Influência do silêncio cinematográfico na direção de arte e a influência
da direção de arte na produção do silêncio cinematográfico de filmes do gênero Western (faroeste).
1.1 Título
Gênero Western (Faroeste): Interação entre a direção de arte e o silêncio
cinematográfico
1.2 Resumo
Estudar o silêncio cinematográfico e suas utilizações (uso dramático,
sintático e naturalista), a direção de arte e o gênero Western (faroeste), conhecendo suas características. Após isto, perceber como o silêncio e a direção de arte interagem em filmes do gênero Western, realizando a análise de filmes (inicialmente o filme “Era uma vez no Oeste” do diretor Sergio Leone).
2. Introdução
A proposta visa estudar a direção de arte (foco em cenário e/ou figurino)
e o silêncio cinematográfico e como interagem para a realização de diferentes atmosferas e sensações (tensão, sensação de vazio, etc.) em filmes do gênero Western (faroeste), conhecendo o universo deste gênero. Inicialmente será estudado o filme “Era uma vez no Oeste” do diretor Sergio Leone, prosseguindo para a possibilidade de investigação de outros filmes deste gênero do mesmo diretor. Será verificado também a possibilidade de realizar a comparação entre esta interação estudada anteriormente, com filmes deste gênero na cultura pop (pós-moderna), buscando a análise do filme “Django Livre” de Quentin Tarantino.
3. Justificativa
A proposta pode estar vinculada à linha de pesquisa: “Análise de
produtos audiovisuais”.
Após a produção autoral do artigo: “O drama através do silêncio” e de
curta-metragem autoral (Limbo) em curso de especialização em “Cinema, vídeo e fotografia: Multimeios” na Universidade Anhembi-Morumbi, finalizada em 2014, o estudo do silêncio cinematográfico e sua influência dramática tornou-se fascinante.
Foi notado, com a produção do curta-metragem, a grande importância da
direção de arte quando em conjunto com o silêncio cinematográfico. Dar prosseguimento ao estudo do silêncio cinematográfico, porém, desta vez analisando sua influência e interação com a direção de arte, mostra-se interessante e enriquecedor.
Durante a confecção do artigo, tive a oportunidade de ter contato com o
filme “Era uma vez no Oeste” de Sérgio Leone, o que despertou ainda mais o desejo de analisar esta interação silêncio/direção de arte/gênero Western.
Em estudos preliminares, não foram encontrados outros trabalhos sobre o
silêncio e sua interação com a direção de arte em filmes do gênero Western. A partir da necessidade de compreender mais o silêncio cinematográfico e sua interação com a direção de arte, a discussão sobre o tema torna-se oportuna. A pesquisa em torno do silêncio cinematográfico colabora com o conhecimento sobre o tema, retornando de certa forma às raízes do cinema e fomentando a discussão e valorização deste recurso que pode ser ainda muito explorado no cinema, muitas vezes tornando-se mais interessante e criativo do que um diálogo.
Na pesquisa, serão retomadas então as funções dramáticas do silêncio e
será estudado de que forma o mesmo interage com a direção de arte de filmes do gênero Western. Será analisado o filme “Era uma vez no Oeste” de Sergio Leone e durante o estudo, será analisado a possibilidade de investigação de outros filmes do diretor. É pretendido estudar esta interação dos elementos citados anteriormente com a interação realizada em filmes do mesmo gênero da cultura pop (pós-moderna).
A referência bibliográfica já utilizada no estudo do artigo “O drama
através do silêncio” e que procurarei utilizar nesta pesquisa, dando continuidade ao trabalho anteriormente realizado, têm como principais autores: Ken Dacynger, Luiz Adelmo Fernandes Manzano, Marcel Martin e Ángel Rodríguez (ver item bibliografia).
Foi estudado a transição do cinema mudo para o cinema sonoro e sua
influência na montagem, assim como as utilizações do silêncio: uso dramático, sintático e naturalista, e sua interação com a trilha Sonora.
Além do aprofundamento neste estudo já realizado, serão buscados
autores que embasem a direção de arte e o gênero Western e suas características. Serão pesquisados materiais sobre o silêncio utilizado no gênero Terror também, pois o silêncio é um recurso muito utilizado neste gênero como elemento importante para a criação de tensão, o que também é muito utilizado no Western. 4. Objetivo
Objetivo geral: Estudar a interação entre o silêncio cinematográfico e a
direção de arte no gênero Western (faroeste).
