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CONSTRUÇÃO SONORA DA VOZ CANTADA

Processo Fonatório

A produção da fonação acontece com a saída do ar dos pulmões, passando pela traquéia, chega à
laringe, onde se encontram as pregas vocais, que se aproximam suavemente e realizam um movimento de
vibração. Ao sair da laringe, o ar passa pela faringe, podendo sair pela boca ou pelo nariz (orais ou nasais). O
som produzido vai ser ampliado e modificado pelas cavidades de ressonância (faringe, cavidade bucal, cavidade
nasal e seios paranasais) e pelos órgãos de articulação (lábios, dentes, maxilares, língua, palato duro e mole) que
cooperam na articulação de consoantes e vogais.

Diferença da Construção Sonora da Fala e do Canto

• Conceito de Voz falada – É a voz utilizada na comunicação oral e fornece ou transparece informações
físicas e culturais do indivíduo:
o A respiração é natural e seu ciclo completo varia de acordo com a emoção e o comprimento das
frases e velocidade de fala. A inspiração é relativamente lenta e nasal nas pausas longas, sendo
mais rápida e bucal durante a fala;
o A movimentação pulmonar e da expansão da caixa torácica é coordenada por
pneumofonoarticulatória que é o controle simultâneo da respiração, fonação e articulação;
o Quanto a Fonação, as pregas vocais fazem ciclos vibratórios com uma série regular de harmônicos.
Seu atrito é bastante aumentado durante emissões com ênfase e a frequência é de curta extensão
em uso habitual com discreta movimentação da laringe;
o Quanto a ressonância e projeção da voz, são equilibradas quando em condições naturais sem uso
exclusivo de alguma cavidade, sem necessidade de grande projeção quando na conversação.
Quando necessário mais ênfase, geralmente usam-se inspirações mais profundas, com maior
abertura de boca, sons mais agudos e mais longos;
o A articulação tem como objetivo, a transmissão da mensagem, com articulação precisa mantendo
a identidade dos sons, com vogais e consoantes com duração definida pelo idioma, mas pode sofrer
influência diante dos aspectos emocionais do falante e do discurso. A fala ainda é espontânea,
articulada, com pausas individuais do falante (hesitação, enfático ou interrupções naturais do
discurso). Tais pausas são normais e aceitáveis, podendo ser silenciosas ou preenchidas por sons
prolongados;
o A velocidade e ritmo dependem da característica do idioma, personalidade e profissão, emocional
e fatores neurológico;
o A postura também varia de acordo com as mudanças habituais das situações e ambiente. Mas a
linguagem corporal acompanha a comunicação verbal e a intenção do discurso;
o A sonoridade da fala também é acrescentada por ruídos, gritos, sussurro e assovio.

• Conceito de voz cantada – A voz cantada é uma forma de comunicação oral, utilizada no canto e traduz
características específicas relacionadas à modificações fisiológicas, acústicas e musicais:
o A Respiração é treinada. Os ciclos respiratórios são programados de acordo com as frases
musicais. Prefere-se a inspiração nasal dentro do possível e o volume de ar é muito maior em
relação a fala;
o Grande movimentação pulmonar durante a inspiração, com expansão das paredes torácicas,
enquanto a expiração é com controlada ativo;
o A Fonação também é quociente e contem a série de harmônicos é mais rica e com intensidade
mais forte. Controle laríngeo com ampla extensão de frequências;
o Ressonância é mista (peito e cabeça), a Intensidade muito variável, controlada e de variação
rápida, e a necessidade constante e para isso é necessária uma inspiração sempre maior que para a
fala;
o A Articulação tem a responsabilidade de transmitir a mensagem além das palavras podendo ser
subarticulados ou distorcidos. Quanto as pausas, são pré-programadas trabalhando a interpretação
musical.
o A Velocidade e ritmo dependem do tipo de música, da harmonia, da melodia e do andamento
relativo ao tema e assim como as alterações, são controladas, pré-programadas e ensaiadas;
o A Postura é menos variável, procurando-se manter o equilíbrio do eixo corporal, porem com
mudança corporal dependendo da necessidade de expressão pedido pela música.

REFERENCIAS E FONTES

CALVENTE, Ana Lucia A. Falar e cantar em cena: A voz do ator brasileiro no teatro musical contemporâneo
Artigo. Rio de Janeiro. 2009

DINVILLE, C. A técnica da voz cantada. Rio de Janeiro: EneLivros, 1993.

CANTONI, Luiz. Diferença da Voz Falada e a Voz Cantada. http://luizcantoni.com.br/wp-


content/uploads/2013/12/Voz-falada-X-Voz-cantada.pdf.

https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fonoaudiologia/fonacao/23453. Acesso 22.05.2020.

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