas: pela
sãopela estética
estética
coloridos, dodifusos,
do
frio,frio,
cujascujas
vivazes marcados pela estética do frio, cujas
narrativas
narrativas
e falam ficção paranaense revelada nos anos
reforçam
muito reforçam
enquantoa marca
a marca ficção
do do
desenham. ficção
1980.
paranaense
inverno paranaense
E não
inverno revelada
revela narrativas reforçam a marca do inverno
eEsuas
e
nãosuas
sombras
sombras
é que osgrotescas
grotescas
quadrinhistas emem contraste
Theocontraste e suas sombras grotescas em contraste
com como sol.
Szczepanski,o sol. existe meio mais adequado para abrigar
A escolha
ADW escolha do do
Ribatski, romance existe
romance
Rafa existemeio
quatro
meiomais
maisadequad
adequa com o sol. A escolha do romance
Como Como
Campos
celebra
eu se
celebra
Karam,
eu
fantásticos do que os quadrinhos, fantásticos
fiz
sepor
e Eloar
tamanha
tamanha
Valêncio
fizGuazzelli
por
si mesmo
tristeza
si mesmo
tristeza
e Jamil
não
tiram
sulista.
para
fantásticos
apenas
sulista.
é mesmo?”
apenas
Bueno,
dançar?
dodoque
queososquad
qua Como eu se fiz por si mesmo apenas
celebra tamanha tristeza sulista.
Que IgualIgualacerto,
maravilha, acerto, traço
agoratraçocaracterístico
simcaracterístico
esta festa Igual acerto, traço característico
JOCA REINERS TERRON JOCA
JOCA
REINERS
REIN
destedeste
pegou álbum,álbum,
fogo. os acertos,
os acertos, valevaleelogiar,
elogiar, deste álbum, os acertos, vale elogiar,
brilha
brilha
no encontro
Como nogênero,
encontro entre
asentre KaramKaram
histórias em qua- brilha no encontro entre Karam
(Comendo
(Comendo
drinhos são bolacha
bolacha Maria
historicamente Mariano receptivas
dia
no diade de (Comendo bolacha Maria no dia de
as de São São
Nunca)
a outras Nunca) e DW,
formas e DW, doisdois
narrativas.exploradores
exploradores
Sempre São Nunca) e DW, dois exploradores
irônicos
irônicos
atualizaram da falta
daafalta de de sentido
literatura sentido
maisexistencial
existencial
sisuda, por irônicos da falta de sentido existencial
eexemplo,
das
e das
brechasbrechas
porda meiolinguagem.
da linguagem.
de adaptações Como Como que e das brechas da linguagem. Como
dinamitadores
dinamitadores
servem do do
para desengessar lugar-comum,
lugar-comum,
linguagens dinamitadores do lugar-comum,
ambosambos retomam
anacrônicas. retomam Às essas essas
vezes, frases
frasesquequee a
a literatura ambos retomam essas frases que
am deslocam
HQ deslocam
abraçam nossa nossa
a compreensão
compreensão
experimentação dasedas reco- deslocam nossa compreensão das
coisas.
coisas.
locam “Vem
em“Vem comigo.
comigo.
circulação, Não Não
gosto
destinadas gostode de
a um coisas. “Vem comigo. Não gosto de
perder
perder
público o tremo trem
mais sozinho.”
amplo,sozinho.”obras que habitam perder o trem sozinho.”
A música
A música
prateleiras da banda
mais da banda
altas ficafica
das mais mais
estantes. e mais
e mais A música da banda fica mais e mais
alta.alta.
Todos
É oTodos
caso nós nós
dançamos
deste dançamos
álbum,ecom festejamos
e festejamos
a alta. Todos nós dançamos e festejamos
i 9 788566 382211
este este
perigoso
corrosiva perigoso
versão baile baile
deexperimental.
experimental.
Maciste no inferno este perigoso baile experimental.
realizada por Rafa Campos sobre as
páginas da edição original
JOCA JOCA REINERS do livro.
REINERS TERRON
TERRON JOCA REINERS TERRON
 EXPE
RIMEN
TA I S
HQs inspiradas nas obras de
Valêncio Xavier
Wilson Bueno
Jamil Snege
Manoel Carlos Karam

