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NAUM

NAUM

INTRODUÇÃO
I. Título- O título do livro consiste simplesmente do nome do profeta que é seu autor.
Naum, do heb. Nachum, significa "confortado" ou "aquele que foi confortado". O nome
ocorre somente no AT, embora esteja relacionado aos nomes de Neemias, "Javé conforta",
e Menaém , "confortador".
2. Autoria -Não há informação sobre Naum além da que é encontrada em sua profe-
cia . Ele era um "elcosita", ou um nativo de Elcós (ver com . de Na 1:1 ).
3. Cenário histórico- Uma indicação do período do ministério profético de Naum
é encontrada em referência à queda de Nô-Amom (Na 3:8). Essa cidade, conhecida pelos
gregos como Tebas e, mais tarde, como Dióspolis, foi destruída por Assurbanípal , rei da
Assíria, em 663 a.C. Assim, parte do ministério de Naum pode ter ocorrido depois desse
tempo . O profeta viu a queda de Nínive ainda no futuro (Na 3:7); e, portanto, uma data
razoável para N aum poderia ser cerca de 640 a.C. Uma vez que a profecia que fala sobre o
fim da Assíria foi escrita quando essa nação se encontrava, aparentemente, na plenitude de
seu poder e prosperidade, o livro de Naum confirma a profecia escriturística e atesta a ins-
piração divina dos profetas. No reino de Assurbanípal, a maioria das nações do Crescente
Fértil foi subjugada pelos exércitos assírios ou pagava tributos à Assíria. Contudo, depois de
sua morte (cerca de 627 a.C.), o império assírio logo se desintegrou. Finalmente , depois
de um cerco de três meses, a própria Nínive foi tomada , em 612 a.C. pelos medos e pelos
babilônios (ver vol. 2, p. 52; para uma descrição da cidade de Nínive, ver Nota Adicional a
Jonas 1; ver também o mapa na p. 1106).
4. Tema - O livro tem um tema supremo, o destino por vir de Nínive. Devido a isso,
a profecia de Naum é complementar à mensagem de Jonas. Jonas pregou o arrependimento
a Nínive e, uma vez que seus habitantes se humilharam diante de D eus, a cidade foi salva.
No entanto, outra vez a Assíria caiu em iniquidade e foi dada a N aum a missão de anunciar
a sentença divina de sua destruição. Nínive atingiu ao máximo a medida de orgulho, cruel-
dade e idolatria. Durante muito tempo, os reis assírios haviam desafi ado o Deus do Céu e
Sua soberania, colocando o Criador do universo na mesma categoria dos ídolos das nações <~ ê
vizinhas (ver 2Rs 18: 33 -35 ; 19:8-22). Esses reis, supostamente, julgavam estar cumprindo os
desejos de seu deus Assur, quando lutavam com outros povos (ver o vol. 2, p. 37-39). O desa-
fio da Assíria a Deus devia cessar, se não fosse através do arrependimento da nação, seria
por sua destruição. A queda das forças assírias, em Judá, havia sido predita anteriormente
por Isaías (Is 37:21-38). Naum , porém, predisse a qued a fin al da capital do próprio império.

5. Esboço.
I. O propósito divino ao punir Nínive, l:l-15.
A. A inscr ição, l : l.
B. O pod er de Deus para punir o ímpio, 1:2-8 .
C. A certeza do castigo imi ne nte, 1:9-15.
Il. D escr iç ão da vindoura destruição de Nín ive, 2: 1-13.

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1: 1 COM ENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

A. O cerco e a tomada da cid ade, 2: 1-8.


B. A pilhagem da cidade, 2:9 -13.
Ilf. A razão do cas ti go de Níni ve é sua im piedade, 3: 1-7.
IV. Des truição de Nô-A mom como exempl o do fim de Nínive, 3:8- 1 I.
V. A F in a lid ade da destrui ção de Níni ve e se u fim, 3: 12-1 9.

CAPÍTULO 1
A majestade de Deus e Sua bondade para com Seu povo;
Sua severidade contra os inimigos.

