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Guia de Estudo Para a Prova 2: Isaías, Naum, Sofonias, Habacuque

Isaías:

No início do seu ministério, o profeta Isaías recebeu uma visão magnífica no templo. Lá, ele viu o
Senhor sentado em um trono alto e exaltado, cercado de serafins que proclamavam a santidade divina.
Essa experiência marcou o início de sua jornada profética. Em um momento de grande desafio para
o rei Acaz e o povo de Israel, Isaías trouxe uma profecia notável sobre o nascimento de um menino
chamado Emanuel, uma mensagem de esperança e salvação em meio às ameaças de invasão.

Isaías é conhecido como "o profeta messiânico" por suas visões sobre o Messias, o descendente de
Davi que traria salvação e reino eterno. Ele também usou metáforas poderosas, como a da videira,
para ilustrar a relação entre Deus e Israel. Tristemente, ele profetizou que a videira seria abandonada
e destruída, devido à infidelidade e injustiça do povo.

Diante da corrupção dos líderes em Jerusalém, Isaías denunciou a injustiça, opressão e exploração
dos pobres, advertindo sobre o juízo de Deus. Mesmo em meio às dificuldades, o rei Ezequias
encontrou conforto ao recorrer a Isaías para buscar orientação divina e proteção contra a Assíria.

Isaías também teve uma visão após a morte do rei Uzias, onde viu o Senhor assentado em um trono
alto e exaltado, com Seu manto enchendo o templo. Essa visão reafirmou a presença e a grandeza de
Deus, mesmo em tempos de incerteza.

Contemplando as profecias de Isaías, percebemos que suas mensagens continuam relevantes até os
dias atuais. Sua esperança final foi na vinda do Messias, o Rei vindouro que traria paz e justiça.
Assim, o estudo das palavras desse profeta inspirador nos lembra da importância da justiça, do
arrependimento e da esperança em Deus, bem como a necessidade de buscar orientação divina em
momentos de dificuldade.
Naum:

O profeta Naum viveu em uma época em que o império assírio estava em seu auge, e o livro é uma
mensagem direcionada principalmente contra a cidade de Nínive, a capital da Assíria. O tom do livro
é de julgamento e condenação, com Naum proclamando a vindicação de Deus sobre as ações cruéis
e opressivas dos assírios.

No capítulo 1, Naum descreve a ira de Deus e Sua vingança contra os inimigos de Israel. Ele enfatiza
a justiça de Deus e o fato de que Ele não deixará impune o mal que foi infligido a Seu povo. O profeta
anuncia a destruição iminente de Nínive e a queda do império assírio, usando imagens poéticas e
poderosas.

O capítulo 2 apresenta uma visão detalhada da queda de Nínive. Naum descreve o ataque inesperado
e devastador que levará à ruína da cidade. Ele descreve os guerreiros assírios como valentes, mas suas
defesas se desfazem diante do ataque implacável. A imagem é de uma cidade conquistada e saqueada,
com seus habitantes fugindo e seus líderes perdendo o controle.

No capítulo 3, Naum continua a descrever a queda de Nínive, revelando detalhes sombrios sobre seus
pecados e crimes. Ele faz referência à cidade como uma prostituta que seduziu outras nações com sua
riqueza e feitiçaria. No entanto, agora ela enfrentará sua própria destruição e vergonha, sendo exposta
diante das nações que uma vez temeu.

O livro de Naum, embora curto, oferece uma visão única das ações de Deus na história humana e Sua
justiça diante da opressão e injustiça. Ele também aponta para a soberania de Deus sobre os impérios
terrenos e a inevitabilidade do julgamento divino sobre o mal. Ao mesmo tempo, Naum também traz
uma mensagem de consolo para o povo de Judá, oferecendo esperança em meio à adversidade e
reafirmando a fidelidade de Deus para com aqueles que confiam Nele.
Sofonias:

O livro do profeta Sofonias traz uma mensagem urgente e impactante: o julgamento de Judá está se
aproximando. O tema central é o iminente "Dia do Senhor", um momento de terror para os idólatras
de Judá e para as nações orgulhosas ao redor, mas de ternura e bênção para o remanescente de Israel
que confia em Deus e busca a justiça e humildade. O verso-chave, encontrado em Sofonias 2.3,
conclama os humildes da terra a buscarem o Senhor e a justiça, como uma possibilidade de serem
poupados no dia da ira divina.

