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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

CAMPUS LARANJEIRAS DO SUL


CURSO INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO DO CAMPO: CIÊNCIAS
NATURAIS, MATEMÁTICA E CIÊNCIAS AGRÁRIAS - LICENCIATURA.

MAICON DEIVITI ROSA PADILHA

UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA USANDO O SOFTWARE

TRACKER

LARANJEIRAS DO SUL - PR

2018
MAICON DEIVITI ROSA PADILHA

UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA USANDO O SOFTWARE

TRACKER

Trabalho de conclusão de curso de


graduação apresentado à Universidade
Federal da Fronteira Sul (UFFS) como
requisito parcial para obtenção de grau de
licenciada em Interdisciplinar em Educação
do Campo - Ciências Naturais, Matemática e
Ciências Agrárias – Licenciatura.

Orientador: Prof. Dr. Wanderson Gonçalves Wanzeller

LARANJEIRAS DO SUL

2018
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, por ter me conceder saúde e perseverança


para poder estar concluindo o curso de graduação e obter o título de professora.
Agradeço em especial minha esposa Vanessa, pelo apoio incondicional, pelos
momentos inesquecíveis de incentivos, e principalmente pela compreensão e
confiança em vários momentos em que se privou de minha companhia. Você foi
fundamental para que esta conquista fosse alcançada.
Agradecimento em especial aos meus pais, Adão e Terezinha por sempre
estarem ao meu lado, pelos incentivos para iniciar uma graduação, e por darem
suporte ao todos os momentos, tanto nos de alegria quanto nos de tristeza.
Agradeço ao meu irmão, que foi um grande exemplo.
Agradeço ao meu professor e orientador Wanderson, por estar ao meu lado
nessa reta final, pela atenção dada durante essa fase e ter estado presente em
todos os momentos deste trabalho.

E agradeço a professora e técnica de assuntos estudantis da UFFS Franciele


Karoline Lenschuko pela intermediação junto ao Núcleo Regional de Educação de
Laranjeiras do Sul para a realização do minicurso, pois sua contribuição foi
fundamental e sem ela não seria possível a elaboração deste trabalho.
RESUMO

O presente trabalho traz o relato de um estudo realizado sobre o software Tracker e


teve como principal objetivo conhecer e divulgar as potencialidades deste software.
Para tanto, foi realizado um minicurso para os professores do Núcleo Regional de
Educação de Laranjeiras do Sul. Neste minicurso os professores conheceram o
Tracker, aprenderam a manipulá-lo e realizaram atividades com alguns conteúdos
relacionados à Cinemática, utilizando os tutoriais e roteiros disponíveis no apêndice
deste trabalho. A seguir, foi aplicado uma pesquisa afim conhecer as percepções
dos professores participantes do minicurso no que se refere ao software Tracker. A
partir dos resultados obtidos, pode-se afirmar que, os professores consideraram o
software excelente e possível de ser utilizado dentro da sala de aula. Isso se deve
ao fácil manuseio e oferece aos alunos mais compreensão dos conceitos Físicos.

Palavras-chave: Tracker, Ensino de Física, Aprendizagem Significativa, TIC.


ABSTRACT

At this work we present a report about the software Tracker. The objective was knew
the software and disseminated to physic teachers. We implement a small course to
show the Tracker potential at learn process. After the course the teachers feel
comfortable to use the sofware in yours classrooms.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 9

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: ............................................................................................ 12

2.1 UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE O ENSINO DE FÍSICA NO BRASIL .................................. 12

2.2 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA; A TEORIA DE DAVID PAUL AUSUBEL. ........................ 13

2.3 TIC, VIDEOANÁLISE E TRACKER........................................................................................... 17

2.4 AS TIC NAS ENTRELINHAS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO. ................................................... 19

2.5 CINEMÁTICA ............................................................................................................................ 20

2.5.1 Movimento/repouso ........................................................................................................ 21

2.5.2 Deslocamento .................................................................................................................. 21

2.5.3 Velocidade média ............................................................................................................ 22

2.5.4 Velocidade instantânea................................................................................................... 22

2.5.5 Aceleração média: ........................................................................................................... 23

2.5.6 Aceleração instantânea .................................................................................................. 23

2.5.7 Movimento Retilíneo Uniforme (MRU):.......................................................................... 23

2.5.8 Diagramas horários do MRU .......................................................................................... 24

2.5.9 Movimento retilíneo uniformemente variado (MRU) .................................................... 29

2.5.10 Diagramas horários do MRUV ........................................................................................ 30

2.5.11 Lançamento de projéteis: Queda livre. ......................................................................... 36

2.5.12 Lançamento de projéteis: lançamento na horizontal .................................................. 39


2.5.13 Lançamento de projéteis: lançamento oblíquo. ........................................................... 40

3. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 43

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................ 50

5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 61

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 63

APÊNDICE A—QUESTIONÁRIO SOBRE A PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES


REFERENTE AO SOFTWARE TRACKER..................................................................................... 66

APÊNDICE B— TUTORIAL DE DOWNLOAD E INSTALAÇÃO DO SOFTWARE TRACKER


.............................................................................................................................................................. 69

APÊNDICE C—MANUAL DE USO DO SOFTWARE TRACKER ............................................... 76

APÊNDICE D— OFÍCIO ENVIADO AO NRE DE LARANJEIRAS DO SUL ............................ 83

APÊNDICE E—OFÍCIO ENVIADO AO NRE DE LARANJEIRAS DO SUL. ............................ 84


9

1. INTRODUÇÃO

A cada ano que se passa aumentam as discussões sobre as formas de


ensinar, sobre a drástica diminuição na carga horária das aulas de Física que vem
ocorrendo nos últimos anos e que está levando os professores, cada vez mais, a
selecionarem os conteúdos considerados mais importantes (Pires; Veit; 2016), sobre
a desmotivação que está presente nos educandos que os tornam suscetíveis a
evasão escolar ou até mesmo a reprovação (Kielt; 2017). Estas discussões acerca
do aprender e ensinar são importantes para popularizar técnicas no processo
educativo, este processo educativo que deve aproximar a escola da realidade dos
alunos, estas técnicas devem gerar novas formas de conhecimentos. Assim
destacamos as tecnologias Informação e Comunicação (TIC)
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o
desenvolvimento das TIC permite que a aprendizagem possa ocorrer fora dos
espaços formais das escolas, oferecendo o desenvolvimento de trabalhos
cooperativos e interativos que possibilita a “atualização de conhecimentos, a
socialização de experiências e a aprendizagem permanente” (BRASIL, 1998, p.140).

Ainda de acordo com os PCNs,

A tecnologia eletrônica [...] pode ser utilizada para gerar situações de


aprendizagem com maior qualidade, ou seja, para criar ambientes de
aprendizagem em que a problematização, a atitude reflexiva, atitude crítica,
capacidade decisória e autonomia sejam privilegiadas (BRASIL, 1998, p.
141).

As TIC oferecem inúmeras possibilidades para estabelecer este tipo de


ensino. Pois enfrentamos diversas dificuldades em lecionar Física, tais como:

[...] no caso específico da rede pública de diversos estados, por exemplo,


além da carga horária das aulas de Física no ensino médio ser baixa, são
poucas as escolas que dispõem de laboratórios para as atividades
experimentais (STORI, 2009)

A alternativa que encontramos para minimizar estas dificuldades é a utilização


das TIC e com isso apresentamos o Tracker que é um software filiado ao projeto
Open Source Physics [OSP 2010] e pode ser instalado na maioria dos sistemas
10

operacionais. Utilizamos o software Tracker como recurso para realizar vídeoanálise


de quadro a quadro de diversos tipos de movimento a partir de filmes feitos com
câmaras digitais e computadores. O software em questão é uma ferramenta de fácil
acesso e manuseio, e oportuniza o desenvolvimento de atividades de uma forma
contextualizada que tem como objetivo despertar o interesse dos alunos para o
fenômeno físico.
Assim, esta ferramenta possibilita possibilidades de aplicação do
conhecimento em Física de forma autônoma para desenvolver a criatividade e o
pensamento crítico do aluno e o desenvolvimento de uma aprendizagem
significativa. Assim definimos como nosso principal objetivo à divulgação das
potencialidades do software Tracker no processo de Ensino e Aprendizagem dentre
os professores para que esses possam multiplicar este conhecimentos com os
alunos das escolas.
Para esta divulgação foi promovido um minicurso a fim de contemplar nossos
objetivos específicos, que é investigar esta tecnologia juntamente com os
professores que lecionam Física na rede pública e estadual que integram o Núcleo
Regional de Educação (NRE) de Laranjeiras do Sul.
A partir do relato deste minicurso e de um questionário originou este trabalho,
onde o mesmo está estruturado da seguinte forma:
Primeiramente apresentamos os referenciais teóricos que nos embasaram na
elaboração do minicurso no capítulo 2, nos referenciais teóricos abordamos
primeiramente uma breve reflexão sobre o ensino de Física no Brasil, onde
discutimos como se iniciou a discussão referente a Física no Brasil, abordamos o
conceito de Ausubel que discute acerca da Teoria da Aprendizagem Significativa.
Discutimos sobre a tecnologia e educação versando especificamente sobre as TIC e
a videoanálise, fazendo um detalhamento das potencialidades e especificidades do
software Tracker no ensino da Física, também um breve relato sobre a educação do
campo.
Apresentamos também uma descrição dos conteúdos de cinemática escalar.
No capítulo seguinte, o de número 3, descrevemos a metodologia para concepção e
confecção do produto e as estratégias da aplicação do minicurso.
O capítulo 4 traz a apresentação dos resultados e discussões acerca do
resultado obtido através da pesquisa feita sobre as percepções do minicurso e do
Tracker.
11

