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PGRTR

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS NO


TRABALHO RURAL

Empresa:
AGENOR BEZERRA DE ARAUJO LIMA NETO
CAEPF: 019.435.064/001-23

Responsável Técnica:
Dra. Rosemary Batista Nogueira – CRM/RN 3026

Junho 2023

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SUMÁRIO

1. Considerações Preliminares..................................................................................................3
2. Identificação da empresa......................................................................................................3
3. Responsável pela elaboração................................................................................................3
4. Objetivos..............................................................................................................................4
5. Política de Segurança, Saúde e Meio Ambiente...................................................................4
6. Visão....................................................................................................................................4
7. Elaboração do PGRTR.........................................................................................................5
8. Planejamento de Ações........................................................................................................6
9. Classificação dos Riscos Ambientais...................................................................................7
10. Classificação dos Riscos Ambientais...............................................................................9
11. Produtos Químicos.........................................................................................................11
12. Ergonomia e Organização do Trabalho..........................................................................16
13. Equipamentos de Proteção Individual Recomendados...................................................21
14. Reconhecimento e Identificação e Controle dos Riscos Ambientais..............................22
15. Cronograma - Reconhecimento, Identificação e Controle dos Risco Ambientais...........24
16. Responsabilidade............................................................................................................25
17. Saúde Ocupacional.........................................................................................................26
18. Exames Clínicos/Complementares e Periodicidade........................................................27
19. Cronograma de Ações de Saúde.....................................................................................28
20. Responsabilidades técnicas para elaboração do PGR.....................................................29
21. Execução do PGR...........................................................................................................29

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1. Considerações Preliminares

Este Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural (PGRTR) utiliza


os parâmetros para avaliações dos riscos e da exposição dos trabalhadores aos agentes
físicos e químicos e os critérios para a prevenção dos riscos à saúde dos trabalhadores
decorrentes das exposições ocupacionais conforme a Norma Regulamentadora nº 31 -
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA,
SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA.

2. Identificação da empresa

Razão Social AGENOR BEZERRA DE ARAUJO LIMA NETO


Endereço FAZENDA BOM JARDIM, 02
CEP Zona Rural

Bairro 59.173-000
Cidade Goianinha
Estado Rio Grande do Norte
019.435.064/001-23
CAEPF
Grau de Risco 03 (três)

CNAE/Atividade 0162-8/03 - Serviço de manejo de animais


Principal
Nº de Colaboradores 01 (um) Homens – 01 (um)

3. Responsável pela elaboração

Razão Social NOGUEIRA SERVIÇOS MÉDICOS LTDA


Nome Fantasia MULTICLINICA DIAGNOSE
Endereço Rua Vigário Antônio Montenegro, 155
CEP 59.173-000
Bairro Centro
Cidade Goianinha
Estado Rio Grande do Norte

CQC/CNPJ 05.655.605/0001-34

Médico(a) Elaborador Dra. Rosemary Batista Nogueira - CRM/RN 3026 – RQE: 576

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4. Objetivos

4.1. Objetivos Gerais


O Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural (PGRTR) tem como
objetivo a implantação de um programa que busca preservar a saúde e a integridade
física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle dos riscos ambientais.
4.2. Objetivos Específicos
Controlar os riscos ambientais existentes no local de trabalho com adoção de
medidas de controle, monitorar a exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais
existentes no local de trabalho e preservar o meio ambiente.

5. Política de Segurança, Saúde e Meio Ambiente

A CLOVIS DE ARAUJO LIMA NETO reconhece a SSO como parte


integrante de seu desempenho de negócios, para tanto, aplica a prática sistemática da
elevação do nível de desempenho, através do atendimento dos requisitos legais com
contínuo aperfeiçoamento e economicidade:
 Proporcionar recursos adequados e apropriados ao implemento desta política;
 Assegurar a implementação do programa de SSO através da compreensão envolvimento
e interesse em todos os níveis da organização;
 Promover o conhecimento através de informações e treinamentos para todos os
envolvidos;
 Entender que a sua política de SSO é extensiva aos seus colaboradores terceiros e
parceiros;
 Reconhecer que a continuidade da excelência do desempenho de seus negócios só é
conseguido através da melhoria contínua de sua performance, o respeito a seus
colaboradores, aos consumidores e ao meio ambiente.

6. Visão

Esta FAZENDA deseja ser reconhecida como referência em SSO, buscando


continuamente a melhoria de seus produtos, a valorização de seus colaboradores e
terceiros e o respeito ao consumidor e meio ambiente.
6.1. Campo de Aplicação
A NR-31 estabelece a obrigatoriedade dos empregadores rurais ou equiparados
de elaborarem a Gestão em Segurança, Saúde e Meio Ambiente do Trabalho Rural para
implantação, acompanhamento e avaliação das condições de trabalho afim de promover
ações que visem a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho na unidade
de produção rural, atendendo a seguinte ordem de prioridade:
Eliminação de riscos através da substituição ou adequação dos processos
produtivos, máquinas e equipamentos;
Adoção de medidas de proteção coletiva para controle dos riscos na fonte;
Adoção de medidas de proteção pessoal;

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7. Elaboração do PGRTR

O documento-base do PGTTR foi elaborado pela equipe técnica, com a


finalidade de melhoria da qualidade das condições de trabalho para preservação da
integridade física e mental dos trabalhadores da empresa.

7.1. Metodologia de desenvolvimento – Implementação


A Metodologia de Desenvolvimento do documento de Gestão leva em consideração os
levantamentos realizados in loco da fazenda. As ações de segurança e saúde devem contemplar
os seguintes aspectos:

1. Melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho;


2. Promoção da saúde e da integridade tísica dos trabalhadores rurais;
3. Campanhas educativas de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

As ações de melhoria das condições e meio ambiente de trabalho devem abranger os


aspectos relacionados a:

1. Riscos químicos, físicos, mecânicos e biológicos;


2. Investigação e análise dos acidentes e das situações de trabalho que os geraram;
3. Organização do trabalho.

As ações de preservação da saúde ocupacional dos trabalhadores, prevenção e controle


dos agravos de correntes do trabalho, devem ser planejadas e implementadas com base na
identificação dos riscos e custeadas pelo empregador rural ou equiparado.

7.2. Antecipação e Reconhecimento de Riscos


Envolve análise das instalações, métodos e processos de trabalho visando identificar os
riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
O reconhecimento dos riscos ambientais é realizado através de sua identificação,
determinação e localização das fontes geradoras, identificação das funções dos trabalhadores
expostos, tempo de exposição, caracterização das atividades e do tipo de exposição e descrição
dos controles já existentes.

7.3. Estabelecimento de Prioridade e Metas de Avaliação e Controle


Levantamento ambiental foi feito através de análises qualitativas e quantitativas,
propostas de medidas de controle de riscos e cronograma de ações com as respectivas
prioridades.

7.4. Implementação de Medidas de Controle


Deverão ser adotadas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação,
minimização ou o controle dos riscos ambientais, conforme cada agente. O estudo,
desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverão obedecer a seguinte
hierarquia:

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1. Medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à
saúde;
2. Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de
trabalho;
3. Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de
trabalho.

A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento


dos trabalhadores quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação
sobre as eventuais limitações de proteção que oferecem. Quando comprovado pelo empregador
ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva, ou quando
estas não forem suficientes ou encontrar-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou
ainda em caráter emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se a seguinte
hierarquia:

1. Medidas de caráter administrativo ou de organização de trabalho;


2. Utilização de equipamento de proteção individual – EPI.

Sempre que houver treinamentos, laudos técnicos, investigação de acidentes


comunicação de acidentes - CAT, monitoramento de agentes de riscos, registros e resultados
deverão ser arquivados na empresa e os resultados de monitoramento divulgados através de
"Boletins de Segurança" fixados em local de acesso de todos trabalhadores. A divulgação
poderá ser através de:

1. Treinamentos específicos;
2. Quadros de avisos;
3. Palestras avulsas;
4. Cartazes e avisos.

8. Planejamento de Ações

O planejamento das ações da Gestão do programa estabelece metas para as ações a


serem desenvolvidas durante o período de vigência que estarão descritas no plano de ação e no
cronograma. Obrigatoriamente, após o término da vigência do cronograma de ações será
estabelecido outro, e se necessário, novas ações serão propostas visando a continuidade do
programa por tempo indeterminado.
O cronograma para a implantação ou manutenção das medidas de controle foi
elaborado de acordo com as informações contidas neste documento e em consonância com as
possibilidades atuais da empresa

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9. Classificação dos Riscos Ambientais

Para efeito da elaboração do programa, foi considerado os riscos conforme a


NR-31 item 31.5.1.2 - a, existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar
danos à saúde do trabalhador.
Cada um desses tipos de agentes é responsável por diferentes riscos ambientais
que podem provocar danos à saúde ocupacional dos funcionários da empresa:
 Agentes Físicos: As diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas
radiações ionizantes e não ionizantes, infra-som e ultra-som.

