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Multiculturalismo
O Canadá e o Brasil, por exemplo, são países multiculturais. Muito devido aos diferentes grupos de
imigrantes recebidos, mas também por observar outros fatores de integração, como a não subordina-
ção a cultura dominante, e desenvolvimento de novas culturas a partir do choque cultural inicial.
O conceito de multiculturalismo tem grande influência do relativismo cultural, que questiona a ideia de
que os hábitos e costumes de um grupo poderiam ser superiores a outros. Esta ideia de que as culturas
são diversas e devem ser respeitadas na sua essência, sem existir um certo ou errado nos costumes,
é a base do multiculturalismo.
Multiculturalismo No Brasil
Ao longo dos séculos, o território brasileiro recebeu holandeses, franceses, espanhóis, italianos, japo-
neses, alemães. E na pós-modernidade, esta mistura de etnias só aumenta no nosso país.
Internacionalmente o brasil é conhecido por ser um dos países que melhor recebe seus visitantes,
tentando adequar-se para receber bem as culturas alheias sem deixar de lado os costumes locais.
A diversidade étnica dos próprios brasileiros é outra forte característica multicultural. As diferentes co-
res de pele, os diversos costumes compartilhados, a liberdade de credo religioso, tudo isso faz parte
do conjunto multicultural.
Multiculturalismo E Educação
O multiculturalismo aplicado à educação envolve práticas pedagógicas que despertem os alunos para
a diversidade dos grupos culturais, que aprendam a respeitar as diferenças e que se defrontem com
assuntos como identidade cultural e de gênero.
A obrigatoriedade de ensino da história da áfrica e da cultura afro-brasileira, por exemplo, é uma das
ações afirmativas pelo multiculturalismo na educação. Incentiva que o professor e os alunos saiam do
eixo de estudos europeus-ocidentais que tradicionalmente as escolas brasileiras propõem.
Exemplos de multiculturalismo
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MULTICULTURALISMO
Entende-se por multiculturalismo tanto os estudos acadêmicos quanto as políticas institucionais que se
desenvolvem em torno das questões trazidas pela emergência das sociedades multiculturais. Uma so-
ciedade multicultural é aquela que, em um mesmo território, abriga povos de origens culturais distintas
entre si. As relações entre esses grupos podem ser aceitação e tolerância ou de conflito e rejeição. Isso
vai depender da história da sociedade em questão, das políticas públicas propostas pelo estado e,
principalmente, do modo específico como a cultura dominante do território é imposta ou se impõem
para todas as outras. A convivência entre culturas diferentes não é uma questão nova, mas que se se
intensificou nos últimos anos devido a acontecimentos marcantes.
Outros processos importantes que influenciam no surgimento das sociedades multiculturais, são as
lutas pela independência que ocorrem nas colônias europeias da segunda metade do século xx, espe-
cialmente na áfrica e na ásia. O cenário pós-colonizal gera um processo de resgate das culturas tradi-
cionais locais e, ao mesmo tempo, pela ligação histórica, desencadeia um movimento migratório para
os países colonizadores. Também os conflitos de ordem étnica, religiosa e política, além das deficiên-
cias econômicas, são fatores que aumentam o fluxo migratório. Incentivado por tudo isso e pelo próprio
cenário criado pela globalização, esse movimento migratório transforma de modo profundo as nações
que receberam os imigrantes, colocando em cheque a capacidade dos estados modernos de gerirem
sua nova configuração multicultural.
Alguns países democráticos têm buscado promover a aceitação e incorporação de culturas diferentes
em seus territórios, valorizando a possibilidade de se constituírem enquanto nações pluriétnicas. No
entanto, em outros países, a negação de direitos sociais e a perseguição de minorias culturais são
práticas oficiais. Muitas vezes, ainda que exista uma política multiculturalista oficial, a perseguição é
praticada por pessoas comuns, inflamadas por um sentimento de nacionalismo e rejeição ao outro. Os
ataques violentos organizados por civis aos abrigos de refugiados de origem árabe na alemanha são
um exemplo disso. O multiculturalismo emerge a partir das reivindicações de minorias étnicas que so-
frem de opressão histórica em seus territórios, como os negros e as populações indígenas por todo
continente americano, incluindo o brasil. O debate em torno desse tema é muito importante e traz à
tona a forma como lidamos, enquanto sociedade, com as diferenças étnicas, culturais e religiosas que
nos cercam.
