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AJUDÂNCIA-GERAL
BOLETIM ESPECIAL
DA
POLÍCIA MILITAR
Nº 14
MTP 05
ESCOLTAS POLICIAIS E CONDUÇÕES DIVERSAS
BELO HORIZONTE – MG
2020
( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 2 - )
BELO HORIZONTE - MG
2020
( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 3 - )
73 p.
CDD - 353.3
CDU - 351.741(815.1)
ADMINISTRAÇÃO
Comando-Geral da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas,
Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143 – 6º Andar, Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900
RESOLVE:
GOVERNADOR DO ESTADO
ROMEU ZEMA NETO
COMANDANTE-GERAL DA PMMG
CEL PM RODRIGO SOUSA RODRIGUES
FOTOGRAFIAS
CAP PM IRAN MARTINS DE OLIVEIRA
1º TEN PM CLÁUDIO JOSÉ VIRGÍLIO
1º SGT PM DANILO TEIXEIRA ALCÂNTARA
REVISÃO DOUTRINÁRIA
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
1º TEN PM BRUNO DINIZ CAMPOS
3º SGT PM DANIELLE SUELI VENTURA
REVISÃO FINAL
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 8 - )
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 11
2 CONCEITOS E ASPECTOS LEGAIS............................................................................... 13
2.1 Conceitos ..................................................................................................................... 13
2.1.1 Escolta ........................................................................................................................ 13
2.1.2 Conduções Diversas ................................................................................................... 13
2.1.3 Conceitos utilizados nas atividades de escolta ........................................................... 13
2.2 Aspectos legais............................................................................................................ 14
2.2.1 Escolta de pessoa presa ............................................................................................. 14
2.2.2 Escoltas de bens e valores ......................................................................................... 15
2.2.3 Escoltas de dignitários ................................................................................................ 15
2.2.4 Escoltas de testemunhas sob proteção judicial ........................................................... 15
2.2.5 Escoltas em eventos esportivos .................................................................................. 15
2.3 Classificação das escoltas .......................................................................................... 16
2.3.1 Quanto à complexidade .............................................................................................. 16
2.3.2 Quanto ao tipo ............................................................................................................ 17
2.4 Composição das escoltas ........................................................................................... 17
2.4.1 Funções utilizadas nas atividades de escolta .............................................................. 17
3 ASPECTOS GERAIS E PLANEJAMENTO ...................................................................... 23
3.1 Aspectos Gerais........................................................................................................... 23
3.1.1 Conhecimento da atividade policial ............................................................................. 23
3.1.2 Providências que antecedem as escoltas ................................................................... 23
3.2 Competências para o planejamento ........................................................................... 24
3.3 Planejamento do itinerário .......................................................................................... 25
3.4 Recursos logísticos ..................................................................................................... 25
3.4.1 Meios de transporte .................................................................................................... 25
3.4.2 Armamentos e equipamentos ..................................................................................... 27
3.5 Medidas de segurança................................................................................................. 27
3.5.1 Na comunicação ......................................................................................................... 27
3.5.2 No uso de sirene e luzes ............................................................................................. 28
3.5.3 Em tentativas de emboscadas .................................................................................... 29
3.5.4 Durante as paradas .................................................................................................... 29
3.6 Considerações sobre o uso de algemas .................................................................... 30
3.7 Busca pessoal .............................................................................................................. 30
4 PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE ESCOLTA ............................................ 32
4.1 Procedimentos para os militares envolvidos na escolta .......................................... 32
4.2 Planejamento da escolta ............................................................................................. 33
( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 11 - )
1 APRESENTAÇÃO
Dessa maneira, como forma de oferecer aos policiais militares suporte técnico para o
desempenho da sua missão constitucional, foram designadas comissões para pesquisar,
reavaliar, atualizar e aprimorar as doutrinas e técnicas vigentes. Tal prática favorece a
elaboração de protocolos de ações e procedimentos operacionais, efetivos e de fácil
assimilação, que visam garantir, principalmente, a segurança e a integridade física de todos
os envolvidos em uma escolta policial.
Nesse contexto, foi concebido este Manual Técnico-Profissional, que visa à atualização dos
ensinamentos e das técnicas que envolvem a atividade de escolta. Os conteúdos serão
apresentados de forma simples e concisa, por meio das seguintes Seções:
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 13 - )
Na Seção 3 são tratados os aspectos comuns à maior parte dos tipos de conduções de
pessoas e escoltas diversas, bem como os principais aspectos a serem observados no
planejamento dessa atividade.
Os aspectos particulares de cada tipo de escolta e que devem ser observados para que sua
realização seja satisfatória são descritos na Seção 4.
Por fim, a Seção 5 apresenta procedimentos e técnicas que devem ser utilizados pelos
policiais militares no dia a dia de suas atividades operacionais, por ocasião da realização de
prisões ou apreensões, bem como de assistências, seguidas de conduções para
estabelecimentos policiais, de atenção à saúde ou outros.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 14 - )
2.1 Conceitos
2.1.1 Escolta
É uma operação policial caracterizada pela conjugação de técnicas e táticas, executada por
um grupo determinado de policiais, com ou sem participação de outras instituições,
destinada a efetuar, de forma dinâmica ou estática, a custódia1 de pessoas, bens e valores.