Sentença contra Nínive. Livro da visão de 9 Que pensa is vós contra o SENHOR? E le
Naum , o elcosita. mesmo vos consumirá de todo ; não se levantará
2 O SEN HOR é Deus zeloso e vingador, o por duas vezes a a ng(l sti a.
SEN HOR é vingador e cheio de ira ; o SENHOR toma lO Porque, ainda que eles se e ntrelaça m
vinga nça contra os Seus adversá rios e reserva in - como os espinhos e se saturam de vinho como
dignação para os Seus inimigos. bêbados, serão inteira mente consumidos como
3 O SEN HOR é tardi o em irar-Se, mas gra nde palha seca .
em poder e jama is inocenta o culpado; o SENHOR ll De ti , Nínive, saiu um qu e maq uina o ma l
tem o Seu ca minho na tormenta e na tempesta- contra o SEN HOR, um conselhe iro vi l.
de, e as nu vens são o pó dos Seus pés. 12 Assim diz o SEN HOR : Por mais seguros qu e
4 E le repreende o m ar, e o faz seca r, e mín- estejam e por mais numerosos que sejam , ainda
gua todos os ri os ; desfal ecem Ba sã e o Carmelo, assim serão exterminados e passarão; Eu te afli-
e a flor do Líbano se murcha. gi, mas n ão te aflig irei mais.
5 Os montes tremem pera nte Ele, e os outei- 13 Mas de so bre ti, Judá, quebrarei o jugo
ros se derretem ; e a terra se levanta di ante dE le, deles e romperei os teus laços.
sim, o mundo e todos os que nele habitam . 14 Porém contra ti , Assíri a, o SEN HOR deu
6 Quem pod e suportar a Su a indignação? ordem que n ão h aja p osterid ade qu e leve o teu
E qu em subsi stirá diante do furor ela Sua ira? nome; da casa dos teu s deuses exte rmina rei as
A Su a cóle ra se derram a como fogo, e as rochas image ns de escultura e de fundição; fare i o teu <I! §
c-
são por Ele demolidas. sepulcro, porque és vil.
7 O SENHOR é bom, é forta leza no di a da an - 15 Eis sobre os montes os pés do gue anun -
g(l stia e conhece os que n E le se refu gia m. cia boas-nova s, do qu e a nun cia a paz! C e le bra as
8 Mas, com inundação tra nsbord ante, aca- tuas festas, ó Juclá, cumpre os teu s votos, porque
bará de uma vez com o lugar desta cidade; com o homem vil já não p assará por ti; ele é inteira-
trevas, p erseguirá o SENHOR os Seus inimigos . mente exter minado.

I. Sentença. Do heb. massa', "fardo", Elcosita. Um nativo de Elcós, lugar não


"dificuldade" (ver com. de Is 13: 1). identificado. Um a tradição tardia e não con-
Nínive. Capital da Assíria. Para uma fiável identifica Elcós com Alcus, uma cidade
descrição da cidade, ver Nota Adicional a na Assíria, e afirma que Naum nasce u de
Jonas 1; ver ta mbém mapa, na p. 1106. pais que estavam no exílio. É mais provável a

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NAUM 1:8

identificação de Elcós com Elkesi, na Galileia. 4. Repreende. Uma demonstração do


Alguns sugerem que a conexão de Naum com poder de Deus, como na travessia do Mar
a Galileia é demonstrada por "Cafarnaum", Vermelho (ver Êx 14:21 ; SI 106:9).
nome transliterado do hebraico cujo sign ifi- Rios. Deus é retratado como aqu ele que
cado é "aldeia de Naum". Outra tradição diz mantém completo controle dos elementos da
que Elcós ficava perto de Beith]ibrín , na pla- natureza (co mparar com SI 107:33; ls 50:2).
nície de Judá. Se o profeta nasceu ou não na Basã. Esta região era conhecida por suas
Galileia, é provável que, mais tarde, ele tenha ricas pastagens e grandes rebanhos de gado
vivido em Judá e profetizado ali. (ver Dt 32: 14; SI 22:12; Ez 39:18).
Os v. 1 a 1O foram escritos em forma de Carmelo. Uma cadeia de montanhas na
acróstico (ver sobre esse recurso , no vol. 3, costa do Mediterrâneo (ver com. de 1Rs 18: 19).
p. 705). As primeiras 15 letras do alfabeto Líbano. Famoso por seus cedros.
parecem ter sido empregadas, mas com algu- 5. Os montes tremem. O profeta apre-
mas irregularidades. senta aqui o quadro mais surpreendente e
2. Zeloso. Para ilustrar a ação de Deus na inspirador do poder de Deus.
destruição de Nínive, a justiça divina é estabe- Todos os que nele habitam. Os v. 3
lecida nos v. 2 a 6, e o poder é demonstrado no a 6 descrevem o poder de Deus e, portanto,
controle sobre o mundo material. A linguagem Sua capacidade de cumprir a anunciada des-
empregada deve ser entendida à luz do fato de truição de Nínive (ver PR, 364). A manifes-
Deus, muitas vezes, adaptar-se à linguagem e à tação do poder de Deus, aqui descrita, será
experiência humana (cf. Jr 51:14; Am 4:12 , 6:8). vista em dimensão mais plena por ocasião da
Vingador. Deus não é motivado pelo segu nd a vinda de Cristo (ver PP, 109).
mesmo desejo de vingança que move o peca- 6. Como fogo. Ver Dt 4:24; Jr 7:20. Em vez
dor, mas por um santo desejo de defender a de "Sua cólera se derrama como fogo", a LXX
justiça e punir os que se opõem a ela. diz: "Sua ira transforma os reinos em nada."
Reserva. A LXX diz: "Ele elimina os Demolidas. Literalmente, "por abaixo",
Seus inimigos". "demolir" ou "destruir".
3. Tardio em irar-Se. Ver Êx 34:6, 7. 7. Bom. Que Deus é "bom" em atos e
A misericórdia divina é uma prova não de fra- em caráter é melhor demonstrado por aquele
queza, mas de força . Os homens podem ser que Se tornou o Deus encarnado (Jo 10:11;
"tardios em irar-se" contra a iniquidade, por- At 10:38). Enquanto Naum foi um mensageiro
que sua insensibilidade moral os torna assim; da destruição para os assírios, ele era ministro
por isso, eles são dignos de pena em vez de de conforto e consolo para seu próprio povo,
admiração. Por outro lado, a demora de Deus assegurando-lhe que o Senhor seria sua "for-
em manifestar Sua ira contra o pecado e os taleza" no "dia da angústia" (ver SI 61:2 , 3).
pecadores, é porque Ele "não quer que nenhum 8. Inundação transbordante. Isso
pereça" (2Pe 3:9). Ele concede tempo para o representa metaforicamente a completa des-
arrependimento. Mesmo quando Suas ofertas truição a sobrevir a Nínive através de um a
de misericórd ia são desprezadas, Ele é relutante invasão hostil (ver Is 8:7; cf. Dn 11:26, 40).
em punir. "Como te deixaria?" (Os 11:8) é o A todas as nações, antigas ou modernas, é
brado de Seu coração amoroso. No entanto, Ele dado o mesmo av iso de punição que virá mais
não pode "absolver os maus", e os que persis- cedo ou mais tarde sobre os que se exaltam
tem na iniquidade devem colher os resultados. contra Deus (ver PR, 366). O tempo de graça
Na tormenta. O poder de Deus é repre- de Nínive foi se esgotando rapidamente, e
sentado na manifestação das forças da natureza. Naum previu que a destruição se aproximava.