O termo multiculturalismo possui uma polissemia de significados; com o estudo do artigo de flávia pan-
sini e miguel nenevé que citaram silva (2007) entendemos que o multiculturalismo se refere a estudos
voltados para as diferentes culturas espalhadas nos lugares do mundo, objetivando a partir da apren-
dizagem a importância de cada cultura a fim de evitar os conflitos sociais. Podendo também estar vol-
tado à política, quando os grupos como negros, índios, mulheres e outros reivindicam perante as auto-
ridades políticas seus direitos e deveres como cidadãos.
O multiculturalismo é um movimento social surgido nos estados unidos e tem como objetivos principais:
a luta pelos direitos civis dos grupos dominados, excluídos por conta de não pertence a uma cultura e
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classe social considerada superior a euro americana, branco, letrado, masculino, heterossexual e cris-
tão. A formação de um currículo escolar que aborde essa questão ensinando os alunos a “não terem
preconceitos e discriminações, já que a escolar e uma espaço de socialização”.
O multiculturalismo só ganhou pulso e força a nível estadunidense e mundial, pois os grupos silenciados
num primeiro momento, não calaram sua voz se uniram nos movimentos negro, feminista, homossexu-
ais, e a luta dos deficientes. Hoje o assunto interressa o currículo escolar e aos políticos. Relataremos
para exemplificação o que tem acontecido de eventos no brasil e no mundo tratado da temática e os
desafios para a justiça social
Ainda falaremos como o currículo escolar e o educador são fundamentais no assunto e quando se
contradizem quando as praticas curriculares segregam as crianças negras e a formação universitária
não prepara de forma eficaz os profissionais da educação a tratarem da diversidade em suas aulas.
O não reconhecimento e respeito a identidades culturais diferentes das nossas criam atritos; quando
olhamos para determinado grupo social e vemos esses com mais direitos do que o nosso, principal-
mente as questões econômicas já que precisamos de oportunidades para aprender e se desenvolver
como ser social e profissional. E por isso que paulo freire defende que o fim maior da educação deve
ser desenvolvido a partir do diálogo e da consciência, onde as pessoas podem lutar por sua liberdade,
contra a máquina opressora do capitalismo.
Escolhemos o tema devido à necessidade individual de convivência com o próximo, sabendo das nos-
sas diferenças, buscamos entender o multiculturalismo para aprendermos a interagir e respeitar os
diferentes grupos sociais de forma harmoniosa e influenciar como futuro educador, nossos alunos a
tais práticas, minimizando os preconceitos e conflitos no ambiente escolar e consequentemente social.
História Do Multiculturalismo
O movimento multiculturalista se inicia no final do século xix nos estados unidos com a ação principal
do movimento negro para combater a discriminação racial no país e lutar pelos seus direitos civis.
Segundo silva e brandim (2008:56) “os precursores do multiculturalismo foram professores, doutores
afro-americanos, docentes universitários na área dos estudos sociais que trouxeram por meio de suas
obras, questões sociais, políticas e culturais de interesse para os afro-descendentes”. Esses precurso-
res foram essenciais para que no século xx por meio de novos intelectuais o tema se voltasse também
à educação.
O pós-modernismo que defende a valorização da pluralidade cultural no seu discurso curricular ajuda
o fortalecimento dos estudos multiculturais nos anos 80 e 90. Hoje na contemporaneidade o tema é
influenciado pela globalização, com os intercâmbios culturais fala-se de uma hegemonia cultural o que
tem causado problemas sociais.
Segundo mclaren (1997 apud pansini e menezes, 2008, p. 35) há pelo menos quatro tendências de
multiculturalismo enquanto projeto político: o multiculturalismo conservador, multiculturalismo huma-
nista liberal, multiculturalismo liberal de esquerda e multiculturalismo critico e de resistência, visão esta
ultima do qual se diz partidário o próprio autor.
