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 CONTROLE DE QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA (ÁGUA BRUTA)

 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA


 CONSUMO DE PRODUTOS QUÍMICOS
 OPERAÇÕES E PROCESSOS (Tecnologia)
 GERAÇÃO DE RESÍDUOS, “PERDAS”
 CONTROLE DE QUALIDADE DO PRODUTO (ÁGUA TRATADA)
 RECURSOS HUMANOS
 DISTRIBUIÇÃO (LOGÍSTICA)
Construção do diagrama de fluxo para avaliação de risco: todas as etapas e possibilidades devem ser abordadas

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Insumos PQ + Energia

Matéria-prima INDÚSTRIA Produto

Água Bruta Água Tratada

Rejeitos
Lodo + ALAF
Remoção de Resíduos no Sistema de
Construção do diagrama de fluxo para avaliação de risco: todas as etapas e possibilidades devem ser abordadas

Tratamento de Água

Inicialmente, presença de compostos orgânicos em águas de abastecimento que


conferiam cor à água tratada.

Diferentes técnicas analíticas [HPLC, CG, GC-MS, etc.] → identificação de inúmeros


compostos orgânicos que podem estar presentes em águas naturais e tratadas, e
que, potencialmente, podem trazer riscos à saúde humana.

O tratamento convencional de águas de abastecimento:


→ assegurar a remoção de partículas em suspensão e coloidais (clarificação)
→ garantir sua segurança microbiológica

Originalmente, as ETA’s convencionais não foram concebidas para a remoção de


compostos orgânicos presentes na fase líquida.
Remoção
Construção de Resíduos
do diagrama de fluxono
paraSistema
avaliação dede
risco:
todas as etapas e possibilidades devem ser abordadas
Tratamento de Água

A remoção de compostos orgânicos na ETA convencional é limitada, devendo,


portanto, ser complementada, seja com processos unitários adicionais, seja
mediante a modificação de condições operacionais do processo de tratamento.

Assim, embora o tratamento convencional de águas de abastecimento não tenha


por objetivo garantir a remoção de compostos orgânicos presentes na fase líquida,
pode possibilitar, ainda que parcialmente, sua remoção e o consequente
atendimento aos padrões de potabilidade vigentes.

Os compostos orgânicos que, porventura, estejam presentes na água bruta e


tratada, podem ser oriundos de processos biogênicos e antropogênicos, e suas
concentrações em meio aquoso podem variar de ng/L a mg/L.
Remoção de Resíduos no Sistema de
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Tratamento de Água

ETA convencional, eficiência dos processos e operações de mistura rápida,


floculação e decantação:

 concentração de impurezas na água afluente aos filtros


  consumo de água de lavagem dos filtros

Isto pode levar a um aumento da turbidez e comprometer a desinfecção da água


distribuída.

Além disto, pode haver problemas de abastecimento de água, pois o consumo


excessivo de água tratada nas lavagens diminui a capacidade de armazenamento,
bem como acarreta aumentos de custo em função da diminuição da produção
efetiva e maior geração de resíduos líquidos, os quais devem ser tratados.
A aplicação do cloro à entrada dos
filtros é denominada cloração
intermediária e tem por objetivo evitar
desenvolvimentos biológicos que
possam obstruir o leito filtrante.

Manancial Coagulação Floculação Sedimentação

Polímero Agente oxidante

Correção de pH Fluoretação Desinfecção Filtração

Alcalinizante

Água Final
Construção do diagrama de fluxo para avaliação de risco:
PRÉ-OXIDAÇÃO
todas as etapas e possibilidades devem ser abordadas

Esta operação é utilizada, sobretudo, quando a água é de origem


superficial. O objetivo é:

❑ efetuar uma desinfecção primária,


❑ oxidar a matéria orgânica,
❑ remover compostos de cor, sabor e cheiro, e
❑ ajudar na remoção de ferro e manganês.

Os agentes oxidantes mais utilizados são cloro e dióxido de cloro, ozônio


e, com menos frequência, as cloraminas, permanganato de potássio e o
peróxido de hidrogênio.
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PRÉ-OXIDAÇÃO
todas as etapas e possibilidades devem ser abordadas

O cloro é um agente desinfetante largamente utilizado no Brasil, onde desinfecção,


praticamente, confunde-se com cloração; pode ser aplicado em diversos pontos do
sistema de tratamento de águas, com diferentes finalidades.

