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PENSARPELA
GEOGRAFIA
ensino e ·relevância social
© Autoras e autores - 2019
ISBN 978-85-5791-026-3
CDU: 910.1
© Autoras e autores - 2019
CDU: 910.1
© Autoras e autores - 2019
CDU: 910.I
SUMÁRIO
A
epígrafe supracitada realça meu sentimento ao terminar de
escrever este livro, muito parecido com a opinião do autor.
De fato, quando iniciamos uma empreitada como essa, nem
mesmo sabemos se vamos até o final, ou qual será o seu final.Planejei,
para a escrita do livro, um trabalho de reflexão a partir de meus mais
de 30 anos de experiência como professora, orientadora, pesquisado
ra e escritora de textos resultantes das investigações realizadas.
Acreditei, de fato, quando me propus a essa tarefa, que a nar
rativa poderia me levar a lugares desconhecidos, que ela mesma iria
modificar minhas crenças e convicções, acrescentar novos aportes.
No entanto, ao terminá-la, percebo que pouco modifiquei, talvez
tenha apenas mudado um pouco de perspectiva, e girado em torno
do mesmo problema: como atuar no ensino de Geografia de modo
9
que ele seja significativo para os alunos. Efetivamente, o que fiz foi
avivar essa questão em uma linha de pesquisa e de reflexão teórica
que persigo com certa coerência ao longo de minha carreira.
Algo acrescentei, algum aprofundamento acredito que foi
possível realizar, alguns aportes mais explícitos. Busquei fazer sín
teses, esclarecer e simplificar pontos complicados, sistematizar
muitas contribuições de outros investigadores no tema. Certamen
te, nem sempre tive sucesso nessa busca. E agora que termino o
texto, faço o convite para a sua leitura, compreendendo a natureza,
os objetivos da narrativa e seus limites.
As questões que orientaram a narrativa e meu esforço de
compreensão, desde o início, foram: A Geografia ajuda a pensar?
Como ela ajuda a pensar? O que ela ajuda a pensar?
Entre as perguntas mais constrangedoras, do ponto de vista
de alunos que estudam Geografia e para muitos professores dessa
disciplina, seguramente, está aquela que indaga "para que serve a
Geografia?". Logo em seguida vem outra igualmente inquietante:
"O que é Geografia?" As respostas a essas questões são frequente
mente muito genéricas e abstratas, no sentido de atribuir-lhes ele
mentos muito gerais que pouco ajudam a compreender de fato o
que é esse campo de conhecimento, a ponto de haver respostas do
tipo: "Ah! Geografia é tudo! Ela está em toda parte!".
Em razão das dificuldades de elaboração de respostas mais
precisas a essas questões, tenho me esforçado em ajudar meus alu
nos, futuros professores de Geografia, a encontrarem formas mais
seguras de respondê-las. "O que é Geografia e para que ela serve?".
Eu costumo dizer que a Geografia serve na escola e na formação das
pessoas para pensar - essa é sua utilidade maior. Não se trata, nesse
caso, de indicar nas respostas utilidades diretas, imediatas, de aplica
ção do conhecimento geográfico. Não são questões que exigem reso
luções diretamente práticas. Mas, por outro lado, elas indicam que a
Geografia tem singular e importante utilidade, porque ela serve para
INTRODUÇÃO 11
como geográfica? Como saber se essa análise expressa um tipo de
pensamento geográfico?
Sobre o debate disciplinar, Gaffuri (2003) faz uma instigante
interrogação ao iniciar seu texto: Que significa habitar uma discipli
na? Preocupado com as demandas interdisciplinares na produção
científica mais recente, o autor traz argumentos e questões metateó
ricas sobre o debate em torno do problema da unidade e da diversi
dade da Geografia, como ciência ou como um conjunto complexo de
saberes, presente na vida social e no imaginário. Defende a posição
de que é positivo passar de uma concepção normativa do disciplina
mento para uma concepção autorreferencial. A primeira, segundo
sua visão, atribui objetos e métodos às disciplinas, delineia as frontei
ras de forma mecânica e com base em normas, enquanto que a se
gunda não traça limites, pois sua legitimação está relacionada à· sua
capacidade de sobreviver, criando identidade com base na qual reside
uma práxis (GAFFURI, 2003, p. 92). Nessa concepção, importam
menos os objetos e métodos, e mais os problemas apresentados pelos
sujeitos da ciência, individuais ou coletivos, que se dedicam à prática
da Geografia. Mas, sobre essa última concepção, faz um alerta para
os perigos do pragmatismo a ela relacionados, favorecendo investiga
ções que ficam submetidas a soluções práticas.