O multiculturalismo conservador ou empresarial e aquele que pretender construir uma cultura comum
o que faz com que apartir desse princípio negue a diversidade existente e construída há séculos e que
nos leva a entende sua defesa a uma cultura padrão a branca. Nesse contexto desmotiva os grupos
dominados em suas lutas a seu capital cultural.
Esse tipo de visão conservadora (...) “mesmo quando reconhece outras culturas assenta-se sempre na
incidência, na prioridade a uma língua normalizada- e, portanto, é um multiculturalismo que de fato não
permite que haja um reconhecimento efetivo das outras culturas’’. (souza santos, 2003, p 12).
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MULTICULTURALISMO
“a vertente humanista liberal por ingenuidade ou idealismo ressalta a existência de uma igualdade na-
tural entre as diversas etnias, sem se preocupar em evidenciar a falta de oportunidades iguais em
termos sociais e educacionais” (silva e bradin, 2008, p.63). Sem levar a risca a realidade social do
sistema econômico capitalista se valendo de seus próprios argumentos. Fala-se da criação de uma
organização econômica mais igualitária daí dizer que todos somos capazes de competir e vencer no
mundo.
O multiculturalismo liberal de esquerda defende a diversidade cultural, pansini e nenevé quando citam
mclaren compreendemos que o fim desse tipo de vertente é se focar mais nas diferenças e respeita-
las esquecendo-se que elas são formadas nas pessoas pela interação do meio social em que convivem
sendo negativa a tendência a elitizar outros grupos ao mesmo tempo em que deixa de lado a participa-
ção de outros grupos nas discussões multiculturais.
O multiculturalismo critico ou de resistência é o que podemos considerar mais voltados aos anseios
dos movimentos multiculturais conforme silva e bradim
A escola é um sistema aberto que faz parte da superestrutura social formada por diversas instituições
como: a igreja, família, meios de comunicação; faz parte do ambiente escolar crianças pertencentes a
classes sociais, costumes, aspectos físicos,e culturais diferentes que estão em processo de aprendi-
zagem.
(...) Ao contemplarmos as relações raciais dentro do espaço escolar questionarmos até que ponto ele
está sendo coerente com a sua função social quando se propõe a ser um espaço que preserva a diver-
sidade cultural, responsável pela promoção da equidade. Sendo assim, aguardamos mecanismos que
devam possibilitar um aprendizado sistematizado favorecendo a ascensão profissional e pessoal de
todos os que usufruem os seus serviços.
A escola atende aos padrões dominantes das classes consideradas superiores, os brancos euros ame-
ricanos essa cultura e ensinada e os que dela não fazem parte ou não se adéquam são excluídos
vemos isso no dia a dia quando os grupos inferiores índios e negros sofrem, são insultados no espaço
escolar, e dificilmente vemos algum negro ocupado um posto elevado na sociedade.
Como coloca menezes: “a escola pode ser um espaço de disseminação quanto um meio eficaz de
prevenção e diminuição do preconceito”. A escola dissemina o preconceito quando em seus currículos
aplicados, métodos de ensino, apresentação de imagens caricatas negras em cartazes ou livros didá-
ticos e através da linguagem não verbal desprezam a cultura dos grupos não dominantes, a exemplo
quando falam só da escravidão negra e não valoriza a cultura dessa raça.
O docente passa a ser um disseminado do problema quando pela linguagem não verbal não mantém
contato físico com as crianças negras, o que demonstra rejeição a elas por sua cor e condição social
da qual fazem parte causando-lhe sofrimento. “a sua dor não é reconhecida, havendo uma aparente
falta de acolhimento por parte de pessoas autorizadas (educadores), que silenciam ou se omitem em
face de uma situação de discriminação. Tal postura denuncia a banalização do preconceito e a coni-
vência dos profissionais com ele” (romão, 2001)
Quanto à diminuição do preconceito, o que não e tão fácil a exemplo do brasil aonde a exclusão dos
negros, índios vem desde a colonização portuguesa. O que pode ser feito e incorporar nos currículos
das instituições formadoras de professores a temática multicultural seja as instituições públicas ou pri-
vadas. O educador que tem papel na formação de identidades pode segundo moreira (2001, p. 49 apud
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pansini e nenevé, 2008, p.41) a ideia e que o professor reflexivo preserve a preocupação com os as-
pectos políticos, sociais e culturais em que se insere sua pratica, leve em conta todos os silêncios e
discriminações que se manifestam na sala de aula, bem como amplie o espaço de discussão de sua
atuação.
