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CRIVO DA RAZÃO
nº3017

GRANDE ORIENTE DO BRASIL


GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO

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Ir 1.º Vig
Ir 2.º Vig

José Bonifácio de Andrada e Silva

IrRony
CIM:291980

Orde São Paulo, SP


02 de Março 2016, EV
Patriarca da Independência
José Bonifácio de Andrada e Silva
Nascido em 13/06/1763, Santos (SP)
Morreu em 06/03/1838, Niterói (RJ)

José Bonifácio foi um estudante brilhante que se tornou filósofo,


advogado, professor, intelectual, cientista e político. Combateu
Napoleão em Portugal; foi secretário da Academia de Ciências de
Lisboa, membro das mais importantes sociedades de pesquisa da
Europa, catedrático de mineralogia em Coimbra; deputado, vice-
presidente da Província de São Paulo, ministro do Império; exilado
político, tutor do imperador Pedro 2o e articulador da independência
brasileira.
Seu nome de batismo era José Antônio de Andrada e Silva, filho de
Bonifácio José Ribeiro de Andrada com sua prima Maria Bárbara da
Silva. Aos 14 anos seu pai o enviou para São Paulo para estudar francês, lógica, retórica e
metafísica. Concluídos seus estudos na capital, José Bonifácio seguiu para o Rio, de onde
partiu, em 1783, para Portugal. Matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra e passou
a frequentar também os cursos de filosofia natural e matemática.
Em 1789, já formado em direito e filosofia, José Bonifácio foi convidado a fazer parte da
Academia de Ciências de Lisboa e graças ao interesse do governo português em formar
profissionais em mineralogia, foi um dos escolhidos para percorrer a Europa. Chegando a
Paris em 1790, Bonifácio viu o entusiasmo do povo com a Revolução e com a Declaração dos
Direitos do Homem, promulgada no ano anterior. Tornou-se membro da Sociedade
Filomática de Paris e da Sociedade de História Natural.
Seguiu para a Alemanha, em 1791, onde fez amizade com o naturalista Alexander von
Humboldt e adquiriu a fama de cientista. Na Suécia e na Noruega, descobriu e descreveu
doze novos minerais. Prosseguiu a viagem e tornou-se membro de academias científicas em
Berlim, Viena, Estocolmo, Londres e Edimburgo. Ao fim da viagem de estudos que durou dez
anos, casou-se com Narcisa Emília O'Leary, regressando a Portugal em 1800, onde passou a
lecionar em Coimbra.
Em 1808, Napoleão invadiu Portugal e a família real retirou-se para o Brasil. José Bonifácio
tornou-se um dos líderes de um movimento clandestino de libertação, o "Corpo Voluntário
Acadêmico". Como militar, ele chegou ao posto de tenente-coronel e comandou tropas de
infantaria. Quando os franceses se retiraram, Bonifácio retornou às suas funções científicas e
ligou-se à Maçonaria. Em 1817 soube da revolução de Pernambuco e da prisão de seu irmão
Antônio Carlos.
Com 56 anos de idade, José Bonifácio voltou para o Brasil com sua família. Após breve
passagem pelo Rio de Janeiro, chegou a Santos. Em Portugal, os liberais tinham realizado
uma revolução e exigiam a volta do rei e uma Constituição. Em abril de 1821, dom João 6o
voltou para Portugal, deixando dom Pedro como Regente. Antes de partir convocou
eleições, para que se formassem nas províncias as juntas governativas constitucionais. Os
presos da revolução pernambucana de 1817 foram libertados e, entre eles, Antônio Carlos

