Você está na página 1de 17

PUBLICAÇÕES INTERAMERICANAS

Pacific Press Publishing Association


Mountain View, Califórnia
EE. UU. do N.A.
--------------------------------------------------------------------

VERSÃO ESPANHOLA
Tradutor Chefe: Victor E. AMPUERO MATTA
Tradutora Associada: NANCY W. DO VYHMEISTER
Redatores: Sergio V. COLLINS
Fernando CHAIJ
TULIO N. PEVERINI
LEÃO GAMBETTA
Juan J. SUÁREZ
Reeditado por: Ministério JesusVoltara
http://www.jesusvoltara.com.br

Igreja Adventista dou Sétimo Dia

---------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------

O Livro do Profeta NAHUM

1057INTRODUCCIÓN

1. Título.-

O título do livro consiste simplesmente do nome do profeta que foi seu


autor. Nahúm, Heb. Najum, significa "consolado" ou "que é consolado". O
nome aparece só aqui no AT, embora esteja relacionado com o nome de
Nehemías: "Yahweh consolou", e Manahem: "consolador".

2. Paternidade literária.-

Não há mais informação quanto ao Nahúm que a que se acha em sua profecia.
Era natural de "Elcos" (ver com. cap. 1: 1).

3. Marco histórico.-

Um indício do tempo do ministério profético do Nahúm se acha na


referência à queda de Não- Amón (cap. 3:8, BJ). Esta cidade (conhecida pelos
gregos com o nome do Tebas, RVR, e mais tarde como Dióspolis) foi destruída
pelo Asurbanipal, rei de Assíria, em 663 A. C. portanto, ao menos uma parte
do ministério do Nahúm deve haver-se efetuado depois desse tempo. O
profeta contempla a queda do Nínive como ainda futura (cap. 3:7), e por isso
uma data razoável para o Nahúm poderia ser ao redor de 640 A. C. Sendo que
esta profecia, que corresponde ao fim de Assíria, foi escrita quando essa nação estava
ainda no apogeu de seu poder e prosperidade, o livro do Nahúm admiravelmente
comprova a profecia bíblica e testemunha da inspiração divina dos
profetas. No reinado do Asurbanipal a maior parte das nações da
Meia Lua Fértil tinham sido subjugadas pelos exércitos assírios ou pagavam
coleto a Assíria. Entretanto, antes de que ele morrera, começou a trocar o
quadro, e depois de sua morte (ao redor de 627?), o império assírio se
desmoronou rapidamente. Ao fim, depois de um sítio de três meses, Nínive mesma
foi tomada em 612 A. C. pelos medos e os babilonios (ver T. II, pp. 67-68).
Para uma descrição da cidade do Nínive, ver a Nota Adicional do Jonás 1 e
também o mapa da P. 1026.
4. Tema.-

O livro tem um tema principal: a futura destruição do Nínive. Por esta


razão, a profecia complementa a mensagem do Jonás. Este pregou o
arrependimento no Nínive, e por haver-se humilhado seus habitantes ante Deus, a
cidade foi perdoada. Entretanto, Nínive recaiu na iniqüidade, e a missão
do Nahúm foi predizer a sentença divina de sua destruição. O orgulho, a
crueldade, e a idolatria do Nínive tinham repleto a medida. Durante muito
tempo os reis de Assíria desafiaram ao Deus do céu e a sua soberania,
colocando ao Criador do universo no mesmo nível dos ídolos dos países
circunvizinhos (2 Rei. 18: 33-35; 19: 8-22), pois esses reis, ao parecer,
levavam a cabo os desejos de seu Deus Asur ao lutar contra outras nações (ver
T. 11, pp. 56- 57). A forma em que Agarrá-la desafiava a Deus 1058 devia cessar,
a não ser era mediante o arrependimento da nação, seria-o por meio de seu
destruição. A derrota das forças assírias no Judá tinha sido predita
antes pelo Isaías (ISA. 37: 21-38), mas a predição do Nahúm previu a queda
final da capital mesma do império.

5. Bosquejo.-

I. O propósito divino ao castigar ao Nínive, 1: 1-15.

A. O sobrescrito ou prefácio, 1: 1.

B. O poder de Deus para castigar aos ímpios, 1: 2-8.

C.La certeza do castigo vindouro, 1: 9-15.

II.Una descrição da futura destruição do Nínive, 2: 1-13.

A. O sítio e a tira da cidade, 2: 1-8.

B. O saque da cidade, 2: 9-13.

III. A impiedade do Nínive, a razão de seu castigo, 3: 1-7.

IV.La destruição de Não-Amón (Tebas), um exemplo da destruição do Nínive,


3: 8-11.