Focalizamos a etnia negra, tendo em vista que o multiculturalismo se iniciou como movimento por esse
grupo racial. A exclusão deles começa desde a infância dentro das escolas por possuírem caracterís-
ticas físicas e costumes diferentes; de acordo com pesquisas, feitas com crianças elas se sentem opri-
midas pelos seus colegas, pois são chamadas de “feias, fedoretas, cabelo duro, preta”, ou seja, são
desvalorizados seus atributos individuais o que influencia na sua formação identitária porque nesse
período da vida seu caráter esta sendo formado.
O preconceito racial e a discriminação fazem com que aos índios e, em especial aos negros se mante-
nham em uma situação marginal e excluída sem a assistência devida dos órgãos responsáveis, eles
tornam-se alheios ao exercício de cidadania, sem condições de crescer intelectual e profissionalmente.
O preconceito racial cria uma ação perversa que desencadeia estímulos dolorosos e retira do sujeito
toda possibilidade de reconhecimento e mérito, levando-o a utilizar mecanismos defensivos das mais
diversas ordens, contra a identidade ou o pensamento persecutório que o despersonaliza e o enlou-
quece. Nessa perspectiva, é fortalecida a ideia de dominação de grupos que se julgam mais adiantados,
legitimando os desequilíbrios e desintegrando a dignidade dos grupos dominados.
Na escola os educandos não conseguem relacionar ou praticar os conteúdos ensinados a sua realidade
fora da escola, pois a maioria deles fazem parte dos grupos inferiores, daí a importância do professor
ter criatividade e levar seus alunos a refletir e investigar as questões relacionadas a vida e cultura dos
grupos mais próximos a sua vida, tendo autonomia em seu ensino e deixando um pouco de lado as
praticas colonizadoras.
Devido aos padrões de branqueamento muitas crianças negras querem ser brancas e incorporam em
suas atitudes os costumes deles porque estes são incluídos na sociedade nos aspectos econômicos
políticos e sociais e culturais. Como relatam pesquisas feitas com crianças negras, que demonstra isso
muito bem quando uma garota diz: eu gostaria de dormir e acordar branca e de cabelo liso, essa fala
demonstra o seu sofrimento porque vem sofrendo preconceitos por colegas de classe, elas tem acesso
a matricula e sala de aula exceto as atividades escolares com êxito e aceitação, daí resulta em sua
reprovação, e quando adultos sua indignação ou silenciamento por sua condição de vida.
Na verdade o que seria necessário era “uma formação cultural deve voltada para sua realidade local
de modo que os educadores possam romper com tais praticas possibilitando aos educadores” afirmar
suas tradições culturais e recuperar suas historias reprimidas” (bhabha, 1998, p. 29).
Para romão (2001), a reversão desse quadro será possível pelo reconhecimento da escola como re-
produtora das diferenças étnicas, investindo na busca de estratégias que atendam as necessidades
especificas de alunos negros, incentivando-os e estimulando-os nos níveis cognitivo, cultural, físico. O
processo educativo pode ser uma via de acesso ao resgate da autoestima, da autonomia e das imagens
distorcidas, pois a escola é ponto de encontro e de embate das diferenças étnicas, podendo ser instru-
mento eficaz para diminuir e prevenir o processo de exclusão social e incorporação do preconceito
pelas crianças negras.