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de Andrada e Silva.
José Bonifácio foi escolhido para presidir a eleição em São Paulo e se tornou um líder
político, assumindo a vice-presidência da Junta Governativa. Quando chegou ao Brasil a
ordem para o príncipe-regente retornar à Europa, José Bonifácio enviou a dom Pedro a
exigência de que ele permanecesse no Brasil. Sua carta foi recebida a 2 de janeiro de 1822.
No dia 9, José Clemente Pereira, presidente da Câmara do Rio de Janeiro, pediu o mesmo.
Dom Pedro, sentindo-se apoiado, respondeu a Clemente Pereira: "Como é para o bem de
todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico".
José Bonifácio foi nomeado ministro do Reino e de Estrangeiros. Seu maior desafio estaria
ligado à Maçonaria. Enquanto Gonçalves Ledo exigia a convocação de uma Constituinte, José
Bonifácio preferia aguardar as iniciativas do Governo que levariam à independência. Ledo
destituiu José Bonifácio de suas funções na Maçonaria, nomeando dom Pedro para o seu
lugar. O ministro respondeu fundando o "Apostolado", com o fim de promover "a
independência do Brasil". No dia 3 de junho, a Constituinte brasileira era convocada por dom
Pedro. José Bonifácio propôs várias medidas visando a garantir a autonomia brasileira.
No final de julho de 1822, Portugal declarava o embargo de armas para o Brasil e reparava o
envio de tropas para impor respeito às suas decisões. Dom Pedro repeliu as exigências
portuguesas e José Bonifácio, procurando o apoio internacional, enviou delegados a
Londres, Paris e Washington, e fortaleceu a aliança com os governos sul-americanos, em
particular com a Argentina.
Em agosto, as decisões de Lisboa procuravam reduzir a autoridade do príncipe-regente. Em
resposta, dom Pedro formalizou a independência a 7 de setembro.
A Assembleia Constituinte iniciou seus trabalhos em maio de 1823. José Bonifácio não
confiava na Assembleia, e ainda tinha a inimizade da Marquesa de Santos. Sob pressão, dom
Pedro forçou a demissão de Bonifácio, que permaneceu na Corte para apoiar seu irmão
Antônio Carlos, também deputado, que seria o principal autor da Constituição que estava
sendo elaborada. José Bonifácio acabou subscrevendo o projeto, embora duvidasse da
capacidade dos membros da Assembleia.
Enquanto isso, em Portugal, um golpe dissolvera a Constituinte e restabelecera o domínio de
Dom João 6o. Logo surgiram rumores de uma nova união de Portugal com o Brasil.
Declarada a crise política, Pedro 1o dissolveu a Constituinte. José Bonifácio, seus irmãos e
outros deputados foram presos e deportados. Exilado no Sul da França, José Bonifácio
criticava dom Pedro 1o, que já havia declarado sua inocência, embora não o tivesse
chamado de volta.
Só em julho de 1829 José Bonifácio regressou ao País. Dom Pedro, forçado a abdicar no dia 7
de abril de 1831, deixou-o como tutor dos filhos. Os liberais, tendo à frente Feijó, então
ministro da Justiça, exigiu que a Câmara o destituísse da tutoria. O Senado rejeitou o pedido,
levando Feijó a demitir-se. No entanto, acusado de tentar promover a volta de dom Pedro
1o, com intuito de tornar este regente durante a adolescência de dom Pedro 2o, Bonifácio
foi preso em 15 de dezembro de 1833, e mandado para a Ilha de Paquetá.
Mais tarde foi absolvido, passando a residir em Niterói, onde morreu.

A INFLUÊNCIA DA MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

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A influência decisiva da Maçonaria na Independência do Brasil é um assunto pouco
comentado.
Certamente a Independência foi o produto dos esforços de diversos setores da sociedade
que viria a ser a brasileira, mas muitos dos protagonistas deste evento eram maçons
ilustres. Entre estes destacados articuladores da Independência, José Bonifácio de Andrada
de Silva, Ministro do Reino, é sem dúvida uma figura de grande importância.
O Patriarca da Independência – como ficou conhecido – foi responsável por diversos fatos
determinantes. Foi o primeiro Grão Mestre do Grande Oriente, fundada no início de 1822 no
Rio de Janeiro, e que reunia as lojas então existentes.
Meses mais tarde, em julho do mesmo ano, influencia diretamente a iniciação do próprio
Dom Pedro na maçonaria, e sua imediata elevação ao grau de Mestre Maçom.
No mês seguinte outra figura proeminente, Joaquim Gonçalves Ledo, entra decisivamente
em cena. Durante viagem do Grão Mestre José Bonifácio, o Grande Primeiro Vigilante Ledo
assume uma reunião extraordinária do Grande Oriente.
Era Ledo quem verdadeiramente refletia o sentimento popular em relação ao tema, assume
uma reunião e nesta reunião ele promoveu um discurso enérgico a favor da Independência,
colocando imediatamente em votação a proposta, que foi aprovada.
Joaquim Ledo vinha sendo o mais enérgico incentivador da Independência no meio
maçônico. Por diversas vezes encaminhou manifestos e exortações a Dom Pedro,
ressaltando os pontos positivos da conquista da soberania brasileira. Tanto é assim que o dia
20 de agosto, data da reunião que exigia a Independência, é celebrado como o dia do
maçom brasileiro.
A cópia da ata desta reunião memorável seguiu às mãos de Dom Pedro, quem leu seu
conteúdo às margens do Ipiranga naquela tarde de 7 de setembro de 1822 e, diretamente
influenciado por ela, pela inteligência de José Bonifácio e pelo entusiasmo de Joaquim Ledo,
proclamou a Independência do Brasil.

Fontes de pesquisas;
Site: SociedadeGnóstica Internacional.
Site:UOl Educação

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Rony Silvio Pereira de Souza
A.’.M.’. CIM: 291980

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