Por
Rafa Campos
Theo Szczepanski
Eloar Guazzelli
DW Ribatski
 EXPE
RIMEN
TA I S
Beto Richa
Governador do Estado do Paraná

João Luiz Fiani

Secretário de Estado da Cultura

Jader Alves
Diretor Geral da Secretaria de Estado da Cultura

Rogério Pereira
Diretor da Biblioteca Pública do Paraná

Ivens Moretti Pacheco

Diretor da Imprensa Oficial do Paraná

Revisão e edição Núcleo de Edições da SEEC

Luiz Rebinski
Marcio Renato dos Santos
Omar Godoy

Projeto Gráfico e Diagramação

Thapcom.com

Dados internacionais de catalogação na publicação

Bibliotecária responsável: Mara Rejane Vicente Teixeira

Experimentais : HQs inspiradas nas obras de Jamil Snege, Manoel Carlos Karam, Wilson Bueno e Valêncio Xavier /
Eloar Guazzelli ... [ et al.]. – Curitiba, PR : Biblioteca Pública do Paraná, 2017. 150 p.: principalmente il.; – 21 x 21 cm. –
(Biblioteca Paraná)

Adaptação de: Como eu se fiz por si mesmo / Jamil Snege. Comendo bolacha Maria no dia de São Nunca / Manoel Carlos
Karam. Mar Paraguayo / Wilson Bueno. Maciste no inferno / Valêncio Xavier. Texto em quadrinhos. ISBN 978-85-66382-21-1

1. Histórias em quadrinhos. I. Guazzelli, Eloar, 1962- .II. Ribatski, DW (Darlan William), 1982 – . III. Szczepanski, Theo. IV.
Campos, Rafa. V. Biblioteca Pública do Paraná.