É impossível viver na escola e na sociedade sem se relaciona com pessoas diferentes de nos, não
somos melhores do que nenhuma raça somos iguais às diferenças não devem ser vistas como barreiras
e sim como o complemento de nossa existência e aprendizado. Mais uma vez coloco a participação
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MULTICULTURALISMO
Daí citaram que a “leitura critica que ser realiza nos cursos de formação deve ser entendida como uma
interseção da linguagem, da cultura, do poder, e da historia”.(mclaren e giroux,2000)
A manifestação do multiculturalismo nas análises educacionais, de fato trouxe desafios muito impor-
tantes às investigações sobre o conhecimento, e com isso abriu possibilidades para se pensar em
práticas curriculares e de formação docente que pode ser voltadas à construção de identidades dis-
cente e docente multiculturalmente comprometidas com o ensino/aprendizagem, visando assim promo-
ver o respeito à diferença e à pluralidade cultural.
Ainda nesse contexto apoiado – nos em silva e bradim, nas universidades candau (1997) reafirma o
crescimento, nos últimos anos, de encontros, seminários e congressos abordando temas relativos à
globalização, pluralismo cultural, identidades sociais e culturais etc. O marco para o inicio dos debates
nos foros educacionais universitários deu-se numa das reuniões anuais da anped. Ela relata que, “(...)
Em 1995, pela primeira vez, foi realizada uma sessão especial sobre o tema multiculturalismo e univer-
sidade. Os participantes fomos testemunhas das reticências e reservas que o tema suscitou no debate”
(ibid,: 241)
Na área educacional muitos estudos têm sido formulados na tentativa de criar um currículo que busque
os interesses dos não pertencentes aos padrões dominantes, assim:” nos parâmetros curriculares na-
cionais – pcn (brasil,1997) consta que o brasil tem participado de eventos importantes, como a confe-
rencia mundial de educação para todos, realizada em jostiem, na tailândia, em 1990, convocada por
organizações como a unesco, unicef e banco mundial”.(silva e bradim,p. 59, 2008)
“Somente no inicio do século xxi e que podemos perceber uma significativa mudança, posto que varias
instituições do ensino superior começaram a adotar as denominadas ações afirmativas para negros e
indígenas, com ênfase no sistema de cotas. E, desde 2003, há a obrigatoriedade das temáticas história
e cultura do negro no brasil nos currículos escolares, sancionada através da lei 10.639”.(santos e quei-
roz,2007)
“no contexto educacional as praticas que se engajaram a despeito do multiculturalismo são:” nos parâ-
metros curriculares nacionais – pcn (brasil, 1997) consta que o brasil tem participado de eventos im-
portantes, como a conferencia mundial de educação para todos, realizada em jostiem, na tailândia, em
1990, convocada por organizações como a unesco, unicef e banco mundial”. (silva e bradim, p. 59,
2008)
O movimento negro no brasil só ganhou força nos anos 50 porque eles tomaram atitudes eficazes
como: fim do isolamento dos movimentos brasileiros em relação aos movimentos de libertação racial
em outros países. Os congressos e conferencias pan-africanas irão possibilitar trocas de informações
visando á conscientização do valor da cultura negra e a libertação do complexo de inferioridade em
relação ás culturas branca; a criação de organizações de revindicação do movimento negro no país, a
exemplo da associação dos negros brasileiros (anb), convenção nacional do negro brasileiro (cnnb),
união nacional dos homens de cor (unhc), a criação do teatro experimental negro (tem); a atuação de
organizações internacionais, como a onu.
Nos parâmetros curriculares nacionais – pcn (brasil, 1997) consta que o brasil tem participado de even-
tos importantes, como a conferencia mundial de educação para todos, realizada em jostiem, na tailân-
dia, em 1990, convocada por organizações como a unesco, unicef e banco mundial”. (silva e bradim,
p. 59, 2008)
Quanto às ações políticas silva e bradim relatam que devido as pressões populares multiculturais e as
teorias criticas e pós – criticas, as próprias organizações internacionais de defesa dos direitos humanos
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firma o compromisso de promover uma educação para a cidadania baseada no respeito a diversidade
cultural, visando a superação das discriminações e preconceitos. Candau (1997) menciona a conferen-
cia mundial sobre políticas culturais, promovida pela unesco, em 1982, no méxico, cujo papel é o de
contribuir para a aproximação entre os povos e uma melhor compreensão entre as pessoas.