Célula: é composta pelo escoltado ou dignitário 2(que também pode ser chamado
de VIP) e agentes de segurança pessoal ou outro objeto de escolta.
1Custódia - é o ato de guardar, proteger, manter em segurança e sob vigilância algum bem ou pessoa que se
encontra apreendida, presa, detida ou sob cuidados especiais.
2Dignitário - Pessoa que exerce uma dignidade ou um alto cargo. Fonte: Dicionário Priberam da Língua
Portuguesa, 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/dignit%C3%A1rio [consultado em 17-07-2020].
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 15 - )
A Emenda Constitucional nº 104/19 alterou o art. 144 da Constituição Federal (CF/88) tendo
modificado o seu inciso VI e acrescido o §5º-A, por meio do qual e criou as Polícias Penais e
estabeleceu a sua competência. Com o advento dessa Instituição a custódia de presos ficou
sob sua responsabilidade. Entretanto, a criação de tal instituição não diminui a competência
da Polícia Militar. Observa-se que a missão da PMMG é ampla no que se refere à
preservação da ordem pública. Assim, mediante autorização ou ordem do escalão
competente, a Polícia Militar poderá atender às solicitações para a execução de custódia de
presos.
(...)
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.
(…)
§ 5º - Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública [...];
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da
unidade federativa a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos
penais.”
“o preso cuja presença ao ato processual for judicialmente requisitada ficará, nas
dependências e nas imediações do foro, sob a guarda da Polícia Militar de Minas
Gerais e sob as ordens da autoridade judicial requisitante.”
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 16 - )
A Polícia Militar realizará esse tipo de escolta, ou atuará em apoio, ordinariamente, mediante
convênio, ou, em situações extraordinárias, mediante solicitação formal da empresa de
segurança privada, direcionada ao Comando da Instituição.
Conforme previsão contida na Lei Federal N° 10.671/03, que dispõe sobre o Estatuto de
Defesa do Torcedor e dá outras providências, a responsabilidade pela segurança do
torcedor em evento esportivo é da entidade de prática desportiva detentora do mando de
jogo e de seus dirigentes, conforme previsão contida em seus arts. 1º-A e 14.
3A Lei Federal nº 9.807/99 estabelece normas para a organização e a manutenção de programas especiais de
proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas, institui o Programa Federal de Assistência a Vítimas e a
Testemunhas Ameaçadas e dispõe sobre a proteção de acusados ou condenados que tenham, voluntariamente,
prestado efetiva colaboração à investigação policial e ao processo criminal.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 17 - )
Por esta legislação, compete, ainda, à entidade detentora do mando de jogo, por meio de
solicitação aos agentes públicos, prover meios de segurança antes, durante e após a
realização das partidas, de acordo com os itens abaixo:
“Art. 13. O torcedor tem direito a segurança nos locais onde são realizados os
eventos esportivos antes, durante e após a realização das partidas.
(...)
b) Extraordinária: é aquela que, pelas informações previamente obtidas, seja pela Atividade
de Inteligência, por qualquer fonte confiável, ou mesmo pelo clamor público, represente um
alto risco para os policiais e para o(s) escoltado(s). Essa atividade deverá, obrigatoriamente,
ser executada por uma Unidade Especializada, analisando a necessidade e conveniência de
apoio da Seção de Inteligência. A Ordem de Serviço será confeccionada pela Seção de
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 18 - )
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 19 - )
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 20 - )
Alas: deslocam-se pelas laterais, próximos à célula, impedindo que veículos estranhos ao
comboio se aproximem, aumentando a segurança do objeto da escolta. Em relação a
atuação dos alas, há que se ressaltar que, de acordo com o tamanho da via em que ocorre
a escolta, eles podem interferir no movimento de recuperação dos pontas, além de
denunciarem a presença do VIP a ser escoltado, eventualmente. Assim, conforme o caso e
avaliação de riscos, os alas podem ser suprimidos.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 22 - )
Figura 6 - Cerra-fila
Cabe ressaltar que o Oficial Comandante da Escolta poderá adotar uma variação do
dispositivo, em decorrência das características da via e da necessidade de liberação do
trânsito, para que a escolta não pare. Na variação da escolta os alas assumem a função de
batedores, como na Figura 8.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 23 - )
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 24 - )
O primeiro passo para o planejamento é identificar a exata atividade a ser cumprida, ou, em
outras palavras, qual é o “problema” a ser solucionado. Para tal, é importante responder as
seguintes perguntas:
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 25 - )
Existem algumas providências básicas que devem ser adotadas preliminarmente, nas
escoltas, como se segue:
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 26 - )
O itinerário a ser escolhido, seja o principal ou alternativo, deverá preencher, de modo geral,
alguns requisitos fundamentais:
a) sempre que a situação permitir, deverá ser o mais curto ou de melhor fluidez de tráfego;
b) deverá ser alternado com frequência, a fim de dificultar e neutralizar o planejamento e
eventuais ações de resgate;
c) deve ser evitada a passagem por locais ermos, com características que facilitem
emboscadas ou por aglomerados;
d) dar conhecimento à Seção de Inteligência envolvida, nos casos em que seja necessário
alterar o itinerário inicialmente planejado.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 27 - )
Nas escoltas de presos, para maior segurança, o transporte deve ser efetuado em viaturas
com compartimento de segurança.