V.La finalidade e a totalidade da destruição do Nínive, 3: 12-19.

CAPÍTULO 1

A majestade de Deus em favor de seu povo, e sua severidade spara com seus
inimigos.

1 PROFECIA sobre o Nínive. Livro da visão do Nahum do Elcos.

2 Jehová é Deus ciumento e vingador; Jehová é vingador e cheio de indignação;


venha-se de seus adversários, e guarda zango para seus inimigos.

3 Jehová é demoro para a ira e grande em poder, e não terá por inocente ao
culpado. Jehová parte na tempestade e o torvelinho, e as nuvens são o
pó de seus pés.

4 O ameaça ao mar, e o faz secar, e resseca todos os rios; Apóiam foi


destruído, e o Carmelo, e a flor do Líbano foi destruída.

5 Os Montes tremem diante dele, e as colinas se derretem; a terra se


comove a sua presença, e o mundo, e todos os que nele habitam.

6 Quem permanecerá diante de sua ira? e quem ficará em pé no ardor de


sua irritação? Sua ira se derrama como fogo, e por ele se fendem as penhas.

7 Jehová é bom, fortaleça no dia da angústia; e conhece os que nele


confiam.

8 Mas com inundação impetuosa consumirá a seus adversários, e trevas


perseguirão a seus inimigos.

9 O que pensam contra Jehová? O fará consumação; não tomará vingança duas vezes
de seus inimigos.

10 Embora sejam como espinheiros entretecidos, e estejam empapados em sua embriaguez,


serão consumidos como folhagem completamente seca.

11 De ti saiu o que imaginou mal contra Jehová, um conselheiro perverso.

12 Assim há dito Jehová: Embora repouso tenham, e sejam tantos, mesmo assim serão
destruídos, e ele passará. Bastante te afligi; não te afligirei já mais.

13 Porque agora quebrarei seu jugo de sobre ti, e romperei seus coyundas.

14 Mas a respeito de ti mandará Jehová, que não fique nem memória de seu nome; da
casa de seu Deus destruirei escultura e estátua de fundição; ali porei você
sepulcro, porque foi vil.

15 Hei aqui sobre os Montes os pés de que traz boas novas, do que
anuncia a paz. Celebra, OH Judá, suas festas, cumpre seus votos; porque nunca
mais voltará a passar por ti o malvado; pereceu de tudo.

1.

Profecia.

"Carga" (RVA). Heb. maÑÑa', "carga" ou "dificuldade". Em sentido técnico, como


aqui, "pronunciamento", "oráculo". 1059

Nínive.

Capital de Assíria. Há uma descrição da cidade na Nota Adicional de


Jon. 1; ver o mapa da P. 1026.

Elcos.

Lugar que não foi identificado com precisão. Uma tradição tardia e pouco
fidedigna identifica ao Elcos com o Alkush, povo de Assíria, e afirma que Nahúm
nasceu de pais exilados. Mais verossímil é a identificação do Elcos com
Elkesi na Galilea. Alguns sugerem que a relação do Nahúm com a Galilea se
demonstra com o nome Capernaúm, vocábulo transliterado do hebreu e que
significa "aldeia do Nahúm". Outra tradição é que Elcos estava perto do Bet
Guvrin ou Eleuterópolis, na parte baixa do Judá. Já fora que o profeta
tivesse nascido na Galilea ou não, o mais provável é que posteriormente viveu em
Judá e profetizou ali.
Os vers. 1-10 constituem um poema em forma de acróstico. Esta forma literária
menciona-se no T. III, P. 629. Parece que Nahúm empregou as 15 primeiras
letras do alfabeto, mas com algumas irregularidades.

2.

Ciumento.

Para ilustrar a parte que coube a Deus na destruição do Nínive, se


apresenta sua justiça nos vers. 2-6, e se demonstra seu poder pelo domínio
que tem sobre o mundo material. Devesse entender a linguagem empregada
tendo em conta que Deus com freqüência se adapta à linguagem e às
experiências dos homens (cf. Jer. 51: 14; Amós 4: 12; 6: 8).

venha-se.

Deus não é movido pelo impulso vingativo que caracteriza ao homem pecador,
mas sim por sem santo desejo de defender a retidão e castigar aos que se opõem
a ela.

Guarda irritação.

Nesta passagem, a LXX reza: "E ele tira a seus inimigos".

3.

Demoro para a ira.