 Agentes Químicos: São as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no


organismo humano pelas vias respiratórias em forma de poeiras, fumos, neblinas,
névoas gases, vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter
contato ou ser absorvida pelo organismo.

 Agentes Biológicos: São micro-organismos tais como bacilos, bactérias, fungos


parasitas, vírus e etc.

 Agentes Ergonómicos: São esforços físicos intensos. Levantamento e transporte


manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade,
imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno; jornadas de trabalho
prolongadas, monotonia e repetitividade e outras situações que possam causar estres físico
e/ou psíquico.

 Agentes Mecânicos/Acidentes: São arranjo físico inadequado Máquinas e


equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas, iluminação inadequada,
eletricidade, probabilidade incêndio e explosão, animais peçonhentos e outras situações
que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

9.1. Tempo de Exposição


 CONTÍNUO: Exposição em toda jornada de trabalho;
 INTERMITENTE: Exposição durante 300 a 400 minutos por jornada de trabalho:
Ex: 60 min. x (5 a 8 vezes/dia);
 EVENTUAL: Exposição durante 20 a 30 minutos por jornada de trabalho Ex:
5min. x ( 5 a 6 vezes/dia).

9.2. Critérios de Avaliação dos Riscos e Priorização


A avaliação dos riscos envolve três passos básicos:

 Identificar os perigos;
 Estimar o risco a partir de cada perigo - a probabilidade e a gravidade do perigo;
 Decidir se o risco é tolerável.

Devem atender a seguinte ordem de prioridade:

 Eliminação de riscos através da substituição ou adequação dos processos produtivos,


máquinas e equipamentos;
 Adoção de medidas de proteção coletiva para controle dos riscos na fonte;

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 Adoção de medidas de proteção pessoal.
9.3. Administração do Programa

 Gestão:

Fica atribuída ao Encarregado Administrativo a responsabilidade pela gestão do


programa de PGRTR. A responsabilidade do Gestor pelo programa inclui o monitoramento dos
riscos, a atualização dos registros e a realização das auditorias internas.

 Das responsabilidades e direitos:

Cabe ao empregador rural ou equiparado:

1. Garantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto, definidas nesta Norma


Regulamentadora, para todos os trabalhadores, segundo as especificidades de cada
atividade;
2. Realizar avaliações dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores e, com base
nos resultados, adotar medidas de prevenção e proteção para garantir que todas as
atividades, lugares de trabalho, máquinas, equipamentos, ferramentas e processos
produtivos sejam seguros e em conformidade com as normas de segurança e saúde;
3. Promover melhorias nos ambientes e nas condições de trabalho, de forma a preservar o
nível de segurança e saúde dos trabalhadores;
4. Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde
no trabalho;
5. Analisar, com a participação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no
Trabalho Rural - CIPATR, as causas dos acidentes e das doenças decorrentes do
trabalho, buscando prevenir e eliminar as possibilidades de novas ocorrências;
6. Assegurar a divulgação de direitos, deveres e obrigações que os trabalhadores devam
conhecer em matéria de segurança e saúde no trabalho:
7. Adotar os procedimentos necessários quando da ocorrência de acidentes e doenças do
trabalho:
8. Assegurar que se forneça aos trabalhadores instruções compreensíveis em matéria de
segurança e saúde, bem como toda orientação e supervisão necessárias ao trabalho
seguro:
9. Garantir que os trabalhadores, através da CIPATR, participem das discussões sobre o
controle dos riscos presentes nos ambientes de trabalho.

Informar aos trabalhadores:

1. Os riscos decorrentes do trabalho e as medidas de proteção implantadas, inclusive em


relação a novas tecnologias adotadas pelo empregador;
2. Os resultados dos exames médicos e complementares a que foram submetidos, quando
realizados por serviço médico contratado pelo empregador;
3. Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
4. Permitir que representante dos trabalhadores, legalmente constituído, acompanhe a
fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;
5. Adotar medidas de avaliação e gestão dos riscos com a seguinte ordem de prioridade:
 Eliminação dos riscos;
 Controle de riscos na fonte;
 Redução do risco ao mínimo através da introdução de medidas técnicas ou
organizacionais e práticas seguras inclusive através de capacitação;
 Adoção de medidas de proteção pessoal, sem ônus para o trabalhador, de forma a
complementar ou caso ainda persistam temporariamente fatores de risco.

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Cabe ao trabalhador:

1. Cumprir as determinações sobre as formas seguras de desenvolver suas atividades,


especialmente quanto às Ordens de Serviço para esse fim;
2. Adotar as medidas de proteção determinadas pelo empregador, em conformidade com
esta Norma Regulamentadora, sob pena de constituir ato faltoso a recusa injustificada;
3. Submeter-se aos exames médicos previstos nesta Norma Regulamentadora;
4. Colaborar com a empresa na aplicação desta Norma Regulamentadora.

São direitos dos trabalhadores:

1. Ambientes de trabalho, seguros e saudáveis, em conformidade com o disposto na referida


Norma Regulamentadora;
2. Ser consultados, através de seus representantes na CIPATR, sobre as medidas de
prevenção que serão adotadas pelo empregador;
3. Escolher sua representação em matéria de segurança e saúde no trabalho;
4. Quando houver motivos para considerar que exista grave e iminente risco para sua
segurança e saúde, ou de terceiros, informar imediatamente ao seu superior hierárquico,
ou membro da CIPATR ou diretamente ao empregador, para que sejam tomadas as
medidas de correção adequadas, interrompendo o trabalho se necessário;
5. Receber instruções em matéria de segurança e saúde, bem como orientação para atuar no
processo de implementação das medidas de prevenção que serão adotadas pelo
empregador.

10. Classificação dos Riscos Ambientais

O SESTR consiste em um serviço destinado ao desenvolvimento de ações técnicas,


integradas às práticas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente de trabalho, para tornar o
ambiente de trabalho compatível com a promoção da segurança e saúde e a preservação da
integridade física do trabalhador rural.

Constituição: A empresa mantém atividades agrícolas e industriais, interligadas no mesmo


espaço físico e optou em constituir apenas um dos Serviços, conforme determina a o item
31.6.10 da NR 31 Considerando o somatório do número de empregados, temos:

 Atividade Principal: Comércio atacadista de frutas, verduras, raízes, tubérculos,


hortaliças e legumes frescos
 CNAE: 46.33-8-01
 Grau de Risco: 03 (três)
 Nº Médio de Trabalhadores: 11
De acordo com os dados da empresa e o quadro 01 da NR 31, a empresa SA
AGROPÉCUARIA LTDA – ME, não precisa constituir o Serviço de Especializado em
Segurança e Segurança Saúde do Trabalho – SESTR.
Profissionais Legalmente Habilitados
Nº de Engenheiro Médico do Técnico de Enfermeira do Aux. de
Trabalhadores de Segurança Trabalho Segurança do Trabalho enfermeira do
Trabalho Trabalho
51 a 150 1
151 a 300 1 1
301 a 500 1 2 1 1

9
501 a 1000 1 1 2 1 1
Acima de 1000 1 1 3 1 2

São atribuições do SESTR:

1. Assessorar tecnicamente os empregadores e trabalhadores;


2. Promover e desenvolver atividades educativas em saúde e segurança para todos os
trabalhadores;
3. Identificar e avaliar os riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores em todas as
fases do processo de Produção, com a participação dos envolvidos;
4. Indicar medidas de eliminação, controle ou redução dos riscos, priorizando a proteção
coletiva;
5. Monitorar periodicamente a eficácia das medidas adotadas;
6. Analisar as causas dos agravos relacionados ao trabalho e indicar as medidas corretivas e
preventivas pertinentes;
7. Participar dos processos de concepção e alterações dos postos de trabalho, escolha de
equipamentos, tecnologias, métodos de produção e organização do trabalho, para
promover a adaptação do trabalho ao homem;
8. Intervir imediatamente nas condições de trabalho que estejam associadas a graves e
iminentes riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
9. Estar integrado com a CIPATR, valendo-se, ao máximo, de suas observações, além de
apoiá-la, treiná-la e atendê-la nas suas necessidades e solicitações;
10. Manter registros atualizados referentes a avaliações das condições de trabalho,
indicadores de saúde dos trabalhadores, acidentes e doenças do trabalho e ações
desenvolvidas pelo SESTR.