Em geral, serão utilizadas 2 (duas) ou mais viaturas nas escoltas. Caso sejam utilizadas 2
(duas), os escoltados serão transportados na primeira, funcionando a segunda como
segurança. No caso de mais viaturas, a do escoltado ficará o mais centralizada possível em
relação às demais. Se necessário, serão empregados batedores em motocicletas para
auxiliar no deslocamento.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 28 - )
c) Aeronaves
De acordo com o tipo de escolta, com o número de presos e com os veículos utilizados, é
que se definirá os armamentos e os equipamentos necessários.
a) pistola .40 com 3 (três) carregadores municiados para cada policial militar;
b) 1 (uma) arma portátil, com capacidade máxima de carga, mais 2 (duas) cargas reservas;
c) 1 (um) bastão tonfa ou bastão de madeira para cada policial militar;
d) 1 (uma) algema para cada policial militar;
e) 1 (um) colete à prova de bala para cada envolvido na operação;
f) 1 (um) rádio HT com bateria reserva.
3.5.1 Na comunicação
É conveniente que haja um canal específico, na rede de rádio, diverso do operacional, para
as comunicações da equipe de escolta, a fim de favorecer uma maior agilidade nas
comunicações e uma melhor capacidade de coordenação e controle da operação.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 29 - )
Nas atividades específicas de escolta, em todos os níveis, o uso de aparelho celular, pelos
policiais militares envolvidos na escolta, deverá limitar-se, estritamente, ao serviço
operacional, salvo em situações adversas, analisadas pelo comandante da operação.
Cuidado maior deve ser observado nas escoltas extraordinárias e, em casos necessários, a
critério do responsável pelo planejamento, poderão ser proibidos o porte e a utilização de
telefones celulares desde a chamada até o término da operação. Tal medida visa à
segurança dos policiais militares e do(s) escoltado(s).
O uso do celular deverá ser feito da forma mais reservada possível, a fim de que o preso
não tenha conhecimento de informações importantes sobre a escolta.
O “giroflex”, em regra, deverá ser utilizado durante todos os deslocamentos das escoltas, a
fim de facilitar a visualização do comboio.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 30 - )
Devem ser consideradas as condições físicas do escoltado, dentre outros fatores, diante dos
quais o tempo para parada poderá ser reduzido.
Quando necessário, deverá ser previsto reforço policial para as paradas da escolta.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 31 - )
A faixa da esquerda, via de regra, deverá ficar livre, para ser utilizada pelos policiais que
exercerem a função de ponta/batedor. O deslocamento do comboio pela faixa da esquerda
deverá ser previamente anunciado na rede rádio por questões de segurança.
A fluidez do comboio está ligada diretamente à atividade dos pontas, que deslocam na
média com velocidade 50% superior à velocidade do comboio, o que exige que o regulador
mantenha contínuo controle da velocidade de deslocamento do comboio de maneira a não
sobrecarregar os pontas.
Quando há a necessidade de mudança de faixa, o regulador informará aos demais por meio
da seta e/ou sinais gestuais, que em ato sequencial será sinalizada pelos demais veículos
do comboio e, por fim, chegará a última viatura anterior ao cerra fila, que mudará da faixa,
dando segurança para que os demais mudem também de faixa de maneira sequencial, dos
últimos para os primeiros.
A busca pessoal não se aplica às escoltas de dignitários e de bens e valores, logo, ocorrerá,
basicamente, nas escoltas de presos, apreendidos e de torcidas organizadas.
O momento da busca pessoal é uma das etapas mais críticas que precedem a escolta.
Obrigatoriamente, deve ser procedida no preso antes do embarque e nas torcidas
organizadas logo na chegada ao ponto de interceptação. Nestes casos, recomenda-se
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 32 - )
A busca pessoal encontra amparo legal, no art. 244 do Código de Processo Penal (CPP),
que a autoriza nos casos de fundada suspeita e de prisão.
Por ocasião das escoltas de presos, apreendidos ou torcidas organizadas, poderão ser
executadas buscas pessoais conforme se segue:
a) busca ligeira:
b) busca minuciosa:
c) busca completa:
Deverá ser feita em locais apropriados, reservados, em que o policial militar procurará,
armas, drogas, celulares, etc. Será realizada, obrigatoriamente nas escoltas de presos.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 33 - )
Aqui serão detalhados procedimentos a serem adotados de acordo com os tipos mais
frequentes de escolta que a Polícia Militar realiza.
Cada atividade de escolta envolve riscos e nuances diversas, conforme o caso concreto.
Não obstante, independentemente da situação, alguns procedimentos sempre devem ser
adotados, quais sejam:
Cada policial militar envolvido na atividade de escolta deve deixar em condições de uso todo
o equipamento sob sua responsabilidade, o que inclui as viaturas quatros rodas e seus
armamentos, a motocicleta batedor e os equipamentos de segurança individual.
