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Teste de Sentar e Levantar em 1 minuto (TSL)

O TLS, ou sua versão em inglês sit-to-stand (STS), é um teste de campo que avalia a capacidade funcional em
diferentes aspectos, como controle postural, risco de quedas, força de membros inferiores e propriocepção. É um
teste viável, pois é rápido, demanda pouco espaço e pouco material (apenas uma cadeira e um cronômetro).
Apresenta algumas variações quanto à realização — 1 minuto, 30 segundos e cinco repetições.
Nos testes com duração de 1 minuto ou de 30 segundos, orienta-se o indivíduo a levantar e sentar na cadeira
quantas vezes forem possíveis dentro desse tempo e se deve registrar o número de repetições realizadas. Já no
teste de cinco repetições, orienta-se o indivíduo a realizar o movimento de levantar e sentar cinco vezes na
cadeira, o mais rápido possível, e se deve registrar o tempo (em segundos) para a realização das repetições.
Deve-se realizar o TLS utilizando uma cadeira sem apoio para os braços, com altura padrão de 45 a 48cm. A
cadeira, de preferência, deve estar apoiada contra a parede para melhor estabilização. Para as três variações do
teste, os braços do indivíduo avaliado devem permanecer cruzados sobre o tronco, e o teste deve começar após o
comando “vai”. Deve-se contabilizar cada movimento completo (levantar e sentar)

-Medida da força dos membros inferiores diretamente relacionada com a capacidade para realizar AVD.
-Consiste em sentar e levantar de uma cadeira SEM APOIO DE BRAÇOS durante 1 minutos tão rápido quanto
possível.
Teste de caminhada de seis minutos

O TC6min é um teste que avalia a tolerância ao exercício. Os pacientes são instruídos a caminhar a maior
distância possível em 6 minutos, ao longo de um corredor plano, em um percurso de 30 metros, demarcados nas
extremidades.
Nesse teste, não se permite correr, e a distância percorrida (DP), em metros, é a principal variável avaliada.
Durante o teste, dão-se instruções padronizadas de encorajamento a cada minuto. Caso o paciente necessite
parar em meio ao teste, não se deve pausar o cronômetro; nessa situação, encorajamentos devem ser dados a
cada 30 segundos

Para pneumopatas, deve-se interromper o teste caso o paciente apresente queda da saturação de pulso de
oxigênio (SpO2) abaixo de 80%, porém, se houver recuperação maior ou igual a 85%, pode-se solicitar que ele
recomece a andar.
Outras causas para a interrupção do teste são:

● dor no peito;
● dispneia desproporcional ao nível de esforço;
● cãibras nas pernas;
● palidez.
O principal resultado do TC6min, a DP, também pode ser expresso em porcentagem do predito (%pred).
Antes do início do teste, será calculada a distância percorrida predita (DPP), por meio de equações específicas
para ambos os sexos, segundo Enright e Sherril (1998):
Sexo masculino: (7,57 x Altura em cm) – (5,02 x Idade) – 1,76 x Peso em kg) – 309.
Sexo feminino: (2,11 x Altura em cm) – (5,78 x Idade) – 2,29 x Peso em kg) + 667.
Teste de velocidade da marcha em quatro metros

O 4MGS avalia a velocidade da marcha em um percurso de 4 metros. Nesse teste, os indivíduos comumente são
instruídos a caminhar em velocidade usual (habitual, utilizada no dia a dia); entretanto, protocolos em velocidade
máxima (o mais rápido possível, sem correr) também podem ser utilizados. O tempo do cronômetro deve iniciar e
terminar quando o primeiro pé do indivíduo cruzar o ponto de começo e fim do percurso, respectivamente. O
tempo necessário para concluir o teste deve ser registrado e a velocidade da marcha deve ser calculada dividindo
a DP (4 metros) pelo tempo de realização do teste

Timed up and go

O TUG é uma forma rápida e fácil de avaliar mobilidade. Avalia-se em segundos o tempo que um indivíduo leva
para se levantar de uma cadeira (com apoio para braços e com altura aproximada de 46cm), caminhar uma
distância reta de 3 metros, contornar, caminhar de volta e se sentar novamente na cadeira. O indivíduo deve
começar com as costas contra a cadeira e com os braços apoiados.
No TUG, recomenda-se a realização de familiarização antes do teste e se permite o uso de dispositivos auxiliares
da marcha, como bengala e andador, caso haja necessidade.
O TUG deve iniciar com o comando “vai” e pode ser realizado em velocidade usual (caminhar em velocidade
confortável e segura) ou em velocidade máxima (o mais rápido possível, sem correr).
Teste do degrau de seis minutos (cadência livre)

No TD6min, os indivíduos são instruídos a subir e descer de um degrau com 20cm de altura quantas vezes forem
possíveis durante 6 minutos com cadência livre. Deve-se registrar o número de etapas (ciclos de subida e descida
do degrau) realizado em 6 minutos, permitindo que o número de etapas por minuto também seja calculado
posteriormente. Permite-se parar para descansar durante o teste, porém não se pode pausar o cronômetro. O
TD6min apresenta forte correlação (r = 0,73) com a capacidade funcional de exercício (TC6min) e apresenta a
vantagem de não demandar corredores longos para a sua execução.
Há uma equação de referência desenvolvida na Bélgica para faixa etária de 18 a 75 anos para calcular o consumo
de oxigênio (VO2) máximo atingido durante o teste do degrau; porém, a equação foi desenvolvida utilizando um
teste com duração de 5 minutos e com ritmo constante ditado por um sinal sonoro. Nessa equação, sexo
masculino é igual a 1, sexo feminino é igual a 0 e a FC máxima é a medida imediatamente após o fim do teste:
VO2 máximo = (0,054 x IMC) + (0,612 x sexo) + (3,359 x altura em metros) + (0,019 x fitness index) – (0,012 x FC
máxima) – (0,011 x idade) – 3,475
Por sua vez, o fitness index, que avalia eficiência cardiopulmonar e habilidade de recuperação cardíaca após o
exercício, deve ser calculado pela duração do exercício (segundos) x (110/FC1 + FC2 + FC3) x 2; para esta
equação, a FC é verificada durante a recuperação na posição sentada, em intervalos de tempo após a conclusão
do teste, sendo FC1 a FC entre 1min e 1 min e 30s, FC2 a FC entre 2min e 2min e 30s e FC3 a FC entre 3min e
3min e 30s.64
No Brasil, Arcuri e colaboradores desenvolveram equações de previsão para o número de degraus no TD6min a
partir de uma amostra de conveniência de 91 indivíduos saudáveis com média de idade de 39 anos (±17 anos). Os
homens apresentaram melhor desempenho do que as mulheres no TD6min. Dessa forma, elaboraram-se uma
equação para homens e uma para mulheres:

Homens/TD6min pred. = 263,17 – (0,876 x idade) – (0,585 x circunferência abdominal em cm)


Mulheres/TD6min pred. = 222,09 – (0,876 x idade) – (0,585 x circunferência abdominal em cm)

Mais recentemente, Albuquerque e colaboradores, em um estudo multicêntrico a partir de seis cidades brasileiras
(Juiz de Fora/MG, São Paulo/SP, Porto Alegre/RS, Natal/RN, Belém/PA, Brasília/DF) realizaram o TD6min em 476
indivíduos saudáveis, subdivididos nas faixas etárias de 18­–28, de 29–39, de 40–49, de 50–59, de 60–69 e de
70–79 anos, a fim de estabelecer equação de previsão e valores de referência para a população brasileira. A
equação de predição incluiu a idade, o sexo (0 para mulheres e 1 para homens) e o ΔFC (diferença entre a FC no
final do teste e de repouso) como variáveis independentes:
TD6min pred. = 166,9 + (-1,0 × idade) + (20,7 × sexo) + (0,7 × ΔFC)
Na Tabela 14, pode-se visualizar o número de degraus por faixa etária e por sexo, de acordo com o estudo de
Albuquerque.
Short physical performance battery

Utiliza-se o SPPB principalmente na avaliação de idosos, sendo um teste de desempenho físico, que observa a
velocidade da marcha, o equilíbrio em pé e o desempenho de se levantar e se sentar em uma cadeira.
Calcula-se a pontuação do teste por meio de três tarefas, cuja pontuação varia de 0 a 4 para cada uma delas,
atingindo um total de, no máximo, 12 pontos:

- Capacidade de permanecer em equilíbrio em pé por até 10 segundos em cada posição — apoio bipodal (lado a
lado), semitandem e tandem (Figura 8);
-Tempo total para completar uma caminhada de 4 metros em velocidade usual, com início de forma estática —
realiza-se essa tarefa por duas vezes, sendo que o melhor tempo deve ser registrado. Se o tempo for menor do
que 4,82 segundos, computam-se 4 pontos. Se o tempo estiver entre 4,82 e 6,20 segundos, 3 pontos. Se entre
6,21 e 8,70, 2 pontos. Caso o tempo necessário para realizar o teste seja superior a 8,7 segundos, 1 ponto. Se o
indivíduo for incapaz de realizar a tarefa, considera-se 0;
-Tempo para se levantar e se sentar em uma cadeira por cinco vezes consecutivas o mais rápido possível.
Pontua-se de acordo com o tempo necessário para executar a tarefa — se o tempo for menor do que 11,19
segundos, computam-se 4 pontos, entre 11,20 e 13,69 segundos, 3 pontos, entre 13,70 e 16,69, 2 pontos e
superior a 16,70 segundos, 1 ponto. Se o indivíduo for incapaz de realizar a tarefa ou realizar em um tempo maior
do que 60 segundos, considera-se 0.

A pontuação final da SPPB é dada pela soma dos três testes, e pode variar de 0 a 12, sendo que o paciente pode
receber a seguinte classificação de acordo com a pontuação: 0 a 3 pontos: incapacidade ou capacidade ruim; 4 a
6 pontos: baixa capacidade; 7 a 9 pontos: capacidade moderada e 10 a 12 pontos: boa capacidade.
6-minute pegboard and ring teste

O 6PBRT é utilizado para avaliar a capacidade funcional desses pacientes. Sentado diante de um quadro que
contém quatro pinos: dois posicionados de acordo com a altura dos ombros do participante e os outros dois 20 cm
acima, com 10 argolas no lado direito e 10 no lado esquerdo. O participante é orientado a mover quantas argolas
possíveis dos dois pinos inferiores para os dois pinos superiores, e vice-versa, com as duas mãos
simultaneamente. A pontuação final deste teste é determinada pelo número de argolas movidas durante o período
de seis minutos.

Teste de preensão manual com dinamômetro:

Para a realização das mensurações, os indivíduos foram posicionados sentados com o braço aduzido paralelo ao
tronco, cotovelo fletido a 90 graus e antebraço e punho em posição neutra (fig. 2). Foram realizadas três medições
com intervalo mínimo de um minuto entre elas, alternadas entre os lados dominante e não dominante, e realizar a
média dos 3 valores.
Teste de 1 repetição máxima

O Teste de 1 repetição máxima, ou teste de 1RM, é uma forma de avaliar a capacidade física de força de uma
pessoa. Com isso, pode-se determinar qual é a carga que ela pode deslocar ao realizar um exercício com pesos e
estipular a progressão dos treinos.

Utilizar 50% do 1RM e aumentar a cada semana cerca de 5-10% da carga de treinamento.

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