1143
1:9 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

O lugar. Refere-se, evidentemente, a 12. Seguros. Do heb. shalem, "pacíficos",


Nínive, em vista do contexto (ver v. 1). "intactos" ou "completos". O contexto favo-
9. Que pensais. Do heb. chashav, "contar", rece o significado de "i ntactos" ou "comple-
"considerar", "imputar" ou "dispor". Aqui o pro- tos", a menos que a ideia seja que os assírios
feta adverte os assírios de que sua jactância con- eram enganosamente "pacíficos" e presunço-
tra Deus era totalmente inútil (ver Is 10:8-11; sos em seu excesso de confiança.
36: 18-20). Naum encorajou seu povo com o pen- Passarão. Ver Is 27:4.
samento de que Deus cumpriria Suas promessas. 13. O jugo. Evidentemente isto se
Consumirá de todo. A repetição desta refere a Judá como tributária da Assíria
frase (ver v. 8) enfatiza a certeza da queda de (ver 2Rs 18:13-16; 2Cr 33: 11). Embora Judá
Nínive, pois o castigo que Deus traria sobre escapasse do destino de Israel, nos dias de
os assírios seria tão completo e permanente Ezequias, ela reteve um pouco de liberdade
que jamais h averia uma "segunda vez" em apenas por causa da tolerância da Assíria , e
que eles oprimiriam o povo de Deus. Embora suas "obrigações" em relação à Assíria só ces-
Naum se refira aqui especificamente à queda saram quando o império foi destruído.
da Assíria, suas palavras também podem ser 14. Porém contra ti. O profeta se dirige
vistas como uma descrição do destino final à Assíria e prediz sua destrui ção.
de todos os ímpios, dos quais a Assíria é um Teu sepulcro. Da Assíria (ver Ez 32:22 , 23).
tipo. Quando forem finalmente destruídos , És vil. Ou, "és frívola", "és nada".
no juízo final , nunca mais reviverão, pois 15. Boas-novas. Uma exclamação de
não haverá para eles vida após a morte (ver alegria pela derrota do inimigo do povo de
Sl37:6-ll, 38; Ml4:1, 2Pe 3:1 0-l3;Ap. 20:12- Deus (ver com . de Is 52:7). Naum 1:15
21:5 ). Então será gloriosamente verdade que a é o primeiro versículo do cap. 2 tanto e m
"angústia" do pecado nunca mais perturbará hebraico como em siríaco.
o universo de Deus (ver CC, 504). Celebra as tuas festas. Com o restabe-
10. Espinhos. Ver Nm 33:55; Js 23:13. lecimento da paz, seria mais uma vez possível
Embora o exército assírio formasse uma frente para o povo de Judá celebrar as grandes festas
tão impenetrável como uma sebe de espinhos, religiosas (ver com. de Êx 23:14-17; Lv 23:2;
Deus poderia facilmente vencê-lo (ver Is 27:4). Dt 16: 16). O profeta Naum pleiteia com o povo
Bêbados. A experiência da Assíria seria para entrar plenamente no espírito dessas oca-
paralela à de Babilônia, em alguns aspectos siões solenes a fim de que Deus abençoasse
(ver Dn 5:1). Em qualquer caso, não pode a nação e a fizesse prosperar (ver p. 13-15).
haver dúvida de que os assírios gostavam de Votos. Em gratidão por sua libertação, os
festejar e de beber (ver Diodoro, ii.26). israelitas deviam resgatar as promessas feitas
ll. Saiu um. Referindo-se a Nínive, isto em tempos de dificuldad e e perigo.
deve se aplicar ao seu rei (ver Is 36:4-10, 18-20). Passará. Ver v. 12.
Um conselheiro vil. Literalmente, "um Inteiramente exterminado. Ver com.
conselheiro de Belial". do v. 9.

COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE

3- PJ, 177; CPPE , PP, 628; T8, 282 7, 8- PR, 366


415; Ed, 131; FE, 356; 3-6- PR, 364; PP, 109 9 - CC , 504
CC , 627; CBV, 435; 7 - T 1,245

ll44
NAUM 2:3

CAPÍTULO 2
Os temíveis e vitoriosos exércitos de Deus contra Nínive.

l O destruidor sobe contra ti, ó Nínivel 8 Nínive, desde que existe, tem sido como um
Guarda a for taleza, vigia o caminho, fortalece açude de águas; mas, agora, fogem. Parai! Parai!
os lombos, reúne todas as tuas forças! C lama-se; mas ninguém se volta.
2 (Porque o SENHOH restaura a glória de Jacó, 9 Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não
como a glória de Israel; porque saqueadores os sa- se acabam os tesouros; há abastança de todo ob-
quearam e destruíram os seus sarmentos .) jeto desejável.
3 Os escudos dos seus heróis são vermelhos, lO Ah! Vacuidade, desolação, ruína! O coração
os homens valentes vestem escarlata, cintila o se derrete, os joelhos tremem, em todos os lombos
aço dos carros no dia do seu aparelhamento, e há angús tia, e o rosto de todos eles empalidece.
vibram as lanças. ll Onde está, agora, o covil dos leões e o lugar do
4 Os carros passam furiosamente pelas ruas e pasto dos leõezinhos, onde passeavam o leão, a leoa
se cruzam velozes pelas praças; parecem tochas, e o filhote do leão, sem que ninguém os espantasse?
correm como relâmpago. 12 O leão arrebatava o basta nte para os seus
5 Os nobres são chamados, mas tropeçam em filhotes, estrangulava a presa para as suas leoas,
seu caminho; apressam-se para chegar ao muro e e enchia de vítimas as suas cavernas, e os seus
já encontram o testudo inimigo armado. covis, de rapina .
6 As comportas dos rios se abrem , e o palá- 13 Eis que Eu estou contra ti , diz o SENHOH
cio é destruído. dos Exércitos; queimarei na fumaça os teus car-
7 Está decretado: a cidade-rainha está despi- ros, a espada devorará os teus leõezi nhos, arran-
da e levada em cativeiro, as suas servas gemem carei da terra a tua presa, e já não se ouvirá a voz
como pombas e batem no peito. dos teus embaixadores.

1. Ó, Nínive. Mais uma vez, o profeta ass1nos, ou como sendo então restaurada
se dirige ao povo da Assíria (ver com. de Na com a destruição dos assírios.
1: 14), alertando-o sobre o futuro turbulento. Saqueadores. Os assírios mataram e
O contexto mostra (Na 1:1, 2:1, 8, 3:1, etc.) pilharam o povo escolhido de De us que,
que o cap. 2 descreve a queda de Nínive. por sua vez, fora morto e pilhado por seus
Contra ti. Quando as forças em ataque conquistadores.
cercassem a cidade, os seus habitantes cla- 3. Seus heróis. Provável referência aos
ramente perceberiam o perigo. que fizeram o cerco a Nínive.
Guarda a fortaleza. E m tom irônico, o Vermelhos. Os escudos deviam ser colo-
profeta admoesta o povo de Nínive a se pre- ridos, ou o bronze e o cobre da armadura
parar para o cerco final à cidade, embora tal pareciam vermelhos. Pode ser também que
preparo fosse em vão. o vermelho dos escudos signifique o sangue
2. Restaura. Do heb. shuv, palavra que dos mortos em batalha.
também pode significar "trazer de novo", Cintila. Do heb. peladhoth, palavra que
"voltar", sentido dado pela NTLH e a ARC. ocorre apenas aqui no AT, e de significado
Ambas as ideias parecem se encaixar no con- incerto. Alguns, a partir de comparação com
texto. A excelência de Jacó pode ser consi- o árabe e o persa, sugerem o significado de
derada como anteriormente arrebatada pelos "aço", permitindo que a frase seja traduz ida