O estacionamento das viaturas 04 (quatro) rodas deverá ser feito preferencialmente em 45º,
ou de maneira diversa a ser definida pelo Comandante da Escolta, conforme a melhor
estratégia de segurança.
O estacionamento das motocicletas deverá ser a 45º da guia da calçada, quando se tratar
de poucas motocicletas. Nos demais casos, as motocicletas podem permanecer paradas a
90º da guia da calçada, sendo que o posicionamento pode ser alterado conforme
determinação do Comandante da Escolta, avaliados os riscos.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 34 - )
O espaçamento entre as motocicletas deverá ser tal que permita embarque e desembarque
rápido da equipe sem o risco de queda em cadeia (efeito dominó).
Em algumas situações poderão ocorrer paradas do comboio que, pela sua brevidade ou
pelo grau de segurança exigido, exijam a permanência dos motociclistas em condições de
atuar com rapidez. Nesses casos, os motociclistas não devem desembarcar das
motocicletas.
Ao se trabalhar com escoltas, uma máxima sempre deve acompanhar o gestor responsável:
a escolta começa muito antes da sua execução. O sucesso da missão estará diretamente
ligado ao planejamento prévio, que deverá preencher requisitos mínimos.
4.2.1 Itinerários
4.2.2 Avançado
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 35 - )
4.2.3 Checkpoints
Os Checkpoints são pontos ao longo do itinerário nos quais a posição da escolta deve ser
informada via rede rádio de modo a permitir a coordenação e controle da atividade. Para
manter o sigilo da atividade, esses pontos são transmitidos em forma codificada.
Durante o planejamento dos itinerários, dar-se-á preferência por vias que propiciem o
preenchimento dos aspectos de segurança e fluidez, contudo, inevitavelmente, não será
possível evitar alguns pontos no trajeto que gerem o risco acentuado ao comboio. É
essencial que esses pontos sejam relacionados e do conhecimento de todos os integrantes
da equipe. São exemplos a presença de viadutos, túneis, passarelas, aglomerados,
ocupações, entre outros.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 36 - )
4.2.10 Tempo
4.2.11 Briefing
Antes da execução de qualquer escolta, deverá ser feita uma reunião com todos os
membros envolvidos naquela escolta, onde serão repassadas de maneira pormenorizada
todos os detalhes que envolverão aquela atividade, além de serem apresentadas todas as
informações constantes na Carta de Situação.
O objeto da escolta oferece níveis diferentes de risco quanto a sua origem, divididos em
duas espécies:
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 37 - )
4.3.1 Externo
O objeto da escolta não oferece nenhum risco direto aos membros da escolta ou a terceiros,
apenas está sujeito a receber hostilidades.
4.3.2 Misto
Manifesta-se pela união do risco externo e também do risco interno, de modo que o objeto
da escolta oferecerá riscos à equipe de escolta, a terceiros e está sujeito a receber
hostilidades.
Abaixo estão listados os principais pontos que devem ser considerados para a realização de
uma Avaliação dos Riscos envolvidos em uma escolta:
obter informações detalhadas para realizar a qualificação do que ou quem será escoltado;
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 38 - )
envolver outros órgãos com base na avaliação de riscos, sempre que necessário;
o caso de acidentes envolvendo viaturas quatro rodas, será acionada outra viatura do
turno para substituir a viatura acidentada;
efetivo restante na escolta, se por acaso o motociclista acidentado tiver que ser afastado
do restante da missão.
Havendo acidente com qualquer dos integrantes do comboio, o primeiro ponta que deparar
com o acidente, deve parar e providenciar as primeiras medidas de socorro à vitima,
isolamento do local e comunicação do fato ao Comandante da Escolta.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 39 - )
acionar resgate;
informar ao coordenador do turno o fato;
solicitar apoio de outras viaturas do turno;
designar outra motocicleta (batedor ou ala) para assumir a função do acidentado;
determinar para o regulador diminuir a velocidade;
se a via, devido ao acidente, ficar interditada, lançar mão de outro itinerário.
O comboio não deve parar, e, nesse contexto, o Comandante da escolta deve adotar
medidas que permitam que o comboio continue seguindo até o destino previsto.
Este tipo de atividade compete à Polícia Penal. Não obstante a criação de um órgão com a
competência específica, a PMMG poderá ser acionada para escoltar pessoas presas ou
apreendidas até a presença de autoridade competente.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 40 - )
Constitui-se em um momento que requer muito cuidado por parte de todos os policiais
militares envolvidos na escolta, já que se acentuam as possibilidades de fuga ou
arrebatamento do escoltado, o que pode estar relacionado a diversos fatores, tais como:
ciente de sua condição (preso condenado, reincidente, albergado), poderá planejar fuga;
existência de um clamor social para linchamento. Nessas situações, será feita a
condução imediata à presença da autoridade competente, minimizando ao máximo o tempo
de permanência do escoltado, próximo dos prováveis agressores;
a possibilidade iminente de resgate da pessoa presa por parte de outros criminosos.
a) Algemação
A pessoa presa, ao ser escoltada, deverá ser preferencialmente algemada com as mãos
voltadas para trás, posicionadas de forma que as costas das mãos estejam juntas, ou seja,
não poderá ser capaz de unir as palmas de suas mãos.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 41 - )
Sempre que possível, deverá ser empregado na escolta um número de policiais militares
superior ao número de presos, na proporção de 2 (dois) policiais militares para cada
escoltado.
