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Autómatos

Programáveis

Introdução á automatização
industrial
Automação Industrial Porquê?
Incremento das exigências do mercado:

– redução de preços dos produtos;


– melhor qualidade dos produtos;
– maior produtividade
– flexibilidade do sistema produtivo;
– diversidade de oferta, etc.

João Matos 2020 2


Automação Industrial
Definição:
A automação industrial é um conjunto de técnicas
relacionadas com a aplicação e integração de
sistemas mecânicos, elétricos, eletrónicos e
informáticos nos sistemas industriais de produção.

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Introdução à automação
industrial
TÉCNICAS DE AUTOMATIZAÇÃO:
• Mecânica
• Pneumática
• Hidráulica
• Eléctrica
• Electrónica

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Introdução à automação
industrial
AUTOMATIZAÇÃO ELECTRÓNICA
• Circuitos eletrónicos dedicados
• Sistemas eletrónicos standard
(ex.: controlo numérico)
• Autómatos programáveis
• Micro e minicomputadores

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Sistema Automatizado

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Sistema Automatizado

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Sistema Automatizado

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Sistema Automatizado

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Ciclo de Scan
Modo sequencial
• Verificação do estado da bateria
• Leitura dos DIP-switches
Supervisão • Verificação do barramento E/S
• Verificação da memória de programa
• Verificação do cartão de memória
Tempo de ciclo

Execução do
programa Actualização de:
• Unidades básicas de E/S
• E/S remotas em SYSMAC BUS
• Unidades de E/S especiais
• Unidades de bus CPU
Actualização de
E/S
Serviços a:
• Unidades de E/S especias
Serviço de • Unidades de bus
periféricos
• Porto de periféricos e RS-232C
• Acesso a ficheiros
• Portos de comunicações

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Classificação dos Autómatos

• POR TIPO DE FORMATO

– COMPACTOS: Habitualmente integram no mesmo bloco, a alimentação,


entradas e saídas e/ou o CPU. Expandem-se, conectando-se a outros com
características parecidas.

– MODULARES: São compostos por módulos ou cartas inseridas numa


rack com funções definidas: CPU, fonte de alimentação, módulos de
E/S, etc … A expansão realiza-se mediante a ligação entre racks.

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Seleção de um autómato

• CRITÉRIOS :

– Número de E/S a controlar


– Capacidade da memória de programa
– Capacidade da memória de Dados
– Potência das instruções
– Velocidade de Processamento do CPU
– Possibilidade de ligação de periféricos, módulos especiais e
comunicações.
– Etc…

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Especificação Funcional

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GRAFCET
• Método GRAFCET

• Método gráfico de representação do funcionamento de um


sistema automático sequencial
• Independente do suporte tecnológico associado à construção do
Automatismo;
• Suportado diretamente pelos equipamentos mais modernos;
• Aplicável a qualquer processo sequencial, não apenas
automatismos.

e.g. uma receita culinária, um plano de estudos, um ensaio


laboratorial

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GRAFCET – Nota Histórica
• Criado em 1977 por um grupo de trabalho da AFCET (Association
Française pour la Cybernétique Economique et Technique).

• Em Junho de 1982 é criada a norma francesa UTE NF C03-190


(Diagramme fonctionnel "GRAFCET" pour la description des
systèmes logiques de commande).

• Motivado pelas dificuldades que comportava a descrição de


automatismos com várias etapas simultâneas em linguagem
natural, linguagens de programação ou fluxogramas.

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GRAFCET – Nota Histórica
• Em 1988, o GRAFCET é reconhecido pela norma internacional IEC-848
(Preparation of function charts for control systems), com as designações
Function Chart, Diagramme Fonctionnel ou Diagrama Funcional.

• Em 1992, o IEC publicou a norma IEC 61131, a qual estabelece


padrões para Controladores Programáveis, é dividida em 5 partes:
• 61131-1 - Informações gerais
• 61131-2 - Requisitos de hardware
• 61131-3 - Linguagens de programação
• 61131-4 - Guia de orientação ao usuário
• 61131-5 - Comunicação

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GRAFCET - Elementos

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GRAFCET - Ações

Um GRAFCET é uma
sucessão de etapas.

A cada etapa estão


associadas ações que se
realizam apenas quando a
etapa está ativa.

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Etapas e Ações

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GRAFCET - Elementos
Entre duas etapas existe
SEMPRE uma, e uma só,
transição.