Assim, na etapa de coagulação e floculação, recorre-se à sua ação oxidante para


melhorar a formação dos flocos, por exemplo, em águas contendo ferro e,
consequentemente, cor elevada, e que apresentem turbidez baixa.

Mas, esta chamada pré-cloração é a aplicação mais discutível do cloro, por


possibilitar reações com compostos orgânicos que estiverem presentes
(principalmente, os ácidos húmico e fúlvico), dando origem aos chamados
trihalometanos (THMs), cujos indícios de serem carcinogênicos são muito fortes.
Construção do diagrama de fluxo para avaliação de risco:
PRÉ-OXIDAÇÃO
todas as etapas e possibilidades devem ser abordadas

O clorofórmio, CHCl3, é o principal exemplo de THM.

O padrão de potabilidade para THMs é de 100 μg/L, com forte tendência a


ser reduzido nas próximas revisões da legislação vigente.

Estudos epidemiológicos realizados nos EUA têm conduzido à necessidade


de se reduzir esse padrão para 10 μg/L.

Assim, sistemas de abastecimento de água, que atendem aos padrões


atuais, poderiam ter sérias dificuldades para atender a este padrão mais
restritivo.
Manancial Coagulação Floculação Sedimentação

Polímero Agente oxidante

Correção de pH Fluoretação Desinfecção Filtração

Alcalinizante

Água Final
COAGULANTES

Compostos de alumínio ou ferro. Têm a finalidade de produzir hidróxidos


gelatinosos insolúveis e encapsular as partículas suspensas na água.

Coagulante Função pH
Sulfato de Alumínio Fácil transporte e manejo, custo
5a8
Al2(SO4)3·18H2O baixo
Sulfato Ferroso
Tratar águas com pH elevado 8,5 a 11
FeSO4·7H2O
Sulfato Férrico
Tratar cor ou águas ácidas 4 a 11
Fe2(SO4)3
Cloreto Férrico
Bons flocos, amplo intervalo pH 4 a 11
FeCl3·6H2O
Cloreto de polialumínio Flocos compactos, amplo
5a8
Aln(OH)mCl3(n-m) intervalo de pH
Construção do diagrama de fluxo para avaliação de risco:
AJUSTADORES
todas as etapasDE pH - ALCALINIZANTES
e possibilidades devem ser abordadas

Sua função é alterar a alcalinidade da água, podendo passar de ácida para


neutra ou mesmo básica.

Dentre os alcalinizantes, o mais utilizado pelo seu baixo custo é a Cal (cal virgem
ou viva, cal hidratada ou extinta, cal dolomítica, são outras denominações do
óxido de cálcio):
❑ Cal Virgem - CaO da ordem 80% (rejeitar com menos de 70%)
❑ Cal Hidratada - CaO da ordem 90% (rejeitar <60%)
❑ Carbonato de Sódio (barrilha) Na2CO3 - 99,4% de Na2CO3 e 58 % de Na2O

Podem também ser utilizados o hidróxido de cálcio [CaOH)2] e misturas deste com
o óxido de magnésio (MgO) e o hidróxido de magnésio [Mg(OH)2].
Construção do diagrama de fluxo para avaliação de risco:
AUXILIARES
todas as etapas eDE COAGULAÇÃO
possibilidades devem ser abordadas

Dificuldades com a coagulação, frequentemente, ocorrem devido aos


precipitados de baixa decantação, ou flocos frágeis que são facilmente
fragmentados sob forças hidráulicas, nos decantadores e filtros de areia.
Os auxiliares de coagulação beneficiam a floculação, aumentando a
decantação e o enrijecimento dos flocos.

Geralmente, seu uso é necessário em sistema de tratamento de água que estão


bem acima de sua capacidade.

Os materiais mais utilizados são:

➢ Polímeros ➢ Carvão ativado em pó (CAP)


➢ Sílica ativada ➢ Oxidantes
Construção do diagrama de fluxo para avaliação de risco:
AUXILIARES
todas as etapas eDE COAGULAÇÃO
possibilidades devem ser abordadas

Os POLÍMEROS podem promover floculação satisfatória, com significativa


redução das dosagens de sulfato de alumínio. As vantagens potenciais são a
reduções da quantidade de lodo e a maior amenidade à desidratação.