Medicina do Trabalho:
O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:

1. Admissional;
2. Periódico;
3. Retorno ao trabalho;
4. Mudança de Riscos Ocupacionais
5. Demissional.

Deve ser exigido do médico que realiza os exames admissional e periódicos que ateste a
aptidão do trabalhador para levantamento e transporte manual de cargas, nos pesos especificados.
Na aplicação de defensivos agrícolas o trabalhador que apresentar sintomas de
intoxicação deve ser imediatamente afastado das atividades e encaminha para atendimento
médico, juntamente com as informações contidas nos rótulos e bulas dos agrotóxicos aos quais
tenha sido exposto.

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CIPATR


A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - CIPATR tem como
objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a vida e a promoção da saúde do trabalhador A
organização da CIPATR deverá ser. conforme as novas alterações contidas na Norma
Regulamentadora NR-31, em vigor a partir de março de 2005. Redação dada pela Portaria n° 86,
de 03/03/2005, O dimensionamento da CIPATR definido no Quadro do item da NR-31 é feito

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com base no número de empregados contratados por prazo indeterminado. Será composta de
representantes designados pelo empregador e eleitos pelos empregados em escrutínio secreto e
com a participação superior de 50% dos empregados O dimensionamento mínimo da comissão,
como previsto no quadro da norma regulamentadora, será em consideração ao número de
trabalhadores do estabelecimento.
A CIPATR deverá ter representação paritária, formando assim, uma comissão com
atuação ampla e efetiva. Os representantes do empregador serão por estes designados e os
representantes dos trabalhadores serão por estes eleitos.
O mandato dos membros da CIPATR será de 2 anos, permitida uma recondução.
Organizada a CIPATR, a mesma deverá ser registrada no órgão regional do Ministério do
Trabalho. O registro será feito mediante requerimento ao Delegado Regional do Trabalho
acompanhado de cópias das atas da eleição e da instalação e posse, contendo o calendário anual
das reuniões ordinárias da CIPATR, constando hora, dia, mês e local de realização.
Entre outras responsabilidades da CIPATR, conforme determina o item 31 7.9 da NR-31
e estendendo para o item 5.16 da NR-5 (Redação dada pela Portaria n°, de 23-2-99).
 Identificar os riscos do processo de trabalho;
 Elaborar ou atualizar o mapa de risco (anexo) e também;
 Realizar anualmente a SIPATR - Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
Rural;
 Manter registro, estudar e participar de estudos das causas e consequências dos acidentes
do trabalho rural;
 Elaborar o calendário anual de reuniões ordinárias, encaminhando ao órgão regional do
Ministério do Trabalho e á entidade de classe dos trabalhadores.

De acordo com a NR 31.7.3 A CIPATR será composta por representantes indicados pelo
empregador e representantes eleitos pelos empregados de forma paritária, de acordo com a
seguinte proporção mínima:
Nº de Trab. Nº de Membros 20 a 35 36 a 70 71 a 100 101 a 500 501 a 1000 Acima de 1000
Representantes dos Trabalhadores 1 2 3 4 5 6
Representantes do empregador 1 2 3 4 5 6

11. Produtos Químicos

O programa GSSTR irá abranger todas as atividades relacionadas a aplicação,


manipulação, armazenagem e descarte de produtos químicos, substancias ou misturas de natureza
química.
 Agrotóxicos são substâncias ou misturas de natureza química destinadas a prevenir,
destruir ou repelir, direta ou indiretamente, qualquer forma de agente patogênico ou de
vida animal ou vegetal que seja nociva ás plantas e animais úteis, ao homem.
 Fertilizantes são substâncias minerais ou orgânicas, naturais ou sintéticas, fornecedoras
de um ou mais nutrientes para plantas, os produtos que contenham princípio ativo ou
agente capaz de ativar, direta ou indiretamente, sobre o todo ou parte das plantas,
visando a elevar sua produtividade.
 Corretivos são os produtos destinados a corrigir uma ou mais características do solo
desfavoráveis às plantas.

Serão contemplados todos trabalhadores que estiverem em:

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 Exposição direta;
 Exposição indireta.

Serão abrangidas as seguintes situações:

 Qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte, e


descontaminação de equipamentos e vestimentas;
 Atividades próximas ou que o trabalhador circule ou desempenhe suas atividades de
trabalho em áreas vizinhas aos locais onde se faz a manipulação dos agrotóxicos em
qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação e descarte, e
descontaminação de equipamentos e vestimentas, e ou ainda os que desempenham
atividades de trabalho em áreas recém-tratadas.

Proibições:

 A manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins que não estejam


registrados
 e autorizados pelos órgãos governamentais competentes;
 A manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins por menores de
dezoito anos, maiores de sessenta anos e por gestantes;
 A participação de gestante nas atividades com exposição direta ou indireta a
agrotóxicos;
 A manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, nos ambientes de
trabalho, em desacordo com a receita e as indicações do rótulo e bula, previstos em
legislação vigente;
 O trabalho em áreas recém-tratadas, antes do término do intervalo de reentrada
estabelecido nos rótulos dos produtos, salvo com o uso de equipamento de proteção
recomendado;
 A entrada e permanência de qualquer pessoa na área a ser tratada durante a pulverização
aérea.

Treinamentos

Deverá ser fornecido instruções suficientes aos que manipulam agrotóxicos, adjuvantes e
afins e aos que desenvolvam qualquer atividade em áreas onde possa haver exposição direta ou
indireta a esses produtos, garantindo os requisitos de segurança previstos nas normas e
legislações de SSO.
Será realizado treinamento com conteúdo previsto na NR-31, item 31.8.8.1. para todos os
trabalhadores expostos diretamente e/ou indiretamente. O Treinamento contemplará:

 Carga horária mínima de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias,
durante o expediente normal de trabalho, com o seguinte conteúdo mínimo:
 Conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos;
 Conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros;
 Rotulagem e sinalização de segurança;
 Medidas higiênicas durante e após o trabalho;
 Uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal;
 Limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal.
 Caso seja observado ou comprovada a insuficiência da capacitação proporcionada ao
trabalhador, deverá ser refeito o treinamento.

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Medidas de Controle

Deverá ser adotado, no mínimo, as seguintes medidas:

 Fornecer equipamentos de proteção individual e vestimentas adequadas aos riscos, que


não propiciem desconforto térmico prejudicial ao trabalhador;
 Fornecer os equipamentos de proteção individual e vestimentas de trabalho em perfeitas
condições de uso e devidamente higienizados, responsabilizando-se pela
descontaminação dos mesmos ao final de cada jornada de trabalho, e substituindo-os
sempre que necessário;
 Orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de proteção;
 Disponibilizar um local adequado para a guarda da roupa de uso pessoal;
 Fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal;
 Garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado
para fora do ambiente de trabalho;
 Garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da
devida descontaminação;
 Vedar o uso de roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos.