Uma transição só é válida


quando a etapa anterior
está ativa.

A cada transição está


associada uma
recetividade – condição
para que ocorra a
transição.

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GRAFCET - Elementos
A etapa inicial (linha dupla) é ativada no
arranque do sistema.

O grafo evolui por ligações orientadas. O sentido


predefinido é o descendente, ligações
ascendentes são assinaladas por setas.

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Transições e Recetividades

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Regras de Sintaxe

Não podem existir duas Não podem existir duas


transições sucessivas sem etapas sucessivas sem uma
uma etapa intermédia transição intermédia

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Regras de Evolução
• Regra nº 1
Estado Inicial
•Na inicialização são ativadas incondicionalmente todas as etapas
iniciais e apenas estas.

• Corresponde ao estado em que se encontra um sistema no


momento em que é alimentado

• Habitualmente corresponde a uma situação de repouso ou de


paragem segura

• Muitas vezes existem algumas etapas dedicadas a verificar que o


sistema se encontra numa situação inicial adequada

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Regras de Evolução
• Regra nº 2
Evolução das Transições
•Uma transição está validada quando a(s) etapa(s) imediatamente
anterior(es) está(ão) ativa(s)
•Uma transição pode ser transposta quando está validada e a respetiva
recetividade tem valor lógico 1.
•No caso anterior, a transição é imediata e obrigatoriamente transposta

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Regras de Evolução
• Regra nº 3
Evolução das Etapas Ativas
•Ao ser transposta uma transição devem ser ativadas todas as
etapas que se encontram imediatamente a seguir.

•Simultaneamente devem ser desativadas todas as etapas


anteriores

• Regra nº 4
Transposicão simultânea das transições
•As transições que se tornem simultaneamente transponíveis deverão ser
transpostas simultaneamente.
– Uma consequência imediata da regra é a possibilidade de separação
de um GRAFCET complexo em diagramas mais simples, sem perda de
funcionalidade.

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Regras de Evolução
• Regra nº 5
Prioridade à ativação
No decorrer do processo, uma etapa ativada e desativada simultaneamente deve
permanecer ativa.
– Apesar de se tratar de uma regra simples, é a de mais completa implementação
física.
– Habitualmente são utilizadas memórias de etapa (relés, elementos pneumáticos,
memórias de autómato) que por segurança dão geralmente prioridade à entrada de
desativação.
– Esta situação pode refletir-se num funcionamento incorreto do automatismo.

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Regras de Evolução

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Especificação do Automatismo
• GRAFCET de Nível 1 - Descrição Funcional
• Deve incluir uma descrição global do automatismo,
normalmente pouco detalhada, que permita compreender rapidamente a
sua função.
• Não deve incluir qualquer referência à tecnologia a utilizar nem na deteção /
atuação, nem na implementação do automatismo.

• GRAFCET de Nível 2 - Descrição Tecnológica


• Deve conter uma descrição tecnológica (e parcialmente operacional)
do automatismo.
• Deve refletir claramente a tecnologia utilizada para as entradas e
saídas do automatismo, mas não a implementação do automatismo em si.
•Exemplo: detetor pneumático, monoestável – sinal a0

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Especificação do Automatismo

• GRAFCET Traduzido - Descrição


Operacional
• Consiste numa descrição do automatismo considerando a
implementação tecnológica escolhida.
• Exemplo: Se for implementado num autómato programável,
as entradas e saídas são referidas pela respetiva
entrada/saída com os endereço da linguagem de
programação do autómato.

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GRAFCET Nível 1 da Furação

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GRAFCET Nível 1 e 2 da Furação

GRAFCET Nível 1 GRAFCET Nível 2

Prende Peça A+

Ações
Baixa Furador B+
Subir Furador B-
Liberta a peça A-

Ordem do operador 1 o1

Recetividades
Ordem do operador 2 o2
Peça presa a1
Furador em baixo b1
Furador em cima b0
Peça livre a0

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GRAFCET Nível 2 da Furação

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GRAFCET Sequências Paralelas

Etapas de espera para


assegurar a finalização
simultânea de
sequências paralelas.

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GRAFCET Sequências Paralelas

Etapas adicionais para garantir a


alternância etapa / transição.