São substâncias químicas orgânicas de cadeia longa e alto peso molecular,


disponíveis numa variedade de nomes comerciais, classificados de acordo
com a carga elétrica na cadeia do polímero.

A dosagem requerida de um auxiliar de coagulação é da ordem de 0,1 a


1,0 mg/L.
Construção do diagrama de fluxo para avaliação de risco:
AUXILIARES DE COAGULAÇÃO
todas as etapas e possibilidades devem ser abordadas

SÍLICA ATIVADA apresenta as seguintes vantagens: aumenta a taxa de reação


química, reduz a dosagem de coagulante, aumenta a faixa de pH ótimo e produz
um floco com melhores propriedades de decantação e resistência.
Desvantagem em relação aos polieletrólitos: a necessidade de um controle
preciso de preparo e dosagem.
Dosagem de 7 a 11% da do coagulante primário, expressa em mg/L de SiO2.

ARGILAS BENTONÍTICAS são usadas no tratamento de águas contendo alto teor de


cor, baixa turbidez e baixo conteúdo mineral. Nestas condições, os flocos de Fe ou
Al são demasiadamente leves para decantar rapidamente, assim, sua adição
resulta num aumento de peso do floco melhorando a decantabilidade. A dosagem
deve ser feita na forma de testes, mas é da ordem de 10 a 15 mg/L.
Construção do diagrama de fluxo para avaliação de risco:
AUXILIARES DE COAGULAÇÃO
todas as etapas e possibilidades devem ser abordadas

CARVÃO ATIVADO, aplicado na forma de pó, tem grande poder de adsorção.


É bastante empregado no tratamento da água com gosto e odor provocados
por material orgânico.
❑ Pode-se adicionar CAP na entrada do decantador (ou na saída da câmara
de mistura rápida), de modo a obter um tempo de contato mais elevado.

A oxidação visa introduzir ar na água, por meio de dispositivos denominados


aeradores, para remoção de compostos voláteis e oxidáveis além de gases
indesejáveis.
FATORES QUE INFLUENCIAM NA
COAGULAÇÃO-FLOCULAÇÃO
• Efeitos do pH
• Natureza da Turbidez
• Temperatura da Água
• Efeitos da Agitação
• Efeitos da Dosagem
Manancial Coagulação Floculação Sedimentação

Polímero Agente oxidante

Correção de pH Fluoretação Desinfecção Filtração

Alcalinizante

Água Final
 pH

◆ Manutenção da vida aquática


◆ Controle de processos de tratamento
biológico e físico-químicos
◆ Controle de operação de ETA’s
NEUTRALIZAÇÃO OU CORREÇÃO DO pH

Produto químico adicionado: Cal Hidratada (Ca(OH)2)

A cal hidratada ou hidróxido de cálcio é um produto químico utilizado no


tratamento de água para correção do pH (potencial de hidrogênio).
Durante o tratamento, a água entra em contato com produtos químicos
que conferem característica de acidez à água e isso precisa ser corrigido.

O objetivo da adição da Cal no tratamento de água é estabilizar o pH para


que fique o mais próximo do indicador 7.

A legislação recomenda que o pH mínimo para água tratada deva ser 6 e,


no máximo, 9,5.
SUBPRODUTOS DA DESINFECÇÃO

 THM: 100 µg/L (80 µg/L – EUA)


 Ácidos haloacéticos: (60 µg/L – EUA)
 Bromato : 25 µg/L (10 µg/L – EUA)
 Clorito : 0,2 mg/L (1,0 mg/L – EUA)
 Cloro livre : 4,0 mg/L (EUA)
 Dióxido de cloro : 0,8 mg ClO2/L (EUA)
REMOÇÃO DE CLORO

SUBPRODUTOS O cloro residual excedente pode ser removido por


processo de adsorção, empregando-se carvão
DA ativado, ou por processos de oxirredução
empregando-se, por exemplo, o tiossulfato de sódio,
DESINFECÇÃO que reage com o cloro, conforme segue:

2Na2S2O3 + Cl2 → Na2S4O6 + 2NaCl + 10H2O


MINIMIZAÇÃO DA FORMAÇÃO DE
SUBPRODUTOS DA DESINFECÇÃO

◆ Controle da qualidade da água bruta diretamente no


manancial (Gerenciamento da qualidade da água na bacia
hidrográfica)

◆ Remoção dos compostos orgânicos precursores (Otimização


do processo de coagulação)

◆ Mudança do agente oxidante


CASA DE QUÍMICA
- Área ou conjunto de dependências da ETA que cumpre as funções auxiliares,
direta ou indiretamente ligadas ao processo de tratamento, necessárias à sua
perfeita operação, manutenção e controle.