Sistema de Informação/Sinalização

Deverá ser disponibilizado a todos os trabalhadores informações sobre o uso de


agrotóxicos no estabelecimento, abordando os seguintes aspectos:

Área tratada:

 descrição das características gerais da área, e do tipo de aplicação a ser feita, incluindo o
equipamento a ser utilizado;
 Nome comercial do produto utilizado;
 Classificação toxicológica;
 Data e hora da aplicação;
 Intervalo de reentrada;
 Intervalo de segurança/período de carência;
 Medidas de proteção necessárias aos trabalhadores em exposição direta e indireta;
 Medidas a serem adotadas em caso de intoxicação.

Deverá haver sinalização nas áreas tratadas, informando o período de reentrada.

Máquinas e Equipamentos: Os equipamentos de aplicação dos agrotóxicos, adjuvantes


e produtos afins, devem ser:

 Mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento;


 Inspecionados antes de cada aplicação;
 Utilizados para a finalidade indicada;

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 Operados dentro dos limites, especificações e orientações técnicas.

A conservação, manutenção, limpeza e utilização dos equipamentos só poderão ser


realizadas por pessoas previamente treinadas e protegidas. A limpeza dos equipamentos será
executada de forma a não contaminar poços, rios, córregos e quaisquer outras coleções de água.

Guarda e Armazenamento e Transporte

 Os produtos devem ser mantidos em suas embalagens originais, com seus rótulos e
bulas.
 É vedada a reutilização, para qualquer fim, das embalagens vazias de agrotóxicos,
adjuvantes e produtos afins, cuja destinação final deve atender à legislação vigente.
 É proibido a armazenagem de agrotóxicos, adjuvantes c produtos afins a céu aberto.

Depósito de Agroquímicos: As edificações destinadas ao armazenamento de


agrotóxicos. adjuvantes e produtos afins devem:

 Ter paredes e cobertura resistentes;


 Ter acesso restrito aos trabalhadores devidamente capacitados a manusear os referidos
produtos;
 Possuir ventilação, comunicando-se exclusivamente com o exterior e dotada de proteção
que não permita o acesso de animais;
 Ter afixadas placas ou cartazes com símbolos de perigo;
 Estar situadas a mais de trinta metros das habitações e locais onde são conservados ou
consumidos alimentos, medicamentos ou outros materiais e de fontes de água;
 Ser construídos de maneira a possibilitar limpeza e descontaminação.
 O armazenamento deve obedecer, as normas da legislação vigente, as especificações do
fabricante constantes dos rótulos e bulas, e as seguintes recomendações básicas:
 As embalagens devem ser colocadas sobre estrados, evitando contato com o piso, com
as pilhas estáveis e afastadas das paredes e do teto;
 Os produtos inflamáveis serão mantidos em local ventilado, protegido contra centelhas e
outras fontes de combustão

Transporte

 Os agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins devem ser transportados em recipientes


rotulados, resistentes e hermeticamente fechados.
 É vedado transportar agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, em um mesmo
compartimento que contenha alimentos, rações, forragens, utensílios de uso pessoal e
doméstico.
 Os veículos utilizados para transporte de agrotóxicos. adjuvantes e produtos afins,
devem ser higienizados e descontaminados, sempre que forem destinados para outros
fins.
 É vedada a lavagem de veículos transportadores de agrotóxicos em coleções de água.
 É vedado transportar simultaneamente trabalhadores e agrotóxicos, em veículos que não
possuam comparti mentos estanques projetados para tal fim.

Meio Ambiente e Resíduos: Os resíduos provenientes dos processos produtivos devem


ser eliminados dos locais de trabalho, segundo métodos e procedimentos adequados que não
provoquem contaminação ambiental. Deverá ser considerado:

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 Prevenção da Poluição ou Redução na Fonte - o uso de processos, práticas, materiais ou
energia com o objetivo de diminuir o volume de poluentes ou de resíduos na geração de
produtos e serviços;
 Minimização dos Resíduos Gerados - redução, ao menor volume, da quantidade e
preciosidade possíveis, dos materiais e substâncias, antes de descartá-los no meio
ambiente;
 Os resíduos sólidos ou líquidos de alta toxicidade, periculosidade, alto risco biológico e
os resíduos radioativos deverão ser dispostos com o conhecimento e a orientação dos
órgãos competentes e mantidos sob monitoramento.
Os resíduos podem ser considerados:

 Resíduos Sólidos - qualquer forma de matéria ou substância, no estado sólido e semi-


sólido, que resulte de atividade industrial, domiciliar, hospitalar, comercial, agrícola, de
serviços, de varrição e de outras atividades humanas, capazes de causar poluição ou
contaminação ambiental. Nos processos de compostagem dos resíduos da
industrialização da cana, deve-se evitar que haja a contaminação no meio ambiente, que
os mesmos escoam para córregos e canais d'água.
 Resíduos Perigosos - aqueles que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou
infectastes, possam apresentar riscos à saúde pública ou à qualidade do meio ambiente.

Os resíduos obedecerão à seguinte classificação:

Quanto à origem:

 Resíduos Urbanos;
 Resíduos;
 Resíduos de Serviços de Saúde;
 Resíduos Especiais;
 Resíduos de Atividades Rurais;
 Resíduos de Serviços de Transporte;
 Rejeitos Radioativos.

Quanto à natureza:

 Resíduos classe I - perigosos são aqueles que, em função de suas características


intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade ou patogenicidade,
apresentam riscos à saúde ou ao meio ambiente;
 Resíduos classe II - não inertes: são aqueles que podem apresentar características de
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de acarretar
riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos
classe I - perigosos ou classe III inertes:
 Resíduos classe III - inertes: são aqueles que, por suas características intrínsecas, não
oferecem riscos à saúde e que apresentam constituintes solúveis em água e em
concentrações superiores aos padrões de potabilidade.

A determinação da classe dos resíduos, segundo a sua natureza, deverá ser feita conforme
norma estabelecida pelo organismo normalizador federal competente. Quando um resíduo não
puder ser classificado nos termos da norma específica o órgão ambiental estadual poderá
estabelecer classificação provisória.
O Setor de Meio Ambiente irá orientar quanto a melhor forma de disposição e
armazenamento dos resíduos gerados na empresa.

15
12. Ergonomia e Organização do Trabalho

Deverá ser adotado princípios ergonômicos que visem a adaptação das condições de
trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar melhorias
nas condições de conforto e segurança no trabalho

 Transporte de Carga:

 Transporte Manual
 São vedados o levantamento e o transporte manual de carga com peso suscetível de
comprometer a saúde do trabalhador.
 Deverá ser elaborado manuais/procedimentos para orientação e conscientização dos
trabalhadores quanto as formas e métodos corretos de transporte manual de peso.

 Transporte por impulsão


 O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre
trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de
forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua saúde,
segurança e capacidade de força.
 Todas as máquinas, equipamentos, implementos, mobiliários e ferramentas devem
proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização, movimentação e
operação.

 Treinamento
 Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas deve receber
treinamento ou instruções quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas
a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
 As instruções devem constar de documento escrito e ilustrado, na forma de manual ou
procedi mento. A comprovação de que o treinamento foi realizado pelo empregador pode
ser feita através de ficha de frequência de treinamento, contendo datas, conteúdo, carga
horária nomes e assinaturas dos participantes e instrutores.

 Organização do Local de Trabalho: A organização do trabalho deve ser adequada ás


características psicofisiológicas dos trabalhadores e á natureza do trabalho a ser
executado. Deverá ser observado:

 As normas de produção;
 O modo operatório;
 A exigência de tempo;
 A determinação do conteúdo de tempo;
 O ritmo de trabalho;
 O conteúdo das tarefas.

16
Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica devem ser incluídas
pausas para descanso e outras medidas que preservem a saúde do trabalhador.
Nas operações que necessitem também da utilização dos pés, os pedais e outros
comandos devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance e ângulos
adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e
peculiaridades do trabalho a ser executado.
Para as atividades que forem realizadas necessariamente em pé, devem ser garantidas
pausas para descanso.

