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A PAIXÃO DE JESUS PELAS NAÇÕES

Escatologia Essencial I - Victor Vieira


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A Profundidade da paixão de Jesus pelas nações


A. Jesus tem uma grande ânsia e desejo de libertar as nações e estabelece-las na plenitude do
Seu Reino. Ele não abandonou Israel quando ela O rejeitou após a Primeira Vinda e nem irá
abandonar as nações após a rejeição que está por vir quando ele retornar à Terra. Ele tem um
plano de trazer os povos em arrependimento e provoca-los em uma sincera devoção e
obediência à Ele.

B. As nações irão se associar a Jesus para ajudar a limpar, restaurar e renovar toda a criação. A
Noiva (os resgatados com corpos ressurretos), a nação de Israel (Judeus que não tem corpos
ressurretos), e todos os povos da terra irão se ajuntar com Jesus para preparar toda a própria
criação para se juntar com Deus. O propósito final de Jesus é de trazer reconciliação completa
entre a criação e o Pai (Rm. 8: 1830; Ef. 1:9-10; I Co. 15:20-28). As nações devem fazer isso no
contexto de completa concordância com Jesus e Sua liderança, em completa submissão a Sua
soberania — portanto, ele irá governa-los com um “cajado de ferro” (Ap. 19:15)

C. Salmos 2 nos dá uma ideia do fim dessa era. Todos os seus componentes que descrevem o
ápice da ira das nações e o plano de Deus para dar Seu filho para as nações são brevemente
descritas nesse Salmo — o qual pode servir como um modelo de visualização do livro de
Apocalipse.

Os Reis da ira da Terra (Sl 2:1-3)


Por que se amotinam as nações e os povos tramam em vão? 2 Os reis da terra tomam posição e os
governantes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu ungido, e dizem: 3 “Façamos em
pedaços as suas correntes, lancemos de nós as suas algemas!” (Sl. 2:1-3)

A. Essa é uma questão importante. Na face dos planos de Deus revelados (Mat. 24:14), porque
as nações se iram contra Ele? Paulo falou sobre “o mistério da iniquidade” (2 Ts. 2:7) ou o
mistério do escondido ódio do homem por Deus e Seus caminhos. Homens desprezam a
liderança de Deus e andam “de acordo com suas próprias paixões” (2 Pe. 3:3). Os reis tem
objetivos diferentes dos de Deus, para preservar sua riqueza, poder, e sua maneira de liderar a
terra (para ganho pessoal).

B. Pelos últimos 2000 anos, Deus suplicou seu caso com a humanidade para crerem e se
arrependerem no que Jeremias chamou de Sua “controvérsia com as nações” (Jr. 25:31). Jesus
entendeu que os homens amam a escuridão (as obras do pecado) mais do que a luz e a verdade
(Jo. 3:19). A grande controvérsia no fim da era é a consciente rebelião contra a verdade revelada
de Deus.
C. Em Salmos 2, o Rei Davi está descrevendo a exposição do mistério da iniquidade nos últimos
dias. Quando Deus revelar a Si mesmo e Seu plano de governar de acordo com Sua justiça, os
homens não irão se arrepender e submeter — eles irão se irar contra Ele. O livro de Apocalipse
descreve esse cenário com muitos detalhes (Ap. 9:21)

D. Quando Deus é revelado em poder para as nações, os povos irão se irar e murmurar entre
eles, tramando coisas vãs — infrutíferas, planos vazios abastecidos pelo que Pedro chama de
seus próprios desejos, ou objetivos distantes da liderança de Deus (2Pe. 3:3). Homens serão
amantes do prazer e de si mesmos, apenas vendo religiosidade como meios para avançar seus
próprios vãos esquemas (2 Tm. 3:1-5)