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2:4 COMENTÁR IO BÍBLICO ADVENTISTA

como "com o fogo elo aço". No entanto, a aqui indicada. Uma multid ão de veícu los de
derivação é duv idosa. Por uma mud ança no guerra se "c hoca ria m" uns com os outros (ver
~ ~>- hebraico, a NTLH diz: "os carros ele guerra ARC). Todo o contexto deste capítu lo most ra
brilham como fogo". A tradução "tochas" é claramente que Na um estava descrevendo,
obtid a através ele uma transposição elas duas em linguagem gráfica, a queda de Nínive.
p rimeiras consoantes de peladhoth. O ini- Tochas. D o heb. lappidhim, pal av ra
migo conquistador não pro curaria tomar a com um para tochas ou lâmpadas (G n 15:17;
cidade de assalto. O profeta graficamen te Jz 7:16; ver com . de Na 2:3).
retrata uma cena ele brilho faisca nte . A refe- 5. Os nobres. Literalme nte, "seus pode-
rência pode ser aos enfeites dos carros, às rosos". Evidentemente, o rei assírio cobra de
armas dos soldad os, aos adereços dos cava- se us generais a defesa dos muros da cidade.
los, os quais brilhariam ao sol e dariam a apa- Na pressa e conf usão, ou talvez em condi-
rência de ch amas de fogo. ção parcialmente sóbri a, eles "tropeçam em
No dia do seu aparelhamento. A refe- sua march a".
rência deve ser a Deus, que é representado Inimigo armado. Do heb. sohelz, cujo
como o que reúne as hostes para a bata- signifi cado é "barricada".
lha (ver com. de Is 13:4, 6). Alguns pe nsam 6. Comportas. H á uma referência figu-
que a referênc ia é ao comand ante das fo r- rativa ao ataque do inimigo ou à inund ação
ças munigas. literal da cidade. No entanto, os de talh es
Vibram as lanças. "Lanças de pinho" são escassos. Algun s sustenta m que a profe-
(NVI). Do heb. heroshi1n, identific ado como cia teve seu cumpri me nto no incid ente des-
o zimbro feníc io, sem elhante ao cipreste crito pelo historiador grego Diodoro (ii.26 ,
(ver ACF). A mud anç a de uma consoante 27), que descreve a queda de Nínive por
no hebraico (ver o vol. 1, p. 1, 2) dá o sig- uma rara inund ação de gra ndes proporções
nificado de "cavalos agitados" (ver NTLH). do Eufrates (ou, Tigre), que destruiu parte
Essa mudança é apoiada pela LXX, que diz da muralha e abriu a c idade pa ra os medos
nessa passagem: "os cavalos serão lançados e os bab ilônios .
em confusão". O heb. ra'al, "vibrar", pode ser Destruído. Provavelm e nte para ser
tradu zido por "tremer", "sacudir" (ver ARC). tomado em sentido figurado, signific a ndo
4. Carros. Do heb. relzev, veículos de que o palácio fi cari a enfraq uec ido, inc apaz
duas rodas de vários tipos, puxados por cava- de oferecer qualquer resistência ao inimigo.
los. A carruagem era usada quase que exclu- 7. Está decretado. O significado desta
sivamente pa ra fin s militares (ver com. de Êx palavra hebraica é in certo. Vár ias interpre-
14:9) e cerimônias de es tado (ver com. de tações têm sido propostas. A ARA a traduz
Gn 41:43). Embora não haja ev idência arqueo- como uma expressão verbal. Outros a conside-
lógica ele que as carruagens eram usadas para ra m como um substantivo, "deusa" (NTLH).
levar func ionários elo governo em missões ofi- Ainda outros consideram que é um nome pró-
ciais, não há praticamente nada que indique prio, transliterand o-a como "Hu za be" (ARC),
que elas eram usadas para o t ransporte pri - que seria o nome ele uma rainha assír ia ou o
vado comum . nome ele Nín ive personificando a si mesma.
Furiosamente. Li tera lmente, "agir lou- O gênero femi nino é indicado pelo verbo
ca mente", a pa rti r de u ma pal avra cuj a rai z hebraico com o qual a palavra está associada .
hebrai ca significa "ser lunático". Gemem. Do heb. nahag. Esta palavra
Cruzam velozes. A força esm aga- ta mbé m significa "gem er" ou "lamentar", o
dora dos exércitos que atacar ia m Nínive é que se enca ixa neste contexto.

