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CRIVO DA RAZÃO
nº3017
F
IL
Ven M
Ir 1.º Vig
Ir 2.º Vig
IrRony
CIM:291980
2
de Andrada e Silva.
José Bonifácio foi escolhido para presidir a eleição em São Paulo e se tornou um líder
político, assumindo a vice-presidência da Junta Governativa. Quando chegou ao Brasil a
ordem para o príncipe-regente retornar à Europa, José Bonifácio enviou a dom Pedro a
exigência de que ele permanecesse no Brasil. Sua carta foi recebida a 2 de janeiro de 1822.
No dia 9, José Clemente Pereira, presidente da Câmara do Rio de Janeiro, pediu o mesmo.
Dom Pedro, sentindo-se apoiado, respondeu a Clemente Pereira: "Como é para o bem de
todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico".
José Bonifácio foi nomeado ministro do Reino e de Estrangeiros. Seu maior desafio estaria
ligado à Maçonaria. Enquanto Gonçalves Ledo exigia a convocação de uma Constituinte, José
Bonifácio preferia aguardar as iniciativas do Governo que levariam à independência. Ledo
destituiu José Bonifácio de suas funções na Maçonaria, nomeando dom Pedro para o seu
lugar. O ministro respondeu fundando o "Apostolado", com o fim de promover "a
independência do Brasil". No dia 3 de junho, a Constituinte brasileira era convocada por dom
Pedro. José Bonifácio propôs várias medidas visando a garantir a autonomia brasileira.
No final de julho de 1822, Portugal declarava o embargo de armas para o Brasil e reparava o
envio de tropas para impor respeito às suas decisões. Dom Pedro repeliu as exigências
portuguesas e José Bonifácio, procurando o apoio internacional, enviou delegados a
Londres, Paris e Washington, e fortaleceu a aliança com os governos sul-americanos, em
particular com a Argentina.
Em agosto, as decisões de Lisboa procuravam reduzir a autoridade do príncipe-regente. Em
resposta, dom Pedro formalizou a independência a 7 de setembro.
A Assembleia Constituinte iniciou seus trabalhos em maio de 1823. José Bonifácio não
confiava na Assembleia, e ainda tinha a inimizade da Marquesa de Santos. Sob pressão, dom
Pedro forçou a demissão de Bonifácio, que permaneceu na Corte para apoiar seu irmão
Antônio Carlos, também deputado, que seria o principal autor da Constituição que estava
sendo elaborada. José Bonifácio acabou subscrevendo o projeto, embora duvidasse da
capacidade dos membros da Assembleia.
Enquanto isso, em Portugal, um golpe dissolvera a Constituinte e restabelecera o domínio de
Dom João 6o. Logo surgiram rumores de uma nova união de Portugal com o Brasil.
Declarada a crise política, Pedro 1o dissolveu a Constituinte. José Bonifácio, seus irmãos e
outros deputados foram presos e deportados. Exilado no Sul da França, José Bonifácio
criticava dom Pedro 1o, que já havia declarado sua inocência, embora não o tivesse
chamado de volta.
Só em julho de 1829 José Bonifácio regressou ao País. Dom Pedro, forçado a abdicar no dia 7
de abril de 1831, deixou-o como tutor dos filhos. Os liberais, tendo à frente Feijó, então
ministro da Justiça, exigiu que a Câmara o destituísse da tutoria. O Senado rejeitou o pedido,
levando Feijó a demitir-se. No entanto, acusado de tentar promover a volta de dom Pedro
1o, com intuito de tornar este regente durante a adolescência de dom Pedro 2o, Bonifácio
foi preso em 15 de dezembro de 1833, e mandado para a Ilha de Paquetá.
Mais tarde foi absolvido, passando a residir em Niterói, onde morreu.
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A influência decisiva da Maçonaria na Independência do Brasil é um assunto pouco
comentado.
Certamente a Independência foi o produto dos esforços de diversos setores da sociedade
que viria a ser a brasileira, mas muitos dos protagonistas deste evento eram maçons
ilustres. Entre estes destacados articuladores da Independência, José Bonifácio de Andrada
de Silva, Ministro do Reino, é sem dúvida uma figura de grande importância.
O Patriarca da Independência – como ficou conhecido – foi responsável por diversos fatos
determinantes. Foi o primeiro Grão Mestre do Grande Oriente, fundada no início de 1822 no
Rio de Janeiro, e que reunia as lojas então existentes.
Meses mais tarde, em julho do mesmo ano, influencia diretamente a iniciação do próprio
Dom Pedro na maçonaria, e sua imediata elevação ao grau de Mestre Maçom.
No mês seguinte outra figura proeminente, Joaquim Gonçalves Ledo, entra decisivamente
em cena. Durante viagem do Grão Mestre José Bonifácio, o Grande Primeiro Vigilante Ledo
assume uma reunião extraordinária do Grande Oriente.
Era Ledo quem verdadeiramente refletia o sentimento popular em relação ao tema, assume
uma reunião e nesta reunião ele promoveu um discurso enérgico a favor da Independência,
colocando imediatamente em votação a proposta, que foi aprovada.
Joaquim Ledo vinha sendo o mais enérgico incentivador da Independência no meio
maçônico. Por diversas vezes encaminhou manifestos e exortações a Dom Pedro,
ressaltando os pontos positivos da conquista da soberania brasileira. Tanto é assim que o dia
20 de agosto, data da reunião que exigia a Independência, é celebrado como o dia do
maçom brasileiro.
A cópia da ata desta reunião memorável seguiu às mãos de Dom Pedro, quem leu seu
conteúdo às margens do Ipiranga naquela tarde de 7 de setembro de 1822 e, diretamente
influenciado por ela, pela inteligência de José Bonifácio e pelo entusiasmo de Joaquim Ledo,
proclamou a Independência do Brasil.
Fontes de pesquisas;
Site: SociedadeGnóstica Internacional.
Site:UOl Educação
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Rony Silvio Pereira de Souza
A.’.M.’. CIM: 291980