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Autómatos Industriais
Programáveis (AIP)

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Autómatos Industriais Programáveis
Atualmente, os Autómatos Industriais Programáveis (AIP) são os
componentes fulcrais no desenvolvimento de aplicações de automação
industrial, dadas as suas características, das quais se destacam:

• Baixo custo e um vasto domínio de aplicações;


• Instalação e manutenção simples e barata;
• Substituição direta de automatismos baseados em tecnologias
cabladas;
• Linguagens de programação adaptadas aos automatismos e de
simples perceção;
• Elevada flexibilidade: reprogramável, modular, etc;
• Adaptação a ambiente industrial, sendo robusto contra a humidade,
choque, poeiras e ruído eletromagnético;
• As dimensões de um AIP são cada vez mais reduzidas.

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Arquitetura dos AIP
A potencialidade do autómato programável deve ser analisada
através de:

• número de entradas e saídas


• número de cartas especiais
• capacidade de endereçamento
• tempo de ciclo
• capacidades de comunicação
• facilidade de utilização

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Arquitetura dos AIP
A arquitectura de um autómato programável assenta
nos seguintes blocos funcionais:

• unidade central de processamento,


• memória,
• módulos de entrada e saída,
• fonte de alimentação,
• unidade de programação.

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Arquitetura dos AIP

CPU

Memória

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Arquitetura dos AIP
Unidade Central de Processamento (CPU)

Tem por função:


•controlo e supervisão de todas as suas atividades,
• gestão do fluxo de informação no seu interior.

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Arquitectura dos AIP
Funcionamento

O funcionamento de um AIP resume-se à execução contínua do


programa carregado na sua memória.

Verificação do estado das entradas

Execução do programa

Atualização das saídas


Este ciclo repete-se continuamente
enquanto o AIP estiver em
funcionamento.
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Arquitetura dos AIP
Memória:
Num AIP é possível encontrar dois tipos de memórias quanto à tarefa a
realizar:

•memória de sistema;
•memória do utilizador;

Quanto à sua tecnologia podem ser :

RAM (Random Access Memory)


EPROM (Erasable Programable Read Only Memory)
EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read Only Memory)
FLASHRAM

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Arquitetura dos AIP
ÁREAS DE MEMÓRIA

• A memória do PLC encontra-se dividida em várias áreas, cada uma delas com um encargo e
características distintas:

– ÁREA DE PROGRAMA:
Onde se encontra armazenado o programa do PLC.

– ÁREA DE DADOS:
Usada para armazenar valores ou para obter informação sobre o estado do PLC. Encontra-se dividida
por funções

– ÁREA DE SETUP:
Onde se encontra armazenada a configuração do PLC, denominada também “PLC Setup”.

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Arquitetura dos AIP
Memória:
Conceito de BIT, BYTE e WORD:

BITS - Não são mais do que posições de memória nas quais é possível
reter uma informação lógica; ligado/desligado, Verdadeiro/falso,
ON/OFF ou 1/0.

BYTE- Ao conjunto de 8 bits chama-se BYTE (alguns fabricantes de


CLP tem a estrutura de memória organizada em Byte´s).

WORD- Ao conjunto de 16 bits chama-se WORD (por vezes também se


designa por CANAL).

15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Nº BIT
msb lsb (PESO)

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Arquitetura dos AIP
Endereçamento:

Na maioria dos autómatos os bits são endereçados pelo número do BYTE


ou da WORD em que se encontram e pela posição que ocupam.

XXX . YY

NÚMERO DO CANAL NÚMERO DO BIT


(REGISTO) (RELÉ), ( ENTRE 00 E
15 )

ex. 217.10 = CANAL 217, bit 10

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Tipos de Dados
• O modo natural de representar os dados num Sistema Decimal (Números de 0 a 9)

• Existem outros sistemas de Numeração:

• Binário
• BCD (Binário Codificado Decimal)
• Hexadecimal
• Vírgula flutuante
• ASCII

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Tipos de dados (I)
Símbolo Conteúdo Tamanho Intervalo de valores
BOOL Dados de bit 1 0 (falso), 1 (verdadeiro)
INT Inteiro 16 -32.768 a +32.767
DINT Duplo Inteiro 32 −2,147,483,648 a +2,147,483,647
LINT Inteiro Largo 64 −9,223,372,036,854,775,808 a
+9,223,372,036,854,775,807
UINT Inteiro sem Sinal 16 &0 a 65,535
UINT BCD Inteiro sem Sinal BCD WORD ( #0000 a #FFFF ) ou ( &0 a 65,535 )
UDINT Duplo Inteiro sem Sinal 32 &0 a 4,294,967,295
UDINT BCD Duplo Inteiro sem Sinal DWORD #00000000 a #FFFFFFFF ou &0 a 4,294,967,295
BCD
ULINT Inteiro Largo sem Sinal 64 &0 a 18,446,744,073,709,551,615
ULINT BDC Inteiro Largo sem Sinal LWORD #0000000000000000 a #FFFFFFFFFFFFFFFF ou
BCD &0 a 18,446,744,073,709,551,615