E por fim, nas Considerações Finais, trazemos as conclusões e reflexões


sobre o Tracker.
12

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

2.1 UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE O ENSINO DE FÍSICA NO BRASIL

A educação está presente na vida de todo cidadão, em maior ou menor grau,


tudo dependendo do meio que o sujeito esta inserido, de acordo com Rosa e Rosa,
(2005). No Brasil o ensino de Física iniciou-se por volta de 1837 com a criação do
Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro – RJ. Aproximadamente 97 anos depois, no ano
de 1934 foi criado o primeiro curso de graduação em Física no Brasil chamado
Sciencias Physicas, junto a Faculdade de Philosophia, Sciencias e Letras da
Universidade de São Paulo (USP-SP). O curso apresentava a modalidade de
licenciatura e bacharelado. A partir de 1950 tornou-se obrigatório o ensino de Física
para todas as instituições de ensino que contemplavam o ensino fundamental e
médio. Isso se deu em função do Brasil passar por uma intensificação do processo
de industrialização, onde, na época, a Física era vista com papel fundamental neste
processo.
Passando alguns anos, tornou-se necessário uma reforma no ensino de
Física. Bezerra et al (2009) afirma que ainda na década de 1980 o ensino na área
das ciências era basicamente teórico, existindo professores que não possuíam a
formação da área e os mesmo eram presos à uma visão clássica de ensino. Mas,
com o surgimento de novos paradigmas, notou-se a necessidade de lecionar de
forma diferenciada.
Na busca desta forma diferenciada de lecionar é necessário pensar no sujeito
que estará recebendo tal educação, refletir em suas condições materiais e sociais.
Segundo Caldart (2002 p. 18), os objetivos da Educação do Campo é educar as
pessoas que trabalham e vivem no campo para que se articulem e assumam a
condição de sujeitos da direção de seu destino. Devemos propor uma educação dos
e não para os sujeitos do campo, ou seja, significa rejeitar o modelo de educação
estabelecido na sociedade capitalista e admitir uma nova política educacional que
valorize as experiências dos camponeses assim provocando uma alteração no atual
cenário da agricultura, que está cada dia mais excludente, e provocando um
aumento no êxodo rural.
13

A educação do campo vem ao encontro desta situação, buscando oferecer á


aquelas pessoas que residem no campo, uma educação diferenciada daquelas que
é oferecida nos grandes centros urbanos.
No campo também existe a necessidade de desenvolver essa habilidade nos
estudantes, tornar a aprendizagem significativa. Nesta perspectiva objetivamos um
envolvimento entre professores e alunos assim compreendendo que os alunos são
como parceiros na busca de conhecimento, podendo compartilhar diversos saberes
e informações. Assim, o professor é retirado do papel como detentor absoluto do
conhecimento e centro do processo de ensino/aprendizagem,

2.2 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA; A TEORIA DE DAVID PAUL AUSUBEL.

O pesquisador norte-americano David Paul Ausubel (1918-2008), foi um


médico-psiquiatra que dedicou sua carreira acadêmica a psicologia educacional a
fim de desenvolver melhorias para o verdadeiro aprendizado.

Para Ausubel a aprendizagem significativa é um processo pelo qual uma


nova informação se relaciona com um aspecto relevante da estrutura de
conhecimento do individuo, ou seja, neste processo a nova informação
interage com uma estrutura de conhecimento especifica. A qual Ausubel
define como conceitos subsunçores ou simplesmente subsunçores [...]
(Moreira, Mansini; 1982; p.3)

Quando a nova informação não ancora-se em subsunçores a relação é


definido por Ausubel como aprendizagem mecânica, ou seja a informação é
armazenada de forma aleatória, pois não há subsunçores para que conceito
relacione-se na estrutura cognitiva do aprendiz (Ortiz, Krause, e Santos; 2017).
De acordo com Moreira, Mansini (1982), Ausubel não nos apresenta uma
diferença entre aprendizagem mecânica e aprendizagem significativa, mas afirma
que estas teorias são uma a continuidade da outra (são processos continuum). Mas,
contudo a aprendizagem significativa é a preferida, e que para esta modalidade
ocorra é necessário à existência de subsunçores, ou seja, aprendizagem mecânica é
necessária até serem criados conceitos e informações relevantes na estrutura
cognitiva do individuo. E quando o individuo é apresentado a uma nova área de
estudo, o conhecimento pode ser adquirido a partir de outra teoria chamada
formação de conceito.
14

Característica na criança na idade pré-escolar,é a aquisição espontânea de


ideias genéricas por meio da experiência empírico concreta. (Moreira,
Mansini; 1982 P: 10)

Contudo, as crianças quando alcançam a idade pré-escolar elas já possuem


informações em sua estrutura cognitiva, as quais foram adquiridas por assimilação.
Isso leva a facilitação da aprendizagem significativa. Ausubel recomenda o uso de
organizadores prévios para a organização do conteúdo a ser ministrado.
Estes organizadores prévios são materiais a serem introduzidos
anteriormente ao material a ser aprendido. Ou seja, os organizadores prévios são
apresentados de maneira geral, de uma forma simples, destacando os aspectos
importantes dos temas. A principal função do organizador prévio é a de servir de
ponte entre o que aprendiz já sabe e o que ele deverá saber a fim de que o novo
material possa ser aprendido de forma significativa (Ortiz, Krause, e Santos; 2017).
Ou seja, organizadores prévios são úteis para facilitar a aprendizagem.
Quando ocorre a aprendizagem significativa o aluno demonstra uma grande
capacidade em resolver questões e problemas que necessitam de máxima
transformação dos conhecimentos adquiridos. (Ausubel;1963 p: 57) Por enquanto,
pretendemos apenas fazer a distinção entre os três tipos básicos de aprendizagem
significativa: representacional, conceitual e proposicional.
Aprendizagem Representacional é a aprendizagem que antecede todas as
outras, a qual ocorre quando símbolos arbitrários passam a representar significados.
Geralmente esta aprendizagem ocorre na fase final do primeiro ano de vida da
criança, onde geralmente elas adquirem um discernimento do que é possível utilizar-
se como símbolo para representar um objeto. Quando isto estiver bem concreto na
estrutura cognitiva do aprendiz, será a base para todas as outras aprendizagens
significativas seguintes. (Ortiz, Krause, Santos; 2017)
Aprendizagem conceitual muito similar a representacional, no entanto,
refere à aprendizagem de conceito, ou seja, aprendizagem de ideias unitárias
genéricas ou categóricas. Dentro da aprendizagem conceitual existem duas
ramificações que são:

1) Formação de conceito (idade pré-escolar): os conceitos são adquiridos


de através de experiências diretas vivenciadas pelo indivíduos,
2) Assimilação e conceito (idade escolar e adulta) o aprendizado ocorre
através da assimilação/combinação dos referentes (palavras, imagens,
15

entre outros). Já existente na estrutura cognitiva dos alunos. (Ortiz, Krause,


Santos; 2017)

Por fim, destacamos a aprendizagem proposicional a qual busca


compreender o significado de ideias em forma de proposição. Então, é necessário
entender primeiramente o significado da ideia expressa por meio deste conceito, ou
seja

A aprendizagem proposicional refere-se aos significados de ideias


expressas por grupos de palavras combinadas em proposições ou frase.
Uma proposição pode ser composta por vários conceitos, porem seu
significado vai alem da soma dos significados das palavras que compõem
(Ortiz, Krause, Santos; 2017 p:28)

Assim, Ausubel (1963) define que a aprendizagem representacional e a


aprendizagem conceitual formam a base, ou seja, antes de entender a
aprendizagem proposicional por completa, deve-se entender os significados dos
termos que compõem a tal proposição.
Ausubel também nos descreve como Processo de Assimilação. Este processo
explica como os conceitos são organizados na estrutura cognitiva do aluno, ou seja,
quando uma dada proposição a, potencialmente significativa, é incorporada a novo
conceito mais inclusivo e pré-existente na estrutura cognitiva, sendo este novo
conceito assimilado como um exemplo, extensão, elaboração ou qualificação do
conhecimento já existente na estrutura mental. Tal como sugerido nos esquemas
abaixo.

