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FACULDADE ANHANGUERA

CAMPUS OSASCO

ATIVIDADE ONLINE

HOMEM CULTURA E SOCIEDADE


ATIVIDADE DISCURSIVA

NATHAN MUNIZ SANTINI

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ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

3º SEMESTRE

COTIA
2019
FACULDADE ANHANGUERA
CAMPUS OSASCO

ATIVIDADE ONLINE

HOMEM CULTURA E SOCIEDADE


ATIVIDADE DISCURSIVA

Este trabalho serve como Atividade Discursiva para a Disciplina


Online ”Homem Cultura e Sociedade “ para finalização das
Unidades, e explica o questionamento feito sobre a Importância
do Multiculturalismo Brasileiro

COTIA
2019
INTRODUÇÃO

O termo multiculturalismo possui uma polissemia de significados; com o estudo do artigo de


Flávia Pansini e Miguel Nenevé que citaram Silva (2007) Entendemos que o multiculturalismo se
refere a estudos voltados para as diferentes culturas espalhadas nos lugares do mundo,
objetivando a partir da aprendizagem a importância de cada cultura a fim de evitar os conflitos
sociais. Podendo também estar voltado à política, quando os grupos como negros, índios,
mulheres e outros reivindicam perante as autoridades políticas seus direitos e deveres como
cidadãos.
O multiculturalismo é um movimento social surgido nos estados unidos e tem como objetivos
principais: a luta pelos direitos civis dos grupos dominados, excluídos por conta de não pertence a
uma cultura e classe social considerada superior a euro americana, branco, letrado, masculino,
heterossexual e cristão. A formação de um currículo escolar que aborde essa questão ensinando
os alunos a “não terem preconceitos e discriminações, já que a escolar e um espaço de
socialização”.
O Multiculturalismo no Brasil é a mistura de culturas e de etnias que ocorre no território do país.
Trata-se da miscigenação de culturas que ocorre no Brasil desde os tempos da colonização
portuguesa ao país. Uma das principais características da cultura brasileira é a diversidade
cultural.
O processo imigratório teve grande importância para a formação cultural. O Brasil incorpora em
seu território culturas de todas as partes do mundo. Este processo de imigração começou em
1530 após os portugueses terem dado início à colonização do Brasil. Os primeiros imigrantes
não-portugueses que foram para o Brasil foram os africanos, eram utilizados como escravos nas
lavouras de cana de açúcar.
Graças ao rápido desenvolvimento das plantações de café, a imigração ao país intensificou-se a
partir de 1818, quando chegaram ao país imigrantes de fora de Portugal à procura de
oportunidades de emprego nas plantações de café do país, alguns exemplos são os suíços,
alemães, eslavos, turcos, árabes, italianos, japoneses, entre outros.
No Brasil existem diversas etnias e culturas. Devido ao fato de que existe uma mistura de etnias
no país fazendo com que ele se torne multicultural.
IMPORTÂNCIA DO MULTICULTURALISMO NO BRASIL

Multiculturalismo, ou pluralismo cultural, é um termo que descreve a existência de muitas culturas