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Tipos de dados (II)
Símbolo Conteúdo Tamanho Intervalo de valores
REAL Número Real 32 −3.402823 × 10 38 a −1.175494 × 10−38, 0,
+1.175494 × 10−38 a +3.402823 × 10 38
LREAL Número Real largo 64 −1.79769313486232 × 10308 a
−2.22507385850720 × 10−308 , 0,
2.22507385850720 × 10−308 a
1.79769313486232 × 10308
WORD Dado de 16-bits 16 ( #0000 a #FFFF ) ou ( &0 a 65,535 )
DWORD Dado de 32-bits 32 #00000000 a #FFFFFFFF ou &0 a
4,294,967,295
LWORD Dado de 64-bits 64 #0000000000000000 a
#FFFFFFFFFFFFFFFF ou &0 a
18,446,744,073,709,551,615
STRING Array de texto Variável De 0 a 255 bytes.
FUNCTION Instância de bloco de funções --- ---
BLOCK
CHANNEL Word WORD
NUMBER Constante ou número -- Não suportado em ST

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Tipos de dados
Símbolo Tipo de dado Nº de bits
BOOL Booleano 1
INT Inteiro (Integer) 16
UINT Inteiro sen Sinal (Unsigned Integer) 16
DINT Duplo Inteiro (Doble Integer) 32
UDINT Duplo Inteiro sem Sinal (Unsigend Doble Integer) 32
LINT Inteiro Largo (Long Integer) 64
ULINT Inteiro Largo sem Sinal (Unsigned Long Integer) 64
WORD Sequência de bit de 16 bits 16
DWORD Sequência de bit de 32 bits 32
LWORD Sequência de bit de 64 bits 64
REAL Número Real. 32
LREAL Número Real Largo 64
STRING Array de texto Max. 255 car.

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Operadores
Símbolo Tipo de operação Tipos de dados suportados pelos operadores. Prioridade 1:
alta,
11:baixa
[]() Expressão / Tabelas [ índices ] 1
Function Designação de uma função Dependendo da função. 2
()
** Exponencial REAL, LREAL 3
NOT Complemento BOOL, WORD, DWORD, LWORD 4
* Multiplicação INT, DINT, UINT, UDINT, ULINT, REAL, LREAL 5
/ Divisão INT, DINT, LINT, UINT, UDINT, ULINT, REAL,
LREAL
+ - Soma / Subtracção INT, DINT, LINT, UINT, UDINT, ULINT, REAL, 6
LREAL
< > <= Comparações BOOL, INT, DINT, LINT, UINT, UDINT, ULINT, 7
>= WORD, DWORD, LWORD, REAL, LREAL
= <> Igualdade / Desigualdade BOOL, INT, DINT, LINT, UINT, UDINT, ULINT, 8
WORD, DWORD, LWORD, REAL, LREAL
AND & Operação Booleana AND BOOL, WORD, DWORD, LWORD 9
XOR Operação Booleana XOR BOOL, WORD, DWORD, LWORD 10
OR Operação Booleana OR BOOL, WORD, DWORD, LWORD 11

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Arquitetura dos AIP
Áreas Memória e sua função CIO
• A área CIO é idêntica à área IR dos anteriores modelos de autómatos.
• De igual forma, não é necessário indicar o acrónimo CIO no
endereçamento.
• É nesta área de memória que são endereçadas a E/S físicas.
CIO 0000

Esta área está dividida


em várias sub-áreas, cada
CIO uma com uma assignação
específica

CIO 6143
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Arquitetura dos AIP
Áreas Memória e sua função W

• Área de Trabalho
• Pode ser utilizada livremente para a lógica do programa, pois não
existe qualquer tipo de assignação a esta área.

W000 15 0

W511

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Arquitetura dos AIP
Áreas Memória e sua função H

• Área de Retenção
• O estados dos bits é mantido mesmo com o Autómato desligado.