Figura 1 Processo de Assimilação

Fonte: Moreira, Mansini 1982

[...] não, só a nova informação a, mas também o conceito subsunçor A,com


o qual ela se relaciona são modificados pela interação.Além disso o a e A
permanecem relacionados como co-participante de uma nova unidade de a’
A’ que nada mais é que um subsunçor modificado [..] (Moreira, Mansini;
1982; p. 16.)
16

Como exemplo, pode-se citar a cinemática, onde ressaltamos o conceito de


aceleração, tal conceito pode ser introduzido na vida do sujeito, quando este mesmo
sujeito já ter bem esclarecido o conceito de velocidade, assim o conceito de
aceleração será assimilado com a velocidade.
A partir disto o conceito de aceleração irá adquirir um significado e a
velocidade se tornará um conceito mais inclusivo na estrutura cognitiva do aluno.

A medida que o processo de assimilação desenvolve-se, os significados


podem tornar-se não dissociáveis de suas ideias âncoras,Dando origem a
uma Assimilação obliterante ou a um esquecimento significativo . (Ortiz,
Krause, Santos; 2017 pág: 30)

Diante a tudo isso, para ocorrer uma aprendizagem significativa, ou até


mesmo uma abordagem Ausubeliana no ensino de Física, deve envolver o professor
e algumas tarefas indispensáveis:

(1) Identificar a escritura conceitual e proposicional da matéria a ser


ensinada e organizar aula hierarquicamente de modo que aos poucos
abranja os mais amplos até chegar aos dados específicos.
(2) Identificar quais os subsunçores relevantes o aluno deveria ter em sua
estrutura cognitivo
(3) Diagnóstico ficar aquilo que o aluno já sabe
(4) Ensinar utilizando recursos e princípios que facilitem a aquisição da
escultura conceitual da matéria de ensino de maneira significativa (Ortiz,
Krause, Santos; 2017 pág: 32)

Finalizando, a proposta de David Paul Ausubel, de aprendizagem significativa,


é necessária uma nova postura docente, a fim de buscar novas metodologias, para
que, por exemplo, o ensino de Física se torne mais atrativo ainda, pois muitos
desses profissionais continuam lecionando de forma convencional, onde o educando
deve apenas memorizar listas de fórmulas com intuito de aplica-las nas provas.
Uma alternativa que visualizamos para a solução destes problemas é a
utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas salas de aula. A
TIC que abordaremos neste trabalho é o Tracker, o qual está destinado ao ensino de
Física. Permite realizar análise de vídeos, quadro a quadro, de diversos tipos de
movimento a partir de filmes produzidos com câmaras digitais em computadores
pessoais comuns.
17

2.3 TIC, VIDEOANÁLISE E TRACKER

Por muitas vezes a Física é trabalhada pelo professor de forma abstrata, com
uma metodologia oral, com inúmeras listas de fórmulas, e conceitos teóricos para se
decorar. Muitas vezes este processo de aprendizagem torna-se insignificante, Kielt
(2017) afirma que o papel do professor é fazer com que o ensino de Física contribua
para o sucesso escolar dos estudantes, onde é necessário desenvolver métodos
que estimulem a criatividade e a descoberta. Promovendo assim, uma aproximação
do conteúdo visto na sala de aula com a realidade do educando fora do espaço
escolar.
Esta aproximação da realidade com o conteúdo é vista nitidamente com a
realização de experimentos em laboratórios didáticos, porém Bezerra Jr. (2009) nos
informa que grande parte dos estudantes nunca presenciaram uma aula
experimental, ou até mesmo, não tiveram a oportunidade de estar em um laboratório
de ciências Quase a totalidade das escolas não possuem laboratórios, segundo o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) (2017) apenas
11,5% das escolas de ensino fundamental dispõem de laboratório de ciências, e
quando possui, o mesmo dispõe de poucos materiais.
Na tentativa de minimizar essa falta propomos a utilização de TIC no ensino.
Assim buscamos uma alternativa para suprir a falta de laboratórios didáticos,
contextualizando a Física com a realidade do aluno, construindo dessa forma uma
ponte entre os conhecimentos do aluno e o conteúdo teórico.
Cabe ressaltar que software Tracker é uma ferramenta livre (gratuita), e para
o seu uso são necessários apenas computadores e filmadoras, que no caso pode
ser substituída por telefones celulares. O Tracker é um programa que proporciona
fazer vídeoanálise de situações Físicas.
A vídeoanálise é fazer um vídeo de um objeto em movimento e após analisar
as grandezas ali envolvidas. Um exemplo é o estudo das grandezas mecânicas
como posição, velocidade, aceleração e força sobre um, ou mais corpos. Na figura
2, abaixo, apresentamos um print screen do software Tracker analisando uma
situação promovida no desenvolvimento do trabalho.
18

Figura 2 Imagem da tela do programa Tracker

Fonte: Autoria própria.

O software Tracker foi criado pelo professor Doug Brown na Faculdade de


Cabrillo College, localizado na Califórnia (EUA) e desenvolvido pela OSP (OPEN
SOURCE PHYSICS), com código aberto. O Tracker fornece ferramentas aos
professores, possibilitando a analise, quadro a quadro, da posição de um corpo em
movimento. Assim, realiza uma análise Física das imagens, calculando, por
exemplo, a velocidade e a aceleração de um corpo. Além disso, pode traçar
diagramas dessas quantidades contra o tempo. Este software opera nos principais
sistemas operacionais de computadores, tais como WINDOWS, MAC IOS e LINUX,
estando disponível para download no endereço eletrônico
https://www.physlets.org/Tracker/. Neste mesmo site está disponibilizado vários
tutoriais para o manuseio da ferramenta, e até mesmo, tutoriais de modelagem
dentro do próprio Tracker (Ortiz, Krause, Santos; 2017).
Para o uso do Tracker é necessário a presença de um computador e uma
filmadora, não necessitando ser equipamentos com alta tecnologia, segundo Lenz et
al. (2009) as configurações mínimas de um computador para a execução do
software é 64 Megabyte de memória RAM, um processador de 333 Mhz e uma placa
de vídeo integrada com 8 Megabytes. Isso representa que o software Tracker é um
programa que pode ser executados em computadores de baixo custo.
Para a realização dos experimentos Ortiz, Krause, e Santos (2017; p:60) faz um
breve resumo das etapas a serem seguidas.
19

 Fazer a filmagem de alguma situação que apresente um objeto em


movimento, contendo, obrigatoriamente, uma referencia de medida (por
exemplo uma régua graduada)
 Realizar o tratamento do vídeo via Tracker e;
 Analisar os gráficos gerados

Neste trabalho será proposto um minicurso aos professores para que essas
TIC sejam popularizadas também em escolas do campo.

2.4 AS TIC NAS ENTRELINHAS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO.

A educação do campo é um conceito em constante construção, pois é uma


luta dos trabalhadores do campo reivindicando uma escola diferente daquela
presente nos grandes centros urbanos. Os povos do campo têm como direito uma
escola presente no campo e com conteúdos programáticos e especificidades
voltadas ao meio rural para que assim sejam asseguradas suas territorialidades e
identidades sociais.
A luta por uma educação do campo inicia-se no final da década de 1990.
I Encontro de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária (Enera),
realizado em 1997, foi um marco da luta política que demonstrou a
insatisfação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
bem como de outros atores políticos e de instituições universitárias e
científicas, com a educação básica e superior nacional, naquela época
destinada às crianças, aos jovens e adultos dos sertões/campo brasileiros
CALDART, FRIGOTTO, PEREIRA (2012, p.238).

Segundo Caldart (2002 p. 18), os objetivos da Educação do Campo são


educar as pessoas que trabalham e vivem no campo para que se articulem e
assumam a condição de sujeitos da direção de seu destino. Trata-se de uma
educação para os sujeitos do campo, ou seja, significa rejeitar o modelo de
educação estabelecido na sociedade capitalista e admitir uma nova política
educacional que valorize as experiências dos camponeses. E o acesso desta
educação deve pertencer a todos os entes presente ao meio rural, tendo isso para
atender esses objetivos, a educação do campo busca estruturas de maneiras
diferenciadas para contemplar tal educação aos alunos. Alguns autores nos colocam
que:
[...] em algum momento, ao longo de uma consulta a qualquer currículo de
ensino médio, surgirá a cinemática [...] O ensino de Física deve deixar de
concentrar-se na simples memorização de fórmulas ou repetição
automatizada de procedimentos, em situações artificiais ou excessivamente
abstratas, ganhando consciência de que é preciso dar-lhe um significado,
20

explicitando seu sentido já no momento do aprendizado, no próprio ensino


médio. A Física deve apresentar-se, portanto, como um conjunto de
competências específica que permitam perceber e lidar com os fenômenos
naturais e tecnológicos, presentes tanto no cotidiano mais imediato quanto
na compreensão do universo distante a partir de princípios, leis e modelos
por ela construídos. CATELLI, MARTINS, SILVA (2009, p.1503-2)

A partir desta afirmação devemos assegurar na educação do campo, um


conhecimento que garanta a conservação de seus direitos sem abandonar o
conhecimento científico, em meio a este cenário, os Parâmetros Curriculares
Nacionais afirmam (2002): “É inegável que a escola precisa acompanhar a evolução
tecnológica e tirar o máximo de proveito dos benefícios que esta é capaz de
proporcionar”. Assim, percebe-se uma crescente necessidade em introduzir o uso da
informática e tecnologias e afins na educação. Assim escola supre a necessidade de
preparar seus alunos para lidarem com as novas tecnologias da informação e da
comunicação e poderem tirar o máximo proveito das suas potencialidades.

