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Reabilitação Pulmonar – Aula Prática

Professora Patrícia Chaves Coertjens

1) TESTE DE TUG (TIMED GET UP AND GO)

O teste de Tug é subutilizado na prática clínica. Permite avaliar:

Risco de queda em idosos

Capacidade de transferência

Equilíbrio dinâmico

Posicionamento e realização do teste:

Consiste em levantar-se de uma cadeira, sem ajuda dos braços, andar a uma distância de
três metros, dar a volta e retornar. No início do teste, o paciente deve estar com o dorso apoiado no
encosto da cadeira e, ao final, deve encostar novamente. O paciente deve receber a instrução “vá”
para realizar o teste e o tempo será cronometrado com a partir da voz de comando até o momento
em que ele apoie novamente o dorso no encosto da cadeira. O teste deve ser realizado uma vez para
familiarização e uma segunda vez para tomada do tempo.

Resultado do teste:

2) TESTE DO DEGRAU DE 3 MINUTOS COM METRÔNOMO (30DEGRAUS/MINUTO): para


avaliação de crianças com fibrose cística (FC) e para crianças asmáticas. Provoca maior
sensação de dispneia e variação de FC em crianças com FC, independente da gravidade da
doença. Pode auxiliar na triagem dessas crianças com maior probabilidade de piora clínica.
Auxilia na identificação de broncoespasmo induzido pelo exercício em crianças asmáticas.

3) TESTE DE ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA DE GLITTRE

 Avalia o estado funcional de pacientes com DPOC


 Atividades comuns diárias
 Envolve caminhada, sentar e levantar da cadeira, subir e descer degraus e movimentação e
sustentação de objetos com os braços
 Realização do teste:
o Sentado, o indivíduo caminha no corredor plano, percurso de 10 metros, e na metade
do caminho uma pequena escada de 2 degraus para subir e descer com altura de
17cm e 27 cm de profundidade;
o Após os degraus deve percorrer os 5 metros restante, parando na frente da estante
com 3 objetos de 1 Kg de peso cada um deles, posicionados no local mais alto dela
(altura dos ombros); deve mover cada um deles (um por um) até prateleira mais baixa
(altura da cintura) e posteriormente colocar no chão; depois os objetos devem ser
novamente colocados na prateleira mais baixa e em seguida ser movidos para
prateleira mais alta;
o Após a etapa anterior com os objetos posicionados na prateleira mais alta, o
indivíduo deve retornar fazendo o percurso novamente até sentar na cadeira;
imediatamente após, reinicia outra volta percorrendo o mesmo circuito de AVD’s;
o A conclusão do teste é quando o avaliado completar 5 voltas no circuito, o qual deve
ser feito no menor tempo possível.
o Além de tudo isso, o avaliado deve carregar nas costas uma mochila que tem 5 Kg
para os homens e 2,5 Kg para as mulheres.
o Não pode ser feito estímulo verbal; e caso o paciente tenha que parar, o tempo
continua contando;
o 2 testes devem ser realizados: é considerado o teste de menor tempo como
resultado

4) TESTE DE GUARDAR AS COMPRAS NA ESTANTE (TGCE – T Shelf)


 Avalia desempenho das AVD’s com MS
 Posicionar uma mesa de suporte de 90 cm de altura e 30 cm de largura em frente a uma
prateleira ajustada 15 cm acima da altura dos ombros do paciente (em pé);
 No chão devem estar duas sacolas ema em cada lado da mesa, contendo 10 latas em cada
uma delas, com peso de 420g cada;
 Paciente inicia o teste sentado em uma cadeira situada a 1 metro à frente da prateleira e é
então orientado a levantar, passar as sacolas para a mesa de apoio e guardar as 20 latas,
uma a uma, na prateleira o mais rápido possível;
 Não é permitido movimentar mais de uma lata ao mesmo tempo;
 Tempo deve ser cronometrado; é permitido descansar sem interromper o tempo;
 Um teste para familiarização e outros 2 para minimizar efeito aprendizagem;
 Teste é responsivo ao programa de reabilitação pulmonar (PRP) de 6 semanas.
5) TESTE DO DEGRAU DE CHESTER
a. Inicialmente criado para saudáveis; posteriormente foi incluído para pneumopatas
em nível ambulatorial e hospitalar;
b. Degrau de 15, 20, 25 ou 30 cm de altura;
c. É um teste INCREMENTAL, com 5 estágios de 2 minutos cada
d. Necessário uso de metrônomo, ritmo inicial 15 degraus/minuto, aumentando 5
degraus/minuto a cada 2 minutos de teste.
e. Tempo máximo: 10 minutos;
f. Pode ser interrompido pelo paciente por dispneia ou fadiga de membros inferiores,
ou pelo avaliador quando o paciente apresentar SpO2 inferior 88%; incapacidade
de manter o ritmo do teste ou FC acima de 80% do previsto (220-idade);
g. Relaciona-se com distância percorrida no TC6; função pulmonar; grau de dispneia;
com grau de obstrução (VEF1)
h. ESTÁGIOS:
i. 1: 15 degraus/minuto
ii. 2: 20 degraus/minuto
iii. 3: 25 degraus/minuto
iv. 4: 30 degraus/minuto
v. 5: 35 degraus/minuto

Obs: em pacientes com bronquiectasia o tempo de teste foi de 6 minutos e em DPOC somente 22%
completaram o terceiro estágio (tempo menor que 4 minutos); recomenda-se que um teste
INCREMENTAL tenha duração de 8 a 12 minutos.

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