A seguir está descrito um protocolo que deve ser seguido para se executar o procedimento
de embarque de pessoas presas:
o preso deve ser algemado isoladamente, sendo proibido algemá-lo em peças ou
equipamentos da viatura;
deverão ser observadas as considerações sobre o uso de algema e os tipos de viaturas;
somente após a conclusão da ação anterior e, da certeza das condições reais do preso, é
que deve ser iniciado seu embarque na viatura;
o preso não será transportado no porta-malas. Essa conduta caracteriza abuso de
autoridade;
ao aproximarem-se da viatura, depois de inspecionada, os policiais militares iniciarão o
deslocamento da pessoa presa, já submetida à busca pessoal;
do local onde ocorrer a algemação até a viatura, o preso deverá ser conduzido seguro,
por um dos policiais militares;
o policial militar que realiza a escolta somente soltará o escoltado após este ter sido
colocado dentro da viatura.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 42 - )
nas viaturas com compartimento de segurança, a pessoa presa será embarcada com as
costas voltadas para a lateral da viatura. Caso exista mais de 1 (um) escoltado, eles serão
posicionados um de frente para o outro.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 43 - )
Caso visualizem a necessidade, eles deverão acionar apoio de viatura com compartimento
de segurança, observando-se as orientações da alínea posterior.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 44 - )
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 45 - )
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 46 - )
A escolta em aeronaves de pessoas presas não é uma prática comum por parte da PMMG,
porém, não se pode descartar essa possibilidade tanto em voos comerciais, quanto em
aeronaves militares.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 47 - )
Sendo assim, o porte de arma de fogo a bordo de aeronaves civis, quando da escolta de
presos, deve ser avaliado conforme a situação de periculosidade.
Nessas aeronaves, deve ser transportado 1 (um) preso ou apreendido por voo e deve ser
acompanhado por, no mínimo, 2 (dois) policiais militares, com apresentação de documento
formal para o transporte.
A condução de pessoas presas junto de civis deve ser bastante criteriosa e discreta. Para
tanto, o escoltado deverá ser embarcado antes dos passageiros, e desembarcado
posteriormente, sendo alimentado e atendido em suas necessidades fisiológicas no
aeroporto, antes do embarque, e isolado de contato com os demais passageiros.
No ato do embarque, os policiais militares da escolta deverão efetuar revista nos bancos dos
passageiros e no piso da aeronave, especialmente na proximidades dos assentos que serão
ocupados pela equipe e pelo escoltado.
Nos voos longos ou em situações extraordinárias, caso seja necessário o uso de banheiro, o
escoltado deverá ser acompanhado por 2 (dois) policiais militares, sendo que um fará o
isolamento do corredor, a fim de não expor a pessoa presa, uma vez que esta fará suas
necessidades com a porta entreaberta, sendo acompanhada de perto por outro policial
militar.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 48 - )
militares que compõem o grupo são corresponsáveis pela custódia do escoltado e, para que
cheguem ao local de destino em segurança, deverão observar os seguintes aspectos:
Durante o deslocamento são possíveis paradas para alimentação, uso de sanitários e/ou
pernoite.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 49 - )
Os policiais militares deverão desembarcar com a atenção voltada para todas as direções.
Os procedimentos descritos somente deverão ocorrer com a viatura estacionada e para fins
de alimentação.
Após a alimentação, deve-se aproveitar a parada para que a pessoa presa utilize o sanitário,
adotando-se para isso as medidas de segurança cabíveis, de acordo com o previsto na
alínea “b” deste subitem. Em seguida, algemá-lo e seguir viagem.
Nos casos de escoltas de pessoas presas, os policiais militares poderão fazer a alimentação
em restaurantes ou similares, observadas as particularidades de segurança do local, desde
que permaneçam na vigilância, no mínimo, a metade do efetivo empregado e que os
escoltados estejam algemados e no compartimento de segurança.