H000 15 0

H511

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Arquitetura dos AIP
Áreas Memória e sua função A

• Área Auxiliar
• Utilizada para informação e controlo de operações do Autómato
• Está dividida em duas partes: Uma de só leitura e outra de leitura e
escrita.

A000 15 0

Área de só leitura

A447
A
A448

Área de leitura e escrita

A959
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Arquitetura dos AIP
T

• Área de Temporizadores
• Esta área é totalmente independente da área dos Contadores.

T0000

T4095

João Matos 2020 56


Arquitetura dos AIP
Áreas Memória e sua função C

• Área de Contadores
• Esta área é totalmente independente da área dos Temporizadores.

C0000

C4095

João Matos 2020 57


Arquitetura dos AIP
Áreas Memória e sua função D

• A área D é idêntica à área DM dos anteriores modelos de autómatos.


• De igual forma, os dados contidos nesta área mantêm o seu estado
quando o Autómato está desligado.

D00000

Esta área está dividida


em várias sub-áreas, cada
D uma com uma assignação
específica

D32767
João Matos 2020 58
Arquitetura dos AIP
BITS ESPECIAIS:
Os autómatos programáveis tem uma dada área de memória dedicada a bits
especiais. Dadas as funcionalidades destes são bastante utilizados na maioria dos
programas.

Alguns dos bits especiais mais relevantes:


ENDEREÇO
NOME Ex: CPM1A Ex: CJ1M DESIGNAÇÃO
P_0_02s 254.01 CF103 0.02 second clock pulse bit
P_0_1s 255.00 CF100 0.1 second clock pulse bit
P_0_2s 255.01 CF101 0.2 second clock pulse bit
P_1min 254.00 CF104 1 minute clock pulse bit
P_1s 255.02 CF102 1.0 second clock pulse bit
P_CY 255.04 CF004 Carry (CY) Flag
P_EQ 255.06 CF006 Equals (EQ) Flag
P_First_Cycle 253.15 A200.11 First Cycle Flag
P_GT 255.05 CF000 Greater Than (GT) Flag
P_LT 255.07 CF005 Less Than (LT) Flag
P_Off 253.14 CF114 Always OFF Flag
P_On 253.13 CF113 Always ON Flag

João Matos 2020 59


Arquitectura dos AIP
Módulos de Entrada e Saída:
Cada entrada/saída possui um endereço que o identifica
univocamente, e que pode ser utilizado ao longo do programa.

Existem dois tipos de entradas e saídas:


-digitais
-analógicas.

João Matos 2020 60


Arquitectura dos AIP
Módulos de Entrada:

Por relé:

Por transístor:

Por acoplador ótico:

João Matos 2020 61


Arquitectura dos AIP
Módulos de Saída:

Por relé:

Por transístor:

Por TRIAC

João Matos 2020 62


Linguagens de programação
A norma define 5 linguagens:
– Textuais
• IL - Lista de Instruções
• ST - Texto Estruturado
– Gráficas
• LD - Ladder
• FBD - Diagrama de Blocos Funcionais
– Organização de Programas
• SFC – Sequencialmente Gráfico de Funções
– Outras não definidas pela norma (dependente do produto)
• Flow Chart
•C
• Etc.

João Matos 2020 63


Iniciação à programação de autómatos

João Matos 2020 64


INTRODUÇÃO AO CX-PROGRAMMER

BARRA DE MENU

BARRA DE ÍCONES

ÁREA DE
EDIÇÃO

JANELA DE
PROJECTO

RESULTADO DA
COMPILAÇÃO OU BUSCA
VISUALIZAÇÃO DO CONTEÚDO DAS
(JANELA DE RESULTADO)
VARIÁVEIS (JANELA DE VISUALIZAÇÃO)

João Matos 2020 65


Iniciação à programação de autómatos
As diferentes “ferramentas”
• Para aceder às diferentes ferramentas que o CX-Programmer dispõe,
é necessário em primeiro lugar criar um projecto.
Algumas ferramentas são diferentes consoante a família do PLC
escolhido.

- Criar um novo projecto

Para criar um novo projecto devemos efectuar uma das seguintes acções:

- Através do menu File escolher a opção New


- Pressionar Ctrl + N
- Pressionar o icon:

João Matos 2020 66


Iniciação à programação de autómatos
As diferentes “ferramentas”
- Criar um novo projecto

Definir a família e modelo de Autómato pretendido, assim como o tipo de


comunicação.