 Ferramentas Manuais: Deverá ser disponibilizada ferramentas adequadas ao trabalho


e às características físicas do trabalhador, substituindo-as sempre que necessário e
gratuitamente. As ferramentas devem ser:
 Seguras e eficientes;
 Utilizadas exclusivamente para os fins a que se destinam;
 Mantidas em perfeito estado de uso.
 Os cabos das ferramentas devem permitir boa aderência em qualquer situação de
manuseio, possuir formato que favoreça a adaptação a mão do trabalhador, e ser fixados
de forma a não se soltar acidentalmente da lâmina.

 As ferramentas de corte devem ser:


 Guardadas e transportadas em bainha;
 Mantidas afiadas;
 Quando do fornecimento de limas para afiação das ferramentas, as mesmas deverão
possuir protetores.
 Transporte: Não poderão ser transportadas em compartimentos junto com trabalhadores.

 Máquinas, equipamentos e implementos - As máquinas, equipamentos e


implementos, devem atender aos seguintes requisitos:
1. Utilizados unicamente para os fins concebidos, segundo as especificações
técnicas do fabricante;
2. Operados somente por trabalhadores capacitados e qualificados para tais
funções;
3. Utilizados dentro dos limites operacionais e restrições indicados pelos
fabricantes.

 Proteções – EPC: Só devem ser utilizadas máquinas, equipamentos e implementos


cujas transmissões de força estejam protegidas:
1. As máquinas equipamentos e implementos que ofereçam risco de ruptura de suas
partes, projeção de peças ou de material em processamento só devem ser
utilizadas se dispuserem de proteções efetivas.
2. Os protetores removíveis só podem ser retirados para execução de limpeza
lubrificação, reparos e ajustes, ao fim dos quais devem ser, obrigatoriamente,
recolocados .
3. Só devem ser utilizadas máquinas e equipamentos móveis motorizados que
tenham estrutura de proteção do operador em caso de tombamento e dispor de
cinto de segurança.
4. As máquinas e equipamentos, estacionários ou não, que possuem plataformas de
trabalho só devem ser utilizadas quando dotadas escadas de acesso e dispositivos
de proteção contra quedas.
5. Só devem ser utilizadas máquinas de cortar, picar, triturar, moer. desfibrar e
similares que possuírem dispositivos de proteção, que impossibilitem contato do
operador ou demais pessoas com suas partes móveis.
6. As aberturas para alimentação de máquinas, que estiverem situadas ao nível do

17
solo ou abaixo deste, devem ter proteção que impeça a queda de pessoas no
interior das mesmas.
7. Só devem ser utilizadas roçadeiras que possuam dispositivos de proteção que
impossibilitem o arremesso de materiais sólidos.
 Manutenções: É vedada a execução de serviços de limpeza, de lubrificação, de
abastecimento e de manutenção com as máquinas, equipamentos e implementos em
funcionamento salvo se o movimento for indispensável à realização dessas operações,
quando deverão ser tomadas medidas especiais de proteção e sinalização contra
acidentes de trabalho.

Deve haver substituição ou reparo de equipamentos e implementos sempre que


apresentem defeitos que impeçam a operação de forma segura.
Nas paradas temporárias ou prolongadas o operador deve colocar os controles em
posição neutra, acionar os freios e adotar todas as medidas necessárias para eliminar riscos
provenientes de deslocamento ou movimentação de implementos.

 Operação de Máquinas e implementos

 Só devem ser utilizados máquinas e equipamentos que apresentem dispositivos de


acionamento e parada localizados de modo que:
 Possam ser acionados ou desligados pelo operador na sua posição de trabalho;
 Não se localizem na zona perigosa da máquina ou equipamento;
 Possam ser acionados ou desligados, em caso de emergência, por outra pessoa que não
seja o operador;
 Não possam ser acionados ou desligados involuntariamente pelo operador ou de qualquer
outra forma acidental;
 Não acarretem riscos adicionais.
 É vedado o trabalho de máquinas e equipamentos acionados por motores de combustão
interna, em locais fechados ou sem ventilação suficiente, salvo quando for assegurada a
eliminação de gases do ambiente.
 Só devem ser utilizados máquinas e equipamentos motorizados móveis que possuam
faróis luzes e sinais sonoros de ré acoplados ao sistema de câmbio de marchas, buzina e
espelho retrovisor.

 Só devem ser utilizadas as correias transportadoras que possuam:

 Sistema de frenagem ao longo dos trechos onde possa haver acesso de trabalhadores;
 Dispositivo que interrompa seu acionamento quando necessário;
 Partida precedida de sinal sonoro audível que indique seu acionamento;
 Transmissões de força protegidas com grade contra contato acidental;
 Sistema de proteção contra quedas de materiais, quando instaladas em altura superior a
dois metros;
 Sistemas e passarelas que permitam que os trabalhos de manutenção sejam
desenvolvidos de forma segura;
 Passarelas com guarda-corpo e rodapé ao longo de toda a extensão elevada onde possa
haver circulação de trabalhadores;
 Sistema de travamento para ser utilizado quando dos serviços de manutenção.

Nos locais de movimentação de máquinas, equipamentos e veículos, o empregador rural


ou equiparado deve estabelecer medidas que complementem:
 Regras de preferência de movimentação;
 Distância mínima entre máquinas, equipamentos e veículos;

18
 Velocidades máximas permitidas de acordo com as condições das pistas de rolamento.
 É vedado, em qualquer circunstância, o transporte de pessoas em máquinas e
equipamentos motorizados e nos seus implementos acoplados.
 Só podem ser utilizadas motosserras que atendam os seguintes dispositivos:
 Freio manual de corrente; Pino pega corrente; protetor da mão direita; protetor da mão
esquerda;
 Trava de segurança do acelerador;

 Treinamento

Os manuais das máquinas, equipamentos e implementos devem ser mantidos no


estabelecimento, devendo o empregador dar conhecimento aos operadores do seu conteúdo e
disponibiliza-los sempre que necessário.
O empregador rural ou equiparado se responsabilizará pela capacitação dos operadores
de máquinas e equipamentos, visando o manuseio e a operação segura.
O treinamento mínimo exigido é o de direção defensiva e primeiros socorros. Para casos
específicos devem ser incluídos nos treinamentos aspectos relativos á atividade do trabalhador. A
comprovação do cumprimento desta exigência pode ser feita através de ficha de controle de
treinamento contendo datas, conteúdo e nomes e assinaturas do treinando e do instrutor. Para os
cursos realizados por entidades reconhecidas e credenciadas, o certificado de conclusão atende a
exigência.
NOTA: Por tratar-se de exigência de "capacitação", quando o treinamento for realizado
pela empresa, devem ser feitos testes de verificação, com índice de 100% de acerto de resposta.
Os testes devem ser guardados por tempo indeterminado.
O empregador rural ou equiparado deve promover a todos os operadores de motosserra
treinamento para utilização segura da máquina, com carga horária mínima de oito horas com
conteúdo programático relativo à utilização segura do motosserra, constante no Manual de
Instruções.

 Acessos e Vias de Circulação

 Devem ser garantidos todas as vias de acesso e de circulação internos da fazenda em


condições adequadas para os trabalhadores e veículos.
 Medidas especiais de proteção da circulação de veículos e trabalhadores nas vias devem
ser tomadas nas circunstâncias de chuvas que gerem alagamento e escorregamento.
 As vias de acesso e de circulação internos das fazendas devem ser sinalizadas de forma
visível durante o dia e a noite.
 As laterais das vias de acesso e de circulação internos da fazenda devem ser protegidas
com barreiras que impeçam a queda de veículos.
 Ao longo das estradas principais deverá ser colocado sinalizadores/bonecos para que
possa ser indicado o fluxo de veículos, bem como nas entradas dos carreadores
principais.

Além das condições de projeto e conservação das vias de circulação, especial atenção
deve ser dada às frentes de trabalho, onde é maior o fluxo de veículos e máquinas. Nestes locais
devem ser estabelecidas e sinalizadas as mãos e fluxos preferenciais de trânsito.

