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Prof.a Dr.

a Fabiana Abrahão
▪ Anamese
▪ antecedentes pessoais, início, duração e intensidade dos sintomas,
▪ uso de medicações, doenças associadas,
▪ gravidade, frequência, fatores desencadeantes, presença de sintomas de enchimento,
hábito intestinal
▪ impacto na qualidade de vida (QL).
▪ Aspectos relevantes como cirurgia pélvica prévia, paridade, presença de doenças que
possam afetar a função sensorial/motora do trato urinário inferior (diabetes, insuficiência
cardíaca pneumopatias, neuropatias, doenças neurológicas e psiquiátricas),
▪ obesidade, infecção urinária (ITU) e estado hormonal
▪ Várias medicações têm sido associadas à perda urinária, tais como anti-hipertensivos,
antidepressivos, hipnóticos, relaxantes musculares, anti-histamínicos, diuréticos e cafeína

▪ Em virtude dos diferentes tipos de IU – incontinência urinária de esforço (IUE),
incontinência urinária de urgência (IUU) e incontinência urinária mista (IUM) –,
sinais e sintomas sugestivos de cada quadro podem ser encontrados.
▪ A perda de urina durante atividades que causem elevação na pressão abdominal,
não associada à urgência miccional, sugere IUE e tem sido associada
positivamente aos achados urodinâmicos em cerca de 80% dos casos
▪ A perda involuntária de urina acompanhada ou precedida por um desejo
miccional intenso, sugere IUU.
▪ O achado urodinâmico característico é a presença de contrações não inibidas
simultâneas à perda.
▪ Contudo, tais contrações podem estar presentes em até cerca de 10% dos casos
em que a queixa principal sugere apenas IUE
▪ A queixa de perdas aos esforços em pacientes com urge-Incontinência aventa a
possibilidade de IUM.