2.5 CINEMÁTICA1

A cinemática é um ramo da Física onde estudamos os movimentos mas sem


nos preocuparmos com o fator gerador deste movimento. Neste trabalho as
grandezas envolvidas serão totalmente escalares, ou seja, não consideraremos as
características vetoriais delas.
Quando estudamos cinemática, costumamos tratar um corpo como uma
partícula, ou seja, não consideramos suas dimensões. Isso só é válido se as
dimensões do corpo forem, em comparação, muito menor do que as dimensões dos
objetos que também estarão participando do movimento.
Neste trabalho utilizamos software GeoGebra para confeccionar os diagramas
desta seção. De acordo com Friske et al (2016) e Hohenwarter; Hohenwarter (2009)
O GeoGebra é um software de matemática dinâmica que junta geometria, álgebra e
cálculo. É desenvolvido para aprender e ensinar matemática nas escolas. e permite
a construção de diversos objetos geométricos, como pontos, vetores, segmentos,
1
A seção de Cinemática foi escrita baseada em 4 obras
SERWAI R. A., JEWETT JR. J. W. Física para cientistas e engenheiros ■ Mecânica. 8 Ed. São Paulo: Editora Cengage
Learning Edições Ltda. 2012. 490 pág Volume 1
HALLIDAY D.; RESNICK R.; WALKER J.; Fundamentos de Física. 8 ed. Editora LTC, 2009. 372 pág. Volume 1
ALVARENGA B. MAXIMO A; Física Ensino médio; 1 ed. Editora Scipione; São Paulo, 2006; 376 pág Volume 1
CARRON, W; GUIMARÃES, O;As faces da Física.. São Paulo: Moderna. 1999. 659 pág , Volume único
21

retas, seções crônicas, gráficos representativos de funções e curvas


parametrizadas; os quais podem ser modificados dinamicamente. O GeoGebra nos
permite trabalhar com funções, do nível básico até a determinação de derivadas e
integrais.

2.5.1 Movimento/repouso

Estar em movimento significa uma variação da posição no decorrer do tempo


em relação a um referencial. Repouso é a condição contraria, ou seja, é quando um
corpo não varia sua posição no decorrer do tempo para um determinado referencial.
A situação de movimento ou repouso pode ser ambígua, pois depende do referencial
adotado pelo observador. A figura 3, a seguir, nos ajuda a compreender melhor este
conceito.

Figura 3 Ilustração de um objeto que desprende do teto de um vagão

Fonte: Ramalho, 2016

Pode-se notar que, para o observador que está dentro do vagão do trem, em
movimento verá o objeto cair verticalmente. Já para o observador que está parado
fora do vagão, observando o mesmo passar, ele irá descrever o movimento como
uma parábola.

2.5.2 Deslocamento

Deslocamento é a mudança de posição de um objeto dado, um intervalo de


tempo, ou seja, será posição final ( menos a posição inicial ( ). Calcula-se o
deslocamento pela expressão:
(1)

O símbolo , é uma letra grega, denominada Delta maiúsculo, ele é usado


para definir que aquela grandeza é variável, correspondendo a diferença entre o
22

valor final e o valor inicial. Essa quantidade é medida, no Sistema Internacional de


Medidas em metro (m).
No deslocamento não consideramos se houve paradas ou inversão do sentido
da trajetória do móvel, o importante é saber a posição final ( ) e a posição inicial
( ). Em relação ao sinal algébrico, seja ele positivo ou negativo, o mesmo indica o
sentido do deslocamento do móvel, dependendo do referencial. Na Física, utilizamos
o que chamamos de unidade de medida. As unidades de medida são modelos
estabelecidos para medir quantidade específica de determinada grandeza física.
Estas medidas são padronizadas de acordo com o Sistema Internacional de
Unidades (SI).

2.5.3 Velocidade média

Quando vemos um corpo em movimento, podemos nos perguntar o quão


rápido ele se move. Para responder a esta questão, começaremos definindo
velocidade média de um corpo movendo-se em linha reta.
Para calcular a velocidade média ( ), utiliza-se a expressão:

(2)

sendo : .

Essa quantidade é medida, no SI em metro por segundo

2.5.4 Velocidade instantânea

Quando estamos dirigindo um automóvel e olhamos no velocímetro temos o


valor da velocidade naquele instante de tempo. Se picarmos os olhos o valor da
velocidade será diferente. Assim, definimos a velocidade instantânea como:

(3)
23

2.5.5 Aceleração média:

Quando a velocidade de um corpo é variável, define-se que este corpo sofreu


aceleração em um determinado intervalo de tempo. Calcula-se aceleração média
como

(4)

A unidade de Medida Internacional usada para aceleração é metro por


segundo ao quadrado

2.5.6 Aceleração instantânea

Na aceleração instantânea, o interesse é a obtenção da aceleração num


determinado instante de tempo. A partir da aceleração média, a maneira de defini-la
é tomar o limite em que o intervalo de tempo se aproxima a zero. Trata-se da
situação em que é muito próximo de

(5)

Podemos agora definir os movimentos que serão estudados nesse trabalho


1) Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)
Quando a velocidade objeto for constante, o movimento será uniforme ( )
2) Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV)
Quando a velocidade objeto não for constante, o movimento será
uniformemente acelerado ( ). Mais ainda, quando o módulo da
aceleração aumentar o movimento é chamado de acelerado ( ) e se o módulo
da aceleração diminuir com o valor abaixo de 0 chamamos de movimento de
retardado ( ).

2.5.7 Movimento Retilíneo Uniforme (MRU):

No MRU temos que a velocidade é constante, ou seja, não sofre alteração. E


isso implica que sua aceleração seja nula.
24

Usando a definição de velocidade [equação (2)] e considerando a velocidade


constante temos

sendo: e , ou seja:

Adotando que e corresponde a uma posição inicial ( qualquer, e a posição


final ( corresponde ao tempo final ( ), teremos:

(6)

Em geral, é encontrada na literatura a equação (6) escrita como

(7)

2.5.8 Diagramas horários do MRU

No MRU a velocidade é constante, com base na figura (4) velocidade x tempo


(v x t) temos que a velocidade não se modifica com o tempo originando uma reta
paralela ao eixo x. Pode ser positiva (movimento progressivo) ou negativa
(movimento retrógrado) dependendo do referencial adotado no exemplo abaixo
[figura (4)], temos o movimento progressivo, já o movimento retrógrado está descrito
na [figura (5)].
25

Figura 4 Movimento progressivo

Fonte: Elaborada pelo autor no software Geogebra

Figura 5 Movimento retrógrado

Fonte: Elaborada pelo autor no software Geogebra

A partir do diagrama da velocidade, figura (4), podemos fazer o cálculo do


deslocamento da partícula, dado um intervalo de tempo, por exemplo, nos primeiros
6s:

t
26

Figura 6 Diagrama referente ao deslocamento

Fonte: Elaborada pelo autor no software geogebra

Numericamente destacamos que a área do retângulo formado pela curva do


diagrama no eixo do tempo na figura (6) corresponde ao deslocamento percorrido
pelo móvel, ou seja:

Quando um corpo se desloca sobre uma dada trajetória, com sua velocidade
constante, podemos usar a relação t para definir a distância percorrida.
Para extrair o diagrama distância x tempo (d x t), tomamos como exemplo a tabela
abaixo.

Tabela 1 Referente á distância percorrida por um móvel; elaborado pelo autor.