“A propósito a onu e suas agencias especializadas, sobretudo a unesco, impulsionarão os países mem-
bros a elaborar garantias jurídico-institucionais para proteger as vidas de grupos culturalmente domi-
nados” (silva e bradim, 2008)
O multiculturalismo e a educação estão intimamente ligados, porque ao mesmo tempo em que a escola
ensina as pluralidades culturais ela segrega os que não fazem parte daquele padrão aceitável pelo seu
sistema educacional. Quando em seus ensinamentos morais pregam o respeito à tolerância ao próximo
ela segrega dando num mesmo espaço maiores oportunidades de expressão e atenção aos brancos.
Daí a s discussões, e os inúmeros estudos voltados as multiculturalidades, sendo que abrangem não
apenas um grupo social mais várias vitimas do preconceito, exclusão social, discriminação juntamente
com as manifestações desses grupos oprimidos, o olhar governamental e a instituição escolar se pre-
ocupam em criar mecanismos que silencie ou minimize os conflitos das diferenças. No sentido político
ouvimos mais discursos, sem grandes repercussões concretas.
Como argumenta silva e bradim o problema ameaça todos, indistintamente (dominados e dominantes,
pobres e ricos, negros e brancos, mulheres e homens), independente de classe ou grupo social. Para
isso traçam metas, definem propostas e promovem eventos (fóruns e conferencias), a fim de manter
sob controle os antagonismos sociais e culturais.
Vimos no subtítulo ações escolares e políticas que a onu, por exemplo, tem dado sua contribuição ao
tema para combater as discriminações e preconceitos assim como os espaços acadêmicos de forma-
ção de professores onde constatamos a necessária intervenção do professor nessas questões.
Torna-se urgente uma educação verdadeiramente democrática, que inclua a diversidade cultural, para
que este processo aconteça é necessário o convívio multicultural que implica respeito ao outro, diálogo
com os valores do outro. Propomos a realização eficaz de mudanças nos sistemas educacionais en-
quanto espaços monoculturais, através do desenvolvimento de atitudes, projetos curriculares e ideias
pedagógicas, que sejam sensíveis à emergência do multiculturalismo.
O professor deve ser crítico reflexivo, humano; questionado o que ele vai ensinar aos seus alunos e
propor reformas pedagógicas já que ele e o mediador do conhecimento, ouvindo seus alunos quanto a
suas dificuldades, incentivar trabalhos que levem os mesmos a pesquisa sua realidade local, humano
quando não despreza um aluno que não pertence ao padrão cultural aceito, ele deve ser um profissional
com todas essas competências e não apenas aquele que sabe do conteúdo, mas que com sua baga-
gem teórica ensine a viver neste mundo capitalista.
Queremos, sobretudo a ação das autoridades políticas com projetos, leis mais eficazes que inclua a
diversidade dando chances para que tenham seus direitos atendidos, pois estes vem lutando há muito
tempo pelo seu valor e dignidade. Isso é possível mesmo sabendo que a globalização parece querer
cria apenas uma cultura algo que jamais acontecera, pois a multiculturalidade estar presente antes dos
avanços tecnológicos.
Propomos que esses assuntos estejam presentes no processo ensino – aprendizagem desde as pri-
meiras series do ensino básico, na formação de professores enfim concordamos com silva e bradim
“Defendemos o multiculturalismo crítico para quem as diferenças não têm um fim em si, mas situam-se
num contexto de lutas por mudança social, contrapondo- se ao ideário neoliberal e a globalização eco-
nômica e cultural vigente, como expressões legitimas do modelo capitalista opressor”.
Contudo somos afavor do multiculturalismo crítico, entendendo que o respeito à vida humana, diversi-
dade cultural e essencial para a construção de um mundo de paz, como futuro educador vemos na
instituição escolar uma força maior que nos conduzirá a esse processo de justiça social e democracia.
Nessa vertente é necessário o avanço de pesquisas teóricas e práticas envolvida na formação de iden-
tidades e pluralidades culturais.
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