▪ Ficha de avaliação
▪ Exame ginecológico: (MÉDICO GINECOLOGISTA)
▪ paciente em posição de litotomia.
▪ A ectoscopia deve identificar sinais de hipoestrogenismo – mucosa friável,
diminuição da rugosidade e da lubrificação da mucosa –, dermatites,
distopias genitais e perda não-uretral (sugestiva de fístulas urogenitais ou
ectopia ureteral).
▪ A pesquisa de perda urinária deve proceder em ortostase e posição
ginecológica, com a bexiga cheia utilizando-se da manobra de esforço –
Valsalva
▪ Prolapso de cúpula ou cistocele de alto grau podem estar presentes ou se
pronunciarem durante o esforço
▪ A manobra de Valsalva deve ser realizada também após redução do
prolapso, pois o mesmo pode ocultar a perda urinária.
▪ Avaliação do estado mental, a marcha e o equilíbrio
▪ análises de força muscular e dos reflexos dos membros inferiores e da
sensibilidade perineal
▪ Três testes simples avaliam o arcoreflexo sacral e demonstram a integridade
do componente motor do nervo pudendo:
▪ O nervo pudendo origina-se das raízes S2, S3 e S4; e emite durante seu percurso ramos para o
músculo coccígeo e os nervos cutâneo proximal, cutâneo distal, uretral, perineal profundo, perineal
superficial e dorsal do pênis.
▪ reflexos bulbocavernoso,
▪ cutâneo-anal
▪ reflexo da tosse.
▪ O arco reflexo sacral pode estar ausente em até 20% das pacientes normais
▪ 1. Reflexo bulbocavernoso:
O reflexo bulbocavernoso (S2 a S4) ocorre a partir do toque
no clitóris que estimula a contração dos músculos isquio e
bulbocavernoso. (contração anal)
Reflete a integridade do arco reflexo do segmento de S1 -
S4.
Caso a resposta não seja positiva é indicativo de lesão
nervosa, que pode ser decorrente até de parto cesáreo.
▪ 2. Reflexo cutâneo-anal: contração do esfíncter anal após
estimulação da pele perianal;
▪ 3. Reflexo da tosse: contração da musculatura do assoalho
pélvico durante a tosse
▪ Primeira etapa
▪ o exame físico deve-se iniciar pela inspeção de prováveis cicatrizes, palpação em região
abdominal procurando por pontos tensionais e/ou dolorosos, que por muitas vezes podem
desencadear algias mais profundas, também em região inguinal.
▪ Observar: simetria, cicatrizes, lacerações, presença de dor e áreas atróficas
em todo o canal vaginal.
▪ Segunda etapa:
▪ Avaliação da força e a funcionalidade muscular:
▪ depende da consciência corporal da paciente e da experiência do
terapeuta
▪ A paciente permanece posicionada na postura
ginecológica desnuda da cintura para baixo,
seguida da percepção tatilpalpatória pelo teste
digital, em que o examinador introduz o dedo
indicador e o médio no introito vaginal.
▪ 2 a 5 cm
https://www.youtube.com/watch?v=7-w9aYnPcGY
▪ Escala de Oxford
▪ Grau 0: Ausência de contração dos músculos perineais.
▪ Grau 1: Esboço de contração muscular não sustentada.
▪ Grau 2: Presença de contração de pequena intensidade, mas que se
sustenta.
▪ Grau 3: Contração sentida com um aumento da pressão intravaginal,
que comprime os dedos do examinador, havendo pequena elevação
da parede vaginal posterior.
▪ Grau 4: Contração satisfatória, que aperta os dedos do examinador,
com elevação da parede vaginal posterior em direção à sínfise
púbica.
Grau 5: Contração forte, compressão firme dos dedos do examinador
com movimento positivo em relação à sínfise púbica
▪ PALPAÇÃO (5 E 7 h) E POSTERIOR PRESSÃO P TESTAR A RESISTÊNCIA
▪ Teste PERFECT
▪ quantifica a intensidade, a duração e a sustentação da
contração
▪ P = power (força muscular): avalia a presença e a
intensidade da contração voluntária do assoalho pélvico,
graduando-se de 0 a 5 de acordo com a escala Oxford.
▪ E = endurance (manutenção da contração): É uma função
do tempo (em segundos) em que a contração voluntária
é mantida e sustentada (ideal mais de dez segundos),
sendo o resultado da atividade de fibras musculares
lentas
▪ R = repetição das contrações mantidas:
Número de contrações com duração satisfatória
(cinco segundos) que a paciente consegue realizar após um
período de repouso de quatro segundos entre elas. O
número conseguido semcomprometimento da intensidade é
anotado.
▪ F = fast (número de contrações rápidas):
Medida da contratilidade das fibras musculares
rápidas determinadas após dois minutos de repouso. Anota-
se o número de contrações rápidas de um segundo (até dez
vezes).
▪ E = every, C = contractions, T = timed:
▪ É a medida do examinador para monitorizar o
progresso da paciente por meio da cronometragem
de todas as contrações.
▪ Coordenação: É importante monitorizar a
habilidade da paciente de relaxar de maneira rápida
e completa. Um relaxamento parcial ou muito lento
significa uma coordenação insatisfatória,
enquanto um relaxamento total e rápido significa
uma coordenação satisfatória.
▪ O teste é realizado durante a micção da paciente,
que deve ser orientada a manter a musculatura
abdominal relaxada e interromper o jato urinário
após cinco segundos de seu início, uma ou duas
vezes.
▪ Grau 0: Não consegue interromper o jato urinário.
Grau 1: Consegue interromper parcialmente o jato
urinário, mas não consegue manter a interrupção.
Grau 2: Consegue interromper parcialmente o jato
urinário e mantém, por curto intervalo de tempo, a
interrupção.
▪ Grau 3: Consegue interromper totalmente
o jato urinário, mantendo a interrupção, mas com
tônus muscular fraco.
Grau 4: Consegue interromper totalmente
o jato urinário, mantendo a interrupção com bom
tônus muscular.
Grau 5: Consegue interromper totalmente
o jato urinário, mantendo a interrupção com tônus
muscular forte.
▪ Manômetro da pressão
▪ avalia o pico máximo de contração muscular do
assoalho pélvico, visualizando no visor do aparelho
em cmH2O, que varia de 0 a 256 cmH2O;
▪ cronômetro digital deve-se medir o tempo máximo
de contração com esse método.
▪ registro do comportamento miccional preenchido pela paciente,
durante um período curto de tempo (1 a 2 semanas).
▪ Está entre os melhores meios de obtenção de dados objetivos
sobre sintomas subjetivos
▪ São levadas em consideração:
▪ Frequência urinária diurna e noturna, intervalos entre mic-
ções, volume urinado (ml), ingestão líquida (ml), se houve perda e
motivo da perda, urgência miccional, urge-incontinência,
utilização de absorventes e trocas diárias, micções noturnas,
enurese e volume total de micções
▪ quando há queixa de urgência miccional,
é importante que o paciente relate o grau de
urgência, utilizando uma escala de 0-10 ou
avaliando em minutos quanto tempo ele poderia
esperar antes da micção.
As variáveis do diário são afetadas pela idade, raça,
e ingestão de líquidos.
▪ Pad Test ou teste do absorvente
▪ método diagnóstico usado para detectar e
quantificar a perda urinária.
▪ Baseia-se no ganho de peso do absorvente durante
o período do teste em condições padronizadas.
▪ Teste de longa duração:
▪ feito no domicílio da paciente que utiliza um protetor em suas
atividades rotineiras.
▪ O peso do absorvente aferido antes e após esse período previsto.
▪ A paciente é orientada a anotar o volume de líquido ingerido e as
micções, podendo trocar os protetores assim que achar
necessário.
▪ No final do período, são guardados em saco de plástico e depois
pesados
▪ O aumento de peso entre 5,5gr a 8gr em 24 horas é considerado
normal e, acima disso, é considerado incontinência.
▪ avaliar a presença de hipermobilidade uretral.
▪ Paciente em posição ginecológica, um swab (cotonete)
estéril lubrificado com lidocaína gel é inserido na uretra até
a bexiga
▪ É tracionado até que seja percebida uma resistência, causada
pelo colo vesical;
▪ a paciente é orientada a realizar manobra de Valsalva
▪ observa-se a variação no grau de angulação do cotonete.
▪ Superior a 30graus, denota hipermobilidade uretral
▪ O teste, tem baixas especificidade e sensibilidade
para o diagnóstico da IU.
▪ 86% de pacientes continentes com teste positivo.
▪ que 32% das pacientes com teste positivo tinham
hiperatividade detrusora e 39% das com teste
negativo, IUE.
▪ introdução na vagina dos dispositivos mais leves,
▪ Postura : decúbito dorsal com os quadris e joelhos fletidos, deixando-se o fio de náilon para fora
para possibilitar a remoção do cone.
▪ Após a introdução:
▪ realiza uma sequência crescente de esforços, como: caminhar durante um minuto; subir/descer
escadas durante 30 segundos; pular, agachar-levantar, tossir quatro vezes
▪ Caso o dispositivo permaneça no canal vaginal, ele é, então, removido e insere-se o próximo de
maior peso e assim sucessivamente, até que algum deles se exteriorize aos esforços ou não

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