Distância l 0 1 2 3

Tempo 0 20 40 60

Fonte: Elaborada pelo autor


27

Os dados da tabela (1) são traçados na figura (7). Nota-se que, quando o
tempo é duplicado o valor da distância também é duplicado, ou seja, dizemos que
em velocidade constante, a distância percorrida é diretamente proporcional ao
tempo percorrido

Figura 7 Diagrama correspondente distância

Fonte: Elaborada pelo autor no software Geogebra

No diagrama observamos que a inclinação do diagrama nos fornece a


velocidade do móvel, no qual é definida numericamente pela razão da distância pelo

tempo

No diagrama horário, a velocidade é dada numericamente, pela tangente do


ângulo formado com a linha onde forma o gráfico, ligando a inclinação do gráfico
com o eixo horizontal do lado positivo, observe a ilustração abaixo.
28

Figura 8 Diagrama correspondente distância

Fonte: Elaborada pelo autor no software Geogebra

Então definimos o cálculo através da expressão:

Relembrando as relações trigonométricas temos que,

Figura 9 Triângulo retângulo

Fonte: Elabora pelo autor


29

2.5.9 Movimento retilíneo uniformemente variado (MRU)

O movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV) tem como principal


característica a aceleração escalar constante, e não nula, com a velocidade que
varia uniformemente ao longo do tempo. Quando falamos que a velocidade varia
uniformemente, estamos afirmando que a velocidade varia em quantidades iguais
em intervalos de tempo iguais.
Aceleração constante velocidade variável com o passar do tempo
Com isso temos a expressão do cálculo numérico como:

Sendo: e , fazendo que , temos:

, isolando o , teremos:

(8)

A equação é chamada de função horária da velocidade. A partir


dela determina-se a velocidade do móvel, desde que a velocidade inicial ( ) e sua
aceleração (a) sejam conhecidas, também é possível representarmos a velocidade
escalar de um móvel a partir de um diagrama horário, a função linear ,
ou (como é encontrada em geral na literatura) nos descreve uma reta
inclinada em relação aos eixos, e esta inclinação é que determina a aceleração do
móvel.
30

2.5.10 Diagramas horários do MRUV

Figura 10 Diagrama correspondente velocidade progressiva

Fonte: Elaborada pelo autor no software Geogebra

Figura 11 Diagrama correspondente velocidade retrógrada

Fonte: Elaborada pelo autor no software Geogebra

No diagrama velocidade x tempo (v x t), a velocidade varia com o tempo,


através de uma função linear, a sua representação gráfica é uma reta inclinada em
relação aos eixos, sendo que a aceleração é o que determina a inclinação da reta,
como mostra a imagem abaixo.
31

Figura 12 correspondente ao cálculo da aceleração

Fonte: Elaborada pelo autor no software Geogebra.

Assim, a aceleração pode ser obtida através da tangente do ângulo que a reta
do gráfico, forma-se com o eixo do tempo, no lado positivo. O diagrama da
aceleração x tempo (a x t) é conferido na figura (13)

Figura 13 Correspondente ao cálculo da aceleração

Fonte: Elaborada pelo autor no software Geogebra.


32

Sendo: e , fazendo que , temos:

(9)

Seguindo este raciocínio, é possível estabelecer uma relação geral para o


cálculo do deslocamento do MRUV. Suponhamos que um corpo que esteja com uma
velocidade inicial e acelere uniformemente ate atingir a velocidade em um
intervalo de tempo a partir do diagrama horário abaixo. O deslocamento pode ser
obtido numericamente a partir da área do trapézio, que na figura (14) está destacado
em azul, obtemos as seguintes equações que serão expostas logo abaixo da figura.

Figura 14 Correspondente ao cálculo do deslocamento.

Fonte: Elaborada pelo autor no software Geogebra.

Então:
33

Usando a equação (8)

10

(11)

A equação (10) é conhecida como Função horária do deslocamento escalar


para o MRUV já a de numero 11 é Função horária da posição escalar para o MRUV.
A Equação conhecida como Função horária da posição para o MRUV permite
determinar a posição de um móvel em qualquer instante de tempo, desde que se
tenha conhecimento de sua posição inicial ( ), sua velocidade inicial ( ) e sua
aceleração (a).
As duas funções apresentadas para o MRUV são em função do tempo, mas é
possível através de uma terceira equação calcular a velocidade (v), a velocidade
inicial ( ), a aceleração (a) ou a variação de posição ( ) sem saber o tempo ( , a
qual é conhecida como Equação de Torricelli: Esta equação é deduzida a partir da
combinação da equação (8) com a equação (11). Assim, temos:

Equação (8)

Substituindo o t na equação (10) obtemos


34

(12)

Vejamos que a função horária da posição é uma função quadrática, e sua


representação gráfica é uma parábola, são mostrada na figura (15) a e b.

Figura 15 (a) aceleração positiva com a concavidade para cima; (b) aceleração
negativa; concavidade para baixo

Fonte: Elaborada pelo autor no software Geogebra.

A partir do diagrama horário da posição, podemos obter informações sobre a


velocidade e aceleração, consideremos o diagrama da figura (15) (a).
35

Figura 16 Ilustração da figura 15 (a) Diagrama horário da posição;

Fonte: Imagem elaborada pelo autor no software Geogebra.

Analisando o diagrama da figura (15) (a), podemos concluir que:

 Quando a concavidade da parábola está voltada para cima, significa que a


aceleração é constante e positiva.
 O ponto “A” corresponde a posição inicial do movimento. De “A até B”
os valores de diminuem e devido a isso a velocidade é negativa e o
movimento é retrógrado, e que indica um movimento
retardado.
 De “B” em diante os valores de aumentam, como a velocidade é
positiva, o movimento é progressivo. A partir disto temos
definindo o movimento como acelerado.
 O ponto “B” representa o ponto de menor valor da posição e corresponde
a inversão no sentido do movimento, ou seja, o valor onde .
 Para determinar a velocidade instantânea, em um determinado instante
qualquer, devemos traçar uma reta tangente á curva no ponto
considerado. Então calculamos a inclinação desta reta utilizando a
tangente do ângulo com o eixo do tempo do lado positivo, como
descrevemos na figura 15 (a).
36

Figura 17 Definição do valor da velocidade;

Fonte: Imagem elaborada pelo autor no software Geogebra.

2.5.11 Lançamento de projéteis: Queda livre.

Entre diversos estudos presente na Física, vamos analisar agora a queda


livre. Dizemos que um corpo está em queda livre na superfície quando desprezamos
o efeito da resistência do ar sobre ele, esta situação ocorre no vácuo.
Por mais estranho que seja, de fato, quando objetos são soltos
simultaneamente de uma mesma altura, atingem o solo ao mesmo tempo e com
velocidades iguais, indiferente dos formatos, massa e materiais de que os objetos
são fabricados.
Ao abandonamos uma pena e uma pedra em um tubo, no qual foi retirado
todo o ar de dentro, veremos que os objetos cairão juntos. Observe a figura (18)
37

Figura 18 Pena e pedra caindo simultaneamente

Fonte: Máximo, Alvarenga, 2006

Em uma queda livre a velocidade aumenta uniformemente 9,8 m/s a cada


segundo, ou seja, durante a queda a aceleração é constante e idêntico para todos
os corpos. Chamamos esta aceleração de aceleração da gravidade (g), seu valor
numérico obtido experimentalmente e representado em módulo é:

Observamos que a velocidade aumenta proporcionalmente ao quadrado do


tempo de queda. Tendo isso em vista comprovamos que podemos tratar a queda
livre como um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, podendo assim adaptar
as equações do MRUV tomando como referencial o ponto que o objeto é solto.

Tabela 2 Fórmulas para queda livre

MRUV QUEDA LIVRE


38

(11) (13)

(8) (14)

(12) (15)

Fonte elaborada pelo autor

Caso o corpo for lançado verticalmente para baixo com uma velocidade
diferente de zero, as equações podem ser escritas como:

(16)

(17)

h (18)

Agora, suponhamos a situação em que o corpo é lançado verticalmente de


baixo para cima, durante a subida, o movimento é uniformemente retardado, devido
os vetores de aceleração e velocidade serem inversos no sentido do deslocamento.
Nesse caso tomamos o solo como referencial e orientamos a trajetória positivamente
para cima. Assim obtemos as seguintes equações:

(19)

(20)

(21)
39

2.5.12 Lançamento de projéteis: lançamento na horizontal

Nesta seção estudaremos um caso especial, no qual a partícula se move


em duas dimensões, sendo um no plano vertical e com uma aceleração
constante, igual à aceleração da gravidade , dirigida em direção ao solo e outra no
plano horizontal , sendo demonstrada na figura (19). É possível observar que: o
objeto em lançamento forma um arco de parabólico até que entre em contato com o
solo, e isso nos mostra que a velocidade horizontal de lançamento permanece
constante até iniciar o seu declínio, ou seja na medida em que o corpo cai, a
velocidade vertical aumenta. Isso torna o movimento na vertical uma queda livre
(movimento acelerado), e na horizontal o movimento é uniforme.