E. Reis e aqueles no poder terão mais a perder, e, portanto, eles irão “se ajuntar”, reunindo
juntos em unidade contra o Senhor e aquele que Ele deseja para estabelecer como Rei das
nações. Zacarias, Isaias e o apóstolo João descreveu um cenário do fim dos tempos em que todas
as nações irão se levantar contra Jesus enquanto Sua Igreja declara Seu retorno e justo governo
(Is. 63:1-6; Zc. 14:3, Ap. 16:14, 19:19)

F. Esses reis irão “quebrar seus laços”, e “fundir seus cordões” — eles irão violentamente
quebrar e lançar toda a limitação que Deus em Sua sabedoria providenciou. Tudo que representa
a moral bíblica será iradamente removida da sociedade naquele tempo. Eles veem a moral e leis
de Deus como obstáculos para seus objetivos de poder. Os governantes da terra não somente
irão rejeitar a Deus e Seu Filho, o Rei ungido; eles irão em completa unidade rejeitar os caminhos
de Deus e sua influência sobre si e seu povo. Apocalipse 17:13-18 dá um exemplo disso.

O Deus de risos do céu (Sl 2:4-6)


“Do seu trono nos céus o Senhor põe-se a rir e caçoa deles. Em sua ira os repreende e em seu furor
os aterroriza, dizendo: “Eu mesmo estabeleci o meu rei em Sião, no meu santo monte”. (Sl. 2:4-6)

A. Ao longo das escrituras, Deus é geralmente retratado com Aquele que está sentado em Seu
trono, inteiramente confiante e no controle. Ele não se estressa nem se sente ameaçado pela
ira de homens pecadores contra Ele (Dn. 7:9–14; Ap. 4). Aqui, o Rei Davi providenciou uma
imagem do Senhor muito mais aterrorizante. Não somente ele está completamente confiante e
no controle, como Ele tem grande desprezo por esses reis tolos. Ele demonstra “profundo
desgosto” com sua rebelião.

B. Ele mostra seu desprezo e raiva contra eles, assim como a absoluta certeza de Seu plano
através de uma risada debochada. Essa terrível risada mostra a total desesperança e tolice do
que esses reis esperam alcançar: derrubar o próprio Deus (Ap. 19:19). Joel descreve uma cena
similar em que Deus zombadamente chama as nações para ir em guerra contra Ele (Jl. 3:9-11).
Ainda a risada do Senhor deixa claro que não é realmente uma guerra, mas um “lagar” na qual
as nações rebeldes se ajuntam (Is. 63:1–6; Jl. 3:13; Ap. 14:17–20, 19:15). Isso será uma remoção
fácil de todos aqueles que buscam dificultar Seus planos de estabelecer Seu Filho como o Rei de
Israel e Rei de todas as nações.

Isaias 40 descreve a resistência dos Reis e Líderes bem como “gafanhotos” que não tem nenhuma
esperança sequer de parar o que Deus colocou em movimento. Ele irá estabelecer Seu Rei no lugar
sobre as nações, e não tem nada que alguém pode fazer para melhorar ou dificultar Seu plano de
nenhuma forma.

O Pai declara e o filho deseja (Sl 2:7-9)


Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: “Tu és meu filho; eu hoje te gerei. Pede-me, e te
darei as nações como herança e os confins da terra como tua propriedade. Tu as quebrarás com
vara de ferro e as despedaçarás como a um vaso de barro”

A. Jesus entra na narrativa, declarando a sua vontade e a do coração do Pai. Ele entende
inteiramente Seu lugar e o prazer do Pai de colocá-lo sobre as nações da terra. Ele é o único
Homem digno de receber a liderança da terra:
Então um dos anciãos me disse: “Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi,
venceu para abrir o livro e os seus sete selos”.
(Ap. 5:5)

1. A incrível cena se revelou para os próprios olhos de João: um Homem Judeu


prevaleceu — emergiu vitoriosamente da morte pra vida— e é o Único qualificado e capaz de
se aproximar do Pai, pegando o PERGAMINHO (representando liderança da terra) de Sua mão,
e administrando perfeitamente os juízos do Senhor.