- Fazem parte da casa de química:

- ETA’s com capacidade inferior a10.000 m3/dia:

a) Depósito de produtos químicos;


b) Depósito de cloro;
c) Sala de dosagem;
d) Laboratório com mesa para serviços administrativos
e anotações pertinentes à operação;
e) Instalação sanitária com chuveiro.
CASA DE QUÍMICA
- ETA’s com capacidade superior a 10.000 m3/dia:

a) Depósito de produtos químicos;


b) Locais para preparo dos produtos químicos;
c) Locais para instalação dos dosadores de produtos
químicos e para carga dos dosadores a seco;
d) Laboratório de controle operacional;
e) Centro de controle de operação;
f) Serviços administrativos;
g) Serviços auxiliares.
CASA DE QUÍMICA

- As partes constituintes da casa de química podem ser agrupadas no mesmo


edifício ou, em casos especiais, em mais de um, impondo-se, em qualquer caso,
disposição que atenda aos aspectos funcionais dos trabalhos de operação e o inter-
relacionamento das diferentes partes.

- A circulação interna deve ser cuidada de modo a evitar passagens obrigatórias


através de recintos que devem ser resguardados.

- Não é permitido alojamento de pessoal na casa de química, ainda que em caráter


temporário; sendo necessário prover alojamento, este não pode ser ligado
diretamente à casa de química nem a qualquer parte da ETA.
CASA DE QUÍMICA

- O depósito de produtos químicos deve ter o piso situado preferencialmente 1,0


m acima da cota da área de estacionamento dos carros transportadores,
devendo ser prevista uma plataforma com largura mínima de 1,50 m, destinada
ao recebimento dos produtos químicos.

- Cada depósito deve ter porta com largura mínima de 1,20 m, de correr ou
abrindo-se para o exterior da casa de química.

- A área do depósito deve permitir o livre acesso entre as pilhas de sacarias, com
ventilação conveniente, para evitar excesso de umidade.
CASA DE QUÍMICA

- Nos casos de depósitos situados externamente à casa de química, a transferência


do produto armazenado deve ser feita, mesmo em período chuvoso, sem prejuízo para
o produto.
- Os locais para preparo dos produtos químicos dosados por via úmida devem situar-
se próximos aos seus depósitos.
- Os dosadores de produtos químicos com a mesma função devem situar-se na
mesma área.
- Os dosadores de cloro devem ser instalados em recintos próprios.
- Os dosadores devem ser instalados de modo a permitir a realização de trabalhos de
manutenção, sem que para isso seja necessário mover o equipamento.
CASA DE QUÍMICA – Térreo

J1: Janela basculante 2,0 x 1,20 m P3: Porta de correr 2,50 x 3,0 m
J2: Janela basculante 1,5 x 1,20 P4: Porta passagem livre 1,80 x 2,10
J3: Janela basculante 1,5 x 1,20 P5: Porta de correr 1,0 x 2,10
P1: Porta de correr 2,0 x 2,50
P2: Porta de correr 1,00 x 2,10
CASA DE QUÍMICA – 1º pavimento

cal para a câmara de contato

A: Autoclave E: Estufa
J1: Janela basculante 2,0 x 1,20 m P6: Porta 0,80 x 2,10 m P: Pia ES: Colorímetro
J4: Janela basculante 1,0 x 0,60 P7: Porta 0,70 x 2,10 m F: Fogão T: Turbidímetro
J5: Janela basculante 3,0 x 1,20 G: Geladeira M: Mufla
J6: Janela basculante 2,00 x 1,20 TJ: Teste de jarros B: Balança
J7: janela de correr 2,00 x 1,50 D: Destilador
CASA DE QUÍMICA – 2º pavimento

Auditório

Tanque de preparação
de suspensão de cal

J1: Janela basculante 2,0 x 1,20 m P6: Porta 0,80 x 2,10 m


J8: Janela basculante 1,50 x 1,20 P7: Porta 0,70 x 2,10 m
J9: Janela basculante 1,10 x 0,60 RE: Registro de espera
J10: janela de correr 2,50 x 1,50

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