Figura 19 Verificação que a velocidade na horizontal no seu movimento em queda


livre “vertical”

Fonte: Máximo, Alvarenga, 2006

Assim os movimentos são independentes sendo que na horizontal o


movimento é um MRU com constante em que . Na vertical o movimento é
MRUV então igualamos a equação da queda livre

(22)
40

2.5.13 Lançamento de projéteis: lançamento oblíquo.

Para estudar o movimento obliquo é necessário relacionar a velocidade inicial,


o ângulo de lançamento com alcance do objeto e altura máxima atingida por ele,
para isto devemos decompor o movimento das direções como mostra a figura (20)

Figura 20 Decomposição da trajetória de um objeto na forma de um arco

Fonte: Halliday Resnick, Walker,2006

No esboço acima temos que no movimento horizontal temos um ângulo


que chamamos de ângulo de tiro. Nesse contexto temos que a aceleração é nula no
eixo , tendo isso deduzimos que velocidade no mesmo eixo é constante ( ,
ou seja, mantém velocidade inicial . Assim o deslocamento no eixo x é dado
por

Como temos

= (23)
41

Já no movimento na vertical, observamos que podemos utilizar a equação


(16) aderindo como posição y. Assim podemos definir como:

(24)

Assim adaptamos as equações (17) e (18) substituindo a expressão pela


expressão equivalente

(25)

(26)

Para a altura (h) e o alcance (R) determinaremos que na altura máxima ( )


atingida por um projétil lançado obliquamente em relação ao solo é determinada pela
equação (12) a equação de Torricelli, no movimento vertical onde na altura máxima
o valor da velocidade é nula ( ). Assim temos

Isolando o temos:

(27)

Para o alcance na horizontal (R)de um projétil como descrito na imagem (20),


ou seja, é a distância percorrida horizontalmente até voltar a sua altura inicia. Para
determinarmos isso determinaremos o tempo de vôo.( ). O tempo de vôo é o
tempo da subida somado ao tempo de descida, porém possuem os mesmos valores.
42

Tendo em vista que o tempo de subida é dado sabendo


que temos

Se adequamos a equação

(28)

Assim chegamos ao alcance da expressão

Pela trigonometria temos que

(29)
43

3. METODOLOGIA

Diante da literatura estudada, percebe-se a necessidade de proporcionar


materiais de apoio aos professores da Educação Básica. Para isto no dia 23 de
outubro de 2018 foi desenvolvido na Universidade Federal da Fronteira Sul -
Campus Laranjeiras do Sul um minicurso com duração total de oito horas, sobre o
software Tracker, oferecendo trinta vagas, podendo ser preenchida por professores
formados ou professores em formação. Essa minicurso teve como objetivo oferecer
aos participantes uma introdução ao programa Tracker, enfatizando o
desenvolvimento de experimentos significativos em Física e atividades de laboratório
de baixo custo, assim ocasionando um estímulo ao educando quando os
participantes apresentarem esta tecnologia nas salas de aulas.
O minicurso foi ministrado por duas pessoas, sendo elas o professor
orientador deste trabalho e o acadêmico que desenvolve o mesmo. O minicurso
desenvolveu uma apresentação do software Tracker e a demonstração de suas
particularidades. Almejamos que, a partir da interação com o Tracker os
profissionais da educação tenham uma nova ferramenta que os auxiliem á
interpretar diagramas, e com isso consigam motivar seus estudantes objetivando
uma aprendizagem significativa.
O minicurso teve sua apresentação em duas etapas, a 1ª etapa iniciou-se as
13h 30min encerrou-se as 15 horas. Neste momento discutimos alguns aspectos e
problemas do ensino de Física, como a ausência de laboratórios de Física e com
isso iniciamos uma breve introdução sobre o conceito do software Tracker,
explicando seus objetivos, funcionalidades, e pré-requisitos que acercam sobre os
sistemas operacionais (Linux, Windows e IOS X). Também foi abordado que os
computadores exigem uma configuração mínima de Hardware para que o programa
tenha um bom desempenho. Mencionamos o software Tracker como uma alternativa
para oferecer aos estudantes a possibilidade de realizarem experimentos didáticos e
atividades de experimentação.
Posteriormente, expusemos sobre o funcionamento e uso do Tracker na
prática Foi realizado duas videoanálises de situações diferentes, sendo ambas
descritas pela cinemática: uma de queda livre e outra de MRUV. Nesse momento, foi
explicada a importância de se inserir um plano cartesiano (os eixos no Tracker), o
44

bastão de medição e na sequência, a realização da marcação dos pontos de massa,


e por fim da primeira etapa, foi demonstrado aos docentes alguns dados poderiam
ser trabalhados diretamente no programa.
Os vídeos que foram analisados pelos ministradores do curso, na primeira
etapa do minicurso foram:
*Um de queda livre sendo mostrado na figura (21).
*Um de MRUV na figura (23)

Figura 21 Ecrã do Tracker ilustrando a análise do movimento da queda livre da bola

Fonte: Tracker

Depois de encerrada a marcação do vídeo, o Tracker disponibilizará a tabela


dados e os respectivos diagramas podendo neste momento fazer a reprodução do
vídeo e comparar a posição real com a posição gráfica produzida pelo software
como forma de estabelecer ligações cognitivas entre o evento e as suas múltiplas
representações gráficas. Que está sendo demonstrada na figura (22)
45

Figura 22 Aceleração da Gravidade, situação “Queda livre”

Fonte:Tracker

Assim comparando os termos definimos que, , e


assim temos a aceleração da gravidade:

Temos , pois tomamos o solo como referência

E também foi analisada uma segunda situação, um caso de MRUV


46

Figura 23 Videoanalise da situação de MRUV

Fonte: Tracker

Nesta análise, definimos a aceleração do objeto, assim devemos verificar a


figura 24.

Figura 24 Diagrama de corpo livre

Fonte: Serway; Jewett; 2012


47

Assim temos em

Relembrando a 3ª lei de Newton temos que então

Assim retirando os termos em equivalência temos que:

Figura 25 Aceleração do objeto

Fonte: Tracker

Reiterando o diagrama na figura 25 assim comparando os termos em questão


obtemos:
48

O valor do seno ( ) foi extraído através das dimensões da altura


da cadeira e o comprimento da plataforma da calha,

Então definimos como

Nesta analise não consideramos o atrito em nossos cálculos.

A segunda parte do curso teve inicio as 15h e 15min e termino às 17h 30min
esta etapa foi destinada para atividades de experimentação e investigação, dos
participantes acerca do programa. Os inscritos puderam manusear o software
livremente a fim de familiarizar-se com os diversos recursos oferecidos pelo
programa.
Este momento foi de extrema importância, ele foi destinado para esclarecer
dúvidas e que os participantes pudessem explorar funções desconhecidas, assim
aprofundando os conhecimentos do programa e fortalecendo a aprendizagem.
Assim realizamos, portanto, uma intervenção no sentido de difundir e
popularizar o uso do Tracker, divulgação esta que é um dos objetivos desse trabalho
de conclusão de curso.
Ao final do minicurso foi compartilhada uma pasta de armazenamento e
sincronização de arquivos online (googledrive). Nesta pasta encontrava-se 1
questionário contendo 8 questões (disponível no apêndice A), sendo 3 questões
semi estruturadas e 5 questões abertas afim de avaliar o software Tracker como
recurso para o ensino de Física; 1 tutorial de instalação do Tracker (disponível no
apêndice B); um manual de uso do software Tracker (apresentado no apêndice C) e
8 vídeos, que foram produzidos pelos autores deste trabalho.
Este minicurso foi certificado pela Universidade Federal da Fronteira Sul, no
total de 8 horas, sendo 4 horas presenciais e 4 horas a distância, estas horas a
distância foi destinado para os professores instalarem o software Tracker e
realizarem uma videoanálise e enviarem aos autores do trabalho, para contemplar
49

às 8 horas e receber a certificação. Nos apêndices D e E encontram-se cópias dos


ofícios que foram enviados ao NRE de Laranjeiras do Sul.
50

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este minicurso técnico/pedagógico envolveu 11 professores que lecionam a


disciplina de Física. A data foi sugerida pelo NRE, e acolhida pelos autores, numa
terça-feira devido a ser o dia dedicado a hora atividade concentrada da disciplina. A
hora atividade é um momento reservado aos professores em exercício de docência
para estudos, avaliação, planejamento, participação em formações continuadas e
em outras atividades de caráter pedagógico, devendo ser cumprida integralmente na
instituição de ensino na qual o profissional esteja suprido, salvo quando uma
atividade é ofertada/convocadas pelo NRE. Este minicurso foi ofertado pela UFFS
em parceria com o NRE.
Pensando na melhoria do minicurso para uma próxima realização, foi
desenvolvida uma coleta de dados, e para isso todos os professores foram
convidados a responder um questionário, via googledrive. Dos 11 participantes 8
professores responderam.
A primeira pergunta era referida à aceitação dos termos, e informava os
professores que não seriam prejudicados e muito menos beneficiados na realização
do questionário. Nesta questão era obrigatoriamente a responder sim, caso
respondesse “Não”, não prosseguia para as próximas perguntas.

Figura 26 Aceitação dos termos.

Fonte: Coleta de dados 2018.


51

A segunda questão indagava os professores sobre o sexo dos participantes,


onde foi extraído que 5 eram do sexo masculino e 3 do sexo feminino,

Figura 27 Qual o sexo dos entrevistados

Fonte: Coleta de dados 2018.