O uso de instalações sanitárias pelo(s) escoltado(s) deve ser autorizado pelo comandante
da escolta. A não permissão, sem motivo justificável, é ilegal e constitui abuso de autoridade.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 50 - )
Todos os sanitários a serem utilizados pela pessoa presa deverão ser minuciosamente
revistados, antes e depois da utilização, tomando-se, ainda, as seguintes precauções:
evitar sanitários que tenham mais de uma porta ou janelas que propiciem a fuga do preso;
não sendo possível atender ao item anterior, devem ser posicionados policiais militares
em todos os pontos vulneráveis observados;
impossibilitar o acesso do escoltado a objetos que possam ser utilizados como arma e a
meios de comunicação;
a pessoa presa será desembarcada, devidamente algemada, e levada até a porta da
instalação sanitária;
se houver outras pessoas utilizando os sanitários, deve-se aguardar que saiam e não
autorizar a entrada de outras pessoas, por medida de segurança;
a escolta aguardará o escoltado à porta, mantendo-a sempre entreaberta, com os
devidos cuidados para que não se feche, a fim de monitorar o que está se passando lá
dentro;
2 (dois) policiais militares adentrarão o sanitário com o escoltado e próximo do local onde
for realizar suas necessidades fisiológicas, serão retiradas as algemas. Ao final das
necessidades fisiológicas a pessoa presa será imediatamente algemada, com as mãos para
trás e reconduzida para a viatura;
verificando-se o grau de risco oferecido pelo escoltado (periculosidade, porte físico,
habilidade com artes marciais, etc.), um maior número de policiais militares deverá ser
mantido à porta do sanitário, inclusive, portando armamento de menor potencial ofensivo.
Essa conduta visa inibir qualquer tentativa de reação, devido à supremacia de força
demonstrada;
no caso de grupo de escoltados, conduzi-los individualmente ao sanitário;
quando a pessoa presa for do sexo feminino, deverão ser observadas as medidas de
segurança já citadas, porém, uma policial militar feminina deverá ficar à porta do sanitário,
mantendo-a entreaberta, com o apoio de outros policiais militares próximos;
atenção especial deverá ser dada aos escoltados que pedem para ir constantemente ao
sanitário, já que podem estar na expectativa de uma oportunidade de fuga. Caso necessário,
restringir a ida ao sanitário;
nas escoltas, com duração inferior a 2 (duas) horas, devem-se evitar paradas para utilizar
o sanitário;
para maior segurança, tanto dos policiais militares quanto dos escoltados, esses últimos
devem ser incentivados a utilizar o sanitário pouco antes do início da viagem, como forma
de evitar ou reduzir a necessidade de sua utilização no percurso.
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Caso haja necessidade de pernoitar, a parada deverá ocorrer em locais onde exista
estabelecimento prisional. A pessoa presa deverá ser apresentada ao estabelecimento local,
onde será, mediante contato prévio, recolhido à cela para maior segurança.
Quando o pernoite já for programado, deverá ser previsto no planejamento o local a ser
utilizado, com comunicação e autorização pré-estabelecidas.
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um dos policiais militares deverá manter contato físico constante com o escoltado,
segurando-o e observando as técnicas de Defesa Pessoal Policial, enquanto que aos outros
cabem a proteção do perímetro, de acordo com o efetivo;
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 53 - )
se houver apenas 1(um) preso e 2(dois) policiais militares, o da frente será suprimido.
Atenção especial será dada aos locais onde existam pessoas presas que gozem de regimes
prisionais com certa liberdade, pois poderão ser confundidos com os funcionários, o que
colocará em risco os integrantes da escolta.
No momento da entrega da pessoa presa pela equipe de escolta, deverá ser feita, mais uma
vez, a busca pessoal e a checagem dos dados através da identificação, quando então serão
retiradas as algemas e o escoltado será repassado à equipe responsável pelo recebimento.
Ficará a cargo da equipe de escolta, conduzi-lo, ainda algemado, até o local destinado pela
autoridade.
A autoridade deverá ser informada acerca do histórico do escoltado, bem como ser
assessorada no sentido de não determinar a retirada das algemas da pessoa presa.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 54 - )
O policial militar estará atento, não somente ao escoltado, mas também a populares que ali
se encontrem, por qualquer motivo, acompanhando a audiência.
Os policiais militares manterão postura e atitude marcial, deixando claro que estão
preparados e bem condicionados para a atividade.
Enquanto aguarda para ser levado à sala de audiência, o escoltado só poderá manter
contato com as pessoas autorizadas pelo juiz, o que acontecerá, em regra, sob atenta
vigilância da equipe de escolta. Nos casos em que, por determinação judicial, o contato se
der reservadamente, tão logo volte a ter acesso à pessoa presa, a equipe de escolta deverá
realizar nova busca pessoal.
Esse tipo de escolta, atualmente, é realizado pelos integrantes da Polícia Penal, porém é
comum integrantes da PMMG, especialmente no interior do Estado, se verem em situações
em que o preso ou apreendido é conduzido para um nosocômio e mantido sob a escolta de
policiais militares até a chegada dos responsáveis por tal atividade.
Para o cumprimento dessa missão, o policial militar deverá cercar-se de alguns cuidados,
visando a sua segurança e a integridade física dos envolvidos, a saber:
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As escoltas de bens e valores serão realizadas pela Polícia Militar mediante convênios.
As escoltas de bens e valores devem primar pela agilidade. Nesse sentido, deve-se evitar a
realização de paradas durante o deslocamento e, nos casos de trechos demasiadamente
longos, deve-se priorizar a utilização de aeronaves.