A grande ideia do livro é que o juízo e a bênção de Deus atingirão todas as pessoas e nações,
especialmente Judá. A mensagem de Sofonias se dirige principalmente a Judá, mas também abrange
as nações gentias. O livro proclama que o julgamento de Deus está se aproximando, caracterizado
pelo temido "Dia do Senhor", um tempo em que Deus julgará e punirá os pecados das pessoas e
nações, seguido por uma restauração e bênçãos para o Seu povo.

A invasão da Babilônia, embora representando um "Dia do Senhor" menor, é um presságio de um dia


ainda mais terrível e abrangente que virá sobre toda a terra. Nesse contexto, a reação esperada é o
arrependimento. O livro também traz esperança e promessa de bênçãos. Ele destaca que Deus trará
um novo coração às nações, demonstrando Sua misericórdia mesmo entre os gentios.

No âmbito de Israel, o livro aponta para uma série de bênçãos: Deus reunirá Seu povo, purificando-o
e habitando no meio dele. Os inimigos de Israel serão punidos, e a nação ocupará uma posição
proeminente na terra. Sofonias transmite uma mensagem de advertência, mas também de esperança
e restauração, lembrando a todos sobre a soberania de Deus e Seu cuidado tanto pelo Seu povo
escolhido quanto pelas nações do mundo.
Habacuque:

O livro do profeta Habacuque oferece uma perspectiva singular e profunda sobre a relação entre Deus
e os homens. Diferente de outros profetas, Habacuque não se dirige ao povo sobre Deus, mas ao
próprio Deus sobre as questões dos homens. Ele levanta duas perguntas teológicas e filosóficas
complexas, que ecoam através dos séculos.

Na primeira pergunta, Habacuque confronta a aparente contradição entre a santidade de Deus e a falta
de punição para Judá, mesmo diante dos reis perversos e a continuação do mal sem consequências
visíveis. Sua segunda pergunta aborda a perplexidade sobre como Deus poderia usar uma nação
ímpia, como a Babilônia, para executar Seu juízo sobre Judá.

No cerne do livro está a mensagem poderosa de que o julgamento de Deus é intrinsecamente justo. A
fé é o alicerce que permite aos justos se alegrarem na futura manifestação da justiça divina, apesar
das aparentes contradições e dificuldades do presente.

O verso-chave, "O justo viverá pela sua fidelidade" (2.4), torna-se uma âncora de confiança no caráter
de Deus, independentemente das circunstâncias. O livro ensina que mesmo nos momentos mais
obscuros da história, o Deus soberano não compromete sua justiça ou misericórdia.

O panorama do livro reflete o diálogo profundo entre Habacuque e Deus. Na primeira seção,
"Perguntas de Habacuque" (1.1-2.20), o profeta expressa suas inquietações e Deus responde,
revelando Seus planos e propósitos. Na segunda seção, "Oração de Habacuque" (3.1-3.19), o profeta
busca esperança ao relembrar o poderoso êxodo e olhar confiantemente para o futuro, onde a alegria
e a esperança encontram morada na confiança em Deus, acima das adversidades.

Em resumo, o livro de Habacuque nos convida a uma jornada profunda de questionamento, reflexão
e confiança no caráter imutável de Deus. Ele nos desafia a encontrar alegria e esperança mesmo em
meio aos enigmas da vida, confiando que o julgamento divino é justo e a fidelidade ao Senhor é
alicerçada na verdadeira vida.

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