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NAUM 2:13

Como pombas. Isto é, as servas lamen- Os joelhos tremem. Ver Dn 5:6.


ta riam como [o baru lho de] pombas (ver Rosto [...] empalidece. Ver com. de
Is 38: 14; 59:11; Ez 7:16). }1 2:6.
Batem no peito. Literalmente, "batendo li. Covil dos leões. Nos v. ll e 12, o
em um tambor", isto é, bater como em um profeta emprega a figura de um leão para
adufe ou pandeiro (ver vol. 3, p. 15). Bater descrever o poder da Assíria (ver Jr 50:17;
no peito expressa tri steza profu nda e como- PR, 265; ver com. de Jr 4:7). Ele mostra vivi-
vente (ver Lc 18: 13; 23:48). damente co mo Nínive, através de suas con-
8. Nínive . O hebraico do v. 8 é obscuro. quistas, reteve despojos suficientes para o
9. Abastança. Fontes gregas afirmam que seu povo.
os "despojos" de "prata" e "ouro", tomados de 13. Estou contra ti. Ver Na 3:5;
Nínive, eram elevados em quantidade e valor. Jr 51: 25; Ez 38:3. A des truição de Nínive
Não é de estranhar que os conquistadores en- ch egou depois que ela at ingiu o limite do
contrassem despojos tão ricos na cidade que ti- tempo de graça sem mostrar arrependimento
nha "pilhado" tantos povos (ver 2Rs 15:19, 20; persistente. A paciência divin a chegara ao
g ~~> l6:8, 9, 17, 18; 17:3; 18:1 4- 16; etc .). fim (ver PR, 364).
10. Vacuidade, desolação e ruína. O SENHOR dos Exércitos. Ver com.
Do heb. buqah umebuqah umebullaqah. de Jr 7:3.
"Destruída, deserta, despovoada" (NTLH) Leõezinhos. Aqui, evidenteme nte, a
é uma tentativa de reproduzi r a aliteração referê ncia é feita aos guerre iros da cidade
forte no hebraico que descreve a ruína de (ver com . do v. ll ).
Nínive (ver com. de Am 5:5). Embaixadores. Prováve l referên-
O coração se derrete. Expressão que cia àqueles que levavam as ordens reais
denota medo e desespero (ve r J s 7:5; Is 13:7; aos civis e aos generais (ver 2Rs 18:1 7-19;
Ez21 :7) . 19:23).

COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE

lO- GC , 641 lO, ll - PR, 364

CAPÍTULO 3
A completa ruína de Nínive.

1 A i da cidade san guimíri a , toda cheia de d a bela e e ncantadora meretr iz, da me st ra de


mentiras e de roubo e que não so lta a sua presa! fe iti ça rias, que ven dia os povos com a sua pros-
2 E is o estalo de açoites e o estrondo das rodas; titui ção e as ge ntes, com as suas fe itiçarias.
o galope de cava los e carros que vão saltando ; 5 Eis que Eu estou co ntra ti, di z o S ENHOR
3 os cavaleiros que esporeia m, a espada f la- dos Exércitos; levan tare i as abas de tua sa ia sobre
mejan te, o relampejar da lança e multidão de tras- o teu rosto, e mostrarei às nações a t ua nudez, e
passados , massa de cadáveres, mortos sem fim ; aos re inos , as tuas vergonh as.
tropeça gente sobre os mortos . 6 Lan çare i sobre ti imundícias, tra tar-te-e i
4 Tud o isso por ca usa da gra nde prostitui ção com desprezo e te porei por espetác ul o.

11 47
3: I COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

7 Há de ser que todos os que te virem fugirão consome os teus ferrolhos.


de ti e dirão: Nínive está destruída; quem terá com- 14 Tira água para o tempo do cerco, fortifica -c~
paixão dela? De onde buscarei os que te consolem? as tuas fo rtalezas, entra no barro e pisa a massa,
8 És tu melhor do que Nô-Amom , que es- toma a forma para os ladrilhos.
tava situada entre o Nilo e seus ca nai s, cerca- 15 No entanto, o fogo ali te consumirá, a
da de águas, tendo por baluarte o mar e ainda o espada te exterminará, consumir-te-á como o
mar, por muralha? gafanh oto. Ainda que te multip licas como o ga-
9 Etiópia e Egito eram a sua força, e esta , sem fa nhoto e te multiplicas como a locusta;
limi te ; Pute e Líbia, o seu socorro. 16 ainda que fi zeste os teus negociantes mais
lO Todavia, ela foi levada ao exílio, foi para numerosos do que as estrelas do céu, o ga fanh o-
o cativeiro; também os seus filho s foram despe- to devorador invade e sai voando.
daçados nas esquinas de todas as ruas; sobre os 17 Os te us príncipes são como os ga fanh o-
seus nobres lança ram sortes, e todos os seus gran- tos, e os teus chefes, como os gafanhotos gran-
des foram presos com grilhões . des, que se acampam nas sebes nos dias de frio ;
li Ta mbém tu, Nínive, serás embriagada e em subindo o sol, voam embora , e não se conhe-
te esconderás; também procurarás refúgio con- ce o lugar onde estão.
tra o inimigo. 18 Os teu s pastores dormem, ó rei da Assíri a;
12 Todas as tuas for talezas são como figuei- os teus nobres dorm itam ; o teu povo se derram a
ras com figos temporãos; se os sacodem, caem pelos montes, e não há qu em o ajunte.
na boca do que os há de comer. 19 Não há re médio para a tua ferida; a tu a
13 Eis que as tu as tropas, no meio de ti , chaga é incurável; todos os que ouvirem a tua
são como mulheres; as portas do teu país estão fama baterão pa lmas sobre ti ; porque sobre
abertas de par em par aos teus inimigos; o fogo quem não passou continuame nte a tua maldade?