A terceira pergunta refere-se à idade dos participantes, o quadro de


participantes comprovou que poucos jovens estão seguindo carreira docente. Uma
pesquisa elaborada recentemente traz que:

O levantamento revelou que um número cada vez menor de jovens está


disposto a seguir a carreira do magistério. E os baixos salários praticados
constituem uma das principais causas apontadas para isto, senão a mais
importante BRASIL (p. 13; 2017)

Também podemos citar outros fatores tais como: condições inadequadas de


trabalho, da violência nas escolas, entre outros. Esta situação também é ocasionada
pela constante diminuição das escolas do campo. Segundo Schmitz, Castanha
(2017) dentre os anos de 2003 a 2012 foram fechadas 29.459 escolas do campo em
território brasileiro, no Paraná foram 759 escolas. Esta diminuição nas escolas e
52

concentração de turmas acarreta a diminuição do campo de trabalho para os poucos


jovens que escolhem a profissão de professor.

Figura 28 Faixa etária dos professores.

Fonte: Coleta de dados 2018

Em relação à formação acadêmica, temos que 100% dos professores são


graduados, seja na disciplina de Física ou matemática, ou em ambas. Um dos
entrevistados nos colocou uma resposta inconclusiva, pois quando questionado
sobre qual a sua formação a resposta foi “professor”. Isso nos deixa entusiasmado,
pois podemos ter um percentual de 87,5% dos professores são formados na área de
atuação.
53

Figura 29 Formação dos professores

Fonte: Coleta de dados 2018

Dentre estes professores 50% tem o nível de especialização e os outros 50%


possuem nível de mestrado, no que nos coloca em uma situação ainda mais
confortável, pois o grau de instrução dos professores é alto como mostra a figura 30

Figura 30 Grau de formação dos professores.

Fonte: Coleta de dados


54

Destes professores temos que, partes deles ainda não possuem o hábito de
fazer uso do computador frequentemente. Na figura 31 temos que 25% dos
entrevistados não utilizam o computador com frequência. O que nos chama atenção
é que os mesmos não veem o computador como uma ferramenta que pode
promover aquisição de conhecimento de seus alunos, pois visualizam somente
como fonte de pesquisa para preparação de aulas, e apresentação de vídeos, isso
fica notório quando é perguntado “Para qual finalidade o computador são usados?”.
Algumas respostas estão compartilhadas na figura 32.

Figura 31 Qual a proporção de uso de computadores

Fonte: Coleta de dados

Outro fato é questão dos professores utilizarem o computador apenas para


fim profissional, pois na totalidade dos professores quando indagado “Para qual
finalidade o computador é usado?” deram as resposta que está descrito na figura 32:
55

Figura 32 Finalidade do computador na visão dos professores

Fonte: Coleta de dados 2018.

Sabendo disso, partimos então para a análise do Tracker. A partir disso


perguntamos qual a avaliação dos professores referente ao software que lhes foi
apresentado, sabendo que existia a possibilidade de ser considerado excelente,
ótimo, bom, regular ou ruim. Observamos na figura 33, que 25% conceituaram que o
software é bom, 37,5% que o software é ótimo e 37.5 afirmam que é excelente. Isso
nos coloca em uma posição confortável, pois nenhum professor considerou o
programa ruim ou regular.

Figura 33 Avaliação do Software Tracker

Fonte: coleta de dados 2018.


56

Quando questionado a cerca do uso do programa no ensino de Física a


totalidade dos participantes afirmaram que é possível inserir o Tracker no processo
de ensino e aprendizagem de Física “Figura 34”. O software é acessível e permitirá
uma maior compreensão nos conceitos e até mesmo a comprovações daquelas
teorias que são tratadas como difíceis pelos alunos, além de provocar um interesse
nos alunos. E com isso aproxima os alunos da realidade vivida por eles.

Figura 34 Utilização do software no ensino da Utilização do software no ensino da


Física

Fonte: Coleta de dados 2018

Quando questionado sobre a insersão do software Tracker na sua realidada


escolar, os depoimentos descrito na figura 35 e 36 nos revelou que grande parte dos
participantes afirma ser possivel, mais apontam algumas dificuldades, tais como
poucos computadores disponiveis nas escolas. Também apontaram casos como
despreparo de alguns alunos diante o uso do computador, o pouco número de
computadores em funcionamento, segundo BRASIL (p. 5; 2017)

 A presença de recursos tecnológicos como laboratórios de


informática e acesso à internet ainda não é realidade para muitas escolas
brasileiras.
 Apenas 46,8% das escolas de ensino fundamental dispõem de
laboratório de informática;
 65,6% das escolas possuem acesso à internet
57

Nestas estatísticas não entram o número de computadores em funcionamento


nas escolas, pois os laboratórios existem, mas a manutenção dos mesmos é
escassa, e devido a isso a maioria pode não estar em uso. Em relação as turmas
grandes, uma alternativa para sanar essa dificuldade e ir ao encontro das teorias da
aprendizagem estudada. Seria a divisão dos alunos em grupos para
desenvolvimento das atividades. Isso, além de facilitar o trabalho, propiciará
aprendizagem mais eficaz tendo em vista que ocasionará interação maior pois é por
meio dessa interação, da participação dos alunos em atividades compartilhadas com
outros, que se dá o desenvolvimento dos processos mentais superiores e da
aprendizagem. Quanto às dificuldades que alguns alunos que podem apresentar no
manuseio do computador, contamos com a possibilidade de trabalhar
gradativamente com eles.

Figura 35Aceitação do software pelos professores.

Fonte: Coleta de dados 2018.


58

Figura 36Utilização do software pelos alunos.

Fonte: Coleta de dados 2018.

Referente ao uso do Tracker 50% dos participantes sentiram algumas


dificuldades em manusear o software, figura 37. Acreditamos que o motivo disso
seja o pouco tempo disponível para o desenvolvimento o minicurso, pois quando
indagados sobre falhas no desenvolvimento do minicurso, tivemos respostas como
mostra a figura 38.
59

Figura 37Dificuldade no manuseio do Tracker

. Fonte: Coleta de dados 2018

A proposta inicial era realizar o minicurso em dois momentos, com um


intervalo, de no mínimo, Sete dias entre eles. Porém encontramos problemas
referente ao horário dos participantes, e devido a isso tivemos que reduzir nosso
tempo para a realização do mesmo. A falta de tempo se caracteriza pelo grande
número de escolas que os professores estão atendendo, e a extensa jornada de
trabalho dos mesmos. Isso fica visível em alguns depoimentos descritos na figura
38.

Figura 38 Possíveis Falhas no desenvolvimento do minicurso.

Fonte: Coleta de dados 2018.

Com este questionário observamos que os professores acreditam que o


software auxiliará no processo de ensino/aprendizagem, e também tem ciência da
melhoria que o Tracker proporcionará ao desenvolvimento dos estudantes. Assim,
60

nos sentimos mais motivados e orgulhosos pelo nosso trabalho e esperamos que
este gesto tenha sido de grande valia para os educadores de Física.
61

5. Conclusão

Atualmente encontramos diversas dificuldades enfrentadas pelos professores


para planejar atividades que chame a atenção dos seus alunos e despertem neles o
interesse na aprendizagem da Física. Diante deste contexto buscamos elaborar um
minicurso para a divulgação e exploração das potencialidades do software Tracker.
A fim de atender estas necessidades e poder contribuir efetivamente com a inserção
das TIC no âmbito escolar.
Assim, ao finalizarmos esse processo concluímos que o software Tracker, é
uma ferramenta de fácil manipulação e que para sua utilização em ambiente escolar
necessita apenas de um computador (não necessariamente com configurações
avançadas) e de um instrumento para captação de imagens em movimento
(filmadora, encontradas nos celulares). Logo, acreditamos que seja possível o
desenvolvimento cognitivo dos alunos pela construção de uma aprendizagem
significativa. Mas para isso os professores devem ter trabalhados os conteúdos
antes para que tenham conhecimentos que sirvam de subjunçores em sua estrutura
cognitivas.
Observamos que a manipulação do Tracker permite a assimilação mais
aprofundada de conceitos físicos por meio do manuseio do software. Mas para isso
o participante já deve ter um conhecimento prévio do fenômeno físico que está
sendo visualizado no programa. Assim a participação do professor é fundamental no
processo de ensino-aprendizagem, mesmo no uso dessa TIC. No minicurso não foi
possível trabalhar com todos os professores que lecionam Física no núcleo, mas
ficamos animados ao atingir boa parte deles.
Referente a percepções dos professores sobre o software, identificamos que
apesar de parte ter sentido alguma dificuldade, foi considerado pela totalidade que a
ferramenta é no mínimo boa e por quase todos é possível promover a inserção do
Tracker na sala de aula. Mesmo tendo poucos computadores, ou até mesmo o
laboratório de informática inutilizável.
Diante disso, fica claro que o objetivo de popularizar o software Tracker
através de um minicurso para os professores que lecionam Física, ligados ao NRE,
foi alcançado. Esperamos que esses docentes utilizem essa ferramenta em um
62

futuro próximo e que sirvam de multiplicadores para os demais colegas que não
puderam participar da atividade.
63