Objetivos específicos: Discutir as funções do silêncio aplicadas no
gênero e como o silêncio interage e influencia a direção de arte , bem como a direção de arte influencia o silêncio qualitativamente, analisando filmes do gênero.
Comparar a utilização da direção de arte/silêncio com os filmes da
cultura pop (pós-moderno) de mesmo gênero.
5. Metodologia
Etapa 1: Estudar as utilizações do silêncio no cinema;
Etapa 2: Estudar e realizar um paralelo com a utilização do silêncio no
Terror;
Etapa 3: Estudar os princípios da direção de arte e a viabilidade de
realizar o estudo sobre a direção de arte ou fazer um recorte dentro da direção de arte (exemplo: Cenografia);
Etapa 4: Estudar a direção de arte no gênero Western;
Etapa 5: Estudar a direção de arte na produção do silêncio
cinematográfico;
Etapa 6: Estudar a direção de arte na produção do silêncio
cinematográfico no gênero Western;
Etapa 7: Analisar o filme: “Era uma vez no Oeste” de Sergio Leone;
Etapa 8: Analisar outros filmes do diretor em que seja interessante a
aplicação do silêncio com influência na direção de arte;
Etapa 9: Verificar a possibilidade de comparação com a cultura pop (pós-
moderna) do gênero através da análise do filme Django Livre de Quentin Tarantino.
6. Bibliografia
ANDRADE, Mário de.Pequena História da Música. Belo Horizonte:
Kubrickhttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Stanley Kubrick. Estados Unidos: Metro-Goldwyn-Mayer. 1968. 1 DVD (142 min.).
Era uma vez no Oeste. Direção: Sergio
Leonehttp://www.imdb.com/name/nm0001466/?ref_=nv_sr_1. Produção: Sergio Leone. Estados Unidos: Paramount Pictures. 1968. 1 DVD (175 min.).
A Dama de Xangai. Direção: Orson
Welleshttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Orson Welles. Estados Unidos: Columbia Pictures. 1947. 1 DVD (87 min.).
Aplausos. Direção: Rouben
Mamoulianhttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Monta Bell. Estados Unidos: Paramount Pictures. 1930. 1 DVD (92 min.).
Apocalipse Now. Direção: Francis Ford
Coppolahttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Francis Ford Coppola. Estados Unidos: United Artists. 1979. 1 DVD (153 min.).
Capote. Direção: Bennett
Millerhttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Caroline Baron, William Vince&Michael Ohoven. Estados Unidos: Sony Pictures Classics. 2005. 1 DVD (114 min.).
Cargo. Direção: Ben Howling & Yolanda Ramke. Produção: Ben
Howling, Yolanda Ramke, Marcus Newman & Daniel Foeldes. Austrália: Dreaming Tree Productions, 2013. Online (7 min.). Disponível em: <http://vimeo.com/56629974>. Acessado em: 03/nov/2013. Chantagem e Confissão. Direção: Alfred Hitchcockhttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: John Maxwell. Inglaterra: British International Pictures (BIP), 1929. 1 DVD (92 min.).
Confissões de uma Mente Perigosa. Direção: George
Clooneyhttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Andrew Lazar. Estados Unidos: Miramax Films, 2002. 1 DVD (113 min.).
King Kong. Direção: Merian C. Cooper&Ernest B.
Schoedsackhttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Merian C. Cooper, Ernest B. Schoedsack &David O. Selznick. Estados Unidos: RKO Radio Pictures, 1933. 1 DVD (100 min.).
O Cantor de Jazz. Direção: Alan Crosland. Produção: Warner Bros.
Estados Unidos: Warner Bros., 1927. 1 DVD (92 min.).
O Homem que Sabia demais. Direção: Jack
Claytonhttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Jack Clayton. Inglaterra: 20th Century Fox, 1961. 1 DVD (100 min.).
O que Eu Fiz para Merecer Isso. Direção: Pedro
Almodóvarhttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Cinevista. Espanha: Kaktus Producciones Cinematográficas & Tesauro S.A., 1984. 1 DVD (101 min.). Os Inocentes Jack Clayton. Direção: Alfred Hitchcockhttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Alfred Hitchcock. Estados Unidos: Paramount Pictures, 1956. 1 DVD (120 min.).
Os Melhores Anos de Nossas Vidas. Direção: William
Wylerhttp://www.imdb.com/name/nm0189076/?ref_=tt_ov_dr. Produção: Samuel Goldwyn. Estados Unidos: Samuel Goldwyn Company, The, 1946. 1 DVD (172 min.).
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