Nome que identifica o PLC

Família do PLC
Tipo de Comunicação

Comentário sobre o PLC

João Matos 2020 67


INTRODUÇÃO AO CX-PROGRAMMER
JANELA DE PROJECTO
Propriedades
do PLC
Informação do
projecto
Editor da
Tabela de E/S
Editor de
Variáveis
Globais
Gestão dos
Módulos de
Configuração memória (só
do PLC CV e CS1)
Visualização
Editor/Monitor
de erros
das áreas de
Informação da
memória
tarefa
Editor de
Variáveis
Locais

João Matos 2020 68


Iniciação à programação de autómatos
As diferentes “ferramentas”

Ferramentas Off-line Ferramentas On-line

João Matos 2020 69


Iniciação à programação de autómatos
As diferentes “ferramentas”

Nome do projecto Propriedades do PLC

Editor da Tabela de
Variáveis Globais E/S

Configuração do PLC Editor/Monitor das


áreas de memória
Gestão do Memory Card
(só CS1 e CJ1) Editor de variáveis
Locais
Visualização de erros
Secções (blocos) de
Relógio do PLC programa

Nome do programa
(tarefa)
João Matos 2020 70
Iniciação à programação de autómatos
As diferentes “ferramentas”
- Configuração do PLC

Modo de funcionamento no arranque do PLC


João Matos 2020 71
Iniciação à programação de autómatos
As diferentes “ferramentas”
- Variáveis Globais e Locais

• Dentro do editor de variáveis globais declaram-se as variáveis que serão


comuns a qualquer das tarefas que se definam para o projecto.

• As variáveis criadas nos editores de variáveis locais só serão visíveis nas


Globais tarefas onde tenham sido criadas e não nas outras.

Locais

João Matos 2020 72


Iniciação à programação de autómatos
As diferentes “ferramentas”
- Variáveis Globais e Locais
Como inserir uma nova variável...

Escolher a opção
“Insert Symbol”
Duplo click
botão esquerdo
do rato

Click botão
direito do rato
sobre a área do
editor

João Matos 2020 73


Iniciação à programação de autómatos
As diferentes “ferramentas”
- Variáveis Globais e Locais
• As variáveis podem ser declaradas em distintos formatos:
BOOL Variável de um bit, os estados possíveis são 0-OFF e 1-ON.
UINT Variável de uma palavra em binário sem sinal.
INT Variável de uma palavra em binário com sinal
UINT_BCD Variável de uma palavra em formato BCD (4 dígitos).
UDINT Variável de duas palavras em binário sem sinal
DINT Variável de duas palavras em binário com sinal.
UDINT_BCD Variável de duas palavras em formato BCD (8digitos).
ULINT Variável de quatro palavras em binário sem sinal.
LINT Variável de quatro palavras em binário com sinal
ULINT_BCD Variável de quatro palavras em formato BCD (16 dígitos).

João Matos 2020 74


Iniciação à programação de autómatos
As diferentes “ferramentas”
- Variáveis Globais e Locais

É possível importar a lista de


variáveis (símbolos) do excel
para dentro do Editor, para
isso basta efectuar um “copy”

No excel, devem ser criadas


três colunas:
-Nome
-Endereço
-Comentário

João Matos 2020 75


Iniciação à programação de autómatos
As diferentes “ferramentas”
- As várias janelas...

• No CX-Programmer temos 4 janelas que podemos alterar a sua visualização:

- “Project Workspace”

Estrutura em forma de árvore, que representa as


várias ferramentas associadas ao PLC / Projecto.

Possibilita a fácil navegação em componentes.

Visualização das Tarefas e respectivas secções

João Matos 2020 76


Iniciação à programação de autómatos
Instruções básicas (LD, OUT, END )

Transfere o resultado das


condições lógicas que
antecedem esta instrução
para o bit especificado.