 Áreas de Vivência

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Deverá ser disponibilizado aos trabalhadores áreas de vivência compostas de:
 Instalações sanitárias;
 Local adequado para refeições.
 As áreas de vivência devem atender aos seguintes requisitos:
 Condições adequadas de conservação, asseio e higiene;
 Paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
 Cobertura que proteja contra as intempéries;
 Iluminação e ventilação adequadas.

 Instalações Sanitárias: Nas frentes de trabalho, devem ser disponibilizadas instalações


sanitárias fixas ou móveis compostos de vasos sanitários e lavatórios, na proporção de
um conjunto para cada grupo de quarenta trabalhadores ou fração, atendidos os
requisitos da NR-31, item 31.23.3.2, sendo permitida a utilização de fossa seca.

As instalações sanitárias devem:

 Ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o
resguardo conveniente; ser separadas por sexo;
 Estar situadas em locais de fácil e seguro acesso; dispor de água limpa e papel higiênico;
 Estar ligadas a sistema de esgoto, fossa séptica ou sistema equivalente;
 Possuir recipiente para coleta de lixo.

 Locais para refeição


Os locais para refeição devem atender aos seguintes requisitos:

 Boas condições de higiene e conforto;


 Capacidade para atender a todos os trabalhadores;
 Água limpa para higienização;
 Mesas com tampos lisos e laváveis;
 Assentos em número suficiente;
 Água potável, em condições higiênicas;
 Depósitos de lixo. com tampas.

 Intempéries: Nas frentes de trabalho devem ser disponibilizados abrigos, fixos ou


moveis, que protejam os trabalhadores contra as intempéries, durante as refeições.

 Equipamento de Proteção Individual – EPI

Para fins de aplicação do programa GSSMATR, considera-se EPI todo dispositivo de uso
individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade
física do trabalhador.
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e
em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

 Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não


oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças
profissionais e do trabalho;
 Enquanto medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;

20
 Para atender situações de emergência.
Cabe ao empregador, mediante orientação técnica, fornecer e determinar o uso do EPI
adequado à proteção da integridade física do trabalhador e a CIPA - Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes auxiliar o empregador na fiscalização do uso de EPI's na empresa.
O EPI, de fabricação nacional ou estrangeira, só poderá ser colocado à venda,
comercializado ou utilizado, quando possuir o Certificado de Aprovação – CA.

 Obrigações do Empregador quanto ao EPI

 Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;


 Fornecer ao empregado somente EPI com certificado de aprovação – C.A;
 Treinar o trabalhador sobre seu uso adequado;
 Tornar obrigatório o seu uso;
 Substitui-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Comunicar ao MTA qualquer irregularidade observada no EPI.

 Obrigações do Empregado quanto ao EPI

 Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;


 Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.

13. Equipamentos de Proteção Individual Recomendados

EPI C.A APLICAÇÃO


Luva de Látex 10.695 Uso obrigatório em atividades com umidade,
13.959 lavagens e uso de produtos químicos e geral.
Avental Impermeável 21.430 Uso obrigatório nas atividades com exposição
a água e manuseio de produtos químicos.
Máscara PFF1/PFF2 11.672 Uso obrigatório no manuseio, preparação e
14.102 utilização de produtos químicos e poeira de
dejetos animal.
Óculos de segurança com 13.400 Uso obrigatório no manuseio, preparação e
lentes transparentes 27.775 utilização de produtos químicos e poeira.
14.759
Óculos de segurança com Uso obrigatório quando da exposição aos
12.572
lentes escuras raios solares
6.136
Calçados de segurança 11.326 Uso obrigatório nas atividades onde haja risco
19.874 de queda de materiais.
Bota de segurança de 37.937 Uso obrigatório nas dependências da
borracha 9.126 produção e na área externa quando da
exposição a umidade.
8.084
Luva de raspa de couro 25.165 Uso obrigatório nas atividades com exposição
20.004 a agentes mecânicos e químicos.

21
Luva tricotada com fios de 35.529
algodão pigmentada 13.718 Uso obrigatório nas atividades com materiais
33.114 de pouca abrasividade
Protetor auricular de 13.027 Uso obrigatório durante operação com trator
inserção
Touca tipo árabe 30.240 Uso obrigatório quando da exposição aos
raios solares

22
14. Reconhecimento e Identificação e Controle dos Riscos Ambientais
A avaliação foi feita por GHE – Grupos de Trabalhadores que submetidos à exposição semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliação
da exposição de qualquer trabalhador do grupo seja representativo da exposição do restante dos trabalhadores do mesmo grupo.

GHE: 01 FUNÇÃO: TRABALHADOR RURAL


Descrição da Atividade: Plantam e colhem gramíneas. preparam sementes, mudas e insumos, condicionando o solo para Descrição do Ambiente: Atividade realizada á céu aberto
tratamento de cultura. atividades de armazenamento e beneficiamento da colheita, como moagem, secagem e classificação dos
grãos. Executam manutenção de máquinas e equipamentos agrícolas.

RISCO AGENTES FONTE EXPOSIÇÃO DIÁRIA MEDIDA DE DANOS A SAÚDE MEIDADE DE CONTROLE
GERADORA CONTROLE EXISTENTE PROPOSTA

FÍSICOS Radiação não Raios solares Habitual direta Não existente Eritemas, diminuição da Adoção e uso de protetor solar fator
ionizante resposta imunológica, 30, fardamento mangas longas, óculos
indução do câncer de pele de segurança com lentes escuras e
boné árabe
Não
QUÍMICOS Identificado Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável

BIOLÓGICOS Não Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável
Identificado

Atividades realizadas Dores na coluna, dores Palestras educativas sobre postura


ERGONÔMICOS Postura em pé por período Habitual direto Não existente lombares, distensões, adequada na realização das atividades
Inadequada longo e levantamento desconforto físico e rotineiras
e transporte manual irritabilidade
de peso

Cortes, Queda Ambiente de Habitual direto Não existente Fraturas, torções, Avaliação das atividades
ACIDENTES de nível Trabalho hematomas e ferimentos desenvolvidas para verificação de
procedimentos de segurança

23
15. Cronograma - Reconhecimento, Identificação e Controle dos Risco Ambientais

ATIVIDADES JUN JUL AG SET OU NO DE JA FEV MA AB MA


O T V Z N R R I
Elaboração do PGRTR, para a empresa AGENOR BEZERRA DE ARAUJO X
LIMA NETO
Divulgação do programa de gestão ambiental para todos os colaboradores bem X
como da Política de Saúde e Segurança Ocupacional

Manter equipamento de extinção de princípio de incêndio em condições de uso e


adequados à legislação de acordo com o projeto elaborado por profissional X X X X X X X X X X X X
habilitado.
Treinamento de combate a incêndio par colaboradores (NR-23) X

Fornecimento do EPI adequado ao risco de cada atividade em conformidade NR X X X X X X X X X X X X


06
Palestra sobre a importância e obrigatoriedade do uso de EPI em conformidade X
NR 06
Fornecer treinamento adequado ao operador de trator em atendimento as normas X
vigentes
Elaboração de mapas de risco com disponibilidade nos setores da empresa X

Anexar cópias dos Certificados de Aprovação de cada EPI a esse programa

Registrar e manter dados de saúde - dados técnicos e estatísticos, de acidentes, de X X X X X X X X X X X X


Controle e Registro de entrega de EPI, procedendo à guarda das informações por
mínimo de 20 anos
Renovação do programa de gestão ambiental e análise global do desenvolvimento X
do programa

24
16. Responsabilidade

A responsabilidade legal pelas ações do PGRTR é do empregador ou preposto de acordo com


o disposto na NR 31. Para que haja continuidade do PGRTR, as falhas e desvios constatados na
avaliação deverão ser solucionadas no próximo exercício de modo que, na programação de novas
metas, as pendências que por qualquer motivo não tenham sido concretizadas serão reprogramadas.

Deverão ser realizadas inspeções periódicas a cada três meses para avaliação das medidas
propostas.

Nota: Em caso de modificação do processo produtivo e/ou no lay-out, novas avaliações


deverão ser feitas para identificação dos agentes de risco.

 Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PGRTR como atividade permanente


da empresa;
 Informar aos trabalhadores sobre os riscos ambientais e sobre as formas adequadas de se
prevenir;
 Garantir aos trabalhadores a interrupção de suas atividades com a comunicação do fato ao
superior hierárquico, em caso de situação de risco grave e iminente ou de agravos à saúde por
agentes ambientais;
 Executar ações integradas com empregadores caso realize atividades no mesmo local;
 Incentivar a participação dos trabalhadores no desenvolvimento/implantação das ações do
PGRTR.

 Responsabilidades do Elaborador do PGRTR

 Elaborar o programa;
 Indicar um responsável pela implantação do PGRTR;
 Propor soluções para eliminação ou minimização da exposição aos riscos ambientais.

 Responsabilidades dos Empregados

 Colaborar e participar da implantação e execução do PGRTR;


 Seguir as orientações recebidas nos treinamentos de segurança;
 Informar aos seus superiores hierárquicos às ocorrências que a seu julgamento possam
implicar em riscos à saúde dos trabalhadores;
 Apresentar propostas e se empenhar em receber informações sobre prevenção dos riscos
ambientais identificados no PGRTR.

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17. Saúde Ocupacional

 Atividades e Desenvolvimento

 Promoção
 Consiste na realização de palestras informativas e campanhas, a serem definidas em conjunto
com a empresa, sendo estas adequadas ao perfil dos funcionários.
 Vacina que pode ser orientada: anti-gripal, para todos os funcionários.
 Vacina antitetânica (Obrigatório para todos os trabalhadores)
 Profilaxia de doenças endêmicas

 Prevenção
Consiste na realização de exames ocupacionais direcionados aos riscos específicos de cada
área/função.
 Admissionais

 Serão realizados antes do início das atividades do candidato;


 Diferenciam-se de acordo com o cargo/função;
 Constituem-se de:
o Exame clínico;
o Acuidade visual;
o Exames complementares conforme critério médico

 Periódicos

 O Exame Médico Periódico deve ser anual para todos os empregados.


 Constituem-se de:
o Exame clínico, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico;
o Exames complementares conforme critério médico.
o Emissão de ASO em 03 (três) vias: empresa, funcionário e MÉDICO DO TRABALHO

 Retorno ao Trabalho

 Para todos os funcionários afastados por motivo de doença e/ou acidentes, de natureza
ocupacional ou não, por um período igual ou superior a 30 (trinta) dias inclusive partos;
 Exames complementares, de acordo com a necessidade de cada caso;
 Emissão de ASO em 03 (três) vias: empresa, funcionário e MÉDICO DO TRABALHO

 Mudança de Função

 Somente deverão ser realizados quando houver alterações do risco ocupacional;


 Obedecem aos mesmos critérios dos exames admissionais;
 Exames complementares, de acordo com a necessidade de cada caso;
 Emissão de ASO em 03 (três) vias: empresa, funcionário e MÉDICO DO TRABALHO

 Demissionais
 Serão realizados para todos os funcionários, desde que os mesmos não tenham sido admitidos
ou submetidos a exame periódico, no período de 90 (noventa) dias, que antecede à data da
demissão.
 Constituem-se de:
o Exame clínico, abrangendo anamnese ocupacional;
o Exames complementares conforme critério médico;
o Emissão de ASO em 03 (três) vias: empresa, funcionário e Médico do Trabalho

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18. Exames Clínicos/Complementares e Periodicidade

Risco Risco Risco Risco Risco de Exame Ocupacional Exames


Funções Complementares Periodicidade
Físico Químico Biológico Ergonômico Acidente

Admissional
Periódico
Trabalhador da Postura Queda de nível, Retorno ao Trabalho Exame Clínico
Rural Radiação não N/A N/A inadequada Demissional Anual
ionizante
Exame clinico,
Mudança de Riscos (outros exames
Ocupacionais ficam a critério do
médico examinador)

27
19. Cronograma de Ações de Saúde

AÇÃO DE SAÚDE OBJETIVO MÉTODO PR JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI
EXAMES MÉDICOS Controle médico Exame clínico a exames P X X X X X X X X X X X X
OCUPACIONAIS visando promoção da complementares de acordo R
(Admissionais, Periódicos, saúde e prevenção de com a programação deste
Retorno ao Trabalho, doenças ocupacionais programa para rastreamento
Mudança de função e e não ocupacionais de doenças ocupacionais e
Demissional) não ocupacionais
Controle de Riscos Prevenir lombalgias, Implantação do PROERGO P X
Ocupacionais LER e DORT e das ações planejadas de
R
ERGONOMICOS melhorando a saúde, acordo com o disposto na
o conforto e NR- 17 e Programa de
adaptando as Ergonomia
características do
trabalhador
Controle de doenças Prevenção do Prevenção através de P X
infeciosas e parasitárias DST contágio aconselhamento, palestras e R
e AIDS distribuição de material
informativo
Campanha de Vacinação Imunização Vacinar todos os P X X
Tétano, Difteria, rubéola colaboradores de acordo R
com campanhas de
vacinação
Disponibilizar quite de Ter material para o Disponibilizando e treinando P X X X X X X X X X X X X
primeiros socorros e treinar atendimento de um funcionário para
funcionário para o uso dos primeiros socorros e manuseio e uso dos R
materiais cumprir o que materiais
determina a NR 07
sobre primeiros
socorros
Legendas: P – Previstos// R - Realizados

28
20. Responsabilidades técnicas para elaboração do PGR

Este trabalho está composto de 34 páginas, numeradas, digitadas na parte frontal. O


Programa foi elaborado pelo médico do trabalho abaixo identificado, estando esta folha
assinada e as demais, todas, devidamente rubricadas. Devendo ser utilizado apenas para fim
a que se destina o Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural (PGRTR).

Para efeitos legais, deve estar disponível e ser de fácil acesso às autoridades competentes
credenciadas pertencentes a órgãos fiscalizadores.

Goianinha/RN,19 de junho de 2023

Dra. Rosemary Batista Nogueira


CRM/RN 3026
Médico do Trabalho/Elaborador

21. Execução do PGR

A empresa AGENOR BEZERRA DE ARAUJO LIMA NETO , terá a


responsabilidade objetiva sobre a execução do programa estando ciente das responsabilidades de
cumprimento das atividades contidas no planejamento de ações, dando, portanto, condições aos
prepostos responsáveis de programar, juntamente com os colaboradores, o controle das doenças
ocupacionais e acidentes do trabalho provocados pelos riscos existentes no ambiente de trabalho.

Goianinha/RN, ___/___/___

________________________________
AGENOR BEZERRA DE ARAUJO LIMA NETO
CAEPF: 019.435.064/001-23

29
Anexos

1.1. Medidas de controle quanto ao fornecimento e utilização de EPI

Conforme estabelece a Norma Regulamentadora NR-6, durante o treinamento de Integração o Trabalhador


receberá instruções de segurança com relação ao fornecimento, uso e conservação de EPI, seguindo-se os preceitos abaixo:
Norma Regulamentadora NR-6
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Após o recebimento das instruções de segurança, o trabalhador receberá seu uniforme e EPI de acordo com os
riscos ocupacionais específicos. As informações são registradas no Termo de Responsabilidade de entrega de EPI.