Ver Exo. 34: 6-7. A misericórdia divina não é uma prova de debilidade mas sim de
fortaleza. Os homens podem ser "tardos para a ira" contra a iniqüidade como
resultado de sua dureza e insensibilidade moral. Neste sentido são dignos de
compaixão e não de admiração. Por outro lado, Deus demora a manifestação de seu
ira contra o pecado e o pecador, porque não quer "que nenhum pereça" (2
Ped. 3: 9). Concede tempo para o arrependimento. Mesmo que suas ofertas de
misericórdia são rudamente desprezadas, está pouco disposto a castigar. "Como
poderei te abandonar?"(Ouse. 11: 8), é o clamor de seu grande coração amante. Sem
embargo, "não terá por inocente ao culpado", e os que persistem na
iniqüidade devem colher os resultados.

Torvelinho.

simboliza-se o poder de Deus como se se exibisse nos elementos.

4.

Ameaça.

Uma demonstração do poder de Deus, tal como aconteceu no cruzamento do mar Vermelho
(Exo. 14: 21; Sal. 106: 9).

Rios.

apresenta-se a Deus como quem tem domínio completo sobre os elementos da


natureza. Cf. Sal. 107: 33; ISA. 50: 2.

Apóiam.
Esta região era notável por seus ricos pastos e grandes rebanhos (cf. Deut. 32:
14; Sal. 22: 12; Eze. 39: 18).

Carmelo.

Cadeia montanhosa perto da costa mediterránea, com abundante água (ver com. 1
Rei. 18: 19).

Líbano.

Renomado por seus cedros.

5.

Os Montes tremem.

Aqui o profeta apresenta um quadro realmente pavoroso do poder de Deus.

Todos os que nele habitam.

Nos vers. 36 se descreve o poder de Deus e, portanto, sua capacidade para


realizar a predita destruição do Nínive (ver PR 269). manifestação do
poder de Deus que aqui se descreve se verá em uma escala muito major em ocasião
da segunda vinda de Cristo (PP 100).

6.

Como fogo.

Ver Deut. 4: 24; Jer. 7: 20. Em lugar de "sua ira se derramam como fogo", a
LXX reza: "Sua ira dissolve os reino".

fendem-se as penhas.

Melhor, "quebram-se ante ele" (BJ).

7.

Bom.

Que Deus é "bom" em seu caráter e em seu proceder ficou plenamente demonstrado
por Aquele que era Deus encarnado (Juan 10: 11; Hech. 10: 38). Nahúm foi um
mensageiro de destruição para os assírios, e ao mesmo tempo foi um ministro de
consolo e alívio para seu próprio povo, a quem assegurou que o Senhor seria seu
"fortaleça no dia da angústia" (Sal. 61: 2-3).

8.

Inundação impetuosa.

Possivelmente isto represente metaforicamente a completa destruição que viria sobre


Nínive mediante uma invasão inimizade (ver ISA. 8: 7; cf. Dão. 11: 26, 40). A
todas as nações, tão modernas como antigas, chega esta mesma advertência
de castigo que, à larga ou à curta, descenderá sobre todos os que se
exaltam contra Deus (PR 270). Estava-se terminando rapidamente o tempo de
graça para o Nínive, e Nahúm predisse uma destruição que logo chegaria.

Seus adversários.
Esta tradução corresponde com a LXX. Em hebreu diz "seu lugar". 1060 Pelo
contexto, evidentemente se trata do Nínive (vers. 1).

9.

Pensam.

Heb. jashab, "supor", "julgar", "imputar" ou "idear". Aqui o profeta adverte


aos assírios que sua jactância contra Deus era quão pior podiam fazer (ISA.
10: 8-11; 36: 18-20). Nahúm conforta aos seu com o pensamento de que Deus
cumprirá o que promete.

Consumação.

A repetição deste pensamento ("consumirá" no vers. 8), faz ressaltar a


segurança da queda do Nínive, pois o castigo que Deus trará sobre os
assírios será tão completo e permanente, que nunca mais, não por "duas vezes",
poderão oprimir ao povo de Deus. Embora Nahúm aqui especificamente se refere
à queda de Assíria, também pode pensar-se que suas palavras descrevem a
sorte final de todos os ímpios de quem Assíria é um símbolo. Quando forem
finalmente puídos da terra com o castigo final, nunca mais viverão de
novo; não perdurarão (Sal. 37: 6-11, 38; Mau. 4: 1; 2 Ped. 3: 10-13; Apoc. 20:
12 a 21: 5). Então será gloriosamente certo que "a tribulação" (RVA), "a
angústia" (BJ) do pecado não perturbará nunca mais ao universo de Deus (CS 558).

10.

Espinheiros.