LD
OUT

Iniciar uma linha lógica


ou bloco

Indica o fim do
programa

END

João Matos 2020 77


Iniciação à programação de autómatos
Exemplo
Imaginemos um circuito controlado por um autómato cuja lógica pretendida é a
seguinte:
- O estado da saída 10.00 é dado pelo estado direto da entrada 0.00

LINGUAGEM DE
CONTACTOS

LISTA DE
INSTRUÇÕES

João Matos 2020 78


Iniciação à programação de autómatos
Instruções (AND, OR, NOT)
OR

Realiza um OU lógico
com o bit especificado

AND

Realiza um E lógico com o bit


especificado

NOT
Nega o estado do bit ao
qual está associado

João Matos 2020 79


Iniciação à programação de autómatos

Pretende-se implementar programa que ativa a saída 10.00 do autómato,


se as entradas 0.00 e 0.01 e 0.02 estiverem ativas (ON)

LINGUAGEM DE
CONTACTOS

LISTA DE
INSTRUÇÕES

João Matos 2020 80


Iniciação à programação de autómatos

Pretende-se implementar programa que ative a saída 10.00 quando a


entrada 0.01 estiver a OFF (desligada) ou quando as entradas 0.02 ou 0.00
estiverem a ON (ligada)

LINGUAGEM DE
CONTACTOS

LISTA DE
INSTRUÇÕES

João Matos 2020 81


Programação
Contactos e Bobinas

João Matos 2020 82


Programação
Instrução DIFU(13)
A instrução DIFU(13) permite ativar um relé durante um ciclo de
scan, sempre que a condição lógica que antecede a instrução,
transita do estado OFF para ON.

João Matos 2020 83


Programação
Instrução DIFD(14)
A função DIFD(14) permite ativar um relé durante um ciclo de scan,
sempre que a condição lógica que antecede a instrução, transita de
um estado ON para OFF.

João Matos 2020 84


Programação
SET e RSET

SET.- Coloca o bit correspondente a ON quando a condição de execução é a


correcta, e mantêm o estado desse bit a ON mesmo que a condição de entrada se
desactive.

SET
B = Bit
B

RSET.- Coloca o bit correspondente a OFF quando a condição de execução é a


correcta e mantêm o estado desse bit a OFF mesmo que a condição de entrada se
desactive.
RSET
B = Bit
B

João Matos 2020 85


Programação
SET e RSET

João Matos 2020 86


Programação
KEEP
Utiliza-se para manter o estado do bit atribuído à instrução mediante duas
condições de execução (S e R).
S é a entrada de SET.
R é a entrada de RESET.

S
KEEP
R B = Bit
B

João Matos 2020 87


Programação
KEEP

João Matos 2020 88


Programação
Temporizadores TIM e TIMH(15)

A instrução TIM permite definir um temporizador de atraso à operação com


a precisão de 0.1 segundo podendo este ter um alcance máximo de 999.9
segundos.

O valor de PRESET (tempo inicial) pode ser especificado por uma


constante ou pelo conteúdo de uma WORD.

Associado a cada temporizador existe um contacto TIM N (sendo N o


número do temporizador).

João Matos 2020 89


Programação
Temporizadores TIM e TIMH(15)
•A instrução TIM é sempre antecedida por uma condição lógica, que estando a ON ativa o temporizador
•Este começa a decrementar o tempo pré-selecionado e quando atinge o zero, fecha o contacto TIM N
•Se a condição lógica passar a OFF, implica o RESET do temporizador e consequentemente a abertura
do contacto TIM N.

João Matos 2020 90


Programação
CONFIGURAÇÃO DA FUNÇÃO TIM

Numero do
temporizador

Tempo
pretendido

João Matos 2020 91


Programação
Contadores – CNT
•A instrução CNT permite a programação de um contador
decrescente
•Este é identificado com um número, tal como acontece nos
temporizadores
•É especificado também o valor de PRESET que pode ser uma
constante ou o valor contido numa WORD.

João Matos 2020 92


Programação
Contadores – CNTR(12)
•A instrução CNTR(12) permite programar um contador reversível
•Tal como na instrução CNT, este é identificado com um número
•É especificado também o valor de PRESET que pode ser uma
constante ou o valor especificado por um canal

João Matos 2020 93


Programação
MOV

MOV(21) copia o conteúdo de S para D

João Matos 2020 94


Programação
Comparação

CMP(20) compara S1 e S2 e
envia o resultado aos
indicadores EQ, LE ,GR,LT
ou GT.

Precauções
GR: ON se S1 ≥ S2 / GT: ON se S1 > S2
EQ: ON se S1 = S2.
LE: ON se S1 ≤ S2 / LT: ON se S1 < S2.

João Matos 2020 95


Programação
Comparação

João Matos 2020 96


Programação
Comparação
• Pretende-se efectuar um SET ao contacto H500.13 quando o contacto
0.00 for a ON e o valor do D23000 estiver compreendido entre 100 e
200.