Outro geógrafo que também destaca critérios para a distinção
ou delimitação de uma ciência é Uwin (1995). Em sua formulação,
como criações humanas, as disciplinas são objeto de discussões, não
existindo critério único para estabelecer suas fronteiras. Mas, em ge
ral, há quatro maneiras de se estabelecer sua identificação:
[...] La primera propone sencillamente que una disciplina es la ativi
dade colectiva de las personas que la practican[...]. La segunda forma
en la que se há intentado distinguir una disciplina de outra consiste
en hacer referencia al objeto de estúdio o temática de cada una[ ...]. En
tercer lugar, las disciplinas también se han descrito en términos de
metodologias o técnicas aplicadas[...]. La cuarta forma de definir una
disciplina trata de evitar esta postura repetitiva, centrando-se en el
ocia1 INTRODUÇÃO 13
referentes tanto à Geografia física como à Geografia humana, para
ficar com as duas "linhas" da pesquisa geográfica mais tradicionais.
Isso ampliou, no campo, sua capacidade de coletar, analisar e visua
lizar grandes quantidades de dados, com os avanços das tecnologias,
como os referentes ao Sistema de Informações Geográficas - SIG,
reconstruindo virtualmente ambientes, evidenciando interconexões
entre as condições biofísicas da Terra e as práticas sociais, as ativida
des humanas e seus impactos ambientais. Em outro campo de inves
tigação, para continuar nas exemplificações, produz-se muito hoje,
na linha da denominada Geografia Cultural, geografias imaginadas
e místicas, interpretativas. Todas essas novas áreas e temas de explo
ração geográfica trazem desafios para a análise e interpretação, pois
elas são alimentadas por reflexões, teorias, propostas metodológicas.
Todos esses "modos" de fazer Geografia podem ter respostas para o
que é e para que serve esse campo da ciência.
A produção de conhecimentos na Geografia, que toma o pró
prio pensar e o fazer científico como objetos de estudo, gerou uma
necessidade de deixar mais claras as ideias em torno desse tema,
reafirmando algumas convicções e retomando outras. Assim, o li
vro foi sendo "costurado", buscando em cada texto abordar com
mais profundidade aspectos sobre esse modo peculiar de olhar a
realidade: o olhar geográfico, o pensamento geográfico, sempre de
lineando nos textos a particularidade de uma prática da Geografia
- a prática de seu ensino.
No campo desse ensino, Diamantino Pereira, em 1999, já
afirmava a necessidade de se ter clareza sobre o que vem a ser uma
questão geográfica. Refletindo sobre as propostas para o ensino de
Geografia naquele contexto, o autor chama a atenção para o fato de
que os conteúdos são tradicionalmente os definidores do trabalho
na escola, e defende que é preciso ir além dos conteúdos e articular
os ol;>jetivos e conceitos para que os conteúdos tenham maior senti
do no trabalho (PEREIRA, 1999). Baseado em contribuições de
Paulo Freire, esse autor afirma que a Geografia deve ajudar o aluno
INTRODUÇÃO 15
1 PERMANÊNCIAS, PERSISTÊNCIAS
E DESAFIOS DE RENOVAÇÕES
NO/DO ENSINO DE GEOGRAFIA
um balanço do contexto brasileiro
nas últimas décadas
17
no, segundo uma leitura muito particular: minha própria experiên
cia nessa área, nesses últimos 30 anos, ainda que apoiada também
na experiência de outros colegas e em estudos feitos por eles.
Gostaria de fazer esse apanhado histórico na forma de depoi
mento, trazendo para a narrativa, em estilo leve e simples, pontos
que subjetivamente marcaram minha trajetória acadêmica, partici
pante desse desenrolar dos fatos e minhas interpretações sobre eles.
Porém, minha inserção profissional e meu compromisso acadêmico
me impõem uma sistematização mais formal desses pontos. Tenho
expectativa, de todos os modos, de apresentar uma leitura pessoal
dos fatos e acontecimentos, ciente da parcialidade e limitação da ex
periência que compartilho com o meio acadêmico e educacional.