Ver Núm. 33: 55; Jos. 23: 13. Embora o exército assírio formasse um frente tão
impenetrável como um cerco de espinheiros, Deus facilmente os venceria (ISA. 27:
4).

Embriaguez.

O caso de Assíria seria paralelo com o de Babilônia em alguns respeitos (cf.


Dão. 5: 1). Seja como for, sem dúvida os assírios eram inclinados aos festins
e à embriaguez (Diodoro iI. 26).

11.

De ti saiu.

Como Deus se dirige ao Nínive, isto possivelmente se refira a seu rei (ISA. 36: 4-10,
18-20).

Conselheiro perverso.

Literalmente, "conselheiro do Belial" (BJ). Ver com. 1 Sam. 2: 12; 25: 17.

12.

Repouso.

Heb. shalem, "pacífico", "intacto" ou "completo". O contexto favorece o


significado "intacto" ou "completo", antes que o de "pacífico" ou "repouso", a
menos que o pensamento seja que os assírios estão engañosamente "quietos",
agradados em sua excessiva e altiva confiança. A BJ traduz: "por mais
incólumes que estejam".

O passará.

Ver ISA. 27: 4.

13.

Seu jugo.

Sem dúvida isto se refere a que Judá seria tributário de Assíria (2 Rei. 18:
13-16; 2 Crón. 33: 11). Embora Judá se livrou da sorte do Israel nos dias
do Ezequías, a pouca liberdade que reteve se deveu tão somente à tolerância de
Assíria, e seus "coyundas" de sujeição a Assíria unicamente se quebrantaram quando
foi destruído esse império.

14.

A respeito de ti.

Aqui o profeta se dirige a Assíria e prediz sua destruição.

Seu sepulcro.

o de Assíria (ver Eze. 32: 22-23).

Vil.

Mas bem, "leve", ou "de nenhum valor".

15.

Boas novas.

Exclamação de gozo pela derrota do inimigo do povo de Deus (ver com.


ISA. 52: 7). Nah. 1: 15 é o vers. 1 do cap. 2 tanto em hebreu como em
siríaco. Assim também na BJ.

Celebra... suas festas.

Com o restabelecimento da paz, uma vez mais seria possível que o povo de
Judá celebrasse as grandes festividades religiosas (ver com. Exo. 23: 14-17;
Lev. 23: 2; Deut. 16: 16). O profeta Nahúm suplica a seu povo para que de
todo coração participe do espírito dessas solenes ocasione a fim de que
Deus possa benzer e prosperar à nação (ver as pp. 28-30).

Votos.

Agradecidos por sua liberação, os israelitas deviam cumprir com os votos que
faziam em tempos de angústia e perigo.

A passar.

Ver o vers. 12.

Pereceu de tudo.
Ver com. vers. 9.

COMENTÁRIOS DO ELENA G. DO WHITE

3 CM 318; CS 685; Ed 127; FÉ 356; MC 342; PP 680; PVGM 164, 8T 282

3-6 PP 100; PR 269

7 1T 245

7-8 PR 270

9 CS 558 1061

CAPÍTULO 2

O terrível e vitorioso exército de Deus contra Nínive.

1 SUBIO destruidor contra ti; guarda a fortaleza, vigia o caminho, te rodeie os


lombos, reforça muito seu poder.

2 Porque Jehová restaurará a glória do Jacob como a glória do Israel; porque


saqueadores os saquearam, e danificaram seus enxertos de planta.

3 O escudo de seus valentes estará avermelhado, os varões de seu exército


vestidos de grão; o carro como fogo de tochas; o dia que se prepare,
tremerão as haja.

4 Os carros se precipitarão às praças, com estrondo rodarão pelas


ruas; seu aspecto será como tochas acesas, correrão como relâmpagos.

5 Se lembrará ele de seus valentes; atropelarão-se em sua marcha; apressarão-se


a seu muro, e a defesa se preparará.

6 As portas dos rios se abrirão, e o palácio será destruído.

7 E a reina será cativa; mandarão que subida, e suas criadas a levarão


gemendo como pombas, golpeando-se seus peitos.

8 Foi Nínive de tempo antigo como lago de águas; mas eles fogem. Dizem:
lhes detenha, lhes detenha!; mas nenhum olhe.

9 Saqueiem prata, saqueiem ouro; não há fim das riquezas e luxo de toda
classe de efeitos cobiçáveis.

10 Vazia, esgotada e desolada está, e o coração desfalecido; tremor de


joelhos, dor nas vísceras, rostos mudados.

