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PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FACHADA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO PE-4.9 02

1. OBJETIVO
O objetivo desse procedimento é padronizar e determinar critérios para execução, monitoramento e
inspeção de serviços de parede pré-moldada de concreto em fachada.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Este procedimento é aplicável às obras da Tegra Incorporadora.

3. CONDIÇÕES PARA O INÍCIO DOS SERVIÇOS


3.1 PRÉ-REQUISITOS
✓ Compatibilidade dos projetos de estrutura, arquitetura e instalações especiais;
✓ Estrutura livre de pregos, madeiras, arames ou outras sujeiras provenientes da execução da estrutura;
✓ Locação e liberação dos eixos topográficos da estrutura;
✓ Local definido para descarregamento dos materiais (painéis pré-moldados) e local para estocagem dos
painéis pré-moldados;
✓ Verificar a necessidade junto ao projetista de estrutura a necessidade de reforço de laje ou manter
escoramento da laje no local que receberá o transporte (carreta) para descarga dos materiais e o local
reservado para armazenamento das placas caso sejam armazenadas sobre laje;
✓ Projetos de proteções coletivas compatibilizado com a ordem de execução dos serviços;
✓ Projetos de vedações compatibilizados com o sistema de fachada;
✓ Local de trabalho limpo, organizado e liberado.

3.2 REQUISITOS GERAIS


✓ Equipamentos e ferramentas liberados para uso;
✓ Equipamentos de inspeção e monitoramento aferidos;
✓ Equipamentos críticos da Obra com a sua manutenção periódica em dia;
✓ Equipamentos operados por pessoal treinado e apto;
✓ Projetos da obra disponíveis e na última versão;
✓ Desvios deste procedimento detectados, registrados e monitorados;
✓ Materiais críticos inspecionados e controlados desde o recebimento até sua utilização final;
✓ Resíduos gerados armazenados e destinados conforme PGRCC (Plano de Gerenciamento de Resíduos
da Construção Civil);
✓ Produtos não conforme segregados e identificados, para evitar o uso não intencional;
✓ Treinamento da equipe TEGRA e terceiros no procedimento.

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4. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS MATERIAIS


✓ Dispositivo de fixação (Inserts);
✓ Painéis pré-moldados de concreto;
✓ Tarucel;
✓ Silicone / PU.

5. EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
✓ Grua ou Guindastes com capacidade de carga de acordo com o peso dos painéis e abrangência em todo
perímetro de fachada;
✓ Andaime;
✓ Furadeira;
✓ Martelete;
✓ Aparelho de nível à laser;
✓ Máquina de solda;
✓ Cintas para içamento;
✓ Cabo de aço;
✓ Trena metálica;
✓ Esquadro;
✓ Linha de nylon;
✓ Talha/Tirfor;
✓ Régua de Alumínio de 2m.

6. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO


✓ Atualizar PGR, PAE e LPR de acordo com a fase da obra;
✓ Realizar PDST conforme P-SST-05, OTS conforme P-SST-06 para atividade de médio e alto risco,
realizar IGS conforme P-SST-07;
✓ Realizar instalações do canteiro conforme MA-OBR-01;
✓ Contratar fornecedores em acordo e atendimento do P-SST-04;
✓ Proteções, isolamento periférico, sinalização de aberturas no piso, ambiente de trabalho e demais
proteções coletivas, conforme P-SST-22;
✓ Instalação de guarda-corpo em locais com risco de queda – Conforme P-SST-22;

✓ Aterramento das instalações elétricas, tapume, containers, grua, cremalheira, máquinas e


equipamentos - Conforme MA-SST-04;
✓ Realizar APR (Análise Preliminar de Risco) antes de iniciar as atividades conforme P-SST-03;
✓ Liberação de máquinas e equipamentos – conforme P-SST-19;

✓ Realizar trabalho em altura conforme – P-SST-18;

✓ EPIs básicos: Bota de segurança, capacete com jugular, luva, protetor auricular tipo concha para
pistola máquinas rotativas, óculos de proteção, máscara de proteção, uniforme, cinto de segurança
com talabarte, trava quedas, protetor solar – conforme Manual SST-01;

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✓ Instalação de escadas definitivas e/ou individual, andaimes conforme P-SST-22;


✓ Instalar linha de vida e/ou sistema de ancoragem (provisório e/ou definitivo) conforme P-SST-22;
Instalar extintores conforme PAE da obra.