2. Ele se aproxima não como Deus, mas como Aquele da tribo de Judá e da linhagem do
Rei Davi. Um dos membros da família do Rei Davi é capaz de corajosamente vir para o trono
do próprio Deus e tomar dele a justa liderança da terra!

B. Mesmo encarando a grande ira e provocação das nações, o desejo de Jesus é claro: Ele
anseia por Sua herança. Apesar dos Reis e Líderes das nações (e aqueles que os seguem na tolice
e loucura) irão inteira e completamente rejeitá-lo em sua Segunda Vinda. Ele ainda anseia por
sua herança em ternura e paixão. Ele irá fazer o que for necessário para remover o que impede
as nações de receber o amor que Ele anseia expressar, finalizando completamente e removendo
todo o ódio rebelde e pecaminoso contra Ele:

Ele disse: “Um homem de nobre nascimento foi para uma terra distante para ser coroado rei e
depois voltar…” Mas os seus súditos o odiavam e por isso enviaram uma delegação para lhe dizer:
‘Não queremos que este homem seja nosso rei’. E aqueles inimigos meus, que não queriam que eu
reinasse sobre eles, tragam-nos aqui e matem-nos na minha frente!’ “(Lc. 19:12,14,27)

C. Uma vez que todos os que se iraram contra Ele e desprezaram seu governo forem
removidos, ele irá trazer as nações em grande parceria e participação apaixonada com Seu
plano. Ele irá chocar as nações com Sua grande misericórdia sobre eles. Sua paixão pelas nações
irá despertar uma paixão global por Ele. As nações irão enfim ter grande afeição por Ele—
enquanto ele deseja as nações, Ele irá se tornar o “Desejo de Todas as Nações”:

Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Dentro de pouco tempo farei tremer o céu, a terra, o mar e o
continente. Farei tremer todas as nações, as quais trarão para cá os seus tesouros, e encherei este
templo de glória”, diz o Senhor dos Exércitos. (Ag. 2:6-7)
Os Mensageiros instruem verdadeira sabedoria
Por isso, ó reis, sejam prudentes; aceitem a advertência, autoridades da terra. Adorem o Senhor
com temor; exultem com tremor. Beijem o filho, para que ele não se ire e vocês não sejam
destruídos de repente, pois num instante acende-se a sua ira. Como são felizes todos os que nele
se refugiam! (Sl. 2:10-12)

A. Em sua indescritível misericórdia com as nações que se iram contra Ele, Deus irá enviar
mensagens proféticas em avanço dos Seus julgamentos destrutivos para chamar os povos para
o arrependimento e relacionamento com o Rei vindouro. O Evangelho do Reino irá encher toda
a terra, trazendo testemunhas para Seu zelo e propósito, antes de chegar ao fim (Mt. 24:14)

B. Essas mensagens proféticas irão dar a “terceira dobra” chamada para a sabedoria para os reis e
governantes da terra — um convite para participar em 3 dimensões da identidade de jesus no
fim da era. As lideranças da terra serão convidadas a se render e servir o Rei vindouro com
temor; a se alegrar em concordância com a atividade do Juiz com tremor; e a experimentar
intimidade com a Noiva e não o Recusar. Ele é o Filho de Deus que está vindo para estremecer
toda a terra; Ele irá estabelecer um reino inabalável que pode resistir ao fogo consumidor da
glória de Seu Pai. (Ag. 2:6–7; Hb. 12:25 –29).

C. Os reis da terra precisam “ser sábios” — eles devem estar dispostos a se humilhar e aprender
antes que seja tarde. Eles precisam dizer sim pra Deus e não rejeitar Seu inacreditável e gentil
convite para profundos de intimidade, prazer, ternura e parceria com a noiva. O que ele oferece
é surpreendente. Abençoados sejam aqueles que acreditam que Seus caminhos são bons e
admiráveis.

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