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É um estudo focado em fatias de tempo por disciplina.

Os ciclos são diferentes dos planejamentos de estudos comuns,


aqueles com cronograma por matérias.
A principal diferença é que o ciclo de estudos é dinâmico, ao
contrário dos planejamentos fixos por dia/matéria.
No planejamento “normal”, daquele que as pessoas fazem quase
por intuição ou por orientação, em alguns casos, equivocada,
define-se o que estudar em cada horário, em cada dia, geralmente
em cada semana.
Por exemplo: segunda-feira Direito Constitucional, terça-feira
português, quarta-feira Raciocínio Lógico etc.
Diferentemente do estudo normal, o estudo por ciclo não possui
disciplinas fixas em cada dia da semana, mas sim uma carga
horária fixa para cada disciplina.
No ciclo de estudos define-se a sequência de matérias a ser
seguida e a quantidade de horas para cada uma delas.
Levando assim a pessoa estudar sempre dentro do tempo
disponível que possuir, seja um dia 3 horas, seja outro dia 8 horas,
por exemplo.
O objetivo é estudar o maior número possível de disciplinas no
tempo que tiver disponível a cada dia, dedicando-se uma fatia de
tempo para cada disciplina do edital escolhido para focar.
O ciclo de estudo foi criado pelo autor Alexandre Meirelles,
bastante difundido em seu livro “Como estudar para concursos”, e
foi escrito especialmente para quem precisa se preparar para esse
tipo de prova.
“O ciclo é composto por disciplinas que deverão ser estudadas na
ordem em que aparecerem nele, independentemente do dia e da
hora em que está estudando, dando continuidade de onde parou
no estudo anterior.
Sendo assim, caso tenha estudado até a disciplina “C” hoje,
amanhã você deve reiniciar seus estudos a partir de onde parou no
ciclo, ou seja, continua pela disciplina “D”, ou até mesmo o restante
da “C”, se não deu tempo para terminá-la na vez anterior.”,
Alexandre Meirelles.
Os principais pontos positivos de utilizar o método do ciclo de
estudos são:

• Melhor adaptação conforme sua rotina e os imprevistos que


possam surgir, principalmente se trabalhar em forma de
plantão ou escala;

• É possível atribuir pesos diferentes às matérias, priorizando


aquelas quem têm mais questões na prova, que valem mais
pontos, ou com as quais você tem menos afinidade;

• Possibilidade de revisitar cada matéria, em espaços curtos de


tempo. Se você tem contato frequente, em curtos intervalos,
com uma determinada matéria, sua capacidade de
memorização e, consequentemente, de compreensão será
multiplicado;

• Os ciclos ativam as recompensas: quando você vê o estudo


avançar e os ciclos “passarem”, tem uma sensação de
progresso e dever cumprido que aumentará a sensação de
prazer ao estudar. Ele ajuda a criar um hábito extremamente
benéfico;
• A variação de estímulos é comprovadamente um potente
fator de atenção: quando é exposto a mudanças, sua mente
fica mais alerta;

• Equilibra as disciplinas de forma estratégicas;

• Cria um hábito produtivo.


Agora que você já sabe o que é o ciclo de estudos, vamos ver o
passo a passo para montar o seu primeiro ciclo.

• Análise e pondere as disciplinas


Levante todas as disciplinas que caem no concurso que é seu foco.
Pegar o edital do concurso mais recente realizado para o cargo e
órgão ajudará muito.
Depois, identifique qual o seu nível em cada disciplina e atribua
mais tempo para as que você possui mais dificuldade ou que tenha
mais peso no concurso que irá prestar.
Separe cada uma das disciplinas do edital, e destas, defina os
assuntos a serem estudados.
Lembre-se que esta estratégia funciona em blocos, então para
cada assunto deve ser estudado por no mínimo 1 hora e no máximo
3 horas.
• Defina o tamanho do Ciclo
Agora, você deve determinar de quantas horas será seu ciclo
completo, ou seja, quantas horas corridas você irá levar para ir da
primeira à última matéria do ciclo.
Por exemplo: se você tem 6 matérias, 3 horas por matéria é um
bom número em termos de aprendizado, um ciclo de 18 horas seria
legal.
Mas isso está longe de ser uma regra. O ideal é que você ajuste a
duração do ciclo, mas não passe de 30 horas por ciclo, pois isso
elimina algumas das grandes vantagens de um Ciclo de Estudos.
Especialmente se você não estuda em tempo integral.
Menos de 10 horas também não é legal, pois será preciso espremer
muitas matérias em um tempo muito curto, de forma que quando
estiver engrenando em uma, já terá que passar para outra. Aí o
aproveitamento também cai.
Portanto, nem tão longo que posso te desmotivar, nem tão curto
que signifique pouco tempo de estudo por bloco.

• Defina a ordem do ciclo


O terceiro passo é definir a ordem do seu ciclo. Lembra que uma
das vantagens é a variação de estímulos e ela ajuda a te deixar
alerta? Uma hora você vai ficar saturado de estudar Raciocínio
Lógico e um pouquinho de Direito vai ser um alívio, e vice-versa.
Resumindo, coloque as disciplinas mais diferentes possíveis uma
da outra em sequência. Intercalar assim fará seu estudo render
muito mais.
Algumas vezes essa troca ocorrerá no mesmo dia, outras vezes
será de um dia para o outro, mas o ponto é que você alterne
matérias estudando, por exemplo, uma de exatas, depois uma de
humanas.
Ou então uma mais prática com outra teórica. Raramente você
conseguirá formar todos os pares bonitinhos, mas você pegou a
ideia.

• Realize os ajustes finais


Avalie a sequência que montou e veja se há alterações de posições
necessárias para que disciplinas do final do ciclo não coincidam
com as disciplinas do início do ciclo, uma vez que, em algum
momento, você terá que recomeçar o ciclo.
A combinação ciclo de estudo + revisões periódicas é o estado da
arte da preparação, ou seja, é o mais recomendável e bem-
sucedido método de estudos.
As revisões programadas são, na prática, o seguinte: digamos que
no dia 1/9 você estudou Espécies Tributárias. No dia 2/9, você vai
estudar aquilo que viu hoje. O mesmo assunto.
Naturalmente será mais rápido, já que você entendeu da primeira
vez, não é?
Depois de sete dias, em 7/9, você irá revisar exatamente o mesmo
que viu no dia 1/9 e revisou no dia 2/9. Fará o mesmo no dia 1/10 e,
de novo, no dia 1/12.
Resumindo, você revisa cada assunto em 24 horas, 7 dias, 30 dias e
90 dias.
Sim, dá trabalho.
Mas as revisões são mais rápidas do que o primeiro contato com
um assunto, e a revisão de 90 dias é mais rápida que a de 30 dias,
que é mais rápida que a de 7 dias.
Esses períodos são apenas uma sugestão. Você pode revisar em 24
horas, 15 dias e 60 dias, por exemplo, se isso fizer mais sentido para
você.
É importante dizer que o tempo gasto com as revisões não deve
ser computado em seu ciclo. Ele é “por fora”, já que você precisa
continuar avançando nos assuntos.
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