7. PLANEJAMENTO E MÉTODO EXECUTIVO


7.1. PLANEJAMENTO DA MONTAGEM DOS PAINÉIS
Planejar a sequência de carregamento de painéis em função da sequência de montagem da obra.
Também se deve planejar a sequência do carregamento dos painéis nas carretas.
Planejar a sequência de montagem da obra, de acordo com o cronograma definido. A montagem
deve seguir uma sequência definida entre o fornecedor e a Tegra. Priorizar o fechamento dos andares em
anéis (por pavimento) facilitando a segurança dos colaboradores através do fechamento periférico da torre,
liberando o pavimento para os serviços sucessores, além de evitar gastos com proteções metálicas.
Verificar o local onde a carreta será estacionada. A carreta deve ficar distante de cabos aéreos de
energia existentes na rua, evitando- se contato com o cabo da grua. A sinalização do local de estocagem
será isolada, através do uso de tapumes ou telas e sinalizada através de placas padrão de advertência com
os dizeres similares a “PERIGO – não entre – somente pessoas autorizadas”. A sinalização será executada
pelo sinaleiro do fornecedor. Caso o local onde irá receber a(s) carreta(s) e o armazenamento das placas
seja feito sobre laje, deve ser previamente validado com o projetista de estruturas por conta da carga da(s)
mesma(s).
A especificação de acessórios utilizados para içamento de todos os painéis: 01 par de manilhas
para 3 toneladas cada e cabos de aço com 2 pernas com olhal e diâmetro 7/8” com comprimento de 6
metros.
O sinaleiro após isolar e sinalizar a área de descarga irá prender os cabos nas placas a serem
içadas, através do uso manilhas. Caso necessário, devido à altura da peça o mesmo utilizará uma escada
móvel apoiada na própria peça. Os painéis restantes na carreta deverão estar amarrados entre eles ou no
cavalete, evitando o tombamento dos painéis.
Para a montagem dos painéis devem ser previstos junto aos fornecedores de proteções coletivas
projetos de proteções coletivas compatíveis com o sistema construtivo, prevendo a colocação de redes piso
a piso seccionadas de acordo com a modulação dos painéis, evitando gastos e retrabalhos excessivos
devido a retirada da rede piso a piso do pavimento inteiro no momento da instalação do painel e instalar a
proteção metálica em todo perímetro até futura instalação dos demais painéis do pavimento, usualmente
as redes piso a piso são instaladas através de cordas circundando o pavimento completo, sistema não
compatível com a montagem dos painéis pré-moldados.
Também prever junto ao fornecedor de linhas de vida, postes invertidos linha de vida de
aproximadamente 80cm com cabos de aço passando por todo o perímetro de instalação dos painéis, para
a ancoragem dos funcionários no momento da instalação dos painéis visto que foi retirada a rede piso a
piso do trecho de instalação. Sugere-se que sejam utilizadas as mesmas passagens dos postes de linha de
vida utilizadas na execução da estrutura. Poste de linha de vida invertido conforme imagem abaixo:

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Figura 1 -Poste invertido de linha de vida

Nos casos em que os equipamentos (Grua e Cremalheira) serão estaiados na estrutura do prédio,
deve ser previsto que essa fixação seja feita de forma a não atrapalhar a montagem dos painéis. A
cremalheira permanece após a saída da Grua, e o içamento dos painéis são feitos pela Grua, por isso não
se deve deixar prumadas de painéis da fachada sem fazer como recorrentemente é feito em fachadas
convencionais (Argamassadas).
Este estaiamento não deve ser executado nas vigas de borda ou na beira da laje (em caso de lajes
planas), devem ser fixadas nas lajes com distanciamento suficiente para a montagem do painel, conforme
exemplo abaixo:

Figura 2 - Exemplo de estaiamento sem interferências na montagem dos painéis

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OBS.: Estaiamento deve ser validado com o projetista de estrutura.