Ao tentar fazer esse breve apanhado de um período mais re
cente de discussões e propostas para a prática da Geografia com o
ensino escolar, considerei que deveria apresentar, de antemão, al
guns esclarecimentos. Um primeiro a ser feito: a articulação entre
ideias e autores, a se cumprir na análise, não significa que haja uni
cidade entre eles, nem mesmo dominância de algum deles nos pe
ríodos em que produziram suas ideias. Afinal, cada contexto é ca
racterizado por um conjunto de debates e intercâmbios que
permitem o esboço de diferentes caminhos individuais e de grupos,
sem padronizar as ideias que circulam em qualquer um dos contex
tos. Por exemplo, ao mencionar formulações em Geografia Cultu
ral, uma linha da Geografia muito significativa nos últimos anos, é
preciso alertar que se trata de uma denominação que agrupa várias
tendências e diferentes articulações, mas, também, representa um
paradigma com denominador comum. Da mesma forma, ao no
mear contribuições da Geografia Crítica, é preciso se ter a clareza
de que há uma pluralidade de tendências ou de entendimentos que
assim se nomeiam. Porém, em relação aos princípios teóricos e filo
sóficos gerais, há mais elementos comuns que divergências. Outro
esclarecimento é sobre a seleção de ideias, de autores que as formu
laram e o seu destaque em cada contexto. Tal seleção procurou ser,
Esse balanço também foi feito por mim, e está publicado ba
sicamente em dois artigos (CAVALCANTI, 2010 e 2011). Neles,
destaco algumas indicações que denominei de abordagens sugeri
das para o ensino de Geografia, resultantes desse período:
60
2
FORMAÇÃO DO PENSAMENTO
GEOGRÁFICO PARA ORIENTAR PRÁTICAS
ESPACIAIS COTIDIANAS
a reafirmação de um posicionamento teórico
61
em diferentes lugares, mas também aos sujeitos que se responsabi
lizam por essa atividade escolar, entre eles estão os professores des
sa disciplina. Alguns estudos realizados têm apontado nessa dire
ção. Ou seja, uma das vias de efetivação das propostas para um
ensino de Geografia que coadune com as demandas atuais é o tra
balho docente consciente e intencionado por essas indicações. É
adequado, portanto, eleger como um dos pilares dessa efetivação o
investimento em aspectos da formação, inicial e continuada, do
professor, tendo como um eixo estruturante dessa formação o de
senvolvimento de convicções a respeito do que é Geografia e para
que ela serve na escola e, especialmente, na formação dos alunos.
Tenho visto que esse direcionamento desperta interesse por
parte de quem se dedica aos estudos na área do ensino dessa disci
plina, por constituir caminhos que elucidam eoncepções basilares
à Geografia Escolar e aos seus questionamentos: o que é, a que ela
se propõe, para que ela tem servido historicamente e para que ela
serve em contextos determinados, como o do Brasil de hoje. De
fato, a clareza quanto a essas questões torna possível a atuação nas
aulas com mais segurança e autonomia sobre determinada seleção
e abordagem de conteúdos.
Na pesquisa, conforme foi dito, muito já tem sido feito, em
décadas passadas, com a finalidade de se pensar o sentido da Geo
grafia na escola, alcançando significativos avanços. No contexto
contemporâneo, alguns esforços representam a continuidade des
ses avanços e a consolidação da produção acadêmica, como os estu
dos que serão referidos adiante. Acrescente-se que eles só são pos
síveis em razão de um acúmulo de estudos já realizados
anteriormente sobre essas discussões.
Neste capítulo, com o objetivo de contribuir com essa produ
ção, pretendo registrar meu entendimento sobre a seguinte questão:
afinal, qual pode ser a contribuição efetiva e peculiar da Geografia
que justifica sua permanência como disciplina na escola básica?
2 É importante que fique claro que a referência ao adjetivo espacial está dentro do espec
tro específico da Geografia, não no sentido mais genérico. Portanto, ainda que nesse
momento não parecia ser importante precisar os termos, na verdade, o que está sendo
denominado de pensamento espacial é o que se entende por espacial-geográfico, ou
somente pensamento geográfico.
