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Prólogo

A tela permanece escura por algum tempo, até que uma voz, ao fundo, começa a contar
uma história.
Narração
Há exatos vinte anos, uma catástrofe alcançou as terras do reino de Veyham. O que era
antes uma vastidão verdejante, com árvores gigantes em grandes florestas à perder de
vista, e lagos de águas tão cristalinas como uma magnífica ágata; Tornou-se da noite para o
dia uma imensidão estéril, fétida e sem cor. A energia mágica que era abundante no reino
passou a ser escassa, tornando-se rapidamente propriedade de quem antes já tinha muito
poder, como os grandes reis, burgueses e sábios, valendo muito mais do que terras e
palácios. E em seguida, veio a peste.

Capítulo 01: O Anão e o Mago

O Episódio se inicia com o protagonista, Rainhold, o anão. Ele está caminhando por uma
vila localizada no que parece ser o meio de um deserto. Ele passa na frente de um tipo de
sacerdote, que diz:
Sacerdote
O fim está se aproximando! Atentem-se todos à minha voz, pois eu falo por Amazon, a
deusa das florestas! Arrependam-se, para que assim como eu, sejam salvos pela grande e
piedosa misericórdia de…

O anão se distancia do padre aos poucos, até não vê-lo nem ouvi-lo mais. Ele também
passa na frente de um homem que parece doente, que está pedindo esmolas.

Homem
Por favor, senhor… Uma moeda?
O anão suspira antes de prosseguir, e acaba voltando e doando uma moeda para o homem.
Homem
Obrigado, senhor. É muito caridoso.
Rain
Disponha. Eu gostaria de lhe perguntar algo, se não se importar.
Homem
Ah, eu não-
Rain
Sabe onde eu posso encontrar magia nesta cidade?
Homem
Cacete, nem me deixou responder. Magia? Ah, pequeno homem… Creio que terá
dificuldades em encontrá-la em qualquer lugar.
Rain
...entendo. Obrigado, de qualquer forma.

Ele se prepara para ir embora, mas o homem o chama antes que ele vá.
Homem
Contudo… Se bem me lembro, foi enviado da capital um mago, curandeiro. Dizem que o rei
o está fazendo cuidar dos atingidos pela peste. Se os boatos forem verdade, pode encontrar
alguma magia sendo feita lá. É perto da fonte, na praça principal.
Rain
É alguma coisa. Obrigado, senhor. Mas… Se me permite, posso lhe fazer outra pergunta?
Homem
Ora, mas é cla-
Rain
Porque não vais tu em busca da própria cura também?
Homem
Carambolas, de novo isso. Ainda que quisesse, eu não posso mais caminhar; E mesmo que
pudesse, de pouco valeria. Perdi minha esposa e filhas para a peste. Agora, meus únicos
bens são este chão, e a cachaça que compro com as moedas que caem nele próximas a
mim, sempre que o vendedor aparece. E claro, a boa morte, assim que ela chegar.
Rain
Eu sinto muito.
Homem
Não sinta, garoto. Deixe para os velhos moribundos sentirem muito. Vá e faça o que tem
que fazer enquanto pode.
O Anão assente, e se afasta.
Homem
Ahn… Na verdade, talvez eu pudesse mesmo arrumar um emprego, ou sei lá. Ei garoto?
Tem como me ajudar a chegar até a pra… Garoto? Ah, você já foi. Claro. suspiro. Meu
deus, eu sou burro pra caramba.

Cena II - Ext. Dia - Praça principal da vila

Logo que Rainhold chega na praça, ele vê que há uma grande comoção no ambiente, por
algum motivo. As pessoas estão fazendo um tipo de cerco à uma briga que parece
acontecer.
Rain
O que está acontecendo?
Cidadão
Uma gangue de bandidos vai tentar matar o mago. Querem roubar a relíquia dele.
Rainhold
São quatro. Isso não é meio injusto?
Cidadão
Você definitivamente não conhece aquele mago. Apenas observe.

A cena avança alguns metros á frente, onde Task está sendo cercado pelos bandidos.

Bandido
Se você só entregar sua relíquia, a gente deixa você se livrar, garotinho.
Bandido
É, pode crer. Ninguém precisa se machucar, é só liberar a esfera.

Bandido
Aí, seu zé ruela! Tô falando contigo! Deixa os outros falando sozinho não, mó falta de
educação, desrespeito com meu trabalho aqui, pô.

Bandido
Ah, que se dane, cara ignorante. Matem ele.

Os bandidos se preparam para avançar, e nesse momento, uma onda de água parte de
Task. Ela toma uma forma como a de uma criatura, que ataca os bandidos e os derrota
facilmente. Um deles ainda fica vivo, o líder. Task chega perto dele e o pega pelo pescoço,
dizendo;
Task
Você, comandante desse exército de porcos! Diga pra sua laia não pisar mais aqui nesse
lugar. Enquanto eu, Task, terceiro filho do rei estiver aqui, a justiça será feita.
Bandido
Tu fala demais, moleque.

O Bandido crava uma faca na barriga de Task, o fazendo soltá-lo. Ele ergue a lâmina,
pronto pra matar o garoto, mas um machado voador se crava em sua nuca com potência, e
ele cai morto no chão. Rainhold se aproxima, tirando o machado da cabeça do bandido e o
colocando nas costas.
Rain
Bom dia, filho do rei. Eu sou Rainhold. Precisamos conversar.

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