11 O que é da guarida dos leões, e do curral dos cachorrinhos dos


leões, onde se recolhia o leão e a leoa, e os cachorrinhos do leão, e não
havia quem os espantasse?

12 O leão arrebatava em abundância para seus cachorrinhos, e afogava para seus


leoas, e enchia de presa suas cavernas, e de roubo suas guaridas.

13 Me haja aqui contra ti, diz Jehová dos exércitos. Acenderei e reduzirei a
fumaça seus carros, e espada devorará seus leoncillos; e cortarei da terra você
roubo, e nunca mais se ouvirá a voz de seus mensageiros.
1.

Destruidor.

Outra vez o profeta se dirige ao povo de Assíria (ver com. cap. 1: 14) para
lhe admoestar por seu inquietante futuro. O contexto demonstra (cap. 1: 1; 2: 1,
8; 3: 1; etc.) que no cap. 2 se descreve a queda do Nínive.

Contra ti.

Quando as forças atacantes rodeassem a cidade, seus habitantes as veriam


claramente e compreenderiam seu perigo.

Guarda a fortaleza.

Com um tom levemente irônico, o profeta admoesta aos habitantes do Nínive a


que se preparem para o assédio final da cidade, embora tais preparativos
seriam em vão.

2.

Restaurará.

Poderia considerar-se que a glória do Jacob, anteriormente arrebatada pelos


assírios, agora foi restaurada mediante a destruição destes inimigos.

Saqueadores.

Os assírios tinham assassinado e saqueado ao povo escolhido de Deus, e a sua vez


seriam assassinados e saqueados por seus vencedores.

3.

Valentes.

Possivelmente uma referência aos sitiadores do Nínive.

Avermelhado.

Talvez os escudos eram vermelhos, ou sua cobertura de bronze ou cobre parecia vermelha.
Poderia ser que significasse que os escudos se avermelhariam com o sangue dos
mortos.

Tochas.

Heb. peladoth, palavra que unicamente aparece aqui no AT e cujo significado


é duvidoso. Por meio de uma comparação com o árabe e o persa, alguns
sugerem o significado "aço", o que permite que a frase se traduza "com
fogo de aço". Entretanto, isto é duvidoso. A tradução "tochas" se
obtém mediante uma transposição das primeiras duas consonantes de peladoth.
O inimigo vencedor não trataria de tomar a cidade ocultamente. O profeta
descreve graficamente uma cena de grande brilho. Isto poderia referir-se aos
adornos dos carros, as armas dos soldados, os arreios dos cavalos,
todo o qual brilharia ao sol e daria a aparência de brilhos de luz.

prepare-se.
Poderia referir-se a Deus, a quem se representa como reunindo a hoste para a
batalha (ISA. 13: 4; ver com. ISA. 13: 6 )1062. Alguns acreditam que se refere ao
comandante das forças inimizades.

Haja.

Heb. berosh, que se identifica com o zimbro fenício, similar à cipreste. Um


mudança de uma letra nas consonantes hebréias (ver T. I, P. 25) dá a variante
"cavalaria", "corcéis", "cavaleiros" (BJ). A LXX concorda com esta mudança pois
traduz: "Os cavalos serão lançados à confusão". Na BJ esta oração se
traduz assim: "São impacientem os cavaleiros".

4.

Carros.

Heb. rékeb, veículos de duas rodas, de diversas classes, atirados por cavalos.
Os carros se usavam quase exclusivamente com propósitos militares (ver com.
Exo. 14: 9) e para ocasiões de ornamento (ver com. Gén. 41: 43). Embora haja provas
arqueológicas de que se usavam carros para levar a signatários governamentais
em missões oficiais, não há virtualmente nada que indique que se usavam para
transporte privado comum.

Precipitarão-se.

Literalmente, "procederão locamente", de uma raiz hebréia que significa "estar


enlouquecido".

Com estrondo.

Aqui se indica a força entristecedora dos exércitos que atacam ao Nínive. Os


veículos de guerra atacariam "com estrondos". Todo o contexto deste
capítulo indica claramente que Nahúm estava descrevendo a captura do Nínive
com vívida linguagem.

Tochas.

Heb. lappid, a palavra usualmente usada para tochas ou abajures (Gén. 15:
17; Juec. 7: 16; etc.; ver com. Nah. 2: 3).

5.

Seus valentes.

Ou, "poderosos". É evidente que o rei assírio encarrega aos chefes de seu
exército que defendam as muralhas da cidade. Movidos pela confusão, ou
possivelmente estando só pela metade em seu julgamento, atropelam-se "em sua marcha".

Defesa.

Heb. sokek, algum tipo de amparo para os asediadores.