3 "una maneira radicalmente diferente de ver, interpretar y actuar para cambiar la espa
cialidad de la vida humana a través de un método crítico de formación� (tradução livre)
4 não é um pensamento sobre o espaço, mas um pensamento sobre a produção do espaço,
com todo seu potencial explicativo. (tradução livre)
5 Consiste em formar uma série de juízos relacionados de tal modo que se sustentem mu
tuamente conduzindo a um juízo final. Os juízos realizados não têm lugar isoladamente,
são juízos geográficos, conectados para a solução de um problema territorial, de modo
tal que os juízos traçados devem ser corretos (em um sentido lógico), plausíveis e perti-
nentes, que só serão verificáveis no uso da evidência como prova, e no seu uso cotidiano.
(tradução livre)
6 [ ... ] a orientação espacial e a localização geográfica, a compreensão do espaço geográ
fico, a análise territorial e a valorização e atuação responsável pelo espaço geográfico.
Por sua parte, a meta-habilidade de Expressão do Pensamento Geográfico englobaria
habilidades como, a representação cartográfica, a leitura e escrita de textos geográficos e
a produção de textos geográficos e a produção de outros dispositivos gráficos (Idem, p.
38-39. Tradução livre)
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I.O
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FORMAÇÃO DE CONCEITOS
Significados e sentidos do conteúdo escolar como
meta para o ensino de Geografia
101
dade, acrescentando algo ao conhecimento sobre essa realidade, en
tão, é democrático e justo que as pessoas possam ter acesso não so
mente aos resultados do que os geógrafos produzem com esse
pensamento, mas também aos caminhos cognitivos que os levaram a
essa produção. Propiciar modos de acessar e de internalizar esse ca
minho do pensamento é uma importante contribuição da Geografia
para o desenvolvimento mental dos alunos e para sua autonomia.
Como já foi colocado, para se cumprir essa tarefa é válido que
o professor desenvolva, em princípio, essa capacidade de pensar geo
graficamente, e, ainda mais, que tenha consciência da relevância des
sa capacidade para a vida cotidiana de todos os alunos. Essa cons
ciência o ajudará a orientar seu trabalho com finalidades formativas
mais consistentes, superando o mero "repasse" de conhecimentos.
Este e os demais capítulos do livro estão escritos com esse
propósito: trazer à tona para o conhecimento e para o debate uma
das possibilidades de se argumentar sobre a Geografia Escolar e sua
relevância social.
Nesse sentido, para apresentar elementos mais específicos
para a compreensão do que é o pensamento geográfico, e de como
ele se constituiu ao longo da história, é imprescindível que se expo
nham compreensões sobre esses conceitos e princípios. Particular
mente, tenho me esforçado ao longo de minha trajetória acadêmica
(que envolve produção de livros, artigos, palestras, aulas, orienta
ções acadêmicas) para estabelecer entendimentos sobre os concei
tos que são apontados por muitos autores como estruturantes do
pensamento geográfico.
Neste capítulo, pretendo reapresentar esses entendimentos,
elegendo alguns deles, como Espaço, Lugar, Paisagem e Território
que, segundo meu parecer, devem ser privilegiados na análise do
urbano e no ensino de cidade (CAVALCANTI, 2012, 2013b). Esse
entendimento, vislumbra a possibilidade e o desejo de trazer novos
aportes, pois os conceitos estão sempre em construção, em reelabo-
FORMAÇÃO DE CONCEITOS 1 13
concurso da abstração, logo, não possuindo uma correspondência
empírica imediata. Nessa visão renovada, pode-se considerar que o
espaço emerge como objeto central em variadas propostas, substi
tuindo a concepção empirista antes prevalecente.
1 Para mim, o espaço e a espacialidade são uma categoria essencial que deve ser conside
rada em conjunção com esse compromisso em grande escala do que estava falando: o
2 "[ ... ] Que se supone que modelan tanto las geografias humanas de uma imaginação ge
ográfica materiales como el desarrollo de uma imaginación geográficà' (1999, p. 189).
3 "[ ... ] para além do dualismo restritivo do que descrevo como epistemologias de Primei
ro Espaço e de Segundo Espaço" (1999, p. 187)
4 "[ ...]uma maneira particular de olhar, interpretar e atuar para mudar a espacialidade da
vida humana� "um lugar de encontro estratégico para fomentar a ação política coletiva
contra todas as formas humanas de opressão" (1999, p. 94-95).