1.2. Procedimentos para casos de emergência


1.2.1. Incêndio
1.2.2. Princípio de incêndio
• Se houver feridos, resgatar e encaminhá-lo para hospital local, avisando por telefone o envio dos feridos;
• Ligar para o Corpo de Bombeiros (Fone 193)
• Em caso de focos de incêndio, combatê-los, utilizando extintores adequados presentes nas imediações do
local sinistrado;
• Combatido o foco de incêndio, limpar o local e recolher extintores utilizados;

1.2.3. Incêndio de média e grande proporção

 Se houver feridos, resgatar e encaminhá-los para o Pronto Socorro Clovis Sarinho (Walfredo Gurgel), avisando
por telefone o envio dos feridos;
 Contatar, Corpo de Bombeiros (Fone 193)
 Contatar o gerente, informando a situação ocorrida;
 Proceder ao afastamento imediato de todos os materiais combustíveis e inflamáveis próximo do local sinistrado;
 Proceder ao controle de expansão do fogo utilizando extintores adequados;
1.2.4. Acidente com vítima
 Socorro a vítima encaminhar para o hospital local, avisando por telefone o envio dos feridos;
 Fazer levantamento primário de possíveis causas do acidente;
 Registrar o acidente em ficha específica na CAT;
1.2.5. Acidente sem vítima
 Fazer levantamento primário de possíveis causas do acidente;
1.2.6. Noções de combate á incêndio
Extintores
Como usar os extintores de incêndio
Os aparelhos extintores são os vasilhames fabricados com dispositivo que possibilitam a aplicação do agente
extintor sobre os focos de incêndio. Normalmente os aparelhos extintores recebem o nome do agente extintor que neles
contém. Os aparelhos extintores destinam-se ao combate imediato de pequenos focos de incêndio, pois acondicionam
pequenos volumes de agentes extintores para manterem a condição de fácil transporte. São de grande utilidade, pois podem
combater a maioria dos incêndios, cujos princípios são pequenos incêndio assuma proporções maiores, chame
imediatamente o C O êxito no emprego dos extintores depende dos seguintes fatores:
• De uma distribuição adequada dos aparelhos pela área a proteger;
• De manutenção adequada e eficiente;
• De pessoal habilitado a manejar aparelhos na extinção de incêndio.
Quanto ao tamanho, os extintores podem ser:
• Portáteis;

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• Sobre rodas (carretas)
Extintor de água pressurizada
• Retirar o pino de segurança.
• Empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo.
• O jato para a base do fogo.
• Só usar em madeira, papel, fibras, plásticos e similares.
• Não usar em equipamentos elétricos.
Extintor de água pressurizada
 Abrir a válvula do cilindro de gás.
 Atacar o fogo, dirigindo o jato para a base das chamas.
 Só usar em madeira, papel, fibras, plásticos e similares.
 Não usar em equipamentos elétricos.
Extintor de espuma (pouco utilizado)
 Inverter o aparelho e o jato disparará automaticamente, só cessará quando a carga estiver esgotada.
 Não usar em equipamentos elétricos.
Extintor de gás carbônico (CO₂)
 Retirar o pino de segurança quebrando o lacre.
 Acionar a válvula dirigindo o jato para base do fogo.
 Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.
Extintor de pó químico seco (PQS)
 Retirar o pino de segurança.
 Empunhar a pistola difusora.
 Atacar o fogo acionando o gatilho.
 Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.
*Utilizar o pó químico em materiais eletrônicos, somente em último caso.
Extintor de pó químico seco com cilindro de gás
 Abrir a ampola de gás.
 Apertar o gatilho e dirigir a nuvem de pó à base do fogo.
 Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.
Onde usar os agentes extintores:
Agente extintor é todo material que, aplicado ao fogo, interfere na sua química, provocando uma descontinuidade
em um ou mais lados do tetraedro do fogo, alertando as condições para que haja fogo.
Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados sólidos, líquidos ou gasosos. Existe uma variedade
muito grande de agentes extintores. Citaremos apenas os mais comuns, que são os que possivelmente teremos que utilizar
em caso de incêndios.

Exemplos: água, espuma (química e mecânica), gás carbônico, pó químico seco, agentes halogenados (HALON),
agentes improvisados como areia, cobertor, tampa de vasilhames, etc. Que normalmente extinguem o incêndio por
abafamento, ou seja, retiram todo o oxigênio a ser consumido pelo fogo.

Agentes extintores
Classes de incêndios Gás
Água Espuma Pó Químico seco
carbônico
A- (Madeira, papel, tecido, etc.) SIM NÃO NÃO NÃO
B- (Gasolina, álcool, ceras, tintas, etc.) NÃO SIM SIM SIM*
C- (Equipamentos e instalações elétricas
NÃO NÃO SIM SIM
energizadas).
D- (Metais Pirofóricos) NÃO NÃO SIM SIM
*Com restrição, pois há risco de reignição (se possível utilizar outro agente).
Bombeiros pelo telefone 193.

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1.3. Medidas de proteção na aplicação de agrotóxicos:

 Conhecer os procedimentos básicos de primeiros socorros

Em geral, os casos de contaminação por agrotóxicos são resultados de erros cometidos durante as etapas de transporte,
armazenamento, manuseio, aplicação, descontaminações de equipamentos, embalagens e EPI e são causados pela falta de
informações ou descuido do trabalhador. Por causa da distância das lavouras de hospitais e médicos, poderão ocorrer
demoras no atendimento do trabalhador com sintomas de intoxicação. Assim, medidas de primeiros socorros representam o
esforço imediato de auxiliar o trabalhador enquanto não se chega ao médico. Isso poderá ser feito por pessoas com
conhecimentos básicos de primeiras medidas de socorro em situações de emergência.

Toda embalagem de agrotóxico possui informações de primeiros socorros no rótulo e na bula.

 Os fabricantes de agrotóxicos disponibilizam na bula, os telefones de atendimento de emergência 24h, para


orientar os usuários.
 Procedimentos para casos de intoxicação:

1- Retire o trabalhador com sintomas de intoxicação do local ou retire a fonte de contaminação de perto dele.
2- Preste atendimento ao trabalhador de acordo com as instruções de primeiros socorros descritas no rótulo ou na
bula do produto.
3- Dê banho com água corrente e vista roupas limpas no trabalhador, levando-o imediatamente para o serviço de
saúde mais próximo.
4- Não se esqueça de mostrar a bula ou rótulo do produto ao médico ou enfermeira.
5- Ligue para o telefone de emergência do fabricante, assim que chegar ao serviço de saúde e informe os seguintes
dados: nome e idade do trabalhador, o nome do médico ou da enfermeira e o telefone do serviço de saúde, para
que o fabricante passe mais informações sobre a toxicologia do produto para o profissional de saúde que estiver
fazendo o atendimento
 Conheça os procedimentos de descontaminação da pele
1- Retire imediatamente as roupas contaminadas;
2- Verifique as recomendações de primeiros socorros no rótulo ou na bula do produto e, se não houver
contraindicação, lave com água e sabão as partes do corpo contaminadas;
3- Seque com um pano limpo;
4- Vista roupas limpas.

Precaução: Se uma grande superfície do corpo foi contaminada, o banho completo é o mais indicado, lavando bem o couro
cabeludo, atrás das orelhas, axilas, unhas e região genital.

 Procedimentos de desintoxicação dos olhos


1- Lave os olhos em caso de contato com o agrotóxico cuidadosamente com bastante água corrente e limpa,
conforme instruções constantes no rótulo ou bula do produto;
2- Encaminhe o trabalhador ao médico levando o rótulo ou bula do produto

 Procedimentos de descontaminação da via respiratória:


1- Antes de entrar em local fechado onde possa ter contaminantes (agrotóxicos) no ar ambiente, providencie a
ventilação do local (abertura de portas e janelas).
2- Ocorrendo intoxicação por inalação, leve a vítima para local fresco e ventilado e afrouxe as roupas para facilitar a
passagem do ar. Caso as roupas estejam contaminadas, retire-as.
 Procedimentos de descontaminação em casos de ingestão
1- Em casos de ingestão procurar o atendimento médico imediato.
2- Os antídotos e tratamentos somente devem ser ministrados por profissionais qualificados.
Precaução: Para provocar o vômito ou não, consultar a bula do agrotóxico usados na aplicação.

 Procedimentos para atendimento em casos graves de intoxicação


Os cuidados a serem tomados com o trabalhador gravemente intoxicado até que ele receba assistência médica
são:
• Pessoa desacordada: o trabalhador deve ser colocado deitado de lado, com a cabeça ligeiramente levantada e
mantendo as vias respiratórias desobstruídas;
• Pessoa com convulsão: cuidar para que o trabalhador não bata a cabeça;
• Pessoa com febre: umedecer com pano úmido o corpo do trabalhador para abrandar o efeito da febre.
Precaução: Para provocar o vômito ou não, consultar a bula do agrotóxico usados na aplicação

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Cartilha Orientativa de ergonomia de pé

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