6.

Portas.

Aqui há uma referência simbólica ao assalto do inimigo ou à inundação


literal da cidade. Entretanto, são escassos os detalhes. Alguns sustentam
que a profecia se cumpriu no caso descrito pelo historiador grego
Diodoro (iI. 26-27), quem informa que Nínive foi capturada devido a uma
inundação excepcionalmente grande do Eufrates (Tigris?), que destruiu parte
do muro e abriu a cidade aos medos e babilonios.

Destruído.

Possivelmente deverá tomar-se simbolicamente, no sentido de que o palácio seria


debilitado e que ficaria impotente para oferecer qualquer resistência eficaz
ante o inimigo.

7.

Levarão-a.

Heb. nahag. Na forma que aqui aparece também pode traduzir-se "gemer" ou
"lamentar", o que concorda melhor no contexto aqui.

Como pombas.

Quer dizer as criadas gemeriam como pombas (ISA. 38: 14; 59: 11; Eze. 7: 16).

Golpeando-se.

Literalmente, "tamborilar"; quer dizer, golpear sobre um tamborilete ou tambor de


mão (ver T. III, pp. 32-33). Golpear ou "tamborilar" sobre o peito descreve
expresivamente uma profunda e azeda dor (Luc. 18: 13; 23: 48).

8.

Nínive.

O hebreu do vers. 8 é escuro.

9.

Não há fim das riquezas.

Alguns documentos gregos afirmam que os despojos de "prata" e "ouro" tirados


do Nínive foram excepcionalmente grandes em quantidade e em valor. Não é de
surpreender-se que os vencedores achassem sem bota de cano longo tão rico na cidade que
tinha "despojado" com tanta freqüência a outras (2 Rei. 15: 19-20; 16: 8-9,
17-18; 17: 3; 18: 14-16; etc.).

10.

Vazia, esgotada e desolada.

Heb. buqah umebuqah umebullqah . "Desolação, devastação e destruição" é um


tento de reproduzir em castelhano a vigorosa aliteração do hebreu que
descreve a completa ruína do Nínive (ver com. Amós 5: 5).

Coração desfalecido.

Expressão que denota temor e desespero (Jos. 7: 5; ISA. 13: 7; Eze. 21: 7).

Tremor de joelhos.
Cf. Dão. 5: 6.

Rostos mudados.

Ver com. Joel 2: 6.

11.

Guarida dos leões.

Nos vers. 11 e 12 o profeta emprega a figura de um leão para descrever o


poder de Assíria (cf. Jer. 50: 17; PR 198; ver com. Jer. 4: 7). Vividamente
mostra como Nínive, mediante suas conquistas, conseguia despojos "em
abundância" (vers. 12) para seu povo.

13.

Contra ti.

Cf. Nahúm 3: 5; Jer. 51: 25; Eze. 38: 3. A destruição do Nínive se produziu
depois de que ela deixou que transcorresse seu tempo de graça sem arrepender-se
em forma duradoura. Tinha cessado a paciência divina (PR 269).

Jehová dos exércitos.

Ver com. Jer. 7: 3.

Leoncillos.

Aqui evidentemente se trata 1063 dos guerreiros da cidade (ver com. vers.
11).

Mensageiros.

Possivelmente se refira aos que levavam as ordens reais aos chefes civis e
militares (2 Rei. 18: 17-19; 19: 23).

COMENTÁRIOS DO ELENA G. DO WHITE

10 CS 699

10-11 PR269

CAPÍTULO 3

A completa ruína do Nínive.

1AI DE ti, cidade sanguinária, toda cheia de mentira e de rapina, sem


te apartar da pilhagem!

2 Estalo de látego, e fragor de rodas, cavalo atropellador, e carro que


salta;

33 cavaleiro erguido, e resplendor de espada, e resplendor de lança; e multidão


de mortos, e multidão de cadáveres; cadáveres sem fim, e em seus cadáveres
tropeçarão,

4 por causa da multidão das fornicações da rameira de formosa graça,


professora em feitiços, que seduz às nações com suas fornicações, e aos
povos com seus feitiços.

5 Me haja aqui contra ti, diz Jehová dos exércitos, e descobrirei suas saias em
seu rosto, e mostrarei às nações sua nudez, e aos reino sua vergonha.

6 E jogarei sobre ti imundícies, e te afrontarei, e te porei como esterco.

7 Todos os que lhe virem se separarão de ti, e dirão: Nínive é assolada;


quem se compadecerá dela? Onde te buscarei consoladores?