numa região, cidade ou país, com no mínimo uma predominante. O Canadá e a Austrália são
exemplos de multiculturalismo; porém, alguns países europeus advogam discretamente a adoção
de uma política multiculturalista. Em contraponto ao Multiculturalismo, podemos constatar a
existência de outras políticas culturais seguidas, como, por exemplo, o Monoculturalismo vigente
na maioria dos países do mundo e ligada intimamente ao nacionalismo. Pretende a assimilação
dos imigrantes e da sua cultura nos países de acolhimento. O termo melting pot usado nos
Estados Unidos é uma metáfora para a heterogeneidade do povo estadunidense e de outros
países, como o Brasil, onde as diversas culturas estão misturadas e amalgamadas sem a
intervenção do Estado.
A política multiculturalista visa resistir à homogeneidade cultural, principalmente quando esta
homogeneidade é considerada única e legítima, submetendo outras culturas a particularismos e
dependência. Sociedades pluriculturais coexistiram em todas as épocas, e hoje, estima-se que
apenas 10 a 15% dos países sejam etnicamente homogêneos.
A diversidade cultural e étnica muitas vezes é vista como uma ameaça para a identidade da
nação. Em alguns lugares o multiculturalismo provoca desprezo e indiferença, como ocorre no
Canadá entre habitantes de língua francesa e os de língua inglesa. Mas também pode ser vista
como fator de enriquecimento e abertura de novas e diversas possibilidades, como confirmam o
sociólogo Michel Wieviorka e o historiador Serge Gruzinski, ao demonstrarem que o hibridismo e
a maleabilidade das culturas são fatores positivos de inovação.
Charles Taylor, autor de Multiculturalismo, Diferença e Democracia, acredita que toda a política
identitária não deveria ultrapassar a liberdade individual. Indivíduos, no seu entender, são únicos
e não poderiam ser categorizados. Taylor definiu a democracia como a única alternativa não
política para alcançar o reconhecimento do outro, ou seja, da diversidade. Seus opositores
defendem que o multiculturalismo pode ser danoso às sociedades e particularmente nocivo às
culturas nativas.
O embrião do multiculturalismo no Brasil nasce das organizações civis negras já em 1920, que
eram lideradas por um pequeno número de militantes com certo nível de escolarização. As
primeiras iniciativas dos negros brasileiros começam a aparecer em 1940.
A aproximação dos militantes negros brasileiros com os ativistas dos movimentos antirracistas
nos EUA, no continente africano e na América Central, ampliaram as trocas culturais e políticas
entre esses atores sociais.
As pesquisas financiadas pela UNESCO, nos fins de 1940, revelaram a dura realidade dos afro-
brasileiros e o mito que se havia instalado em nosso imaginário. A partir de 1950, os militantes
negros passam a desenvolver reações para se opor aos imperativos da suposta identidade
nacional.
A desmistificação do mito da democracia racial e as mudanças na conjuntura nacional
prepararam um caminho mais sólido para o desenvolvimento das ideias multiculturalistas. Por
exemplo, o TEN – Teatro Experimental do Negro em 1940; a CNNB – Convenção Nacional do
Negro Brasileiro em 1946.
Essas experiências dão suporte para que, na década de 1970, o teatro, na nossa sociedade
passasse a ter a função de conscientizar a população negra. Surgem, neste período, vários
fóruns de discussão como o FECONEZU – Festival da Comunidade Negra Zumbi e o MNU –
Movimento Negro Unificado.
Daí por diante, aumentam os protestos e surgem projetos sociais de intersecção cultural e
política. A partir de 1988, o racismo torna-se crime inafiançável. Entre 1990 e 1995, observa-se
um clima propício para a produção de uma legislação que implementa programas de ações
afirmativas e projetos culturais, sobretudo no campo da educação.
Eventos emblemáticos para a temática do multiculturalismo:
• 1990 – Marcha Zumbi contra o Racismo e a discriminação;
• 1996 – MEC promove seminário com o foco em políticas voltadas para os grupos
discriminados racialmente;
• 2001 – III Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e
Intolerâncias correlatas;
• 2002 – Programa Diversidade na Universidade;
• 2003 – criação da SEPPIR – Secretaria de Políticas Públicas para a Igualdade Racial, da
Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, da SECADI – Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão e a promulgação da Lei nº 10.639;
• 2004 – Início da adoção de modalidades de políticas de Cotas em universidades estaduais
e federais para alunos(as) oriundos do ensino público, negros, indígenas e pessoas com
deficiência;
• 2008 – Promulgação da Lei nº 11.645;
• 2015 – Criação do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos;
A primeira década do século XXI é emblemática na adoção de políticas culturais. Como exemplo
pode-se destacar as leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08 (BRASIL, 2008), que alteram a LDB nº
9394/96 e estabelece a obrigatoriedade do ensino das histórias Africanas, Afrobrasileira e a
Cultura Indígena.
Na tensão entre as particularidades culturais destes agrupamentos populacionais e os valores
universais, está claro para os estudiosos que a aprovação da lei nº 11.645/08 não se fundamenta
na perspectiva da hierarquização das culturas, ou melhor, não pressupõe de um caráter
etnocêntrico, pois seu fundamento está alicerçado na possibilidade de criar um olhar humanizador
sobre a história dos negros e indígenas em território brasileiro.
Ainda é cedo para avaliar os resultados, entretanto, é preciso reconhecer que o alicerce está
posto e a construção efetiva de uma sociedade multicultural continuará dependendo da ação dos
movimentos sociais. A partir do histórico exposto, gostaria de demonstrar que o multiculturalismo
é mais do que uma preocupação de educadores pós-modernos, bem comportados, que se
bastam em análises estruturalistas e pós-estruturalistas da sociedade.
CONCLUSÃO

Ao final deste, podemos concluir que o Multiculturalismo desponta como norteador das políticas
culturais. Em seu início o multiculturalismo se desenvolveu em países nos quais a diversidade
cultural era vista como um problema para a unidade nacional. Nessa origem, o multiculturalismo
aparece como um princípio ético que orienta a ação dos grupos culturalmente dominados, aos
quais foi negado o direito de preservarem suas características culturais e identitárias. Esse foi um
fator que favoreceu a emergência dos movimentos culturalistas. Inicialmente esses movimentos
expressavam as reivindicações dos grupos étnicos. A partir da segunda metade do século XX
passaram a abarcar um universo cultural mais amplo: as questões de gênero, sexualidade,
tolerância religiosa, entre outros.
No Brasil nasce das organizações civis negras já em 1920, que eram lideradas por um pequeno
número de militantes com certo nível de escolarização. As primeiras iniciativas dos negros
brasileiros começam a aparecer em 1940 e perdura até os dias atuais, sendo exemplos disso
• 1990 – Marcha Zumbi contra o Racismo e a discriminação;
• 1996 – MEC promove seminário com o foco em políticas voltadas para os grupos
discriminados racialmente;
• 2001 – III Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e
Intolerâncias correlatas;
• 2002 – Programa Diversidade na Universidade;
• 2003 – criação da SEPPIR – Secretaria de Políticas Públicas para a Igualdade Racial, da
Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, da SECADI – Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão e a promulgação da Lei nº 10.639;
• 2004 – Início da adoção de modalidades de políticas de Cotas em universidades estaduais
e federais para alunos(as) oriundos do ensino público, negros, indígenas e pessoas com
deficiência;
• 2008 – Promulgação da Lei nº 11.645;
• 2015 – Criação do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos;

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