Nos ambientes que contenham esquadrias de alumínio e o fechamento externo seja feito em painéis
pré-moldados, os contramarcos devem vir chumbados nos painéis ou até mesmo com o caixilho já
instalado, para isso é necessário o alinhamento prévio (Antes do início da fabricação dos painéis) entre a
equipe da obra, da empresa responsável pela fabricação dos painéis e a empresa fornecedora das
esquadrias de alumínio, para que seja programado as datas de entrega dos contramarcos na fábrica dos
painéis e se aplicável das esquadrias, para que sejam englobadas na produção dos painéis, não sendo
possível um posterior chumbamento do contramarco.
A liberação de fabricação dos painéis com os contramarcos e/ou caixilhos deve ser feita em conjunto
com a equipe de projetos, garantindo que os projetos de arquitetura, detalhamento de esquadrias e projeto
técnico de caixilhos estejam compatibilizados, para que não haja divergência de medidas e especificações
entre as disciplinas, e verificado também pela obra, verificando os projetos dos painéis antes do início da
fabricação, garantindo que estejam com os vãos corretos.
Nos casos em que os painéis venham com os caixilhos instalados, deve ser prevista uma proteção
especial do painel na região do caixilho, para que as esquadrias não cheguem na obra com vidros
quebrados, arranhões, amaçados ou quaisquer danos.

7.2. INSERTS METÁLICOS

Para a execução da fachada em painéis pré-moldados o processo executivo deve ser iniciado no
momento de execução da estrutura, deixando previamente locados e fixados nos sistemas de formas e
armação da estrutura nas diversas etapas, antes da concretagem do pavimento para a futura fixação do
painel pré-moldado de acordo com o sistema de fixação especificado em projeto.
Os inserts variam em sua funcionalidade, entre contraventamento e gravidade. Também possuem
diferentes tamanhos e locais de fixação:
• Na estrutura, ou seja, laje, viga e pilar;
• Na ligação, presente nas cantoneiras, porcas e arruelas;
• Nos próprios painéis.

Em todos os casos, são usados aço cortem (SAC3000), escolhido por conta do processo de oxidação
superficial logo após sua exposição ao ambiente e pela longa durabilidade.

Tudo isso é usualmente chamado de “sistema” para a fixação dos painéis e variam entre parafusos,
gravidade e solda, conectando, assim, os inserts da estrutura com os previamente fixados no painel. Todo
o processo ocorre seguindo um projeto específico desenvolvido pela empresa responsável pela fabricação
dos painéis.
A locação dos inserts é feita em 2 etapas:

1) Na armação dos pilares, antes do fechamento da forma;


2) No fundo das vigas e beira da laje, antes da concretagem.

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Sugere-se que essa locação seja feita pela empresa responsável pela instalação dos painéis da fachada.

Figura 3 - solda e cantoneira Figura 4 - Parafuso e gravidade

7.3. IÇAMENTO
Quando o painel se aproximar da estrutura, o montador que se encontra no local onde a peça será
instalada, irá controlar a placa com o gancho/haste para evitar que o painel se choque com a estrutura; o
painel será preso a um Tirfor e/ou uma talha através de um cabo de aço ou gancho, que estará instalado
e amarrado ao pilar ou viga, melhor posicionado em relação ao painel.
Nesta etapa, a comunicação com operador da grua será feita pelo encarregado ou montador
qualificado da equipe, que é habilitado para tal atividade, e que estará posicionado próximo à área de
montagem, com melhor visualização do painel. O Tirfor será utilizado para puxar o painel horizontalmente,
enquanto a talha é responsável pela movimentação vertical e ambos servem para depositá-lo sobre a
estrutura da edificação, sendo esta atividade executada pelo montador ou soldador.

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Figura 5- Talha Figura 6 - Tirfor

Abaixo segue exemplo do içamento da grua junto com a área de descarga:

Figura 7 – Plano de içamento

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7.4. ARMAZENAMENTO DOS PAINÉIS


Além do trecho de descarga, será necessário deixar um espaço reservado para deixar um estoque
de painéis como um “pulmão”, validando as cargas com o projetista para analisar se o trecho deverá ser
reforçado ou não. Em caso de estocagem de painéis na obra, o mesmo deverá ser em cavaletes e /ou
varais adequados, conforme determinação do fornecedor.
Abaixo segue um exemplo de armazenamento de materiais dos painéis de pré-moldados:

Figura 8 – Armazenamento

7.5. LOCAÇÃO DOS PAINÉIS


Após a retirada do escoramento, limpeza e tratamento, o pavimento está liberado para a locação
dos painéis. A locação é feita com o teodolito e utiliza a cota disponibilizada pela obra como referência. A
marcação é feita na laje, seguindo as medidas conforme projeto fornecido pela empresa que executa a
fachada. Cabe à equipe da obra conferir se os eixos dispostos estão locados corretamente.