João Matos 2020 97


Verificação do programa - Compilar:

João Matos 2020 98


Instruções Aritméticas
Funções de Operação em Binário ou BCD

Símbolos para introduzir Constantes numéricas:


& - formato decimal
# - formato BCD ou hexadecimal
João Matos 2020 99
Instruções Aritméticas
Funções de operação em binário - Soma

João Matos 2020 100


Instruções Aritméticas
Funções de operação em binário - Subtracção

João Matos 2020 101


Instruções Aritméticas
Funções de operação em binário - Multiplicação

João Matos 2020 102


Instruções Aritméticas
Funções de operação em binário - Divisão

João Matos 2020 103


Instruções Aritméticas
Funções de incrementar/decrementar

João Matos 2020 104


GRAFCET Traduzido da Furação
GRAFCET GRAFCET
GRAFCET Nível 1 Nível 2 Traduzido

Prende Peça A+ 100.0

Ações
Baixa Furador B+ 100.1
Subir Furador B- 100.2
Liberta a peça A- 100.3

Ordem do
Recetividades operador 1 o1 0.0
Ordem do
operador 2 o2 0.1
Peça presa a1 0.2
Furador em baixo b1 0.3
Furador em cima b0 0.4
Peça livre a0 0.5

João Matos 2020 105


GRAFCET Traduzido da Furação

GRAFCET nível 1 GRAFCET nível 2 GRAFCET traduzido

João Matos 2020 106


Equação Geral de Etapa

Equação Geral de Etapa com prioridade á desativação:

Ei – Etapa atual
Ei+1 – Etapa seguinte
Ei-1 – Etapa anterior
Ti – Transição anterior

João Matos 2020 107


Equação Geral de Etapa

Equação Geral de Etapa com prioridade á ativação:

Ei – Etapa atual
Ei+1 – Etapa seguinte
Ei-1 – Etapa anterior
Ti – Transição anterior

João Matos 2020 108


Equação Geral de Etapa

Etapas:

As etapas no programa serão memórias que guardam a informação da


estado de funcionamento do sistema.
Estas também tem um endereçamento idêntico ás entradas e saídas
físicas do AIP.

GRAFCET Nível 1 GRAFCET Nível 2 GRAFCET Traduzido

Etapa 1 Et1 W0.0


Memórias

Etapa 2 Et2 W0.1


Etapa 3 Et3 W0.2
Etapa 4 Et4 W0.3
Etapa 5 Et5 W0.4

João Matos 2020 109


GRAFCET Traduzido da Furação

GRAFCET nível 1 GRAFCET nível 2 GRAFCET traduzido

João Matos 2020 110


Equação de Etapa

Equação da Etapa 1:

Equação da Etapa 2:

Equação da Etapa 3:

Equação da Etapa 4:

Equação da Etapa 5 :

João Matos 2020 111


Exemplo de resolução com Equações de Etapa
Primeira Etapa
Equação da Etapa 1:

João Matos 2020 112


Exemplo de resolução com Equações de Etapa
Etapas

Equação da Etapa 2:

Equação da Etapa 3:

Equação da Etapa 4:

Equação da Etapa 5 :

João Matos 2020 113


Exemplo de resolução com Equações de Etapa
Ativação das saídas

João Matos 2020 114


Exemplo de resolução com função KEEP
Primeira Etapa
Etapa anterior Bit de primeiro ciclo
Transição anterior

Etapa actual

Etapa seguinte

João Matos 2020 115


Exemplo de resolução com função KEEP
Etapas

João Matos 2020 116


Exemplo de resolução com função KEEP
Ativação das saídas

João Matos 2020 117


Exemplo de Endereços para autómato CP1L
Nomes Endereços Área
Entradas 0.00 Input Area

Saídas 100.00 Output Area

Bits de trabalho W0.00 Work Area

Temporizadores TIM 0000 #30 Timer Area

Bits dos temporizadores T0000 Timer Completion Flags

Contadores CNT 0000 #5 Counter Area

Bits dos contadores C0000 Counter Completion Flags

Bit de 1º ciclo* P_First_Cycle (A200.11) Auxiliary Area

Bit de relógio T=1s* P_1s (CF102) Condition Flag

Bit sempre a ON* P_ON (CF113) Condition Flag

João Matos 2020 118


Exemplo de Ligações

João Matos 2020 119

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