8 É você melhor que Tebas, que estava assentada junto ao Nilo, rodeada de
águas, cujo baluarte era o mar, e águas por muro?

9 Etiópia era sua fortaleza, também o Egito, e isso sem limite; Fut e Líbia
foram seus ayudadores.

10 Entretanto ela foi levada em cativeiro; também seus pequenos foram


estrelados nas encruzilhadas de todas as ruas, e sobre seus varões
jogaram sortes, e todos seus grandes foram aprisionados com grilos.

11 Você também será embriagada, e será encerrada; você também procurará refúgio
a causa do inimigo.

1.

Cidade sanguinária.

Quer dizer, um lugar onde se vertia sangue por qualquer motivo e evidentemente
sem nenhum escrúpulo (Eze. 24: 6, 9; Hab. 2: 12). Nos monumentos assírios se
vêem muitíssimos exemplos de como os cativos eram esfolados, decapitados, 1064
empalados vivos, ou pendurados por pés e mãos para que morreram em uma lenta
tortura. Estas e outras práticas desumanas revelam a crueldade desta nação.
Em suas inscrições reais continuamente se manifesta gozo pelo número de
inimigos mortos, por cativos aprisionados, cidades arrasadas e saqueadas,
terras devastadas e árvores frutíferas destruídas.

Rapina.

Heb. péreq, "pilhagem" ou "saque", que indica a barbárie dos assírios em seu
trato com os povos vencidos. A parte final do vers. 1 demonstra que os
governantes do Nínive eram implacáveis em saquear a suas vítimas (ver ISA. 33:
1).

2.

Estalo... fragor.

O profeta descreve os sons do avanço dos exércitos sitiadores, assim


como antes descreveu sua aparência (cap. 2: 3-4). Por assim dizê-lo, ouça os
aurigas que fazem estalar seus látegos, o ruído das rodas dos
veículos, os cavalos que galopam e o trepidar dos carros que avançam.

3.

Multidão.
São tantos os mortos, que os guerreiros "tropeçam" com eles e isso os
detém.

4.

Fornicações.

Uma expressão que simboliza idolatria (Eze. 23: 27; Ouse. 1: 2; 4: 12-13; 5: 4).
A idolatria foi outra razão da queda de Assíria. Posto que a idolatria era
extremamente imoral, lhe dar o nome de "fornicação" era muito adequado (ver com.
2 Rei. 9: 22).

5.

Contra ti.

Ver com. cap. 2: 13.

Jehová dos exércitos.

Ver com. Jer. 7: 3.

Descobrirei suas saias.

Literalmente, "vou elevar suas saias" (BJ) (cf. ISA. 3: 17; 47: 3; Eze. 16:
37; ver com. Jer. 13: 26). devido às "fornicações" do Nínive (cf. Nah. 3:
4), Deus a castigaria muito ignominiosamente, como a uma rameira.

6.

Imundícies.

Heb. shiqquts, "coisa detestável". Vocábulo usado geralmente em relação com o


culto aos ídolos.

Esterco.

"Espetáculo" (BJ). A LXX reza: "Um exemplo público" (cf. Mat. 1: 19).
Continuando com o símbolo da "rameira" (Nah. 3: 4), o profeta prediz que
Nínive sofreria a ignomínia e o mau trato que uma mulher tal poderia receber de
a plebe (cf. Eze. 16: 37-40).

7.

Separarão-se de ti.

Figura que indica que o terrível castigo do Nínive faria que se separasse de
ela o que o contemplasse.

Onde te buscarei?

Pergunta retórica que indica que ninguém se compadeceria do Nínive posto que
merecia ser castigada (ver Jer. 15: 5-6).

8.

Tebas.
Heb. não' 'amón, a cidade do Deus egípcio Amón, a cidade do Tebas do Alto
Egito (Jer. 46: 25; Eze. 30: 14-16). Esta célebre cidade, com suas tumbas de
reis, seus colossos e esfinges, seus grandes templos do Karnak (Carnac) e Luxor
com suas maciças colunas e seus peristilos, estava magnificamente situada sobre
o Nilo, assim como Nínive estava sobre o Tigris. Aqui Nahúm adverte ao Nínive
que, à vista do céu, não é melhor que Tebas e facilmente pode correr a
mesma sorte. Tebas tinha sido destruída em 663 A. C. pelo Asurbanipal, rei de
Assíria.

O mar.

Aqui se usa para referir-se ao Nilo. No AT os rios grandes às vezes eram


chamados "mares" (ISA. 19: 5; Jer. 51: 36). A cláusula final só significa
que o Nilo, com seus canais, constituía o "baluarte" do Tebas.

