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Podcast
Disciplina: Estado e Políticas Públicas
Título do tema: Multiculturalismo, Ética Igualitária e Organizações
Políticas.
Autoria: Aline Prado Atassio
Leitura crítica: Warllon de Souza Barcellos

Abertura:

Olá, aluno! No podcast de hoje vamos falar sobre o multiculturalismo


canadense.

Em julho de 1988 foi sancionada a Canadian Multiculturalism Act ou Ato do


multiculturalismo, no Canada, cujo objetivo é preservar a diversidade cultural
canadense, marcada pela colonização plural realizada pela França e Inglaterra,
sob os povos aborígenes. Atualmente, a língua aborígene não é comum no
Canadá. A população canadense fala mais de um idioma, sendo considerada
bilingue, por aceitar o inglês e o francês como línguas oficiais e ter uma
parcela da população fluente em francês e inglês.

O processo de colonização e as disputas pelo território fizeram desta região um


caldo de cultura, porém sem valorizar a cultura original.

Essa lei veio como uma tentativa de reduzir as discriminações culturais,


promover o diálogo e a valorização das diferentes culturas, garantir maior
participação das minorias nas instituições do país, arrolando recursos para
realizar programas e projetos governamentais cujo intuito seja a promoção da
igualdade e equidade.

Apesar de aparentemente muito positiva, essa legislação, no entanto, é


criticada por tentar promover a homogeneização cultural e não a convivência e
a aceitação da diversidade, além da valorização das distinções culturais.

Relatos de ataques xenofóbicos e racistas são encontrados em todo o Canadá,


especialmente com a onda de ideologias e políticas conservadoras ao redor do
mundo, que promovem segregação e o nacionalismo extremo.

Neste ponto, entramos em um tema muito complexa: o nacionalismo


canadense. Multiculturalismo e nacionalismo são conceitos que muitas vezes
correm paralelamente, mas não se cruzam. Como é possível uma identidade
nacional em meio ao multiculturalismo?

Segundo Stuart Hall, em A identidade cultural na pós-modernidade. (2000)


“o mix de conceitos na formação nacional resulta no surgimento de um
‘nacionalismo como destino dos excluídos’, onde o grupo minoritário se
inverteu e começam a ter a consciência da homogeneização cultural passando
a reedificar sua identidade nacional”.

Olhando para o caso canadense, concluímos que o ser humano ainda é


incapaz de compreender as benesses da igualdade, equidade, do respeito ao
próximo e da diversidade, resvalando para subprodutos negativos de
processos históricos, como a xenofobia, o racismo e outros processos
discriminatórios.

No entanto, é preciso seguir tentando. Vamos começar por nós mesmos?

Fechamento:

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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