1. Cidade sanguinária. Ou, um lugar depois de já ter d escrito a aparên cia de les
onde o sa n gu e era derra mad o livremente, (Na 2:3, 4).
se m qu aisqu er escrúpulos (ver Ez 24:6 , 9 ; É como se ele ou v isse, por assim d izer, o
Hc 2:12). Os mon ume ntos assírios m ostram estalar dos chicotes dos coc heiros , o b ar u-
como cativos eram esfolados , d ecapitados , lho das rod as dos carros , os c avalos a galope
empalados vivos ou pendurados p elas mãos e o avanço veloz das carruagens.
ou pés para m orrer em lenta agon ia. Essas e 3. Multidão de traspassados. O núm e-
outras práticas d esumanas revela m a crue l- ro de mortos era tão grande qu e os gu erreiros
d ade d essa n ação. Suas inscrições reais con- vivos tropeçavam nos corpos, dificultando o
tinuame nte se vangloriam d o núme ro d e ava nço no campo de b atalha .
inimigos mortos, levados cativos, cidade s 4. Prostituição. Expressão u sa d a fi -
arrasadas e saqueadas, pla ntações e árvores gurativamen te p a ra idol atr ia (ver Ez 23:27;
frutíferas d estruídas. Os I: 2, 4 :I 2, I3; 5:4). A idolatr ia foi o utro
Roubo. Do h eb. pereq, "um ato de vio- motivo para a qu e da d a Assír ia. Co mo a
lência", denotando a violênc ia dos assírios ao idolatri a assíria se torn ava a b erta m ente
lidar com os povos conquistados. A frase fina l im ora l, d esigná-l a como "pros titui ção"
do v. I indica que os líderes de Nínive jama is e ra dupla m ente ap ropria do (ver co m. d e
deixaram de pilhar suas vítimas (ver Is 33:1). 2Rs 9:22) .
2. Estrondo. O profeta descreve aqui 5. Estou contra ti. Ver com. de Na 2:13.
os so ns do ava n ço dos exércitos sitiantes, SENHOR dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3.