Nas escoltas terrestres, caso ocorra uma parada por defeito mecânico em algum dos carros-
fortes envolvidos, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:
parar todo o comboio e estabelecer perímetro de segurança, com o mínimo possível de
impacto no tráfego, com os policiais militares mantendo-se em estado de alerta (laranja), ou
superior, de acordo com as circunstâncias;
manter comunicação visual entre todos os veículos envolvidos;
cientificar o COPOM ou correspondente acerca do ocorrido e, sendo necessário, solicitar
cobertura por parte de viaturas da área;
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repassar os bens ou valores do carro-forte danificado para o outro que estiver compondo
o comboio;
acionar reboque para remoção do veículo;
deixar um representante da empresa solicitante no local, juntamente com o veículo
danificado;
prosseguir com o comboio.
As viaturas deverão ser posicionadas uma à frente do comboio e outra a sua retaguarda.
Deverá existir, ainda, no mínimo, 6 (seis) motociclistas, para atuarem como balizadores, os
quais terão a missão de evitar flutuações no comboio, dar maior fluidez nos deslocamentos
e evitar ou retirar veículos particulares que venham a se integrar ao comboio, inclusive,
conforme a necessidade, proporcionar o trânsito livre durante o deslocamento.
As viaturas deverão ser posicionadas uma à frente, uma à retaguarda e a terceira na lateral
do comboio, nas vias que assim o permitam, sendo que essa última percorre todo o comboio,
evitando infiltração de veículos particulares. Também serão utilizadas, no mínimo, 6 (seis)
motociclistas para atuarem como balizadores, os quais terão a missão de evitar flutuações
no comboio, dar maior fluidez nos deslocamentos e evitar ou retirar veículos particulares que
venham a se integrar ao comboio, inclusive, conforme a necessidade, proporcionar o
trânsito livre durante o deslocamento.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 58 - )
Nesse sentido, é necessário por parte da PMMG, quando solicitada para apoiar esse tipo de
escolta, após a devida aprovação, utilizar-se de estrutura compatível com a atividade a ser
realizada, conforme se segue (referencial mínimo):
1 (um) helicóptero, sempre que possível, com a função de antecipar situações adversas
(bloqueios ou retenções de trânsito no itinerário, aproximação de veículos ou pessoas
suspeitas, etc);
no mínimo 6 (seis) motociclistas, para atuarem como batedores, os quais terão a missão
de evitar flutuações no comboio, dar maior fluidez nos deslocamentos e evitar ou retirar
veículos particulares que venham a se integrar ao comboio, inclusive, conforme a
necessidade, proporcionar o trânsito livre durante o deslocamento.
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O fato de tratar-se de uma área mais tranquila e distante, não quer dizer que a segurança
deve ser desprezada.
Refere-se a um raio de segurança definido entre 100 (cem) e 150 (cento e cinquenta)
metros, tendo como ponto central o local onde se encontra o dignitário.
Nesse perímetro, deverão ser instaladas barreiras, pois elas permitem a condução de
pessoas para a passagem em locais previamente estabelecidos, além de facilitar a
visualização de atitudes suspeitas.
Apesar da checagem rápida nos postos de triagem, nesse perímetro existirão grupos de
policiais militares para pronto emprego, devidamente distribuídos, levando-se em
consideração as áreas e os pontos vulneráveis.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 61 - )
Caso não seja permitido o cadastramento das pessoas, a equipe deverá estabelecer uma
segunda barreira de controle na qual, caso necessário, o cidadão em atitude suspeita seja
abordado e conduzido para um setor de triagem, onde se procederá a busca pessoal, a
verificação dos seus dados e se possui antecedentes criminais.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 62 - )
Para a realização de tal atividade, é necessário que alguns procedimentos sejam adotados e
que haja envolvimento dos integrantes do Estado-Maior da Unidade, durante o planejamento.
O itinerário a ser escolhido para o deslocamento será baseado nos dados e/ou
conhecimentos provenientes da Ativididade de Inteligência, objetivando escolher o melhor
caminho a ser percorrido.
Normalmente, a tendência é escolher o itinerário mais curto e mais rápido, porém, o quesito
segurança é que deve ser determinante.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 63 - )
Os policiais militares envolvidos nessa atividade deverão conhecer bem a geografia urbana
da região a ser percorrida, a fim de evitar problemas durante o deslocamento.
Todos os motoristas envolvidos na escolta devem ter pleno conhecimento dos itinerários
planejados.
Rotas alternativas devem estar previstas no planejamento da operação. Caso haja tempo, o
percurso deverá ser treinado pela equipe envolvida na atividade.
Pontos de checagem poderão ser criados. Essa prática garante maior segurança durante o
deslocamento, uma vez que fica mais fácil saber o local em que a escolta se encontra,
facilitando um apoio, caso necessário.
Uma das grandes preocupações do responsável por tal atividade é providenciar um local
ideal para interceptar a torcida organizada, mas, sobretudo, saber se o local oferece a
estrutura necessária.
O local deverá ter uma infraestrutura capaz de receber as viaturas e os policiais militares
envolvidos na atividade, os veículos dos torcedores (ônibus, vans, carros particulares etc.),
ter sanitários e iluminação, boa recepção para comunicação (HT ou telefone celular) e área
para abordagem e busca nas pessoas, nos veículos e nos demais objetos (bagagens).