CDD ( 22ª ed.)  741.5

Sumário

MACISTE NO INFERNO | VALÊNCIO XAVIER

por Rafa Campos7

MAR PARAGUAYO | WILSON BUENO

por Theo Szczepanski65

COMO EU SE FIZ POR SI MESMO | JAMIL SNEGE

por Eloar Guazzelli105

COMENDO BOLACHA MARIA NO DIA DE SÃO NUNCA | MANOEL CARLOS KARAM

por DW Ribatski e Gerlach (cores)137

BIOGRAFIAS 184
7
8
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49
50
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69
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71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
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84
85
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87
88
89
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91
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167
168
169
170
171
172
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174
175
176
177
178
179
180
181
182
183
 AUTORES Valêncio Xavier nasceu em São Paulo
(SP), em 1933, e se radicou na década
de 1950 na capital paranaense, onde
permaneceu até 2008, ano de sua
morte. Atuou em emissoras de televisão
em Curitiba (PR) e dirigiu vídeos, entre
os quais Caro signore Feline (1980) e O
pão negro — um episódio da Colônia
Cecília (1993). Colaborou com os jornais
Folha de S.Paulo e Gazeta do Povo.
Publicou, entre outros livros, O mez da
grippe (1981), Maciste no inferno (1983),
O minotauro (1985), Meu 7º dia (1998),
Minha mãe morrendo e o menino
mentido (2001) e Crimes à moda
antiga (2004).
Wilson Bueno nasceu em Jaguapitã
(PR), em 1949, e ainda na infância passou
a viver em Curitiba (PR), cidade em que
morou até 2010, ano de sua morte.
Atuou como jornalista em rádios e nos
jornais O Globo e O Estado do Paraná.
Entre 1987 e 1994, esteve à frente do
suplemento de cultura Nicolau — que
seguiria até 1996 com outra equipe.
Publicou 16 livros, entre eles Mar
paraguayo (1992), Meu tio Roseno, a
cavalo (2000) e Mano, a noite está velha
(2011, póstumo). Algumas de suas obras
foram publicadas na Argentina, Chile,
Cuba, Estados Unidos e México.
184
Jamil Snege nasceu em 1939, em
Curitiba (PR). Atuou como publicitário
em campanhas comerciais e políticas.
Escreveu, entre outros títulos, as
coletâneas de contos Ficção onívora
(1978) e Os verões da grande leitoa
branca (2000), as novelas Tempo sujo
(1968) e Viver é prejudicial à saúde
(1998) e o romance autobiográfico
Como eu se fiz por si mesmo (1994). De
1997 a 2003, ano de sua morte, publicou
crônicas no jornal Gazeta do Povo —
alguns destes textos estão reunidos na
coletânea Como tornar-se invisível em
Curitiba (2000).
Manoel Carlos Karam nasceu em Rio do
Sul (SC), em 1947, mas viveu em Curitiba
(PR) de 1966 até a sua morte, em 2007.
Jornalista, trabalhou em jornal impresso,
rádio e televisão. Dedicou-se ao teatro
principalmente na década de 1970.
Publicou, entre outros livros, Fontes
murmurantes (1985), Cebola (1997) —
obra vencedora do Prêmio Cruz e Souza
de Literatura —, Comendo bolacha
Maria no dia de São Nunca (1999),
Pescoço ladeado por parafusos (2001),
Sujeito oculto (2004) e Algum tempo
depois (póstumo, 2014).
QUADRINISTAS Rafa Campos nasceu em São Paulo (SP),
em 1970, onde vive. Começou a publicar
quadrinhos aos 40 anos, nos jornais
Folha de S.Paulo e Cândido. Também é
colaborador das revistas piauí, Grafitte
e Samba. Tem seis livros publicados:
Deus, essa gostosa (2012), Magda (2016),
O golpe de 64 (2014, em pareceria
com Oscar Pilagallo), Lobas (2016),
Velhinhos asquerosos (2015) e O poder
do pensamento negativo (2015). Publica
a série “Os Bodes” no site Nocaute e
no caderno “Ilustríssima”, da Folha de
S.Paulo. Também é criador da revista Os
Bodes, editada pelo seu próprio selo,
Empala Temer Quadrinhos.
Theo Szczepanski nasceu em Curitiba
(PR), em 1975, cidade onde vive. Formado
no Curso Superior de Gravura pela
Escola de Música e Belas Artes do Paraná
(Embap), trabalha com ilustração editorial
e colabora com jornais e editoras de
diversas partes do Brasil. É autor de A
grande cruzada (2015), HQ inspirada nos
famosos movimentos militares cristãos do
século XIII.
Eloar Guazzelli nasceu em Vacaria
(RS), em 1962, e vive em São Paulo (SP).
Bacharel e mestre em Desenho pela
Escola de Comunicação e Artes da
Universidade de São Paulo (USP), atua
como ilustrador, quadrinista e diretor de
arte para animação. Seus trabalhos foram
premiados em mostras de artes gráficas
e festivais de cinema em Brasília, Buenos
Aires, Cintra, Lisboa, Piracicaba, Porto
Alegre, Rio de Janeiro, Teerã e Tóquio.
Adaptou diversas obras literárias para
a linguagem dos quadrinhos, como O
pagador de promessas (2009), A escrava
Isaura (2012), Grande sertão: veredas
(2014) e Amar, verbo intransitivo (2017).
DW Ribatski nasceu em Curitiba (PR), em
1982, e desde 2009 vive em São Paulo
(SP). É autor dos álbuns de histórias em
quadrinhos Como na quinta série (2012), La
naturalesa (2011), Vigor Mortis I e II (2011 e
2014), Campo em branco (2013) e Olhos de
bicho (2017), entre outros. É colaborador
dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado
de S.Paulo, Cândido e das revistas
Superinteressante, TRIP, piauí e Helena.
Também elaborou capas de livros para as
editoras Cosac Naify e Cia das Letras.
ESTE LIVRO FOI COMPOSTO EM TIPO AVENIR E IMPRESSO PELA IMPRENSA OFICIAL SOBRE
PÓLEN SOFT 80G/M2 EM JULHO DE 2017 PARA A BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ.
“Wilson Bueno, Manoel Carlos Karam, Jamil Snege
e Valêncio Xavier formam o Quarteto Fantástico da
ficção paranaense revelada nos anos 1980. E não
existe meio mais adequado para abrigar quatro
fantásticos do que os quadrinhos, não é mesmo?”
JOCA REINERS TERRON

9 788566 382211