9.

Etiópia.

Ou Qs, principalmente a Nubia clássica, ou o moderno Suam (ver com. Gén. 10:
6). O rei que governava no Egito quando Tebas foi destruída era Tanutamón,
sucessor e sobrinho da Taharka - o Tirhaca bíblico-. No AT Tirhaca é chamado
"rei de Etiópia" (ver com. 2 Rei. 19: 9) porque tinha pertencido a 25.ª
dinastia do Egito, chamada "etiópica" (ver T. II, P. 54).

Egito.

O Egito propriamente dito, cuja população unida com a da Nubia, constituía


um poder que "não tinha número", ou "sem limite" por assim dizê-lo (2 Crón. 12: 3).

Fut.

Muitos egiptólogos pensam que se refere ao Punt, mas os asiriólogos acreditam


que é parte de Líbia (ver com. Eze. 27: 10).

10.

Foi levada.

O poder do Tebas e seus recursos ao parecer ilimitados, inclusive a ajuda de seus


aliados, não a salvaram do cativeiro (ver com. vers. 8).

Estrelados.

Parte do cruel trato ao que, com freqüência, na antigüidade se submetia às


cidades conquistadas (2 Rei. 8: 12; Sal. 137: 9; ISA. 13: 16).

11.

Você também.

O profeta volta a dirigir-se ao Nínive.

Será encerrada.

Possivelmente signifique que Nínive não demonstraria poder para resistir.

13.
Mulheres.

Quão assírios até então tinham sido ousados e valentes, seriam como
mulheres no sentido de que não poderiam resistir e derrotar ao exército
sitiador (ver com. Ouse. 10: 5). 1065

14.

Reforça.

Quer dizer, reforça os lugares débeis das fortificações. Falando com um


sotaque de ironia, o profeta precatória ao Nínive para que faça todo o possível a fim
de preparar-se para um comprido e duro assédio.

Forno.

Literalmente, "molde de tijolos" (BJ).

15.

Ali.

Apesar de todas as medidas tomadas para fortalecer esses lugares vulneráveis


das fortificações, o "fogo" consumiria a cidade. A arqueologia há
demonstrado com claridade que a profecia se cumpriu literalmente.

Pulgón.

Heb. yéleq, a lagosta áptera que se arrasta (Sal. 105: 34; Jer. 51: 14, 27;
Joel 1: 4; 2: 25). Sem dúvida o profeta usou este símbolo aqui e no versículo
seguinte para mostrar que a destruição do Nínive seria tão súbita e completa
como a que causam esses insetos na vegetação.

te multiplique.

Embora os assírios reunissem exércitos tão numerosos como as hordas de


pulgones ou lagostas, não lhes serviria de nada.

16.

Seus mercados.

Nínive estava vantajosamente se localizada para realizar um amplo comércio com


outros países. Mas essas relações comerciais não lhe seriam de valor. A
destruição efetuada por seus inimigos seria rápida e completa.

17.

Seus grandes.

Heb. tafsar, oficial militar ou civil (ver com. Jer. 51: 27). O término que
aqui se usa significa militares de alta hierarquia. Com freqüência esses
militares estão desenhados nos monumentos. Assim como as lagostas ficam
inativas e inertes em um "dia de frio", assim também esses caudilhos e militares
assírios seriam impotentes na crise da cidade. Quão único podia fazer
o exército assírio seria desaparecer sem que se soubesse "o lugar" onde havia
estado.
18.

Dormiram seus pastores.

representa-se aos caudilhos da nação como se tivessem estado dormidos


ante suas responsabilidades ou como se em realidade tivessem morrido em batalha e
tivessem estado "dormindo" o sonho da morte.

derramou-se.

"Está disperso" (BJ). Tendo desaparecido seus caudilhos, o povo do Nínive


não podia oferecer mais uma resistência efetiva ante seus inimigos.

19.

Medicina.

Literalmente, "diminuição" ou "alívio".

Fama.

Heb. shema', "notícia" (BJ). Ver Gén. 29: 13; Exo. 23: 1; Deut. 2: 25; etc.
Ante a notícia da queda do Nínive, descreve-se às nações circunvizinhas
como aplaudindo de gozo porque isso significaria o fim da contínua "maldade"
assíria e sua implacável opressão. O profeta termina sua mensagem com uma nota de
certeza e decisão. Assíria tinha tido seu tempo de graça, mas agora era
inútil lhe prolongar a misericórdia.

COMENTÁRIOS DO ELENA G. DO WHITE

1 PR 198

1-5 PR 269

19 PR 198 1067

Você também pode gostar