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 64 - )
Com a chegada do veículo ao ponto determinado, o policial militar designado para comandar
a busca determinará que todos desçam com os seus pertences e um grupo pré-determinado
de policiais militares procederá à busca no veículo. Outro ficará a cargo de dar busca nas
pessoas e respectivas bagagens.
O ato de execução das buscas descritas nesse tópico deverá seguir os procedimentos
previstos nos MTP 02 e 04.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 65 - )
Para esses eventos esportivos deve-se realizar previamente reuniões com as lideranças das
torcidas organizadas, momento em que abordarão questões de interesses mútuos, que
visem garantir que o evento ocorra de maneira ordeira. O policial militar encarregado de
elaborar a Ordem de Serviço do evento deverá participar dessas reuniões.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 66 - )
a previsão de público deverá ser estimada, para que seja realizado o cálculo do efetivo
policial-militar a ser empregado e o número de ônibus a serem destinados ao atendimento
dos torcedores;
deverão ser escalados policiais militares em pontos estratégicos, no itinerário dos ônibus
das torcidas, visando inibir danos e desordens;
sendo necessário, diante do contexto, poderão ser previstas equipes de policiais militares
para deslocarem-se no interior dos ônibus das torcidas organizadas;
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 67 - )
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 68 - )
c) Composição com 01 (uma) viatura 4 rodas, 01 (um) regulador e 03 (três) pontas: Utilizada
em eventos menores, tais como jogos do Campeonato regional, em escoltas de árbitros e
materiais desportivos (Para as escoltas de árbitros e materiais desportivos, a viatura 04
rodas pode ser suprimida, avaliado o risco inerente, bem como o trânsito livre, executando-
se, apenas, o acompanhamento).
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 69 - )
Essas escoltas caracterizam-se por uma baixa velocidade de deslocamento, bem como por
uma formação de deslocamento diversa das anteriores. Apresentam as seguintes
características:
Coluna por 2 (dois). Serão 4 (quatro) alas e um regulador, sendo opcional a presença dos
pontas;
Obs.: Nesses casos, as motocicletas próximas ao veículo escoltado não deverão utilizar a
sirene.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 70 - )
5 CONDUÇÕES DIVERSAS
De modo geral, deverão ser observados e respeitados os princípios dos Direitos Humanos,
e também, no caso de menor apreendido, os direitos previstos no Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA). Tal medida visa resguardar a guarnição, proteger a integridade física do
conduzido e preservar sua imagem. Para isso, no caso da pessoa presa, deverá ser usado o
compartimento de segurança da viatura, para a condução até a delegacia ou a instituição de
correição.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 71 - )
Uma vez efetuada a voz de prisão ou apreensão, deve ser realizada a condução imediata da
pessoa presa ou apreendida, que permanecerá sob a custódia do condutor, pelo tempo
estritamente necessário à sua apresentação a autoridade competente.
O policial militar preso só será conduzido por integrante da mesma força, observada a
precedência hierárquica. Caso isso não seja possível, em face de algumas circunstâncias do
momento, a impossibilidade deverá constar no histórico do BO/REDS e o autor da infração
será conduzido na viatura empenhada na ocorrência.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 72 - )
Nesses casos, diante das circunstâncias concretas, o policial militar que estiver
comandando as ações decidirá se a condução será feita no compartimento de segurança ou
no banco de trás da viatura, observadas, em ambos os casos, os procedimentos já citados
para o transporte de pessoas presas.
Algumas ocorrências em que se encontram envolvidas pessoas com algum tipo de distúrbio
mental ou psicológico, em que haja necessidade de intervenção policial, podem transformar-
se em situações de crise, o que requer, portanto, muita cautela.
Nesse tipo de ocorrência, a guarnição empenhada, tão logo chegue ao local, ou mesmo
antes disso, por meio das informações recebidas pelo COPOM ou correspondente, fará uma
avaliação da situação e coletará o maior número possível de informações e repassará ao
serviço ou profissional da área de saúde que deverá ser acionado para medicar ou assistir o
portador de transtorno mental ou psicológico.
Nos casos em que, mesmo acionado, não for possível o comparecimento de profissional da
área de saúde, a guarnição fará uma avaliação dos riscos envolvidos e poderá adotar, de
acordo com o caso, as providências de uso da força previstas no MTP 01.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 73 - )
REFERÊNCIAS
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 74 - )
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Diretriz Geral para Emprego Operacional Nº 3.01.01/2019:
Regula o emprego operacional da Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte: Comando-
Geral, Assessoria Estratégica de Emprego Operacional (PM3), 2019a.
SÃO PAULO. Polícia Militar. Manual Policial Militar: Manual de Segurança de Presídios.
São Paulo: CSM/M Int., 1978.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 75 - )
MINAS GERAIS. Assembleia Legislativa. Lei n. 13.054, de 23 de dezembro de 1998. Belo Horizonte. 1998.
Disponível em: <http:www.almg.gov.br/> Acesso: em 25 de junho de 2010.
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( - BEPM nº 14, de 09 de outubro de 2020 - ) Página: ( - 76 - )