Você está na página 1de 19

CAPÍTULO 5:

AMBIENTE ALIMENTAR, DIREITO À CIDADE


E DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO
ADEQUADA

Autoras: Heloisa Soares de Moura Costa;


Melissa Luciana de Araújo;
Daniela Adil Oliveira de Almeira

APRESENTAÇÃO:
ANDERSON MARREIRA
Mestrando em Geografia-UFC

Como o capítulo está dividido:

01 Introdução
Dicotomia entre o Rural e o Urbano:
02 Direito à Cidade e Produção do Espaço
Urbano
03 Agroecologia e Ambientes Alimentares em
Regiões Metropolitanas

04 Interfaces entre Sistemas Alimentares e o


Ambiente Alimentar em Contextos Urbanos

05 Considerações Finais
Objetivo do capítulo:
Aproximação conceitual sobre ambiente alimentar, agroecologia,
bem como a perspectiva teórica lefebvriana acerca da produção do
espaço urbano, tendo referencial empírico processos de formulação
de políticas, planejamento urbano e articulação social em curso na
RMBH.
Além de discutir dois direitos fundamentais: direito à cidade
(LEFEBVRE, 1968) e o direito humano à alimentação adequada
(BRASIL, 2010).
Conexões com a promoção de ambientes alimentares saudáveis
em contextos urbanos.
Dicotomia entre o Rural e o Urbano: Direito à Cidade e
Produção do Espaço Urbano

Dicotomias (a se pensar):
ambiente natural - ambiente construído;
rural - urbano;
cidade/sociedade - natureza.
Dicotomia entre o Rural e o Urbano: Direito à Cidade e Produção
do Espaço Urbano
"[....] assumimos a importância da produção de alimentos dentro e no
entorno das áreas metropolitanas, urbanas e rurais, em circuitos curtos de
comercialização, ou seja, que aproximam produtoras(es) e
consumidoras(es), de maneira inclusiva, saudável e que potencializem o
acesso aos elementos necessários aos processos de produção e
distribuição: terra, água, insumos, trabalho, mercados, crédito, entre
outros. Em tal concepção, o direito humano à alimentação adequada
(DHAA) está intrinsicamente ligado aos direitos à cidade e à natureza.
(p. 53)
Dicotomia entre o Rural e o Urbano: Direito à Cidade e Produção
do Espaço Urbano

1) Direito à cidade
Direito ao uso e apropriação do espaço, à urbanidade e à cidadania
plena, à materialidade da urbanização (habitação, saneamento,
transporte etc.), às oportunidades oferecidas pela cidade (cultura,
trabalho, educação, saúde, alimentação, política), assim como bens
menos tangíveis, como a paisagem, ambiente adequado,
sociabilidade e pertencimento. (p. 54)
Dicotomia entre o Rural e o Urbano: Direito à Cidade e Produção
do Espaço Urbano

1) Direito à cidade
Definido por Lefebvre (1968) como direito em formação, que diz
respeito essencialmente ao valor de uso e não ao valor de troca.
O sistema capitalista transforma tudo em mercadoria.
A cidade e os conflitos.

insubordinação à lógica de produção do capital;


luta por outra sociedade.
Dicotomia entre o Rural e o Urbano: Direito à Cidade e Produção
do Espaço Urbano
2) Direito à natureza
Direito à vida em sua forma mais ampla, compreendendo bens
comuns, como a água pura, a paisagem, a terra, a biodiversidade, os
ambientes e os seus modos e formas de apropriação (saberes e
.práticas tradicionais, ancestrais e originárias).

Discussão sobre sistema alimentar hegemônico (agronegócio,


revolução verde etc.);
espaço-mercadoria; alimento-mercadoria;
(ex: a troca das culturas tradicionais por commodities)
Dicotomia entre o Rural e o Urbano: Direito à Cidade e Produção
do Espaço Urbano

2) Direito à natureza (lógica urbano-industrial)


As dinâmicas socioespaciais vêm sendo cada vez mais comandadas
pelos capitais investidos nos setores imobiliário e financeiro:
produção do ambiente construído, um território em disputa, em meio
a dispersão e fragmentação do espaço urbano.

Nessa lógica, como pensar em espaços rurais e urbanos?


E as políticas urbanas ou ambientais pensando na produção de
alimentos nas cidades?
Agroecologia e Ambientes Alimentares em Regiões
Metropolitanas

As escolhas dos agentes do sistema alimentar hegemônico


influenciam no plantamos, como compramos e no que comemos.

As práticas agrícolas desconhecem as distinções dicotômicas rural-


urbano. Muitas vezes, incorporam práticas de uma agricultura
científica.

Alimentos orgânicos x agroecologia


Agroecologia e Ambientes Alimentares em Regiões
Metropolitanas

Agricultura urbana com práticas agroecológicas, como forma de


resistência nos territórios. Como alternativa para um outro sistema
alimentar.

A partir dos quintais produtivos nas periferias, os terreiros dos povos


e comunidades de matriz africana, as plataforma virtuais e outras
estratégias de comercialização, baseados em princípios de garantia
social e responsabilidade solidária.
Agroecologia e Ambientes Alimentares em Regiões
Metropolitanas

"A recente aproximação do campo da agricultura urbana com o


campo agroecológico tem proporcionado o reconhecimento da
histórias e das práticas de agricultura para a cidade, na cidade e da
cidade, ampliando as possibilidades de relação da população urbana
com a natureza e agricultura" (p. 57)

Praticas de agricultura e a vivência anterior.


Agroecologia e Ambientes Alimentares em Regiões
Metropolitanas

"A recente aproximação do campo da agricultura urbana com o


campo agroecológico tem proporcionado o reconhecimento da
histórias e das práticas de agricultura para a cidade, na cidade e da
cidade, ampliando as possibilidades de relação da população urbana
com a natureza e agricultura" (p. 57)

Praticas de agricultura e a vivência anterior.


Agroecologia e Ambientes Alimentares em Regiões
Metropolitanas

"A recente aproximação do campo da agricultura urbana com o


campo agroecológico tem proporcionado o reconhecimento da
histórias e das práticas de agricultura para a cidade, na cidade e da
cidade, ampliando as possibilidades de relação da população urbana
com a natureza e agricultura" (p. 57)

Praticas de agricultura e a vivência anterior.


Interfaces entre Sistemas Alimentares e o ambiente Alimentar
em Contextos Urbanos

"Uma alimentação adequada só é possível a partir de sistemas


alimentares que garantam o acesso a alimentos promotores de saúde,
oriundos da produção orgânica de base agroecológica, de maneira
permanente e sustentável" (p. 57)
Interfaces entre Sistemas Alimentares e o ambiente Alimentar
em Contextos Urbanos

Os modos de vida contemporâneos e o crescimento das cidades


resultaram em transformações no consumo alimentar e na qualidade
de alimentos disponíveis.
Fatores que contribuintes dessas alterações:
emprego e renda;
oferta e demanda alimentar
preços dos alimentos
organização do espaço urbano
globalização
Interfaces entre Sistemas Alimentares e o ambiente Alimentar
em Contextos Urbanos

Os ambientes alimentares como chave de transformação.

A partir do estímulo de políticas públicas voltadas a sistemas


alimentares saudáveis, tais como práticas agroecológicas, as feiras
livres, as hortas escolares e as ações de autorregulação dos
mercados, podem ser solução de SAN nas metrópoles.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

andersonmarreira16@gmail.com

Você também pode gostar