1I48
NAUM 3: 15

Levantarei as abas de tua saia. Lite- o Egito no tempo da destruição de Tebas


ralmente, "descobrir as tuas saias" (ver Is 3:17; foi Tanutamon, o sucessor e sobrinho de
47:3; Ez 16:37; ver com. de Jr 13:26). Por causa Taharka, o Tiraca bíblico. No AT, Tiraca é
das "libertinagens" de Nínive (ver Na 3:4), chamado de "rei da Etiópia" (ver com. de
Deus a puniria do modo mais vergonhoso, 2Rs 19:9), porque pertencia à 25a dinastia
como uma prostituta. também chamada dinastia "etíope" do Egi to
6. Imundícias. Do heb. shiqquts, "coisa (ver vol. 2, p. 35-37).
abominável", gera lmente usada em conexão Egito. O povo egípcio se juntou aos
a culto idólatra. núbios e formaram uma força "inumerável "
Por espetáculo. A LXX diz "um exem- (2Cr 12:3).
plo público" (ver Mt l:l9). Continuando com Pute. Muitos egiptologis ta s pensam
a figura da "prostituta" (Na 3:4), o profeta, tratar-se de Punt, mas os assiriologistas con-
prediz que Nínive sofreria a ignomínia e os sideram Pute como parte da Líbia (ver com.
maltratas que uma mulher poderia receber de Ez 27:10).
da ralé (ver Ez 16:37-40). Líbia. Ver com. de 2Cr 12:3.
7. Fugirão de ti. Uma figura que indica 10. Foi levada. A força de Tebas e seus
a punição extrema a vir sobre Nínive. À vista recursos aparentemente ilimitados, incluindo
da terrível destruição, o espectador fugiria. a ajuda dos confederados, não a salvaram da
Quem terá compaixão dela? Uma per- queda (ver com. do v. 8).
gun ta retórica indicando que ninguém se Despedaçados. Parte do tratamen to
compadeceria, já que ela merecia o castigo cruel usualmente dispensado às cidades con-
(ver Jr 15:5, 6). quistadas nos tempos antigos (ver 2Rs 8: 12;
8. És tu melhor do que Nô-Amom. SI 137:9; ls 13: 16).
Do heb. No' 1\.mon, a cidade do deus egíp- 11. Também tu. O profeta volta a se
cio Amen, ou seja, a cidade de Tebas, no dirigir a Nínive.
alto Egito (cf. Jr 46:25; Ez 30:14-16). Es ta E te esconderás. Nínive não teria poder
cidade célebre, com seus túmulos reais, seus para resistir.
colossos e esfinges, os magníficos templos 13. Como mulheres. Os assírios, até
de Karnak e Luxor, com suas colunas maci- então fortes e bravos, seriam como "mulhe-
ças e colunatas, situava-se soberbamente no res", no sentido de não poder resistir e derro-
Nilo, como era Nínive, sobre o Tigre. Naum tar os exércitos sitiantes (ver com. de Os 10:5)
adverte a Nínive de que, di ante do Céu , ela 14. Fortifica. Ou seja, for talecer luga-
não era melhor do que Tebas e podia facil - res que podiam estar fracos nas fortificações.
mente encontrar o mesmo destino. O profeta, em toque de ironia, manda que
Tebas havia sido destruída em 663 a.C . Nínive faça todo o possível a fim de se pre-
por Assurbanípal, rei da Assíria. parar para um cerco longo e difícil.
O mar. Aqui usado para se referir ao rio Pisa a massa. Literalmente, "molda os
Nilo. No AT, os grandes rios são chamados tijolos".
~ ~ de "mares" (ver Is 19:5; Jr 51:36). A frase 15. Ali. Apesar de todos os cuidados
- final significa simplesmente que o Nilo, com tomados para for talecer os lu gares frágeis nas
seus canais, constituía o "muro", ou as defe- fortificaçõ es, o "fogo" iria "devorar" a cidade.
sas de Tebas. A arqueologia tem mostrado claramente que
9. Etiópia. Ou , Cuxe, principalmente esta profecia foi literalmente cumprida.
a clássica Núbia, ou o Sudão moderno Ainda que te multiplicas. Embora os
(ver com. de Gn 10:6). O rei que governou assírios reunissem exércitos tão numerosos

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3:1 6 COMENTÁRIO BÍB LI CO ADVENTISTA

como as hordas de gafanhotos ou locustas, derroc ada da cidade. A única coisa que res-
isso de nada lhes va leria. ta ria ao exército assírio seria "fu gir" ou pe re-
A locusta. Do heb. yeleq, o estágio ini- ce r e desapa recer.
cial do gafanhoto (ve r Sl105 :34; Jr 51:14, 27; 18. Os teus pastores dormem. Os líde-
Jl 1:4; 2:25). Evidentemente o profeta uso u res da nação são represen tados como dor-
essa fi gura aqui e no versíc ulo seguinte para mindo diante de suas responsa bilidades ou
mostrar qu e a destruição de Nínive seria realmente sendo mortos e m batalh a, "dor-
repentin a e completa co mo os gafanhotos mindo" o sono da morte.
faze m nas plantações . O teu povo se derrama. Sem os líde-
16. Teus negociantes. N ínive estava res, o povo de Nínive não poderi a oferecer
va ntajosa m ente situ ada para desenvolver resistência aos inimigos.
ex tenso comé rcio com outros países. Mas 19. Não há remédio. Literalme nte,
essas re lações comerciais seri am de nenhum "sem ameni za r" ou "sem alívio".
proveito para ela. A destruição causada pelos Os que ouvirem a tua fama. Do heb.
inimigos se ri a rápida e compl eta. shenw', "um relato" (ver Gn 29:13; Êx 23:1;
17. Teus chefes. Do heb. tafsarim, "cro- Dt 2:25). Di ante do relato da queda de Nínive,
nistas" ou "esc ribas" (ver com. de Jr 51:27). as nações vizi nhas são retratadas como aplau-
Este termo se refere a oficiais militares de dindo alegremente porque isso significaria o
alta patente , os quais são retratados, com fre- fim da crueld ade e da opressão implacável
quência , nos monumentos. para com outros povos. O profeta termina sua
Assim como as locustas se torna m in a- mensagem com um a nota de certeza. O tempo
tivas e inertes no frio , também os líderes de graça para Assíria havia acabado, portanto,
e ofic iais se torn ariam impote ntes ante a não haveria mais misericórdia.

COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE

1- PR, 265 1-5 - PR, 363 19 - PR, 265

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