7.6. EXECUÇÃO DA MONTAGEM DOS PAINÉIS


Após o depósito do painel na laje, o mesmo será nivelado através do ajuste dos parafusos
niveladores e/ou calços metálicos, verificando as cotas absolutas da estrutura com aparelho topográfico
(nível óptico). Caso o painel forme vão de janela com os painéis adjacentes, checar o vão com gabarito,
de acordo com dimensões do projeto.
Checar o prumo do painel em sua face externa utilizando o prumo de face e as marcações
topográficas. Com o painel em posição correta (posicionamento, nivelamento e prumo), o soldador irá
soldar parcialmente o painel fazendo pequenos cordões de solda nos sistemas de fixação para liberar a
grua. A grua então é liberada pelo montador soltando as manilhas.
Para execução das soldagens na parte inferior do painel (contraventamento), serão utilizados meios
auxiliares de acesso, sendo, andaimes, plataformas ou escadas de alumínio e/ou fibra. Concluir a soldagem
dos sistemas respeitando a espessura e o comprimento dos cordões de solda, conforme indicado no projeto.
Com o picão e escova de aço, limpar a solda para verificação da qualidade da solda.

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Figura 9 – Execução de solda

Depois de concluída a soldagem, retirar o tirfor/talha que ainda está preso à peça e preparar o local
de instalação da próxima peça. Os modelos de tirfor utilizados para montagem são: Berg Steel, Cidam,
Koch e GS1600, 800quilos ou similares. Pontear as porcas para evitar uma eventual movimentação da
mesma e deve-se cortar os cabos de içamentos presentes nos painéis.

7.7 SERVIÇOS POSTERIORES


7.7.1 CALAFETAÇÃO
Após a instalação das placas pré-moldadas nos pavimentos, deve ser feita a calafetação
(fechamento das juntas), com tarucel e silicone estrutural. Os materiais utilizados para a calafetação das
frestas entre as placas devem ter propriedades flexíveis, devido à trabalhabilidade das placas e exposição
ao ambiente. A vedação é dividida em duas etapas:

a. Painéis Internos
b. Painéis Externos

Para os painéis internos, a vedação deve ser feita logo após a instalação, para garantir a
continuidade dos serviços sucessores.
Para os painéis externos, a vedação deve ser iniciada após o fim da estrutura da torre por questões
de segurança, pois a vedação é feita através do uso de “cadeirinha”, que usualmente é fixada na última
laje, na face externa do edifício.
Após finalização da vedação são feitos ensaios de absorção de água conforme a norma NBR 6124.

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Figura 10 - Calafetação

7.7.2 COMPARTIMENTAÇÃO

Outro ponto importante para ser mencionado, é a compartimentação dos painéis, necessária para
a aprovação do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). De acordo com a NBR 14432:2001
devemos atender um tempo mínimo de 120 minutos de resistência ao fogo em edifícios residenciais com
mais de 80 metros de altura e os ambientes devem ser compartimentados para que não haja propagação
do fogo. Isso pode ser obtido através da aplicação de lã de rocha e um selante antifogo para juntas, CFS-
SP WB vermelho.

Retirado da IT-09/2019, do Corpo de Bombeiros

Figura 11 - Compartimentação

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7.7.3 SISTEMA DE VEDAÇÃO


Os painéis de concreto pré-moldados não são acabados internamente e não seria possível a
utilização dos painéis para vedação interna devido ao vão deixado entre o painel e a estrutura, devido a
essa situação usualmente é utilizada a vedação nas partes internas dos painéis em um sistema misto de
placas coladas e o sistema de “contra parede” estruturado, especificação das placas e dos perfis devem ser
de acordo com projeto específico.
Devem ser previstos nos projetos dos painéis e na fabricação dos painéis uma “aba” de
aproximadamente 3cm de espessura para o encontro das chapas com o vão das esquadrias presentes nos
painéis, para que não seja necessária a utilização de cantoneiras de acabamentos nesses encontros, que
serão cobertos pela guarnição da esquadria, conforme imagem abaixo:

Figura 12 - Exemplo de projetos dos painéis pré-moldados

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Figura 13 - Planta ilustrativa do encontro das esquadrias com as abas e com as vedações

Deve-se atentar as interferências dos painéis de terraços, chamados “testeiras”, pois


recorrentemente são necessárias a utilização de fechamento verticais para vedar o encontro das “testeiras”
com as vigas de borda e/ou lajes em caso de lajes planas, no encontro das placas com o painel também
são utilizados perfis “T” de acabamento, conforme imagem a seguir:

Figura 14 - Exemplo de fechamento vertical das “testeiras” nos terraços

OBS: As especificações das tipologias das placas devem ser verificadas em projetos específicos.