REFERÊNCIAS

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<https://etic2008.files.wordpress.com/2008/11/pucspmariaelizabeth.pdf>. Acesso
em: 15 set. 2018.
66

Apêndice A—QUESTIONÁRIO SOBRE A PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES


REFERENTE AO SOFTWARE TRACKER

AVALIAÇÃO DO SOFTWARE TRACKER

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezado(a) Senhor(a):Gostaríamos de convidá-lo (a)


a contribuir e participar de uma pesquisa que está sendo realizada em complementação de um trabalho de
conclusão de curso (TCC) do Curso de Licenciatura e Educação do Campo da Universidade Federal da Fronteira
Sul, Campus Laranjeiras do Sul/PR.O objetivo da pesquisa é analisar a compreensão sobre as Tecnologias de
Informação e comunicação (TIC’s) acerca de assuntos relacionados com a educação, como por exemplo: como
tonar o ensino de Física mais dinâmico dentro das salas de aulas. A sua participação é muito importante e
contribuirá na formação dos futuros professores. A participação consistirá na participação do minicurso referente
a utilização do software TRACKER e na conclusão deste minicurso será disponibilizado um questionário, no
qual, o (a) entrevistado (a) não será identificado (a). Gostaríamos de esclarecer que sua participação é
totalmente voluntária, podendo: recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto
acarrete qualquer ônus ou prejuízo á sua pessoa *

*Obrigatório

Curso sobre o sofware tracker

2. Qual o seu sexo? * *


Marcar apenas uma oval.

Masculino
Feminino

Outro:

3. Qual a sua faixa de idade: *


* Marcar apenas uma oval.
Até 25 anos
De 25 a 30 anos
De 30 a 35 anos
De 35 a 40 anos
Acima dos 40 anos

Outro:

4. Qual a sua formação?

5. Qual o seu nível de formação ? * Marcar apenas uma oval.


67

Graduação
Especialização
Mestrado
Doutorado

Outro:

6. Você utiliza computadores com que frequência?


* Marcar apenas uma oval.
Frequentemente
Usualmente
Raramente

7. Para qual a finalidade do computador é usado? *

AVALIAÇÃO DO SOFTWARE TRACKER


8. AVALIAÇÃO DO SOFTWARE TRACKER
* Marcar apenas uma oval.
(A) Excelente
(B) Ótimo
(C) Bom
(D) Regular
(E) Ruim

9. Você sentiu dificuldades em utilizar o


Tracker? * Marcar apenas uma oval.

Sim
Não

10. Se sim, considere o nível de dificuldade de 1 a 5, considerando 1 como pouco difícil


e 5 como muito difícil
Marcar apenas uma oval.

1 2 3 4 5
68

11. 3. Você considera possível a utilização do Tracker para o ensino da Física? *


Marcar apenas uma oval.

Sim
Não

12. Se não, JUSTIFIQUE

13. Observando sua realidade escolar, você consideraria o ensino de Física mais fácil com a
utilização do software Tracker ? *

14. Você considera que a utilização do Tracker


agregará mais compreensão dos conceitos da
Física pelos alunos? *

15. Você considera que esse objeto poderá ser facilmente utilizado pelos alunos, ajudando no
processo de ensino/aprendizagem dos conceitos da Física? *

16. Enumere possíveis falhas que você encontrou na realização do minicurso, e deixe
sugestões para a enriquecer o minicurso *
69

APÊNDICE B— TUTORIAL DE DOWNLOAD E INSTALAÇÃO DO SOFTWARE


TRACKER

TUTORIAL DE DOWNLOAD E INSTALAÇÃO DO SOFTWARE TRACKER

Você deverá acessar o link: http://physlets.org/tracker/ e clicar no sistema


operacional de seu computador

Dependendo da configuração de seu computador pode ocorre de abrir uma


janela perguntando onde deseja salvar o arquivo. Se isto acontecer você deve
escolher uma pasta de sua preferência e clica em salvar. Após o download finalizar
localize o download e clica 2 vezes seguida com o botão esquerdo do mouse que
iniciara o processo de instalação (EXISTEM CASOS EM QUE SISTEMA
70

OPERACIONAL EMITE UM ALERTA DE SEGURANÇA, E PEDE SUA PERMISSÃO


PARA EXECUTAR O PROGRAMA DE INSTALAÇÃO)

CLIQUE EM “AVANÇAR”.
71

Você deve selecionar a caixa de texto “Eu aceito os temos do acordo”


72

CLIQUE EM “AVANÇAR
73

CLIQUE EM “AVANÇAR

Deve marcar a opção VIDEOS AND EXPERIMENTS caso queira alguns


exemplos fornecidos pelo software
74

Nesta tela o programa esta começando a ser instalado em seu computador

Esta tela é a qual finaliza o processo de instalação, no centro da mesma possui 3


caixa para a marcação, sendo
1ª para abrir um bloco de notas especificando alguns pontos do software
referente ao sistema operacional
75

2ª Caso queira visualizar códigos do software


3ª Para que inicie-se o programa.
76

Apêndice C—MANUAL DE USO DO SOFTWARE TRACKER

TRACKER
O Tracker é um software livre criado por um professor chamado Doug Brown,
que leciona no Cabrillo College (Califórnia – EUA), construído no Open Source
Physics (OPS), foi projetado para realizar videoanálises, ou seja, analisar uma
sequência de imagens (Frames) com intuito de conhecer a posição exata de um
objeto no decorrer do tempo.
Após feita a videoanalise o programa gera dados que dão origem a tabelas e
diagramas físicos onde podemos analisar algumas grandezas, posição, velocidade e
aceleração, dentre outras
O software TRACKER encontra se disponível para download nos sistemas
operacionais “Windows, Mac IOS X e Linux”, sendo de fácil manuseio, a utilização
do Tracker em ambiente escolar necessita apenas de um computador uma
filmadora, (podendo ser aquela disponível nos aparelhos celulares).
Na página onde o programa é disponibilizado para download é possível obter
várias informações desde tutoriais básicos até a disponibilização de vídeos para
análise e modelagem dentro do Tracker.
Quando o software é iniciado nos deparamos com a tela do ecrã do
programa. Figura (1)

Figura 39
77

Para começar a usar o software selecione função “arquivo” e após clica em


abrir conforme as imagens a seguir

Figura 40

Selecione o arquivo desejado (vídeo, gif, imagem, etc) que deseja analisar e
ele será carregado no TRACKER, como mostrado na figura 3.

Figura 41

Depois de selecionado o vídeo de sua preferência, Inicie o vídeo no botão


play (verde), na parte inferior da tela, o botão ao lado é o pause.
78

Para iniciar o vídeo no momento exato, avance ou retorne alguns frames nas
setas azuis após a barra do tempo.

Figura 42

Depois de selecionado o vídeo de sua preferência, Inicie o vídeo no botão


play (verde), na parte inferior da tela, o botão ao lado é o pause.
Para iniciar o vídeo no momento exato, avance ou retorne alguns frames
clicando nas setas azuis após a barra do tempo.
Com o botão direito do mouse e selecione “Determinar este como quadro
inicial”, assim sua analise irá começar a partir deste frame. E para definir o quadro
final deve-se clicar em “Determinar este como quadro final” como mostra a figura 5.
79

Figura 43

Na figura 6 é inserido eixo de referência cartesiano, ele é o responsável por


indicar a posição (0,0) dos eixos e a partir dele são determinadas as coordenadas
(x,y). Você deve posicionar o eixo no local que achar mais adequado, clicando e
arrastando o mesmo.

Figura 44

Depois de inserido o eixo de coordenadas, deve-se em seguida fazer o


mesmo com o “bastão de calibração”. Observe a figura 7
80

Figura 45

Posicione o “bastão de calibragem” sobre um objeto com dimensões


conhecidas que esteja sobre o mesmo plano da imagem do seu objeto em analise.
clique sobre o valor numérico do bastão para altera-lo e assim colocar o valor
correspondente do objeto cujas dimensões sao conhecidas. Observe a figura 8.

Figura 46
81

Neste exemplo podemos observar o bastão de calibração sobre a janela, sendo este
objeto de dimensões conhecidas.
Depois de “alinhado o bastão de calibração” Podemos iniciar a marcação de
pontos. Para fazer isso clique em “Novo” e selecione “Ponto de Massa ”

Figura 47

Selecione quais grandezas deseja exibir ou esconder na tabela e clique em “Fechar”


82

Figura 48

Espera-se com este minicurso você possa fazer muitas outras analises. Este
manual é um instrumento para auxilia-los nas próximas videoanálises.
83

APÊNDICE D— OFÍCIO ENVIADO AO NRE DE LARANJEIRAS DO SUL.


84

APÊNDICE E—OFÍCIO ENVIADO AO NRE DE LARANJEIRAS DO SUL.

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