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A LENDA DO VELHO CRUZEIRO

Conta a lenda que um certo Sr. Eugênio, sonhou com um homem alto, que usava chapéu e
vestia-se todo de branco, estava em pé junto a um rio. O ¨homem de branco¨ disse-lhe:
- Conheço um lugar no norte onde existe um tesouro enterrado, encontra-o e te tornarás rico! O
lugar tem o nome de um pássaro.
Em seguida mostrou-lhe a propriedade da Quinta Carmita: uma árvore de croto, uma forte de
água, um casarão, uma cruz o cruzeiro...e apontando para o cruzeiro disse:
- Aqui está enterrado o tesouro , este é o sinal.
O Seu Eugênio não deu muita importância para o sonho. Passado o tempo, desempregado,
veio para o norte tentar a sorte. Na viagem conheceu o Sr. Marcelino, fazendo amizade com ele
descobriu que morava no Maguary (nome de pássaro), ficou intrigado. Seu Marcelino ofereceu-lhe
trabalho.
Chegando a seu destino, o homem ficou espantado! Era tudo igualzinho ao sonho.
Certa noite, tomado de um impulso, aproximou-se do local descrito como sinal pelo homem de
branco, mas ficou temeroso em ser descoberto e também por não ser filho do Maguary, receava que
o povo do local o acusa-se de ter ido lá roubar o tesouro, não desenterrou.
Conta-se que o Seu Eugenio passou a ter pesadelos com o homem de branco, enlouqueceu e,
misteriosamente, desapareceu.
O local é considerado assombrado pois acredita-se que o homem de banco continua lá a
espera de alguém que possa desenterrar o tesouro.

Lenda extraída do livro

Pensando em preservar a história e o patrimônio cultural de Ananindeua surge o Projeto


Ananin, que em parceria com a Escola Madre Celeste, em 2003, criaram uma música intitulada ¨O
Homem de Branco¨, que conta exatamente a lenda acima, cantada e coreografada pelo também
parceiro Grupo Parananin.
O HOMEM DE BRANCO

Preste atenção minha gente


Coisas que vou contá
Fala de Ananindeua
Município do nosso Pará.
Refrão
São causos contos e lendas
Coisas de arrepiar (2X).
Um dia um certo homem
Dormindo pos-se a sonhar
Sonhou com o homem de branco
Dizia como enricar.
Mostrou-lhe o Velho Cruzeiro
Mostrou o rio Maguari
A casa da Quinta Carmita
O tesouro que havia ali.
Acordou então o homem
Sem do sonho se alembrá
Veio parar no norte
No norte veio trabaiá.
Que surpresa que espanto
No momento de chegá
Virge minha nossa senhora
A coisa todinha tá lá
Tomado de um impulso
Ele foi desinterrá
Faltou-lhe aquela coragem
Não era daquele lugar.
Foi assim que aquele homem
Sem sossego sumiu de lá
E o Homem de Branco
Espera você chegá.

Lúcia Araújo – Coordenadora do Projeto Ananin

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