Paisagem
Diante dessas formulações que estão sendo desenvolvidas ao
longo dos textos, é interessante considerar, nesse momento, a paisa
gem como um dos conceitos estruturantes do pensamento geográ
fico a ser desenvolvido pelos alunos na escola básica. Para sua com
preensão a partir da produção científica, é possível tomar como
referência minha leitura de alguns autores e seus principais desta
ques ao abordarem o conceito. Para direcionar as formulações se
guintes, questiona-se: por que e em que a paisagem geográfica aju
da a pensar o mundo? Por que é importante ver o mundo com a
"lente" dessa paisagem? O que é paisagem para a Geografia?
Conforme já se disse, há um pressuposto de que todos, e não
somente os geógrafos, têm ou podem ter conhecimentos da Geogra
fia que ajudam na compreensão do mundo. Isso é importante porque
ela provê instrumentos que compõem o pensamento com uma "[...]
maneira poderosa de olhar o mundo [...] ajudando a ver as conexões
entre lugares e escalas..." (BAILLY e outros, 2009, p. 17). Sendo assim,
questiona-se: que elementos do conceito de paisagem interessam, de
modo particular, ao ensino de Geografia, com o propósito de munir
os alunos dessa maneira poderosa de olhar o mundo?
A paisagem, em sua dimensão estética, com suas cores, sabo
res, odores, permite apreender um conjunto diverso, em sua unidade.
Saber contemplá-la, vê-la, senti-la e refletir sobre ela coloca o sujeito
em confronto com essa unidade, levando-o a resgatar diferentes sen
tidos nessa experiência: subjetivos e sociais. Observar, contemplar,
descrever a paisagem aguçam o sensível, o racional, o imaginário, o
corporal, podendo levar a uma reconciliação de faculdades (razão e
sensibilidade) separadas pela ciência (Besse, 2010).
Lugar
Considerando as perguntas geográficas: onde e por que aí?,
recorrentemente trazidas para as argumentações, tenho trabalhado
com o entendimento de que o conceito de lugar é fundamental para
que se produzam respostas a essas perguntas. Em primeiro lugar,
responder sobre o onde remete ao princípio da localização, ou seja,
remete o pensamento geográfico à necessidade de localizar o objeto
que está sendo observado, estudado. E isso tem a ver com a defini
ção do local, de lugar. Para responder a essas perguntas, é necessá
rio trazer elementos dos significados e sentidos dessa localização.
5 A geografia como disciplina não deveria tentar despojar-se de sua dimensão emocional
pela simples razão de que as topografias da vida cotidiana estão demasiado impregnadas
de emoção e sentimento e nossos trasladas de geografia não deixam de ser, no fundo,
uma espécie de psicogeografias pessoais e sociais (2011, p. 4, tradução livre).
Território
Tenho considerado, junto a outros estudiosos no campo, que
Território é um dos conceitos genéricos que estrutura o pensamen
to geográfico, na forma como está sendo aqui formulado. Se se par
te dessa ideia é porque há um entendimento de que, ao se fazer uma
leitura geográfica da realidade, ele é importante ferramenta teórica,
uma vez que um dos modos de explicar "o porquê das localizações"
está na identificação de sua dimensão territorial, na identificação
de seus territórios. Porém, a compreensão dos significados das lo
calizações não se reduz ao entendimento das delimitações físicas e/
ou institucionais dessa realidade, como por vezes é referido no sen
so comum (por exemplo: o território de uma empresa são suas pro
priedades, um país é delineado em sua configuração territorial).
Busca-se, com esse conceito, identificar as relações sociais que defi
nem as apropriações que se fazem nas realidades estudadas.
A explanação de entendimentos desse conceito, e dos de Pai
sagem e Lugar, tem sido apresentada em diversos textos já escritos,
cujas ideias principais são retomadas aqui (CAVALCANTI, 2012,
2013b). Por limitações, principalmente de temáticas focadas em
meu trabalho, privilegio, sempre que me refiro a Território, os que
se configuram em áreas urbanas.
O estudo desse conceito tem encaminhado, na linha de traba
lho que realizo, abordagens de conteúdo geográfico de modo a au
xiliar no desenvolvimento do pensamento dos alunos. Essa finali
dade mobiliza algumas questões norteadoras, a saber: como esse
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