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7.7.4 FURAÇÕES
As instalações que tenha interferências com a fachada, devem ser compatibilizadas no momento
da concepção do projeto dois painéis, para que no momento da produção sejam deixados os passantes
para a passagem das instalações. Importante que a equipe de obra verifique nos projetos dos painéis as
dimensões e as locações das furações para a liberação da produção, para que não haja furações na obra,
visto que o painel é feito em concreto armado, podendo prejudicar o desempenho estrutural do painel.
Abaixo exemplo dos projetos compatibilizados para liberação da produção:

Figura 15 - Projeto de elevação dos painéis com previsão de furações

Figura 16 - Projeto de elevação de arquitetura com as previsões de furações

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Figura 17 - Planta de hidráulica com a previsão de aquecedores de passagem para a fachada

No momento do posicionamento dos painéis na fachada, é importante que seja conferida a


coincidência dos furos deixados nas vigas com as furações dos painéis, para que não haja grande variações
entre os furos.

7.7.5 FORROS
Nos ambientes que tenha encontro dos painéis com forros, é necessário que seja previsto a
execução de forros de gesso tabicados, para que não haja a presença de fissuras ou trincas, devido a
movimentação dos painéis em relação a estrutura e vedações externas. Geralmente esse encontro ocorre
nos terraços, onde alguns painéis avançam para dentro do ambiente.

7.8. LIMPEZA E REPAROS


Simultaneamente à vedação das juntas externas, são feitos os reparos necessários nos painéis.
São usados os mesmos materiais utilizados para o traço do concreto (sem brita) nos pontos que
necessitarem de reparos, para que não haja divergências entre as cores da massa de reparo com as
respectivas cores dos painéis.

Quando finalizados os serviços finais nos apartamentos (principalmente a pintura), pode ser iniciada
a lavagem dos painéis internos, geralmente nos terraços, caso haja. A lavagem é feita por uma empresa
especializada, e é utilizado um produto específico: o ácido clorídrico (pode ser encontrado em casas de
materiais de construção). Em casos mais “extremos”, onde o reparo e a lavagem não são suficientes para
o acabamento do painel, a alternativa é usar um jato de areia pontualmente para refazer a porosidade e
uniformidade do acabamento final.

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7.9. PROTÓTIPO
Deve ser prevista a realização de painéis protótipos para a validação das cores e acabamento de
superfície (granulometria) junto a Incorporação (departamento de produto).

Figura 18 – Protótipo

7.10. ENSAIOS
Ensaios a serem realizados listados abaixo devem ser validados com o consultor:

✓ Ensaio de choque térmico e estanqueidade;


✓ Determinação de isolamento sonoro;
✓ Ensaio de resistência ao fogo;
✓ Ensaio de acústica;
✓ Ensaio de água para amassamento do concreto;
✓ Ensaio de verificação da qualidade de solda das peças de fixação por meio de líquido penetrante em
todas as soldas necessárias, de acordo com a orientação da empresa responsável pelo projeto dos
painéis;
✓ Avaliação da resistência à compressão do painel de acordo com a NBR 12655. A avaliação é feita em
todos os painéis nas idades de três, sete e 28 dias.

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8 VERIFICAÇÃO E LIBERAÇÃO
✓ Conforme descrito na FVS deste procedimento.

9 REGISTROS
✓ FVS-4.9 – Estrutura pré-moldada de concreto.

10 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
✓ NBR 9062 – Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado;
✓ NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto
✓ NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.
✓ NBR ISO 9001 - Sistema de Gestão da Qualidade – Requisitos;
✓ SiAC PBQP-H - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat;
✓ P-OBR-07 - Anexo 1 – Especificação de Materiais;
✓ Contrato com o fornecedor.

11 CONTROLE DE REVISÃO
REVISÃO DATA DESCRIÇÃO DA REVISÃO

00 21/10/2019 Emissão Inicial

01 18/09/2020 Revisão geral do procedimento

02 10/06/2022 Revisão geral do procedimento

12 CONTROLE DE APROVAÇÃO
CONTROLE DE ELABORAÇÃO

Elaborado por Wesley Soares Nobre – Trainee Obra

Analisado por Susanny Vieira da Silva – Analista de Qualidade

Analisado por Celyane Fernandes da Silva - Analista Qualidade

CONTROLE DE APROVAÇÃO

Aprovado por Bruno Henrique Silva – Gerente Geral de Obra

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ANEXO I – MAPEAMENTO DOS RISCOS DE SEGURANÇA

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